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Profa. Marina C.

Servo

Profa. Marina Calanca Servo

Prezad@s alun@s:

1 - O presente conteúdo foi elaborado com a finalidade de auxiliá-los a


revisar a disciplina ministrada bem como avançar no tema. A parte da revisão
não substitui as anotações feitas em sala de aula e a complementação que
deve estar sendo realizada pelo aluno, desde o início do semestre, com
doutrinas.

2 – Considerando que o material é correspondente aos tópicos da disciplina,


o conteúdo terá continuidade conforme as aulas avançam.

3 – Eventuais dúvidas, nesse período, podem ser encaminhadas pelo


sistema do aluno.

Ementa:
Direito Penal. Lei Penal. Interpretação da lei penal. Vigência da lei penal. Princípios. Lei penal no
tempo. Lei penal no espaço. Imunidades. Conceito de crime. Fato típico. Tipo penal.

TEORIA GERAL DO CRIME

Trata-se da parte responsável por explicar o que é delito, quais as características que
devem existir para que seja caracterizada uma conduta criminosa.

Atualmente não temos no CP um conceito que defina, de forma completa, o que é


crime, sendo este apresentado pela doutrina, que o divide em seu aspecto Material,
Legal e Formal:

1. Conceito de Crime:

Com relação ao aspecto Material:


Crime é toda ação ou omissão que lesa ou expõe bens jurídicos penalmente tutelados
a perigo.

Com relação ao aspecto Legal: art. 1º, Lei de Introdução ao Código Penal:

“Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de


reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou
de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente”.

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Então, toda vez que constar do preceito secundário a cominação de pena de reclusão
ou detenção, existirá o crime ou delito seja isolada, cumulativa ou alternada com a
pena de multa.

Se o preceito secundário não apresentar as palavras “reclusão” ou “detenção”, e sim


“prisão simples” ou “multa”, será contravenção penal.

Com relação ao critério Analítico:

Também conhecido como Dogmático, se funda nos elementos que compõe a estrutura
do crime, analisa as características ou elementos que compõe a infração:

Três posições:

a. Crime na teoria Quadripartida: Crime = Fato Típico + Ilícito + Culpável +


Punível
(quatro elementos)

b. Crime na teoria Tripartida: Crime = Fato Típico + Ilícito + Culpável


(três elementos)

c. Crime na teoria Bipartida: Crime = Fato Típico + Ilícito


(dois elementos)

O Código Penal não apontou de forma expressa qual teoria adotada, entre a Bipartida
e Tripartida, havendo correntes doutrinárias que defendem cada uma das teses como
sendo acatadas pela nossa Legislação brasileira. Entretanto, como não há indicação
legal, iremos analisar todos elementos e enfoques, sendo relevante pontuar que a
punibilidade e os elementos que .a extinguem serão estudados somente no próximo
semestre.

No mais, estudaremos todos os elementos das demais – Fato típico, ilícito e culpável.

CRIME =

FATO TÍPICO
É o Fato material que se amolda aos elementos previstos no tipo penal – a conduta
humana que se encaixa na norma penal incriminadora. O fato típico é composto por
outros 4 elementos (conduta, resultado, nexo causal e tipicidade – cada um será
analisado – de forma individualizada no momento oportuno):

- Conduta: -> dolosa – culposa


-> omissiva – comissiva

- Resultado:

- Nexo de Causalidade:

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- Tipicidade:

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO

Trata-se da relação de contrariedade entre o Fato praticado e o ordenamento jurídico


vigente. Existem ilícitos de natureza cível, ambiental etc. Entretanto, quando falamos
de um ilícito penal, teremos uma conduta mais gravosa, com a ofensa de bem jurídico
penalmente protegido como patrimônio, vida, honra etc.

Quando o agente pratica um fato típico, presume-se (de início) que seja também ilícito.
Ex: se “A” mata um desafeto (praticou fato típico – a conduta de matar está prevista no
CP como homicídio, art. 121, CP).

Entretanto, existem algumas situações em que a prática de um fato típico (conduta


prevista como crime na legislação) é permitida e não será considerada como ilícita ou
proibida, nesses casos, são os fatos praticados em uma das seguintes hipóteses (de
acordo com o art. 23, CP):

1- Estado de Necessidade;
2- Legitima Defesa
3- Estrito Cumprimento do Dever Legal
4- Exercício Regular de Direito

CULPÁVEL
Já a Culpabilidade é o Juízo de reprovação pessoal sobre uma conduta ilícita do
agente. São seus elementos:
1.- Imputabilidade
2.- Potencial Consciência da Ilicitude
3.- Exigibilidade de Conduta Diversa

a. Crime na teoria Tripartida: Crime = Fato Típico + Ilícito + Culpável


(três elementos)

FATO TÍPICO
É o Fato material que se amolda aos elementos previstos no tipo penal – a
conduta humana que se encaixa na norma penal incriminadora. O fato típico é
composto por outros 4 elementos (conduta, resultado, nexo causal e
tipicidade):

1. Conduta

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Fato típico é fato humano indesejado, consistente em uma conduta


causadora de um resultado com tipicidade penal, ajustando-se a um tipo penal.

Os requisitos do fato típico são conduta, resultado, nexo causal e


tipicidade penal. Parte-se, assim, para a análise desses requisitos.

Não há crime sem conduta – nullum crimen sine conducta.

Além disso, a conduta deve ser voluntária, psiquicamente dirigida a um


fim.

Dolo e culpa (1.1.) estão dentro do fato típico, porque a conduta é


direcionada a um fim:

1.1.1. De acordo com o art. 18, I/CP, o crime é doloso quando o agente quis o
resultado ou assumiu o resultado de produzi-lo.

Dolo é a vontade consciente dirigida a realizar (ou aceitar realizar) a


conduta descrita no tipo penal.

Art. 18 - Diz-se o crime:

        Crime DOLOSO

        I - doloso, quando o agente quis o resultado (DOLO DIRETO) ou assumiu o risco de
produzi-lo;

        Crime culposo

        II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência
ou imperícia.

        Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

Espécies de dolo:

a) Dolo direto, determinado, imediato ou incondicionado: configura-se


quando o agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de
realizar esse evento.

b) Dolo indeterminado, indireto: o agente, com sua conduta, não


busca resultado certo e determinado. E esse dolo indireto ou indeterminado se
divide em:

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b.1)Dolo alternativo (OU): é aquele em que o agente prevê


pluralidade de resultados, dirigindo a sua conduta para realizar qualquer deles.
Quer matar ou ferir, tanto faz o resultado alcançado.

b.2)Dolo eventual: o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo


a sua conduta para realizar um deles, assumindo o risco de realizar o outro . O
sujeito quer ferir, mas aceita o risco de matar.

c) Dolo de 1º grau: é o dolo direto. Vontade consciente dirigida a um


determinado resultado.

d) Dolo de 2º grau: é também espécie de dolo direto. No dolo de 2º


grau, a vontade do agente se dirige aos meios utilizados para alcançar
determinado resultado. Abrange os efeitos colaterais do crime, de verificação
praticamente certa. Trata-se de um dolo que atinge as consequências
necessárias para produzir o resultado desejado. Também chamado de dolo das
consequências necessárias.

Obs: Dolo de 3º grau.

1.1.2. Já o crime CULPOSO está definido no art. 18, II/CP:

CRIME CULPOSO

        II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.

        Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente

Conceito doutrinário: o crime culposo consiste numa conduta


voluntária que realiza um evento ilícito não querido ou aceito pelo agente, mas
que lhe era previsível (culpa inconsciente) ou excepcionalmente previsto (culpa
consciente) e que poderia ser evitado se empregasse a cautela necessária.

O agente, na culpa, viola o seu dever objetivo de cuidado, regra básica


para o convívio social, sendo possível ser caracterizada das formas seguintes:

i) Imprudência: precipitação, afoiteza. Está presente na conduta que


culmina no resultado involuntário. Por exemplo, conduzir veículo em alta
velocidade em dia de chuva.

ii) Negligência: é a ausência de precaução. Por exemplo, conduzir


veículo automotor com os pneus gastos.

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iii) Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou


profissão.

Espécies de culpa

a) Culpa consciente (com previsão): o agente prevê o resultado, mas


espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com suas habilidades ou
com sorte.

b) Culpa inconsciente (sem previsão): o agente não prevê o resultado


que, entretanto, era previsível.

1.1.3 Crime AGRAVADO PELO RESULTADO

Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o


agente que o houver causado ao menos culposamente.

Casos em que o resultado que qualifica a conduta advém de DOLO ou CULPA.

Várias espécies de crimes agravados (qualificados) pelo resultado:

a) crime doloso agravado/qualificado pelo dolo (ex.: homicídio qualificado).:

Qualificado art. 121, p. 2º, III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum; (Pena - reclusão, de doze a trinta anos.)

Homicídio simples

        Art. 121. Matar alguem:

        Pena - reclusão, de seis a vinte anos

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Homicídio qualificado

        § 2° Se o homicídio é cometido:

        I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

        II - por motivo futil;

        III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

        IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte


ou torne impossivel a defesa do ofendido;

        V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

        Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

b) crime culposo agravado/qualificado pela culpa (ex.: incêndio culposo


qualificado pela morte culposa):

  Incêndio

        Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio
de outrem:

        Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa

Incêndio culposo

        § 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.

        Formas qualificadas de crime de perigo comum

        Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza
grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada
em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de
metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo,
aumentada de um terço.

c) crime doloso agravado/qualificado pela culpa (ex.: lesão corporal seguida de


morte). Esta espécie que é chamada de crime preterdoloso ou
preterintencional.

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Lesão corporal

        Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

        Pena - detenção, de três meses a um ano.

Lesão corporal seguida de morte

        § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o


resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:

        Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

No crime preterdoloso, o agente pratica delito distinto daquele que havia


projetado cometer, advindo da conduta dolosa resultado culposo mais grave do
que o projetado. Cuida-se de figura híbrida, haverá um crime
PRETERDOLOSO (Dolo no antecedente e Culpa no consequente)

QUESTÕES

1. (STF — Analista Judiciário — Área Judiciária — CESPE — 2013) Acerca dos


princípios gerais que norteiam o direito penal, das teorias do crime e dos institutos da
Parte Geral do Código Penal brasileiro, julgue os itens a seguir.

A teoria finalista adota o conceito clássico de ação, entendida como mero impulso
mecânico, dissociado de qualquer conteúdo da vontade.

Resposta: errado. Esse conceito condiz com a teoria causal ou naturalista da ação.

2. (Promotor de Justiça Substituto/MG — Concurso LVIII — 2021) Quanto ao dolo, é


INCORRETO afirmar:

a) No dolo direto de segundo grau, o agente representa que o resultado ilícito colateral
seguramente ocorrerá, mesmo que o resultado principal, por ele buscado, não se
concretize.

b) Segundo a doutrina majoritária, no dolo eventual, o agente representa o resultado


ilícito como possível e leva a sério a possibilidade de sua realização, conformando-se
com ele. Já na culpa consciente, o agente representa o resultado ilícito como possível,
mas confia seriamente que não ocorrerá, e não se põe de acordo com ele.

c) No dolo direto de primeiro grau, o resultado buscado pode ser uma etapa
intermediária (meio) para a obtenção do objetivo final.

d) Embora se exija a coincidência entre o dolo e o fato (princípio da simultaneidade), e


ainda que, por tal razão, sejam inadmissíveis o dolus antecedens e o dolus

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subsequens, a presença do dolo no transcorrer de toda a fase executiva é


dispensável, bastando que o agente ponha em marcha o processo de causação do
resultado, mesmo que abandone o curso causal à própria sorte.

Resposta: a

3. (PC-SP — Delegado de Polícia — VUNESP — 2018) “Existe_________ quando o


agente prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá; configura- se
_________ quando a vontade do agente não está dirigida para a obtenção do
resultado, pois ele quer algo diverso, mas, prevendo que o evento possa ocorrer,
assume assim mesmo a possibilidade de sua produção.”

Assinale a alternativa que correta e respectivamente completa as lacunas.

a) dolo indireto ... dolo alternativo

b) dolo eventual ... culpa consciente

c) culpa inconsciente ... culpa consciente

d) culpa consciente ... dolo eventual

e) culpa inconsciente ... dolo eventual

resposta: d

4. (Delegado de Polícia Civil — PC-PI — NUCEPE — 2018) JOÃO e JOSÉ estão na


praia e resolveram entrar no mar. Em determinado momento eles começam a se
afogar. Havia naquele local um salva-vidas que, ao avistar apenas JOÃO, notou que
ele era seu desafeto e se recusou a salvá-lo; próximo a eles havia também um
surfista, este avistou apenas JOSÉ pedindo socorro, mas, por ser seu inimigo, não
atendeu aos pedidos dele, resolvendo sair do local. As duas pessoas acabam se
afogando e morrendo. Em relação ao caso, qual das alternativas abaixo está
CORRETA?

a) O salva-vidas responde por homicídio doloso por omissão.

b) O salva-vidas responde por omissão de socorro.

c) O surfista responde por homicídio doloso por omissão.

d) A conduta do surfista é atípica.

e) O surfista responde por homicídio culposo.

Resposta: a

5. (CAIP-IMES — Câmara Municipal de Atibaia-SP — Advogado — 2016) Complete


corretamente as frases abaixo assinalando a alternativa correta.

I. Configura-se o crime _____________, quando nele se reúnem todos os elementos


de sua definição legal.

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II. Configura-se o crime _____________, quando o agente quis o resultado ou


assumiu o risco de produzi-lo.

III. Configura o crime _____________, quando por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, a finalização e consumação do ato típico,
antijurídico e culpável é afetada.

IV. Configura-se o crime _____________, quando o agente deu causa ao resultado


por imprudência, negligência ou imperícia.

a) I. doloso; II. culposo. III. impossível; IV. consumado.

b) I. consumado; II. doloso; III. impossível; IV. culposo.

c) I. impossível; II. consumado; III. culposo; IV. doloso.

d) I. culposo, II. impossível, III. doloso; IV. consumado.

Resposta: b

6. (TCM/RJ — Auditor-Substituto de Conselheiro — FCC — 2015) A respeito da


relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que

a) o resultado, de que depende a existência do crime, só é imputável a quem lhe deu


causa.

b) não há fato típico decorrente de caso fortuito.

c) não há crime sem resultado.

d) a omissão também pode ser causa do resultado.

e) o Código Penal adotou a teoria da equivalência das condições.

Resposta: c

7. (181º Concurso de Ingresso à Magistratura/SP — 2007) A, decidido a matar B, sua


namorada, leva-a a passeio de barco. No decorrer deste, B tropeça num banco,
desequilibra-se, cai no lago e morre afogada, ante a inércia de A, que se abstém de
qualquer socorro, não obstante saber nadar, dispor de bote salva-vidas na
embarcação e não correr risco pessoal. Assinale a alternativa correta.

a) A deve responder por homicídio doloso por omissão.

b) A deve responder por homicídio culposo agravado pela omissão de socorro.

c) A não pode ser punido em decorrência da atipicidade da conduta.

d) A deve responder por crime de omissão de socorro, qualificado pela morte da


vítima.

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Resposta: d

8. (177º Concurso de Ingresso à Magistratura/SP — 2005) Paulo foi agente de


agressão violenta e dolosa contra Pedro, que em seguida veio a falecer. Mas, esse
resultado letal foi decorrente de caso fortuito. Nesse caso, é correto afirmar-se que
Paulo praticou crime de:

a) lesão corporal seguida de morte.

b) homicídio doloso.

c) homicídio culposo.

d) lesão corporal.

Resposta: d

9. (III Exame de Ordem Unificado – FGV) Pedro, não observando seu dever objetivo
de cuidado na condução de uma bicicleta, choca-se com um telefone público e o
destrói totalmente. Nesse caso, é correto afirmar que Pedro

A. deverá ser responsabilizado pelo crime de dano simples, somente.

B. deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, somente.

C. deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, sem prejuízo da


obrigação de reparar o dano causado.

D. não será responsabilizado penalmente.

Resposta: D

10. (XII Exame de Ordem Unificado – FGV) Wilson, competente professor de uma
autoescola, guia seu carro por uma avenida à beira-mar. No banco do carona está sua
noiva, Ivana. No meio do percurso, Wilson e Ivana começam a discutir: a moça
reclama da alta velocidade empreendida. Assustada, Ivana grita com Wilson, dizendo
que, se ele continuasse naquela velocidade, poderia facilmente perder o controle do
carro e atropelar alguém. Wilson, por sua vez, responde que Ivana deveria deixar de
ser medrosa e que nada aconteceria, pois se sua profissão era ensinar os outros a
dirigir, ninguém poderia ser mais competente do que ele na condução de um veículo.
Todavia, ao fazer uma curva, o automóvel derrapa na areia trazida para o asfalto por
conta dos ventos do litoral, o carro fica desgovernado e acaba ocorrendo o
atropelamento de uma pessoa que passava pelo local. A vítima do atropelamento
falece instantaneamente. Wilson e Ivana sofrem pequenas escoriações. Cumpre
destacar que a perícia feita no local constatou excesso de velocidade. Nesse sentido,
com base no caso narrado, é correto afirmar que, em relação à vítima do
atropelamento, Wilson agiu com

A. dolo direto.

B. dolo eventual.

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C. culpa consciente.

D. culpa inconsciente.

Resposta: c

11. (91º Concurso de Ingresso ao MPSP — 2015) São elementos do fato típico:

a) conduta, resultado, relação de causalidade e tipicidade.

b) conduta, resultado, relação de causalidade e culpabilidade.

c) conduta, resultado, antijuridicidade e culpabilidade.

d) conduta, resultado, nexo de causalidade e antijuridicidade.

e) conduta, relação de causalidade, antijuridicidade e tipicidade.

Resposta: a

12. São elementos do fato típico, exceto:

A. conduta.

B. resultado.

C. tipicidade.

D. nexo causal.

E. antijuricidade.

Resposta: e

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