Você está na página 1de 8

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA CAPITAL

KARINE ALVES FROIS, brasileira, natural de Brasília, solteira, advogada


regularmente inscrita na OAB/DF sob o nº 58768, cadastro de pessoa física sob o nº
715.906.171.34, registro de Identidade nº 2.1344.78, expedida em 12/12/2014,
nascida em 11/01/1981, residente e domiciliada no Condomínio Solar de Athenas,
módulo G, casa 22, Bairro Grande Colorado, CEP 73.105-903, Brasília/DF, local que
indica para recebimento das intimações, vem respeitosamente, à honrosa presença
de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO c/c REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS,
em face de:
CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o nº 45.543.915/0846-95, com matriz na Rua George Eastman,
nº 213 - Vila Tramontano, São Paulo, SP - CEP: 05690-000, o que faz sob os
fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:

INICIALMENTE

A Requerente é advogada (doc. 1 em an exo) atuando em causa própria nos


termos do art. 103, parágrafo único do CPC, motivo pelo qual dispensa-se
procuração.

1 – DO RELATO DOS FATOS

A Autora realizou no dia 23/11/2019 através do site www.carrefour.com.br, a


compra de um aparelho de televisão, “Smart TV Samsung”, pedido identificado com
o nº 246456010, com previsão inicial para entrega em 05/12/2019.
Pelo produto comprado a Autora pagou na data de 23/11/2019 através de cartāo de
crédito a quantia de R$ 2.229,00 (dois mil duzentos e vinte e nove reais), em 10 (dez)
parcelas de 229,00 reais, como se observa no comprovante de pagamento anexo.

Ocorre que, por motivos pessoais, a Autora decidiu CANCELAR O PEDIDO


antes do recebimento e o solicitou no dia 29/11/2019, 6 dias após a compra. Ao
consultar o site do estabelecimento, a Requerente constatou que o produto ainda não
havia sido retirado do estoque do fornecedor no momento do cancelamento.
Informaçāo esta obtida pelo próprio site, através do link “meus pedidos” que permite
que o usuário visualize e acompanhe todo o processo de entrega, como consta doc.
em anexo.

Após o pedido de cancelamento, a empresa fornecedora não acatou a


solicitaçāo e deu continuidade ao procedimento de entrega. O produto chegou ao
endereço da requerente no dia 02/12/2019 e foi imediatamente RECUSADO,
retornando ao seu emissor. (doc em anexo)

Preocupada com a situação, a Autora imediatamente entrou em contato com o


serviço de atendimento ao cliente da Requerida (protocolo nº. 6459790), quando
confirmou a recusa do produto e recebeu a promessa do estorno.

Contudo, passarem-se 36 (trinta e seis) dias após o cancelamento e o estorno


ainda não havia sido efetuado, ainda constando a cobrança do produto na fatura do
cartāo de crédito da Autora, já com duas parcelas pagas.

A Autora, então, no dia 04/01/2019 entrou novamente em contato com o


serviço de atendimento, via e-mail, com o protocolo de nº 5944980 para solicitar
novamente o pedido de estorno que definitivamente não foi cumprido pela Requerida.
A empresa retornou o contato, também via e-mail, dizendo que a Autora havia
recebido o retorno de um de seus representantes e que o problema já havia sido
solucionado. Fato este que nunca aconteceu. A Autora retornou o e-mail informando
que nāo havia recebido nenhum contato ou resposta da empresa e que o problema
ainda encontrava-se sem soluçāo. A empresa nada mais respondeu.

Passados, mais 5 dias, no dia 09/01/2019, ainda com a cobrança ativa em sua
fatura do cartāo de crédito, frustada, a Autora precisou novamente, pela terceira vez,
entrar em contato com o serviço de atendimento. Dessa vez, via telefone, a atendente
constatou em seu sistema que de fato o estorno não havia sido efetuado e informou
a Autora que encaminharia o requerimento como urgente para o setor responsável
com a promessa de um prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas para que o
estorno constasse em sua fatura do cartão de crédito. Conversa esta que foi gravada,
mas que se encontra em poder da Requerida, sendo prova documental cabal para
comprovar o exercício do direito de arrependimento da Requerente e seu direito de
restituiçāo do valor pago.

Foram mais e mais dias de uma angustiante espera por uma soluçāo.
Constam, até a data da presente propositura desta açāo, 54 (cinquenta e quatro) dias
de espera por uma soluçāo, acarretando a Requerente a obrigaçāo de arcar com essa
despesa indevida, comprometendo seu orçamento e planejamento de gastos
financeiros mensal, sendo inegável a afronta ao escopo do art. 49 do Código de
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) c/c art. 1º do Decreto de Contratação no
Comércio Eletrônico (Decreto 7.962 de 15 de março de 2013), uma vez que a
mercadoria deveria ter sido imediatamente retornada ao emissor quando da
solicitação de cancelamento desta consumidora e a mesma ressarcida quanto aos
valores eventualmente já pagos e as parcelas remanescentes de sua fatura de cartāo
de crėdito canceladas.

2 – DOS DIREITOS E FUNDAMENTOS

2.1 – Da Relação de Consumo

Art. 5º, Decreto 7.962/2013. O fornecedor deve informar, de forma clara e ostensiva,
os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo
consumidor.
§ 1o O consumidor poderá exercer seu direito de arrependimento pela mesma
ferramenta utilizada para a contratação, sem prejuízo de outros meios
disponibilizados.
§ 2o O exercício do direito de arrependimento implica a rescisão dos contratos
acessórios, sem qualquer ônus para o consumidor.
§ 3o O exercício do direito de arrependimento será comunicado imediatamente pelo
fornecedor à instituição financeira ou à administradora do cartão de crédito ou similar,
para que:
I - a transação não seja lançada na fatura do consumidor; ou
II - seja efetivado o estorno do valor, caso o lançamento na fatura já tenha sido
realizado.
§ 4o O fornecedor deve enviar ao consumidor confirmação imediata do recebimento
da manifestação de arrependimento.

A Requerente continua pagando pelo produto, objeto desta lide, que consta em
sua terceira parcela, em seu próximo vencimento da fatura do cartão de crédito para
o dia 09/02/2019, totalizando até então a soma de R$ 689,70 (seissentos e oitenta e
nove reais e setenta reais) já pagas, e as demais parcelas, no valor de R$ 1.609,30
(mil seissentos e nove reais e trinta centavos) ainda a vencerem. O que
indubitavelmente, preenche os três requisitos necessários para que a Requerida seja
condenada ao ressarcimento em dobro do valor efetivamente pago pela Requerente,
nos termos do art. 42, parágrafo único do CDC c/c art. 5º do Decreto 7.962/2013,
quais sejam, a existência de cobrança indevida, o pagamento desta pelo consumidor
e “engano injustificável” uma vez que o próprio fornecedor reconheceu
expressamente o cancelamento do pedido, efetuou o recolhimento do produto e
expressou a previsão de estorno em cartão de crédito. Cabendo à Requerente o
ressarcimento no importe de R$ 1.379,40 (mil trezentos e setenta e nove reais e
quarenta e centavos).

Art. 42, CDC. Omissis


Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição
do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.” (sem grifos no
original).

Frise-se que a Requerente efetuou em 29.11.201 (seis dias após a compra do


produto) contato com a Requerida, o que gerou o protocolo de atendimento nº
6459790, e expressou o seu desejo de CANCELAR o pedido antes mesmo do produto
ter sido entregue pelo fornecedor. Mensagem esta que conta em anexo sendo prova
documental cabal para comprovar o exercício do direito de arrependimento da
Requerente, restando, se assim entender este douto juízo, como imprescindível para
a solução da lide, seja degravada pela Requerida, nos termos exatos de inversão do
ônus da prova aplicado ao CDC e à Lei 9.099/95.

Art. 6º da Lei 8.068/90. São direitos básicos do consumidor:


VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;
Neste sentido colaciona-se alguns julgados:
TJ-DF - ACJ: 16096320118070001 DF 0001609-63.2011.807.0001, Relator: JOSÉ
GUILHERME DE SOUZA, Data de Julgamento: 20/03/2012, 2ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Publicação: 11/04/2012, DJ-e Pág.
265.
CONSUMIDOR. CARTÃO DE CRÉDITO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE
REJEITADA. COBRANÇA INDEVIDA DE VALORES EM DUPLICIDADE NA FATURA
DO CONSUMIDOR. RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO DEVIDA. ENGANO
INJUSTIFICÁVEL. DEVOLUÇÃO EM DOBRO DEVIDA. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. 2) AVERIGUADO O PAGAMENTO INDEVIDO, PELO CONSUMIDOR,
DE QUANTIA COBRADA IRREGULARMENTE PELA EMPRESA REQUERIDA,
DEVE ESTA SER CONDENADA A DEVOLVER EM DOBRO OS VALORES
ILICITAMENTE COBRADOS, PRINCIPALMENTE QUANDO AUSENTE HIPÓTESE
DE ENGANO INJUSTIFICÁVEL (ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC). 3)
CONFORME FIRME JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
ÓRGÃO JUDICIÁRIO COM A ATRIBUIÇÃO DE PACIFICAR A INTERPRETAÇÃO
DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, A REGRA DO PARÁGRAFO ÚNICO
DO ART. 42 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, QUE DETERMINA A
DEVOLUÇÃO EM DOBRO, OBJETIVA CONFERIR À SUA INCIDÊNCIA FUNÇÃO
PEDAGÓGICA E INIBIDORA DE CONDUTAS LESIVAS AO CONSUMIDOR (RESP
Nº 817733) E PRESSUPÕE ENGANO INJUSTIFICÁVEL. IN CASU, HOUVE
COBRANÇA INDEVIDA, EFETIVO PAGAMENTO PELO CONSUMIDOR E ENGANO
INJUSTIFICÁVEL, DIANTE DE INÚMERAS TENTATIVAS DE SOLUCIONAR A
QUESTÃO EXTRAJUDICIALMENTE, SEM QUALQUER ÊXITO. INDUBITÁVEL O
DIREITO DA CONSUMIDORA À DEVOLUÇÃO EM DOBRO NO VALOR DE R$
1.098,00 EM DECORRÊNCIA DE COBRANÇA DE QUANTIA DOBRADA EM
FATURA DE CARTÃO DE CRÉDITO, CORRIGIDO MONETARIAMENTE A PARTIR
DA DATA DO EFETIVO DESEMBOLSO DE CADA PARCELA/FATURA, INCIDINDO
JUROS A PARTIR DA CITAÇÃO, NO PERCENTUAL DE 1% (UM POR CENTO) AO
MÊS.
Superior Tribunal de Justiça – STJ já se pronunciou no sentido de que "a só remessa
de carta de cobrança ao consumidor não preenche o suporte do art. 42, parágrafo
único, do Código de Defesa do Consumidor; diversamente do art. 1531 do Código
Civil, para o qual é suficiente a simples demanda, o Código de Defesa do Consumidor
apenas autoriza a repetição se o consumidor tiver efetivamente pago o indébito".
(STJ, REsp. nº 539.238/RJ, Relator Min. Ari Pargendler, DJ. 29.03.2004.)

2.2 – Do Dano Material

A Requerente como já descrito anteriormente, após realizar a compra da


mercadoria, e efetuar o pagamento, e mesmo após manter diversos contatos com a
Requerida não recebeu a devida restituiçāo do valor pago. Aplica-se ao fato em
espécie, a previsão legal contida no artigo 42, parágrafo único do CDC, que assim
reza:
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição
do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
A jurisprudência é pacífica em albergar o direito do consumidor esculpido na
norma acima transcrita. Senão vejamos:
RECURSO INOMINADO. (...) COMPRA DE MERCADORIA PELA INTERNET -
PAGAMENTO DA PRIMEIRA PARCELA MEDIANTE BOLETO BANCÁRIO -
AUSÊNCIA DE ENTREGA DO PRODUTO - DANO MATERIAL CONFIGURADO -
RESTITUIÇÃO EM DOBRO DO VALOR INDEVIDAMENTE PAGO -
OBSERVÂNCIA AO ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC. DANO MORAL
CONFIGURADO - APLICAÇÃO DO ENUNCIADO 8.1 DESTA TRU. (TRU – PR -
Recurso Inominado nº. 2010.0009596-3/0. Relator: Juiz Leo Henrique Furtado Araújo)
grifo nosso.
Os fatos narrados impingem à Requerida a culpa por este dissabor
experimentado pela Requerente, cabendo-lhe, por conseguinte, a responsabilidade
pelo ressarcimento em dobro dos valores pagos. O ressarcimento destes valores
deve ser por óbvio realizado em dobro, acrescido de atualização monetária, que visa
manter o capital hígido, e de juros moratórios no percentual previsto em lei.
Ora Excelência, a Requerente pagou por algo que não recebeu, está evidente
a má-fé da Requerida, que vendeu um produto, recebeu do consumidor, mais não lhe
concedeu sua restituiçāo do valor pago, e ainda, continua a cobrar as demais
parcelas, acarretando a Requerente a obrigaçāo de arcar com essa despesa indevida,
comprometendo seu orçamento e planejamento de gastos financeiros mensal. Isto é
inadmissível.

2.3 – Do Dano Moral

É indubitável que o descumprimento contratual por parte da Requerida


configura fato do serviço, o que caracterizou abuso e desrespeito ao consumidor.
Demais disso, o descaso com o consumidor, acarretou dano extra-patrimonial
a Autora, eis que a mesma experimentou a angústia, o constrangimento, a frustração
e indignação anormal, que excede o que se entende como natural e regular por força
da vida em coletividade, fazendo jus a indenização, conforme se alinha à
jurisprudência, vejamos:
Diante dos fatos acima relatados, mostra-se patente a configuração dos “danos
morais” sofridos pela Autora, conforme prescreve o CDC, no artigo 30, que consagra
o princípio da boa-fé que deve vigorar nas relações de consumo desde a fase pré-
contratual, visando tal norma coibir os abusos praticados por intermédio da relaçāo
de consumo, obrigando o fornecedor a restituir o valor pago.
A responsabilidade do fornecedor é objetiva pelos danos que causar ao
consumidor, independente da existência ou não de culpa, na forma dos artigos 14 e
22 do CDC, bastando para tanto a existência de nexo de causalidade entre o evidente
defeito do serviço prestado, e dano causado.
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos
diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, incisos V e X, da
Carta Magna/1988, em que é assegurado o direito a indenização por dano material,
moral ou à imagem.
Outrossim, conforme a inteligência dos artigos 186 e 927, do Código Civil/2002:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”,
ficando obrigado a repará-lo.
A consumidora se sentiu inútil, enganada, impotente perante a arbitrariedade
e abusividade da Requerida que a compeliu a pagar por um produto que não recebeu,
resultando, sem dúvida, no abalo psicológico, impondo assim o dever de indenizar
pelo dano moral causado ao requerente.
E não se trata apenas disso, restou frustrada a pretensão da Requerente, após
diversas as tentativas, de resolver a questão de forma amigável, porém o descaso da
Requerida serviu para ultrapassar o mero dissabor, desconforto.
Assim, evidenciados pressupostos para a responsabilidade civil da empresa
reclamada, o dano moral dispensa prova concreta para a sua caracterização, que
origina o dever de indenizar, eis que suficiente a prova da existência do ato ilícito,
pois o dano moral existe “in re ipsa”.

3 – DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO

Uma vez reconhecida à existência do dano moral, e o conseqüente direito à


indenização dele decorrente, necessário se faz analisar o aspecto do “quantum”
pecuniário a ser considerado e fixado, não só para efeitos de reparação do prejuízo,
mas também sob o cunho de caráter punitivo ou sancionatório, preventivo e repressor.
Essa indenização que se pretende em decorrência dos danos morais há de ser
arbitrada, mediante estimativa prudente, que possa em parte, compensar o "dano
moral" da Autora, no caso, a súbita surpresa que lhe gerou constrangimento e abalo
moral.
Assim, pelo evidente dano moral que provocou a Requerida, é de impor-se a
devida e necessária condenação, com arbitramento de indenização a Requerente, no
importe de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais).

4 – DOS PEDIDOS

Diante do exposto Excelência, e mais o que o seu notório conhecimento


certamente suprirá, respeitosamente requer:
A) a citação da requerida para tomar conhecimento da presente para, querendo, no
prazo legal contestá-la, sob as penas dos artigos 285 e 319 do CPC;
C) condenar a ré, ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e
punitivo, pelos danos morais causados ao autor, tudo conforme fundamentado, em
valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela, qual, no
entendimento do autor amparado em pacificada jurispru dência, deve ser equivalente
a R$ 14.000,00 (quatorze mil reais). Ou então, em valor que esse D. Juízo fixar,
pelos seus próprios critérios analíticos e jurídicos;
D) condenar a requerida, nos termos do art. 42, Parágrafo único do CDC, a restituir
em dobro a quantia paga pelo requerente, na compra do celular, no importe de R$
1.375,40 (mil trezentos e setenta e cinco reais e quarenta e centavos);
E) a procedência total da presente, com julgamento antecipado da lide com a
conseqüente condenação da Requerida ao pagamento das custas processuais e 20%
de honorários advocatícios e demais cominações legais;
F) a inversão do ônus da prova em favor da Autora, conforme autoriza Art. 6º, Inciso
VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
G) incluir na esperada condenação da Ré, a incidência juros e correção monetária na
forma da lei em vigor, desde sua citação;
H) deferir a produção de provas por todos os meios admitidos em lei, principalmente,
oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do preposto da Requerida, juntada de
documentos, dentre outras que se fizerem necessárias ao deslinde da causa.

5 – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a presente causa, o valor de 15.375,40 (quinze mil trezentos e setenta


e cinco reais e quarenta centavos), equivalente ao valor da indenização pretendida
pelo Autor bem como a repetição do indébito – desde a citação das Ré, pelo que se
pede v. Respeitável, DEFERIMENTO.

Brasília, 22 de janeiro de 2020.


Karine Alves Frois
OAB/DF 587.68

Você também pode gostar