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6 VITIMOLOGIA .................................................................................................. 21
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 INTELIGÊNCIA E COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTOS
Uma vez treinada, inteligência é o processo pelo qual é necessária para coletar,
analisar e fornecer informações relevantes para a segurança nacional aos tomadores
de decisão. É também um produto desse processo, a proteção desses processos e
informações por contra-espionagem e o desenho das operações de acordo com as
exigências das autoridades legítimas.
Inteligência que não pode ser implementada ou não oferece potencial para
ação futura é inútil. Uma boa inteligência não se limita a repetir informações de fontes.
Em vez disso, desenvolve uma variedade de materiais que nos dizem o que essas
informações significam e como elas afetam os tomadores de decisão.
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Inteligência é o produto que resulta da recolha, processamento, integração,
análise, avaliação e interpretação da informação disponível sobre países ou áreas
externas. Além disso, informações e conhecimento sobre um oponente são obtidos
por meio de observação, investigação, análise ou compreensão.
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investigação e à produção de conhecimentos.
IV - Inteligência Policial é o conjunto de ações que empregam técnicas
especiais de investigação, visando a confirmar evidências, indícios e a obter
conhecimentos sobre a atuação criminosa dissimulada e complexa, bem
como a identificação de redes e organizações que atuem no crime, de forma
a proporcionar um perfeito entendimento sobre a maneira de agir e operar,
ramificações, tendências e alcance de condutas criminosas.
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criminais (especialmente quanto à ação criminosa complexa), subsidia o
planejamento e a execução de outras ações, operações e investigações policiais,
estima a evolução da criminalidade ou serve para assessorar autoridades
governamentais na formulação de políticas de prevenção e combate à violência.
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(versus a necessidade de conhecer) para todos os dados, removendo-se a
propriedade pela agência da informação de inteligência
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da Presidência da República (GSI), ao qual a ABIN está vinculada, a “coordenação
das atividades de inteligência federal”.
O papel do órgão central do sistema também não está claramente definido, eis
que o inciso IX do art. 10 do Decreto nº 4.376, de 2002, a ABIN é responsável por
“representar o Sistema Brasileiro de Inteligência perante o órgão de controle externo
da atividade de inteligência”, ao passo que na Lei nº 9.883, de 1999, fora acrescido o
art. 9º-A, nos seguintes termos:
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O estabelecimento de subsistemas requer maior especialização por parte dos
órgãos do SISBIN. Para tal, é imprescindível definir um mandato claro, bem como o
âmbito de atuação e os seus limites para cada órgão e cada unidade que compõe o
sistema, para que um não interfira na esfera de atividade do outro.
Assim, apesar dos diferentes modelos de boas práticas no sentido de que deve
haver uma política nacional de inteligência com objetivos substanciais que podem ser
monitorados, fiscalizados e/ou controlados por comissões parlamentares
especializadas e outros órgãos não parlamentares que tenham independência, a ABIN
não segue uma Política Nacional de Inteligência, nem possui um Plano Nacional de
Inteligência, mas em última instância utiliza uma política de inteligência informal.
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federais e subsidiar a tomada de decisões nesta área”. É responsabilidade dos
integrantes, dentro de suas atribuições, identificar, monitorar e avaliar ameaças reais
ou potenciais à segurança pública e produzir conhecimentos e informações que
subsidiem medidas para neutralizar, encerrar e reprimir atividades criminosas de
qualquer natureza.
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geralmente estão em constante processo de evolução, sendo menos estudadas no
universo acadêmico.
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3.1 Fundamentos da atividade de Inteligência Policial Judiciária
3.2 Finalidade
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4 BANCO DE DADOS
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5 ESTATÍSTICA CRIMINAL
Como subtipo da cifra negra, Vale a pena mencionar a chamada cifra dourada,
isto é, crimes cometidos pela elite que não são divulgados ou investigados, tais crimes
de sonegação fiscal, as falências fraudulentas, a lavagem de dinheiro, os crimes
eleitorais etc.
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5.1 Cifra negra e Cifra dourada
A atividade de segurança pública no Brasil foi delegada aos Estados (art. 144
da CF), salvo os órgãos federais. Nesse sentido, cada ente federativo tem
competência para organizar suas polícias (civil e militar). É importante ressaltar que,
de acordo com o art. 23 do Código de Processo Penal a autoridade policial deve atuar
junto ao instituto de estatística na hora de denunciar os inquéritos policiais e
encaminhá-los aos tribunais para denunciar os dados sobre o crime e o autor do crime.
Dessa forma, a estatística oficial pode estar contaminada por alguns equívocos.
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Sabe-se que o aumento contínuo da criminalidade provoca indignação pública
e, o que é pior, descontentamento das autoridades judiciais e policiais, levando à
falência nacional perante a opinião pública. Como no Brasil, os institutos de estatística
são públicos (vinculados a Ministérios ou secretarias Estaduais), suas compilações
estão sempre sujeitas a pressões políticas e, portanto, a pretexto de suspeitas.
Por outro lado, deve-se observar que, além da manipulação, muitas infrações
penais são registradas incorretamente por omissões policiais, isto é, a taxa de
criminalidade é reduzida por um aumento no número de casos claros e uma
diminuição no número de casos oficialmente registrados.
Então haveria um duplo erro nos dados estatísticos oficiais: a cifra negra
(representado pela falta de dados sobre crimes de rua, como furto, roubo, estupro,
etc.) e a cifra dourada (sem registros de política, ambiental, corrupção, etc.).
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5.2 Técnicas de investigação da cifra negra
A maior parte das críticas à criminologia positivista tradicional tem sido contra
o fato de que os estudos estatísticos consideram apenas a população encarcerada.
Portanto, o maior erro foi atribuir a taxa real de crimes ao perpetrador “registrado”.
Coincidentemente, isso escapou à realidade sensível, pois inúmeros crimes não foram
denunciados e nem investigados por órgãos do governo.
Acentua, com severa crítica, Alessandro Baratta (apud CERVINI, 2002) que o
sistema só pode aplicar as penas criminais previstas na lei a uma porcentagem de
criminosos reais, que em média de todas as figuras criminais nas sociedades centrais
não ultrapassa um por cento.
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O crime do colarinho branco, por exemplo, não cria carreiras criminosas e não
estigmatiza seus perpetradores. O estigma do criminoso pode ser sentido no
criminoso pobre, o proletário crescendo em um ambiente hostil e precário,
desvinculado das condições econômicas e afetivas de inclusão social, se tornou um
adulto instável e marginalizado na comunidade.
Diante desse cenário, inúmeros estudos têm sido realizados para determinar a
verdadeira cifra negra de crimes, e os métodos utilizados são variados no sentido de
que o objetivo é reduzir ao máximo a taxa de erro.
Por outro lado, a investigação de vítimas de crime traz consigo outro aspecto,
pois geralmente envolve entrevistar pessoas que sofreram algum tipo de crime.
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sorte que esse método pode muitas vezes significar um exercício de revanchismo ou
retraimento (cúmplices).
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Neste contexto, faz sentido olhar para a taxa de criminalidade (vários fatores),
uma vez que fatores psicoevolucionários, criminais e de reabilitação (penitenciários)
devem ser levados em consideração.
6 VITIMOLOGIA
A vítima, que sofre uma infeliz consequência de suas próprias ações (suicídio),
as ações de outros (assassinato) e do acaso (acidente), esteve relegada a plano
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inferior desde a Escola Clássica (preocupava-se com o crime), passando pela Escola
Positiva (preocupava-se com o criminoso).
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6.2 Complexo criminógeno delinquente e vítima
7 CRIME ORGANIZADO
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internacional. A questão principal é como combater com eficácia a criminalidade
organizada.
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não sejam identificados - e sancionados - pelas autoridades estatais no momento da
identificação da organização criminosa, são causas comuns que caracterizam o alto
poder de intimidação do crime organizado.
A estrutura das quadrilhas criminosas visa não apenas criar uma cadeia de
comando, centralizar os lucros e manter o poder entre poucos, mas também a
existência/sobrevivência das organizações criminosas. Trata-se de questão
estratégica, há muito utilizada por diversos entes organizados.
No entanto, a experiência atual mostra que esta estrutura padrão nem sempre
é verificada na identificação de uma organização criminosa e pode haver várias
mudanças, da existência de mais de um chefe no topo da pirâmide ao surgimento de
um conselho, uma gestão com várias pessoas que dividem as funções de comando.
Como algumas das principais características das organizações criminosas a “relação
delas com a comunidade”, a divisão de territórios e as “conexões locais e
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internacionais”. A relação com a comunidade e a já mencionada divisão dos territórios
também é apresentada – ressaltadas pequenas diferenças no desenvolvimento dos
tópicos – por Baltazar Junior (2021) como características das organizações
criminosas.
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Um exemplo clássico de “crime sem vítimas” é a apropriação indébita de fundos
públicos, que acredita-se ser o pior crime cometido por organizações criminosas. E
um dos alicerces do nosso pensamento é justamente a falta de consciência social das
causas mediadoras dessa prática criminosa.
Fica evidente que uma distinção adequada deve ser feita, uma vez que o crime
organizado engloba os atos quadrilhas, bandos, associações criminosas e
organizações criminosas, enquanto estas – espécie do gênero – constituem, em
nosso entendimento, a expressão mais complexa do crime organizado.
Argumenta-se que o crime não é uma doença, mas um sério problema social
que precisa ser resolvido pela sociedade.
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Portanto, a prevenção do crime inclui atos e atos de dissuasão do perpetrador,
incluindo uma parte intimidante da pena aplicável ao delito em processo de
cometimento; mudança de espaços físicos e urbanos por meio de novos projetos
arquitetônicos, aumento da iluminação pública, etc. (neoecologismo e
neorretribucionismo), bem como atitudes visando impedir a reincidência (reinserção
social, fomento de oportunidades laborais etc.).
Art. 69. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
(BRASIL, 1940)
Por exemplo, o agente pode agir com o animus necandi, disparar um ou mais
tiros no seu inimigo que lhe causem a morte, a ação consiste no comportamento que
visa, em última instância, provocar a morte da vítima. Se o agente disparar vários tiros
para essa finalidade, cada um deles será considerado um elo na cadeia de
comportamento. Os disparos são, assim, atos que formam a conduta do agente. Não
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teríamos, no exemplo fornecido, várias ações de atirar, mas, sim, vários atos que
compõem a ação única de matar alguém.
Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis
ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. (BRASIL, 1940)
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verdade, a expressão concurso ideal denota a ausência de uma verdadeira
pluralidade de crimes e indica que mesmo quando se tenham concretizado várias
figuras, somente se há cometido um delito.
A Constituição Federal, por meio de seu art. 5º, inciso XLVII, proíbe
expressamente as penas ilimitadas, conforme já afirmamos no capítulo sobre o
princípio da limitação das penas.
Embora grande parte da sociedade não aceite essa hipótese influenciada pela
mídia, é possível e aconselhável integrar o condenado na sociedade da qual foi
retirado para cumprir a pena que lhe foi imposta por ter sido declarado culpado de um
crime.
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Independentemente da gravidade do crime, o condenado tem o direito de se
arrepender. Portanto, enquanto cumpre sua pena, ele deve lutar para voltar à
sociedade e tentar se tornar um cidadão útil. Caso fosse condenado à prisão perpétua,
estaríamos retirando-lhe o sopro de esperança que lhe resta para que pudesse voltar
a viver pacificamente com seus pares. A sociedade deve, a seu turno, perdoar o erro
cometido pelo condenado, facilitando a sua readaptação.
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode
ser superior a 30 (trinta) anos. (BRASIL, 1988)
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode
ser superior a 40 (quarenta) anos. (BRASIL, 2019)
Com base na redação do artigo acima, podemos nos fazer a seguinte pergunta:
Alguém pode ser condenado a mais de quarenta anos de prisão? Sim, visto que a
restrição do artigo diz respeito ao tempo de execução efetiva da pena e não à sua
aplicação ao condenado.
A unificação significa que o juiz deve retirar qualquer “gordura” que ultrapasse
o limite máximo para cumprimento da pena de trinta anos. Conforme o exemplo dado,
em que o agente foi condenado a trezentos anos de reclusão, deverá o julgador, para
fins de cumprimento de pena, desprezar duzentos e setenta anos, devendo o
condenado iniciar a execução de sua pena já unificada pelo limite máximo de trinta
anos.
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As condenações perdidas em cumprimento da pena cumprem outros fins, por
exemplo, para fazer cumprir os mandados de execução judicial que obtiveram com a
decisão final e definitiva sobre as condenações penais; se o acusado cometer novos
crimes, ele pode ser considerado um reincidente ou portador de maus antecedentes
etc.
De acordo com o art. 66, III, a, da Lei de Execução Penal, compete ao Juízo
das Execuções decidir sobre a soma ou unificação das penas.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CEPIK, Marco A. C. Espionagem e Ddemocracia: agilidade e transparência como
dilemas na institucionalização de serviços de inteligência. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
CERVINI, Raúl. Dos processos de descriminalização. 2 ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2002.
DI MAIO, Vincent. O segredo dos corpos. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017.
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PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual esquemático de Criminologia. 10 ed.
São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
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