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Tribunal de Justiça

Gabinete Desa. Elisabeth Carvalho Nascimento

Apelação Cível n. 0732109-26.2022.8.02.0001


Defeito, nulidade ou anulação
2ª Câmara Cível
Relatora : Desa. Elisabeth Carvalho Nascimento
Apelante : Banco Pan Sa.
Advogado : Antônio de Moraes Dourado Neto (OAB: 7529A/AL).
Apelada : Leila Maria Murta de Barros Gomes.
Advogada : Carla Santos Cardoso (OAB: 14686/AL).

APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA QUE JULGOU PARCIALMENTE PROCEDENTE A


DEMANDA. CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. BANCO BMG. RECURSO DA
INSTITUIÇÃO RÉ. ALEGAÇÃO DE CIÊNCIA DA PARTE AUTORA SOBRE A
MODALIDADE DO NEGOCIO JURÍDICO CONTRATADA. ACOLHIDA. EXISTÊNCIA
DE INSTRUMENTO CONTRATUAL NOS AUTOS ONDE SE VERIFICA A INDICAÇÃO
SOBRE A FORMA COMPLETA DE ADIMPLEMENTO INTEGRAL DA OBRIGAÇÃO,
BEM COMO O NÚMERO DE PARCELAS A SEREM LANÇADAS E ADIMPLIDAS
ATRAVÉS DA FATURA DO CARTÃO DE CRÉDITO. CUMPRIMENTO PELA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DO DEVER DE INFORMAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE
FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E, CONSEQUENTEMENTE, DEVER DE
INDENIZAR. ENTENDIMENTO SEDIMENTADO PELA SEÇÃO ESPECIALIZADA
CÍVEL, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 02 DE MAIO DE 2022. EVOLUÇÃO DO
ENTENDIMENTO DESTA RELATORIA. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. UNANIMIDADE.

Nos autos de n. 0732109-26.2022.8.02.0001 em que figuram como parte


recorrente Banco Pan Sa e como parte recorrida Leila Maria Murta de Barros Gomes,
ACORDAM os membros da 2ª Câmara Cível em CONHECER do recurso para, no
mérito, DAR-LHE PROVIMENTO, reformando a sentença apelada para julgar
improcedentes os pedidos formulados na inicial e inverter o ônus da sucumbência,
de sorte a condenar a parte autora nas custas processuais e honorários
advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da
causa, os quais ficam com a exigibilidade suspensa por ser a parte autora
beneficiária da gratuidade da justiça, a teor do art. 98, § 3º, do CPC.
Participaram deste julgamento os Excelentíssimos Senhores
Desembargadores mencionados na certidão retro.
Maceió, data da assinatura eletrônica.

Desa. Elisabeth Carvalho Nascimento - Relatora

Proc. Nº 0732109-26.2022.8.02.0001 - Acórdão, Rel. e Voto TJ/AL - 2ª Câmara Cível A10


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Tribunal de Justiça
Gabinete Desa. Elisabeth Carvalho Nascimento

Apelação Cível n. 0732109-26.2022.8.02.0001


Defeito, nulidade ou anulação
2ª Câmara Cível
Relatora : Desa. Elisabeth Carvalho Nascimento
Apelante : Banco Pan Sa.
Advogado : Antônio de Moraes Dourado Neto (OAB: 7529A/AL).
Apelada : Leila Maria Murta de Barros Gomes.
Advogada : Carla Santos Cardoso (OAB: 14686/AL).

RELATÓRIO

Trata-se de recurso de apelação interposto por Banco Pan Sa, em face da


sentença proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Cível da Capital, a qual julgou
parcialmente procedente a demanda, condenando o demandado em dano moral no
importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), além de repetição do indébito, com
compensação de valores. Condenou a parte ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação.

A parte apelante narrou, em síntese, que a sentença combatida merece ser


reformada, visto que a conduta elencada como abusiva possuía previsão contratual e era
de plena ciência da parte apelada, conforme assinatura ao termo de adesão de cartão de
crédito consignado. Alegou que trouxe aos autos documentação probatória apta a
demonstrar a regularidade da contratação, assim como demonstrou a relação entre o que
foi demonstrado em peça contestatória e a documentação acostada à petição inicial, não
havendo que se falar em falta de compreensão da apelada no ato da contratação e em
irregularidade na contratação do cartão de crédito consignado.

Declarou, ainda, que a reserva de margem consignável possui expressa


autorização e previsão legal, logo, não há que se falar em nulidade do contrato, bem

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como em cancelamento da reserva de margem.

Ademais, aduziu que diante do negócio jurídico existente entre as partes, não
há que se falar em restituição dos descontos, e que por não haver falha na prestação do
serviço, prática de ato ilícito, e tampouco prova de que o apelante estaria agindo de má-
fé, a instituição apelante não deve pagar danos morais, ante sua inexistência.
Subsidiariamente, pugnou pela sua redução.

Requereu ao final o conhecimento e provimento do recurso com a reforma total


da sentença impugnada para julgar totalmente improcedente a demanda.

Contrarrazões da parte apelada nas fls. 359/363, em que pugnou pelo não
provimento do presente recurso de apelação.

É, em síntese, o relatório.

VOTO

Preenchidos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade recursal,


merece conhecimento o recurso interposto.

Esclareço, primeiramente, que a relação estabelecida entre as partes aqui


litigantes detém cunho consumerista, tendo em vista que a parte autora se enquadra no
conceito de consumidor, conforme determina o caput do art. 2º do CDC, e a parte ré se
subsume ao conceito de fornecedor, nos termos do caput do art. 3º do mesmo Diploma
Legal, bem como que o Superior Tribunal de Justiça já editou a súmula 297, dispondo
que “o Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

Isso implica dizer que a responsabilidade civil a ser aplicada ao caso em

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testilha é a objetiva, por ser a regra estabelecida pelo art. 14 da Lei n.º 8.078/1990, que,
como visto, é a norma de regência a ser aplicada no presente feito, in verbis: "O
fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos".

Dito isso, no caso em espeque, é fato incontroverso que a parte autora celebrou
termo de adesão a cartão de crédito consignado e autorização para desconto em folha de
pagamento junto ao banco apelante. Contudo, de um lado, a demandada alega que não
reconhece esse tipo de contratação, e, de outro lado, a instituição financeira ré sustenta
que a apelada tinha ciência dos termos do negócio jurídico realizado, acostando faturas
e comprovante de saque para corroborar com suas alegações.

Conforme tem sido destacado por este Tribunal, a modalidade contratual


adquirida pela parte consumidora tem sido objeto de diversas demandas junto ao
Judiciário. Por meio dessa modalidade, a instituição bancária fornece um cartão de
crédito, cujos valores são, apenas em parte, adimplidos mediante consignação em folha
de pagamento.

Em diversos autos, os autores alegam não terem sido informados, de forma


clara e precisa, acerca da real dinâmica aplicada pela instituição financeira, e que são
conduzidos a uma operação de que decorre um cartão de crédito que possibilita a
realização de saques, resultando em uma operação de empréstimos de valores que são
adimplidos em parte através de descontos em folha de pagamento e, em parte, por meio
da quitação das faturas mensais.

Na prática, a dinâmica aplicada pelo banco acarreta verdadeiro "efeito cascata",

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pois os valores apontados nos boletos que, muitas vezes, sequer chegam às residências
dos consumidores, acabam refletindo nas faturas posteriores, acrescidos de encargos
moratórios, prolongando-se ao longo dos anos, vez que a avença não tem termo certo de
duração. Dessa maneira, essa espécie contratual revela uma modalidade
costumeiramente denominada "venda casada", prática reprimida pelo art. 39, inciso I do
CDC1.

Tem-se uma forma de contrato de empréstimo mais onerosa aos consumidores


e, por conseguinte, mais rentável à instituição financeira, em violação à boa-fé objetiva
que deve pautar as relações consumeristas, a qual implica “(...) a exigência nas relações
jurídicas do respeito e da lealdade com o outro sujeito da relação, impondo um dever
de correção e fidelidade, assim como o respeito às expectativas legítimas geradas no
outro2".

Além disso, o princípio da boa-fé impõe ao fornecedor um dever de informar


qualificado, visto que não exige apenas o cumprimento formal do oferecimento de
informações, mas também o dever substancial de que estas sejam efetivamente
compreendidas pelo consumidor. Trata-se do dever de esclarecimento, "pelo qual o
fornecedor é obrigado a informar sobre os riscos do serviço, as situações em que o
mesmo é prestado, sua forma de utilização dentre outros aspectos relevantes da
contratação3", e que, nesses casos, não é cumprido de maneira satisfatória pela
instituição financeira, pois as partes não são informadas devidamente sobre o
funcionamento do contrato, acarretando em falha na prestação do serviço.
1Art.
39: É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço,
bem como, sem justa causa, a limites quantitativos
2 MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor 5ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, p.

134.
3 MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor 5ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, p.

135.

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No entanto, dentro do cenário narrado, alguns casos se destacam por apresentar


elementos que induzem ao entendimento de que houve o cumprimento do dever de
informação pelo banco. É a hipótese dos autos.

Da análise dos instrumentos contratuais, é possível verificar na fl. 308 que


houve indicação do funcionamento do cartão de crédito e a dinâmica envolvida.

Assim, nessa hipótese, considerando o entendimento sedimentado pela Seção


Especializada Cível, em sessão realizada no dia 02 de maio de 2022, tem-se que a
demonstração no instrumento contratual da forma completa de adimplemento integral
da obrigação implica na demonstração da ciência da parte consumidora sobre o
funcionamento do negócio jurídico e o cumprimento pela instituição financeira do dever
de informação, inexistindo falha na prestação do serviço e, consequentemente, dever de
indenizar.

Assim, uma vez que, para a configuração da responsabilidade objetiva


aplicável no âmbito das relações de consumo, é exigido que se comprove a conduta
ilícita, o dano e o nexo de causalidade entre o fato e o dano, e, uma vez que não restou
configurado o ato ilícito praticado pelo banco, não há o que se falar em dano moral
passível de reparação ou devolução de pagamentos supostamente indevidos.

Nesse sentido, inclusive, é o posicionamento desta Câmara Cível em casos


idênticos:

APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA QUE JULGOU


PARCIALMENTE PROCEDENTE A DEMANDA. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO. BANCO BMG. RECURSO DA
INSTITUIÇÃO RÉ. ALEGAÇÃO DE CIÊNCIA DA PARTE
AUTORA SOBRE A MODALIDADE DO NEGOCIO JURÍDICO
CONTRATADA. ACOLHIDA. EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTO

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CONTRATUAL NOS AUTOS ONDE SE VERIFICA A


INDICAÇÃO SOBRE A FORMA COMPLETA DE
ADIMPLEMENTO INTEGRAL DA OBRIGAÇÃO, BEM COMO O
NÚMERO DE PARCELAS A SEREM LANÇADAS E
ADIMPLIDAS ATRAVÉS DA FATURA DO CARTÃO DE
CRÉDITO. CUMPRIMENTO PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
DO DEVER DE INFORMAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E, CONSEQUENTEMENTE, DEVER
DE INDENIZAR. ENTENDIMENTO SEDIMENTADO PELA
SEÇÃO ESPECIALIZADA CÍVEL, EM SESSÃO REALIZADA NO
DIA 02 DE MAIO DE 2022. EVOLUÇÃO DO ENTENDIMENTO
DESTA RELATORIA. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. UNANIMIDADE.
(Número do Processo: 0735476-63.2019.8.02.0001; Relator (a): Des.
Otávio Leão Praxedes; Comarca: Foro de Maceió; Órgão julgador: 2ª
Câmara Cível; Data do julgamento: 21/07/2022; Data de registro:
21/07/2022)

APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DECLARATÓRIA DE


NULIDADE DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO COM
RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC) E
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM RESTITUIÇÃO
DE VALORES EM DOBRO E INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTES OS
PEDIDOS AUTORAIS. APELO DA PARTE CONSUMIDORA.
PESSOA NÃO ALFABETIZADA. ALEGAÇÃO DE NULIDADE,
EM RAZÃO DO NÃO PREENCHIMENTO DAS
FORMALIDADES LEGAIS PARA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO. EVOLUÇÃO DE ENTENDIMENTO PARA
APLICAR A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA QUE VEM SE CONSOLIDANDO NO SENTIDO DE
QUE OS CONTRATOS FIRMADOS COM PESSOAS
ANALFABETAS DEVEM EXIGIR COMO FORMALIDADE,
ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE, OS REQUISITOS PREVISTOS
NO ART. 595, DO CÓDIGO CIVIL, QUAIS SEJAM,
ASSINATURA A ROGO POR TERCEIRO E SUBSCRITO POR
DUAS TESTEMUNHAS. IMPOSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA
DE ASSINATURA A ROGO POR PROCURADOR CONSTITUÍDO
POR MEIO DE INSTRUMENTO PÚBLICO. EXPRESSÃO DO
LIVRE CONSENTIMENTO QUE ASSEGURA A LIBERDADE DE
CONTRATAR AO ANALFABETO, BEM COMO ÀQUELE QUE
SE ENCONTRE IMPOSSIBILITADO DE LER E ESCREVER.
REQUISITOS PREENCHIDOS. INOCORRÊNCIA DE

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IRREGULARIDADE NOS CONTRATOS PACTUADOS.


EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTO CONTRATUAL NOS AUTOS
ONDE SE VERIFICA A INDICAÇÃO SOBRE A FORMA
COMPLETA DE ADIMPLEMENTO INTEGRAL DA
OBRIGAÇÃO, BEM COMO O NÚMERO DE PARCELAS A
SEREM LANÇADAS E ADIMPLIDAS ATRAVÉS DA FATURA
DO CARTÃO DE CRÉDITO. CUMPRIMENTO PELA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DO DEVER DE INFORMAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E,
CONSEQUENTEMENTE, DEVER DE INDENIZAR.
ENTENDIMENTO SEDIMENTADO PELA SEÇÃO
ESPECIALIZADA CÍVEL, EM SESSÃO REALIZADA NO DIA 02
DE MAIO DE 2022. EVOLUÇÃO DO ENTENDIMENTO DESTA
RELATORIA. SENTENÇA MANTIDA. MAJORAÇÃO DOS
HONORÁRIOS RECURSAIS. EXIGIBILIDADE SUSPENSA.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE E NÃO PROVIDO.
DECISÃO UNÂNIME.
(Número do Processo: 0700137-57.2021.8.02.0006; Relator (a): Juiz
Conv. Hélio Pinheiro Pinto; Comarca: Foro de Cacimbinhas; Órgão
julgador: 2ª Câmara Cível; Data do julgamento: 04/08/2022; Data de
registro: 05/08/2022)

Assim, diante do provimento do recurso, impõe-se a reforma da sentença para


julgar improcedentes os pedidos formulados na inicial.

Com a reforma da sentença e a improcedência dos pedidos da parte autora,


inverto o ônus da sucumbência, de sorte a condenar a parte autora nas custas
processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa, os quais ficam com a exigibilidade suspensa por ser a parte
autora beneficiária da gratuidade da justiça, a teor do art. 98, § 3º, do CPC.

Pelo exposto, voto no sentido de CONHECER do recurso para, no mérito,


DAR-LHE PROVIMENTO, reformando a sentença apelada para julgar
improcedentes os pedidos formulados na inicial e inverter o ônus da sucumbência,
de sorte a condenar a parte autora nas custas processuais e honorários
advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da

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causa, os quais ficam com a exigibilidade suspensa por ser a parte autora
beneficiária da gratuidade da justiça, a teor do art. 98, § 3º, do CPC.

É como voto.

Desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento


Relatora

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