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INICIALMENTE
Passados, mais 5 dias, no dia 09/01/2019, ainda com a cobrança ativa em sua
fatura do cartāo de crédito, frustada, a Autora precisou novamente, pela terceira vez,
entrar em contato com o serviço de atendimento. Dessa vez, via telefone, a atendente
constatou em seu sistema que de fato o estorno não havia sido efetuado e informou
a Autora que encaminharia o requerimento como urgente para o setor responsável
com a promessa de um prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas para que o
estorno constasse em sua fatura do cartão de crédito. Conversa esta que foi gravada,
mas que se encontra em poder da Requerida, sendo prova documental cabal para
comprovar o exercício do direito de arrependimento da Requerente e seu direito de
restituiçāo do valor pago.
Foram mais e mais dias de uma angustiante espera por uma soluçāo.
Constam, até a data da presente propositura desta açāo, 54 (cinquenta e quatro) dias
de espera por uma soluçāo, acarretando a Requerente a obrigaçāo de arcar com essa
despesa indevida, comprometendo seu orçamento e planejamento de gastos
financeiros mensal, sendo inegável a afronta ao escopo do art. 49 do Código de
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) c/c art. 1º do Decreto de Contratação no
Comércio Eletrônico (Decreto 7.962 de 15 de março de 2013), uma vez que a
mercadoria deveria ter sido imediatamente retornada ao emissor quando da
solicitação de cancelamento desta consumidora e a mesma ressarcida quanto aos
valores eventualmente já pagos e as parcelas remanescentes de sua fatura de cartāo
de crėdito canceladas.
Art. 5º, Decreto 7.962/2013. O fornecedor deve informar, de forma clara e ostensiva,
os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo
consumidor.
§ 1o O consumidor poderá exercer seu direito de arrependimento pela mesma
ferramenta utilizada para a contratação, sem prejuízo de outros meios
disponibilizados.
§ 2o O exercício do direito de arrependimento implica a rescisão dos contratos
acessórios, sem qualquer ônus para o consumidor.
§ 3o O exercício do direito de arrependimento será comunicado imediatamente pelo
fornecedor à instituição financeira ou à administradora do cartão de crédito ou similar,
para que:
I - a transação não seja lançada na fatura do consumidor; ou
II - seja efetivado o estorno do valor, caso o lançamento na fatura já tenha sido
realizado.
§ 4o O fornecedor deve enviar ao consumidor confirmação imediata do recebimento
da manifestação de arrependimento.
A Requerente continua pagando pelo produto, objeto desta lide, que consta em
sua terceira parcela, em seu próximo vencimento da fatura do cartão de crédito para
o dia 09/02/2019, totalizando até então a soma de R$ 689,70 (seissentos e oitenta e
nove reais e setenta reais) já pagas, e as demais parcelas, no valor de R$ 1.609,30
(mil seissentos e nove reais e trinta centavos) ainda a vencerem. O que
indubitavelmente, preenche os três requisitos necessários para que a Requerida seja
condenada ao ressarcimento em dobro do valor efetivamente pago pela Requerente,
nos termos do art. 42, parágrafo único do CDC c/c art. 5º do Decreto 7.962/2013,
quais sejam, a existência de cobrança indevida, o pagamento desta pelo consumidor
e “engano injustificável” uma vez que o próprio fornecedor reconheceu
expressamente o cancelamento do pedido, efetuou o recolhimento do produto e
expressou a previsão de estorno em cartão de crédito. Cabendo à Requerente o
ressarcimento no importe de R$ 1.379,40 (mil trezentos e setenta e nove reais e
quarenta e centavos).
3 – DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO
4 – DOS PEDIDOS
5 – DO VALOR DA CAUSA