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Termos em que,
Espera deferimento.
OAB – MA 24841-A
RAZÕES DO RECURSO
DA JUSTIÇA GRATUITA
Nos termos dos incisos XXXIV e LXXIV, do Artigo 5º, da Constituição Federal,
combinado com Artigo 4º, da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86,
o AUTOR DECLARA QUE TEMPORARIAMENTE NÃO TEM CONDIÇÕES DE
ARCAR COM EVENTUAL ÔNUS PROCESSUAL sem prejuízo do próprio sustento e
de sua família.
Assim, faz jus aos benefícios da gratuidade de justiça, pois, o acesso à justiça é um
objetivo cada vez maior da sociedade em um estado democrático de Direito.
Razão pela qual, nos termos do art. 99 do CPC, requer de pronto a concessão dos
benefícios da justiça gratuita, cujo com tal finalidade, conforme consta nos autos,
apresenta à declaração de pobreza da Autora e extrato consignações de benefício
previdenciário no qual consta o valor da renda mínima que a mesma recebe.
I-DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL
O presente apelo deve ser conhecido, uma vez que é adequado, interposto
pela parte legítima, processualmente interessada e regularmente representada. O
Recurso é tempestivo, uma vez que fora interposto no prazo legal, previsto pelo
CPC.
No que pertine ao preparo este não deve será levado a rigor, uma vez que o(a)
demandante, ora recorrente é pobre nos termos da Lei 1.060/50, conforme consta na
própria exordial, precisamente trata-se de um(a) aposentada(o), pelo que requer os
benefícios da Justiça Gratuita.
Não obstante, o Recorrido não juntou aos autos o repasse dos valores
supostamente contratados que justifiquem os descontos ilegais realizados pelo recorrido
no benefício previdenciário da recorrente referente ao contrato nº 341536687-5.
Em se tratando de empréstimo consignado, a Súmula nº 18 do TJPI
disciplina:
Sendo assim, mesmo que o banco recorrido tenha juntado aos autos suposto
contrato, deverá comprovar a transferência do valor do mesmo para a conta
bancária do contratante, sob pena de nulidade da suposta contratação.
No seu sentido mais comum, o princípio pacta sunt servanda refere-se aos
contratos privados, enfatizando que as cláusulas e pactos e ali contidos são um direito
entre as partes, e o não-cumprimento das respectivas obrigações implica a quebra do
que foi pactuado. Esse princípio geral no procedimento adequado da práxis comercial
— e que implica o princípio da boa-fé — é um requisito para a eficácia de todo o
sistema, de modo que uma eventual desordem seja às vezes punida pelo direito de
alguns sistemas jurídicos mesmo sem quaisquer danos diretos causados por qualquer
das partes.
No caso em questão, a recorrente foi obrigada a pagar várias parcelas de
empréstimo sem que tenha sequer solicitado e tão pouco se beneficiado de tais
valores, o que comprova que mesmo que o suposto contrato tenha existido
legalmente não teria sido cumprido e muito menos respeitado pela parte recorrida
pois em momento algum comprova o repasse de tais valores a Recorrente.
DO DANO MORAL
O banco não juntou nenhum documento que comprove sua alegação. Outro
ponto que deve ser observado é a informação repassada pelo banco de que repassou um
valor bem menor do que o supostamente contratado.
A Segunda Seção do Colendo Superior Tribunal de Justiça publicou recente
súmula (479) com os seguintes dizeres: “As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos
praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”.
Desse modo, não tendo o banco réu se cercado dos cuidados necessários, agindo
com negligência, imperícia e imprudência, causando também danos materiais a autora,
deve o banco ser condenado ao pagamento em dobro pelas quantias descontadas
de seu benefício de forma indevida, não havendo que se falar em compensação, por se
tratar de contrato fraudulento.
Nesse sentido:
IV – DOS PEDIDOS
3) Requer, ainda lhe seja deferida a assistência judiciária, nos termos do art. 4º,
da Lei 1.060/50, por não ter condições, no momento, de arcar com as custas do
preparo e eventual sucumbência;
Nestes Termos,
Pede deferimento.
OAB – MA 24841-A