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Para entendermos melhor e compreender as estruturas do crime você deve saber que
temos três conceitos/enfoques:
FORMAL: Infração penal é aquilo que assim está rotulado em uma norma
incriminadora, e possui uma pena.
MATERIAL: Infração penal é comportamento humano causador de relevante
e desprezável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.
ANALÍTICO: Leva em consideração os elementos estruturais que compõem a
infração penal, prevalecendo FATO TÍPICO, ILÍCITO E CULPÁVEL.
Com isso em mente, lembre-se que o conceito para Crime adotado por nós é o
CONCEITO ANALÍTICO. Assim, para que uma pessoa possa ser punida (PUNIBILIDADE)
esses três elementos devem estar presentes.
I. FATO TÍPICO
Podemos definir o Fato típico como um fato humano que se encaixa com os elementos
descritos pelo tipo penal. Por exemplo, a conduta de matar alguém dolosamente, caracteriza
o crime homicídio, previsto no artigo 121 do CP.
Por sua vez, quando uma conduta não encontra “sua alma gêmea” na lei é chamado de
fato atípico. Por exemplo, o Incesto, mesmo sendo uma conduta imoral, não é um crime.
Conduta;
Resultado naturalístico;
Nexo causal;
Tipicidade.
1.1 CONDUTA
Somente os seres humanos podem realizar conduta, pois apenas este são dotados
de vontade e consciência. Os animais irracionais não realizam condutas. Mas e se o dono
de um cachorro ordena que ele ataque alguém? Veja que mesmo assim quem pratica a
conduta é o dono. O cachorro, neste caso, nada mais é que um instrumento para o crime,
seria o mesmo que uma faca ou uma arma de fogo.
Com isso, veja que diante de um crime Omissivo Próprio o agente viola um Dever
genérico de agir, que está diante de todas as pessoas (salvar alguém que precisa de
socorro). Já no crime omissivo impróprio, o agente viola um Dever Jurídico de Agir, que só
está presente diante de algumas pessoas, artigo 13 paragrafo 2. Ex.: Um Salva vidas que
deixa o outro se afogar.
Quando está presente o dever jurídico de agir? Nas hipóteses do art. 13, parágrafo
2º CP, e são as seguintes:
Dever legal - quando alguém estiver por lei obrigação de cuidado, proteção e
vigilância, ex.: pais em relação aos filhos, policiais, bombeiros. Dessa forma, a
mãe que deixa de alimentar o filho, provocando sua morte, responde por
homicídio;
Dever de garante ou garantidor – quando alguém de qualquer modo se
comprometeu a evitar o resultado, ex.: babá, medico plantonista, salva-vidas, até
mesmo guia alpinista, etc.;
Ingerência na norma- quando alguém por sua conduta anterior cria o risco da
produção do resultado, ex.: jogam cigarro no mato seco; convida alguém para
nadar e esta pessoa se afoga e o agente não a socorre.
FORMAS DA CONDUTA
DOLOSA (DOLO, artigo 18, I): Quando o agente quer o resultado (dolo direto) ou
quando assume o risco de produzi-lo (dolo eventual).
CULPOSA (CULPA, artigo 18, II): Quando o agente deu causa ao resultado por
IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA.
PRETERDOLOSA: Conduta dolosa + Resultado Culposo mais grave + Nexo de
Causalidade + tipicidade. Ex.: Quero ferir (dolo), porém advém um resultado mais
grave (morte – Culposo). Lesão corporal seguido de morte.
Não é necessário estudar teoria geral do dolo. Porém, deixarei uma tabela para
você diferenciar algumas espécies de dolo e de culpa.
Espécie Consciência Vontade Teoria do FODA-SE
Caso fortuito e força maior, excluem-se o dolo e a culpa, não havendo, portanto,
conduta e consequentemente crime.
Coação física irresistível – Ex.: “A” coloca “B” frente a “C”, “A” pega uma arma de
fogo e coloca nas mãos de “B” e pega o dedo dele e puxa o gatilho, matando “C”.
1.2 RESULTADO
Existe crime sem resultado? Depende do resultado que estamos falando, pois no
direito penal há dois tipos de resultado:
Crime de dano: Para existir esse crime é necessário que cause um dano ao bem
jurídico. Ex.: Subtrair o patrimônio alheio. Furto.
Crime de Perigo Abstrato: Aqui o legislador já presumiu que a conduta do agente
cause perigo ao bem jurídico. Ex.: Tráfico de drogas, já se presume que a saúde
pública está em perigo.
Crime de perigo Concreto: Agora para existir o crime deve estar provado que bem
jurídico foi exposto ao risco/perigo. Ex.: Abandono de Incapaz. Se você abandonar
um idoso em frente a um asilo, não haverá crime.
Para efeitos do nexo causal, o CP, no seu ART 13, “caput” adotou a teoria da
“condotio sine qua non” (teoria da equivalência dos antecedentes causais). Com base nessa
teoria toda e qualquer contribuição para o resultado é considerado causa, o grande defeito
dessa teoria é chegar à responsabilidade penal infinita. EX: se o fabricante da arma não a
tivesse fabricado não haveria crime, se os pais do agente não o tivessem gerado não teria
acontecido crime.
Para saber o que é causa, basta usarmos a teoria da eliminação hipotética de dos
antecedentes causais, criada por Thyrén. É bem simples, você vai imaginar todo o percurso
e tudo que aconteceu até chegar ao resultado (crime). Tudo que se tirado o crime não
aconteceria da mesma maneira ou forma podemos dizer que é uma CAUSA.
Por exemplo, podemos citar o fato de uma pessoa subtrair 10 centavos de outra. Veja
que essa conduta possui tipicidade formal (art. 155), porém não há tipicidade material,
pois 10 centavos é inexpressivo no patrimônio de uma pessoa.
II. ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE
Nosso Código Penal define as excludentes de ilicitude no art. 23. De acordo com o texto,
são quatro as causas de justificação:
Estado de necessidade;
Legítima defesa;
Exercício regular de um direito;
Estrito cumprimento de um dever legal.
Por quê dizemos JUSTIFICAÇÃO? Essas excludentes vão JUSTIFICAR o fato típico
praticado por você. Imagine que você está em um naufrágio e só tenha 1 colete salva-vidas
para 2 pessoas. Você acaba matando outra pessoa em uma briga pelo Colete. Perceba que
você praticou um fato típico (matar alguém –art. 121), porém, não ILÍCITO por ser
JUSTIFICADO neste momento pelo ESTADO DE NECESSIDADE.
Diz o CP no art. 24: “Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
Direito Próprio ou alheio (todo e qualquer direito pode ser protegido em Estado de
Necessidade seja próprio ou de Terceiro).
Diz o CP, no art. 25: “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
O ponto de partida da legitima defesa é uma agressão, ou seja, uma conduta humana
que lesa ou expõe a perigo bens juridicamente tutelados. E quem reage contra o ataque de
um animal? R: não há legitima defesa pois não é conduta humana. Porem trata-se de estado
de necessidade por sua vez será uma situação diversa quando o animal é utilizado como
instrumento de ataque a uma pessoa - legitima defesa.
Art. 25.
Como não tínhamos previsão legal para essa conduta, agora ela está amparada
legalmente como excludente da ilicitude. Tome cuidado para não confundir com o estrito
cumprimento do dever legal que estudaremos mais adiante.
d) não ocorre legítima defesa contra ataque de animal (salvo quando ele foi instrumento
de uma agressão humana), mas existe estado de necessidade nessas situações.
Isto porque o conteúdo definitivo destas excludentes decorre de normas extrapenais (fora
do direito penal). Assim, por exemplo, o possuidor de um bem imóvel, turbado ou esbulhado
em sua posse, tem direito assegurado pela legislação civil de, com sua “própria força”,
praticar atos tendentes a se manter ou se reintegrar na posse do bem. A atitude de quem
proceder dessa maneira não será considerada criminosa, por força do art. 23, III, do CP,
combinado com o art. 1.210 do CC.
Da mesma maneira, o policial que cumpre um mandado de prisão e, para isso, emprega
força física, na medida do necessário para conter o agente, encontra-se no estrito
cumprimento de um dever legal; sua ação não é criminosa, com fundamento na combinação
do art. 23, III, do CP com o art. 292 do CPP.
Todo aquele que exerce um direito assegurado por lei não pratica ato ilícito. Quando o
ordenamento jurídico, por meio de qualquer de seus ramos, autoriza determinada conduta,
sua licitude reflete-se na seara penal, configurando excludente de ilicitude: exercício regular
de um direito (CP, art. 23, III).
Por vezes, a própria lei obriga um agente público a realizar condutas, dando-lhe poder
até de praticar fatos típicos para executar o ato legal.
Para que o cumprimento do dever legal exclua a ilicitude da conduta é preciso que obedeça
aos seguintes requisitos:
Existência prévia de um dever legal: uma obrigação imposta por norma jurídica de
caráter genérico, não necessariamente lei no sentido formal; o dever poderá advir,
inclusive, de um ato administrativo (de conteúdo genérico). Se específico o conteúdo
do ato, podemos falar em obediência hierárquica (art. 22 do CP, que interfere na
culpabilidade);
Atitude pautada pelos estritos limites do dever;
Conduta, como regra, de agente público e, excepcionalmente, de particular. Como
exemplo de dever legal incumbido a particular costuma-se lembrar do dever dos pais
quanto à guarda, vigilância e educação dos filhos.
Legítima defesa
Estado de necessidade
III. CULPABILIDADE
A culpabilidade é entendida como o juízo de reprovação que recai sobre o autor culpado
por um fato típico e antijurídico. Constitui, para muitos, requisito do crime e, para outros,
pressuposto de aplicação da pena.
Em nosso Código Penal, o exame das excludentes de culpabilidade permite inferir quais
são os elementos que a compõem. Assim, o art. 21 exime de pena quem pratica o fato
desconhecendo seu caráter ilícito (erro de proibição); o art. 22 registra isenção de pena para
o sujeito de quem não se pode exigir outra conduta (inexigibilidade de conduta diversa); os
arts. 26 a 28 referem-se às pessoas que não detêm capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de se determinar conforme esse entendimento (inimputabilidade).
3.1 Imputabilidade
Imputável é aquele que reúne as capacidades de entendimento -capacidade de distinguir
o certo do errado, o que é licito e o que é ilícito) e autodeterminação- é aquele e tem
autocontrole de seus próprios atos.
Após definirmos o que é imputabilidade, o Código Penal enumera as hipóteses de
inimputabilidade (distúrbios mentais, menoridade e embriaguez). Para isso, define alguns
critérios:
Menoridade - Artigo 27 do CP
Inimputável, Artigo 26, caput do CP. Três requisitos para que o agente seja
inimputável: No momento da ação ou omissão (conduta), este indivíduo (+) era inteiramente
incapaz (zero capacidade) de: entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com este entendimento, (+) em razão de: doença mental; desenvolvimento mental
incompleto ou desenvolvimento mental retardado.
Embriaguez - Artigo 28 do CP
Quem pratica o crime baseado com emoção ou paixão (artigo 65, III “c” do CP); o que
pode ocorrer é a redução da pena. Artigos 61, 62 (agravantes genéricas situações
que sempre vão piorar a pena), 65 e 66 do CP (atenuantes genéricas situações que
sempre atenuam a pena).
Embriaguez voluntária ou culposa pelo álcool ou substancia com efeitos análogos.
É voluntária porque o agente age de acordo com a sua própria vontade.
Tipos de embriaguez:
Teoria da actio libera in causa/ teoria da ação livre na causa. Quando o agente se
coloca a beber ou utilizar a substância sabia o que estava fazendo. Se no início, o agente
tinha condições de saber o que fazia, responderá por sua conduta criminosa. Alguns autores
entendem que é uma exceção a teoria da atividade (momento da ação ou omissão).
Artigo 28, §§1º e 2º do CP. Situações ainda de embriaguez, mas que isentam ou
atenuam a pena.
Inimputável - Artigo 28, §1º do CP. Será isento de pena. No momento da conduta
criminosa há a avaliação do agente. No momento da conduta o agente (+) era
inteiramente incapaz, ou seja, não tinha nenhuma capacidade, zero capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este
entendimento (+) em razão de embriaguez involuntária completa, decorrente de caso
fortuito (acidente) ou de força maior (ação humana).
Semi-imputável - Artigo 28, §2º do CP. Terá uma diminuição de pena de 1 a 2/3. No
momento da conduta criminosa há a avaliação do agente. No momento da conduta o
agente (+) não era plenamente capaz, ou seja, tinha alguma capacidade de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento (+) em
razão de embriaguez involuntária incompleta, parcial, decorrente de caso fortuito
(acidente) ou de força maior (ação humana).
CUIDADO! Erro de tipo: É o equívoco que recai sobre as circunstâncias do fato, sobre
elementos do tipo penal. (Torna-se um fato atípico). Ex.: Dois caçadores vão caçar um urso
na floresta. Um deles balançou as plantas fingindo que era o urso para o outro ficar com
medo. Este atira e mata o caçador brincalhão imaginando ser um urso.
Vimos, portanto, o primeiro elemento do Crime, o fato típico. Agora, vamos estudar
rapidamente o ITER CRIMINIS ou CAMINHO DO CRIME. Logo após continuaremos
com o estudo da ilicitude.
Corresponde às etapas percorridas pelo agente para a prática de uma infração penal.
Essas fases são divididas em:
INTERNA: Cogitação;
EXTERNA: Preparação, Execução e Consumação;
Ocorre quando o agente, depois de consumar o delito e, portanto, encerrar o iter criminis,
pratica nova conduta, provocando nova agressão ao bem jurídico penalmente tutelado. De
regra, o exaurimento apenas influi na quantidade da pena, seja por estar previsto como
causa especial de aumento (ex.: CP, art. 317, § 1º), seja por figurar como circunstância
judicial desfavorável (pois o juiz deve levar em conta na dosagem da pena-base as
consequências do crime – art. 59, caput, do CP).
VAMOS IMAGINAR ENTÃO: “A” cogita matar “B” com disparos de arma de fogo
(cogitação); “A” prepara seu revólver e compra algumas munições (preparação); “A”
então se dirige até “B” aponta a arma para ele e dispara 5 tiros (execução); “B” morre
no local (consumação).
Na consumação, última fase do caminho do crime é onde o agente atinge o que ele
cogitou lá o início. Assim temos o famoso CRIME CONSUMADO.
Até aqui é bem tranquilo, como o povo baiano diz: Agora ficou Barril! Kkkkkkkk
Requisitos
Inicio de execução
Não consumação
Circunstancias alheias à vontade do agente
VAMOS USAR O MESMO EXEMPLO: “A” cogita matar “B” com disparos de arma
de fogo (cogitação); “A” prepara seu revólver e compra algumas munições
(preparação); “A” então se dirige até “B” aponta a arma para ele e dispara 5 tiros
(execução); “B” é socorrido e levado ao hospital, onde passou por uma cirurgia
(circunstância alheias a vontade de “A”) e sobreviveu (não consumação).
Perceba que o crime não se consumou pois “B” foi socorrido. Com isso “A” responderá
por TENTATIVA DE HOMICÍDIO. Ele responderá pelo artigo 121, pena de 06 a 20 anos,
mas com redução de pena de 1/3 a 2/3.
Contravenções penais;
Habituais;
Unissubsistentes;
Preterdolosos;
Permanetes;
Empreendimento/Atentado;
Na desistência voluntária:
O agente inicia a execução;
O agente PARA os atos executórios;
O crime não se consuma por circunstâncias internas/proveniente da vontade do
agente, ou seja, desistência de prosseguir com a execução do crime.
Portanto, perceba que o agente pode prosseguir, mas não quer. Diferente da
TENTATIVA onde o agente quer prosseguir, mas não pode.
Exemplo: “A” inicia a execução do crime de roubo contra “B”, uma mulher grávida, ao
efetuar a ameaça dizendo: “perdeu, fique quieta se não morre”. “A” percebe que “B” está
grávida e desiste de prosseguir com a execução e vai embora sem subtrair nada da vítima.
Ele não responderá por ROUBO TENTADO, mas sim apenas pelos ATOS ATÉ ENTÃO
PRATICADO, crime de ameaça e constrangimento ilegal.
No arrependimento eficaz:
O agente inicia a execução;
Termina toda a execução;
Porém se ARREPENDE e PRATICA CONDUTA DIVERSA NA INTENÇÃO DE
IMPEDIR que o resultado aconteça e não se consuma.
Exemplo: João convida José para almoçar, José mal sabia que João pretendia mata-lo
envenenado. Na bebida de José, João aplicou veneno suficiente para matar José. Era
questão de tempo para José morrer. João se arrepende, e não quer que o resultado (morte)
aconteça e dá a José o antídoto que o impede de morrer.
Perceba que os atos executórios (aplicação do veneno), foi efetuada. Bastando apenas
aguardar o RESULTADO MORTE. Porém, o João impediu que o resultado aconteça e NÃO
responderá por TENTATIVA, mas sim pelos atos até então praticados.
Imagino que você possa estar com dúvidas sobre o seguinte:
a) voluntariedade: ato voluntário é o oriundo de livre escolha por parte do sujeito. Ele
tinha mais de uma opção, e, por vontade própria, preferiu desistir ou arrependeu-se,
impedindo a consumação do delito.
Voluntariedade não é o mesmo que espontaneidade. Espontâneo é o ato voluntário, cuja
iniciativa foi do próprio agente (não foi sugerido por terceiro). Não é preciso espontaneidade;
basta que o ato tenha sido voluntário;
b) eficiência (ou eficácia): significa que a consumação deve ter sido efetivamente
evitada, caso contrário não incide o art. 15 do CP.
Se uma pessoa, por exemplo, dá início a um homicídio mediante golpes de faca, os
desfere, mas se arrepende e decide socorrer a vítima, que, embora levada ao hospital, não
resiste aos ferimentos e morre, não se aplica o art. 15 do CP, pois o ato não foi eficaz. O
agente responderá, portanto, por crime consumado, com a incidência da atenuante prevista
no art. 65, III, b, do CP (“ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com
eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do
julgamento, reparado o dano”).
QUESTÕES
01) Não constituem crimes a ação do agente penitenciário que encarcera o criminoso, do
policial que realiza um flagrante delito e do policial que conduz coercitivamente uma
testemunha que, após ser devidamente intimada, nega-se a comparecer em Juízo, desde
que, em nenhuma delas, ocorra excesso, justamente por serem hipóteses de causas
excludentes da ilicitude. Acerca desse tema, é correto afirmar que as hipóteses relatadas
configuram:
A) legítima defesa.
B) estrito cumprimento do dever legal.
C) exercício regular de direito.
D) estado de necessidade.
E) causa supralegal de exclusão da ilicitude. GABARITO LETRA B
02) João está em um bar, curtindo o happy hour de sexta, e é agredido por Pedro, jogador
profissional de futebol. João, fisicamente mais fraco, para repelir a injusta agressão, saca
sua pistola e atira em Pedro, que tomba ferido no tórax. João, mesmo depois de ter cessado
a ação após o primeiro disparo, sabendo que não mais poderia continuar a repulsa, olha
para Pedro e diz: “A partir de agora, você nunca mais jogará futebol!”. Em seguida, efetua
outro disparo, agora no joelho direito de Pedro. Nessa situação hipotética, o caso trata-se
de:
A) legítima defesa putativa.
B) excesso doloso na legítima defesa.
C) excesso culposo na legítima defesa.
D) legítima defesa recíproca.
E) legítima defesa de terceiro.
GABARITO LETRA B
03) Não há de se falar em crime quando o autor pratica a conduta:
A) em estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito
B) em estrito cumprimento de dever legal e na obediência hierárquica
C) no exercício regular de direito e na coação moral irresistível
D) em excesso de estado de necessidade e na inimputabilidade
E) em legítima defesa recíproca e no erro de direito
GABARITO LETRA A
04) Marque a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna no texto abaixo:
“Considera-se em _____________________ quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir se.”
A) Estado de necessidade.
B) Legítima defesa.
C)Inexigibilidade de conduta diversa.
D)Estrito cumprimento de dever legal.
GABARITO LETRA A
05)Em relação ao direito penal, julgue os próximos itens.
A embriaguez completa pode dar causa à exclusão da imputabilidade penal, mas não
descaracteriza a ilicitude do fato. Certo OU Errado
GABARITO CERTO
06)Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças,
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam passando por
dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que dividiam na empresa. Parou
de fronte ao inimigo e apontou a arma em sua direção, mas antes de acionar o gatilho foi
impedido pela secretária que, ao ver a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o disparo.
Em face do ocorrido, pode-se afirmar que Adalberto poderá responder por:
A) constrangimento ilegal.
B) tentativa de homicídio.
C) tentativa de lesão corporal.
D) fato atípico.
E) arrependimento eficaz.
GABARITO LETRA B
07) Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ele comete o crime
de forma:
a) agravada.
b) culposa.
c) punível.
d) dolosa.
e) tentada.
GABARITO LETRA D
GABARITO ERRADO
15) Julgue o item a seguir, com base no que dispõe o Código Penal.
Situação hipotética: Uma pessoa cometeu crime contra alguém, sem violência nem grave
ameaça. Posteriormente, antes do recebimento da denúncia, essa pessoa se arrependeu e
reparou o dano. Assertiva: Nessa situação, ficou caracterizado o arrependimento eficaz do
autor do delito, que, assim, não poderá ser punido pelo ato praticado. Certo Errado
GABARITO ERRADO
A) dolo.
B) resultado naturalístico.
C) imprudência.
D) conduta.
E) lesão.
GABARITO LETRA D
20) Os menores de dezoito anos que já tenham se casado ou constituído negócio próprio
são considerados penalmente:
A) inimputáveis.
B) semi-imputáveis.
C) responsáveis.
D) capazes.
GABARITO LETRA A