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Tudo o que é proibido por lei é ilegal. Da mesma forma, podemos dizer que
todo crime é ilegal porque vai contra a maneira como a lei nos orienta a nos
comportar. Ao mesmo tempo, embora todo crime seja considerado ilícito,
também haverá situações em que a conduta do agente não será considerada
ilícita mesmo que ele cometa um crime, ou seja, tenha uma conduta
expressamente proibida por lei. Isso é o que chamamos de "excludentes de
ilicitude”.
CAUSAS LEGAIS EXCLUDENTES DE ILICITUDE
ESTADO DE NECESSIDADE
É uma perda excessivamente exigente para qualquer pessoa, que não esteja
legalmente obrigada a enfrentar uma situação perigosa presente não causada
por sua vontade, a sacrificar um bem jurídico ameaçado para salvar outra
pessoa, a si mesmo ou a outros.
Exemplo: Duas vítimas que estavam prestes a se afogar no mar viram uma
prancha e se apoiaram nela para não se afogarem. Mas perceberam que a
prancha não suportaria o peso das duas, então uma afogou a outra pra
sobreviver. Perigo atual: O texto legal exige claramente que exista uma
situação de perigo. Não é nada mais do que a probabilidade de dano. Este é um
perigo permanente.
Inevitável: Um perigo que o agente não pode evitar. Não, a lei autoriza uma
pessoa a sacrificar interesses alheios (saúde, integridade corporal, bens, vida
alheia). Portanto, realmente precisa ser esse caso extremo. Não há outra saída.
Isso é necessário, caso contrário, o bem não será salvo. Se houver outra forma
de conservar o bem, exclui-se o caso em que seja necessário.
Voluntariar-se para não provocar perigo: A pessoa não pode ser um
provocador. Você não pode acusar alguém de causar perigo intencionalmente.
Provocação voluntária e provocação involuntária. É inapropriado se a
provocação for voluntária. Voluntário é sinônimo de intencional. Agora, se for
involuntário. Até os provocadores podem se beneficiar disso, mas apenas se for
uma provocação involuntária.
A Inexigibilidade de sacrifícios de bens salvo: ponderação de bens.
Exclusão de culpabilidade
responsabilidade criminal
É um conjunto de condições pessoais que permitem que um agente seja
legitimamente responsabilizado pela prática de um ato punível.
1º Requisito: O primeiro ponto é o seguinte: UMA AGRESSÃO. Agressão é a
conduta humana que lesa, ou expõe a perigo, bens juridicamente tutelados.
Importante frisar que agressão não é provocação.
2º Requisitos: agressão é conduta humana. Só existe agressão de um ataque
de conduta humana.
3º Requisito: Deve ser uma agressão INJUSTA. Agressão injusta é uma
agressão ilícita, contrária ao direito. Não precisa ser crime.
4º Requisito: é requisito temporal: precisa ser agressão ATUAL (presente) ou
IMINENTE (prestes a ocorrer). O código deixou claro que não há legítima defesa
de agressão futura nem passada.
Agressão passada: um rapaz está no bar e é agredido. Ele sai, vai ao carro,
pega uma arma e mata o agressor. Isso é vingança, não legítima defesa.
5º Requisito: essa agressão deve atingir DIREITO PRÓPRIO (legítima defesa
própria) ou ALHEIO (legítima defesa de terceiro). Qualquer bem pode ser
defendido.
6º Requisito: de ordem subjetiva: trata-se do que a doutrina chama de “ANIMUS
DEFENDENDI”. A intenção de defesa própria ou de terceiros. Sem esse
requisito não haverá a excludente da ilicitude.
Presentes estes requisitos, o direito autoriza a reação, autoriza a chamada
repulsa, desde com meios necessários e moderação.
A REAÇÃO deve seguir dois requisitos:
1 – utilização dos meios necessários
2 – Moderação.