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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE

MACAÉ/RJ.

GERSON, brasileiro, solteiro, medico, portador da carteira de identidade nº _____,


expedida pelo _____, inscrito no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ____,
domiciliado na cidade de Vitória/ES, vem por seu advogado, com endereço
profissional constante da procuração em anexo, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC,
vem, a esse juízo, propor

AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO

Pelo procedimento comum, em face de BERNARDO, brasileiro, viúvo, profissão___,


portador da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob
o nº _____, endereço eletrônico ____, domiciliado na cidade de Salvador/BA e
Janaína, solteira, menor impúbere, portadora da carteira de identidade nº _____,
expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico __,
domiciliada na cidade de Macaé/RJ, representada por sua genitora, _____,
nacionalidade ____, estado civil ____, profissão_____, portadora da carteira de
identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço
eletrônico ___, domiciliada na cidade de _______/UF, pelos fatos e fundamentos
jurídicos que passa a expor.

1 – DOS FATOS

A PARTE AUTORA é credora da PRIMEIRA PARTE RÉ, conforme nota promissória


(DOC. X), já vencida desde o dia 10 de outubro de 2016. Logo após o vencimento da
referida dívida, a PRIMEIRA PARTE RÉ, de maneira ardilosa, doou os seus dois
imóveis para a SEGUNDA PARTE RÉ, o primeiro situado na cidade de Aracruz/ES e
o segundo na cidade de Linhares/ES, ambos com valor avaliado em R$ 300.000,00.
Conforme a certidão de ônus reais dos imóveis (DOC. __), os registros da referida
doação foram gravados com cláusula de usufruto vitalício em favor da PRIMEIRA
PARTE RÉ, além de cláusula de incomunicabilidade.

Os imóveis, no momento presente, encontram-se alugados a terceiros.

2 – DOS FUNDAMENTOS

O negócio jurídico celebrado entre a PRIMEIRA e a SEGUNDA PARTE RÉ é


incontestavelmente anulável, em razão de a transmissão gratuita dos bens só ter
ocorrido com o intuito de lesar os interesses da PARTE AUTORA, que é credor da
PRIMEIRA PARTE RÉ, com dívida já vencida, eivando o negócio de defeito, conforme
previsão contida no artigo 158 do Código Civil.

A PRIMEIRA PARTE RÉ possui dívidas que totalizam o montante de R$400,000,00,


sendo certo que o negócio gratuito por ele efetivado com a SEGUNDA PARTE RÉ,
incontestavelmente, o reduziu a insolvência.

Com base no exposto, a PARTE AUTORA, como credora da PRIMEIRA PARTE RÉ,
tem a plena faculdade de pleitear a anulação do negócio jurídico em questão,
amparada pela previsão expressa no mencionado dispositivo legal.

Cito aqui uma decisão similar a que contém no caso concreto em questão:

“DIREITO CIVIL. AÇÃO PAULIANA. EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO. ALIENAÇÃO DE BENS ANTERIORMENTE AO
AJUIZAMENTO DE AÇÃO DE COBRANÇA. DOAÇÃO DE
IMÓVEIS AOS FILHOS DO DEVEDOR. FRAUDE CONTRA
CREDORES. 1. A "fraude contra credores" é vício que torna
anulável o ato jurídico, mas não pode ser reconhecido através de
Embargos de Terceiro ou na própria execução fiscal, dependendo
de ação própria (ação pauliana) para a anulação do ato jurídico
questionado, movida pelo credor interessado, conforme Súmula
nº 195 e precedentes do Eg. Superior Tribunal de Justiça. 2.
Entende-se que só é possível a presunção de fraude à execução
quando a alienação de bens do devedor ocorre após a citação da
ação de cobrança. Mas, se a alienação ocorre antes da citação,
somente em ação pauliana pode o credor reclamar do ato de
disposição. 3. A ação pauliana, também dita revocatória,
pressupõe a situação de insolvência do devedor, tendo como
pressuposto central de cabimento a anterioridade do crédito aos
atos de alienação que reduziram o devedor ao estado de
insolvência, a prática de atos lesivos aos credores e a existência
de consilium fraudis, caracterizado pela má-fé ou intuito das
partes em ilidir os efeitos da cobrança. 4. Restou patente nos
autos, de acordo com as datas nas quais se originaram os débitos
(entre 1995 e 2004) e aquelas nas quais foram realizadas as
doações dos imóveis (outubro de 2003 - fls. 13/17 e 18/20), o
intuito dos requeridos de frustrar uma futura execução, uma vez
que o contribuinte já tinha ciência da inadimplência e da
possibilidade de constituição do crédito tributário, bem como da
previsibilidade do desenlace de uma futura ação fiscal. 5. A
alienação gratuita de bens entre os réus (pais e filhos) nos força
a concluir pelo conluio entre o alienante e o adquirente6.
Embargos de declaração parcialmente acolhidos para suprir a
omissão apontada, sem, todavia, conceder-lhes efeitos
infringentes. 6. Embargos de declaração acolhidos com efeitos
infringentes. (TRF-3 - AC: 00087125220084039999 SP, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL WILSON ZAUHY, Data de
Julgamento: 07/02/2017, PRIMEIRA TURMA, Data de
Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:21/02/2017)”

E ainda sobre vicio do negócio jurídico, Flávio Tartuce comenta:

“Segundo o art. 159 do CC, serão igualmente anuláveis os


contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência
for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro
contratante. Traz esse dispositivo uma presunção relativa (iuris
tantum) do consilium fraudis, a caracterizar o vício social do
negócio jurídico. Presumindo o concílio de fraude diante de uma
relação de parentesco”
Portando, não há dúvida quanto ao direito da PARTE AUTORA, fazendo-se jus ao
acolhimento do pedido de declaração do negócio jurídico realizado entre a PRIMEIRA
e a SEGUNDA PARTE RÉ.

3 – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o autor requer a esse juízo:

A- Gratuidade de justiça;

B- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu


comparecimento;

C- Citação do réu para integrar a relação processual

D- Que seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico;

E- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais
e nos honorários advocatícios.

4 – DAS PROVAS

Requer a produção das provas documentais, depoimento pessoal, testemunhal e


daquelas que se fizerem necessárias no curso da instrução processual.

5 – VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

Pede deferimento.

Macaé, 17 de outubro de 2016.

Nome do Advogado

OAB/ (Sigla do Estado)


AO JUIZO DO TRABALHO DA _ VARA DA COMARCA DE SETE LAGOAS/MG

NELSON AVIZ, estado civil..., profissão técnico de informática, inscrito no CPF nº...,
endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua... nº... bairro... cidade...,
Estado..., CEP..., representado por seu advogado..., procuração em anexo, com
escritório profissional localizado a rua...nº..., cidade..., Estado..., CEP..., onde
receberá notificações e intimações, como fundamento no art. 840 da CLT e art 390 do
CPC propor,

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

pelo rito ordinário, na forma do art. 840 CLT em face de ALFA LTDA, pessoa jurídica
de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº..., com endereço a rua..., nº..., cidade...,
Estado..., CEP..., pelas razões a seguir expostas.

 DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Preliminarmente, o reclamante informa que submissão da demanda à tentativa


conciliatória perante a Comissão de Conciliação Prévia, prevista no art. 625-D da CLT,
trata-se de faculdade da parte, de acordo com o entendimento do STF nos autos ADI
2139 e ADI 2160.

 DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Reclamante requer os benefícios da Justiça Gratuita previstos nos arts. 790, §3º e
§4º da CLT c/c art. 98 e 99, §2º e 3º do CPC/2015, pois não possui condições
financeiras de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento
e de sua família.

I – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO

O reclamante foi contratado pela empresa Alfa Ltda., para desempenhar a função de
técnico de informática, do qual exercia regulamente, porém em sua CTPS consta a
função de auxiliar de serviços gerais, anotado com o salário de R$1.200,00.

No dia 28/04/2018, o reclamante foi dispensado da empresa por justa causa, por
conduta inadequada, a qual foi feita esta anotação em sua CTPS.

II – DO DIREITO

1 - ADICIONAL NOTURNO

O reclamante exercia sua atividade laboral das 20h às 5h, de segunda à sábado,
assim, deve ser considerado adicional noturno, uma vez que o autor cumpria sua
jornada integralmente em horário noturno, nos termos do art. 73, §2º da CLT e sumula
60, II do TST.

Requer a condenação do reclamado ao pagamento do adicional de 20% sobre a hora


diurna, conforme art. 73 da CLT, com reflexos em RSR, férias acrescidas de 1/3, 13º
salário, aviso prévio e FGTS com multa de 40%. No valor de ...

2 - HORA EXTRAS E INTERVALO

O reclamante exercia suas atividades das 20h às 5h, com 20 minutos de intervalo para
as refeições, ultrapassando assim, tanto os limites de 8 horas por dia e 44 semanais,
conforme art.7º , XVI da CF, art. 58 da CLT, quanto ao intervalo, que tem por direito,
40 minutos, conforme dispõe 71 § 4 da CLT.

Requer a condenação do empregador, ao pagamento das horas extras excedente a


8ª diária e 44 semanal, acrescida do adicional de 50%, conforme art. 7º XVI da CF e
art. 58 da CLT. Juntamente com a correção do intervalo, conforme art. 71 §4 da CLT,
base de cálculo todas as parcelas de natureza salarial, com os reflexos em RSR, férias
acrescidas de 1/3, aviso prévio, 13º salário, FGTS com multa de 40%. No valor de
R$...

3 - JUSTA CAUSA

O reclamante foi demitido por justa causa, por CONDUTA INADEQUADA, a qual o
mesmo alega não ter cometido. Em sua CTPS, consta o registro da dispensa por essa
conduta.

Além do que, não foi informado ao reclamante qual conduta ele teria praticado por ser
dispensado por justa causa, conforme dispõe sumula 212 do TST, onde cabe ao
empregador o ônus da prova. Diante o exposto, requer seja afastado a justa causa da
demissão.

4 - RETIFICAÇÃO DA CTPS COM A FUNÇÃO REALMENTE EXERCIDA E


DIFERENÇA SALARIAL

O reclamante exercia a função de técnico de informática, a qual o salário era de


R$1.200,00, entretanto, em sua CTPS, consta a função de auxiliar de serviços gerais.
A convenção coletiva da categoria de técnico de informática, consta que o piso
normativo para esta função seria no valor de R$1.800,00. Diante o exposto, requer as
diferenças salarias diante o piso salarial apresentado, condenando o reclamado ao
pagamento das diferenças de todo o período em que o reclamante exerceu a função
de técnico de informática e a retificação da CTPS, a fim de que conste a real função
e valor, conforme estabelece o art. 29 da CLT.

Nesse sentido, mostra-se também o entendimento do tribunal referente ao desvio de


função:

“RECURSO ORDINÁRIO. COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E


ESGOTOS. DESVIO DE FUNÇÃO. CONFIGURAÇÃO. DIFERENÇAS
SALARIAIS. DEVIDAS. O desvio de função consiste no exercício de
função diversa daquela para a qual o trabalhador foi contratado, sem que
haja alteração no seu salário. Assim, o desvio de função envolve a
hipótese em que um empregado exerce a mesma função de outro,
embora não esteja registrado como tal e perceba salário diferente, nos
termos do art. 460 da CLT. Comprovado nos autos que o autor
trabalhava desviado de função, impõe-se o pagamento de diferenças
salariais e reflexos pertinentes. Recurso da reclamada a que se nega
provimento. (TRT-1, 00114494120145010541, Relator
Desembargador/Juiz do Trabalho: PAULO MARCELO DE MIRANDA
SERRANO, Gabinete do Desembargador Paulo Marcelo de Miranda
Serrano, Publicação: DEJT 11-05-2018)”

A doutrina traz nas palavras de Sergio Pinto Martins, a definição de desvio de função:

“Ocorre desvio de função quando o empregado exerce


outra função, sem que haja o pagamento do salário
respectivo. O desvio cria o direito ao pagamento das
diferenças salariais enquanto houver o exercício da
função”.

5 - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL

O reclamante exibiu que na parte de anotações gerais em sua CTPS, consta que o
reclamante foi dispensado por justa causa em razão de sua conduta inadequada. Nos
termos do art. 29, § 4º da CLT, é vedado ao empregador efetuar anotações
desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS.

Ademais, acreditando que seja afastado a justa causa pelas razões de fato e de
direito, requer que seja retificada a CTPS do reclamante a fim de que seja retirado a
anotação de “conduta inadequada”. Diante todo exposto, requer a condenação do
reclamado ao pagamento de Dano Moral pela anotação de penalidade na CTPS do
reclamante, conforme dispõe o art. 223-C da CLT.

6 - DEVOLUÇÃO DO FGTS

O reclamante apresentou cópias dos contracheques em que consta descontos do


FGTS, no qual, nos termos do art. 15 da lei nº 9.036/90, é obrigação do empregador
o pagamento correspondente a 8% para o FGTS.

III - PEDIDOS

Desta forma REQUER:


a) Deferimento da gratuidade de justiça, na forma do art. 790, §3º e 4º da CLT e
art. 98 e 99, §2º e §3º do CPC
b) Que seja afastado a justa causa da demissão;
c) Pagamento do aviso prévio indenizado a luz do art. 487 da CLT, de 30 dias
com integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas
contratuais e rescisórias, R$...;
d) Pagamento das férias proporcionais de 5/12 (cinco doze avos) acrescido do
terço constitucional, conforme súmula 328 do TST, art 7º XVII da CF e súmula
171 da TST, a razão de R$...;
e) Pagamento do décimo terceiro proporcional de 4/12 (quatro doze avos)
conforme art 3º da Lei nº 4.090/1961, a razão de R$...;
f) Multa do FGTS de 40%, conforme estabelece o art. 18 da Lei nº 8.036, a razão
de R$...;
g) As horas extras devidas com adicional de 50% superior da hora normal, haja
vistas o labor superior de 44 horas semanais de 4 horas, sendo essas horas
extras, conforme dispõe o art 59, §1º, art 58 ambos da CLT e art 7º, XIII,
CRFB/88, R$...;
h) O pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com
acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal de trabalho,
R$...;
i) O provimento adicional noturno a luz do art. 7º, IX da CF e art 73 e §2º da CLT,
com adicional de 20% sobre as horas diurnas das 7 horas em que o reclamante
laborava conforme explicado anteriormente, R$...;
j) As diferenças salarias diante o piso salarial apresentado, condenando o
reclamado ao pagamento das diferenças de todo o período em que o
reclamante exercia a função de técnico de informática e a retificação da CTPS
a fim de que conste o real valor e a função, conforme estabelece o art. 29 da
CLT, R$...;
k) A condenação do reclamado ao pagamento do Dano Moral pela anotação de
penalidade na CTPS do autor, conforme dispõe o art 223-C da CLT, R$...;
l) Devolução do desconto do FGTS, R$...;
m) A notificação da reclamada para comparecer à audiência, onde poderá
apresentar contestação sob pena de revelia; e
n) A condenação da reclamada em custas e honorários sucumbenciais de 15%,
na forma do art. 791-A CLT

IV - DAS PROVAS

Requer a produção de provas por todos os meios admitidos em direito, em especial o


depoimento pessoal da parte, testemunhal e documental suplementar, na forma do
art. 369 do CPC.

V - DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$

Nestes termos,

Pede deferimento

Local/Data

Advogado/OAB-UF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ª VARA DO
TRABALHO DA CIDADE DE CAMPINAS

Ômega S.A, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob nº..., com sede na..., nº..., Bairro,
Campinas/SP, CEP ..., endereço eletrônico, vem por seu advogado infra-assinada em
procuração anexa, com endereço profissional na..., nº..., bairro, município/estado
CEP..., endereço eletrônico, onde deve ser intimada com fulcro no artigo 77, V do
CPC/15 e 840 § 1º da CLT, vem propor a presente:

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Pelo rito Sumaríssimo, com fulcro no artigo 852-A da CLT, em face de João,
nacionalidade, estado civil, recepcionista, data de nascimento, inscrito no CPF sob
nº..., e RG sob nº..., portador da CTPS nº..., inscrito no PIS sob nº..., nome da mãe,
endereço eletrônico, residente e domiciliado na ..., nº..., bairro, Município/UF CEP ...,
pelos fatos e fundamentos que passo a expor:

I - DOS FATOS

O Consignatário exercia função de pedreiro na empresa Consignante tendo sido


admitido em 05/01/2018 e sendo dispensado e concedido o aviso prévio de forma
indenizada dia 10/10/2018.

O pagamento das verbas rescisórias devidas e a entrega dos documentos hábeis para
o requerimento de outros direitos, foram marcados para o dia 15/10/2018, no próprio
local de trabalho, oportunidade na qual o trabalhador faria, também, a retirada dos
seus pertences pessoais que ficaram no armário, umas fotografias e uma camisa de
clube de futebol, porém, neste dia a consignante não tinha o dinheiro e pediu para o
Consignatário voltar em 60 dias.
Na data combinada, o Consignatário não apareceu e também não justificou sua
ausência, a Consignante tentou por diversas formas o contato, porém, sem sucesso.
Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho do Consignatário objetivando não
incorrer em mora quanto às eventuais verbas trabalhistas, não restou outra alternativa
senão o recurso ao poder judiciário.

Nesse sentido, mostra-se também o entendimento do tribunal:

“AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. CABIMENTO. No


âmbito desta Justiça do Trabalho, a ação de consignação em pagamento
tem por principal objetivo desonerar o empregador do cumprimento da
obrigação de dar (pagamento das verbas rescisórias), mas pode ter
também como objeto o adimplemento da obrigação de fazer (entrega
das guias TRCT). (TRT-3 - RO: 00108706520195030023 0010870-
65.2019.5.03.0023, Relator: Convocada Maria Raquel Ferraz Zagari
Valentim, Decima Turma)”

II – DO DIREITO

Por todo exposto e buscando eximir-se da multa pelo atraso na quitação da rescisão
laboral prevista no art. 477 da CLT e por força do art.539 do CPC e seus incisos, o
pagamento em consignação, a Consignante propõe a presente, oferecendo os
seguintes:

1 – Saldo de salário de 10 dias (Art. 457 da CLT) no valor de R$...


2 – Aviso prévio indenizado no valor de R$
3 – 13º Salário proporcional no valor de R$
4 - Férias proporcionais acrescidas de 1/3 no valor de R$
5 – Entrega das guias para saque do FGTS
6 – Indenização de 40% sobre o FGTS no valor de R$
7 – Entrega dos formulários de seguro-desemprego
8 – Multa em razão do atraso no pagamento prevista no art. 477, § 8º no valor de R%
9 – Consignação das fotografias e da camisa do clube de futebol (art. 542,I)
A Consignante pleiteia autorização para que possa efetuar o depósito judicial a
fim de exonerar-se da obrigação, já que não consegue realizar o pagamento
diretamente à requerida. Tal pretensão encontra respaldo nos arts. 542,I e 546 ambos
do CPC.

III – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Requer-se ainda o pagamento de honorários advocatícios nos termos do artigo 546


CPC, c/c artigo 85, caput e §2º CPC, além do artigo 5º IN27/05 TST e Súmula 219, III
do TST no percentual de 20%, no valor de R$472,00

IV - DOS PEDIDOS

Diante de todo exposto, requer a Vossa Excelência:

a) A consignação em pagamento no valor total de R$..., com efeito de quitação e


consequente liberação da Consignante do pagamento da multa prevista no
artigo 477 da CLT.
b) A citação do Consignatário para, em dia e hora designados por Vossa
Excelência, vir receber, nesta MM. Vara do Trabalho a importância ora
oferecida bem como seus objetos pessoais e os documentos devidos no ato da
resilição contratual ou querendo, apresentar resposta nos termos do artigo 542,
II do CPC.
c) Ante ausência de contestação que seja considerado procedente o pedido com
a consequente declaração da extinção da obrigação nos termos do artigo 546
do CPC.
d) Que seja o Consignatário condenado ao pagamento de honorários advocatícios
no percentual de 20%, no valor de R$...

V - DAS PROVAS

Requer a produção de provas por todos os meios admitidos em direito, em especial o


depoimento pessoal da parte, testemunhal e documental suplementar, na forma do
art. 369 do CPC.

VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$...

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local/Data

Advogado/OAB-UF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI – TJRJ

PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador da identidade de


nº..., devidamente cadastrado sob o nº de CPF..., residente e domiciliado no
endereço.... nº..., ap..., Niterói, Rio de Janeiro, CEP, e-mail ...., telefone..., vem por
seu procurador com poderes especiais na forma do art. 44 do CPP, conforme
procuração anexa, que recebe/intimações/notificações no seu endereço profissional
na Rua.... nº..., bairro..., Niterói/RJ, CEP..., e-mail profissional, telefone, nos termos
do art. 41 do CPP ou art 100$2º do CP ou art. 30 do CPP ou art. 145 do CP, oferecer:

QUEIXA CRIME

Em face de HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da


identidade de nº..., devidamente cadastrado sob o nº de CPF..., residente e
domiciliado no endereço.... nº..., ap..., Bairro Icaraí Niterói, Rio de Janeiro, CEP, e-
mail ...., telefone., com fundamento no artigo 30 do CP c/c artigo 100, §2º
do CP.pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

DO PRAZO DECADENCIAL

O prazo para o oferecimento da queixa é de 06 meses, contados a partir da


data da ciência do autor do crime do fato, conforme artigo 38 do CPP c/c artigo 103
CP.

DOS FATOS
No dia 19 de abril de 2016, em horário que não se sabe precisar, no interior do
seu apartamento, localizado na Rua..., nº..., ap..., bairro Icaraí, Niterói/RJ, a
querelada, livre e conscientemente com intuito de ofender o querelante, postou o
seguinte comentário em sua rede social, “não sei o motivo da comemoração, já que
Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha” e, com
o propósito de prejudicar o querelante perante seus colegas de trabalho e denegrir
sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo
saia. No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive,
estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que
chamar uma ambulância para socorrê-lo.
Tudo se deu porque o querelante naquele dia, havia feito uma postagem na
sua rede social, alusiva ao seu aniversário, que pretendia comemorar em uma
churrascaria nesta cidade, com seus amigos. Ao ver o post do convite, a
querelada praticou fato criminoso, que foi registrado, conforme documento anexo, na
delegacia especializada em repressão aos crimes de informática.
O crime foi cometido de forma a facilitar a sua divulgação, porque feito em rede
social da internet, atraindo a forma qualificada ao artigo 140, III do CP
O fato foi presenciado pelas testemunhas CARLOS, MIGUEL e RAMIREZ, que
estavam no apartamento do querelante e presenciaram quando este restou
“mortificado” pelo post da querelante, motivo pelo qual não mais realizou a festa
de aniversário.

DO DIREITO

Ao afirmar que o querelante não passava de um idiota, bêbado, irresponsável


e sem vergonha, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no artigo 140 do
Código Penal.
Quando ela citou que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia
10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, imputando
fato ofensivo a reputação de Pedro, comete o crime de difamação, previsto no artigo
139 do código penal.
Helena, ao utilizar se computador pessoal para inserir as expressões injuriosas
e difamantes no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que facilitou a
divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena
prevista no artigo 141, III do código penal.
Helena praticou injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única
publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal de crimes, nos termos do
artigo 70 do código penal.
Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual seja,
uma publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos,
Helena praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação.

A respeito do crime no caso concreto, cito aqui um trecho inquérito do ministro Ricardo
Lewandowski:

“O tipo de calúnia exige a imputação de fato específico, que


seja criminoso, e a intenção de ofender a honra da vítima,
não sendo suficiente o animus defendendi. O tipo de
difamação exige a imputação de fato específico. A
atribuição da qualidade de irresponsável e covarde é
suficiente para a adequação típica face ao delito de injúria.
Presente o animus injuriandi.” (Inq 2.582, rel. min. Ricardo
Lewandowski, P, DJE de 22-2-2008.)

DO PEDIDO

Por todo o exposto requer-se:

1 – Designação de audiência preliminar de conciliação, nos termos da lei 9.099/95.


2 – A citação da querelada;
3 – Recebimento da queixa;
4– A oitiva das testemunhas abaixo arroladas;
5– A condenação da querelada pelo crime de injúria (art. 140do CP) e pelo crime de
difamação (art. 139 do CP), com a causa de aumento de pena (art. 141, III do CP) em
concurso formal de delitos (art. 701 do CP);
5 – A fixação do valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV do CPP.

Rol das testemunhas:


1 – Carlos (qualificação completa)
2 – Miguel (qualificação completa)
3 – Ramirez (qualificação completa)
4 – Testemunha
5 – Testemunha
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA XXXX

Processo criminal: XXXX

MATEUS, já qualificado nos autos do processo, por seu bastante procurador, in fine,
que recebe intimações/notificações no endereço profissional..., vem respeitosamente,
oferecer a

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Com fundamento no art.396 e 396-A CPP, pelas razões de fato e de direito que passa
a expor.

1 –DOS FATOS

Os fatos narrados na denúncia não são verdadeiros, como restará provado ao final.

2- DA PRELIMINAR
2.1 - DA PRELIMINAR DE AUSENCIA DE JUSTA CAUSA

Trata-se de ação penal pública incondicionada na qual o Ministério Público do Estado,


imputou ao réu a prática do crime descrito no art. 217-A, $1º, c/c art.234-A, III, todos
do Código Penal, porque supostamente teria constrangido sua namorada, Maísa, a
ter consigo conjunção carnal, aproveitando-se de sua suposta incapacidade de
consentir, consiste em debilidade mental, fato esse que teria resultado em gravidez.
Ocorre que a denúncia veio simplesmente acompanhada dos depoimentos prestados
em fase policial e da folha de antecedes criminais do acusado, esta, sem nenhuma
anotação.
Ora, a justa causa é condição da ação, conforme art.395 do CPP.
No caso em tela, é absolutamente necessário que havia prova de debilidade mental
da supostamente vítima, assim como o auto de exame de corpo de delito, que ateste
a conjunção carnal e a gravidez.
Assim sendo, deve a denúncia ser rejeitada, porque ausente o conteúdo probatório
mínimo consistente na justa causa para oferecimento da denúncia.

3- DO MÉRITO

3.1 - DA AUSENCIA DE PROVA DA MATERIALIDADE

O Ministério Público pretende imputar ao réu a conduta descrita no art.217-A, $1º, c/c
art.234-A, III, todos do Código Penal, afirmando ser a vítima débil mental e que do
suposto estupro teria resultado gravidez.
Note que não há nos autos prova de debilidade mental da suposta vítima, e que o
namoro de ambos era de conhecimento da família, como será esclarecido pela prova
testemunhal.
Com efeito, a suposta vítima não sofre de qualquer debilidade mental, tendo absoluto
discernimento e capacidade para consentir como o ato sexual. Todas as relações
havidas no curso do namoro foram consentidas,
De outro lado, também não há nos autos prova da materialidade do crime, consistente
na conjunção carnal, o que é imprescindível por se tratar de crime que deixa vestígios.
Art. 158 do CPP Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito
quando se tratar de crime que envolva:
II - Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

O artigo 156 do CPP dispõe que é indispensável o exame de corpo de delito quando
se trata de pessoa com deficiência, logo, se a acusação alega que a suposta vítima
tem deficiência, deveria ter sido realizado um exame de corpo de delito para provar a
conjunção canal.

Nesse sentido mostra-se também o entendimento dos tribunais:

“PENAL E PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL.


ESTUPRO DE VULNERÁVEL. FALTA DE PROVA DA
MATERIALIDADE. OITIVA DA VÍTIMA APENAS NA
DELEGACIA. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. IN DUBIO PRO
REO. 1. Não se mostrando harmonioso e coeso o conjunto
probatório coligido aos autos para formação da condenação, que
deve fundamentar-se em provas inequívocas, a absolvição é
medida que se impõe em observância ao princípio in dubio pro
reo. 2. Apelação conhecida e desprovida. (TJ-DF
00228009020138070003 - Segredo de Justiça 0022800-
90.2013.8.07.0003, Relator: SEBASTIÃO COELHO, Data de
Julgamento: 06/08/2020, 3ª Turma Criminal, Data de Publicação:
Publicado no PJe : 21/08/2020 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)”

Assim sendo, não há prova de materialidade devendo o réu ser absolvido por força do
dispositivo no art.386, VII do CPP.

4 – DA CONCLUSÃO E PEDIDO

Por todo o exposto, requer-se:

a) REJEIÇÃO DA DANÚNCIA, nos termos do art.395 do CPP, porquanto não há


justa causa.
b) Absolvição do acusado, nos termos do art.386, VI do CPP, pela ausência de
prova de materialidade dos fatos.

Em provas, requer-se a oitiva das testemunhas abaixo arroladas:

A) (Nome, qualificação e endereço completo)


B) (Nome, qualificação e endereço completo)

Local, __ de _____ de ___

Advogado
OAB/UF

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