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Lista de Exercícios
Questão 01
UFU – Janeiro/2001
A palavra Filosofia é resultado da composição em grego de duas outras: philo e sophia. A partir
do sentido desta composição e das características históricas que tornaram possível, na Grécia,
o uso de tal palavra, pode-se afirmar que:
a) Sólon, mesmo sendo legislador, pode ser incluído na lista dos filósofos, visto que ele era
dotado de um saber prático.
b) a palavra atribuída primeiramente a Parmênides, indica a posse de um saber divino e pleno,
tornando os homens verdadeiros deuses.
c) a Filosofia, como quer Aristóteles, é um saber técnico, possibilitando, pela posse ou não de
uma habilidade, tornar alguns homens os melhores.
d) a Filosofia, na definição de Pitágoras, indica que o homem não possui um saber, mas o
deseja, procurando a verdade por meio da observação.
Questão 02
UFU – Julho/2001
No poema Teogonia, as Musas aparecem ao poeta Hesíodo e dizem-lhe o seguinte:
“sabemos dizer muitas mentiras semelhantes aos fatos e sabemos, se queremos, dar a ouvir
verdades”. (vv.25-6)
Questão 03
UFU – Fevereiro/2003
“(...) Assim, a magia e a mitologia ocupam a imensa região exterior do desconhecido,
englobando o pequeno campo do conhecimento concreto comum. O sobrenatural está em todas
as partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento do sobrenatural que o homem acredita
possuir, não sendo da experiência direta comum, parece ser um conhecimento de ordem
diferente e superior. É uma revelação acessível apenas ao homem inspirado ou (como diziam
os gregos) “divino” - o mágico e o sacerdote, o poeta e o vidente”. CONFORD. F. M. Antes e Depois
de Sócrates. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes. 2004. pp. 14-15
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Professor Juliano Batista – Filosofia juliano.filosofia.ifmt@gmail.com
Questão 04
UEL – Vestibular/2003
“Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre
si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do
Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são
eles?” VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma
de conhecimento, assinale a alternativa correta.
Questão 05
UEL – Vestibular/2004
“Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe
que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado,
homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis
que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida.
As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente
acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de
como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo
agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” VERNANT, Jean-Pierre. As
origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no
começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural
e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da
totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
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Professor Juliano Batista – Filosofia juliano.filosofia.ifmt@gmail.com
Questão 06
UEL – Vestibular/2004
“Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é
fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que
deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o
que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.” OLIVA,
Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido
promovida pelos primeiros filósofos.
Questão 07
UEL – Vestibular/2005
Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
Questão 08
UEL – Vestibular/2006
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Professor Juliano Batista – Filosofia juliano.filosofia.ifmt@gmail.com
Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento
da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.
I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de iguais,
os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.
II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora,
espaço público onde os problemas da pólis eram debatidos.
III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de
fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.
IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a
contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional.
a) I e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
Questão 09
UEL – Transferência/2005
“[...] O que é a física’ não é uma questão física, ‘o que é a química’ não é uma questão química,
mas ‘o que é a filosofia’ já é uma questão filosófica – e talvez uma das características da questão
filosófica seja o fato de suas respostas, ou tentativas de respostas, jamais esgotarem a questão,
que permanece assim com sua força de questão, a convidar outras respostas e outras abordagens
possíveis”. IGLÉSIAS, Maura. O que é Filosofia e para que serve. In: REZENDE, Antonio. Curso de
Filosofia. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1992. p. 12.
Questão 10
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Professor Juliano Batista – Filosofia juliano.filosofia.ifmt@gmail.com
UFU – Julho/2003
“Funcionário da soberania ou louvador da nobreza guerreira, o poeta é sempre um “Mestre da
Verdade”. Sua “Verdade” é uma “Verdade” assertórica [afirmativa]: ninguém a contesta,
ninguém a contradiz. “Verdade” fundamental, diferente de nossa concepção tradicional,
Alétheia [Verdade] não é a concordância da proposição e de seu objeto, nem a concordância de
um juízo com outros juízos; ela não se opõe à “mentira”; não há o “verdadeiro” frente ao
“falso”. A única oposição significativa é a de Alétheia [Verdade] e de Léthe [Esquecimento].
Nesse nível de pensamento, se o poeta está verdadeiramente inspirado, se seu verbo se funda
sobre um dom de vidência, sua palavra tende a se identificar com a “Verdade”. DETIENNE,
Marcel. Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Trad. Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988,
p. 23.
O mito grego, se entendido como uma narrativa, era uma fala de origem divina enunciada, em
geral, por um poeta com uma determinada função. A partir desta perspectiva, analise o texto
acima e responda em que se fundamenta, a partir desta função do poeta grego, a diferença da
concepção de verdade mítica da nossa concepção, dado que esta esteja de acordo com o modelo
aristotélico de verdade.
GABARITO
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