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PENAL - OAB
Crime: Infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa.
Contravenção Penal: Infração penal que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples
ou de multa, ou ambas, alternativamente ou cumulativamente. (condutas menos gravosas)
JAMAIS VAI SER PUNIDA COM DETENÇÃO, PRISÃO!
TIPICIDADE:
ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE):
CULPABILIDADE:
FATO - ACONTECIMENTO
TÍPICO
● Conduta (ação / omissão)
● Nexo causal (que tenha dado causa)
● Resultado (que cause resultado)
● Previsão legal (previsto em lei)
Além da tipicidade formal, exige-se também a tipicidade material.
O princípio da insignificância (requisitos no entendimento dos tribunais) é apto a
excluir a tipicidade material.
Requisitos do Princípio da Bagatela:
a) Conduta minimamente ofensiva;
b) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
c) Ausência de risco social;
d) Lesão inexpressiva
SÃO REQUISITOS CUMULATIVOS, OU SEJA, TODOS DEVEM ESTAR
PRESENTES!
Tipicidade material:
ILÍCITO
Art. 23, CP
● Legítima defesa
● Estado de necessidade
● Estrito cumprimento do dever legal
● Exercício regular do direito
● Consentimento do ofendido (Causa supralegal)
CULPÁVEL
● Imputabilidade
● Potencial consciência da ilicitude
● Exigibilidade de conduta diversa
Existindo crime, a punibilidade é consequência dele.
É possível que exista o crime, mas que não haja punibilidade? Sim. Em alguns casos, a
punibilidade sequer nasce - Neste caso, estamos diante de uma escusa absolutória. Ex.: Art.
181 e 348, 2º, CP.
Em outros casos, ela nasce e depois morre - Neste caso, trata-se de causa extintiva da
punibilidade. Estão previstas em um rol exemplificativo no artigo 107, CP.
1. Crimes Omissivos:
Próprios: Há tipo penal específico -> Art. 135, CP -> Deixar de agir
Impróprios: Dever de agir + Evitar o resultado -> Art. 13,§2º,
Responder pelo resultado. Lembrar dos exemplos dos artigos 121 e 217-A, ambos do
CP.
NÃO há tipo específico
a) Cuidado, vigilância e proteção (mãe, pai);
b) Assumir a responsabilidade (Exemplo do salva-vidas)
c) Criação de risco
TEORIA DA NORMA
2. Crimes Permanentes
São aqueles crimes que a consumação se prolonga no tempo. Ex.: Sequestro (Art.
148, CP), Extorsão mediante sequestro (Art. 159, CP), Tráfico de drogas na
modalidade de guarda e ter em depósito.
No crime permanente a consumação se prolonga no tempo. Lembrar do exemplo do
menor que atingiu a maioridade durante o sequestro, nesse caso responderá pelo
direito penal.
Crimes Instantâneos: Consumação ocorre em um único momento.
Súmula. 711, STF: A lei penal mais grave, aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Súmula 501, STJ.
3. Lugar do Crime
Tanto faz o lugar da ação ou omissão e resultado. (Art. 6º, CP)
Contudo, há exceções…
Princípio da Extraterritorialidade (Art. 7º, CP): Pode ser:
ROTEIRO:
6. Concurso de Normas
Concurso significa uma pluralidade.
Mais de uma norma concorrendo para ser aplicada a determinado fato.
É diferente de lei penal no tempo (lei revoga outra lei).
No concurso de normas todas elas têm vigência.
Sistema Jurídico -> Anomia = Ausência de normas = Art. 4º, LINBD. Analogia
somente em benefício do réu
Antinomia: Pluralidade de normas. .Através dos príncipios eu vou solucionar os
problemas da antinomia.
Pluralidade: CASE
Consunção: Absorção. Eu tenho um crime meio e um crime fim. O meio será
absorvido pelo crime fim, e o agente responderá somente por este. Há crime único.
Súmula 17, STJ.
Estatuto do desarmamento. Art. 14. Várias armas. Responderá por um crime.
Contudo, caso haja uma arma de uso permitido + uma arma de uso restrito. Vai
responder pelos dois.
Alternatividade: O conflito se dá no mesmo tipo penal. Se dá em tipos mistos
alternativos. São aqueles tipos penais que prevêem várias condutas (vários verbos).
Art. 33 da Lei 11.343/06. No mesmo contexto fático pratica mais de um verbo,
responderá somente por um crime. Art. 213, CP.
Subsidiariedade: Tem uma norma subsidiária e uma norma principal. A Preferência é
da norma principal, contudo se esta não puder ser aplicada, será aplicada a subsidiária.
É soldado de reversa. Art. 132, CP.
Pode ser:
a) Expressa
b) Tácita = Implícita
Especialidade: Lei Especial revoga Lei Geral. Art. 12, CP. Neste caso ocorre um
conflito entre norma especial e geral. Lei Especial prevalece. Identifica a norma
especial mediante Comparação. a LE tem elemento especializante.
8. Concurso de Crimes
Tem mais de um crime que podem ser praticados mediante:
- Uma conduta só (Formal, Art. 70, CP)
- Mais de uma conduta (Material, Art. 69, CP)
- Crime continuado: praticou mais de uma conduta e tem os requisitos do artigo 71,
CP, ele vai fazer jus a regra do crime continuado.
- Há pluralidade de crimes.
Concurso Material de Crimes (Art. 69, CP): Tem uma pluralidade de condutas.
Em relação ao penamento, sistema do cúmulo material = somatória das penas.
Concurso Formal de Crimes (Art. 70, CP): Unidade de condutas.
Em relação à pena: Via de regra no CF perfeito ou CF próprio. Exasperação das
Penas, uma das penas e aumentar de 1/6 até metade.
Concurso Formal Imperfeito ou Impróprio (segunda parte do artigo 70, CP):
Desígnios autônomos, será aplicado a regra do artigo 69. (Concurso Material).
Regra do Cúmulo Material Benéfico: Às vezes a somatória de pena é melhor ao
réu, dessa forma será aplicado. Art. 70, p.ú, CP.
Crime Continuado: É ficção jurídica. Pluralidade de condutas + requisitos do artigo
71, CP. Regra da exasperação de 1/6 a 2/3
1. Crimes a mesma espécie (mesmo tipo penal) Ex.: caixa do supermercado pratica
furto todos os dias.
2. Conexão Temporal: 30 dias entre um crime e outro.
3. Conexão Espacial: Mesma comarca ou mesma região.
4. Mesma maneira de Execução: Crime praticado da mesma forma.
5. Presença de um elemento subjetivo: Como se fosse continuação do primeiro.
CUIDADO!
Súmula 605, STF: Embora não tenha sido revogada formalmente, ela perdeu a
razão de ser. É antes da reforma penal de 1984.
Art. 71, p.ú. Se tenho os requisitos do art. 71, caput, contudo se foram praticados com
violência ou grave ameaça à pessoa, eu vou poder triplicar as penas.
I. estado de necessidade
Para se salvar de uma situação de perigo, podendo ocorrer de uma conduta humana, evento
da natureza ou comportamento de animal.
Animal -> Atacar Espontaneamente -> Estado de Necessidade
Se o animal for estimulado pelo dono para atacar -> Legítima Defesa
II. legítima defesa (art. 25, CP)
Se defender de uma injusta agressão, sendo atual ou iminente, usando moderadamente dos
meios necessários suficiente para fazer cessar a agressão. Caso eleger meio desproporcional,
ou seja, excesso de legítima defesa,
III. em estrito cumprimento de dever legal
Via de regra é para alcançar agente público. A lei autoriza. Ex.: resistência em abordagem
policial em que o policial tem que usar de forma moderada a força.
IV. exercício regular de direito
Autoriza um cidadão comum a praticar um fato típico. ex.: manifestando opinião acerca da
liberação da maconha.
Culpabilidade
a) Coação moral irresistível: Coator mediante grave ameaça contra o coagido, fez este
praticar um fato ilícito. Nesse sentido, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Não confundir com a Coação Física Irresistível: Força física contra o coagido. É
causa de exclusão de tipicidade!
b) Obediência Hierárquica: Tem a figura do superior hierárquico. Está inserido no
contexto de serviço público. Por meio de uma ordem não manifestamente legal o
subordinado vem e pratica um fato típico e ilícito, mas só por força dessa ordem não
manifestamente ilegal.
OBS.: Crime mais severo que a quantidade permitia? Crime grave não constitui
motivação idônea. Súmula 718 e 719, STF e 440, STJ.
Art. 2º da Lei de Crimes hediondos. Inconstitucional.
PROGRESSÃO DE REGIME:
Se a mulher for gestante ou responsável por criança ou pessoa com deficiência que esteja
cumprindo pena, os requisitos são diferenciados. Art. 112, §3º, LEP.
Requisitos Cumulativos:
1. Condenada por crime praticado sem violência ou grave ameaça;
2. Não ter praticado crime contra filho ou dependente;
3. Cumprir 1/8 da pena;
4. Primária / bom comportamento;
5. Não for integrante de organização criminosa;
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício
previsto no § 3º deste artigo.
Requisitos:
1. Crimes dolosos, cuja pena aplicada na sentença não for superior a 4 anos;
2. Crime praticado sem violência ou grave ameaça;
3. Crime culposo: Qualquer que seja a pena aplicada;
4. Não reincidente em crime doloso;
5. A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem, que essa
substituição seja suficiente.
Art. 44, §3º, CP: Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde
que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a
reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
REINCIDÊNCIA
● É uma circunstância agravante. Art. 61, I, CP.
● Gera efeitos em outros institutos
● O sujeito será reincidente quando comete um novo crime, depois de transitar em
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime
anterior.
● Atenção a duas datas.
● Tem efeito temporal: Não é perpétuo. Vai cessar os efeitos decorridos 5 anos depois
do cumprimento ou extinção da pena, computado o período de prova da suspensão
d=ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação.
● Livramento Condicional: Estágio de retorno do condenado ao convívio social,
mediante determinadas condições. Art. 83, CP.