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Direito Penal

Parte Especial
Os crimes em espécie – Arts 121 ao 359
Título I – Dos crimes contra a pessoa
Capítulo I – Dos crimes contra a vida
Capítulo II – Das lesões corporais
Capítulo III – Da periclitação da vida e da saúde
Capítulo IV – Da rixa
Capítulo V – Dos crimes contra a honra
Capítulo VI – Dos crimes contra a liberdade individual
Seção I – Dos crimes contra a liberdade pessoal
Seção II – Dos crimes contra a inviolabilidade do domicílio
Seção III – Dos crimes contra a inviolabilidade de correspondência
Seção IV – Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos
Título II – Dos crimes contra o patrimônio
Título III – Dos crimes contra a propriedade imaterial
Título IV – Dos crimes contra a organização do trabalho
Título V – Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o
respeito aos mortos
Título VI – Dos crimes contra a dignidade sexual
Título VII – Dos crimes contra a família
Título VIII – Dos crimes contra a incolumidade pública
Título IX – Dos crimes contra a paz pública
Título X – Dos crimes contra a fé pública
Título XI – Dos crimes contra a administração pública

Dos crimes contra a vida – Art 121 ao 128


O Código Penal arrola quatro crimes contra a vida:
(1)homicídio;
(2)induzimento, instigação ou auxílio a suicídio;
(3)infanticídio; e
(4)aborto.

Buscou, desse modo, proteger integralmente o direito à vida do ser


humano, desde a sua concepção, ou seja, previamente ao seu
nascimento.
No tocante à competência, salvo o homicídio culposo (CP, art. 121, §
3.°), cuja ação penal tramita perante o juízo singular (justamente pelo
fato de ser culposo), todos os demais crimes são julgados pelo Tribunal
do Júri, em atendimento à regra prevista no art. 5.°, inciso XXXVIII,
alínea “d”, da Constituição Federal.

E a ação penal, como consectário lógico da indisponibilidade do


direito à vida, sempre será pública incondicionada, circunstância
que não impede, em caso de inércia do Ministério Público, a utilização
da ação penal privada subsidiária da pública, garantida pelo art. 5.°,
inciso LIX, da Constituição Federal.

HOMICIDIO – Art. 121. MATAR ALGUEM (preceito primário)


Direito Penal não é proibitivo.
Pena: Reclusão de 06 a 20 anos (preceito secundário)
1 - Homicídio (Art. 121, CP)
Conceito de Homicídio: É a supressão da vida extrauterina praticada
por uma pessoa contra outra.
OBS: Morte Intrauterina: ABORTO – (Arts 124 a 128, CP)

OBS 2: Quando se inicia a vida extrauterina?


Com o trabalho de parto, a morte do feto configurará homicídio ou
infanticídio, desde que a vítima tenha nascido com vida.
Início trabalho de parto: Doutrina controvertida
O trabalho de parto vai se iniciar com a dilatação do colo do útero ou
com incisão das camadas abdominais.

OBS3: Antecipação da morte, ainda que brevemente, configurará


homicídio.
Mesmo que a vida seja breve.
(Ex: anencéfalo, fase terminal, etc)

1.1- OBJETO JURÍDICO DO CRIME: É o bem tutelado pela norma


É a vida fora do útero (vida extrauterina).

1.2- OBJETO MATERIAL: É a pessoa ou coisa sobre a qual recai a


conduta criminosa.
Vítima (É o ser humano que suporta a conduta criminosa)

1.3- NUCLEO DO TIPO:


Matar (pode ocorrer por meio conduta comissiva ou omissiva)
Crime de forma livre – Não possui forma vinculada.
OBS: Transmissão dolosa de HIV, mediante ato libidinoso,
conjunção carnal, ato sexual?
DOUTRINA: (Cleber Massom): Se a vítima morrer, responde por
homicídio consumado.
Se a vítima sobreviver, não
falecer, responde por tentativa de homicídio.

POSIÇÂO STJ: Entende que a transmissão dolosa de HIV


mediante pratica de atos libidinosos configura lesão corporal
gravíssima (art. 129, §2, II, CP – enfermidade incurável).

1.4- SUJEITO ATIVO:


Crime Comum, pode ser praticado por qualquer pessoa

OBS: *Crime próprio: Qualidade ou condição especial do sujeito


ativo.
*Crime de mão própria: Exige qualidade especial do sujeito
ativo. + Execução do delito é personalíssima, somente a pessoa
pode praticar o núcleo do tipo

*Crime comum: Não exige qualidade especial do sujeito


ativo.

OBS 2: Crime cometido por Xifópagos – irmãos siameses ou


indivíduos duplos.
Quando atuam de comum acordo: responderão por
homicídio.
Quando um dos dois discorda, quando o homicídio é
praticado por um contra a vontade do outro:

1ª corrente: Se a separação é impraticável, deve o


irmão que cometeu o delito ser absolvido. O irmão dever ser
absolvido por haver a possibilidade de punição do irmão que não
quis cometer o delito, o irmão inocente.

2ª corrente: Se a separação for impraticável, o irmão


culpado deve ser processado e condenado INVIABILIZANDO-SE
a aplicação da pena. Porém se o irmão que não concordou com a
prática do homicídio vier a cometer delito futuramente, ambos
poderão ser punidos.
Quase não há aplicação prática.

1.5- SUJEITO PASSIVO: Pessoa ou ente que sofre as consequências da


infração penal.
Qualquer pessoa após o nascimento com vida.

OBS: se a vitima do delito for irmãos xifópagos:


1 – Pratica uma conduta com a intenção de matar os dois e efetivamente
mata, responde por homicídio doloso em concurso formal imperfeito-
impróprio.
2 – Pratica uma conduta com dolo de matar apenas um dos irmãos, mas
ambos morrem, responde por homicídio doloso em concurso formal
imperfeito-impróprio. (Dolo direto irmão que queria matar e dolo
eventual em relação ao outro).
3 – Quer matar um dos irmãos e o outro é salvo por eficiente atuação
médica o outro sobrevive, responde por homicídio doloso em concurso
formal imperfeito-impróprio. (Dolo pelo que queria matar e tentativa
pelo que não morreu.

Aula 07/08/2024

1.6- ELEMENTO SUBJETIVO:

DOLO: DIRETO:
EVENTUAL: Não tem a intenção de matar, mas assume o
risco de produzir o resultado. (Ex: Caçador em aldeia indígena);

CULPA: Imprudência;
Imperícia;
Negligencia.

1.7- CONSUMAÇÃO: Art. 14, CP


Ocorre com a morte (crime material: o tipo penal prevê a conduta
e o resultado naturalístico da conduta, sendo o resultado
necessário para consumação do delito.

Morte: Ocorre com a cessação da atividade encefálica.

OBS: Crime Instantâneo: É aquele em que a consumação não se


perdura/prolonga no tempo. É aquele em que se consuma em
momento determinado.

OBS 2: Parte da Doutrina diz que o crime é instantâneo de efeitos


permanentes. A consumação se dá em momento determinado,
mas os efeitos são permanentes, matou acabou.

Admite tentativa: quando iniciada a execução, o crime não se


consuma por circunstancias alheias a vontade do agente.

TENTATIVA BRANCA/INCRUENTA: Aquela onde o agente não


consegue atingir a vítima;

TENTATIVA VERMELHA/CRUENTA: Aquela que o agente atinge


a vítima e sofre ferimentos.

1.8- CLASSIFICAÇÃO:
SIMPLES (atinge um único bem jurídico);

COMUM (não exige qualidade especial dos sujeitos);

MATERIAL (para consumar tem que ocorrer o resultado


naturalístico);

DE DANO (consuma-se apenas com a lesão ao bem jurídico


tutelado);

FORMA LIVRE (não tem execução vinculada);

UNISSUBJETIVO ( o tipo penal não exige mais de uma pessoa


para prática; aquele que pode ser praticado por somente uma
pessoa);
PROGRESSIVO (para alcançar o resultado final o agente passa,
necessariamente, pela lesão corporal, crime menos grave rotulado
nesse caso de “crime de ação de passagem”);
PLURISSUBSISTENTE (é possível dividir a conduta do agente,
sendo possível o instituto do crime tentado);

COMISSIVO (regra – precisa de uma ação) OU OMISSIVO


IMPROPRIO-OMISSIVO POR COMISSÃO (exceção) (quando
existe o dever de agir)

1.9- HOMICÍDIO SIMPLES:


Previsão legal: Art. 121, “Caput”

Pena: 06 a 20 anos

É crime hediondo?
Regra geral não é crime hediondo.

Exceção: Quando for homicídio simples praticado em atividade


típica de grupo de extermínio, ainda que executada por um so
agente. (Lei nº 8.072/90, Art, 1º, I).

1.10- HOMICÍDIO PRIVILEGIADO:


Previsão legal: Art. 121, § 1º, CP

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante


valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo
em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.

Diminui a pena de 1/6 a 1/3

Crime privilegiado tecnicamente ocorre quando as penas em


abstrato do tipo penal são alteradas para menos, quando se
diminui a pena em abstrato e não quando se aplica causas de
diminuição de pena.

A- Privilegio tecnicamente, ocorre quando diminui a pena do


crime em abstrato.
Ex: Pena do homicídio para 5 a 10 anos.

B- Natureza jurídica: Causa de diminuição de pena, apesar da


doutrina chamar de homicídio privilegiado.

C- Incomunicabilidade do privilégio: não se comunica aos co-


autores e/ou partícipes.

Possui caráter subjetivo (art 30, do CP).

Ex: Pai contrata alguém para matar um sujeito que abusou de sua
filha.

Não é crime hediondo o crime de homicídio privilegiado.

Relevante valor social: interesse da coletividade; (Ex: matar


estuprador que está assustando e estuprando diversas mulheres
de uma cidade e/ou região);

Relevante valor moral: interesse particular/interesse


pessoal/interesse pessoal. (Ex matar estuprador de sua filha)

Domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta


provocação da vítima: DOMINIO # INFLUENCIA (ART. 65, III, c,
CP - Atenuante)
Logo em seguida – não se tem definido
tempo na doutrina.

OBS4: EUTANASIA: homicídio privilegiado.

OBS5: Onde está escrito pode, leia-se DEVE.

1.11- HOMICÍDIO QUALIFICADO: Art. 121, §2º


Pena: 12 a 30 anos

Qualificadora são circunstancias, dados acessórios do tipo penal,


que alteram o patamar de pena do crime em abstrato para mais.

QUALIFICADORAS:
*Caráter/Cunho Subjetivo: NÃO SE COMUNICAM AOS CO-
AUTORES E PARTÍCIPES – Art. 30 CP
1- Motivo (art. 121, §2º, I e II)
2- Finalidade especial (Art. 121, §2º, V);
3- Feminicídio (Art. 121, º 2º VI, CP);
4- Homicídio de agente ou autoridade de segurança pública (Art.
121, 2º, VII, CP);
5 – Contra menor de 14 anos (Art. 121, 2º, IX, CP);

*Caráter/Cunho Objetivo: SE COMUNICAM AOS CO-AUTORES


E PARTÍCIPES – Art. 30 CP
1- Meios de execução (Art. 121, º 2º III e VII CP);
2- Modo de execução (Art. 121, º 2º IV, CP);

I – MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA OU


POR OUTRO MOTIVO TORPE:
Art. 121, §2º, I;
Caráter subjetivo – não se comunicam

Motivo torpe: Motivo vil, repugnante, ignóbil. Motivo que gera


repulsa intensa na sociedade.
O crime por si, já são repulsivos, porem a torpeza marca com
intensidade ou anormalidade.

Homicídio Mercenário: É aquele cometido mediante paga ou


promessa de recompensa. Não há necessidade que a recompensa
seja ajustada previamente.

Crime de concurso necessário ou bilateral.

OBS: Vantagem tem que possuir caráter econômico/pecuniário?

Não necessariamente, por se tratar o homicídio que é crime contra


a vida e não contra o patrimônio.
Ex: promessa de favor sexual, promessa de casamento.

OBS 2: Comunicabilidade da qualificadora ao mandante – A


qualificadora se comunica ao mandante?

1ª Corrente STF (HC 71.582/MG): Diz que a qualificadora da paga


ou promessa de recompensa é elementar do tipo penal qualificado
e se comunica ao mandante, aplicando a regra do art.30, onde as
elementares do tipo se comunicam.

2º Corrente STJ (Resp 1.209.852/PR de 2016): A qualificadora


em relação ao executor do crime no homicídio mercenário, não
qualifica automaticamente, o delito em relação ao mandante.

Ex: Pai que paga alguém para matar estuprador de sua filha.
(homicídio privilegiado)

O STJ diz que há que se aquilatar o caso concreto. Temos que


analisar o caso concreto e avaliar o caso.

OBS 3: Ciúmes e vingança configuram motivo torpe?


STJ: CIÚMES OU VINGANÇA, não caracterizam
automaticamente, dependerá da análise do caso concreto.

Poderá configurar, mas não é sempre. Há que ser analisado o caso


concreto.

CIUMES E VINGANÇA por si não geram TORPEZA.

EX: Marido pega mulher traindo e mata – Não configura torpeza.

EX: Namorado super-ciumento e por namorada cumprimentar


alguém ele mata a namorada.

II – MOTIVO FUTIL: Motivo insignificante, motivo


desproporcional, motivo mínimo. Desproporção entre motivo e
reação.

OBS: Ausência de motivo/sem motivos, configura motivo fútil?


Não, ausência de motivos não configura motivo fútil segundo STJ
(HC 152.548/MG) – Responde, em tese, pelo homicídio simples.
Não podemos fazer analogia em “malam partem”.

III – COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO,


ASFIXIA, TORTUTA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL,
OU DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM:
Cunho objetivo, se comunica a todos os agentes do crime
Veneno: Substancia nociva a saúde;

Asfixia: supressão da respiração por processo mecânico ou tóxico;

Tortura: mecanismo para causar dores físicas ou psíquicas


atrozes/desumanas/bárbaras.

Insidioso: DISSIMULADO – MEIO TRAICOEIRO:

EX: retirar óleo de direção ou freio de automóvel para que o


motorista se acidente e morra.

Cruel: Aquele que aumenta de maneira desnecessária o


sofrimento da vítima. Torna a morte da vítima ainda mais
dolorosa.

EX: indivíduo vai matar o estuprador da esposa, vai cortando


algumas partes, até por fim matar.

Perigo Comum: Gera perigo, gera risco a um número


indeterminado de pessoas.

EX: A quer matar B (animus necandi), em um local altamente


movimentado, A sai atirando atrás de B, gerando perigo para
todos que estão por ali.

OBS: Envenenamento através de um cafezinho (meio


insidioso/dissimulado). Convida alguém para um café e mistura
ao café o veneno e mata o seu desafeto. Configura a qualificadora
pelo meio insidioso.

Quando você vai sendo forçada a ingerir o veneno, vai configurar


meio cruel.

OBS: qualificadora da tortura, o agente tem que agir com animus


necandi de matar, mas se utiliza do meio de tortura. A finalidade é
matar, mas utiliza o meio que é da tortura.

IV- Á TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE


DISSIMULAÇÃO OU RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE
IMPOSSÍVEL A DEFESA DA VÍTIMA:
Aqui se trata do modo de execução do crime.

À traição: Pegar pelas costas.

FISICA: Ex: atirar pelas costas

MORAL: EX: Atrair a vítima para um precipício.

OBS: Pressupõe uma relação de confiança entre autor e vítima.

Emboscada: Tocaia, quando o indivíduo aguarda a vítima passar e


age de surpresa. Esperar para atingir.

Dissimulação: Atuação disfarçada, hipócrita. Atuar com hipocrisia


fingindo bom sentimento para atingir o objetivo.

Não pressupõe relação de confiança.

EX: A se veste de policial e finge uma abordagem policial, conduz


a vitima em um falso estado de flagrância e chega em local ermo e
mata a vítima.

Dificultar ou tornar impossível a defesa da vítima:

EX: matar alguém em estado de muita embriaguez, matar a vítima


dormindo, ou linchamento (várias pessoas contra uma).

OBS: A idade elevada da vítima se enquadra nesta qualificadora?


A idade da vítima por si só, não qualifica por si só o homicídio por
dificultar a defesa da vítima.

A idade constitui uma característica da vítima e não recurso


procurado ou utilizado pelo agente.

V - PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, OCULTAÇÃO,


VANTAGEM OU IMPUNIDADE DE OUTRO CRIME.

Qualificadora subjetiva
Quando comento crime de homicídio para ocultar uma
contravenção penal, se aplica esta qualificadora?

O agente responderá pelos dois delitos em concurso material de


crimes.

Se o agente desistir de cometer o outro crime, se aplica esta


qualificadora?

Sim. Responderá por homicídio qualificado ainda que desista de


praticar o outro crime.

Pode ser de crime cometido por outra pessoa?

Ex: Matar testemunha para ocultar um homicídio que seu irmão


cometeu.
Sim. Aplica-se esta qualificadora quando o crime é praticado por
você ou por terceira pessoa.

Irrelevante o tempo decorrido entre o homicídio e o outro crime.


Não há determinação de lapso temporal.

Sempre que cometer os dois crimes, responderá pelos dois em


concurso material de crimes.

Exceção; quando desiste de praticar o crime outro ou quando o


crime outro foi praticado por terceira pessoa.

VI – FEMINICÍDIO
Qualificadora subjetiva.

Crime hediondo, porque todo homicídio é qualificado e todo


homicídio qualificado é crime hediondo.

Homicídio contra mulher em razão da condição do sexo feminino

Art. 121, §2º A, CP:


Norma penal explicativa

A – Violência doméstica e familiar;


B – Menosprezo ou discriminação á condição de mulher;

Diferença entre FEMICÍDIO e FEMINICÍDIO.

FEMICÍDIO: Toda vez que se mata mulher.

FEMINICÍDIO (qualificadora): A morte de mulher em razão de


condição do sexo feminino.

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA NO FEMINICÍDIO:


Art. 121, § 7º - 1/3 até metade: (incluído pela Lei nº 13.104/2015)

I – Durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto


(incluído pela Lei nº 13.104/2015);

II – Pessoa maior de 60 anos, com deficiência ou com doenças


degenerativas que acarretem a condição limitante ou de
vulnerabilidade física ou mental. (incluído pela Lei nº
14.344/2022);

III – Na presença física ou virtual de descendente ou ascendente


da vítima ((incluído pelo Lei nº 13.771, de 2018);

IV – Em descumprimento das medidas protetivas de urgência


previstas nos incisos I, II e III do caput do ar 22 da Lei 11.340 de
2006 (incluído pelo Lei nº 13.771, de 2018).

VII –contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 (forças


armadas) e 144 da Constituição Federal (segurança pública),
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015).

*Art. 142 - (Forças Armadas): Exército, Marinha e Aeronáutica;


*Art. 144 - (Segurança Pública): Policia Federal, Policia Rodoviária
Federal, Policia Ferroviária Federal, Policia Civil, Policia Militar,
Bombeiro Militar, Guarda Civil Metropolitano (Guarda Municipal –
144, §8º);

*Força Nacional:

*Integrantes do Sistema Prisional:

Precisa ser no exercício da função ou em razão dela.

Ex; Matar delegado em férias com a família, em razão de uma


investigação que foi conduzida pelo delegado no passado e o condenou.

*Cônjuge, companheiro, parente consanguíneo até terceiro grau, em


razão da condição de parentesco.

OBS: Policial civil aposentado morto em decorrência de sua


profissão é morto, incide a qualificadora?

Não. Por falta de previsão legal.

OBS 2: Filho adotivo incide a qualificadora?

Não. Porque a lei não traz expressa disposição legal.

Já há debates sobre a inconstitucionalidade da qualificadora, vez


que diferencia filhos consanguíneos, filhos adotivos (filiação civil).

OBS 3: Parentes por afinidade (sogro, sogra, cunhado, ect) também


não aplica a qualificadora.

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