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SUMÁRIO
CRIMES CONTRA A PESSOA ............................................................................................................................... 2
CRIMES CONTRA A VIDA ................................................................................................................................ 2
HOMICÍDIO (ART. 121, CP) ........................................................................................................................ 2

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CRIMES CONTRA A PESSOA

CRIMES CONTRA A VIDA

Os crimes contra a vida são os que possuem pena mais alta segundo o Código Penal
Brasileiro, elas podem chegar a 30 anos de detenção, além de, em alguns casos, haver o
pagamento de multa. Podem ser cometidos de maneira direta ou indireta. Começaremos nosso
estudo pelo crime de homicídio, o qual está tipificado no art. 121 do Código Penal.

HOMICÍDIO (ART. 121, CP)

O homicídio é a conduta de matar alguém.

Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Antes de continuarmos nosso estudo sobre Homicídio, precisamos abrir um parêntesis


com um assunto que pode ser cobrado na prova e é facilmente confundido o Homicídio.
Vejamos um exemplo de Lesão Corporal seguida de morte:

LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE

ATENÇÃO!

Uma pessoa pode provocar a morte de outra e isso, ainda assim, pode não ser
considerado homicídio. Estamos falando da lesão corporal seguida de morte, de
acordo com o previsto no art. 129, § 3°:

§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o


resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

O agente age com dolo de lesionar a pessoa, todavia, com um resultado não
desejado e não previsto. O resultado morte será imputado ao agente a título de
CULPA, é o chamado DOLO (lesão) no antecedente e CULPA (morte) no consequente,
também conhecido como PRETERDOLO (não admite forma tentada).

NOMENCLATURA DOUTRINÁRIA: Homicídio Preterintencional.

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➢ Características do homicídio:

• Objeto jurídico: vida humana extrauterina;


• Objeto material: corpo da pessoa que sofreu a ação do agente criminoso;
• Sujeito ativo: qualquer pessoa (por isso é um crime comum);
• Sujeito passivo: qualquer pessoa a qual teve a vida destruída;
• Elemento subjetivo: é admitida tanto a forma dolosa (o dolo pode ser direto ou
eventual), quanto culposa;
No dolo direto o agente prevê um resultado e procede a realizá-lo, já no dolo
indireto ou eventual o agente não deseja um resultado doloso: ele prevê que isso
pode acontecer e aceita essa possibilidade;
Ainda, no homicídio culposo uma pessoa tira a vida de outrem sem que haja essa
intenção; nesse caso o sujeito age com negligência, imprudência ou imperícia;
• A consumação se dá com a destruição da vida;
• Admite tentativa.

ATENÇÃO: questão de prova!

O médico que, numa cirurgia, sem intenção de matar, esquece um bisturi


dentro do abdômen do paciente, age com NEGLIGÊNCIA.
É considerado NEGLIGÊNCIA pelo fato de a pessoa ter sido desatenta; para que
seja considerado IMPERÍCIA o agente deve falhar na técnica cirúrgica.

O homicídio pode ser qualificado, privilegiado ou simples, começaremos nosso estudo


pelo homicídio privilegiado.

➢ Homicídio privilegiado:

Caso de diminuição de pena

Art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de


relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção,
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir
a pena de um sexto a um terço.

Diante do exposto, na lei haverá uma redução da pena de 1/6 a 1/3, portanto, é uma causa
de diminuição de pena e deverá ser levada em consideração na 3ª fase da dosimetria da pena.

Hipóteses de homicídio privilegiado:

• Relevante valor moral: está ligado aos interesses particulares e individuais do


agente. O agente age pelo sentimento.
Um exemplo seria a Eutanásia (direito de morrer, sem dor ou sofrimento), porém,
no Brasil isso não é um direito, continua sendo uma conduta criminosa.

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• Relevante valor social: trata-se dos interesses à coletividade (ex.: morte de


alguém que ameaçava a sociedade).
• Domínio da violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima.

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