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Aula teórica

Dia 17.09

Livro:
Fernando Silva ?

Levar ficha do aluno


A doutrina diverge muito, temos que escolher uma.

Email:
 ap.pintolourenco@gmail.com

Artigo do aborto:
- Foi alterado no dia 9 de agosto, lei 44/69?.
- Foi alterado o artigo 152º da violência doméstica.
- Foi alterado a proteção de dados, a alteração dos crimes contra a honra, a alteração
da vida intima.

Crimes contra a vida:


 ( É importante saber 2 momentos:
Quando se inicia e quando se cessa a tutela jurídica da vida).

(Fecundação) l----------------------------------------------------------------l (morte)

Posso considerar a fecundação o inicio da vida, mas não o inicio da vida jurídico penal.
A partir da fecundação deixamos de ter o ovulo e passamos a ter ovo ou zigoto.
Com a morte não cessa a tutela

Temos crimes contra a vida formada e crimes contra a vida em formação.


Temos crimes contra a vida (homicídio) e crimes contra a vida uterina (aborto).

O momento da fecundação não importa para o direito penal, o que importa são os
crimes contra a vida intra uterina e contra a vida formada.

Quando cessa a vida inter uterina cessa a vida formada.

A partir de que momento temos uma tentativa impossível de homicídio? É punível ?


artigo 23ºcp.
 Quem matar outra pessoa.
l l l
Autor Conduta Objeto do Crime

- Artigo 66ºc.c- personalidade jurídica reconhecida a partir do nascimento completo e


com vida.

- Quando se inicia a tutela jurídica penal ?


R: Para os penalistas, a vida não se inicia a partir do momento do nascimento com
vida, é a partir do momento que á vida.

Ou seja, se o ovo for fecundado na trompa de Falópio não á vida, mas se o ovo for
fecundado no útero quando á nidação á vida, existe vida inter uterina logo á vida. Para
os penalistas não á vida só quando se nasce, á vida no útero! Á existência de bem
jurídico vida entre o 10º e 13º dia após a fecundação no útero e não nas trompas.
Nesta altura a partir do 10º dia, quem não quiser o feto é considerado crime de
aborto, pois já á vida.

Ou seja, para os penalistas:

(Nidação) l-------------------------------------l--------------------------------------l (Morte- 141/99)


(Inicio do parto)

Artigo 136ºcp é um crime especial face ao 131º que é uma norma geral.
Artigo 136º - quem se mata tem que ser o filho
Artigo 131º - que se mata pode ser qualquer pessoa e não somente o filho

O parto cessa com o corte do cordão umbilical, ou seja, quem mate o bebe durante o
parto é punido ainda com crime de aborto.

A partir do momento do inicio do parto considera-se homicídio a morte do bebe,


afetando a integridade física do mesmo.

Qual o momento do inicio do parto ?


(Existe 3 momentos)

- Natural. Começa com as contrações irreversíveis do útero, não é com a rutura do


saco de águas.

- Induzido. Quando a oxitocina é administrada.

- Cirúrgico. Quando é administrada a anestesia.

Quando cessa a tutela da vida? Quando se considera morte?


 Com a cessação irreversível das funções do tronco cerebral.

Ler código deontológico dos médicos.


Ler lei 141/99 de 28 de Agosto.
Dia 19.09.18
Aula pratica

Introdução ao código penal:


Parte geral do código penal: 1º a 40º

O direito penal especial não está todo tipificado na parte especial do mesmo.

Artg 38º não é valido para excluir a ilicitude de todos os tipos. Ex: homicídio.

Artg 151º cp.

Fusão normativa:
 O artg 131º e 22º estão interligados, temos que mencionar os dois, e o nº2 do
artg 22ºcp + artg 23º nº1. O artg 131º + 23º tem uma fusão exata do que se
entende por “matar outrem”.
Se eu quiser punir um cúmplice de homicídio, artg 27ºcp, quem presta ao autor
dolosamente um auxilio material ou moral, se quisermos punir por cumplicidade por
homicídio porque A empresta a arma a B, temos que recorrer, a regra do artg 27ºcp, e
não somente o artg 131ºcp.

O instigador é aquele que incita á pratica do crime. Se olharmos para o 135º cp, o
auxilio é autor material do crime.

No código dentro de cada titulo temos capítulos, sublinhar os títulos todos.

Temos a parte geral e parte especial do Código Penal.

Nova matéria: tipificação do crime de aborto.


Dia 24.10
Aula teórica

www.pgdl.pt - Quando á alterações á lei/decretos.

Quando se inicia a tutela geral da vida intrauterina?


Com a Nidação.

Crime de homicídio:
 Quem matar outra pessoa
Este crime é geral e comum, pois nunca se direciona somente a uma pessoa.
Redireciona-se a TODOS os que matam. Qualquer pessoa pode praticar este crime. É
uma conduta livre, não condiciona o modo como o facto típico tem que ser praticado,
ex: afogar etc... . É um crime de dano, para a consumação do crime á uma lesão do
bem jurídico.

Dentro dos concursos:


1- Efetivo ou de crimes:
O legislador dá-nos uma regra, ARTIGO 30º CP.
Ex: alguém que atira uma bomba e que mata 30 e fere 40, é um crime comum, onde o
agente é punido por todos os crimes que cometeu, é um concurso efetivo.

2- Aparente ou de normas
Há varias normas que são preenchidas, mas formalmente pela conduta do agente, só
uma norma é que vai responsabilizar o agente e não todas as normas. É uma norma
especial. Ex: temos o artg 131º e depois temos o artg 132º que é uma norma especial
face á gral. TUDO O QUE DIGA QUALIFICADO OU PREVILIGIADO é norma geral face á
geral, ex: 203º é geral, e 204º é especial.

-> as normas aqui são (2) :


- Subsidiarias: ou seja, não são principais. Só se aplica se não for possível aplicar outra.
Ex: caso da violência domestica. É uma norma subsidiaria porque só se pode aplicar
este artigo da violência domestica para quem sofra deste mesmo crime, artg 152º, são
ofensas á integridade física simples, portanto o artg 152º é uma norma especial face á
norma do artg 143º.

- Especialidade: TUDO O QUE DIGA QUALIFICADO OU PREVILIGIADO é norma geral face


á geral, ex: 203º é geral, e 204º é especial.

- Consunção: há uma norma que consome a outra, cuja factualidade tipica consagra a
factualidade da outra. Ex: eu mato-te.

Qual a moldura penal do 131º (homicídio Simples)- 8 a 16 anos


Qual a pena do 132 º( Homicídio qualificado) - 12 a 25 anos
É possível existir alguém que com o homicídio simples tenha maior pena do que
alguém que cometeu o homicídio qualificado. É possível que o crime menos grave
tenha maior pena do que o mais grave.

Ler artigo 132º, ir ao site do inicio da aula. Homicídio qualificado, meio insidiosos,
tortura, crueldade, pesquisar na internet.

As alíneas são:
1- Meramente indiciadoras da especial perversidade ou censurabilidade.
São suscetíveis.

Quando falamos de ilicitude referimos nos ao facto.


Quando falamos de culpa estamos a falar do agente.

O desvalor social representa a ação e o resultado (ilicitude)


A (culpa) é um desvalor de censura.

Próxima aula saber:


Definição de especial perversidade
Definição de censurabilidade.
Dia 26.10
Aula Teórica

Crime de aborto:
Artigo 140º a 142º cp.
O legislador penal tutela penas a vida intrauterina
A tutela da vida intrauterina dá-se quando o ovo fecundado se implanta no útero da
mulher.
Determinados métodos anti concecionais a impedir a gravidez não são considerados
meio para aborto, ex: pilula.
A vida humana formada inicia-se no momento do parto, muda consoante os vários
tipos de parto.

Se a mãe durante o parto matar o filho está a cometer o homicídio e não um aborto.
O objeto do facto é o feto.

O artigo 24º CRP confere tutela constitucional para a vida intrauterina? Garante
tutela não só á vida formada mas também á vida intrauterina?
Tutela constitucional do bem jurídico da vida intrauterina.
1º Posição: Década de 80. Lopes Rocha. No artigo 24º refere-se só á vida humana
formada, e não á vida intrauterina.
2º Posição: No artigo 24º CRP, acorda-se a tutela da vida formada e da vida
intrauterina, pois não é permitido distinguir vidas, não são bens jurídicos diferentes.
3º Posição: Dr. Rui Pereira. Concorda que no artigo 24º o legislador tutela a vida
formaae a vida intrauterina. Existe uma proteção/tutela de bens jurídicos para a vida
intrauterina.

Uma vida é o suporte da dignidade da vida humana. São ambas vidas humanas tanto a
formada como a intrauterina.

O legislador:
Considera que são bens jurídicos diferentes, a vida formada e a vida intrauterina.
A tutela da vida formada é superior á tutela da vida intrauterina. O crime de homicídio
tem uma moldura penal de: 8 a 16 anos.
No crime de aborto é uma moldura penal de 2 a 8 anos. Onde a moldura penal máxima
do crime de aborto é 8 anos, ou seja, o mínimo da moldura penal no crime de
homicídio.

Para o legislador no âmbito dos crimes quanto á vida formada:


Antecipa a tutela penal, em que ainda não á lesão da vida mas quando esta já esta em
perigo, 139º cp.
Responsabiliza outrem criminalmente quem negligentemente mata outra pessoa, 137º
Não á incriminação penal para quem faz abortar uma mulher gravida.
O legislador considera dois bens jurídicos o da vida intrauterina e o da vida formada.
Lei 6/86 de 11 de Maio- veio permitir-se uma despenalização do aborto. Veio permitir
a despenalização do aborto, quando a vida do feto metesse em causa a vida da mãe ou
quando o feto fique com má formação.

140º temos as situações de:


Nº1- Aborto passivo- Aborto realizado por terceiro sem consentimento da gravida.
É lesada a liberdade de que a mulher tem de querer ou não ser mãe. Moldura penal de
2 a 8 anos.
Nº2- Aborto consentido- realizado por terceiros por consentimento da gravida.
Moldura penal não excede os 3 anos.
A mulher demonstra a vontade de não querer ser mãe. Só é tutelado um único bem
jurídico a vida intrauterina.
Nº3- Aborto ativo- realizado pela própria gravida. Moldura penal não excede os 3 anos.
A mulher demonstra a vontade de não querer ser mãe.

Analise estrutural do tipo ilícito do 140º nº1:


Dolo como categoria subjetiva do tipo. Este crime pode ser cometido por qualquer
pessoa. É um crime portanto Geral ou Comum, quem por qualquer meio fizer abortar
mulher gravida, a conduta típica é fazer abortar, é um crime de forma livre, qualquer
conduta que tenha o resultado típico de produzir aborto é considerado uma conduta
típica para a prossecução do fim.
O resultado típico é a morte do feto, é um crime material ou de resultado. Tem que
estabelecer o nexo de causalidade, da teoria da equivalência das condições; teoria da
adequação; teoria do risco. Quando se lesa o bem jurídico (feto, tutelado pelo nº1 do
140º) o fim é consomado.

Do ponto de vista subjetivo é o comportamento doloso. No artigo 140º é uma


incriminação dolosa, não á nada que remeta para a negligência. Como se trata de dolo
temos que ir ao artigo 14º verificar os vários tipos de delo, ex: dolo direto (quando
alguém da pontapés no ventre da gravida para que ela aborte). Pode atuar com dolo
necessário de aborto quando sabe que uma mulher esta gravida de 13 semanas e quer
matar aa mulher gravida sabendo que o feto não tem possibilidades de sobreviver fora
do útero, pratica então crime de homicídio e crime de aborto. No dolo eventual,
quando o agente olha para a mulher e vê que tem barriga e pensa que é gravidez, e
atira a mulher de umas escadas, para que esta possa abortar.

Principais classificações típicas:


- É um crime que admite tentativa e onde a tentativa é punível, artigo 23º nº1 cp.
- É um crime que admite comparticipação criminosa.
- O aborto pode ser justificado.

Analise do Nº2 artigo 140º:


É um aborto consentido. A estrutura do tipo é idêntica ao Nº1 do artigo 140º. A
conduta típica é fazer abortar a gravida, pode faze-lo toda a gente, o resultado típico é
a morte do feto, o bem jurídico é um crime que lesa a vida intrauterina; Crime de dano
ou lesão; remete para o dolo artigo 14º cp; é consumível a tentativa mas não é
impunível, artigo 23º nº1.
Analise do Nº3 do artigo 140º:
A moldura penal não excede os 3 anos. O agente tem que ser a mulher gravida, é um
crime que já não é geral nem comum, é um crime especial, a mulher escolhe o autor
do crime ou então é ela própria. A tentativa não é punível pois a moldura penal não
excede os 3 anos.

O consentimento perante o artigo 140º:


O consentimento não é tipo justificador, é um elemento do tipo aqui.
No nº1 não pode haver consentimento.
No nº 2 e 3º o consentimento é um elemento positivo do tipo, tem que ser verificado
para ser punido.
Tem natureza objetiva.

O aborto pode ser agravado, e esta agravação pode resultar da agravação pelo:
(artigo 141º)

Nº1 do artigo 141ºcp:


Resultado- Se do aborto resultar a morte da gravida ou uma ofensa á integridade física
grave a moldura penal é agravada em 1/3 nos seus limites mínimo e máximo aquele
que a faça abortar. As ofensas á integridade física graves, são as que o legislador
tipifica no artigo 144º cp alínea a) á d) e só estas. Ver sempre nos casos práticos se
alguma se enquadra nestas alíneas.
Ex: Se uma mulher for ter com outra, e a outra dizer que lhe pode tirar o filho com
agulhas de trico e se resultar mas se a mulher (antiga gravida) ficar com danos severos
que a impossibilitem de ter novamente filhos, ocorreu uma ofensa á integridade física
grave. A parteira quis retirar o filho (dolo) e não provocar-lhe danos severos, aqui é
invocado a negligência somente nos termos de ter provocado ofensas á integridade
física graves.
Se, se tratar de uma aborto consentido, nos termos do nº2 do artigo 140º 1/3 da pena
são 1 ano.

Nº2 do artigo 141º cp:


Intenção lucrativa e pela habitualidade - Tem a moldura penal agravada.

Quando não diz a moldura penal temos que ir ao artigo 40ºcp. 1 mês a 20 anos.
Aula pratica
Dia 1.10

Fundamento:
- Escola de Coimbra -> Culpa agravada
- Misto de ilicitude agravada.

Alíneas:
- “Suscemível” -> não são de funcionamento automático
- “Entre Outras” -> Principio da legalidade-> elenco não avaliativo meramente
exemplificativo.

132º cp. Ler comentários a esse artigo. Professora Teresa Serra.


 Entende a professora Teresa que este artigo é um tipo de culpa agravada. Em
alguma das alíneas poderá existir algumas ilicitudes.
 Segundo ambas as professoras (das minhas aulas): Á algumas alíneas onde
existe ilicitude, o nº2 não é tipo. Sendo uma espécie de presunção ilidível.
 Se não estiver preenchida uma das alíneas não será homicídio qualificado.
 Segundo a Dra Teresa Serra, devemos avaliar a razão de ser da norma.

- Olhamos para a alínea de uma maneira formal: o legislador quis paramentos legais
consagrados na lei,
Ou olhamos de outra forma, onde o legislador quis tutelar relações.

Qual a diferença entre matar um pai ou um padrasto?


 Se o padrasto for padrasto á dias não á nenhuma equiparação possível.

Ainda sobre o artigo 132º


No nº1 temos um critério generalizador
Nas varias alíneas temos tipos expressivos.
(Professora Fernanda Palma) Este artigo funda-se num misto de culpa e ilicitude. É
um tipo ilícito, com base no artigo 71º, não é possível termos regras para fundar
este artigo apenas com base na culpa agravada, é necessário ver o grau de ilicitude.
A professora Fernanda Palma, contradiz a Professora Teresa Serra:
Pois para a Professora Teresa Palma o artigo 71ºcp remete para dentro da moldura
penal devemos aplicar a pena concreta. É necessário atribuir a pena dentro dos
limites da lei, artigo 132º.

Quando se fala em censurabilidade e especial perversidade.


- Censurabilidade: É um juízo de censura dirigida ao agente porque ele atuou
contrariamente ao direito. O que revela é a atitude interna do agente, ex: o que
motiva o agente a atuar.

- Perversidade: É uma deformação da personalidade do agente, não se baseia só na


conduta típica. Ex: tipo de brincadeiras que tem; tipo de frases que diz; tipo de
anedotas que conta.
As alíneas do Nº2 do 132º remetem para a ofensa á integridade física.

Parafilias: Alguém que só gosta de praticar sexo só cadáveres; são aberrações


sexuais; Pessoas que só sentem o orgasmo quando a outra pessoa está a perder a
vida.
Neste caso podemos aplicar uma medida de segurança como medicamentos ou
hospital psiquiátrico, não podemos aplicar uma pena, á uma grande perversidade.

Suscetível: Significa que não é de aplicação automática, são meramente


indicativas; são auxiliares. (indicio positivo)
Indicia a qualificação.

Entre outras: O elenco não é fechado; não é taxativo. Ex: pode acontecer que
alguém pratique homicídio sem estar expresso nas alíneas. (indicio negativo)

Indicio positivo: Se a conduta de alguém se integrar numa das alíneas, em principio


é positivo.
- Verifica-se a maior culpa e é homicídio qualificado
- Ou se afasta o indicio, e nesse caso não é homicídio qualificado, quando tivermos
indicio de qualificação que resultam de uma das alíneas, mas verifica-se que existe
mais factos que resultam de contradizer a mesma alínea que tínhamos identificado
á pouco, então não é homicídio qualificado.
Pode ser então : Homicídio Simples Atipico ou
Homicídio privilegiado atípico, ou seja, o tribunal concluiu que a pesar dos factos se
subsumirem a circunstâncias do nº2 do artigo 132º o agente não revela a culpa
agravada do nº1.

Indicio negativo: Se NÃO conseguirmos identificar a conduta DIRETAMENTE nas


alíneas, em principio NÃO será homicídio qualificado. Mas pode ser porque a
qualificação está no nº1 do 132º.
Pode acontecer que venhamos a ter a pratica de um homicídio qualificado. Quando
for possível concluir pela culpa agravada do agente e não haja preenchimento das
alíneas nos teremos um homicídio qualificado, só que é um homicídio qualificado
atípico.

Professora Teresa Serra:


(posição maioritariamente aceites)
Para que haja homicídio qualificado atípico tem se entendido, que quando o
legislador escolheu determinadas caraterísticas, ele fez uma opção, escolheu
situações. Ex: praticar factos por motivos políticos; conjuntamente por mais de 2
pessoas, isso leva-nos a concluir que o legislador tem feito opções, quando faz
novas alterações. Isto leva-nos a concluir que quando o legislador diz “entre
outras”, para concluirmos que se trata de homicídio qualificado atípico fala-se de
analogia orientada, onde pagamos nos factos e quando os factos não perfilham da
razão de ser da tabua de valor de cada uma das alíneas. Trata-se da ideia que o
legislador teve ao criar aquela alínea, EX: “filho” mata padrasto, o padrasto faz o
papel exemplar de pai, leva-o á escola e faz todas as tarefas “que competem a um
pai”, então não á razão para a qual de não considerar homicídio qualificado.
Mesmo o padrasto não sendo nenhum descendente ou ascendente, pode
considerar-se como tal neste caso. Alinea a) 132º nº2.

O que é a comparticipação: Um facto praticado por vários agentes, combinado


entre si.
Diferente de autoria paralela, quando 2 pessoas praticam o mesmo facto sem
combinarem entre si. Ex: 2 vizinhos decidem envenenar um cão sem combinarem
que o iam fazer e sem saber que os 2 o fizeram.

A comparticipação divide-se em:


 Teoria do domínio do facto. (determinar autores/participantes)
 Teoria da acesoriedade limitada. (Determinar a responsabilidade dos
participantes). Depende de um facto típico e ilícito por parte do autor. Se o
autor praticar um facto ilícito mas em legitima defesa o autor não é punido.
Artigo 28º e 29º cp. A ilicitude transfere-se do agente para o participante. A
culpa é intransmissível.
 Se optarmos por entender que o tipo do 132º é um misto de culpa e ilicitude,
basta que qualquer um pratique um facto típico do 132º.
 Se partimos do pressuposto que o artigo 131º está interligado com o 28º e o
132º com o artigo 29º, ex: o filho quis por termo á vida do pai. Mas não sabe
como. Então pede ao amigo farmacêutico que lhe de um medicamento para
matar o pai, mas sem sofrimento. O filho era punido com homicídio Simples.
Contudo se o filho tiver pago ao amigo, o amigo seria também punido.

Com base na Alínea A) -> Para se matar é necessária maior energia criminosa do que
para matar qualquer outra pessoa.

Com base na alínea B) -> Durante muito tempo não existiu esta alínea.
Uxoricídio – homem que mata mulher.
Conjugicídio – mulher que mata homem e vice versa. Não eram homicídios
qualificados, mas sim privilegiado.

“Violência domestica e a força das palavras” – Texto na net da prof das aulas práticas.

Os crimes passionais eram crimes privilegiados.

Ler artigo 132º e cada alínea, na próxima aula vamos avaliar cada alínea.
Dizer qual o acórdão que diz que Ex: uma faca é um meio perigoso.

NCJ – Nova plataforma.


LOCUS DELICTI , blogspot-> blog da professora.
Aula Teorica
Dia 3.10
Ainda sobre o artigo 141º cp,
Nº2 – Prevê-se a agravação de 1/3 nos imites mínimo e máximo para quem o realizar
com fins lucrativos, ou para quem faça isto o modo de vida habitual, ex: parteiras de
vão de escada. Fez o parto a uma mulher e como correu bem já tem varias marcações
para abortos. Há habitualidade quando uma pessoa que engravide aborte ou que peça
para terceiro fazer-lhe um aborto.

A agravação pela habitualidade não é imputável á gravida. O agente é sempre o


terceiro que não a mulher gravida. Para o agente nos termos do nº 1 e 2º.

A moldura penal do aborto é agravada em 1/3 quando o agente tiver intenção


lucrativa, ou seja, evitar uma perda de natureza patrimonial. Aplica-se a terceiro
semente? Ou á própria gravida também? Aplica-se á própria gravida que aborta
sozinha ou da consentimento a terceiro.
Ex: uma mulher engravida de um homem rico que esta na revista Forbs, a questão é
que esse homem tem família, então ela diz que ou ele lhe da 10.000 milhões ou ela diz
á família dele o sucedido , e esta disposta a abortar por esse preço. Contudo recorre a
uma parteira de vão de escada onde lhe dá 300€, porque é que a parteira merece
maior pena do que alguém que aborta por intensão lucrativa? Não faz sentido para a
prof, pois a intenção lucrativa devia ser para a gravida também e não só para terceiros.

Artigo 142º cp interrupção voluntaria da gravidez não punido:


- Resulta da lei do aborto lei 6/84 de 11 de Maio.
- Nº1:
O que esta nas alíneas de A) a E) são causas de justificação ou tipo justificador? São
causas de não punir em sentido estrito?
R: O que está são tipos justificadores, são causas de exclusão da ilicitude.

Alina A) temos uma indicação medico- terapêutica, onde o aborto é o único meio para
a gravida ficar bem, pode ser realizada sem dependência de prazo.

B) o aborto mostra-se meramente indicado para remover um perigo, só se pode fazer


a interrupção ate as 12 semanas de gravidez

C) Quando o nascituro possa vir a sofrer mal formação, pode ser feito ate as 24
semanas

D) indicação criminológica, quando a gravidez tiver resultado de violações ou abusos


sexuais, num prazo de 16 semanas

E) verifique-se que o feto não tem mais de 10 semanas é a pedido da gravida somente

São causas de justificações especiais porque estão previstas na parte especial, diz
respeito a uma espécie de ilícitos típicos, apenas servem para excluir a ilicitude do
aborto. Em sentido próprio, porque o seu regime não tem afinidade e semelhança com
o regime da parte geral a propósito das causas de justificação.
Aqui não á interesses superiores a ressalvar, contudo a vida formada é mais
importante do que a vida intrauterina.

O consentimento do artg 38º é diferente do 142º, pois tem de ser prestado pelo
próprio titular do direito ofendido e não podemos dizer que a gestante é a dona do
feto, por outro lado se o pudesse- mos fazer era necessário que o artg 38º não fosse
ofensivo dos bons costumes.

Entre o dever de salvar a mãe ou a vida intrauterina á a situação de conflito, contudo


se o aborto é a única forma de resolver o perigo de vida da gravida, s enão salvarmos a
gravida o feto estará sempre predisposto a morrer a menos que esteja com idade
suficiente ( 6 meses) salvar-se;
Ex: caso do pai que tem 3 filhos, e chega a casa e encontra na varanda os 3
filhos porque a casa está em chamas, o pai tem o dever de garante que resulta da lei
tem que salvar os seus 3 filhos, mas só pode salvar um de cada vez, quando o pai
coloca a escada para os salvar, antes de começara a subir já o filho 1 já esta a descer, o
pai por não gostar tanto do filho 1 e gostar mais do 3, não pode matar o 1 tirando a
escada para salvar o 3 primeiro.
O dever de omissão prevalece sobre o valor de ação.

Artigo 33º a 38º cp REVER

Há quem entenda que nem tudo o que esta no 142º nº1 em todas as alíneas não são
tipos justificadores, em especial atenção quando se julga entender que o feto não vai
nascer com mal formações genéticas. O aborto mais do que justificado deve ser
tolerado, é uma causa de exclusão da culpa.

A prof não entende, a alínea E) em que basta a comprovação da idade ecográfica do


feto para que a interrupção não seja punível. Basta o consentimento da gravida porque
não quer ter o filho, não invocando nenhuma outra razão para abortar, o direito á
maternidade não é suficiente para conflituar?

Causas de justificação ou tipos justificadores em sentido próprio.


Que elementos é que integram as causas de exclusão da ilicitude do aborto:
- Elemento objetivo:
- Consentimento da mulher gravida
- Identificação de uma das alíneas do artg 142º nº1
- Identificação dos prazos quando exigida com base me cada alínea
- Elemento subjetivo:
- Conhecimento da situação objetiva justificante, o agente tem de conhecer que a
mulher eu o seu conhecimento; que a idade fetal permite a interrupção.
O aborto de ser realizado por medico ou sobre a sua direção, em estabelecimento
oficial de saúde ou saúde medica, para terminar com as parteiras de vão de escada.
É exigível a verificação para controlo e proteção.
Ex: em lisboa, uma mulher engravida esta gravida de 8 semanas e resolve que não
quer ter o filho e vai a uma parteira de vão de escada e faz-se abortar, aqui o aborto é
ilícito, pois é punível parteiras de vão de escada estarem a fazer um aborto. Em lisboa
perante a quantidade de rede de sistemas de saúde é ilícito não se ter recorrido a uma
medico ou hospital e ter preferido a parteira de vão de escadas.
Imaginado que essa mesma mulher estava no Cairo e só havia la um medico, medico
esse que adoeceu, a mulher tem uma hemorragia e encontra uma Ex parteira, essa Ex
parteira faz abortar a gravida pois estava em causa a sua saúde, este aborto era
justificado e não é ilícito pois o único meio disponível era aquele comparando com os
défices de sistemas de saúde existentes.

Previsto no artigo 142º nº 2 e seguintes:


Gravida com menos de 16 anos, com anomalia psíquica ou que esteja incapacitada
para tomar decisões, quem toma decisões por ela podem ser todos os familiares
menos o pai.
Quem realiza a interrupção voluntaria da gravidez deve ser outro medico para alem
daquele que fez a ecografia.

Professor António almeida costa revista jurídica, ler bom artigo sobre esta matéria.
Para alem do manual

Casos práticos:

1- A quer matar B que se encontra gravida de 10 semanas. A concretiza os seus


objetivos. Determina a responsabilidade jurídico penal de A.

Resposta:
- Para determinar a responsabilidade jurídica de alguém: (ver apontamento do
ano passado, dolo, causa, tipo etc)

Temos que abrir sub hipóteses:


A sabia que B estava gravida de 10 semanas. É uma ação com relevância penal
tipica de aborto e homicídio. Não sabemos qual a motivação do agente,
sabemos que o agente sabia que ela estava gravida. Trata-se de um homicídio
simples excluindo a perversidade para nãos e tornar qualificado. Temos o
agente A, verifica-se o resultado típico a morte de outra pessoa, B.
subjetivamente trata-se de um crime doloso, o agente representou e quis
matar outra pessoa. É dolo direto de 1 grau, dolo intencional previsto no artigo
14º nº1. A pena esta no artigo 131º cp. O seu comportamento A ao querer
matar B e sabendo que estava gravida sabia que o feto não podia sobreviver
fora do ventre materno autonomamente, logo sabia que ao matar B mataria o
feto, por isso á crime de aborto não consentido cujo tipo esta previsto no nº1
do artg 141º. Temos o agente A que faz abortar por qualquer meio uma
mulher gravida sem o seu consentimento verificando-se a morte do feto. A
medida é que matando uma mulher gravida de 10 meses isso equivale a matar
também o feto porque não sobreviver autonomamente fora do útero.
Objetivamente: Não só a vida do feto mas vida intrauterina e a liberdade de
uma pessoa tem de querer ou não ser mãe foi violada. Subjetivamente: há
dolo, mas dolo necessário previsto no artg 14º nº2, o agente representa o
aborto como consequência necessária da sua conduta.
A seria punido por um crime de homicídio simples de B com pena de 8 a 16
anos e um crime de aborto passivo não consentido previsto no 141º nº1
remetente para o artg 77º.

Supondo que A não sabia que B estava gravida:


Qual a responsabilidade de A? ação penalmente revelante típica de homicídio.
Agente A adota a conduta típica de matar B. A nexo de casualidade. O agente
atua com dolo intencional, A quis matar B.
Quanto ao aborto, A sem consentimento da gravida matou o feto, mas A não
sabia que B estava gravida logo A esta em erro sobre o objeto do facto aborto,
pois desconhece a existência de feto, não á tipificação logo é impuro á ausência
de tipicidade o agente nunca poderá ter dolo de aborto pois desconhecia o
facto. O agente apenas será punido por crime doloso de homicídio.

2- A pede a B que a faca abortar alegando que não esta preparada para ser mãe. B
medico obstetra efetua a IVG onde trabalha. Realizada a IVG comunica a A que
foi a melhor solução porque detetou que o feto viria a sofrer de forma grave e
incurável grave formação corpórea. Quid júris

Resposta:
-

3- A pede a B medico que a faça abortar, encontra-se gravida de 11 semanas e


detetou-se em exame ecográfico uma mal formação congénita grave e
irreversível no feto. B efetua a IVG mas não se verifica qualquer mal formação.
Tratou.se de uma troca de exames ecográficos e o feto de A era perfeitamente
saudável. Quid júris

Aula Prática
Dia 8.10

Como saber se é uma comparticipação:


- Determinar quem é quem na historia, definir o autor e os participantes. Ou seja,
determinar os títulos comparticipantes. É feito pela teoria do domínio do facto, é autor
quem tiver este domínio.
- Devemos determinar a responsabilidade dos autores.
- Devemos determinar a responsabilidade dos participantes. Através da teoria da
acessoriedade limitada, artigo 28º + 29º CP.

O juízo de culpa é sempre um juízo pessoal. Para que um participante seja punido é
necessário que o autor tenha praticado um facto típico e ilícito. Se o autor praticar o
facto não ilícito ao abrigo da legitima defesa este não for deve ser punido. Se o facto
for ilicito e manifestar a culpa pode ser punido com o 132º, mas isso não significa que
outro caso semelhante seja também punido, pois a culpa é um juízo pessoal. A ilicitude
transmite-se, a culpa não.

Com base no artigo 132º é possível que alguém que cometa homicídio simples tenha
uma maior pena do que alguém que cometa homicídio qualificado. O homicídio
simples tem uma moldura penal de 8-16; o qualificado começa nos 12-, logo é possível
alguém ter maior pena no simples com 16 anos e alguém que comete um homicídio
mais gravoso ter maior pena.

Nº1- Critério generalizador de culpa agravada.


Nº2- Exemplos padrão de uma culpa agravada, segundo prof Teresa Serra, a expressão
entre outras não é inconstitucional, é a tabua valorativa. Analogia orientada a estas
circunstâncias. Auxiliam o tribunal a fundamentar a clausula geral do Nº1, logo o 132º
é um tipo de generalização da pena, é um tipo fundado em culpa agravada.

A primeira coisa a fazer é ir sempre ao nº2, perguntar-nos sempre “matou porque?”,


qual o motivo por qual o matou, porque não lhe reconhece a mesma dignidade com
base nas suas caraterísticas, quer seja por cor, por odio clubístico etc. se conseguirmos
integrar o motivo em alguma alínea, aplicamos o Nº2.

Segundo a prof Fernanda Palma, contrapõe a prof Teresa Serra. O fundamento do 131º
é um misto de ilicitude e culpa. Tem consequências ao nível da comparticipação.
Quando se fala na determinação da medida da pena ao abrigo do artigo 71º CP, o
legislador diz-nos que para determinar a pena deve ter-se em atenção o grau de
ilicitude (nº2) etc... As circunstancias do nº2 considera tipos expressivos.

Qual a posição mais correta (Prof das párticas concorda):


 É apenas um fundamento de culpa agravada.

Posição dos tribunais:


 1º momento, é o momento qualitativo relaciona-se com o Nº2. Tentar fazer
uma apreciação á “qualidade das alíneas”, saber se o facto que estamos a
analisar é subsumível á alguma das alíneas do nº2, ou não.
Indicio positivo:
Quando as alienas se integram na circunstancia do facto, é um indicio positivo,
normalmente á homicídio qualificado. Ex: A mata o pai, Aqui integra-se numa das
alíneas.
Contudo ex: A mata o pai porque ele tem uma doença terminal e pediu muito para
que o filho o mata-se, ai já não é homicídio qualificado mas sim outro tipo de
homicídio, pois á compaixão.
 Quando as alíneas não integram as circunstancia do facto, é um indicio
negativo. Ou seja:
-Por analogia, conseguimos integrar uma das alíneas por analogia, ex: matar por odio
clubístico, não esta nas alíneas mas deduz-se que o odio racial e clubístico é igual.

- Não é possível analogia orientada, ou seja não significa que não haja homicídio
qualificado. O tribunal conclui que é homicídio qualificado atipo, é não somente
homicídio qualificado

 Nº1 da-nos o momento quantitativo que nos permite afirmar se houve ou não
homicídio e qual o indicio, positivo ou negativo. Ex: A mata o pai porque o pai
lhe tinha dito que ele seria o administrador da empresa, contudo isso não
aconteceu e A mata o pai, aqui á um indicio positivo, no caso em concreto ele é
punido por homicídio qualificado. Outro exemplo: matar o pai por compaixão,
não é homicídio qualificado.
 Referencia a homicídio simples/privilegiado atípico: uma pessoa esta a ser
condenado por homicídio simples, mas houve o preenchimento de uma alínea
do homicídio privilegiado.

As alíneas podem ser integradas em 3 grupos:


1º Relações entre o agente e a vitima, ex: entre cônjuge
2º Motivações do agente, matou porque? (ex: por odio racial?)
3º Modo de execução, como é que atua, ex: através de veneno.

Ex: A mata B por avidez com veneno porque queria que o pai sofresse.
1º Relação de pai e filho
2º Queria que o pai sofresse por avidez.
3º Com veneno para não ser descoberto e porque queria que o pai sofresse.
Aplicar o artigo 71º. Aqui temos um tipo de culpa agravada. Para integrar no tipo e
manifestar uma culpa agravada basta que uma alínea esteja preenchida do nº2,
quanto mais alíneas preenchidas do 132º nº2 maior a culpa.

Vamos agora entender o tipo expressivo das alíneas do nº2:


Alínea A)-
Predispõe muito maior energia criminosa por parte do agente. Ex: filho mata mãe,
causa maior rumor social. A relação entre irmãos não deve ser integrada nesta alíneas,
pois depende de condições psicológicas, os irmãos lutam constantemente pelo mesmo
afeto e património. A relação entre cônjuges é aplicável aqui, contudo é uma relação
horizontal, está no mesmo pé de igualdade, no caso de pai e filhos é uma relação
vertical apesar de ser aplicável aqui, contudo á um dever de obdiência.
Alínea B)-
Corresponde essencialmente á violência domestica.
Ex: Dois jovens bêbedos tiveram química foram para a praia e 9 meses depois nasce o
filho, nem o pai nem a mãe se lembram da noite, a única coisa que têm em comum é
serem progenitor de filho comum, não são cônjuges!!!!
Alínea C)-
Sublinhar “pessoa particularmente indefesa”. Matou outro ou porque é muito bebe;
ou porque esta muito doente; ou porque não tem mobilidade; ou porque é muito
velhote, são pessoas que não se conseguem defender sozinhos. Mas não basta a
condição, mas sim a condição relacionada com o meio incendioso, pode ser uma
pessoa “normal” que através de uma situação ou meio insidioso fique indefesa.
Ex: A de estrutura fina quer matar um pugilista que é bem constituído, e A consegue
que o pugilista fique embriagado, e ai pratica o homicídio, condito embriagues não
esta expressa nesta alínea, mas vamos la chegar por analogia, em que ele bêbedo não
se consegue defender.

Ex: Se alguém agredir uma gravida, sabe que a gravida vai ficar sempre indefesa
porque vai sempre defender o feto.

Alínea D)-
Sublinhar “para aumentar o sofrimento”.
Não é utilizar tortura mas sim o motivo. No artigo 243º - tortura, no nº1 este tipo visa
só determinado tipo de pessoas. No nº3 está o que se considera tortura perante a lei.
O legislador coloca a tortura e ato cruel mas isto não é suficiente para completar a
alínea mas sim o motivo, utiliza tortura porque quer que a vitima tenha maior
sofrimento. O fundamento é alguém querer que o outro morra em sofrimento através
da perversidade.

Aula Teórica
Dia 10.10
1- A pede a B que a faça abortar, alegando que não está prepada para ser mãe.
B médico obstetra efetua a IVG,( interrupção voluntária da gravidez) no
hospital onde trabalha, realizada a IVG comunica a A, que foi a melhor
solução, porque detetou que o feto viria a sofrer de forma grave e incurável,
de grave formação corpórea. Grávida de 12 semanas. Quid iuris?

Quando A dá o seu consentimento, é autora de um crime de aborto, previsto


no nº3 do art. 140º do cp. Responsabilizada com pena de prisão até 3 anos. Nº2
art. 140º. Verificou-se o resultado típico, que é a morte do feto. Verifica-se o
consentimento. A conduta empreendida foi causa adequada pela provocação
do mesmo. Verifica-se dolo, A conhece e quer a morte do feto, tal como o
médico. São ambos autores do art. 140º do Cp. A ilicitude pode ser excluída por
um tipo justificador.
Neste caso, as prevê, uma situação de justificação, desde que se verifique a
situação prevista na alínea c).
Falta uma cláusula de natureza objetiva, o médico quando interrompe ,
desconhece que aquele feto em uma má formação grave e irreversível. Nesta
conformidade podemos dizer, que se os tipos justificadores são intergrados no
tipo subjetivo. Se falta um elemento do tipo justificador, a ilicitude não pode
estar excluída.
Como punir o agente ? posições doutrinárias:
Manuel de Almeida Costa, se faltam elemento justificativos, os agentes
desconheciam tais elementos justificantes, devem ser punidos por crime
doloso consumado.
Tereza Beleza, entendem que nestes casos, em que falta tão só o elemento
subjetivo do tipo justificador, mas verificam-se todos os demais elementos de
natureza objetiva, deve aplicar-se por analogia, o regime previsto no art. 38º,n4
, solução prevista para uma causa de justificação, quando falta o elemento
subjetivo da causa de justificação. Diz-nos o legislador, que o consentimento
for desconhecido do agente, se não tiver conhecimento que a vitima consentia,
aplica-se à tentativa. Aqui seria uma analogia favorável, se uma pessoa tiver de
ser punida, é melhor ser punida por facto tentado do que por facto
consumado. Aqui pune-se o agente por tentativa.

(Pode perguntar-se o porquê da tentativa, se o feto morreu ? Se a mulher e o


médico tivessem conhecimento da má formação corpórea, o facto estava
aprovado pela ordem jurídica. O que não está provado, é o desvalor da ação.
No momento em que atuaram desconheciam que a ordem jurídica lhe permitia
atuar dessa forma. Na tentativa por definição não há resultado, pune-se o
desvalor da ação. )

Ao aplicar esta solução, punia-se a A e a B, por aborto consentido, nos termos


do art. N2º do 140º, apesar de ser típico e ilícito, culposo porque o médico e a
mulher têm mais de 16 anos..Têm ambos consciência da ilicitude do facto..
Se aplicar esta solução nenhum deles seria punível, porque não era punível em
sentido estrito, art. 28º.,n4
Quem advoga a solução da aplicação analógica, quando falte tão só o
correspondente elemento objetivo, interpretam de forma diferente o art.
28º,n4. Gonçalves da Costa, considera que o agente será punível com a pena
aplicável à tentativa. A tentativa é punível , com pena especialmente atenuada,
o agente só poderia ser punido com pena de prisão até 2 anos.
DR. Cristina, não advoga esta solução, entende que não foi isso que o legislador
quis dizer.
Apesar de haver consumação, o que gera a responsabilidade criminal, é o
desvalor da ação. É isto que corresponde à ação. O resultado está aprovado,
logo sobre coisas aprovadas não há desvalor.

( Quando estão preenchidos todos os pressupostos de uma cláusula de


justificação, o facto não está justifivável. Duas posições:
- falta um elemento- Facto doloso consumado
-Se faltar o elemento objetivo, mas se se verificarem os pressupostos- Punir o
agente como se praticasse uma tentativa.

2- A pede a B, médico , que a faça abortar, encontra-se grávida de 11 semanas, e


detetou em exame ecográfico, uma mal formação congénita grave e
irreversível do feto. B , efetua a ivg, mas não se verifica qualquer mal
formação, tratou-se de uma troca de exames ecográficos e o feto de A, era
perfeitamente saudável. Quid iuris?

A tinha conhecimento que o feto era saudável ? Não


O médico tinha conhecimento que o feto era saudável ? Não.
Estão ambos em erro sobre um estado de coisas que a existir excluía a ilicitude
do facto- art. 16º,nº2.
Consequência? Exclusão do dolo
Há tipificação de aborto negligente ? Não.
Logo o facto é impune.

Quando A dá o seu consentimento que o feto padece de má formação corpórea


visível em ecografia, tem uma ação penalmente relevante, há uma
exteriorização de uma intensidade de sentido, não é nenhum movimento
reflexo..
Essa ação penalmente relevante, é típica do aborto consentido do art. 140º, a
grávida presta o seu consentimento para a realização do aborto, houve a
conduta típica, o resultado típico morte do feto, estabelece um nexo de
causalidade entre o resultado e a conduta. Existe dolo, direto e intencional –
art. 14º,n1- O agente conhece e quer o aborto.
Sendo objetivo e subjetivamente típico o aborto, verificar se existe alguma
cláusula de exclusão da ilicitude, os agentes estão convencidos que existe uma
causa de justificação. Alínea c, n1 do art. 142º. O aborto é realizado dentro do
prazo indicado no n1 do art. 142º. Por outro lado, houve consentimento da
realização da IVG por parte da grávida, em parte hospitalar e pelo médico. No
entanto, objetivamente, o feto é saudável, é uma situação de justificação
putativa ou meramente pensada. Erro previsto no art. 16º,nº2 primeira parte.
O agente está em erro sobre um estado de coisas que ele pensa que existem,
fazia com que a ilicitude esteja excluída. Exclui-se o dolo. N3 art. 16, a primeira
condição punição por facto negligente, como não há tipificação de aborto
negligente, por falta de principio da legalidade, o facto não é punível, a
consequência deste erro leva à impunibilidade.

Aula dia 10 de Outubro de 2018

Repetitório:

1- Classifique, os ilícitos típicos do art. 140º, n1, n2, n3 ( Crime geral ou comum..
perigo ou lesão..)
2- Analise a estrutura do tipo de ilícito que encerra o art. 140º,n1 do CP.
(Elementos tipo objetivo e tipo subjetivo.. agente.. quem.. conduta típica fizer
abortar, sem consentimento, bens jurídicos tutelados, elementos subjetivos,
dolo)
3- Como justifica a diferente moldura penal do n1 do art. 140º, face aos números
2 e 3.
4- Quando se inicia e quando cessa a tutela da vida intrauterina
5- A vida intrauterina, é um bem jurídico constitucionalmente protegido, no
âmbito do art. 24º,n1 da CRP ?
6- As agravações pelo resultado do crime de aborto- art. 141º,n1 do CP- são
aplicáveis à grávida que dá o seu consentimento à IVG?
7- E as agravações pela habitualidade e intenção lucrativa ?
8- Qual a estrutura dos crimes de aborto agravados pelo resultado ?
9- Quais os elementos que integram materialmente as causas de justificação do
aborto?
10- Que tipo de indicações, foram acolhidas pelo legislador nacional, para a ivg não
punível ?
11- Considera que o art. 142º,n1 encerra em toda a sua dimensão tipos
justificadores?
12- No tipo do art. 140º,n2 o consentimento é elemento do tipo, ou causa de
justificação?
13- Explique porque motivo, podem ser consideradas causas de justificação
especiais em sentido próprio, os tipos justificadores previstos no art. 142º do
CP.

14- Justifique a seguinte afirmação: “ O legislador penal consagrou uma maior


proteção à vida formada, do que à vida intrauterina.”

Caso :
Imagine-se que A trava-se de razões com B que se encontra grávida de 10 semanas e
empurra-a de uma grande escadaria, com lance de 28 degraus, caindo B
desamparada no solo.
A) Em consequência da queda, B, fica em coma durante 3 dias, e aborta.
B) B morre em consequência da queda e da hemorragia resultante do aborto
C) B morre
D) B fica com vários hematomas, e o feto sobrevive
E) B fica com vários hematomas e o feto morre

Alínea a)
Temos de nos questionar, se A quando empurrou B das escadas, se sabia ou não que
esta estava grávida.
Sabe que está grávida, B aborta.
A tem uma ação penalmente relevante, o agente deve ter representado a possibilidade
de quando empurrou B, ela puder vir a morrer. Se o agente representa a possibilidade
como consequência possível da sua conduta, da morte de b, estamos perante um
crime de homicídio com dolo eventual. Podemos compaginar uma tentativa de
homicídio com dolo eventual, apesar de Costa Pinto discordar. Embora o resultado
objetivamente tenha sido uma ofensa à integridade física grave nos termos da alíena
d) art. 144º. Temos uma tentativa de homicídio com dolo eventual. Porque o agente
representou como possível a morte.
Que tipo de homicídio ? No texto não temos elementos que nos permita qualificar o
homicídio, sabemos que estava grávida, e nos quadros do homicídio qualificado, art,
132º, que matar uma grávida é suscetível de ser suscetível de crime de homicídio
qualificado. Mas, o funcionamento dos exemplos padrões não é automático, ou seja,
nem sempre cai num homicídio qualificado.
Como não há dados, vamos para o homicídio simples. Se o agente, sabendo que ela
estava grávida quis como consequência necessária, a morte do feto, então temos uma
situação de dolo necessário, relativamente ao crime de aborto não consentido. Punido
em concurso efetivo, por tentativa de homicídio, relativamente a b, e relativamente ao
aborto, por aborto não consentido (n1 do art. 140º).

E se o agente não soubesse que b estava grávida ?


Não havia responsabilidade pelo aborto. Se o agente não conhece, não pode querer.
Quanto ao aborto não há responsabilidade, se o agente não conhecer. O agente estava
em erro, art. 16º,n1 , exclui o dolo. Não existe punibilidade por aborto negligente, não
há responsabilidade criminal contra o aborto.

b)
Relativamente à imputação do resultado morte de B à conduta do A, o agente
representa o resultado morte, mas há um desvio no processo causal.
Mas este desvio no processo causal, é um desvio não essencial, porque o agente
representou a morte de A, e previa que o feto morreria também. Temos uma situação
de desvio do processo causal atípico, porque sabia que vinha causar o aborto. Se é um
desvio irrelevante, nós podemos punir o agente por concurso efetivo de crime, por
homicídio doloso consumado, e aborto não consentido consumado, relativamente à
morte do feto. Podia ser previsível que a morte ocorre-se por ela estar grávida, e o
aborto gerar a morte.

c)
Homicídio doloso consumado com dolo eventual relativamente a B e aborto não
consentido (art. 131º + 141,º + 14ºn2 )

D), tentativa de aborto


Se o agente A ao empurrar B representou a possibilidade dela vir a morrer,
conformou-se com o resultado, embora tenha ficado com os hematomas, temos
tentativa de homicídio com dolo eventual.
Quanto ao aborto, também o agente quis necessariamente matar o feto, mas ele
sobreviviu. Temos tamém uma tentativa de aborto não consentida com dolo
necessário, se o agente sabe que ela está grávida de 10 semanas, nos termos do n1 do
art, 140º verifica-se a condição objetiva de punibilidade, seria o agente punido em
concurso efetivo de crime. Relativamente ao feto que sobreviveu : tentativa de
homicídio com dolo necessário.

e) conforma-se o agente com a possibilidade dela morrer, tentativa de homicídio com


dolo eventual. O feto morreu, logo representa a morte do feto, como consequência
necessária da sua conduta. (art. 14º,n2.
Concurso de crimes (Art. 131º,22º n1 n2 al b ; art.14º,n3º + art. 140º n1 e art.14º n2-
Tentativa de homicídio com dolo eventual e aborto não consentido com dolo
necessário.

Casos:

1- Imagina-se que A está grávida de termo ( quase a ter o bebé) e B, decide matá-
la, dá-lhe um tiro na cabeça e mata, no entanto, uma equipa de médicos que ia
a passar no local, conseguiu intervir imediatamente, e rasgando o ventre da
grávida, conseguiram salvar a criança. Determine a responsabilidade jurídico-
penal de B.
Resposta:
 há uma conduta penalmente relevante, a ação é penalmente relevante, é típica.
Artigo 131º CP.
O crime de homicídio subjetivamente é um crime doloso, o dolo consiste na
representação e conhecimento, conhecer e querer os elementos subjetivos do tipo. Há
dolo direto e dolo intencional, atua com intenção de realizar o facto.
Quanto á culpa não se fala da idade do agente, por isso partimos do principio que tem
mais de 16, que não tem anomalia psíquica que o impedisse de saber o que estava a
fazer, portanto o agente tem capacidade de culpa. Artigo 35º / 37º / 33º Cp. Este facto
típico do artigo 131º permanece ilícito e é culposo. A pena oscila entre 8 anos e 16
anjos. Relativamente á morte da gravida o agente seria culpado por homicídio doloso
consumado.
Relativamente ao feto: o agente ao saber que vai matara a mulher gravida, sabe que a
consequência da sua ação pode ser a morte do feto. So que o feto não morreu, os
médicos conseguiram salva-lo. É uma tentativa de aborto não consentido com dolo
necessário, artigo 140º/1º (aborto não consentido) + artigo 22º/1º e 2º que remete
para a tentativa.
Ao dispara sobre a mulher gravida pratica o crime de aborto, não chegando a
consumar o resultado típico morte do feto.
Nos termos do artigo 23º nº1 verifica-se o crime de aborto no crime de aborto na
forma consumada no artigo 140º 1º, logo a tentativa é punida com base no artigo 23º
nº2. A atenuação da pena é obrigatória e não facultativa, artigos 73º e 74º cp. O A
seria punido por homicídio consumado na pessoa da gravida e por tentativa de aborto
não consentido por dolo necessário, com pena de prisão de 2 a 8 anos com pena de
prisão atenuada e não facultativa.

2- A é marido de B e esta encontra-se grávida de 10 semanas, A não pretende ter


mais filhos, vai ter com uma ex namorada, C, que ainda nutria por A uma forte
paixão, e pede-lhe que esta lhe forneça um abortivo, para administrar na
bebida da mulher, sem que esta se aperceba do facto. C , é farmacêutica,
fornece a A uma substância que o mesmo deita num copo e serve a mulher
num copo de vinho. Em consequência, B, não só aborta, como sofre uma
infeção generalizada num aparelho reprodutor, ficando privada de voltar a
procriar. Efeito secundário do medicamento tomado, de frequente verificação (
a toma deste medicamente, tinha não raro associado à eficácia abortiva, como
produzia infeções no aparelho reprodutor) facto que , B desconhecia.

Resposta:
 A esta casado com B, e B esta gravida de 10 semanas, A não quer ser pai, e vai a
farmácia e pede um abortivo já que a mulher não queria abortar, C ex de A dá a B o
abortivo que depois dá a A, e a mulher aborta, mas fica com uma infeção generalizada
e impede-a de voltar a ter filhos. C conhecia a substancia, mas B não. C conhecia por
ser farmacêutica.
-- É uma situação de comparticipação criminosa. O autor é B, o cúmplice é C.
O B é o autor material, quando o marido administra na bebida da gravida a substancia
abortiva, B tem o domínio positivo e negativo do facto, dele depende factos positivos e
negativos do abroto.
C é cúmplice dando a substancia abortiva , dando um auxilio material á pratica de um
crime doloso, logo um cúmplice material.
Por força do principio da acessoriabildiade, neste caso pratico á comparticipação
criminosa, devemos então analisar a responsabilidade jurídico penal do marido e da
farmacêutica.

Responsabilidade jurídico penal do marido: B administra sem A saber a substancia


abortiva na bebida, o que resulta na morte do feto, e como efeito secundário uma
infeção no útero. Este efeito secundário não era do conhecimento do marido. A
mulher não pertencia o aborto. Temos então um aborto não consentido, artg 140º
nº1, deste aborto resulta que o agente com dolo tinha vontade de matar o feto,
resultou deste facto algo que B não queria, uma ofensa á integridade física de A, artg
144º a, infetando o útero de A e perda da capacidade de procriação. Não pode haver
juízo de censura negligente porque B não tem obrigação de suspeitar que produziria
esses efeitos, visto que pediu o medicamento a alguém de confiança e entendido do
assunto, B não previa esses efeitos secundários pois não suspeitaria dos mesmo. Não
podemos aplicar ao agente aborto agravado, pois não á negligencia, e esse aborto só
pode ser aplicado com recurso á negligencia (artigo 15º) que não existe.
Deve então ser responsabilizado por aborto não consentido, nº1 artg 140º punido de
2- 8 anos.
Conduta tipica: fazer abortar
Resultado típico: morte do feto
Nexo de causalidade morte do feto e substancia abortiva
O agente atua com dolo direto e intencional, atua com intensão de o realizar

Responsabilidade jurídico penal da farmacêutica:


Artigo 27º nº1, é cúmplice C. há comparticipação, á participação dos participantes é
moldada pelo autor. O facto típico ilicito imputado ao autor foi o crime de aborto
passivo, artg 140º 2. O cúmplice é punido artg 27º nº2.
C é responsabilizada como cúmplice material (artg 27) por crime de aborto não
consentido, praticado por autoria material por parte do autor artg 140º nº1.
C como era farmacêutica sabia as consequência do medicamento, e a frequência dos
efeitos secundários. Co- autora não foi porque não houve uma acordo entre o B e C.
Não foi instigadora porque não determinou que o B
C é autor mediato, C praticou o facto por intermedio de outrem, C sabia que b queria
provocar um aborto, e C provoca consequências a A através de B, há erro relevante na
medida em que C farmacêutica, sabendo que o abortivo iria provocar ofensa á
integridade física grave com frequência não o disse ao autor material, fazendo supor B
que o medicamento so faria matar o feto e não havia efeitos secundários. B quando
administra a substancia desconhecia que provocaria ofensa á integridade física.
C farmacêutica vai ser punida relativamente as ofensas á integridade física agravada e
vai ser punida por autora mediata artg 26º 2 parte em conjunto com o 144º ofensa á
integridade física grave alínea b). Há dolo eventual, representou a possibilidade do
efeito secundário se consumar, visto que acontecia com frequência, é autora mediata
de um crime de ofensa á integridade física grave 144º alínea b) e artigo 14º nº3 dolo.
Se C se quisesse vingar de B por ser ex namorado, e por isso quisesse provocar danos
em A e quisesse provocar estes efeitos por vingança, ou por paixão a B, o dolo seria
direto.
Aula pratica
Dia 15.10

Temos autores e temos participantes, na comparticipação, na comparticipação exige-


se um concluo entre as partes.

No autor:
-- Temos autor mediato
-- Temos ou autor imediato
-- Temos autoria

No participante:
--- Temos cúmplice
--- Temos instigador

Ex: A instigador, vai ter com o autor mediato e pede ao C cúmplice a arma para
executar o crime.

Ainda sobre o artigo 132º


Alínea H)
- Um meio particularmente perigoso deve ser olhado sobre 2 perspetivas diferentes,
do meio em si; ou do modo como o meio em si é empregue. Praticar um facto com
uma arma não é somente um meio PARTICULARMENTE perigoso.
O que é uma arma particularmente perigosa? : Catana; foice (tudo o que tenha uma
serra é considerado um meio particularmente perigoso).
Com uma faca matamos mais lentamente a pessoa, logo não é um meio
particularmente perigoso.

Crime de perigo comum:


 Quando falamos da classificação dos tipos, á uma que tem haver com a
efetividade do bem jurídico. Existem dentro destes o crime de perigo, dentro
destes crimes há:
1-Crimes de perigo concreto (crimes de resultado, para a consumação é necessário eu
da conduta do agente resulte um resultado)
2- Crimes de perigo abstratos ( para a consumação basta a conduta, o perigo é
presumido, ex: abuso sexual contra crianças, artigo 171º CP, ex: um menino de 13 anos
pede para terem relações com ele a troco de dinheiro, o legislador não quer saber se
no fututo vai haver uma desarmonia do desenvolvimento sexual da criança, ou seja se
o ato na infância provocou danos na criança, o legislador só o ira punir
3-Crimes de perigo abstrato e concreto, não se exige nenhum resultado. A conduta
não é suficiente, o legislador exige que haja um perigo, algo que se destaque.
Crime de perigo comum é aplicável ao artigo 132º CP, este crime comum são atos em
que podem ser afetados mais do que 1 bem jurídico, “criar deste modo perigo para” é
sempre perigo concreto.

Artigo 135º CP
-- Constitui o tipo de ilícito.
-- Condições objetivas de punibilidade, são imprescindíveis para que o agente possa
ser punido.

O meio insidioso é um meio traiçoeiro.

Alínea J)
O legislador acrescentou a frieza de animo, é um facto que é praticado com alguma
ponderação sobre a pratica do facto ou sobre os meios empregados.

Alínea L)
É alguém que já assumiu a qualidade de testemunha num processo penal.
Artigo 386ºCP “Quando nos falam de funcionário”, o agente de execução já estava la
integrado, logo não era necessário referencia nesta alínea.
A vida das pessoas são todas idênticas.

Alínea M)

Motivo torto ou fútil (acórdão)

Revisão da coparticipação:
-- Paços:
1º Certificar-mos nos que estamos perante um comparticipação.
2º determinar os títulos comparticipativos
Teoria do domínio do facto, são autores aqueles que tiverem o domínio do facto, do
perigo ate á consumação.

Autor material- pratica o facto por si mesmo, o que mete a mão na massa, é o que
pratica a conduta que está inscrita na norma

Autor mediato- não pratica o facto por si mesmo, foi intermedio de outrem, não está
em contacto com o facto. Aquele que atua, atua servindo de instrumento.

Alínea H)
Circunstancia de haver varias pessoas a praticar o facto. Ex: alguém esfaqueia e outro
agarra as mãos da vitima. Tem que haver um envolvimento presencial para ser co-
autor, não pode dar ordens por telemóvel por exemplo.

Instigador:
- Alguém cria no executante a vontade de praticar o facto, Ex: alguém diz a uma
criança, dispara para a pessoa, porque ele não morre é como nos desenhos animados.
Cúmplice- auxilia, pode ser quem empresta o apartamento para a pratica do facto;
pode ser quem recorre as armas; pode ser quem incentiva.

Aula teórica
Dia 17.10

Casos práticos:
A tinha um amigo obstetra e estava gravida de 12 semanas e pede para que o mesmo
ponha termo á gravidez, porque não quer ser mãe, o medico realiza a interrupção
voluntaria da gravidez, o medico vai ter com a mãe e diz que ainda bem que abortou
pqe a mãe viria a morrer, porque mais 2 semanas e morrida pqe o feto estava a
causar-lhe a morte.

Resposta:
É um aborto consentido por A realizado por terceiro por consentimento da mulher.
Ação tipica do medico artg 140º nº2. A ação típica da mulher nº3 artg 140.
Este ilicito típico esta perante um tipo justificador objetivo, alínea a) nº1 artg 140º
verifica-se a existência de perigo para a saúde da mulher gravida, a existência da
interrupção da gravidez neste caso não teria prazo. A mulher da os eu consentimento.
Observa-se que o aborto é praticado por médico, num hospital, portanto com todos os
procedimentos legais. No momento da interrupção voluntaria da gravidez, ninguém
sabia que o desenvolvimento do feto constituía perigo de vida para a mulher, ninguém
sabia que a morte do feto seria a solução para proteger a mulher.

O facto deve permanecer ilícito. Uns acham que falta um elemento subjetivo da causa
de justificação, quer o medico quer a gravida seriam punidos no nº2 artg 149º. Perante
outros faltando apenas um elemento subjetivo das causas de justificação deve aplicar-
se por analogia a solução prevista no nº4 artg 38º , resultaria a impunidade do medico
e da gravida, o facto é ilícito e culposo, artg 23º cp.

No artigo 38º nº4 o agente atua bem sem saber que o esta a fazer. Ainda bem que te
fiz abortar senão morrias.
Se houve uma troca de exames e X abortar por aconselhamento médico, porque o feto
lhe causaria danos irreversíveis mas se esses exames fossem de Y , aplica-se o artg 16º
nº2 , ou seja ao feto de X estava bem, e o aborto foi desnecessário por exame medico.

Outro caso:
A é jornalista e esta gravida de 16 semanas. Essa jornalista fez publicar no jornal onde
trabalha fotografias de uma orgia em que um presidente de uma camara municipal do
nosso pais participou. O presidente da camara quis se vingar e pregou um susto a A,
avisando que se voltasse a publicar noticias esse tema as coisas iam piorar, então o
presidente agarrou em A e quando A saiu do trabalho, o Pres levou-a para um local
isolado de carro, onde a amarrou de pé a um poste, a jornalista avisou que estava
gravida, e o presidente nada fez, e deixou A amarrada a um poste numa noite fria.
Quando o presidente la voltou as 10h da manha, encontra A debilitada e devido a uma
hemorragia o feto morreu, sem atentarem no crime e sequestro ou ameaça,
determinar a responsabilidade jurídico penal do presidente.

Resposta:
Artg 140º nº1 com dolo eventual, o presidente sabia que ela estava gravida e colocou-
a imóvel com condições climatéricas desfavoráveis.
O aborto foi não consentido e é agravado pelo resultado nos termos do 141º nº1 se o
presidente tivesse provocado danos irreversíveis no aparelho reprodutor de A,
recorria-se no 144º CP. Este evento não remete para negligencia, pois nãos e importa
que A aborte com o seu ato.

Devido as circunstancias em que o agente atua, não se importava que A abortasse.

Casos práticos que são criticas:


1- A de 15 anos engravida, de B jovem de 20 anos, verifica em exame ecográfico
que o feto vai nascer sem uma mão. A quer continuar a ter o filho e B também,
mas os pais de A dão consentimento ao medico para que seja feito uma
interrupção voluntaria do aborto, suprindo o consentimento da gravida nos
termos do 142º alegando a alínea C).
Poderá o medico realizar a interrupção voluntaria da gravidez?

Respostas:
Ao abrigo do artigo 142º nº5 á idade mínima para aborto
Na alínea c) consagra uma situação de um tipo justificador quando o feto venha a
nascer com anomalias. (quando a mulher não quer o feto o consentimento é suprido
pelos pais, ou seja os pais tomam a decisão por ela, no caso de ser menor e de não
querer o feto ou ter alguma anomalia psíquica. No caso de ser menos e querer o feto o
consentimento não pode ser suprido pelos pais)
No nº5 do 142º a gravida é menor ou quando a gravida é incapaz de prestar o
consentimento, quem supre o consentimento são os protetores legais, é um
consentimento suprido de todos os modos do consentimento da gravidez. Se a gravida
quer ter o filho não estamos a supri o consentimento porque a mulher gravida quer o
filho (doutrina). Se a mulher não quisesse era diferente o filho era o consentimento
dos pais que prevalecia.
No artigo 38º para constituir causa de justificação viável tem que ser prestado por
maior de 16 anos, mas é o consentimento para excluir a ilicitude de um facto típico.
Neste caso quem tem que suprir o consentimento são os pais mas nunca contra o
consentimento da gravida. Para que a interrupção voluntaria não seja ilícita tem que
haver o consentimento voluntario da mulher.

Nº6 artigo 142º (casos em que a mulher da urgência no hospital e ninguém investiga
quem é etc)
2- A de 15 anos está gravida de 15 semanas, e é detetada uma anomalia que corre
perigo de vida A. Sendo assim A quer abortar. Mas os pais não deixam, os pais é
que tem que dar o consentimento e não querem que a filha aborte.

Resposta:
Doutrina diverge.

3- A casa com B e que resolvem ter filhos como uma equipa de futebol 11. B casa
porque sempre quis ter filhos. A zanga-se com B porque B olhou para uma
rapariga muito linda na rua. A diz que esta gravida de 8 semanas, alinea E do
142 cp, A quer abortar, e B fica com uma depressão, ansiedade e ataques de
pânico. Apresenta queixa crime contra a mulher. A mulher alega ser dona do
corpo dela e alega o 142º alínea E cp, mas B alega que A lhe causou maus tratos
e que A teria consciência que ao abortar causar-lhe-ia essas consequências.
Como a realização licita pode resultar de responsabilidade criminal por violência
domestica em B.
Dia 22.10
Aula pratica
Trabalho de um acórdão STJ 2003/101 500 202 43 14/2 de 2003  por Henriques
Jorge (Bianca Carvalho)
Homicídio qualificado tipificado no nº1 do Art.132º 
 
Acórdão da Comarca do Fundão nº3178/05 30/11 de
2005 Luís Ramos (Inês Simão=
Homicídio qualificado tipificado no Art.132º nº2 i) 
 
Acórdão SJ20010117002 8433 (Bruna Fonseca) 
Crime de homicídio qualificado previsto e punível pelos Art.131º e 132º nº1 e 2 c) 
 
Art.133º do CP – Homicídio Privilegiado 
Não basta que o agente atue com compaixão etc... , é preciso que haja uma
diminuição da culpa.
Para que alguém beneficie deste privilégio, é necessário que o agente atue por
uma destas circunstancias:  
1. Compreensível emoção violenta 
2. Compaixão
3. Desespero
4. Motivo relevante valor social ou moral
 
O agente tem que atuar sob uma destas circunstancias
Não é possível qualquer analogia. 
Tudo o que a lei exigir tem que se comprovar para que haja a diminuição da culpa.
 
O que é a compreensível emoção violenta?
Violenta e compreensível são adjetivos. A palavra emoção é um sentimento, o
afeto não tem necessariamente que ser um carinho, poderá ser violenta. Este
sentimento tem de ter uma carga passível para levar o agente a praticar o crime.
Por via de regra, esta emoção não é pensada. 
 
A compreensibilidade da emoção divide-se em 2 critérios:
1º Princípio da proporcionalidade do S.T.J – neste principio estava subjacente que
entendia o STJ que teria que haver uma provocação proibida e injusta, portanto
não teríamos um homicídio privilegiado se não houvesse um contributo da vitima
(critério não aplicável nos dias de hoje). 
2º Homem médio – o critério do homem médio não é extensível a toda a
expressão. O agente que praticou o facto em sede de processo penal o tribunal vai
ter q dizer que o A q disparou o tiro estava violentamente emocionado, é uma
prova que se tem de fazer para o agente em concreto. Essa prova é feita para o
agente em concreto que praticou o facto. É preciso perceber se a emoção violenta
é compreensível, esta é compreensível quando nos perante o homem médio
concluamos que este também teria sido sensível àquela emoção, e mesmo ele não
se libertaria daquela emoção. É preciso ter em conta se a emoção é compreensível,
não é o facto que importa, mas sim a emoção, porque se o facto fosse
compreensível não era crime. 
 
Em termos de prova é preciso certificarmo-nos se houve ou não emoção realmente
violenta.  A circunstancia do agente dominar sobre ação violenta leva à diminuição
da culpa
Dia 24.10
Aula teórica

O objeto do facto deve ser sempre outra pessoa que não o autor do facto.
A integridade física:
-- Simples
-- Grave

Para existir responsabilidade criminal para ofensas á integridade simples, as ofensas


tem um particular significado para merecer a tutela jurídico-penal, ex: pequenas
pisadelas, beliscões. Estas lesões devia á sua insignificância não geram
responsabilidade criminal ao autor.

Para assumir relevância jurídico penal, não é necessário somente causar dor.
Existe determinados comportamentos que geram lesões na saúde física ou psíquica
mas que não se consideram ofensas á integridade física, Ex: casos de desporto que
envolve lesões no corpo ou no corpo de outra pessoa, Ex: box; judo; jusitsu.
Estes resultados de lesões corporais desde que praticados dentro das regras leais da
competição desportiva (onde se pode ofender o oponente) não são consideradas
ofensas á integridade física. Quando o arbitro mande parar e X continuar a pontapear
B num combate isso já esta fora das regras de competição, logo já á ofensa á
integridade física.

Quando tenho uma crise de apendicite, e o medico cortava o corpo e suturava para a
retirada do apêndice, era obvio que isto não é uma ofensa á integridade física. As
intervenções medico cirúrgicas, praticadas por médico ou alguém competente para
finalidades curativas ou finalidades que visem eliminar a dor, nãos e consideram
ofensas á integridade física.
(Artigo 150º nº1)

Ofensas á integridade físicas:


1. Simples (143º)
2. Graves (144º)
3. Qualificadas (145º)
4. Privilegiadas (146º
5. Negligencia (148º)
6. Dolosas

1. Ofensa á integridade física Simples


Pena de prisão de 3 anos ou pena de multa.
(Artigo 41º a 47º penas de prisão e penas de multa)
Quando o legislador não indica o limite mínimo temos que recorrer ao artigo 41º e 47º

Elementos do tipo objeto: o agente quem; conduta típica ofender o corpo ou a saúde;
o resultado é ofender outra pessoa já considerada vida intra uterina, já quando se
inicia o parto independentemente do tipo deste; bem jurídico é a lesão do corpo saúde
ou pessoa.

É uma incriminação dolosa por força do artigo 13º CP, só á responsabilidade criminal
quando a lei expressamente assim o disser. Esta incriminação e compaginável com as
três formas de dolo (direto, necessário, eventual)

Classificações típicas:
- Se o agente é quem, qualquer pessoa pode ser agente deste crime, é um crime geral
ou comum, é um crime material ou de resultado sendo que o resultado típico é ofensa
ao corpo, saúde ou pessoa.

É um crime de lesão e não de perigo, exige a efetiva destruição do bem jurídico. É uma
incriminação de resultado.
Este artigo 143º pode ser agravado pelo resultado morte ou ofensa á integridade física
grave. É um crime instantâneo. É um crime cometido por via da ação ou omissão,
artigo 10º nº1 e 2º.

São um crime semi publico, pois depende de queixa, se além lesar a minha integridade
física, eu tenho legitimidade para me queixar, eu ofendida. Exceto no caso em que
estas ofensas sejam contra agentes de segurança publica no exercício das funções ou
por causa delas (crime publico) onde qualquer um pode apresentar queixa.
As pessoas são integradas no corpo por órgãos e membros.
Ofensas na saúde, a saúde é um estado de bem estar físico que pode ser posto em
causa, por doença ou estado patológico já existente. As ofensas á integridade física são
crimes de natureza livre.

Nestas ofensas o legislador possa dispensar de pena, isso acontece nas situações do
143º nº3 CP. Nas situações em que existe ofensas á integridade física reciprocas, sem
que se prove qual das duas pessoas/contendores provocou primeiro a ofensa. Ex: A
agride B e B agride A e isso prova-se mas não sabe quem iniciou, logo o legislador sabe
que houve ofensas reciprocas e então despende a pena porque não sabe quem iniciou
a ofensa.
O mesmo acontece nas situações de retorsão em que o agente retribui algo. A dá um
murro a B e B da uma chapada a A. Aqui também á dispensa de pena, porque o
conteúdo da ilicitude e da culpa esta reduzido. Se me dão um muro quando viro as
costas, como vi a minha integridade física lesada respondo automaticamente com uma
chapada, logo esta reduzida a culpa. Não é legitima defesa, pois para ser teria que ser
uma ação eminente ou em curso, ação tem que ser atual, ou seja teria de ser A dar um
soco e B dar pontapés e muros e chutos.
Casos de retorsão— quem vai retorquir é sempre quem age em segundo lugar, quem
responde
Saber se poemos retorquir a uma ofensa á integridade física e grave? Não, porque para
haver dispensa de pena, o conteúdo da culpa e ilicitude tem que ser diminuto. 143º
nº3 CP
Na base de uma retorsão pode estar uma injuria, ex: A chama filho da puta a B e B da-
lhe uma chapada. A retorsão tem que consistir sempre numa ofensa á integridade
física simples. Quem responde a ofensa a integridade física é quem retrocede.

Saber se para o juiz poder dispensar a pena facultativa, nº3 artg 143º CP, se devem
estra preenchidos os pressupostos para dispensa da pena previsto no artigo 74º CP,
este instituto do 74º exige que o crime não seja punido superior a 6 meses de prisão, e
exige que a ilicitude e a culpa tenham que ser diminutas, o prejuízo tem que ser
reparado total ou integralmente. (Dispensa de pena)

Aplica-se a dispensa da pena (tribunais de primeira instancia ao abrigo do 143º/3º)


sempre que a culpa ou ilicitude sejam baixas.

Formas especiais do aparecimento da teoria da infração criminal:


-- Tentativa é compaginável pois é um crime de resultado, se tentar levar a mão ao
rosto de B é uma tentativa de ofensa á integridade física simples. A tentativa é punível
artigo 22º CP.

Matéria da comparticipação criminosa: (na ofensa á integridade física SIMPLES)


-- Abrange a cumplicidade , artg 27º
Abrange a autoria, co-autoria, instigação

Relativamente ao concurso de normas:


As ofensas á integridade física SIMPLES relacionam se com as outras ofensas á
integridade física, que quando são crimes pluri ofensivos, fora do nº3 do 143º ficam
como tipos incriminadores. Ex: Roubo, se roubo e bato a B, não sou punida por roubo
e por ofensa á integridade física simples, só sou condenada por roubo, pelo primeiro
crime.

Estas ofensas são qualificadas como o homicídio simples.


Verifica-se os artigos 145º e 146º são iguais para homicídio simples, qualificado e
privilegiado.
O que subsiste é a norma especial. A moldura penal pode ser mais baixa num crime de
maior relevância. Ex: um homicídio simples pode ter uma pena maior do que um
homicídio privilegiado, onde a moldura penal é maior mas a pena é menor, apesar do
crime ser pior. Ex: Simples 1-15 levo 15. Privilegiado de 6-18 levo 6.

2. Ofensa á integridade física grave.


É punido de 2 a 10 anos. Quem ofende o corpo ou saúde da pessoa quem provoca e
quer provocar os resultados nas alíneas do 144º CP.
A forma substancial como é lesado o corpo ou a saúde prevê que o legislador tipifique
ofensas a eu o legislador considerou graves, que são punidas mais gravemente.
Conduta típica: Ofender o corpo ou saúde de outra pessoa.
O objeto do tipo: Esta expresso numa das alíneas do 144º
Temos que estabelecer um nexo de causalidade entre os efeitos e a conduta do
agente.
O bem jurídico tutelado: é o mesmo da ofensa á integridade física simples , contudo o
que muda é a agravação da ofensa.
O dolo do agente tem que abarcar o resultado, o agente tem que conhecer e querer
lesar o corpo ou saúde da vitima de forma a priva-la de algo, englobando todas as
alíneas.

Ex: O agente pega num lápis e espeta no olho da vitima. O agente quis espetar o lápis
na vista da pessoa, quis produzir a cegueira da vitima, quis e conheceu tirar a avisão a
vitima.

Pode provocar danos substanciais na vitima, ex: nodoas negras, feridas, perder um
dedo, mão, ou qualquer outro membro, desfiguração ou alterações das funções
corporais afetando a capacidade física da vitima. Se estas ofensas estiverem nas
alíneas do 144º é ofensa á integridade física grave.

É um crime de resultado. O agente pode ser qualquer um. É um crime público, é um


crime de dano ou lesão maioritariamente. É um crime instantâneo, pode ser cometido
por ação ou omissão, artigo 10º nº1 e 2º CP.

A tentativa é punível artg 22º CP pois trata-se de um crime com moldura penal
superior a 3 anos. É um crime que admite agravação pelo resultado.

Relativamente ao concurso de crimes, podem ser ofensas á integridade física graves ou


privilegiadas, vigora a norma da especialidade.

Analise do artigo 144º:


O juiz vai se apoiar na perícia medico legal.

Alínea a)
O coração é um órgão importante, mas se alguém o tirar pratica homicídio e não
ofensa á integridade física grave. Se a pessoa quer privar a outra de ter coração, quer a
morta dela. Se a pessoa não puder sobreviver sem um órgão que foi tirar, o que o
agente quis e cometeu foi homicídio e não ofensa á integridade física grave.
Se alguém cortar dedo ou retirar um rim, a pessoa sobrevive na mesma, é uma ofensa
á integridade física grave. Não existe órgãos mais importantes do que outros, pois um
órgão importante para mim não é para outra pessoa. É necessário saber se para a
pessoa X o órgão era importante ou não
Ex: para a miss Portugal o corte de um braço era grave, para um prof de direito não,
pois não ia implicar que deixasse de o ser por não ter um braço, já a miss mundo teria
de deixar de o ser. (dai a importância dos órgão e membros com base nas
caraterísticas de cada um)
Quanto mais grave é quanto mais visibilidade tem. Ex: uma pessoa que ficou co uma
cicatriz, não se pode impor que esta faça uma cirurgia porque isso ira provocar-lhe dor.
O dano estético pode ser facilmente removível sem dor.
Uma coisa é uma cicatriz na cara, outra é uma cicatriz no pé.
Nesta alínea preveem-se as lesões graves no corpo.

Alínea B)
Preveem-se lesões graves funcionais.
O pianista que vier a ficar sem dedos não pode mais ser pianista, mas pode ser outra
qualquer coisa. Retirou-lhe a funcionalidade, retirou-lhe a capacidade para o trabalho
parcial ou geral.
-- “Provocar capacidades intelectuais” posso fazer um traumatismo craniano noutro,
pegando na cabeça de outrem e bater na parede. Essa pessoa fica privada total ou
parcialmente a sua capacidade intelectual
-- “Fruição sexual” o órgão sexual mantem-se, mas fica estragado. Ex: o homem
mantem o pénis, mas ficou impotente, continua a poder ter relações sexuais mas não
pode procriar. (mutilação genital feminina, é uma ofensa á integridade física grave e
tem a mesma pena, os atos preparatórios também são puníveis, pois retira-se o prazer
á mulher, é puído)
-- “Tirar os sentidos” tirar ou afetar um dos 5 sentidos, tato, paladar, olfato, etc.. ,
afetando as cortas focais ou nasais ou retirando a visão.

Alínea C)
Lesões graves na saúde.
Podem ser doenças permanentes ou dolorosas, ex: doenças oncológicas; diabetes; HIV.
“Anomalia psíquica grave ou incurável”, ex: fazer com que alguém fique demente, ou
com uma depressão grave.

Alínea D)
Criar na vitima um perigo para a vida da vitima. Tem que ser lesado o corpo ou a
saúde. O agente tem que conhecer e querer provocar a lesão, bem como querer
provocar risco de vida, dolo d perigo para a vitima. Ex: A atira um carro para cima de B,
quer lesar a integridade física a B bem como provocar-lhe perigo de vida.
Só se verifica esta alínea quando se verifica na pratica que o perigo de vida é mesmo
causado, supondo que B ficava em coma.

O que distingue o homicídio tentado de uma ofensa á integridade física, é o dolo do


agente. Se o agente o que queria era matar temos um homicídio tentado, se o agente
queria apenas provocar dano de perigo e risco de vida é ofensa á integridade física
grave.
Se eu queria matar mas só provoquei ofensa á integridade física, vou ser julgada por
homicídio porque o meu dolo era matar, eu queria matar, logo sou julgada por tentar
matar e não por ter provocado uma ofensa á integridade física.
Dia 31.10
Aula Teórica

Ofensas á integridade física qualificada:


É qualificada devido á futilidade que expressa um maior juízo de censura de culpa, artg
145ºCP.

O artigo 133º homicídio privilegiado, a moldura penal não excede os 5 anos de prisão.

Uma ofensa á integridade física pode diminuir a culpa. Ou por desespero, uma pessoa
não tem mais por onde fugir, ou de exigibilidade diminuída agride outro, ou por outro
valor moral ou social.

Matar por paixão ou compaixão, para por termo ao sofrimento alguém mate outrem.

Artigo 146º CP
 lemos apenas as alíneas.
Isto se as ofensas forem praticadas ao abrigo do artigo 133º CP.

No que concerne as ofensas do 145º e 146º aplica-se os mesmos fundamentos em


sede de homicídio. A única coisa que muda é o dolo do agente.

Ofensas á integridade física agravadas pelo resultado: (artg 147ºCP)


--< imaginemos que o agente tem dolo de ofensa á integridade física simples, qualifica
ou privilegiada. Independentemente de o agente querer dar um murro, quer seja por
ordem politica ou racial, ou somente porque o agente quer dar o murro.
O agente tendo dolo de ofensa á integridade física simples, pode vir a produzir um
resultado mais grave que ele não quis, artg 144º, resultados estes que só podem ser
imputados ao agente a titulo de negligência. O agente tendo dolo de ofensa á
integridade física grave (privilegiada ou qualificada), quer mutilar a vitima porque sim,
ou porque esta foi namorada do filho que morreu.

Em sede de agravamento:
Podem ser ambas na sua base qualificadas ou privilegiadas.
Há dolo á integridade física simples e venha a produzir um resultado mais grave, torna-
se numa ofensa á integridade física grave.
Há dolo á integridade física grave e este venha a produzir resultado mais grave –
resulta na morte.

Ex: imagine que por odio racial dou um murro a X, e ele morre. Só que X tinha um
coagulo no cérebro que eu desconhecia e que o X também, então o murro despultou a
morte. Isto não é algo agravado pelo resultado, a morte não se pode imputar ao
agente nem a titulo de negligencia, pois para um homem medio não era possível supor
que um murro mata-se, pois desconhecia a doença de X. (dolo direto, eventual, direto)
Eu quando mando a tiro as chaves a cara de Y , represento a possibilidade de as chaves
o atingirem na vista e o cegar, e quero cega-lo, temos uma ofensa á integridade física
grave com dolo eventual, e não algo agravado pelo resultado. O elemento agravante
só pode imputar-se ao agente a titulo de negligencia, ex: se atira-se as chaves somente
por raiva, e por lapso acertava-lhe na vista e cegava-o, era por negligencia que o
cegava, logo era algo agravado pelo resultado.

Artigo 18º Cp- agravações pelo resultado. Conjuntamente com artg 147º CP.

Ainda sobre as alíneas do artigo 147º CP


Casos praticos:
Qual a pena abstrata da ofensa á integridade física simples qualificada de onde resulta
a morte
 ver artigo 143º, sendo que qualificada, artigo 145º a pena de prisão ate 4 anos.
--< o evento agravante foi a morte, artigo 147º/1º, agravação de 1/3 nos limites
mínimo e máximo, logo a pena era 4 anos, logo a pena mínima passa de 30 para 40
dias , e máximo de 16 meses, logo a pena é 5 anos e 4 meses.

Pena de um agente que tinha dolo de ofensa á integridade física grave privilegiada de
onde resultou a morte.
 artg 144º ofensa á integridade física grave, artg 146º é priveligiada, a pena é de 6
meses a 4 anos, resulta a morte logo á agravação de 1/3 nos limites mínimos e
máximo, 1/3 de 6 são 8 meses, e um terço de 4 anos são

Ofensa á integridade física simples privilegiada e causa o resultado á ofensa á


integridade física grave
 ofensa integridade física (143º), se é privilegiado é (146º)

Como fazer 1/3 das penas:


ex:-- 4 anos para agravar: 4 anos são 48 meses, logo como é 1/3 divido por 48 por 3
isso é igual a 16, ou seja, 48+ 16 = 64 meses, logo 5 anos e 4 meses é a pena
agravada.

As pensas para agravar são sempre se são privilegiadas (146º) ou qualificadas (145º)

Artigo 148ºCP
 Ofensa praticada por qualquer pessoa a outrem.
Nº2- trata-se de um facto ilícito culposo. Não á necessidade de pena.
Alínea a) se for um comum mortal que não medico, não pode gerar mais de 3 dias de
incapacidade. Os médicos podem causar

Nº3 por negligencia pode causar-se uma ofensa á integridade física grave. Ex: Se uma
pessoa sem querer lesa a integridade física de uma forma grave, ou seja qualquer uma
das alíneas do 144º, aplica-se o nº3 do 148º. Ex: eu piso o pé de um malabarista de
circo, e ele fica impedido de trabalhar no circo porque lhe deformei o pé, por
negligencia, pois não quis pressucutir aquele fim.

Artg 149º CP
--< Especificação de um tipo justificador. Remete para artigo 38º CP.
 o legislador diz-nos que a integridade física para efeitos de consentimento
considera-se uma causa de justificação, deve ter-se em consideração, as motivações do
agente; os bens; o carater irreversível ou reversível da lesão.
Causa de justificação especial, atende apenas as ofensas á integridade física simples ou
grave, qualificada ou privilegiada.
Para que o consentimento artg 38ºCP, com causa de exclusão da ilicitude e necessário
que o consentimento seja prestado a interesses livremente disponíveis do próprio
titular, e não de terceiros. Não pode ser ofensivo de bons costumes, a pessoa tem que
ter mais de 16 anos, e o consentimento tem que ser atual, ate ao momento da
execução do facto, a vitima pode hoje consentir que alguém lhe de 3 murros, mas
quando vir o agente pode já não querer, e se atuar já não tem o consentimento da
vitima. O consentimento para ser tipo justificador tem o agente que saber que a vitima
consente tal ato praticado. Se o agente desconhecer que a vitima consentia o agente é
punido pela tentativa. O 149º (nº2) dá-nos a medida para decidir se o consentimento
viola os bons costumes ou não. (A) por motivos de satisfação sexual consente que (B)
lhe bata nas nádegas para satisfação sexual, este consentimento é ofensivo de bons
costumes ? a vitima consentiu, tem mais de 16 anos, consentiu ficar vermelha depois
do ato, com a marca das palmadas, não é ofensivo e bons costumes.
As alíneas do 144º não merecem tipo justificador do consentimento.

Artigo 144º-A

Dia 7.11
Aula teórica

Artigo 135º
Artigo 136º infanticídio:
-< mãe que matar o filho durante ou após o parto devido a uma perturbação.
 crime de homicídio face ao artg 131º , crime base
 É um crime privilegiado face ao 131º
 É uma relação de espacialidade, temos que ver se a moldura penal é maior ou
menos do que o crime base.
 A capacidade de culpa:
Artigo 20º é incapaz de culpa aquele que... não tem capacidade de avaliar a ilicitude do
facto, ou não tem capacidade de se auto determinar consoante essa avaliação. Neste
caso a capacidade da mãe está diminuída, a mãe está semi imputada.

A mãe tirou a vida ao filho durante ou após o parto.


Artg 136º é um artigo especial face o 131º CP.

Artg 28º a ilicitude transpõe-se


Artg 29º a culpa não se transmite, é pessoal.

Tipicidade:
São nexos de imputabilidade
- Agente- especifica , artg 28º faz estender a qualidade a todos os participantes, e não
só á mãe.
- Conduta
- Objeto - pessoa
- Resultado - morte

-- Dolo já não é nexo de imputação. Tiveram dolo direto

Agora passamos para a ilicitude:


Verificar se existe causa de exclusão da ilicitude.
A culpa da mãe aplica-se o 136º, capacidade diminuída
A culpa da amiga aplica-se a base 131º, motivo útil nº2 e nº1 132º

Teoria do domínio do facto:


1. Autor material-
2. Autor mediato – domínio da vontade do executante.
Instrumentalização de vontades débeis, ex: o autor pede á criança para por uma
substancia no leite da mãe, a criança é que pratica o facto, é co-autor.

Comparticipação:
Temos-
O autor (quem tem o domínio do facto)
1. Autor em que há autoria mediata (atua com base da vontade de outrem, ex: a
ines da-me o veneno para matar X, e eu atuo com base na vontade dela)
OU ex: B tem um filho que tem uma anomalia grave e para o salvar é muito caro, e tem
que ser no estrangeiro, então A convence B a matar.
2. Autoria material (pratica o facto por si mesmo, espeta faca, da tiro)
3. Co-autor (domínio funcional, distribuem entre si as conclusões e tarefas que
cada um vai cumprir)
A instigação e o autor mediático estão interligados por vezes.
Os participantes:
1. Instigadores (artg 26º). Paga para mandar matar, ex: A paga a B para matar Y, o
domínio é de B.
2. Cúmplices. ex: alguém me da a arma, fornece apoio na fuga, pode ser quem
estudou o percurso da vitima, quem dá a casa para o autor violar a vitima.

Artg 24 e 25 CP
 Remete para a desistência.

Homicídio por Negligência:


- Cumpre o principio da legalidade
- Cumpre artg 137º CP
- Todos os tipos de crime pressupõem dolo, só á negligencia quando a lei
expressamente diga, por negligencia.
- A negligencia corresponde a uma violação de um dever de cuidado segundo as
circunstâncias, o agente está obrigado e é capaz, artg 15º CP.

- negligencia consciente, próxima do dolo eventual, na negligencia não se conforma


com o facto. O agente prefira um facto mas não acreditou que se viesse a realizar. Ex:
vou a 200km/h, qualquer homem medio veria que era impossível aquela velocidade
afastar-se de um objeto.
- negligencia inconsciente. O agente nem sequer pós a hipótese de. Ex: quando alguém
esta a pintar as unhas e a conduzir e tem um acidente.
Dia 12.11
Aula pratica

Artigo 134º CP
Aqui a vitima quer morrer.
Pedido consentido:
Fundamento do participante: (basea-se no altruísmo, como se a vitima fosse o
instigador).
Menor intimidante (artg 24 CRP o bem jurídico não é fundamento disponível)
Menor culpa (grau de censura, porque o agente atou contrariamente á ordem jurídica,
quem vai decidir
1. Explicitas no tipo, pode ser serio (vontade seria, ex: se alguém pedir a outrem
para matar, tem que ter consciência das suas consequências) ; instante (não é
naquele instante. Instante vem de persuadir, não é só solicitar é também
persuadir) ; expresso (não tem de ser escrito, pode ser verbal, quem emite a
comunicação e receba o código tem que ser o mesmo, a mensagem tem que
ser inequívoco.
2. Implícitas, pode ser direta ( “que lhe” tenha feito, é um pedido direto, por
causa da questão da culpa) ou ativa (se já não houver o pedido devemos
ponderar se o continuamos a punir ou não)
Temos o:
Agente (quem tem o domínio do facto típico, ex: matar; subtrair coisa móvel. E tem o
domínio de facto típico lesivo da vida)
Vitima (não tem domínio do facto material

Temos outro tipo de crime do:


Artg 135º CP-
Crime de perigo abstrato concreto
A vitima quer morrer.
Dentro dos crimes de perigo temos:
1. Concreto (para que exista consumação é necessário que se verifique/prove o
efetivo perigo para aquela vida. É o resultado típico da conduta)
2. Abstrato concreto ( não é um crime de perigo abstrato porque não nos basta
apenas a conduta, não exige um resultado, mas exige mas do que a mera
conduta, não é um crime concreto porque não é necessário resultado)
3. Abstrato (são crimes de mera atualidade, basta-nos a conduta)

Não há tentativa.
O artg 135º é um crime de perigo abstrato concreto. “o que o suicídio vier a ser
tentado ou a consumar-se”, isto são condições objetivas de punibilidade.
Nº2- imaginem que A quer vingar-se de B. A coloca uma arma carregada na mão do
filho de B que tem 5 anos, e diz-lhe que é como nos desenhos animados, tu matas e ele
ressuscita. Será que temos a pratica do artigo 135º? É um incitamento ao suicídio?
É um incitamento ao suicídio, com uma pena mais agravada. Contudo uma criança não
pode ser um incitamento para preseguir ao suicídio. Neste caso, teríamos um
homicídio, em que a criança é um instrumento, seria uma autoria mediata.

 Não é um homicídio, quem subtrai a vida é a vitima.


 Temos o:
Agente (domínio do tipo, tem que incitar ou ajudar ao suicídio)
Vitima (Domínio do facto material lesivo da vida, do ultimo momento lesivo da vida)

Caso pratico:
Imaginem que A quer morrer, então pede a B, que o ajude a matar-se. A (vitima) é
tetraplégica, só mexe a cabeça. E pede a B (agente) que a mate, com o veneno X. o
agente que é farmacêutico, mete o veneno misturado em sumo, mete uma palhinha e
coloca á frente da vitima. E a vitima (A) bebe, e morre.
Que crime preenche:
 Artigo 135º CP, o momento final é finalizado pela vitima, logo aplica-se este artigo,
pois a vitima foi a ultima pegar no copo e beber, a vitima tem o domínio do facto.

Suponhando o mesmo caso, mas o B em vez de utilizar o copo e a palhinha, onde A


bebe sozinho, injeta o veneno numa seringa, aqui neste caso B é o ultimo a ter o
domínio do facto que domina a morte. Logo aqui aplica-se o artg 134º é homicídio, e
não incentivo ao suicídio.

Caso 2:
A vitima não tem grande coragem para se matar, então coloca-se em pé no parapeito
da ponte 25 de abril, e quando ele der o OK o agente empurra-o la para baixo.
--< aplica-se o artigo 134º o agente é o ultimo a ter o domínio do facto.

Perguntas possíveis de teste:


O que significa pedido direto
Como justifica a expressão entre outra do nº2
4 caos práticos com as linhas
Três tipo que saem:
Crimes contra a vida
Crimes contra a vida intrauterina
Crimes contra a integridade física.

Propaganda ao suicídio, artigo 139º cp:


O suicídio é cometido por pessoas que estão muito sugestionadas, muito fragilizadas.
A propaganda é um fator de grande divulgação, tem que ter um método, um produto.
Dia 19.11
Aula Prática

135º - Incitamento ao suicídio


Há uma distinção importante entre o artigo 134º e 135º, quando falamos de autor o
que nos permite distinguir a teoria da comparticipação é teoria do domínio do facto
típico ou seja é autor aquele que tenha a capacidade de fazer desenrolar a ação desde
o perigo até à sua consumação.
O agente no artigo 134º domina o facto que suprime a vida, esse é que é o facto típico
de matar. O autor no artigo 135º domina o facto típico que é incitar ou ajudar ao
suicídio. Quem é que domina o facto que suprime a vida? É a vítima. Porque é um
suicídio.
135º o tipo do crime é apenas isto “quem incitar outra pessoa a suicidar-se ou lhe
prestar ajuda para esse fim”
O suicídio pode ser tentado ou consumado.
Se tivéssemos a preencher uma hipótese tínhamos que preencher o tipo, verificar a
ilicitude, ver se atuou ou não com culpa e a depois a punibilidade. Só pode ser punido
se estiverem reunidas as condições de punibilidade. Só pode ser punido se estiver em
Portugal, se estiver vivo e se o suicídio seja consumado. Não se pode punir a tentativa
de suicídio.
Temos tipos de perigo:
Concreto: o perigo é o resultado
Abstrato: basta a sua conduta
Abstrato-concreto: exige-se algo mais que a conduta, mas esse algo mais não é o
resultado

Artigo 138º Exposição ou abandono


Temos por um lado a exposição por outro o abandono, são situações diferentes, não é
irrelevante a conduta, o legislador estabelece situações diferentes.
Na exposição é o agente que cria a situação de perigo, a vítima não está numa situação
de perigo mas quem cria esta situação é a conduta do agente.
No abandono existe já a situação de perigo mas o agente não remove a vitima dessa
situação de perigo. Quem devia remover o perigo não o faz
Este é um crime espeficico, só a quem tem o dever de cuidado é que o pode praticar.

Dia 21. 11
Aula Teórica

Aula Pratica
Dia 26.11

Conferencia
Dia 28.11
Aula Teórica

Incriminação nº2 do artg 250º que remete para 156º vem para a frequência ate aqui.
Só ate á participação em rixa, para a frequência. Matéria ate ao 136º. Propaganda do
suicídio.

Quanto as ofensas á integridade física há determinados comportamentos que podem


ser lesivos do corpo ou da saúde de outra pessoa.
Artg 150º não violando as regras de assistência medica, nãos e consideram típicas de
ofensa á integridade física. O tipo incriminador está no nº2 do artg 150º pune-se o
médico ou pessoa legalmente autorizada, que lese a integridade física do paciente,
com pena de prisão de 2 anos.
Temos um crime especifico. Não pode ter como agente qualquer pessoa mas sim e
apenas o medico ou Pessoa autorizada a intervir no meio da saúde. É uma
incriminação de perigo, basta que o medico embora com finalidades boas, do nº1 do
150º mas em violação destas crie uma situação de perigo para a integridade física ou
risco de vida para o paciente.
E é uma incriminação dolosa. Não á negligencia. O medico tem de dolosamente violar
as legis artis, as regras técnicas e cientificas da profissão medica, e causar perigo ou
lesão para a vida do paciente.
Como o medico com uma finalidade positiva e curativa de diagnostico vai dolosamente
violar as regras de apreciação medica, sabendo que com isso vai lesar a vida ou
integridade física do paciente? Ex: imaginar que um fármaco que foi retirado do
mercado, mas o medico considera que não obstante o risco associado ao fármaco, ele
tem umas finalidades curativas boas, e portanto administra a substancia ao paciente
sabendo que esta a lesar as legis artis, as regras da ciência medica, como finalidade
curativa ou terapêutica ainda que ponha em causa a vida ou integridade física do
paciente. Existe a verificação da vontade típica, perigo de grave lesão em que a vitima
ficou. Outro Ex: um medicamento que ainda não é recomendado pela ciência medica
por estar em experimentação, mas um medico deposita todas as esperanças para a
cura de uma doença, então o medico receita esse fármaco. Quem atua criando um
perigo de grave lesão á integridade física com as finalidades do nº1 do 150º é punido
com pena de prisão de 2 anos.

Este tipo incriminador esta inserido no 156º CP, fora das ofensas á integridade física.
O que se tutela em primeira linha é a liberdade. São tratamentos medico cirúrgicos
efetuados contra a vontade do paciente, sem consentimento do mesmo. O tratamento
pode ter sido o melhor mas não pode ser incetado por medico sem consentimento
esclarecido do respetivo paciente. Há situações em que o paciente não pode dar
consentimento, porque esta inanimado, mas dá consentimento para tal a família ou
mesmo o medico, em caso de urgência em que o paciente chega as urgências em
paragem cardíaca, o medico.
Ex: se uma senhora tem cancro no útero e vai tirar o útero com consentimento, o
medico retira o útero, mas posto isto na operação o medico verifica que também tem
cancro no ovário, então decide tirar mesmo sem consentimento da pessoa, por achar
que a paciente deixa, nesses casos não tem problema não haver consentimento da
própria pessoa, artigo 156º.

Os tipos do artigo 150º geram responsabilidade criminal.

A participação em rixa:
É um ilícito típico. Une com pena de prisão ate 2 anos ou multa ate 140 dias. Quem
intervier na rixa de 2 ou mais pessoas nas quais resulte morte ou ofensa á integridade
física grave.
Elementos do tipo: é um crime geral ou comum. Qualquer pessoa pode adotar a
conduta tipica. É uma rixa, pois á autos de reciprocidade entre pelo menos duas
pessoas.
Elemento subjetivo do tipo: dolo, nos vários tipos do artg 14º.
Elemento objetivo do tipo: a referência que o preceito faz á morte ou ofensa á
integridade física grave não integram o tipo nem a culpa.
Para que o tipo esteja preenchido basta que exista duas pessoas a rixar e uma terceira
intervenha e se junte e o faça dolosamente. O facto é ilícito e culposo, se disso não
resultar nenhuma morte ou ofensa á integridade física grave, nenhum dos rixantes vai
ser punido.
Ex: se entrarmos num debate e começarmos a puxar cabelos e a proferir ofensas
ninguém morreu nem foi ofendido gravemente, não á punição pela rixa mas á rixa.

A morte não é resultado objetivo do tipo:


Porque se fosse morte ou ofensa á integridade física grave resultado tipo, o dolo tinha
de se intender a esse resultado. O agente tinha de conhecer e querer a produção do
resultado morte ou ofensa á integridade física grave que são condiç~eos objetivas de
punibilidade.
Quando quisesse matar alguém, provocava uma rixa e matava a pessoa e a minha
pena era so 2 anos, era muito pouca a pena. A morte não pode ser resultado pois a
lesão dolosa da vida o homicídio tem uma pena diferente consoante o tipo de ilicito.

Consequências da morte e ofensa á integridade física serem condições objetivas de


punibilidade:
- o facto da referencia ao nº1 do 151º não são resultado mas condições objetivas de
punibilidade.
- a morte pode ocorrer negligentemente ou dolosamente.
- não tem interesse em saber como sucedeu a morte.
- as situações de erro sobre a identidade da vitima tem relevância, ex: mata-se B
pensando que estamos a matar C, não interessa
O que interessa demonstrar é que a morte ou a ofensa a integridade física grave
resultaram da rixa e que podem ocorrer em terceiros que não ativos na rixa, ex:
estamos em rixa e o tiro atinge outrem que não esta na rixa, aqui verifica-se a
punibilidade.
Tambem não pode ser um resultado por força do principio que a lesão dolosa da vida ,
o homicídio tem uma pena de 8-16 simples e ofensas á integridade física grave 2-10
anos, como é que caso fossem resultado , dois ilícitos possam ter a mesma moldura,
neste caso 2 anos a rixa.
A condição objetiva de punibilidade tem que resultar da rixa.
Ex: imaginem que eu resolvo ir á praia e faço um piquenique e levo feijoada, e depois
de ter comido muito decido ir a agua do mar fria, e tenho uma indigestão, e fui me
embora e ao ir para casa deparo-me com um grupo de 10 pessoas que esta á pancada
e começo a corrichar e morro. Contudo decorre da autopsia que morri devido á
congestão porque a morte não decorre da rixa mas sim de um facto qua nada tem
haver com a mesma. A referencia do nº1 do 151º.
As condições objetivas de punibilidade podem ter como objeto pessoas da rixa,
pessoas que não estejam na rixa, e as questões de punibilidade têm que resultar da
rixa (nexo de causalidade da rixa) e não como objeto da mesma.

Se o tipo dispõe que tem que haver 2 corixantes


ou 3 corixantes (para prof), 2 que estão numa rixa e o terceiro interveniente.
Ver doutrinas.

Ex: Imaginando que estamos 40 pessoas na sala, que estão envolvidas em rixa e de
rrepente á uma morte e quando chega a policia, pergunta quem matou e ninguém se
acusa, podia ser alguém dos 39. E acusam-se todos uns aos outros. E destes golpes
físicos resolvem lesões graves e não se consegue determinar o autor, então como
todos contribuíram para a perigosidade do ato, todos são punidos com pena de prisão
de 2 anos ou multa de 140 dias, se não se conseguir provar em matou quem, ou que
lesou gravemente outro. (prof não concorda) .
Qual o bem jurídico tutelado pela norma incriminadora? Sei que o tipo esta inserido
aqui, crimes contra a integridade física, mas sei que este crime so é punido se houver
lesão da vida ou lesão da integridade física grave. Eu posso entender que são as
caraterísticas da conduta que determinam o tipo. O professor frederico entende que o
bem lesado é a paz social por isso entende que o crime de rixa é um crime de dano ou
lesao e não e não de perigo. Contudo paz social é também lesada por morte ou
violação da integridade física, logo a maioria da doutrina aponta para um crime de
perigo e não de dano.

Numa participação em rixa poem-se em perigo não só a vida e a integridade física,


como também bens jurídicos patrimoniais e a honra. É um crime pluri ofensiso e
pluridimensional, na medida em que o legislador pretende tutelar mais do que um
bem jurídico.
E este é um crime de perigo porque não exige que ninguém morra para que o tipo
esteja preenchido, ou não exige que haja ofensa a integridade física, pois não são
caraterísticas do tipo mas sim de punibilidade.

A perigosidade da rixa decorre do comportamento típico da conduta então para a prof


é um crime de perigo abstrato concreto.
Para que todos os corrixantes sejam punidos pelo 151º é preciso que haja morte ou
ofensa á integridade física grave, sabendo –se ou não se sabendo quem resulta da
morte ou ofensa as pessoas são punidas pelo artg 151º

 Todos estão a corrichar e não á morte nem ofensa nenhum de nos é punido
pelo artigo 151º embora se eu souber que foi X que me deu um murro
apresento queixa sobre a integridade á integridade física. Por participação em
richa nenhum vai ser punido.
 Se estão todos a corrichar e morre uma pessoa, se o autor não se acusa, todos
são punidos pelo 151º. Se descobrirmos que afinal foi X que matou Y, a questão
que se coloca é de concurso. Saber se o X vai ser so ele punido pela morte, pelo
homicídio ou se X vais ser punido pelo homicídio + com o 151º pelo crime em
richa. A posição maioritária indica que o crime de participação em richa fica
consumida e que ao autor X, só seria punido por homicídio. Quanto á relação
concursal á quem diga que o 151º fica consumido no homicídio, ou que se
aplica o 151º + homicídio.
A prof entende que o autor deve ser punido pela participação em rixa quer pelo
homicídio ou ofensa á integridade física grave. Ex: X durante a rixa mata Y em legitima
defesa. Se não era Y que matava X, o X por força desta relação concursal só seria
punido pelo homicídio, por outro lado para quando uma richa só se verifique 1 ou 2
condições de punibilidade e os autores se desconheçam , o autor é punido pela richa e
pelo crime que cometeu.
Se eu sou punida por causar perigosidade devo ser punida pela richa e pelo crime
cometido, logo o agente deve ser punido em concurso efetivo. (para prof).

Outra questão:
Que o crime de participação convoca é a de saber se se deve punir ou não o agente por
crime de participação em richa:
1. Quando se sabe que ao gente abandonou a richa antes da verificação da condição
objetiva da punibilidade, quando saiu ninguém tinha morrido ou sido lesado.
2. Quando o agente entra na richa depois de já se ter verificado a morte ou ofensa á
integridade física grave.

Resposta:
1.Sim porque contribui para a perigosidade. Contudo o agente ao desistir artgs 24º e
25º CP, na participação e richa não tem que existir comparticipação. Cada pessoa atua
como autor individual e não em comparticipação, logo a desistência era feita nos
termos do artigo 24º. Provavelmente, tratando-se de um crime de participação e não
de comparticipação, para a desistencia ser relevante devíamos observar o disposto no
artg 25º para a desistencia ser relevante. É preciso que o agente se esforce para evitar
a consumação do facto ainda que os outros continuem no facto, não basta desistir. Isto
vai contra o principio da legalidade na exigência de lei strita, porque se X não atua em
comparticipação e se a desistência se faz nos termos do artg 24º ao exigir que a
desistência se faça constar dos termos do artg 25º estou a fazer uma analogia
incriminatória que é proibida nos termos do nº3 CP, pois X não atua em
comparticipação. Os vários autores estão a atuar individualmente e não em
comparticipação, logo para um autor singular n\ao se deve impor a comparticipação,
artg 25º . O crime de participação em rixa não admite desistência? admite. Quem
intervém e sai antes da verificação da lesão contribui perigosamente para a conclusão
do dano, morte ou lesão á integridade física grave. (ex: eu posso ter dado as armas e
posso-me ter ido embora antes do dano acontecer, logo contribui de forma perigosa
para a punibilidade). Para não se ser punido (quem desiste) tem que se demonstrar
que a sua ação não provoca punibilidade, morte ou ofensa a integridade física grave,
ou que a sua ação não provoca especial perigosidade. Quem tem demonstrar que não
tem culpa é o ministério publico e não o arguido .

2.Deve ser punido? O facto de entrar depois não quer dizer que mais factos
admissíveis de punibilidade não se concretizem. Torna a pessoa mais perigosa, por já
existir feridos e mortos e o autor ainda querer participar e agravar mais o caso.

O que tem mais perigosidade? É o numero 2 tem maior perigosidade para os bens
tutelados. Já á mortos e feridos e eu ainda entro na rixa, á mais perigosidade. Não é a
perigosidade da pessoa em si, mas sim do facto, o facto só é punível se se verificar
morte ou ofensa á integridade física grave.

Nº 2 do artigo 151º
Dispõe o legislador que a participação em rixa não é punível quando o motivo não for
censurável, quando visar separar os contendores e agir contra um ataque ou defender
outra pessoa. Defender terceiro, ex: a mãe que vai a passar e vi o filho a ser espancado
e atira uma pedra ao agressor para defender o filho, age em legitima defesa, participa
na rixa para defender o filho.
A não punibilidade da não participação em rixa deve-se a motivos de não
censurabilidade. O que não significa que a pedrada que a mãe da no agressor, não
justifique legitima defesa, ou ofensa á integridade física simples .

(Fim da matéria que vem para o teste)

Dia 3 Dez
Aula Pratica
Falta
Dia 5 Dez
Aula Teórica

Co-autoria, 3º parte do artg 26º é punido como autor quem em conjunto com alguém
tomar parte direta do facto. Os co-autores tem o domínio funcional do facto tem o
domínio da função que esta adstrita. Na co-autoria é necessário:
Que exista acordo entre os autores, pode se expresso ou tácito ou pode surgir na
altura da persecução do facto, tem que existir uma vontade concordante contudo é
preciso que haja um envolvimento de todos na pratica de um ilícito típico. O co-autor
para o ser tem que prestar na realização de facto um contributo que consista num ato
de execução.
Se A e B combinam espancar C, não é necessário que se A dá 2 bofetadas, B deia
também 2 bofetadas.
Co- autoria complementar, quando o ilicito so pode ser consumado com todos os
autores. A e B combinam matar C, A e B resolvem planear , A distrai a vitima durante o
almoço, e B deita-lhe a substancia venenosa na comida. B distrai o C e A mete veneno
na comida. Nessa conformidade á co autoria complementar, pois se apenas um
realizar a parcela do plano, não se consegue consumar o homicídio. É necessário 2
elementos para distraírem a vitima e colocarem os venenos na bebida e comida.
As regras de desistência estão no artg 24 e 25. Os co-autores complementares podem
desistir nos termos do artg 24, basta que um deles não prossiga o facto. Se se tratar de
co-autorees dependentes aplica-se o artg 25º tem que haver um esforço serio para
que o outro co-autor não prossiga na efetivação do crime.

Comparticipação e co autoria:
Comparticipação criminosa podemos distinguir os comparticipantes, aqueles que se
envolvem na pratica do facto ilicito, e dentro destes, surgem os autores e os
participantes.
Quanto ao critério do facto artg 26º.

Caso 1.

Caso 2.
Não obstante, artg 141º nº2 CP, onde á as agravações agravadas do aborto, não
obstante a legislação administrativa, poe termo as parteiras de vão de escada. Temos
na letra da lei . o autor é sempre um terceiro que não mulher gravida

Caso 3:
Trata-se do crime de participação em rixa, há duas condições objetivas, a morte e
ofensa á integridade física grave, logo o dolo não se estende, logo a morte dolosa ou
negligente, são punidas por todos os corrixantes.

Caso pratico:
É uma questão do crime de violência domestica. (NÃO SAI A VIOLLENCIA DOMESTICA)

AULA EM GRAVAÇÃO
Questão 5 e caso pratico:
Tudo dependia saber que o consentimento que funciona nos termos do 149º como
causa de exclusão da ilicitude, remete para 38º cp, onde a pessoa que consente tem
que ter mais de 16 anos. A tatuagem e o piercing intitulam ao 144º nº1 Cp, para aferir
da gravidade teríamos que ver a visibilidade da tatuagem.

Caso 6:
Temos uma situação de comparticipação criminosa, em que são comparticipantes a
mulher e a farmacêutica. Á uma exteriorização da ação. Neste caso ele era paraplégico,
ele podia engolir ou deitar fora, logo era ele vitima que conservava na garganta a
possibilidade d e controlar o processo causal, tínhamos uma autoria de auxilio ao
suicídio.

(Fim do primeiro exame)

18 de julho 2018

1º caso:
participação em rixa. Havendo dolo não se compreenderia a pena ser tao baixa, artg
131º e 134º penas de. Dois resultados com diferente desvalor, causados dolosamente
não podia ter a mesma moldura penal.

2º caso:
homicídio a pedido da vitima, tem que ser serio e livre e conciente, instante, expresso,
direto e a vitima tem que ter idade e alcance para conhecer das consequências que o
pedido implica.

Caso pratico 1:
Por outro lado, temos o facto de ele ter morto a mulher por ela querer por termo ao
casamento. Não é compreensível o marido fazer isso. Podemos considerar a agravação
pelo facto de se matar a mulher. Artg 140º nº1, aborto que resulta da sua conduta,
dolo necessário 14º nº1.

Caso pratico 2:
C pode consentir. É um bem disponível. Por outro lado, a pessoa que consente tem
que ter mais de 16 anos, e C tem, ao abrigo do artg 38º. A questão que se pode colocar
é se esta é ofensa á integridade física simples ou grave.

Último caso:
Artgs 131º alínea b, nº 1 e2 e 14 nº3. O homicídio é simples, qualificado ou
privilegiado? Eventualmente é privilegiamento, pois a mãe cansada agarra num
martelo e golpeia a cabeça do agressor. Podemos estar perante uma situação de
desespero.
Teríamos um homicídio privilegiado na forma tentada, artg 133º quando chegássemos
á categoria da culpa, pelo desespero nos termos do 133º.

Dia 10.12
Aula Pratica

Concurso aparente punido so por um crime. \

ProcuraR AO INISTERIO PUBLICO o ministério puvblifo

Retiar-se d eimediatonaos pais

MODLE ver as hipóteses.


Hipotese 12.
Certificar que é uma rixa. É algo generalizado com golpe de reciprocidade. Se for um
bloco que vai agredir outro não é rixa.
A morte do João é relevante pois é uma morte. É um facto típico e ilícito.
Todos seriam responsabilizados por rixa, mas não pela morte, pois para isso tem que
se individualizar a conduta dos agentes.
A não queria matar e alega em tribunal, é irrelevante.
D alega que so queria agredir António, , o argumento é irrelevante
O E não fugiu mas abandonou quando viu que se podiam prosseguir consequências, é
relevante, pois E pode ter aumentado a perigosidade da rixa, deveria quando
abandona-se , quando desistiu, ter feito algo para ameniza-la. Não basta ter somente
desistido, o dolo cessa .
F e G negam ter agredido João, não é relevante para a rixa. As pessoas são punidas
pela participação, e não por quem ferem.
H confessa ter sido ele a matar Joao, é relevante, é concurso aparente por homicídio.
Com dolo direto. Ao abrigo da alínea a do 132º verificar através da analogia orientada
se a alínea a) se aplica. O nº1 é que qualifica o homicídio como qualificado, não o nº2,
temos que avaliar em cada alínea a perversidade e censurabilidade.

Hipótese 14.
É dolo de matar, é homicídio. Emoção violenta para defender a mãe , comparar com
homem medio, para ver se é compreensível. A emoção violenta vai diminuir a culpa,
133º. Temos que demonstrar que o agente esta sob emoção violenta, é o facto. A
compreensibilidade da emoção, é um critério jurídico. A compreensibilidade é através
do homem medio, se seria sensível a essa emoção, se o homem medio conseguiria
libertar-se dessa situação.
Dar o ponto de vista, na minha opinião era compreensível. Tambem podíamos
caraterizar através de desespero, o desespero é o fim da linha, a ultima gota, não havia
mais alternativas, invocando neste caso as caraterísticas do texto.
Alínea a ) do nº2 do 132º se integrarmos nesta alínea fica indiciada a qualificação.

---- outra alínea


a conduta de B é homicídio priveligiado, temos que verificar a conduta de M.
artg 131º tipo de ilícito, e artg 133º menos culpa do que o 131º . tratando.se de um
tipo de culpa, teoria da acessoriedade limitada, artg 28 e 29º é necessário que o autor
tenha praticado um facto ilicito e culposo que se transmite para o participante. A culpa
é individual.
O artg 133º tem na sua base uma diminuição de culpa, não se pode transmitir o 133º.

133º quando se mata o pai por compaixão.


O ajudante farmacêutico que arranja o medicamento, 131º.

--- outra alínea


Erro sobre o objeto.
não é relevante no âmbito do homicídio a identidade da pessoa, o homicida quer
matar a pessoa, não especifica quem, tanto é pessoa o pai como o ladrão. O erro é
irrelevante. Quando chegamos ao 133º, tinha dolo de matar o pai mas matou o ladrão.
O que importa é o estado em que o agente se encontra. Sobre a identidade é
irrelevante.

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