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HOMICÍDIO SIMPLES (art.

121, caput do CP)


SUJEITO ATIVO:
Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO:
Crime comum, qualquer pessoa pode ser vítima.
. E se o agente quiser matar o Presidente da República, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do STF? Estaremos falando do crime de
homicídio previsto no art. 121 do CP?
Depende do motivo pelo qual se deu o homicídio.
O agente responde por homicídio doloso (art. 121 do CP) se o crime não teve
motivação política.
Entretanto, o crime será enquadrado no art. 29 da Lei 7.170/83 se praticado com
motivação política (possui pena mais severa – 15 a 30 anos).
LEMBRE DA PREVISÃO DO ESTATUTO DO ÍNDIO:
Em qualquer crime contra a pessoa em que o sujeito passivo seja um índio não
integrado à sociedade (selvagem, silvícola), haverá uma causa de aumento de 1/3
na pena cominada (art. 59, Lei 6.001/73 – Estatuto do Índio).
BEM JURÍDICO TUTELADO:
Tutela-se a vida extrauterina.
. Quando se inicia a vida extrauterina?
De acordo com a doutrina e com o STJ (HC 228.998/MG), a vida extrauterina surge
com o início do trabalho de parto. Iniciado o trabalho de parto não se fala mais em
aborto, estaremos agora diante do delito de homicídio ou infanticídio conforme o
caso.
VIDA INTRAUTERINA VIDA EXTRAUTERINA
ABORTO INFANTICÍDIO/HOMICÍDIO

ATENÇÃO: Iniciado o trabalho de parto não é necessário que o nascituro tenha


respirado para a caracterização do homicídio. Esse é o entendimento do STJ (HC
228.998/MG). Veja como a questão foi abordada em prova de concurso público:
(CESPE / PROMOTOR – RO / 2013) Comete o crime de homicídio a mulher que,
iniciado o trabalho de parto, não estando sob o estado puerperal, mata o nascituro,
ainda que este não tenha respirado.
GABARITO OFICIAL DEFINITIVO: CORRETO
TIPO SUBJETIVO
Pode ser punido a título de dolo (direto ou eventual) ou culpa (consciente e
inconsciente).

CONSUMAÇÃO
Consuma-se com a morte da vítima (delito material). A morte ocorre com a
cessação da atividade encefálica, de acordo com a Lei 9.434/97, art. 3º:
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano
destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de
morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das
equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e
tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

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