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Exclusão de Antijuridicidade.
Por MARCOS MARINS • 12 mar., 2020
Todo fato típico, em princípio, também é ilícito. O fato típico cria uma presunção de
ilicitude. É o caráter indiciário da ilicitude. Se não estiver presente nenhuma causa de
exclusão da ilicitude, o fato também será ilícito, confirmando-se a presunção da ilicitude.
· causas legais: são as quatro previstas em lei (ex.: estado de necessidade, legítima defesa,
estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito);
· causas supralegais: são aquelas não previstas em lei, mas que excluem a ilicitude (ex.:
furar a orelha).
2.1.1.Característica essencial
No estado de necessidade, há um conflito entre dois ou mais bens jurídicos diante de uma
situação de perigo. É agressão justa. (ex.: naufrágio)
2.1.2.Teorias
Teoria unitária: o estado de necessidade sempre exclui a antijuridicidade. Essa teoria foi
acolhida pelo CP.
Teoria diferenciada (Direito Penal alemão): para esta, é necessário fazer uma diferenciação:
quando os bens jurídicos são desiguais, há exclusão da antijuridicidade, portanto, tem-se
estado de necessidade justificante; quando os bens jurídicos são iguais, há exclusão apenas
da culpabilidade, tem-se, neste caso, estado de necessidade exculpante.
2.1.3.Requisitos para a existência do estado de necessidade
· Perigo deve ser atual ou iminente, ou seja, deve estar acontecendo naquele momento ou
prestes a acontecer. Quando, portanto, o perigo for remoto ou futuro, não há o estado de
necessidade.
· Perigo deve ameaçar um direito próprio ou um direito alheio. Necessário se faz que o
bem esteja protegido pelo ordenamento jurídico. No caso de situação de perigo a bem de
terceiro, não há necessidade da autorização do terceiro.
· Perigo não pode ter sido criado voluntariamente. Quem dá causa a uma situação de
perigo não pode invocar o estado de necessidade para afastá-la. Aquele que provocou o
perigo com dolo não age com estado de necessidade porque tem o dever jurídico de
impedir o resultado. Mas, se o perigo foi provocado culposamente, o agente pode se valer
do estado de necessidade.
· Quem possui o dever legal de enfrentar o perigo não pode invocar o estado de
necessidade. A pessoa que possui o dever legal de enfrentar o perigo deve afastar a
situação de perigo sem lesar qualquer outro bem jurídico.
2.2.1.Requisitos
A) Agressão: é todo ataque praticado por pessoa humana. Se o ataque é comandado por
animais irracionais, não é legítima defesa e sim estado de necessidade. A agressão pode ser
ativa ou passiva: a.1 - ativa - quando o sujeito ataca injustificadamente; a.2 - passiva -
quando o ato de agredir é uma omissão (ex.: carcereiro que, mesmo com alvará de soltura,
não liberta o preso).
B) Injusta: no sentido de ilícita, ou seja, só cabe legítima defesa contra agressão não acobertada
por causa de exclusão da ilicitude.
Página Inicial
Cabe legítima defesa real contra legítima defesa putativa.
Áreas práticas !
Cabe legítima defesaSobre
putativa contra legítima defesa real (ex.: “A” é o agressor, “B” é a
vítima. “A” começa a agredir “B” e este começa a se defender. “C” não sabe quem começou a
briga e age em legítima defesa de A).
Contato
Notícias
Cabe legítima defesa putativa contra legítima defesa putativa.
Blog
P.: Cabe legítima defesa real contra legítima defesa subjetiva (é o excesso plenamente
justificável, ou seja, um excesso que não pode ser justificado nem por dolo nem por culpa)?
R.: Em tese, caberia, visto que, a partir da continuidade da agressão, a vítima torna-se
agressora. Entretanto, no nosso sistema jurídico, não é aceita, visto que não se pode
invocar a legítima defesa quem iniciou a agressão.
! " # "
Cabe legítima defesa real contra agressão culposa.
C) Atual ou iminente: atual é a agressão que está acontecendo e iminente é a que está
prestes a acontecer. Não cabe legítima defesa contra agressão passada ou futura e
também quando há promessa de agressão.
D) A direito próprio ou de terceiro: é legítima defesa própria quando o sujeito está se
defendendo e legítima defesa alheia quando o sujeito defende terceiro. Pode-se alegar
legítima defesa alheia mesmo agredindo o próprio terceiro (ex.: em caso de suicídio, pode-
se agredir o terceiro para salvá-lo).
F) Moderação: é o emprego do meio necessário dentro dos limites para conter a agressão.
Somente quando ficar evidente a intenção de agredir e não a de se defender, caracterizar-
se-á o excesso. Excesso é uma intensificação desnecessária, ou seja, quando se utiliza um
meio que não é necessário ou quando se utiliza meio necessário sem moderação. Se o
excesso for doloso, não caracteriza a legítima defesa.
plenamente justificável.
· legítima defesa preordenada, visto que só atuará no momento em que ocorre a efetiva
agressão;
2.4.1.Lesões esportivas
Pela doutrina tradicional, a violência desportiva é exercício regular do direito, desde que a
violência seja praticada nos limites do esporte. Mesmo violências que acabam em alguma
lesão, se isso for previsível para a prática do esporte, serão exercício regular do direito (ex.:
numa luta de boxe, poderá haver, inclusive, a morte de um dos lutadores).
2.4.2.Intervenções cirúrgicas
2.4.3.Consentimento do ofendido
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IMPUTABILIDADE
Sanção Penal
DA SANÇÃO PENAL
1 – DAS PENAS
Continue reading
Considerações gerais:
Direito ao geral
b-)Prevenção Silêncio no Processo
: desmotivar a prática dePenal
futuras infrações mediante a ameaça de
coerção.
A INTERPRETAÇÃO DO STF SOBRE O DIREITO AO SILÊNCIO E O CONTRADITÓRIO NO
PROCESSO PENAL
Características da pena
Prof. Marcos Marins Carazai, Advogado Criminal, Professor de Direito Penal e Prática
Continue reading
Jurídica Penal da PUC/SP; Professor de Cursos de Extensão e Especialização da
Legalidade : a pena deve estar cominada em lei (princípio da reserva legal – art. 5.º, XXXIX,
COGEAE/PUC/SP.
da CF/88).
Resumo
Anterioridade : a pena
O direito ao silêncio, deve estarno
respaldado prevista eminciso
artigo 5º, lei vigente ao Constituição
LXIII, da tempo da infração
Federalpenal (art.
de 1988,
5.º, XXXIX,
dirimiu as da CF/88).
dúvidas que ainda pairavam quando o acusado resolvia não responder às
perguntas do juiz, visto que, historicamente, durante o sistema inquisitivo, caso o réu
Irretroatividade : a pena não teria
silenciasse no interrogatório, podecontra
alcançar fatos anteriores
si presumida a culpaa ela
pelo(art.
fato5.º, XL, da CF/88).
delituoso, em
consequência da pena da confissão que o magistrado era obrigado a impor.
Proporcionalidade : a pena deve
No entanto, com a mudança paraser proporcional
o sistema ao crime.
acusatório, A resposta
atualmente, penal
aliado aodo Estado da
princípio
deve ser proporcional
presunção de inocência, à agressão.
previsto no artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal, se o
Apontamentos Sobre "Sursis"e Livramento Condicional
SURSIS
CONCEITO:
Continue
Benefício reading
consistente na suspensão da execução da pena privativa de liberdade, mediante
condições impostas pelo juiz, após o preenchimento dos requisitos legais.
NATUREZA JURÍDICA:
REQUISITOS:
a) Objetivos:
Crimes Contra a Liberdade Individual
·1. CRIMES
Qualidade da pena:
CONTRA tem de ser privativa
A LIBERDADE PESSOALde liberdade.
·1.1.Quantidade da pena:Ilegal
Constrangimento deve ser igual
– Art. 146oudo
inferior
Códigoa Penal
dois anos.
·Trata-se
Impossibilidade de substituição
de tipo subsidiário que se por pena restritiva
configura se não fordos direitos.crime mais grave. Ex.:
verificado
arts. 158; 161, inc. II; 213; 214 e 219, todos do Código Penal.
b) Subjetivos:
Continue reading
Caracteriza-se quando o agente emprega violência, grave ameaça ou
qualquer outro recurso que reduza a capacidade de resistência da vítima, para obrigá-la a
·fazer
Não reincidência
algo que a lei nãoem crimeou
manda doloso
deixar: de
reincidente
fazer algoem crime
que a lei doloso é aquele que foi
permite.
condenado definitivamente
O uso de sonífero e hipnose,pela prática
podem ser do crime doloso
considerados (condenação
exemplos de transitada em
julgado
recursospor crime doloso)
utilizados e, após,
pelo agente praticou
para outro crime
constranger doloso. A condenação por crime
a vítima.
político
A pena ée detenção,
por crime demilitar próprio
3 meses a 1 não
ano,gera a reincidência. Logo, pode ser concedido o
ou multa.
sursis . Condenação
A competência é do por crime doloso em que foi aplicada multa e posterior prática de crime
JECrim.
doloso gera a reincidência em crime doloso, porém, cabe o sursis .
1.1.1. Crimes mais graves que absorvem o constrangimento illegal – Exemplos:
·· Roubo
Circunstâncias judiciais favoráveis (art. 59 CP).
e extorsão.
A extorsão difere do constrangimento ilegal porque pressupõe intenção de lucro indevido.
Dos Crimes Contra a Honra
DIREITO PENAL
O erro de tipo é aquele que incide sobre um dado da realidade, descrito em um tipo penal
Continue
O Erro de reading
tipo recai sobre:
Essencial: é um erro tão importante que impede o agente de saber que está cometendo
um crime ou de conhecer a circunstância desse crime;
A cidental : é um erro irrelevante que não impede o agente de saber que pratica um crime.
Processo Penal I - Breves Apontamentos sobre Competência
Processual Penal
Erro Sobre Elementar
COMPETÊNCIA de TipoPROCESSUAL
NO ÂMBITO Incriminador PENAL
O
1. sujeito
Noção se Geral:
equivoca com uma
medida situação
ou porção de de fato. Nesse caso, o erro de tipo sempre exclui o
jurisdição:
dolo e, se reading
Continue inevitável, também exclui a culpa, tornando o fato atípico. Caso o erro seja
evitável, haverá se
A Competência a forma culposa.
relaciona Por exemplo,
com jurisdição, poisum sujeito pega uma
a competência caneta,
é o limite da idêntica
atuação à sua,
que, entretanto,
jurisdicional, era de
ou seja, outra pessoa.
é medida Há um (ex:
de jurisdição equívoco sobre ado
um ministro realidade
STF temimpedindo
a mesma que o
sujeito tenha
jurisdição consciência
do que de que
um juiz do estáo praticando
TJ, mas que difere éum crime (furto).
a competência).
O sujeito
2.1. se equivoca
Critérios com uma
de Determinação dacircunstância.
Competência Por exemplo, furta um relógio pensando ser
de ouro;
2.1.1. quando chega
Competência ao receptador,
Material percebe que o relógio não tinha valor. Nesse caso, o
(fato criminoso)
sujeito responde
a) “Ratione Loci” –por furto simples,
Competência em não tenho
Razão sua penaou
do Território diminuída
do Localvisto
(arts.que
69, furtou o
I e II e 70/73,
relógio
CPP pensando que este tinha valor.
Direito Penal I - Do Crime Doloso, Culposo e Preterdoloso
CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO.
1. TIPO PENAL
Continue reading
1.1. Conceito e Importância do Tipo
O tipo legal é um dos postulados básicos do princípio da reserva legal. A Constituição
Federal consagra expressamente que “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal” (art. 5.º, inc. XXXIX), deixando à lei a tarefa de definir, descrever,
os crimes. Importante destacar a teoria do tipo, concebida no ano de 1907, por Ernest
Beling, segundo a qual o tipo legal realiza e garante o princípio da reserva legal. Consiste na
descrição abstrata da conduta humana feita, pormenorizadamente, pela lei penal e
correspondente a um fato criminoso – também chamado de tipo incriminador. O tipo é,
então, um molde criado pela lei, em que está descrito o crime com todos os seus
elementos, sendo que alguém cometerá um delito se realizar uma conduta idêntica à
constante no modelo legal. O conceito de tipo é expresso pelo Professor Fernando Capez
como “ o modelo descritivo das condutas humanas criminosas, criado pela lei penal, com a
função de garantia do direito de liberdade” .
Consultoria jurídica sólida baseada em anos de treinamento, trabalho árduo e paixão. Não somos
apenas litigantes, somos um Escritório de Advocacia Criminal, em busca de eficientes resultados em
procedimentos criminais. Somos treinados em várias disciplinas, o que nos permite atuar,
eficientemente, em várias questões e aplicar soluções criativas para assuntos complexos.
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