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● Conceito Analítico (Estratificado) de Crime

INFRAÇÃO PENAL (GÊNERO) = CRIME (ESPÉCIE)


CONTRAVENÇÃO PENAL (ESPÉCIE)

CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL


(Art. 1º, Lei de Introdução ao Código Penal)

Crime: Infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa.

Contravenção Penal: Infração penal que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples
ou de multa, ou ambas, alternativamente ou cumulativamente. (condutas menos gravosas)
JAMAIS VAI SER PUNIDA COM DETENÇÃO, PRISÃO!

ELEMENTOS / REQUISITOS DO CRIME


CONCEITO TRIPARTITE

TIPICIDADE:
ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE):
CULPABILIDADE:

FATO - ACONTECIMENTO
TÍPICO
● Conduta (ação / omissão)
● Nexo causal (que tenha dado causa)
● Resultado (que cause resultado)
● Previsão legal (previsto em lei)
Além da tipicidade formal, exige-se também a tipicidade material.
O princípio da insignificância (requisitos no entendimento dos tribunais) é apto a
excluir a tipicidade material.
Requisitos do Princípio da Bagatela:
a) Conduta minimamente ofensiva;
b) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
c) Ausência de risco social;
d) Lesão inexpressiva
SÃO REQUISITOS CUMULATIVOS, OU SEJA, TODOS DEVEM ESTAR
PRESENTES!

NÃO CABE NO CASO DE ROUBO, OU COM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA!

EM CASO DE DESCAMINHO NO ENTENDIMENTO DO STF O VALOR SERÁ DE


20 MIL REAIS! O STJ AFIRMA QUE O VALOR É 10 MIL!

Outros princípios que podem impactar na tipicidade formal..

● Princípio da legalidade ou da reserva legal: Possui base legal e constitucional.


Art. 1º, CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
Art. 5º, CF
(...)
XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.
XXXX - A lei penal não retroage, salvo para beneficiar o réu. (Irretroatividade da
Lei Maléfica)
A lei que dispõe sobre Direito Penal, precisa ser uma lei:
a) Escrita - Não vale usar costumes, etc.
b) Estrita - Somente lei ordinária de competência da União que pode tratar de direito
penal.
c) Prévia - Quando a conduta for praticada a lei já tem que estar em vigor.
d) Certa - É uma lei clara, precisa, e não deixa margem para dúvidas.
- Muitos princípios acabam sendo direcionados, principalmente ao legislador, como
medida de criminalizar cou de descriminalizar determinadas condutas.
● Princípio da ofensividade ou lesividade
Possui como funções proibir a incriminação de:
a) Condutas internas
b) Características pessoais
c) Condutas moralmente reprováveis
d) Condutas que não ultrapassam a esfera do autor
● Princípio da Culpabilidade
Proíbe a responsabilidade penal objetiva
Para ter crime é necessário analisar se na conduta houve dolo / culpa
13:36

Tipicidade material:

ILÍCITO
Art. 23, CP
● Legítima defesa
● Estado de necessidade
● Estrito cumprimento do dever legal
● Exercício regular do direito
● Consentimento do ofendido (Causa supralegal)

CULPÁVEL
● Imputabilidade
● Potencial consciência da ilicitude
● Exigibilidade de conduta diversa
Existindo crime, a punibilidade é consequência dele.

● Para a doutrina majoritária, a punibilidade não integra o conceito analítico de crime.


Trata-se da normal consequência da prática dele.
● Existindo o crime, vai nascer para o Estado o direito de punir.

É possível que exista o crime, mas que não haja punibilidade? Sim. Em alguns casos, a
punibilidade sequer nasce - Neste caso, estamos diante de uma escusa absolutória. Ex.: Art.
181 e 348, 2º, CP.
Em outros casos, ela nasce e depois morre - Neste caso, trata-se de causa extintiva da
punibilidade. Estão previstas em um rol exemplificativo no artigo 107, CP.

DIREITO PENAL CEISC 16/02/2019

1. Crimes Omissivos:
Próprios: Há tipo penal específico -> Art. 135, CP -> Deixar de agir
Impróprios: Dever de agir + Evitar o resultado -> Art. 13,§2º,
Responder pelo resultado. Lembrar dos exemplos dos artigos 121 e 217-A, ambos do
CP.
NÃO há tipo específico
a) Cuidado, vigilância e proteção (mãe, pai);
b) Assumir a responsabilidade (Exemplo do salva-vidas)
c) Criação de risco

2. Crime Tentado e Consumado


- Para cometer crime tem os seguintes passos (Inter Criminis):
a) Cogitação (não é punível)
b) Atos Preparatórios (via de regra não constitui crime, contudo há exceção:
associação criminosa - Art. 288, CP, e crime de petrechos para falsificação de moeda
falsa - Art. 291)
c) Execução (Se já deu início a execução do delito e não teve consumação por
circunstâncias alheias a sua vontade, já pode caracterizar em crime tentado).
d) Consumação

3. Tentativa: É causa de redução da pena (1/3 a 2/3 ). Quando mais distante da


consumação, maior será a diminuição da pena), mas quando for mais perto da
consumação, menor será a diminuição da pena).
- Tem infrações penais que não admitem tentativa. Via de regra crime culposo NÃO
admite tentativa. Ex. atropelar pedestre que não morreu. Lesão corporal culposa.
- Contravenção penal NÃO admite tentativa
- Crimes de mera conduta NÃO admite tentativa (omissão de socorro)
- Crimes omissivos próprios NÃO admite tentativa, contudo crimes omissivos
IMPRÓPRIOS admitem tentativa.

4. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz (Art. 15, CP)


- Há início da execução do delito e NÃO consumação por vontade própria.
- Primeira parte do art. 15 está falando da desistência voluntária. Antes de esgotar os
meios executórios, ele resolve PARAR.
Não consumação por vontade própria.
SOMENTE RESPONDE PELOS ATOS JÁ PRATICADOS
- Segunda parte do art. 15 está falando do arrependimento eficaz. Ele esgota os meios
executórios, mas antes da consumação ele impede que o resultado se produza.
- Esgota os atos executórios
- Não tem como associar a DV e o AF com a tentativa.

5. Arrependimento Posterior (Art. 16, CP)


- Instituto depois da consumação
- É causa de diminuição da pena (1/3 a 2/3)
- É para crimes sem violência ou grave ameaça
- Demonstra que se arrependeu pela reparação do dano ou pela restituição da coisa
ATÉ O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA.
6. Crime Impossível (Art. 17, CP)
- Ineficácia absoluta do meio: IMPOSSÍVEL CONSUMAÇÃO DO DELITO
Meio utilizado jamais chegaria a consumação. O fato é atípico não admitindo
tentativa. Ex.: arma com defeito absoluto.
- Impropriedade absoluta do objeto: IMPOSSÍVEL CONSUMAÇÃO DO DELITO
- Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente.

7. Erro de Tipo e Erro de Proibição (Art. 20, CP)


- Erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal de crime.
- Praticar uma conduta sem saber que é crime, tem uma falsa percepção da realidade.
Não sabe o que faz.

Erro de tipo pode ser:


a) Invencível / Escusável -> Exclusão -> Dolo -> Culpa -> Fato Atípico
Nesse caso qualquer pessoa erraria! Ex.: menina com menos de 14 anos em uma
boate com proibição de menor de 18 anos.
b) Vencível / Inescusável -> Exclusão Dolo -> Responder por culpa, se tiver se tiver
legal.
Poderia ser evitável, uma pessoa mais atenta não erraria.

Erro de Proibição (Art. 21, CP)


- Erro sobre ilicitude do fato
- Sabe o que faz -> Erro ilícito ou não

8. Erro sobre a Pessoa (Art. 20, §3º, CP)


Pessoa pretendida -> Erro na Identificação -> Atinge pessoa diversa
Sempre vai considerar as condições ou qualidade da vítima pretendida.

9. Erro na Execução (Art. 73, CP) (Aberratio Ictus)


Buscando atingir a pessoa pretendida, por erro ou acidente nos meios de execução,
atinge pessoa diversa.
Responde como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser também
atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se o artigo 70 do CP
(concurso formal de crimes).

10. Resultado diverso do pretendido (Aberratio Criminis) (Art. 74, CP)


Quer atingir o bem jurídico pretendido, mas por acidente ou erro no uso dos meios de
execução, acaba atingindo bem jurídico diverso, ou seja, produzindo resultado diverso
do pretendido. Ex.: Pessoa queria atingir o veículo de um professor, contudo atinge
uma pessoa, causando lesão corporal.

11. Causas Excludentes de Ilicitude (Art. 23, CP)


I. estado de necessidade
Para se salvar de uma situação de perigo, podendo ocorrer de uma conduta humana,
evento da natureza ou comportamento de animal.
Animal -> Atacar Espontaneamente -> Estado de Necessidade
Se o animal for estimulado pelo dono para atacar -> Legítima Defesa
II. legítima defesa (art. 25, CP)
Se defender de uma injusta agressão, sendo atual ou iminente, usando moderadamente
dos meios necessários suficiente para fazer cessar a agressão. Caso eleger meio
desproporcional, ou seja, excesso de legítima defesa,
III. em estrito cumprimento de dever legal
Via de regra é para alcançar agente público. A lei autoriza. Ex.: resistência em
abordagem policial em que o policial tem que usar de forma moderada a força.
IV. exercício regular de direito
Autoriza um cidadão comum a praticar um fato típico.

DIREITO PENAL OAB 20/02/2019

Teoria Geral da Norma

Cp é divido em Parte Geral e Parte Especial

PG: Teoria da Norma


Teoria do Crime
Teoria da Pena

TEORIA DA NORMA

1. Tempo e Lugar do Crime (Art. 4º e 6º)


Macete: LUTA dos Senhores
- Lugar do Crime: Ubiquidade. Tanto faz o lugar da conduta ou do resultado.
- Tempo do Crime: Atividade (Art. 4º, CP) Tempo do crime é o tempo da ação ou da
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

2. Crimes Permanentes
São aqueles crimes que a consumação se prolonga no tempo. Ex.: Sequestro (Art.
148, CP), Extorsão mediante sequestro (Art. 159, CP), Tráfico de drogas na
modalidade de guarda e ter em depósito.
No crime permanente a consumação se prolonga no tempo. Lembrar do exemplo do
menor que atingiu a maioridade durante o sequestro, nesse caso responderá pelo
direito penal.
Crimes Instantâneos: Consumação ocorre em um único momento.
Súmula. 711, STF: A lei penal mais grave, aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Súmula 501, STJ.

3. Lugar do Crime
Tanto faz o lugar da ação ou omissão e resultado. (Art. 6º, CP)

4. Aplicação da Lei Penal no Tempo


Verificar se a lei posterior é mais benéfica ou não, se for ela vai retroagir e ser
aplicado a fatos anteriores, caso seja prejudicial, não retroage.
Espécies de Lei Penal

a) Abolitio Criminis (Art. 2º, caput, CP)


É Lei que revoga infração penal. Aquela conduta era crime, veio lei posterior e aquela
conduta deixa de ser crime. Ex.: 11.106/05 (adultério). Vai extinguir somente os
efeitos penais da sentença condenatória. Os efeitos extrapenais permanecem! Os
penais somem!

b) Novatio Legis in Melius (Art. 2º, p.ú., CP)


Lei posterior de qualquer modo favoreça o agente. Ex.: diminuir a pena, abrandar o
regime. Qualquer melhora. Tem retroatividade.
O trânsito em julgado NÃO impede essa retroatividade, CONTUDO, a consequência
do TJ é de alterar a competência. Súm. 611, STF. Juízo da Execução.

c) Lei Penal Incriminadora


Aquela conduta era fato atípico, veio lei posterior e criminalizou aquela conduta.
Ex.: Lei n.º 11.340/06 com as medidas protetivas de urgência. Caso descumprisse a
medida, antes era somente crime de desobediência.
- Lei 13641/18 alterou a Maria da Penha e acrescentou o artigo 24A, sendo expresso
crime sujeito que descumpre medida protetiva de urgência, entrando em vigor
04/04/2018. É LEI IRRETROATIVA.

d) Novatio Legis in Pejus


Nova Lei que piora a situação do acusado. Não irá retroagir!
Sua particularidade: Súm. 711, STF. A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência. Lembrar do exemplo do sequestro.
Lei 13.654/18. Alterou o artigo 157, CP. 24/04/2018

Obs.: Art. 89, Lei n.º 9.099/96, pena mínima.


Lei Temporária / Lei excepcional
Art. 3º, CP
- Geralmente as leis “normais” tem prazo vigência indeterminado.
- Já as leis temporárias e excepcionais tem prazo de vigência determinado, uma
vez que são auto revogáveis. Fala em data.
- A Lei Excepcional fala em evento.
- A Lei Temporária fala em data.
- São exceções ao princípio da lei mais beneficia
- Tem ultratividade mais gravosa, pois ainda que não esteja mais em vigência,
ela ainda será aplicada nos fatos ocorridos durante o período delas, ainda que
em prejuízo ao acusado.
2:03:51
5. Lei Penal no Espaço (Art. 5º e 7º, CP)
A regra é o princípio da territorialidade. É prerrogativa que o Brasil possui de aplicar
as normas brasileiras no território nacional. Soberania do Brasil.
- O que é Território Nacional?
Podemos ter dois tipos:
1. território físico ou real: Geografia.
2. território jurídico ou por extensão: Não é o território fixo, mas sim ficção jurídica
(navios, aeronaves).
REGRA: Considerar a natureza desse navio ou aeronave, se tem natureza pública
(marinha, aeronáutica / e será território brasileiro em QUALQUER LUGAR DO
MUNDO) ou privada (somente será território brasileiro se estiver em ALTO MAR
OU NO ESPAÇO AÉREO CORRESPONDENTE / ESPAÇO AÉREO
INTERNACIONAL).

Contudo, há exceções…
Princípio da Extraterritorialidade (Art. 7º, CP): Pode ser:

a) Incondicionada: Vai aplicar a Lei Brasileira independentemente de condição (Art.


7º, I, CP). Alíneas A, B e C, são chamados de Princípio da Proteção / Real / Defesa.
Alínea D, genocídio: Agente brasileiro ou domiciliado no Brasil.

b) Condicionada: Vou aplicar a Lei Brasileira, desde que presente algumas


condições. Alínea A, inciso II, ou Alínea D, inciso I, são chamados de Princípio da
Justiça Penal Universal (Crimes que envolve mais de um país). Alínea B: Princípio
da Nacionalidade / Personalidade Ativa. Alínea C: Princípio da Bandeira / Pavilhão.
Para aplicar a Lei Brasileira tem que ter as condições do artigo 7º, § 2º, CP). Art. 7º, §
3º: Quando o brasileiro é vítima em país estrangeira: Vigora o Princípio da
Nacionalidade / Personalidade Passiva.

ROTEIRO:

1. Ver se tem o Princípio da Territorialidade. É Território Brasileiro? Real /


Extensão. Se sim, Aplica-se o Princípio da Territorialidade.

2. Se não, aplica-se a Extraterritorialidade, contudo, veja se é caso de ser


incondicionada. Se for, Aplica-se a Lei Brasileira.

3. Se for condicionada e preencher todos os requisitos, aplica-se a Lei Brasileira.

6. Concurso de Normas
Concurso significa uma pluralidade.
Mais de uma norma concorrendo para ser aplicada a determinado fato.
É diferente de lei penal no tempo (lei revoga outra lei).
No concurso de normas todas elas têm vigência.
Sistema Jurídico -> Anomia = Ausência de normas = Art. 4º, LINBD. Analogia
somente em benefício do réu
Antinomia: Pluralidade de normas. .Através dos príncipios eu vou solucionar os
problemas da antinomia.
Pluralidade: CASE
Consunção: Absorção. Eu tenho um crime meio e um crime fim. O meio será
absorvido pelo crime fim, e o agente responderá somente por este. Há crime único.
Súmula 17, STJ.
Estatuto do desarmamento. Art. 14. Várias armas. Responderá por um crime.
Contudo, caso haja uma arma de uso permitido + uma arma de uso restrito. Vai
responder pelos dois.
Alternatividade: O conflito se dá no mesmo tipo penal. Se dá em tipos mistos
alternativos. São aqueles tipos penais que prevêem várias condutas (vários verbos).
Art. 33 da Lei 11.343/06. No mesmo contexto fático pratica mais de um verbo,
responderá somente por um crime. Art. 213, CP.
Subsidiariedade: Tem uma norma subsidiária e uma norma principal. A Preferência é
da norma principal, contudo se esta não puder ser aplicada, será aplicada a subsidiária.
É soldado de reversa. Art. 132, CP.
Pode ser:
a) Expressa
b) Tácita = Implícita
Especialidade: Lei Especial revoga Lei Geral. Art. 12, CP. Neste caso ocorre um
conflito entre norma especial e geral. Lei Especial prevalece. Identifica a norma
especial mediante Comparação. a LE tem elemento especializante.

7. Concurso de Pessoas (Art. 29 a 31, CP)


Tem mais de um agente concorrendo para determinado crime ou infração penal
Tem pluralidade de agentes concorrendo por uma mesma infração penal.
Modalidades:
a) autoria: Teoria restritiva do conceito do autor. É quem pratica a conduta principal
do tipo penal. Aquele que pratica o verbo.
b) participação: É partícipe aquele que não é autor. Auxilia na conduta, mas sem
praticar o verbo.
1. Participação de ordem moral: Induzimento (cria a ideia no outro de cometer o
crime) ou instigação (botar pilha em uma ideia já existente). .
2. Participação de ordem material: Quem presta auxílio material. (Emprestou a
faca, arma, etc).
Requisitos do Concurso de Pessoas
1. Pluralidade de Agentes
2. Relevância causal de cada conduta. A conduta tem que ser relevante para
produzir o resultado.
3. Liame subjetivo entre os agentes: Vínculo psicológico entre os agentes. Basta
adesão subjetiva entre os agentes.. É diferente da combinação prévia.
4. Identidade de infração penal. Teoria Monista. Respondem pelo mesmo crime,
mesma pena em abstrato. (Art. 29, caput, CP).
Exceções da Teoria Monista:
a) Crime de Corrupção. Ativa e Passiva.
b) Crime de Aborto. Art. 124 e 126.
c) Participação de menor importância: Art. 29, §1º, CP. Causa de diminuição de
pena 1/6 a 1/3
d) Cooperação dolosamente distinta. Art. 29, §2º, CP. Crime que deu errado. Pena
aumentada até metade. Aplicação do crime mesmo grave.

8. Concurso de Crimes
Tem mais de um crime que podem ser praticados mediante:
- Uma conduta só (Formal, Art. 70, CP)
- Mais de uma conduta (Material, Art. 69, CP)
- Crime continuado: praticou mais de uma conduta e tem os requisitos do artigo 71,
CP, ele vai fazer jus a regra do crime continuado.
- Há pluralidade de crimes.
Concurso Material de Crimes (Art. 69, CP): Tem uma pluralidade de condutas.
Em relação ao penamento, sistema do cúmulo material = somatória das penas.
Concurso Formal de Crimes (Art. 70, CP): Unidade de condutas.
Em relação à pena: Via de regra no CF perfeito ou CF próprio. Exasperação das
Penas, uma das penas e aumentar de 1/6 até metade.
Concurso Formal Imperfeito ou Impróprio (segunda parte do artigo 70, CP):
Desígnios autônomos, será aplicado a regra do artigo 69. (Concurso Material).
Regra do Cúmulo Material Benéfico: Às vezes a somatória de pena é melhor ao
réu, dessa forma será aplicado. Art. 70, p.ú, CP.
Crime Continuado: É ficção jurídica. Pluralidade de condutas + requisitos do artigo
71, CP. Regra da exasperação de 1/6 a 2/3
1. Crimes a mesma espécie (mesmo tipo penal) Ex.: caixa do supermercado pratica
furto todos os dias.
2. Conexão Temporal: 30 dias entre um crime e outro.
3. Conexão Espacial: Mesma comarca ou mesma região.
4. Mesma maneira de Execução: Crime praticado da mesma forma.
5. Presença de um elemento subjetivo: Como se fosse continuação do primeiro.
CUIDADO!
Súmula 605, STF: Embora não tenha sido revogada formalmente, ela perdeu a
razão de ser. É antes da reforma penal de 1984.
Art. 71, p.ú. Se tenho os requisitos do art. 71, caput, contudo se foram praticados com
violência ou grave ameaça à pessoa, eu vou poder triplicar as penas.

REVISÃO CEISC SEGUNDA PARTE 10/03/2019

Continuação Excludentes de Ilicitude:

I. estado de necessidade
Para se salvar de uma situação de perigo, podendo ocorrer de uma conduta humana, evento
da natureza ou comportamento de animal.
Animal -> Atacar Espontaneamente -> Estado de Necessidade
Se o animal for estimulado pelo dono para atacar -> Legítima Defesa
II. legítima defesa (art. 25, CP)
Se defender de uma injusta agressão, sendo atual ou iminente, usando moderadamente dos
meios necessários suficiente para fazer cessar a agressão. Caso eleger meio desproporcional,
ou seja, excesso de legítima defesa,
III. em estrito cumprimento de dever legal
Via de regra é para alcançar agente público. A lei autoriza. Ex.: resistência em abordagem
policial em que o policial tem que usar de forma moderada a força.
IV. exercício regular de direito
Autoriza um cidadão comum a praticar um fato típico. ex.: manifestando opinião acerca da
liberação da maconha.

Culpabilidade

1. Imputabilidade (maior de 18 anos)


2. Potencial consciência de Ilicitude
3. Exigibilidade de conduta diversa

Causas Excludentes de Culpabilidade

1. Inimputabilidade Enfermidade Mental Art. 26, caput, CP


Embriaguez completa e acidental. Art. 28, §1º, CP
2. Falta de potencial consciência de ilicitude: Erro de proibição. Art. 21, CP
3. Inexigibilidade de conduta diversa: Coação moral irresistível
Obediência Hierárquica

Inimputabilidade Art. 26, caput, CP

a) Pela doença mental: Caráter biológico + Psicológico: Critério biopsicológico para


aferir esta inimputabilidade.
b) Desenvolvimento mental incompleto retardado + Inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Juiz vai proferir uma sentença de absolvição imprópria com a aplicação de uma
medida de segurança podendo ser de internação em hospital de custódia ou tratamento
ambulatorial (Art. 97, CP).
c) Pela Embriaguez Completa e Acidental (Art. 28, §1º, CP): Não é qualquer
embriaguez que é isenta de pena (voluntária ou culposa, Art. 28, I, CP)
É inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
A acidental decorre de força maior e caso fortuito.

Inexigibilidade de conduta diversa (Art. 22, CP): Coação moral irresistível


Obediência Hierárquica

a) Coação moral irresistível: Coator mediante grave ameaça contra o coagido, fez este
praticar um fato ilícito. Nesse sentido, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Não confundir com a Coação Física Irresistível: Força física contra o coagido. É
causa de exclusão de tipicidade!
b) Obediência Hierárquica: Tem a figura do superior hierárquico. Está inserido no
contexto de serviço público. Por meio de uma ordem não manifestamente legal o
subordinado vem e pratica um fato típico e ilícito, mas só por força dessa ordem não
manifestamente ilegal.

REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA (Art. 33, CP)

a) Reclusão: Crimes mais graves


O juiz pode fixar o regime inicial:
- Fechado: + 8 anos. Caso seja o réu reincidente com pena + 4 e até 8 = Regime
Fechado.
- Semiaberto: Não reincidente e a pena aplicada na sentença for de + 4 anos até 8
anos.
Caso o réu seja reincidente e com pena de até 4 anos, o juiz pode decidir se vai para o
semiaberto ou fechado, sendo aplicada a súmula 269, STJ (circunstâncias judiciais se
todas forem favoráveis, será aplicado o semiaberto, caso seja desfavorável, será
aplicado o fechado).
- Aberto: Não reincidente e a pena aplicada até 4 anos.

OBS.: Crime mais severo que a quantidade permitia? Crime grave não constitui
motivação idônea. Súmula 718 e 719, STF e 440, STJ.
Art. 2º da Lei de Crimes hediondos. Inconstitucional.

b) Detenção: Crimes menos graves


O juiz pode fixar o regime inicial em:
- Semiaberto: + 4 anos
- Aberto: Não reincidente: Até 4 anos.
Salvo necessidade de transferência a regime fechado.

PROGRESSÃO DE REGIME:

a) Crimes Não Hediondos


Requisitos:
a) Objetivo: Cumprir 1/6 da Pena
b) Subjetivo: Mérito (merecimento) A Regra: Basta atestado de bom comportamento
expedido pelo diretor carcerário. Art. 112, LEP.
Exceção: Exame criminológico: Exame Psicológico e social. É exame motivado.
Súm. 439, STJ. Decisão Motivada.

b) Crimes Hediondos ou Equiparados (3T, Tráfico, Tortura e Terrorismo)


Requisito Objetivo: Art. 2, §º, Lei de crimes hediondos.
Se for primário: 2/5 da pena Lei de 2007. Antes deste período é 1/6 apenas.
Se for reincidente: 3/5 da pena.
SV 26, STF
Súm. 471, STJ.

PROGRESSÃO DE REGIME PARA MULHERES


19/18/2018

Se a mulher for gestante ou responsável por criança ou pessoa com deficiência que esteja
cumprindo pena, os requisitos são diferenciados. Art. 112, §3º, LEP.
Requisitos Cumulativos:
1. Condenada por crime praticado sem violência ou grave ameaça;
2. Não ter praticado crime contra filho ou dependente;
3. Cumprir 1/8 da pena;
4. Primária / bom comportamento;
5. Não for integrante de organização criminosa;
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício
previsto no § 3º deste artigo.

PENA RESTRITIVAS DE DIREITO (Art. 44, CP)

O juiz aplica a pena privativa de de liberdade, e caso sejam preenchidos os requisitos do


artigo 44, CP, poderá ser substituído por pena restritiva de direitos.

As penas restritivas de direitos se encontram elencadas no artigo 43, CP.

Requisitos:
1. Crimes dolosos, cuja pena aplicada na sentença não for superior a 4 anos;
2. Crime praticado sem violência ou grave ameaça;
3. Crime culposo: Qualquer que seja a pena aplicada;
4. Não reincidente em crime doloso;
5. A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem, que essa
substituição seja suficiente.
Art. 44, §3º, CP: Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde
que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a
reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.

REINCIDÊNCIA
● É uma circunstância agravante. Art. 61, I, CP.
● Gera efeitos em outros institutos
● O sujeito será reincidente quando comete um novo crime, depois de transitar em
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime
anterior.
● Atenção a duas datas.
● Tem efeito temporal: Não é perpétuo. Vai cessar os efeitos decorridos 5 anos depois
do cumprimento ou extinção da pena, computado o período de prova da suspensão
d=ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação.
● Livramento Condicional: Estágio de retorno do condenado ao convívio social,
mediante determinadas condições. Art. 83, CP.

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