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HOMICÍDIO ART.121
Homicídio simples
Vida atenuada: uma ocorrência, seja qual for, leva a percepção de que as
funções básicas – neurológica, cardíaca e respiratória – não se mantem, porem
a pessoa está viva, a aparência do corpo por um leigo diria que está morte, o que
seria afastado por um profissional da saúde
Vida suspensa: nesta situação, uma função vital, geralmente a cardíaca ou a
respiratória, cessou por completo, logo, deve-se recuperá-la o mais breve
possível para evitar danos irreversíveis;
Morte certa: essa situação pode dar-se em um ambiente higienizado (há
diagnóstico de morte certa em ambiente hospitalar aparecerá fundamentalmente
nos casos de morte cerebral ou em parada cardiorrespiratória) ou fora dele (seja
DIREITO PENAL
GENOCÍDIO
SUJEITOS
ELEMENTO SUBJETIVO
OBJETOS
CLASSIFICAÇÃO
Crime comum: aquele que não demanda sujeito ativo qualificado ou especial;
Material: delito que exige resultado naturalístico, consistente na morte da
vítima;
De forma livre: podendo ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente;
Comissivo: “matar” implica ação;
Instantâneo de efeito permanente: cujo resultado “morte” se dá de maneira
instantânea, não se prolongando no tempo;
De dano: consuma-se apenas com efetiva lesão a um bem jurídico tutelado;
Unissubjetivo: que pode ser praticado por um só agente;
Progressivo: trata-se de um tipo penal que contém, implicitamente, outro, no
caso a lesão corporal;
Plurissubsistente: geralmente, vários atos integram a conduta de matar
Admite tentativa.
MEIOS DE MATAR
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
juiz pode reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço).
É usado esse nome pela doutrina, mas na verdade não se trata exatamente
disso o verdadeiro crime privilegiado é aquele cujos limites mínimo e máximo
de pena, abstratamente previstos, se alteram, para montantes menores, o que
não ocorre neste caso.
Não é possível ser hediondo
A fração da redução tem cunho subjetivo, nos casos relevante valor moral ou
social maior diminuição (um terço) para a mais aguda relevância; menor
diminuição (um sexto), para relevância ordinária, já no tocante a violenta emoção,
mensura-se a intensidade desse sentimento exacerbado, conforme o grau de
provocação injusta da vítima.
Utiliza-se a pena do homicídio simples, com uma redução de 1/6 a 1/3, o que
ocorre aqui é um causa de diminuição de pena
O verdadeiro homicídio privilegiado é o infanticídio, que tem as penas mínima
e máxima alteradas, embora, para ele, tenha preferido o legislador construir um
tipo autônomo, assim, formalmente, o infanticídio é crime autônomo;
materialmente, não passa de um homicídio privilegiado
Há incomunicabilidade das motivações no § 1.º do art. 121, pois elas têm
caráter pessoal. Essa é a regra, como frisamos no início, mas pode haver
exceção. EX: Imagine-se que dois pais matem o traficante do bairro, que produziu
o vício em seus filhos. Ambos agem por relevante valor social ou moral (depende
do prisma).
DIREITO PENAL
No art. 121, § 1.º, do Código Penal, prevê-se que o agente atua impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou seja, movido, impulsionado,
constrangido pela motivação, enquanto no contexto da atenuante (art. 65, III, a)
basta que o autor cometa o delito por motivo de relevante valor social ou
moral, representando, pois, uma influência da motivação, mas não algo que
o domina
não sendo possível, quando houver um homicídio, aplicar a causa de
diminuição da pena, porque o agente não estava efetivamente impelido pela
motivação, ainda é viável considerar a atenuante em caráter residual
para o privilégio exige a lei que o agente esteja dominado pela violenta
emoção e não meramente influenciado, como mencionado no caso da
atenuante;
determina a causa de diminuição de pena que a reação à injusta provocação
da vítima se dê logo em seguida, enquanto a atenuante nada menciona
nesse sentido
Há três critérios que justificam a atenuação nesse caso
objetivo: trata-se de uma espécie de compensação entre a violência gerada
pelo provocador e a resposta dada pelo provocado, reduzindo a ilicitude do
ato praticado. Seria uma espécie de legítima defesa imperfeita
subjetivo: põe em relevo a psicologia do agente, uma vez que a provocação
diminui a sua culpabilidade, mas não altera a gravidade do fato ilícito. A
diminuição da culpabilidade reside na circunstância de ter havido provocação,
o que ocasiona a cólera do autor;
misto: é a combinação das duas anteriores
No aspecto da injusta provocação da vítima, essa nem sempre é feita por
violência física
Nesse caso, é fundamental considerar o cenário onde estão inseridos ofensor e
destinatário da ofensa. Este, somente pode alegar domínio de violenta emoção
quando a agressão verbal fugir completamente ao seu cotidiano e à sua expectativa
O agente que planeja cuidadosamente a prática do delito, não pode alegar, em
hipótese alguma, estar violentamente emocionado, até porque a lei exige que o
distúrbio emocional seja fruto da injusta provocação da vítima.
há uma relação de imediatidade entre o ato da pessoa ofendida e a reação
desencadeada no autor da agressão.
A circunstância do domínio da violenta emoção, logo após a injusta provocação
da vítima é de natureza subjetiva. Portanto, não existe incompatibilidade com
dolo eventual. Isso ocorre porque o dolo do agente não pode ser confundido com
o motivo que ensejou a conduta. Por exemplo, o agente pode ter assumido o risco
de atingir o resultado, agindo pelo domínio da violenta emoção, não se afigurando
incompatibilidade alguma.
Sendo o homicídio um delito julgado pelo Tribunal do Júri (art. 5.º, XXXVIII,
d, CF), é natural supor que o reconhecimento do privilégio, que integra o tipo
do homicídio, tenha sido acolhido pelos jurados, dentro da sua soberania (art.
5.º, XXXVIII, c, CF), de modo que é obrigação do juiz aplicar a redução
Não vemos como o magistrado poderia reconhecer o privilégio se os jurados o
negaram ou deixaram de se pronunciar com relação a ele – afinal, não se trata de
mera atenuante (circunstância legal não integrante do tipo penal), mas de um tipo
derivado.
Se a acusação sustentou homicídio simples e a defesa nada pediu a esse
respeito, é defeso ao juiz presidente aplicar a diminuição por sua conta, o que
não deixa de ferir a soberania do veredicto (que reconheceu um homicídio
simples, e não privilegiado).
Defendendo, igualmente, a soberania dos veredictos dos jurados, a prevalecer
sobre a opinião individual do magistrado, está a lição de EUCLIDES
CUSTÓDIO DA SILVEIRA: “Ora, se os jurados afirmam o quesito relativo à
causa de diminuição da pena, que é obrigatório quando requerido pela defesa
(Código de Processo Penal, art. 484, IV [atual art. 483, § 3.º, I, com redação
DIREITO PENAL
§ 2º Se o homicídio é cometido
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
três famílias:
o meio insidioso (pérfido, enganoso, que constitui uma cilada para a
vítima),
o meio cruel (que exagera, propositadamente, o sofrimento impingido à
vítima)
o meio que traz perigo comum (aquele que provoca danos à vítima, mas
também faz outras pessoas correrem risco).
Veneno: para ser ministrado, em regra, é meio insidioso, pois o agente precisa
ludibriar o ofendido, a fim de garantir a ingestão da substância, mas nem sempre;
deve ser veneno para todos, não apenas para a vítima, no caso de alergia
quando empregado de forma sub-reptícia, isto é, sem o conhecimento do
ofendido, o veneno representará meio insidioso. De outro lado, se for
DIREITO PENAL
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de
2015)
o art. 18, II, do Código Penal define a culpa como constituída de “imprudência,
negligência ou imperícia”
VICENTE SABINO JÚNIOR que “a nossa lei penal não distingue entre culpa
‘consciente’ e culpa ‘inconsciente’, por entender tratar-se da mesma coisa, no
tocante ao elemento subjetivo do agente”.
DIREITO PENAL
Para a tipificação da conduta não haja tal diferença, é preciso que o julgador leve
em consideração se a culpa foi consciente ou inconsciente, visto ser a primeira
mais grave e a segunda forma, mais branda
A previsibilidade objetiva é a do homem médio, a potencialidade de prever o
resultado danoso da maior parte dos indivíduos prudentes;
a previsibilidade subjetiva é a potencialidade de prever o resultado danoso
do próprio agente, aquele que o causou, com suas próprias peculiaridades;
a mista (objetivo-subjetiva) leva em conta tanto o homem médio, para ter um
parâmetro, como também o réu em julgamento, que pode estar acima ou
abaixo da média.
A previsibilidade deve ser apreciada objetivamente, isto é: não do ponto de vista
do agente, mas do ponto de vista do homem comum, em face da lição da
experiência relativa ao que geralmente acontece
No caso de crime comissivo por omissão:
(...) Em não estando no local a pessoa, não há como considerá-la responsável,
tendo em conta a atividade profissional que exerce, por fatos nele ocorridos.
Daí o exemplo colhido em obra de Júlio Fabrini Mirabete: Imagine-se a
hipótese de um salva-vidas contratado para chegar às oito horas da manhã no
clube contratante. Em determinado dia, por motivo qualquer, chegou às nove
horas e tomou conhecimento de que na aula das oito e meia uma criança
falecera afogada. Indaga-se: teria esse salva-vidas cometido homicídio? A
resposta é desenganadamente negativa.
Daí o consagrado mestre ter concluído, em ‘Manual de Direito Penal’ que em
tais casos, o dever de agir deriva principalmente de uma situação de fato e não
apenas do contrato. Não serão autores de crime o guarda de segurança que se
atrasou para o serviço, não impedindo a ação de depredadores e o salva-vidas
que faltou ao trabalho em dia em que uma criança se afogara na piscina.
Para a configuração da responsabilização por crime impróprio, não basta a
mera omissão do garantidor e a ocorrência do resultado que poderia ter sido
evitado com a devida ação, pois nesta modalidade penal não foram afastados
os institutos do dolo e da culpa. De acordo com a teoria finalista, a conduta é
um comportamento humano, voluntário e consciente (doloso ou culposo),
dirigido a uma finalidade. Se não fosse assim, caso o garantidor
DIREITO PENAL
sofresse coação física irresistível para impedir o resultado, ele ainda seria
responsabilizado. O nosso sistema jurídico não aceita a responsabilidade
penal objetiva, em que há responsabilidade sem dolo ou culpa. Desta
forma, para se apurar a justiça de se responsabilizar o salva-vidas pelo
resultado, como nos demais crimes, também se deve levar em conta a teoria
da imputação objetiva. Ora, não foi criado um risco proibido por ele, ao
simplesmente faltar ao trabalho. Pelo critério da confiança, se ele não estava
presente, seria razoável imaginar que os outros funcionários do
estabelecimento deveriam ter fechado a piscina (aí ele sofreria as
consequências de ordem trabalhista: advertência, multa, etc.).
Responsabilidade ele teria se tivesse dormido na cadeira de salva-vidas,
porque aí estaria faltando no cumprimento da posição de garante.
vitima menor de 14 anos: causa de aumento valida apenas para crime doloso,
o agente precisa saber que a vitima é menor que 14 anos
vitima maior de 60 anos: proporcionada pela Lei 10.741/2003 (Estatuto do
Idoso), o agente precisa saber que a vitima tem mais de 60 anos
PERDÃO JUDICIAL
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com
deficiência;
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima
INSTIGAMENTO, INSTIGAÇÃO OU
AUXÍLIO AO SUICÍDIO ART. 122
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
DIREITO PENAL
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.
SUJEITOS
ELEMENTO SUBJETIVO
OBJETOS
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME
PACTO DE MORTE
CAUSAS DE AUMENTO
MOTIVO EGOISTICO
não se alimentar não é um fato normal, pois é uma necessidade humana, para a
pessoa praticar tal ato é necessária uma motivação, que muitas vezes é um
protesto para alguma causa e que logo após disso pretende voltar a se alimentar,
e só há crime se a pessoa que a instigou, induziu ou auxiliou a greve de fome
levando-a até o final, suicídio
ainda, devemos procurar saber quais são os agentes que, em razão de sua
particular condição, a exemplo do médico, agente penitenciário etc., gozam do
status de garantidor, com a finalidade de poder-lhes atribuir eventual
resultado (morte ou lesões)
Se chegar à privação da vida, pode-se punir o garantidor (agente penitenciário,
por exemplo) por homicídio; pode se punir aquele que deu a ideia e incentivou,
sem providenciar ajuda, por instigação a suicídio; pode-se punir os que viram
acontecer o processo de degeneração do sujeito e não buscaram ajuda, por omissão
de socorro.
A pessoa que está se privando de alimento não pode ser obrigada a comer
nem internada em hospital a força pela família, desde que seja capaz, porem
se estiver tão fraca ao ponto da quase morte poderá ser internada para evitar a
morte
No aspecto religioso – como o caso das testemunhas de jeová, que não admitem
transfusão de sangue –, depende da situação concreta.
DIREITO PENAL
Se a transfusão for o único meio para salvar a vida do paciente, que está
impossibilitado de se manifestar com tranquilidade e firmeza, o médico deve
empreendê-la, sob pena de responder por homicídio. Caso a transfusão seja
apenas uma das opções de tratamento, cabe ao paciente decidir. Se não puder,
seus familiares. Não querendo a transfusão, respeita se a vontade. No primeiro
caso, está-se diante do estado de necessidade: entre a vida e a religião, o bem mais
relevante é respeitar o direito à vida
Mas, havendo capacidade de manifestar sua fiel vontade, há de se respeitar a
liberdade de crença
SUJEITOS
OBJETOS
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME
Delito próprio: só pode ser cometido por agente especial, no caso a mãe;
Instantâneo: a consumação não se prolonga no tempo;
Comissivo: exige ação;
Material: que se configura com o resultado previsto no tipo, a morte do filho;
De Dano: o bem jurídico precisa ser efetivamente lesado
Unissubjetivo: pode ser cometido por uma só pessoa;
Progressivo: passa, necessariamente, por uma lesão corporal;
Plurissubsistente: vários atos integram a conduta;
De forma livre: não se encontra no tipo a descrição da conduta que determina o
resultado;
Admite tentativa, aliás, vários casos de agressões contra recém--nascidos
terminam não se consumando, pois um fato curioso e digno de nota é que o recém-
nascido tem menor necessidade de oxigênio e, em razão disso, resiste muito mais
à asfixia [meio comum utilizado para a prática de infanticídio], sob qualquer de
suas formas
ESTADO PUERPERAL
CIRCUNSTÂNCIAS DE TEMPO
DIREITO PENAL
CONCURSO DE PESSOAS
SUJEITOS
Sujeito ativo é a gestante, visto que é um crime próprio, ela não precisa praticar
diretamente a ação de matar
Sujeito passivo: é o feto ou embrião
No caso de gêmeos há concurso formal
Se durante o procedimento abortivo ela se arrepender e solicitar ao terceiro a
interrupção das manobras letais, mas não for obedecida, para ela o fato será
atípico, e o terceiro responderá pelo crime delineado pelo art. 125
OBJETOS
ELEMENTO SUBJETIVO
De Dano: deve haver efetiva lesão ao bem jurídico protegido, no caso, a vida
do feto ou embrião
Unissubjetivo: admite a existência de um só agente, mas na última modalidade
(com seu consentimento) é plurissubjetivo, mesmo que existam dois tipos penais
autônomos – um para punir a gestante, que é este, e outro para punir o terceiro,
que é o do art. 126;
Plurissubsistente: configura-se por vários atos
De forma livre: a lei não exige conduta específica para o cometimento do aborto
Admite tentativa.
Pune-se somente a forma dolosa.
Hipóteses que afastam a ocorrência de aborto
gravidez molar: desenvolvimento completamente anormal do ovo. Não há
aborto, pois é preciso se tratar de “embrião de vida humana”.
gravidez extrauterina: trata-se de um estado patológico, em que o embrião
não tem condições de se desenvolver, atingindo vida própria de modo
normal. Nesse caso, para haver aborto lícito, é necessário que não haja
possibilidade médica de intervir para sanar o problema.
Lacuna legislativa
No caso de na tentativa de aborto ocorrer a lesão a gestante, se da o
nascimento com vida do feto, mas ele morre depois em decorrência das lesões
provocadas em sua fase intrauterina, não há homicídio, pois este é “matar
alguém” e o feto não era alguém (pessoa humana com vida)
O agente quis matar um feto, o que, na atualidade da sua conduta, volta-se à
prática de aborto, sem o consentimento da gestante. O fato de ter a criança
nascido para, depois, falecer, não descaracteriza o crime de aborto
Pois, no CP para o tempo do crime é adotada a teoria da atividade, assim o tipo
penal fica caracterizado pelos atos praticados no tempo da ação ou omissão
conduta (agredir a gestante para atingir o feto) + morte do ser humano pós-
nascimento + dolo de eliminar a vida humana intrauterina = aborto
consumado.
SUJEITOS
ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo
Não há elemento subjetivo específico
OBJETOS
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME
De dano: deve haver efetiva lesão ao bem jurídico protegido, no caso, a vida
do feto ou embrião e a integridade física da mãe
Unissubjetivo: admite a existência de um só agente
Plurissubsistente: configura-se por vários atos
De forma livre: a lei não exige conduta específica para o cometimento do aborto
Admite tentativa
SUJEITOS
ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo
Não há elemento subjetivo específico
OBJETOS
DIREITO PENAL
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço,
se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre
lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte.
Somente se aplica a figura qualificada às hipóteses dos arts. 125 e 126, pois
não se pune a autolesão no direito brasileiro.
Hipóteses da figura qualificadora
lesões graves ou morte da gestante e feto expulso vivo: tentativa de aborto
qualificado
aborto feito pela gestante, com lesões graves ou morte, havendo
participação de outra pessoa: esta pode responder por homicídio ou lesão
culposa (se previsível o resultado para a gestante) em concurso com auto
aborto, já que não se aplica a figura qualificada à hipótese prevista no art.
124.
EXCLUDENTE DE ILICITUDE NO
ABORTO ART.128
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante
ou, quando incapaz, de seu representante legal.