Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
DO CRIME DE HOMICÍDIO
Homicídio simples
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso
que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem
de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio
2
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
Entretanto, nos termos da Lei nº. 9.434/1997 (Lei dos Transplantes), e do art. 16, § 1º,
do Decreto nº. 2.268/1997, haverá morte quando não houver atividade cerebral (morte
cerebral).
3
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Homicídio Simples
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Homicídio simples (art. 121, caput, CP): é aquele que contém somente os elementos
essenciais do tipo básico fundamental. Entende-se também que a identificação da
4
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
modalidade simples do homicídio de faz por exclusão, isto é, quando não apresenta
elementos qualificadores.
Homicídio Privilegiado
Homicídio privilegiado (art. 121, § 1º, CP): é causa de diminuição de pena (1/6 a
1/3), quando o agente pratica o fato:
a) impelido por motivo de relevante valor social: refere-se a causa que tem por
fundamento interesse coletivo, como por exemplo, conforme autores tradicionais, a
morte do traidor da pátria.
b) impelido por motivo de relevante valor moral: refere-se a interesse particular,
como por exemplo a eutanásia.
Segundo Evaldo A. D’Assumpção, Ex-Presidente da Academia Mineira de Medicina,
eutanásia (homicídio piedoso) pode ser conceituada como o “ato deliberado para
retirar a vida de uma pessoa que está em grave possibilidade de um sofrimento
intenso, ou já se encontra nele, em razão de alguma doença incurável”.
5
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
✓ Reação imediata (logo em seguida...). Não pode ficar evidenciada uma patente
interrupção entre a provocação e a morte. Leva-se em conta o momento em que
o sujeito ficou sabendo da provocação.
6
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Homicídio Privilegiado-Qualificado
Homicídio Qualificado
Homicídio qualificado
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
7
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional
de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe
(qualificadora subjetiva);
8
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
✓ Um motivo não pode ser fútil e torpe ao mesmo tempo, pois um exclui o outro
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
[...]
II - por motivo fútil (qualificadora subjetiva); (grifo nosso)
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
[...]
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum
(qualificadoras objetivas); (grifo nosso)
✓ Emprego de veneno: É necessário que seja inoculado de forma que a vítima não
perceba. Se o veneno for introduzido com violência ou grave ameaça, será aplicada
a qualificadora do meio cruel.
✓ Emprego de fogo: neste caso temos como exemplo o caso do índio pataxó.
9
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
[...]
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum
(qualificadoras objetivas);
10
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
[...]
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (qualificadoras
objetivas); (grifo nosso)
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
[...]
V - para assegurar a execução (conexão teleológica), a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime (conexão consequencial): (grifos
nosso)
11
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Feminicídio
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
12
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional
de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
A Lei 13.142/15 alterou o art. 121, § 2o., do CP, nele acrescentando mais uma
circunstância qualificadora (VII)
A Lei alterou, ainda, o art. 129, acrescentando ao tipo um novo parágrafo (§12),
majorando a pena da lesão corporal (dolosa, leve, grave, gravíssima ou seguida de
morte) de um a dois terços quando praticada contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal (nesse ponto temos uma norma
penal em branco, pois deve ser complementada pela Carta Magna de 1988, que
nos indica alguns dos agentes de segurança pública cujo homicídio faz incidir a
qualificadora), integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3o. grau, em razão
dessa condição.
Por fim, foi alterada a Lei 8.072/90. O homicídio e a lesão corporal gravíssima ou
seguida de morte, quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3o. grau,
em razão dessa condição passam a ser etiquetados como hediondos.
13
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Homicídio Culposo
Homicídio culposo
§ 3º - Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aumento de pena
§ 4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o
crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou
ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze)
anos ou maior de 60 (sessenta) anos.
14
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
Perdão Judicial
15
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
16
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
17
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
18
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
19
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
20
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
21
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
22
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
23
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
34 – (CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO) - O
Código Penal estabelece como
01.C 02.E 03.D 04.A 05.A 06.B 07.E 08.C 09.D 10.C
11.E 12.E 13.E 14.C 15.C 16.A 17.E 18.C 19.E 20.C
21.B 22.B 23.C 24.D 25.E 26.E 27.C 28.E 29.C 30.A
31.B 32.D 33.A 34.A 35.D
24
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
25
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
instigação ou auxílio ao suicídio, pois “resolveram dar cabo à própria vida. Para
tanto, combinaram e executaram o seguinte...”. Exceção a teoria monista. Cada
um responde por um crimes, apesar de terem concorrido para o mesmo
resultado.
11 – ERRADO - Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-
á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de
ter sido previsível o resultado mais grave. A questão é bem clara quando diz que
Francisco matou Maria por questões pessoais. Logo, não era possível a Joana prever o
advento do resultado mais grave. Portanto, Joana não pode ser responsabilizada pela
morte da vítima. Como consequência, por exemplo, não se pode cogitar de um delito
cometido em concurso de pessoas, já que não houve identidade de atos.
12 - ERRADO - A causa jurídica das mortes, nesse caso, pode ser atribuída a homicídio
doloso ou culposo, dependendo da situação. Exemplo o caso emblemático da BOATE
KISS.
26
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
questão, no entanto, está na menção ao dolo de segundo grau, já que este ocorre quando
o agente aceita a produção de danos colaterais, como o assassino que planta uma bomba
no veículo da vítima assumindo matar o motorista e o segurança. No caso o agente queria
e atingiu o resultado pretendido. Sua vontade se dirigiu àquele fim, caracterizando o dolo
de primeiro grau.
27
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
multiplicidade de qualificadoras, nada impede que uma delas sirva para caracterizar o
tipo especial, enquanto as demais sejam utilizadas na primeira (circunstância judicial
desfavorável) ou segunda (agravante genérica) etapas do critério trifásico" (HC
118.890/MG, 6.ª Turma, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe de 03/08/2011).
28
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
35 – letra “D”
a) omissão de socorro - CRIMES OMISSIVO PRÓPRIO - NÃO ADMITE TENTATIVA.
b) injúria cometida verbalmente - CRIMES FORMAL VERBAL - NÃO ADMITE TENTATIVA
c) induzimento a suicídio sem resultado lesivo – CRIME DE MERA CONDUTA - NÃO
ADMITE TENTATIVA.
d) lesão corporal leve dolosa - CRIME MATERIAL - ADMITE TENTATIVA.
e) homicídio culposo.- CRIME CULPOSO. Em regra NÃO ADMITE TENTATIVA.
29
Direito Penal
Prof. Márcio Tadeu
30