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17/04/24, 10:52 PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - DOU - Imprensa Nacional

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 10/06/2021 | Edição: 107 | Seção: 1 | Página: 109
Órgão: Ministério da Economia/Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

PORTARIA Nº 247, DE 7 DE JUNHO DE 2021

Aprova o Regulamento Técnico da Qualidade e os Requisitos de


Avaliação da Conformidade para Mangueiras de PVC
Plastificado para Instalação Doméstica de Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP) - Consolidado.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA -


INMETRO, no exercício da competência que lhe foi outorgada pelos artigos 4º, § 2º, da Lei nº 5.966, de 11
de dezembro de 1973, e 3º, incisos I e IV, da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999, combinado com o
disposto nos artigos 18, inciso V, do Anexo I ao Decreto nº 6.275, de 28 de novembro de 2007, e 105, inciso
V, do Anexo à Portaria nº 2, de 4 de janeiro de 2017, do então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços, considerando o que determina o Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019, e o que consta
no Processo SEI nº 0052600.003895/2021-10, resolve:

Objeto e âmbito de aplicação

Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Consolidado para Mangueiras de PVC Plastificado para
Instalação Doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), na forma do Regulamento Técnico da
Qualidade, dos Requisitos de Avaliação da Conformidade e das Especificações para o Selo de Identificação
da Conformidade, fixados, respectivamente, nos Anexos I, II e III desta Portaria.

Art. 2º O Regulamento Técnico da Qualidade, estabelecido no Anexo I, determina os requisitos,


de cumprimento obrigatório, referentes à segurança do produto.

Art. 3º Os fornecedores de mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás


Liquefeito de Petróleo (GLP) deverão atender integralmente ao disposto no presente Regulamento.

Art. 4º A mangueira de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP), objeto deste Regulamento, deverá ser fabricada, importada, distribuída e comercializada,
de forma a não oferecer riscos que comprometam a segurança do usuário, independentemente do
atendimento integral aos requisitos ora publicados.

§ 1º Aplica-se o presente Regulamento às mangueiras de PVC flexível com reforço de fibra têxtil,
destinadas a serem utilizadas como condutores do GLP na instalação doméstica do recipiente
transportável para GLP.

§ 2º Encontram-se excluídos do cumprimento das disposições previstas neste Regulamento as


mangueiras de PVC flexível utilizadas para outros fins, bem como mangueiras de outro material.

Art. 5º A cadeia produtiva de mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP) fica sujeita às seguintes obrigações e responsabilidades:

I - o fabricante nacional deve fabricar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso, mangueiras


de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) conforme o disposto
neste Regulamento;

II - o importador deve importar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso, mangueiras de PVC


plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) conforme o disposto neste
Regulamento;

III - os demais entes da cadeia produtiva e de fornecimento de mangueiras de PVC plastificado


para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), incluindo o comércio em estabelecimentos
físicos ou virtuais, devem manter a integridade do produto, das suas marcações obrigatórias, preservando
o atendimento aos requisitos deste Regulamento.

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Parágrafo único. Caso um ente exerça mais de uma função na cadeia produtiva e de
fornecimento, entre as anteriormente listadas, suas responsabilidades são acumuladas.

Exigências Pré-Mercado

Art. 6º As mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP), fabricadas, importadas, distribuídas e comercializadas em território nacional, a título
gratuito ou oneroso, devem ser submetidas, compulsoriamente, à avaliação da conformidade, por meio do
mecanismo de certificação, observados os termos deste Regulamento.

§ 1º Os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Mangueiras de PVC Plastificado para


Instalação Doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) estão fixados no Anexo II desta Portaria.

§ 2º A certificação não exime o fornecedor da responsabilidade exclusiva pela segurança do


produto.

Art. 7º Após a certificação, as mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP) importadas, distribuídas e comercializadas em território nacional, a título
gratuito ou oneroso, devem ser registradas no Inmetro, considerando a Portaria Inmetro nº 258, de 6 de
agosto de 2020, ou substitutiva.

§ 1º A obtenção do registro é condicionante para a autorização do uso do Selo de Identificação


da Conformidade nos produtos certificados e para sua disponibilização no mercado nacional.

§ 2º O modelo de Selo de Identificação da Conformidade aplicável para mangueiras de PVC


plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) encontra-se no Anexo III desta
Portaria.

Art. 8º As mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP) abrangidas pelo Regulamento ora aprovado, estão sujeitas ao regime de licenciamento de
importação não automático, devendo o importador obter anuência junto ao Inmetro, considerando a
Portaria Inmetro nº 18, de 14 de janeiro de 2016, ou substitutiva.

Vigilância de Mercado

Art. 9º As mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de


Petróleo (GLP), objeto deste Regulamento, estão sujeitas, em todo o território nacional, às ações de
vigilância de mercado executadas pelo Inmetro e entidades de direito público a ele vinculadas por
convênio de delegação.

Art. 10. Constitui infração a ação ou omissão contrária ao disposto nesta Portaria, podendo
ensejar as penalidades previstas na Lei nº 9.933, de 1999.

Art. 11. O fornecedor, quando submetido a ações de vigilância de mercado, deverá prestar ao
Inmetro, quando solicitado, as informações requeridas em um prazo máximo de 15 dias.

Prazos e disposições transitórias

Art. 12. A publicação desta Portaria não implica na necessidade de que seja iniciado novo
processo de certificação com base nos requisitos ora consolidados.

Parágrafo único. Os certificados já emitidos deverão ser revisados, para referência à Portaria ora
publicada, na próxima etapa de avaliação.

Cláusula de revogação

Art. 13. Ficam revogadas, na data de vigência desta Portaria, as Portarias Inmetro:

I - nº 659, de 17 de dezembro de 2012, publicada no Diário Oficial da União de 19 de dezembro


de 2012, seção 1, página 100;

II - nº 660, de 17 de dezembro de 2012, publicada no Diário Oficial da União de 19 de dezembro


de 2012, seção 1, páginas 100 a 101; e

III - nº 221, de 5 de maio de 2015, publicada no Diário Oficial da União de 6 de maio de 2015,
seção 1, página 55.

Vigência

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Art. 14. Esta Portaria entra em vigor em 1º de julho de 2021, conforme determina art. 4º do
Decreto nº 10.139, de 2019.

MARCOS HELENO GUERSON DE OLIVEIRA JUNIOR


ANEXOS

ANEXO I - REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA MANGUEIRAS DE PVC


PLASTIFICADO PARA INSTALAÇÃO DOMÉSTICA DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

1.OBJETIVO

Este Regulamento Técnico da Qualidade estabelece os requisitos técnicos obrigatórios para


mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), a serem
atendidos por toda cadeia fornecedora do produto no mercado nacional.

2. SIGLAS

GLP - Gás Liquefeito de Petróleo

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

RTQ - Regulamento Técnico da Qualidade

PVC - Policloreto de Vinila

3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Para fins deste RTQ, é adotado o seguinte documento complementar:

ABNT NBR 8613:1999 - Mangueira de PVC Plastificado para Instalações Domésticas de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP).

4. DEFINIÇÕES

Para fins deste RTQ são adotadas as definições a seguir, complementadas pelas contidas no
documento citado no item 3 deste RTQ.

4.1 Mangueira para GLP

Condutor do GLP utilizado na instalação doméstica do recipiente transportável para GLP.

4.2 PVC

Policloreto de Vinila, sendo formado por cloro (derivado do cloreto de sódio) e etileno (derivado
do petróleo).

4.3 Vida Útil

Período no qual a mangueira para GLP apresenta um desempenho dentro das características
definidas neste RTQ e na norma ABNT NBR 8613:1999.

5. REQUISITOS GERAIS

5.1 As mangueiras para GLP não podem apresentar quaisquer imperfeições de fabricação,
devendo ser fabricadas de cloreto de polivinila plastificado, com aditivos a critério do fabricante, e por
processo que assegure a obtenção de um produto em conformidade com este RTQ.

5.2 As mangueiras para GLP devem ser constituídas por:

a) camada interna: camada que constitui a parte interior, ficando em contato direto com o gás. A
camada interna deve ser perfeitamente lisa, sem costura e isenta de quaisquer partículas estranhas que
em serviço possam ser arrastadas pelo gás ou combinadas com este;

b) reforço têxtil: componente intermediário, destinado a garantir as características de resistência


mecânica da mangueira para GLP;

c) camada externa: camada que se sobrepõe ao reforço, e se destina a proteger os


componentes interiores e a conferir ao tubo o acabamento final.

5.3 As camadas internas e externas das mangueiras para GLP devem ser transparentes e
incolores, com uma tarja amarela na camada externa, a fim de indicar a sua utilização, e totalmente isentas
de bolhas, falhas ou saliências que possam ser detectadas visualmente.
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5.4 A mangueira para GLP deve possuir comprimento entre 0,80 m e 1,25 m, sendo que esta
deve ser fabricada já cortada.

5.5 As mangueiras para GLP não podem apresentar emenda.

5.6 Não é permitida a aplicação de qualquer tipo de revestimento externo que venha a
descaracterizar as mangueiras para GLP na sua forma original, bem como interferir na sua utilização.

5.7 As mangueiras de PVC reforçadas com fibra têxtil devem ter as seguintes dimensões:

a) diâmetro interno = (10 + 0,3) mm;

b) espessura de parede entre 3,9 mm e 4,9 mm;

c) largura da tarja de 4,0 mm a 8,0 mm, mantendo-se a inscrição dentro da tarja.

5.8 O furo interior e a seção externa do tubo da mangueira devem ser circulares e concêntricos,
sendo que a descentralização do furo não pode exceder 0,3 mm.

5.9 A massa específica das camadas externa e interna da mangueira de GLP deve ser de (1,25 +
0,03) g/cm3.

5.10 As mangueiras para GLP devem ser resistentes ao uso continuado, devendo a dureza das
camadas interna e externa da mangueira, medida no tempo de 15 segundos, ser de (70 + 5) Shore A. Após
envelhecimento em butano líquido, é admissível um aumento de 10% em relação ao valor inicial.

5.11 Quando submetida à passagem do butano em sua fase líquida, a mangueira para GLP não
pode perder mais que 2% de sua massa inicial, nem ganhar massa.

5.12 Após submetida à passagem do butano em sua fase líquida, a mangueira para GLP deve ser
submetida a ciclos de torção/flexão, não podendo apresentar alterações visuais, tais como fissuras e
rasgaduras substanciais generalizadas, nem deve apresentar perda de estanqueidade e alterações de cor
após 4 000 ciclos.

5.13 As mangueiras para GLP devem ter resistência a uma pressão hidrostática igual ou superior
a 5 MPa (mangueiras novas) ou 4 MPa (mangueiras envelhecidas).

5.14 As mangueiras para GLP devem apresentar uma dilatação do diâmetro externo menor ou
igual a 2 mm quando submetidas a uma pressão hidrostática interna, de acordo com as seguintes
condições:

a) Pressão = 1,7 MPa;

b) Tempo = 1 min.

5.15 De forma a manter um mínimo satisfatório de aderência entre as camadas, os componentes


da mangueira para GLP não podem, quando submetidos a uma aplicação de força, se desprender com
força inferior a 100 N.

5.16 As mangueiras para GLP, quando instaladas em aparelhos de queima, devem resistir à
temperatura de 120°C, não podendo apresentar alterações visuais, tais como fissuras e rasgaduras
substanciais e generalizadas, nem devendo apresentar perda da estanqueidade, deformações do diâmetro
(fechamento) e perda de massa superior a 2%.

5.17 A mangueira para GLP deve resistir ao óleo aquecido na faixa de 200°C, e manter o
diâmetro interno de tal forma que permita a passagem pelo seu interior de uma esfera rígida de diâmetro
(6,0 + 0,1) mm, não devendo ocorrer carbonização.

6. IDENTIFICAÇÃO E INSTRUÇÕES

6.1 Identificação

6.1.1 No produto

As mangueiras para GLP devem possuir, no mínimo, as seguintes inscrições indeléveis, apostas
na camada externa, a intervalos regulares não superiores a 0,60 m, com caracteres de 4 a 8 mm de altura,
dentro da largura da tarja:

a) marca ou identificação do fabricante (razão social / nome fantasia);

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b) Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, contendo o número de registro do


Inmetro;

c) a expressão: "USO DOMÉSTICO COM REGULADOR PARA GLP";

d) a expressão "Pn 2,8 kPa";

e) mês e ano de fabricação;

f) ano de término da vida útil, com quatro dígitos, considerado como cinco anos após o ano de
sua fabricação, com a seguinte inscrição: "VAL. _____".

6.1.2 Na Embalagem

a) marca ou identificação do fabricante (razão social / nome fantasia);

b) endereço do fabricante;

c) Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, contendo o número de registro do


Inmetro.

6.2 Instruções

A mangueira para GLP deve apresentar instruções claras e objetivas a respeito da sua correta
instalação e utilização, contendo no mínimo as seguintes informações:

a) "UTILIZAR SOMENTE COM REGULADOR DE BAIXA PRESSÃO CERTIFICADO";

b) "UTILIZAR SOMENTE EM INSTALAÇÕES DOMÉSTICAS DE GLP";

c) "A MANGUEIRA PARA GLP NÃO PODE ATRAVESSAR NEM SER EMBUTIDA EM PAREDES";

d) "FIXAR AS EXTREMIDADES SOMENTE COM BRAÇADEIRAS APROPRIADAS";

e) "NÃO SE PODE EFETUAR QUALQUER TIPO DE EMENDA (SOLDAGEM OU COLAGEM)";

f) "NÃO PODE SER UTILIZADA EM FOGÕES DE EMBUTIR";

g) "NÃO PODE PASSAR POR TRÁS DO FOGÃO";

h) "OBSERVAR O PRAZO DE VALIDADE";

i) "PRESSÃO NOMINAL 2,8 kPa";

j) "NÃO APLICAR QUALQUER REVESTIMENTO NO PRODUTO";

k) informar o comprimento nominal, em metros.

Nota: Estas informações devem constar na embalagem da mangueira para GLP ou em etiqueta
adesivada diretamente no produto.

ANEXO II - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA MANGUEIRAS DE PVC


PLASTIFICADO PARA INSTALAÇÃO DOMÉSTICA DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

1. OBJETIVO

Estabelecer os critérios e procedimentos para avaliação da conformidade para mangueiras de


PVC plastificado para instalação doméstica de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), com foco na segurança,
por meio do mecanismo de certificação, visando à prevenção de acidentes quando da sua utilização.

Nota: Para simplicidade de texto, as mangueiras de PVC plastificado para instalação doméstica
de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) são referenciadas nestes Requisitos como "mangueira(s) para GLP".

1.1 AGRUPAMENTO PARA EFEITO DE CERTIFICAÇÃO

1.1.1 Para certificação do objeto deste RAC, aplica-se o conceito de modelo.

1.1.2 A certificação de mangueiras para GLP deve ser realizada para cada modelo do objeto, que
se constitui como um conjunto de exemplares do produto da mesma unidade fabril, com especificações
próprias, estabelecidas por mesmas características construtivas, ou seja, mesmo processo produtivo e
dimensões.

2. SIGLAS

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Para fins deste RAC, são adotadas as siglas a seguir, complementadas pelas siglas contidas no
RGCP e nos documentos complementares do item 3 deste RAC.

GLP - Gás Liquefeito de Petróleo

PVC - Policloreto de Vinila

3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Para fins deste RAC, são adotados os seguintes documentos complementares, além daqueles
estabelecidos no RGCP.

Portaria Inmetro nº 200, de 2021 - Requisitos Gerais de Certificação de Produtos - RGCP.

ABNT NBR 8613:1999 - Mangueira de PVC Plastificado para Instalações Domésticas de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP).

ASTM D 792:2020 - Standard test methods for density and specific gravity (relative density) and
density of plastics by displacement.

4. DEFINIÇÕES

Para fins deste RAC, são adotadas as definições contidas nos documentos relacionados no item
3 deste RAC.

5. MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

Este RAC utiliza a certificação como mecanismo de avaliação da conformidade para mangueiras
para GLP.

6. ETAPAS DE AVALIAÇAO DA CONFORMIDADE

6.1 Definição do Modelo de Certificação utilizado

Este RAC estabelece o seguinte modelo para a certificação:

Modelo de Certificação 5: Avaliação inicial consistindo de ensaios em amostras retiradas no


fabricante, incluindo auditoria do Sistema de Gestão da Qualidade - SGQ, seguida de avaliação de
manutenção periódica através de coleta de amostra do produto no comércio, para realização das
atividades de avaliação da conformidade, e auditoria do SGQ.

6.2 Avaliação Inicial

6.2.1 Solicitação de Certificação

6.2.1.1 Para a Solicitação de Certificação devem ser observados os critérios estabelecidos no


RGCP, devendo o fornecedor encaminhar, ainda, o memorial descritivo de cada modelo de mangueira para
GLP objeto da certificação, elaborado conforme subitem 6.2.1.2 deste RAC.

6.2.1.2 O memorial descritivo das mangueiras para GLP contempladas por este RAC, a ser
apresentado pelo fornecedor ao OCP, deve conter no mínimo:

a) razão social, nome fantasia e endereço da empresa fornecedor;

b) razão social e CNPJ do fabricante;

c) nome comercial do produto;

d) matéria prima utilizada na fabricação do produto;

e) descrição do produto (uso pretendido, tamanho, cor, características, etc.);

f) descrição resumida do método de fabricação;

g) registros fotográficos de cada modelo de mangueira para GLP (podendo ser aceito catálogo
do fabricante); e

h) data de emissão do documento.

6.2.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação

Os critérios de Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação devem atender aos


requisitos estabelecidos no RGCP, devendo o OCP analisar a documentação complementar, relacionada no
subitem 6.2.1 deste RAC.
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6.2.3 Auditoria Inicial do Sistema de Gestão da Qualidade

Os critérios de Auditoria Inicial do SGQ devem atender aos requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.4 Plano de Ensaios Iniciais

Os critérios do plano de ensaios iniciais devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.4.1 Definição dos Ensaios a serem realizados

6.2.4.1.1 Os ensaios e verificações devem ser realizados em cumprimento ao RGCP e a todos os


requisitos estabelecidos no RTQ do objeto.

6.2.4.1.2 A conformidade das mangueiras para GLP quanto aos requisitos 5.1 a 5.6 do RTQ deve
ser demonstrada por meio de inspeção visual e medições.

6.2.4.1.3 A conformidade das mangueiras para GLP quanto aos requisitos 5.7 a 5.17 do RTQ deve
ser demonstrada por meio dos ensaios descritos na Tabela 1 a seguir. A conformidade do previsto no item 6
do RTQ será verificada através de inspeção visual.

Tabela 1 - Descrição dos ensaios a serem realizados.

Requisito do Ensaio Base Normativa


RTQ

5.7 Verificação dimensional ABNT NBR


8613:1999
ABNT NBR
5.8 Medições da descentralização do furo 8613:1999
5.9 Determinação da Massa Específica ASTM D 792:2020

5.10 Determinação de Dureza ABNT NBR


8613:1999
ABNT NBR
5.11 Perda de massa em butano líquido 8613:1999

5.12 Ciclos de torção/flexão após perda de massa em butano ABNT NBR


líquido 8613:1999

5.13 Ensaio de resistência à pressão hidrostática ABNT NBR


8613:1999
ABNT NBR
5.14 Determinação da dilatação sob pressão hidrostática 8613:1999

5.15 Ensaio de aderência entre camadas ABNT NBR


8613:1999

5.16 Ensaio de envelhecimento à temperatura elevada ABNT NBR


8613:1999
ABNT NBR
5.17 Estabilidade dimensional após imersão em óleo aquecido 8613:1999

6.2.4.2 Definição da Amostragem

6.2.4.2.1 A definição da amostragem deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.4.2.2 O plano de amostragem para os ensaios de prova, contraprova e testemunha deve


seguir o descrito na Tabela 2 a seguir:

Tabela 2 - Amostragem para realização dos ensaios.

Ensaios/Inspeções
visuais e medições PROVA CONTRAPROVA TESTEMUNHA

7 unidades 7 unidades 7 unidades


Conforme estabelecido representativas do representativas do representativas do
na Tabela 1 deste RAC mesmo modelo de mesmo modelo de mesmo modelo de
mangueiras para GLP mangueiras para GLP mangueiras para GLP

6.2.4.2.3 O plano de distribuição das unidades amostradas, para a realização de cada ensaio
especificado na Tabela 1 deste RAC, deve estar de acordo com a Tabela 2 deste RAC, passando-se todas as
unidades amostradas por todos os ensaios estabelecidos para cada grupo de ensaios especificados.

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6.2.4.2.4 A coleta das amostras deverá ser feita pelo OCP, de forma aleatória, por modelo de
produto, desde que o modelo já tenha sido inspecionado e liberado pelo controle de qualidade da fábrica,
ou na área de expedição, pronto para comercialização.

6.2.4.2.5 Em caso de reprovação no ensaio de prova, todos os ensaios devem ser repetidos em
novas amostras (contraprova e testemunha), tendo como base os critérios deste RAC.

6.2.4.2.6 O plano de distribuição das unidades amostradas, para a realização de cada ensaio
especificado no RTQ deve estar de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3 - Fragmentação da amostra de mangueiras para GLP para a realização dos ensaios de
prova.

Ensaios/Inspeções visuais e medições Quantidade de mangueiras


(conforme definido no RTQ para Mangueiras para GLP) para GLP para cada ensaio
Identificação e Instruções Todas as 7 unidades amostradas.
Verificação Dimensional
Descentralização do Furo
Determinação de dureza 1 unidade de mangueira para GLP
Massa específica
Perda de massa em butano líquido 1 unidade de mangueira para GLP
Ciclo de torção/flexão após perda de massa em butano líquido
Ensaio de resistência à pressão hidrostática 1 unidade de mangueira para GLP
Determinação da dilatação sob pressão hidrostática 1 unidade de mangueira para GLP
Ensaio de aderência entre camadas 1 unidade de mangueira para GLP
Ensaio de envelhecimento à temperatura elevada 1 unidade de mangueira para GLP
Estabilidade dimensional após imersão em óleo aquecido 1 unidade de mangueira para GLP

Nota 1: A fragmentação de amostras especificada na Tabela 3 é referente a todos os ensaios


previstos nos requisitos do RTQ, e corresponde à distribuição amostral para a realização dos ensaios de
prova. Para a realização dos ensaios de contraprova e testemunha, deve-se utilizar a mesma fragmentação
amostral definida nesta Tabela 3.

Nota 2: Os ensaios de Identificação e Instruções, Verificação Dimensional e Descentralização do


Furo, devem ser realizados em todas as unidades coletadas, previamente à realização dos demais ensaios.

6.2.4.3 Definição do Laboratório

Os critérios para definição do laboratório devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.5 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação Inicial

Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação inicial devem seguir
os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.6 Emissão do Certificado de Conformidade

6.2.1.6.1 Os critérios para emissão do Certificado de Conformidade na etapa de avaliação inicial


devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.2.1.6.2 O Certificado de Conformidade deve ter validade de 03 (três) anos a partir de sua
emissão.

6.2.1.6.3 No certificado de Conformidade, deve haver a indicação do modelo certificado. A


notação do modelo deve ser realizada da seguinte forma:

Quadro 1 - Instrução de notação do modelo no Certificado de Conformidade

Descrição Código de barras


Modelo
(Descrição técnica das comercial
Marca (Designação comercial do modelo e códigos características do modelo) (Para todas as
de referência comercial, de todas as versões, - Processo Produtivo versões, quando
se existentes). existente).
- Dimensões

6.3 Avaliação de Manutenção


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6.3.1 A avaliação de manutenção deve ser programada pelo OCP, de acordo com os critérios
estabelecidos no RGCP.

6.3.2 A primeira avaliação de manutenção deve ocorrer 6 meses após a emissão do Certificado
de Conformidade.

6.3.3 Se o fornecedor apresentar alguma não conformidade na auditoria e/ou no ensaio de


manutenção, a próxima avaliação de manutenção ocorrerá, novamente, após 6 meses, desde que
evidencie a adoção de ações corretivas adequadas às não conformidades encontradas anteriormente.

6.3.4 Se o fornecedor não apresentar não conformidades na auditoria e no ensaio de


manutenção, a próxima avaliação de manutenção ocorrerá somente após 12 meses da realização da
avaliação de manutenção anterior.

6.3.5 A periodicidade para a Avaliação de Manutenção deve ser de 6 ou 12 meses, contados a


partir da data de emissão do Certificado de Conformidade. O aumento do espaçamento está unicamente
ligado à não identificação de não conformidades na avaliação de manutenção. Neste caso, o intervalo de
tempo passa a ser o superior. Entretanto, caso seja encontrada não conformidade nas avaliações de
manutenção subsequentes, o espaçamento é novamente reduzido para 6 meses, reiniciando-se então
novo ciclo. Os intervalos de 6 e 12 meses são os mínimos e máximos, respectivamente, possíveis entre as
avaliações de manutenção.

6.3.6 Auditoria de Manutenção

Os critérios para auditoria de manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP,


na periodicidade estabelecida neste RAC.

6.3.7 Plano de Ensaios de Manutenção

Os critérios para o plano de ensaios de manutenção devem seguir o RGCP, os requisitos


estabelecidos no subitem 6.2.4, na periodicidade estabelecida neste RAC.

6.3.7.1 Definição dos ensaios a serem realizados

Os ensaios de manutenção devem ser realizados, por modelo, conforme o descrito no subitem
6.2.4.1 deste RAC.

6.3.7.2 Definição da Amostragem de Manutenção

A definição da amostragem deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP, complementadas


pelas condições do subitem 6.2.4.2 deste RAC.

6.3.7.3 Definição do Laboratório

Os critérios para a definição do laboratório devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.3.8 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação de Manutenção

Os critérios para tratamento de não conformidade na etapa de avaliação de manutenção devem


seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.3.9 Confirmação da Manutenção

Os critérios para a confirmação da manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP.

6.4 Avaliação de Recertificação

6.4.1 Os critérios para a avaliação da recertificação devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP e neste RAC.

6.4.2 A avaliação de recertificação deve ser realizada a cada 03 (três) anos.

6.4.3 A avaliação de recertificação deve ser concluída antes do vencimento do prazo de validade
do Certificado de Conformidade.

7. TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES

Os critérios para tratamento de reclamações devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

8. ATIVIDADES EXECUTADAS POR OCP ACREDITADO POR MEMBRO DO MLA DO IAF

https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-247-de-7-de-junho-de-2021-324795234 9/11
17/04/24, 10:52 PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - DOU - Imprensa Nacional

Os critérios para atividades executadas por OCP acreditado por membro do MLA do IAF devem
seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

9. TRANSFERÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO

Os critérios para transferência da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP.

10. ENCERRAMENTO DA CERTIFICAÇÃO

Os critérios para encerramento da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP.

11. SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE

11.1 A aposição do Selo de Identificação da Conformidade deve ser feita diretamente no produto
e na embalagem do mesmo, conforme estabelecido no Anexo III.

11.2 Para a aposição do Selo de Identificação da Conformidade na embalagem do produto, este


deve ser impresso ou adesivado em cada embalagem, de forma visível e indelével.

11.3 Para a aposição do Selo de Identificação da Conformidade diretamente no produto, este


deve ser impresso a cada 0,60 m de mangueira para GLP certificada, de forma visível e indelével.

12. AUTORIZAÇÃO PARA USO DO SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE

Os critérios para Autorização do uso Selo de Identificação da Conformidade devem seguir os


requisitos estabelecidos no RGCP.

13. RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES

Os critérios para responsabilidades e obrigações devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP.

14. ACOMPANHAMENTO NO MERCADO

Os critérios para acompanhamento no mercado devem seguir os requisitos estabelecidos no


RGCP.

15. PENALIDADES

Os critérios para aplicação de penalidades devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

16. DENÚNCIAS, RECLAMAÇÕES E SUGESTÕES

Os critérios para envio de denúncias, reclamações e sugestões devem seguir o disposto no


RGCP.

ANEXO III - SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE

Figura 1 - Selo de Identificação da Conformidade

PORTARIA Nº 247, DE 7 DE JUNHO DE 2021

2. Selo de Identificação da Conformidade na Embalagem do Produto:

O Selo de Identificação da Conformidade estabelecido pelo Inmetro, contendo a identificação


da conformidade deverá ser afixado diretamente na embalagem do produto, podendo ser selecionada
uma das opções constantes na Figura 2 a seguir.

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17/04/24, 10:52 PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - PORTARIA Nº 247, de 7 de junho de 2021 - DOU - Imprensa Nacional

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-247-de-7-de-junho-de-2021-324795234 11/11

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