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“É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso” (Art.4º, § 1º, da
Lei 10.741/2003 – ESTATUTO DO IDOSO).
Termos em que,
Espera deferimento.
OAB – MA 24841-A
RAZÕES DO RECURSO
Em que pese a cultura jurídica do MM. Juiz prolator da sentença de primeiro grau, a
demandante, ora recorrente, não pode se conformar com os termos da decisão recorrida, vez
que, não foi acertada como comumente ocorre, porquanto não houve a fixação do DANO
MORAL, data vênia, considerando as peculiaridades do caso em tela, deixando de
atingir suas finalidades: PUNITIVA, COMPENSATÓRIA e PEDAGÓGICA, ainda
mais em se tratando de VERBA ALIMENTAR DE PESSOA IDOSA; GRAVIDADE DO
ILICITO PERPETRADO; CONDIÇÃO SOCIAL DA VÍTIMA; PATRIMÔNIO
ECONÔMICO DO DEMANDADO E REITERAÇÃO DE ILÍCITOS DESSA
NATUREZA, DE MODO QUE A CONTUMÁCIA NÃO TORNEM ENDÊMICAS AS
FRAUDES DESSA NATUREZA EM NOSSO PAÍS, GERANDO UMA VERDADEIRA
INVERSÃO DA ORDEM, FATO ESTE QUE VEM SENDO COMBATIDO PELO STJ
COM FIRMEZA, assim sendo, esta merece ser reformada TOTALMENTE, pelos motivos
de fato e de direito que o recorrente passa a aduzir:
O presente apelo deve ser conhecido, uma vez que é adequado, interposto pela
parte legítima, processualmente interessada e regularmente representada. O Recurso é
tempestivo, uma vez que fora interposto no prazo legal, previsto pelo CPC.
No que pertine ao preparo este não deve será levado a rigor, uma vez que o(a)
demandante, ora recorrente é pobre nos termos da Lei 1.060/50, conforme consta na própria
exordial, precisamente trata-se de um(a) aposentada(o), pelo que requer os benefícios da
Justiça Gratuita.
Também não há nos autos relato de furto e/ou roubo dos documentos pessoais do
requerente o que poderia ensejar a utilização desses documentos por terceiros,
caracterizando assim fraude.
Nesse contexto, a parte autora deixou de apresentar provas capazes de corroborar com
sua alegações, motivo pelo qual não se desincumbiu de seu ônus probatório imposto
no inciso I do artigo 373 do CPC2015.
Não obstante, com a devida vênia, a r. sentença ora impugnada, deve ser reformada na
medida em que não foram consideradas a ausência de comprovação pelo banco Réu, ora
recorrido, da regularidade da suposta contratação, momento em que o mesmo deixou
de apresentar contratos nº 333488999; 333489115; 335675882; 335675984;
338352425 E 345901191 EM NOME DA AUTORA, BEM COMO COM SUA
ASSINATURA/DIGITAL OU CONTRATO VIRTUAL. Ressalte, ínclitos
julgadores, que o banco recorrido apresentou os referidos contratos que
supostamente teriam sido formalizados com a parte autora, no entanto, os
mesmos ENCONTRAM-SE EM NOME DE FRANCISCA DAS CHAGAS
NAZÁRIO SANTOS (pessoa alheia ao processo), configurando os CASOS
CLÁSSICOS DE FABRICAÇÃO DE CONTRATOS FRAUDULENTOS pelo
banco recorrido. Observe-se ainda que utilizam todos os dados pessoais da
recorrente para fraudar os referidos contratos. Comprova-se tal alegação, que o
recorrido, através de seus causídicos, SEQUER MENCIONARAM A RESPEITO
DE TAIS CONTRATOS EM MATÉRIA DE DEFESA.
Importante destacar ainda que o banco recorrido SEQUER JUNTOU AOS AUTOS
QUALQUER COMPROVANTE de repasse dos valores discutidos nos referidos contratos à
parte recorrente.
DO DANO MORAL
A MM. Juíza de 1º Grau, não concedeu o pedido de indenização por danos morais pois
argumenta que não houve ato ilícito, e sim exercício regular de direito. Todavia, o banco não
juntou nenhum documento que comprove suas alegações.
Soma-se a isso, o fato de o desconto ter se estendido por longo período em benefício
de caráter alimentar. Desse modo, o dano moral no presente caso mostra-se “in re ipsa”,
tendo em vista que ocasionados por débitos contraídos mediante fraude.
O banco não juntou nenhum documento que comprove sua alegação. Outro ponto que
deve ser observado é a informação repassada pelo banco de que repassou um valor bem
menor do que o supostamente contratado.
Desse modo, não tendo o banco réu se cercado dos cuidados necessários, agindo com
negligência, imperícia e imprudência, causando também danos materiais a autora, deve o
banco ser condenado ao pagamento em dobro pelas quantias descontadas de seu
benefício de forma indevida, não havendo que se falar em compensação, por se tratar de
contrato fraudulento.
Nesse sentido:
IV – DOS PEDIDOS
3) Requer, ainda lhe seja deferida a assistência judiciária, nos termos do art. 4º, da
Lei 1.060/50, por não ter condições, no momento, de arcar com as custas do preparo e
eventual sucumbência;
Nestes Termos,
Pede deferimento.
OAB – MA 24841-A