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LEI N. 10.

826 DE 2003 –

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e


munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes
e dá outras providências.
DIVISÃO DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Parte Administrativa (Art. 1º ao Art. 11)


 Do sistema nacional de armas;
 Do registro de arma de fogo;
 Do porte de arma de fogo;

Parte Criminal (Art. 12 ao Art. 21) – Dos crimes e das penas.


Disposições Gerais ( Art. 22 ao Art. 34)
Disposições Finas (art. 35 ao Art. 37)
TÓPICOS DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO –

- Aspectos Lícitos; Legais; Permitidos;

1. CONCEITO INTRODUTÓRIOS;
2. SINARM x SIGMA;
3. POSSE;
4. PORTE;
CONCEITOS
INTRODUÓRIOS
OBJETOS MATERIAIS
DA LEI 10.826 DE 2003 –
São objetos materiais previstos no Estatuto do Desarmamento –
1. Armas de Fogo de uso permitido, restrito ou proibido;
2. Acessórios de uso permitido, restrito ou proibido;
3. Munição de uso permitido, restrito ou proibido;
4. Explosivo;
5. Incendiário;
Não são objetos materiais NÃO previstos no Estatuto do Desarmamento –
 
6. Armas de pressão;
7. Airsoft;
8. Gás de pimenta;
9. Taser;
10. Simulacro;
11. Arma de brinquedo;
12. Armas brancas;
DOS PRODUTOS CONTROLADOS –
Estatuto do Desarmamento – Classificação dos produtos controlados

Art. 23.  A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais
produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico
serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do
Comando do Exército.  (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

Autorização e fiscalização dos produtos controlados


Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do
Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de
trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Lista dos produtos controlados  -

Os PCE são classificados, quanto ao grau de restrição, da seguinte forma:


I - de uso proibido;
II - de uso restrito; ou
III - de uso permitido.
DIFERENÇA ENTRE ARMA DE USO PERMITIDO,
RESTRITO OU PROIBIDO;
1. Arma de uso permitido: arma cuja utilização é permitida a pessoas físicas em geral, bem como a
pessoas jurídicas, de acordo com a legislação normativa do Exército;

2. Arma de uso restrito: arma que só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por algumas
instituições de segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo
Exército, de acordo com legislação específica;

3. Arma de fogo de uso proibido:

a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais a
República Federativa do Brasil seja signatária; ou
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos;
SIMULACRO DE ARMA DE FOGO –
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas
e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao


adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército.
SISTEMAS DE CONTROLES
DE ARMAS DE FOGO
SINARM (SISTEMA NACIONAL DE ARMAS) –
1. É responsável pelo controle o controle, a aquisição e o registro de armas e munições da
população em geral;
2. O Sistema Nacional de Armas (SINARM) gerenciado pela Polícia Federal, é responsável pelo
controle de armas de fogo em poder da população.
3. Nesse sentido, o controle sobre o armamento envolve todas as possíveis situações em que este
possa se encontrar, desde a sua fabricação até sua destruição.
4. Tudo isso é armazenado em um banco de Dados, que tem por finalidade manter cadastro geral,
integrado e permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, bem
como o controle dos registros dessas armas.
SIGMA – O SISTEMA DE GERENCIAMENTO MILITAR DE ARMAS (SIGMA) –
1. É o banco de dados responsável por manter atualizado o cadastro das armas registradas
no Exército Brasileiro.
2. O Sigma, instituído no âmbito do Comando do Exército do Ministério da Defesa, manterá
cadastro nacional das armas de fogo importadas, produzidas e comercializadas no País que
não estejam previstas no art. 3º.
3. O Comando do Exército manterá o registro de proprietários de armas de fogo de
competência do Sigma.
DIFERENÇA ENTRE

POSSE DE ARMA DE FOGO E

PORTE DE ARMA DE FOGO.


POSSE PORTE
Regra Exceção
Intramuros Extramuros
autoriza o seu proprietário a manter a arma de Autoriza o proprietário a portar a arma além dos
fogo exclusivamente no interior de sua residência locais citados na posse;
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda,
no seu local de trabalho, desde que seja ele o
titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa

Certificado de Registro de Arma de Fogo Certificado de Registro de Arma de Fogo


+
Autorização de Porte
COMPETÊNCIA PARA AUTORIZAR
AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO

Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a
efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos
anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível
esta autorização.

Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas de


fogo de uso restrito.
DO CADASTRO DE ARMA DE FOGO

Estatuto do Desarmamento – SINARM –

Art. 2o Ao Sinarm compete:

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
SIGMA – Do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas 

§ 2º  Serão cadastradas no Sigma as armas de fogo:


I - institucionais, constantes de registros próprios:
a) das Forças Armadas;
b) das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal;
c) da Agência Brasileira de Inteligência; e
d) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
II - dos integrantes:

a) das Forças Armadas;


b) das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal;
c) da Agência Brasileira de Inteligência; e
d) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;

III - obsoletas;
IV - das representações diplomáticas; e
V - importadas ou adquiridas no País com a finalidade de servir como instrumento para a
realização de testes e avaliações técnicas.
ANÁLISE DOS DISPOSITIVOS LEGAIS DO
ESTATUTO DO DESARMAMENTO

(LEI N. 10.826 de 2003)


SINARM –

Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia
Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

Art. 2o Ao Sinarm compete:

I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;


Art. 3º, § 3º - A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a
venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da
arma e cópia dos documentos previstos neste artigo.
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela Polícia
Federal;

Compete à Polícia Federal autorizar o porte de Arma –


1. Estatuto do Desarmamento – Art. 6º, §5º - Caçador para subsistência;

2. Estatuto do Desarmamento – Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança
privada e de transporte de valores (...)

3. Estatuto do Desarmamento – Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores dos tribunais do Poder
Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Estados;
4. Estatuto do Desarmamento – Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências
suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de
segurança privada e de transporte de valores;
Responsabilidade da comunicação –
Art. 7º - § 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança privada e de transporte de
valores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das demais
sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições
que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 7º-A - § 5o  As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e
a comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
horas depois de ocorrido o fato.  (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Omissão de Cautela –
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que
seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à
Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e
importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições;

Estatuto do Desarmamento –

Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando
do Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o
registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
 
Do Registro de Arma de Fogo –

Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército,
na forma do regulamento desta Lei.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de
declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes


criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por
meios eletrônicos;                        (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

II – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma


de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
Art. 4º (...) § 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os
requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo
intransferível esta autorização.

Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência
ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.                      
(Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)

§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido
de autorização do Sinarm.
DO PORTE DE ARMA DE FOGO
Do Porte de Arma de Fogo –
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria e para:

Requisitos formais necessários para portar arma de fogo –

Para poder portar a arma de fogo, são necessários dois requisitos formais:

1. Arma seja registrada no nome do adquirente (art. 3º e 4º );


2. Autorização para portar arma de fogo no nome da pessoa

Assim, o Certificado de Registro de Arma de Fogo concede ao proprietário apenas direito à


posse da arma de fogo, nos termos do art. 5º.
DIREITO AO PORTE DE ARMA DE FOGO –
1. Porte Funcional - Art. 6º - Esse tem previsão no art. 6º, e é concede aqueles que estão
 
inseridos no respectivo dispositivo legal e preenchem os requisitos.
2. Porte na modalidade caçador para subsistência –
 
Art. 6º, § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva
necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
 
3. Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela
segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do
regulamento desta Lei, (...)

4. Porte Particular - Art. 10 - Nesse caso, excepcionalmente a Polícia Federal poderá conceder porte de
arma de fogo desde que o requerente demonstre a sua efetiva necessidade por exercício de atividade
profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física, além de atender as demais exigências do art. 10 da
Lei 10.826/03.
 
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é
de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
§ 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial
limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
 
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de
ameaça à sua integridade física;
 
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
 
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro
no órgão competente.
 
 
5. Outras exceções previstas em legislação própria - Outras leis poderão prever a
autorização para o porte de arma de fogo, como, por exemplo, as Leis Orgânicas da
Magistratura e dos MPs.
PORTE FUNCIONAL
I – os integrantes das Forças Armadas;

II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);
(Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)

III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios
com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)]
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000
(cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço

V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do


Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
da República;

VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
Constituição Federal;

VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes


das escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos
termos desta Lei;

IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas


atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento
desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental.

X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de


Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os
Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus
quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma
de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho
Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
PORTE DE ARMA DE FOGO DENTRO E FORA DE
SERVIÇO EM ÂMBITO NACIONAL-
I – os integrantes das Forças Armadas;
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da
Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República.
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
TERÃO DIREITO DE PORTAR ARMA DE FOGO DE PROPRIEDADE
PARTICULAR OU FORNECIDA PELA RESPECTIVA CORPORAÇÃO
OU INSTITUIÇÃO, MESMO FORA DE SERVIÇO, EM ÂMBITO
ESTADUAL -
III. os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais
de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições
 
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº
10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948) (Vide ADC 38)

Plenário garante porte de arma a todas as guardas municipais do país


Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que todos os
integrantes de guardas municipais do país tenham direito ao porte de armas de fogo,
independentemente do tamanho da população do município. Na sessão virtual concluída em
26/2, a Corte declarou inconstitucionais dispositivos do Estatuto de Desarmamento (Lei
10.826/2003) que proibiam ou restringiam o uso de armas de fogo de acordo com o número de
habitantes das cidades. (01/03/2021)
PORTE NA MODALIDADE CAÇADOR
PARA SUBSISTÊNCIA
 § 5o  Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:                 
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
I - documento de identificação pessoal;                    (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

II - comprovante de residência em área rural; e                      


(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

III - atestado de bons antecedentes.                      (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)


§ 6o  O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente
de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo
de arma de fogo de uso permitido.                     (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
 
AUTORIZAÇÃO DO PORTE DE
ARMA PARA OS RESPONSÁVEIS
PELA SEGURANÇA DE
CIDADÃOS ESTRANGEIROS
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os
responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao
Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte
de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes
estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
REGISTRO E A CONCESSÃO DE PORTE DE
TRÂNSITO DE ARMA DE FOGO PARA
COLECIONADORES, ATIRADORES E
CAÇADORES –
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis
pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do
Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de
trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes
estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
DOS CRIMES
(Art. 12 ao 21)
ESTRUTURA DA PARTE
CRIMINAL DO ESTATUTO DO
DESARMAMENTO
TIPO PENAL OBJETO MATERIAL PENA NATUREZA
HEDIONDA
Art. 12 – Posse irregular Arma de fogo, acessório e Detenção, de 1 (um) a 3
de arma de fogo de uso munição de uso (três) anos, e multa. NÃO É CRIME
permitido PERMITIDO HEDIONDO

Art. 13, caput –Omissão Arma de fogo de uso


de cautela PERMITIDO Detenção, de 1 (um) a 2 NÃO É CRIME
(dois) anos, e multa. HEDIONDO

Art. 13, parágrafo único – Arma de fogo, acessório e


Omissão na comunicação munição de uso Detenção, de 1 (um) a 2 NÃO É CRIME
de extravio de arma de PERMITIDO HEDIONDO
(dois) anos, e multa.
fogo
 
Art. 14 - Porte ilegal Arma de fogo, Reclusão, de 2 (dois)
de arma de fogo de acessório e munição a 4 (quatro) anos, e NÃO É CRIME
uso permitido de uso PERMITIDO multa. HEDIONDO

   

Art. 15 - Disparo de Arma de fogo e Reclusão, de 2 (dois)


arma de fogo munição a 4 (quatro) anos, e NÃO É CRIME
multa. HEDIONDO
 
 
Art. 16, Caput - Posse ou porte ilegal de Arma de fogo, acessório e munição de uso
arma de fogo de uso restrito RESTRITO
 

Art. 16, §1º - Condutas variadas Arma de fogo, acessório e munição de uso
  PERMITIDO E RESTRITO;
Explosivo e incendiário

Art. 16, §2º - Posse ou porte ilegal de arma Arma de fogo, acessório e munição de uso
de fogo de uso proibido PROIBIDO;
 
 
Art. 17 - Comércio Arma de fogo, Reclusão, de 6 CRIME
ilegal de arma de acessório e (seis) a 12 (doze) HEDIONDO
fogo munição de uso anos, e multa. 
PERMITIDO,
  RESTRITO E
PROIBIDO;
 
Art. 18 - Tráfico Arma de fogo, Reclusão, de 8 (oito) CRIME
internacional de acessório e munição a 16 (dezesseis) HEDIONDO
arma de fogo de uso anos, e multa.
PERMITIDO,
  RESTRITO E
PROIBIDO;
 
TIPO PENAL OBJETO MATERIAL PENA NATUREZA HEDIONDA
Art. 12 – Posse irregular de Arma de fogo, acessório e Detenção, de 1 (um) a 3 (três)
arma de fogo de uso permitido munição de uso PERMITIDO anos, e multa. NÃO É CRIME HEDIONDO

Art. 14 - Porte ilegal de arma de Arma de fogo, acessório e Reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
fogo de uso permitido munição de uso PERMITIDO anos, e multa. NÃO É CRIME HEDIONDO

   
Art. 16, Caput - Posse ou porte Arma de fogo, acessório e Reclusão, de 3 (três) a 6 (seis)
ilegal de arma de fogo de uso munição de uso RESTRITO anos, e multa. NÃO É CRIME HEDIONDO
restrito
 
 

Art. 16, §2º - Posse ou porte Arma de fogo, acessório e Reclusão, de 4 (quatro) a 12 CRIME HEDIONDO
ilegal de arma de fogo de uso munição de uso PROIBIDO; (doze) anos. 
proibido  

 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
 
DOS CRIMES
1. Bem Jurídico protegido –

STF - De acordo com o STF, “o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física, mas a segurança
pública e a paz social (...).” (HC 104.206/RS, 1.ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 26/08/2010).
STJ - Informativo 570 - “bem jurídico denominado incolumidade pública que, segundo a doutrina,
compreende o complexo de bens e interesses relativos à vida, à integridade corpórea e à saúde de todos e
de cada um dos indivíduos que compõem a sociedade.”

2. Sujeito passivo – Coletividade – Sujeito Passivo indeterminado – Crime vago;

3. Elemento subjetivo –

1. Dolo –
2. Culpa –
4. Competência – Justiça Estadual – Como os crimes previstos na Lei 10.826/03 não se encaixam em
nenhuma hipótese do art. 109, IX da CF/88, são de competência a Justiça Comum. Somente quando
ocorrer o crime de tráfico internacional (Art. 18), será de competência será da Justiça Federal, uma
vez que fere interesse da União Federal, por se tratar de fiscalização sobre a zona alfandegária.

5. Crime de perigo abstrato –


6. Crime de mera conduta –
7. Tipo penal preventivo – STJ – Informativo 493 – “
8. Objeto material – São objetos materiais previstos no Estatuto do Desarmamento:
 Armas de Fogo de uso permitido, restrito ou proibido;
 Acessórios de uso permitido, restrito ou proibido;
 Munição de uso permitido, restrito ou proibido;
 Explosivo –
 Incendiário –
9. ARMA BRANCA – LEI DE CONTRAVENÇÃO PENAL – STJ: O porte de arma branca é conduta
que permanece típica na Lei das Contravenções Penais –

10. Normal penal em branco heterogênea (“em sentido estrito” ou “própria) –

11. Arma quebrada – “Demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições
apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que detinha a posse do referido
artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em desacordo com a determinação
legal/regulamentar. (EREsp 1.005.300-RS, DJe 19/12/2013).
ARMA DE FOGO QUEBRADA
CONFIGURA CRIME?
ARMA QUEBRADA –

1. TOTALMENTE INAPTA PARA EFETUAR DISPAROS – Não é crime. Fato Atípico. Configura
crime Impossível.
“Demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser
reconhecida a atipicidade da conduta do agente que detinha a posse do referido artefato e das aludidas
munições de uso proibido, sem autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar.
(EREsp 1.005.300-RS, DJe 19/12/2013).
2. RELATIVAMENTE INAPTA PARA EFETUAR DISPAROS – É crime. Fato Típico. Não configura
crime Impossível.
POSSE IRREGULAR DE
ARMA DE FOGO DE
USO PERMITIDO (ART. 12)
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE
USO PERMITIDO (ART. 12)

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta,
ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
 
1. O que caracteriza o crime? Ausência do preenchimento dos requisitos do art. 4º do Estatuto do
Desarmamento.
2. Locais da prática do crime –

2.1. No interior de sua residência ou dependência desta –

2.2. No seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento
ou empresa –
 
3. Sujeito ativo –

1. Comum –

2. Próprio –
PORTE ILEGAL DE ARMA DE
FOGO DE USO PERMITIDO
(ART. 14)
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente.               (Vide Adin 3.112-1)
1. O que caracteriza o crime? Ausência do preenchimento dos requisitos do art. 4º do Estatuto do
Desarmamento e ausência da autorização do porte de arma de fogo.

2. Arma enterrada no quintal de casa - Verbo ocultar – STJ – (HABEAS CORPUS Nº 72.035 - MS; 09 de
outubro de 2007)
 
3. Porte de arma de fogo sem munição – Informativo 699 do STF e 493 do STJ –
 
4. Porte (art. 14) de munição sem arma de fogo – (STJ)
RECEPTAÇÃO E PORTE DE ARMA DE FOGO
DE USO PERMITIDO – STJ –

“É inaplicável o princípio da consunção entre os delitos de receptação e porte ilegal de arma de fogo, por
ser diversa a natureza jurídica desses tipos penais.” (AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.621.499 - RS;
Brasília, 17 de abril de 2018(Data do Julgamento)
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – PORTE
DE ARMA DE FOGO
1. Porte de Arma de Fogo sem munição – Arma desmuniciada –

2. Porte de Munição sem Arma de Fogo –


POSSE OU PORTE ILEGAL
DE ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO
(ART. 16)
Antes do Pacote Anticrime Depois do Pacote Anticrime
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito,
munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar: regulamentar:
Parágrafo único: Nas mesmas penas incorre quem: (...)  
   

Sem previsão de §2º - § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo


envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de
 
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (Incluído pela Lei
N. 13.964 de 2019)
Art. 16, Caput - Posse ou porte ilegal de Arma de fogo, acessório e munição de uso
arma de fogo de uso restrito RESTRITO
 

Art. 16, §1º - Condutas variadas Arma de fogo, acessório e munição de uso
  PERMITIDO E RESTRITO;
Explosivo e incendiário

Art. 16, §2º - Posse ou porte ilegal de arma Arma de fogo, acessório e munição de uso
de fogo de uso proibido PROIBIDO;
 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:      (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou


artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo


de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente; e

ECA – Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente arma, munição ou explosivo:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. 


Estatuto da Criança ou Adolescente Estatuto do Desarmamento
Art. 242 Art. 16, §1º, V
Art. 242. Vender, fornecer ainda que Art. 16. (...)
gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e
a criança ou adolescente arma, munição ou multa:
(...)
explosivo: § 1º Nas mesmas penas incorre quem:      
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Redação dada pela Lei nº 10.764, de V – vender, entregar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição
12.11.2003)
ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,
munição ou explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de


uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
JURISPRUDÊNCIAS
(STJ e STF)
ARMA DE FOGO NO
TÁXI OU CAMINHÃO
CONFIGURA POSSE OU PORTE?
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
5. Ora, conquanto o recorrente seja motorista de táxi e o utilize para sua atividade laboral, este não
pode ser considerado como a extensão do local de trabalho.
(STJ, SEXTA TURMA; Julgado em 20.05.2013; Relator Ministro OG FERNANDES)

STJ – O veículo utilizado profissionalmente não pode ser considerado local de trabalho para tipificar
a conduta como posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei n. 10.826/2003). (...)

O Min. Relator registrou que a expressão local de trabalho contida no art. 12 indica um lugar
determinado, não móvel, conhecido, sem alteração de endereço. Dessa forma, a referida expressão
não pode abranger todo e qualquer espaço por onde o caminhão transitar, pois tal circunstância está
sim no âmbito da conduta prevista como porte de arma de fogo. Precedente citado: HC 116.052-MG,
DJe 9/12/2008. REsp 1.219.901-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/4/2012.
PROFESSOR,
E O TRALLER?
STJ – O Min. Relator registrou que a expressão local de trabalho contida no art. 12 indica um lugar
determinado, não móvel, conhecido, sem alteração de endereço. Dessa forma, a referida expressão
não pode abranger todo e qualquer espaço por onde o caminhão transitar, pois tal circunstância está
sim no âmbito da conduta prevista como porte de arma de fogo. Precedente citado: HC 116.052-MG,
DJe 9/12/2008. REsp 1.219.901-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 24/4/2012.
PROFESSOR,
E O CIRCO?
PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA –
 
1. Posse de 01 MUNIÇÃO uso permitido sem arma de fogo (RHC 143.449/MS, j. 26/09/2017) –

2. Posse de 08 MUNIÇÕES uso permitido sem arma de fogo (Recurso especial 1.735.871; Decisão de
12 de junho de 2018) –

3. Posse de munição de uso restrito sem arma de fogo ((HC 154390; Terça-feira, 17 de abril de 2018) –
 
4. Posse de arma sem munição –
ARMA DE FOGO
SEM REGISTRO OU COM
REGISTRO VENCIDO –
1. Posse de arma de fogo de uso permitido com registro vencido – (STJ. 5ªTurma. HC 294.078/SP,
Rei. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/08/2014.) - STF – 05/2016 - (HC 133468 / MG
- 24) 

2. Posse de arma de fogo de uso permitido ou restrito sem registro – (RHC 70.141-RJ, Rel. Min.
Rogério Schietti Cruz, por unanimidade, julgado em 7/2/2017, DJe 16/2/2017.)
 
3.  Porte de arma de fogo de uso permitido com registro vencido (Informativo N. 671 do STJ) –
 
4. Porte ou posse de arma de fogo de uso restrito com registro vencido (Informativo N. 671 do
STJ) – (AgRg no AREsp 885.281-ES, 05 de Junho de 2020)
PORTE OU POSSE DE
VÁRIAS ARMAS DE FOGO
01. Posse ou Porte simultâneo de duas armas de fogo do mesmo tipo (permitido, restrito ou proibido)

Resposta – Crime único;

Fundamento: (AgRg no AgRg no REsp 1.547.489/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA
TURMA, Julgado em 28/06/2016, DJe 03/08/2016)

02. Posse ou Porte simultâneo de duas armas de fogo de tipos diferentes (permitido, restrito ou
proibido) –

Resposta – Vários crimes – Concurso de Crimes;

Fundamento: (HC n. 211.834/SP, Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 18/9/2013). (AgRg no REsp
1497670/GO, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 30/03/2017, DJe
07/04/2017). 2. Agravo regimental improvido." (AgRg no REsp 1664095/RS, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO,
SEXTA TURMA, julgado em 19/04/2018, DJe 02/05/2018)
OMISSÃO DE CAUTELA
(ART. 13)
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que
seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Classificação do crime

1. Núcleos do tipo –
2. Objeto material – Arma de fogo

 Contravenção Penal – Apoderamento de munição e arma branca –

Art. 19. (...) § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil
réis a um conto de réis, quem, possuindo arma ou munição:
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou
pessoa inexperiente em manejá-la.
3. Sujeito passivo – Menor de 18 anos e deficiência mental;

3.1. Deficiente físico - Fato Atípico -

4. Elemento subjetivo – Culpa –

Entregar dolosamente arma de fogo – Art. 16, §1º, V –


Art. 16 (...)
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente; e

5. Consumação – Com o simples apoderamento


6. Tentativa – Não é possível.
Omissão na comunicação da perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo
(art. 13, Parágrafo único)

Art. 13, Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois
de ocorrido o fato.
ART. 13, CAPUT ART. 13, PARÁGRAFO ÚNICO

Conduta omissiva Conduta omissiva

Omissão culposa Omissão dolosa

Arma de fogo Arma de fogo, acessório e munição

Pena de detenção, de 1 (um) a 2 (dois) Pena de detenção, de 1 (um) a 2 (dois)


anos, e multa. anos, e multa.
DISPARO DE ARMA DE
FOGO (ART. 15)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática
de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.  (Vide Adin 3.112-1)


CLASSIFICAÇÃO DO CRIME

1. Núcleo do tipo –
2. Local do crime –
3. Elemento Subjetivo –
4. Crime subsidiário –

5. Crime de perigo abstrato – Dispensa a comprovação de que a coletividade foi exposta ao perigo em
razão dos disparos. Vale destacar que quando o legislador exige a comprovação da exposição ao perigo, ele
o faz de forma expressa, citando, por exemplo, a expressão “expondo a perigo”, “causando perigo de
dano...”. Nesse sentido, STJ.

“(...). É assente na jurisprudência desta Corte Superior que o crime de disparo de arma de fogo é de perigo
abstrato, ou seja, não exige a demonstração de lesão ao bem jurídico protegido.” STJ - AgRg no AREsp
1077607 MA 2017/0078433-4 (STJ); Data de publicação: 30/06/2017.
COMÉRCIO ILEGAL DE
ARMA DE FOGO (ART. 17)
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Classificação do crime –

1. Autorização do Comando do Exército –

Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando
do Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o
registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.

2. Núcleo do tipo –
3. Objeto Material –
4. Elemento Subjetivo –
Agente policial disfarçado –

§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
TRÁFICO INTERNACIONAL DE
ARMA DE FOGO (ART. 18)
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título,
de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:

Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.      


(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Classificação do crime –
Autorização do Comando do Exército –

Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando do Exército
autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de
armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo
de colecionadores, atiradores e caçadores.

2. Núcleo do tipo –

3. Objeto Material –
4. Princípio da especialidade – O crime de tráfico internacional de arma de fogo é crime especial em relação aos
crimes de contrabando (art. 334 - A, CP) e facilitação de contrabando (art. 318, CP).

5. Explosivo ou incendiário – A importação ou exportação de explosivo ou incendiário incorre no crime do art.


334-A do CP, contrabando.

6. Crime de contrabando e importação de colete à prova de balas - Configura crime de contrabando a importação
de colete à prova de balas sem prévia autorização do Comando do Exército.
7. Tráfico internacional de munição e princípio da insignificância –

A 1ª Turma, por maioria, indeferiu habeas corpus em que se pretendia a aplicação do princípio da
insignificância para trancar ação penal instaurada contra o paciente, pela suposta prática do crime de
tráfico internacional de munição (Lei 10.826/2003, art. 18). HC 97.777/MS, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, 26.10.2010. (HC-97777)
 

STJ: É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem autorização da autoridade
competente, nos termos do art. 18 da Lei n. 10.826/2003, mesmo que o réu detenha o porte legal da arma,
em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta.

STJ: O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 18 da Lei
n. 10.826/03, é de perigo abstrato ou de mera conduta e visa a proteger a segurança pública e a paz
social.
STJ: Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de tráfico internacional de arma de fogo,
acessório ou munição, em razão do que dispõe o art. 109, inciso V, da Constituição Federal, haja vista
que este crime está inserido em tratado internacional de que o Brasil é signatário.

STJ: Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta
apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a internacionalidade da
ação.
AGENTE POLICIAL DISFARÇADO –

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório
ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA ESPECÍFICA
PARA OS CRIMES DOS ART. 17 E 18 –
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA PARA OS CRIMES
DOS ART. 14 E 18 –
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:     
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei;
ou      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.      


(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VEDAÇÃO À LIBERDADE PROVISÓRIA –
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória. 
(Vide Adin 3.112-1)

Inconstitucional –

"Insusceptibilidade de liberdade provisória quanto aos delitos elencados nos arts. 16, 17 e 18.
Inconstitucionalidade reconhecida, visto que o texto magno não autoriza a prisão ex lege, em face dos
princípios da presunção de inocência e da obrigatoriedade de fundamentação dos mandados de
prisão pela autoridade judiciária competente". (ADI 3112, DJe-131 25-10-2007)

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