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1. “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência
de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que
esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de
razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar
civilização ocidental.” (REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e Idade
Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)
3. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram
entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para
a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com
eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad.
de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser
uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.
4. As lendas sempre foram alicerces para os povos antigos. Os gregos, por exemplo,
tributavam suas origens aos heróis que protagonizam a poesia de Homero, e os romanos,
aos irmãos Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, eternizados no relato do historiador
Tito Livio.
Essas explicações lendárias:
6. “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu a totalidade do ser. Nada existe
que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, os mundos formam um universo
unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só
e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a
mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e
organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou
‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma
vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se
isolam e se reúnem” (VERNANT, Jean-Pierre. Asorigens do pensamento grego. Trad.
de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)
7. “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros
filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação
de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da
‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que
definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: a
invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter
sido promovida pelos primeiros filósofos.
Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o
nascimento da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.
I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo
de iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.
II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela
Ágora, espaço público onde os problemas da pólis eram debatidos.
III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função
ritualista de fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.
IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que
substituíram a contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do
pensar racional.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
10. “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a
serviço do seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações
empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no
modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na
observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do
mundo.” Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1995, p. 197.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na
Grécia, é correto afirmar:
a) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente
sob o influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
b) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma
nova forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.
c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma
gradual.
d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o
pensamento filosófico necessita do mito para se expressar.
e) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje
são objeto da pesquisa filosófica.
11. “A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água
é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la
a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e
enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido
o pensamento: ‘Tudo é um’. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em
comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo
mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o
primeiro filósofo grego”. Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-
Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural,
1999. p. 43.
12. “Os antigos, ou melhor, os antiquíssimos, (teólogos), transmitiram por tradição a nós
outros seus descendentes, na forma do mito, que os astros são Deuses e que o divino
abrange toda a natureza ... Costuma-se dizer que os Deuses têm forma humana, ou se
transformam em semelhantes a outros seres viventes ... Porém, pondo-se de lado tudo o
mais, e conservando-se o essencial, isto é, se acreditou que as substâncias primeiras eram
Deuses, poderia pensar-se que isto foi dito por inspiração divina ...”
(Aristóteles, Metafísica, XII, 8, 1074b, apud Mondolfo, O pensamento antigo, I, São
Paulo: Mestre Jou, 1964, p.13).
Com base nesse excerto e no seu conhecimento sobre a questão da origem da filosofia,
assinale o que for correto.
I- Antes de fazerem filosofia, os gregos já indagavam sobre a origem e a formação do
universo; e as respostas a esse problema eram oferecidas sob a forma de mito, isto é, por
meio de uma narrativa alegórica que descreve a origem ou a condição de alguma coisa,
reportando a um passado imemorial.
II - Na Teogonia, Hesíodo descreve a gênese do mundo coincidindo com o nascimento
dos deuses; as forças e os domínios cósmicos não surgem como pura natureza, mas sim
como divindades: Gaia é a Terra, Urano é o Céu, Cronos é o Tempo, aparecendo ora por
segregação, ora pela intervenção de Eros, princípio que aproxima os opostos.
III Os primeiros filósofos gregos buscaram descobrir o princípio (arché) originário de
todas as coisas, o elemento ou a substância constitutiva do universo; elaborando uma
cosmologia, não se contentavam com doutrinas divinamente inspiradas, mas tentavam
compreender racionalmente o cosmo.
IV- Os gregos foram pouco originais no exercício do pensamento crítico racional;
apropriaram-se das conquistas científicas e do patrimônio cultural de civilizações
orientais com mínimas alterações.
V- É tese hoje bastante aceita que o nascimento da filosofia na Grécia não foi um
“milagre” realizado por um povo privilegiado, mas a culminação de um processo lento,
tributário de um passado mítico, e influenciado por transformações políticas, econômicas
e sociais.
14. A tragédia grega teve seu auge entre os séculos VI e IV a.C. É a expressão de
profundas mudanças ocorridas na ordem sociopolítica e cultural dessa época. A mitologia
já não é a única forma de representação do mundo, mas rivaliza com a concepção
filosófica fundamentada na razão (lógos), e as leis de origem divina confrontam-se com
as leis escritas. A tragédia expressa os conflitos e os impasses em que se encontram não
apenas a pólis, mas também a alma (psyché) do homem grego.
Assinale o que for correto.
I- A tragédia grega criticava o povo, era uma arte elitista à qual só a aristocracia podia
assistir.
II- Ésquilo, ao escrever Prometeu Acorrentado, defende que todos os homens, inclusive
os escravos, fossem libertados da obrigatoriedade do trabalho, de forma que pudessem
gozar a vida no benefício do ócio e do prazer.
III- Aristóteles, na Poética, afirma que a tragédia nasceu de formas líricas como o
ditirambo, isto é, um canto coral em louvor a Dionísio, o deus do vinho.
IV Sófocles escreveu uma tragédia intitulada Édipo Rei, que trata do patricídio e da
prática do incesto, essa tragédia é utilizada por Sigmund Freud para elaborar a teoria do
complexo de Édipo na psicanálise.
V- É uma das características da tragédia grega representar a vontade e as ações humanas
tentando, em vão, escapar ao destino que impera sobre a vida do homem.
16. Aristóteles considera que só o homem é um animal político, porque somente ele é
dotado de linguagem na forma de palavra (lógos) e com ela pode exprimir o bem e o mal,
o justo e o injusto. O fato de os homens poderem estabelecer em comum esses valores é
o que torna possível a vida social e política.
Assinale o que for correto.
I- A retórica é a arte da eloquência, de bem falar e argumentar. Foi utilizada na
Antiguidade Clássica como um dos principais recursos da política.
II- Os sofistas desenvolveram e ensinaram a retórica como instrumentalização da
linguagem cujo objetivo era torná-la uma estratégia para vencer adversários nos embates
políticos.
III - Para os gregos antigos, a palavra mito (mythos) significa narrativa, é a palavra que
narra a origem dos deuses, do mundo, dos homens, da comunidade humana e da vida do
grupo social.
IV- A linguagem para os gregos antigos tem duas formas de expressão: o mythos e
o lógos. O mythos desenvolve a palavra mágica e encantatória; o lógos, a linguagem
como poder de conhecimento racional.
V- A obra filosófica de Platão é isenta de qualquer mito, é o que permite caracterizá-la
como sendo absolutamente racionalista.
18. “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada
dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que
existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por
correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para
trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os
habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa
além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”. (PLATÃO. A
República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).
Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale o que
for correto.
01) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana,
relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu
processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
02) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e
aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por
Platão em sua famosa teoria das Ideias.
04) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício
da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos
preconceitos.
08) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo
inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Idéias perfeitas, o segundo pelos
objetos físicos, que participam daquelas Idéias ou são suas cópias imperfeitas.
16) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da
caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo
que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar
a cidade.
19. O homem tem necessidade de conhecer e de explorar o meio em que vive. O senso
comum, o bom senso, a arte, a religião, a filosofia e a ciência são formas de saber que
auxiliam o homem a entender o mundo e a orientar suas ações.
Assinale o que for incorreto.
I- O senso comum é o conhecimento adquirido por exigências da vida cotidiana; fornece
condições para o agir, todavia é um conjunto de concepções fragmentadas, recebidas sem
crítica e, muitas vezes, incoerentes, tornando-se, assim, fonte de preconceitos.
II- O bom senso, ao contrário do senso comum, apresenta-se como uma elaboração
refletida e coerente do saber; em vez da aceitação cega de determinações alheias, pelo
bom senso o sujeito livre e crítico questiona os valores estabelecidos e decide pelo que
se revela mais sensato ou plausível.
III- A ciência caracteriza-se como um sistema de conhecimentos, expressos em
proposições gerais e objetivas sobre a realidade empírica; é um conhecimento construído
por um processo de raciocínio rigoroso e metodicamente conduzido, baseado na
experiência, permitindo explicar, prever e atuar sobre os fenômenos.
IV- Religião e filosofia são duas formas antagônicas de interpretação da realidade; a
filosofia, unicamente com o raciocínio lógico-formal, busca entender apenas o mundo
natural e o humano; a religião ocupa-se apenas da razão.
V- O conhecimento filosófico caracteriza-se como um saber elucidativo, crítico e
especulativo; como elucidativo, visa a esclarecer e a delimitar conceitos e problemas;
como crítico, nada aceita sem exame prévio e reflexão; como especulativo, assume a
atitude teórica e globalizadora, que envolve os problemas em uma visão total.
21. A origem da filosofia pode ser situada entre os séculos VI e V a.C. Considera-se que,
nessa época, as palavras filosofia e filósofo não existiam e só depois passam a significar
uma forma de postura e de leitura do mundo diferentes da que existia: a compreensão
mítica. Assim, o ponto de partida da reflexão filosófica pode ser identificado a partir das
pesquisas dos milésios Tales, Anaximandro e Anaxímenes. Eles se detiveram na
compreensão da realidade a partir de um conceito-chave, a saber:
a) Aletheia
b) Physis
c) Cosmos
d) Uno
e) Sóphos
22. Segundo Jean Pierre Vernant, "fornecer a razão de um fenômeno não pode mais
consistir em nomear o seu pai e sua mãe, em estabelecer a sua filiação. Se as realidades
naturais apresentam uma ordem regular, não pode ser porque, um belo dia, o deus
soberano, ao fim de seus combates, impôs-se às outras divindades como um monarca que
reparte em seu reino os encargos, as funções, como uma lei imanente à natureza e
presidindo, desde a origem à sua ordenação". Essa afirmação se refere à passagem do(a):
Com base no texto, é correto afirmar que a noção de physis, tal como empregada por
Aristóteles, compreende:
a) A disposição da ação humana, que ordena a natureza.
b) A finalidade ordenadora, que é inerente à própria natureza.
c) A ordem da natureza, que determina o hábito das ações humanas.
d) A origem da virtude articulada, segundo a necessidade da natureza.
e) A razão matemática, que assegura ordem à natureza.
De acordo com essa caracterização, é correto dizer que a função própria e universal
atribuída à justiça, no estado de direito, é
a) conceber e aplicar, de forma incondicional, ideias racionais com poder normativo positivo
e irrestrito.
b) instituir um ideal de liberdade moral que não existiria se não fossem os mecanismos
contidos nos sistemas jurídicos.
c) determinar, para as relações sociais, critérios legais tão universais e independentes que
possam valer por si mesmos.
d) promover, por meio de leis gerais, a reciprocidade entre as necessidades do Estado e as
de cada cidadão individualmente.
e) estabelecer a regência na relação mútua entre os homens, na medida em que isso seja
possível por meio de leis.
25. Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o
ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos.
Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de
que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de
Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
26. As discussões iniciais sobre Lógica foram organizadas por Aristóteles no texto
conhecido como “Organon”, onde o filósofo sistematiza e problematiza algumas das
afirmações que tinham sido feitas pelos pré-socráticos (Parmênides, Heráclito) e por
Platão. Sobre a lógica aristotélica é incorreto afirmar:
a) Aristóteles considera que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento,
tendo em vista posições contrárias de debatedores, e a escolha de uma opinião contra a
outra não garante chegar à essência da coisa investigada, por isso sugere a substituição da
dialética pela lógica.
b) Entre as principais diferenças que existem entre a lógica aristotélica e a dialética platônica
estão: a primeira é um instrumento para o conhecer que antecede o exercício do
pensamento e da linguagem; a segunda é um modo de conhecer e pressupõe a aplicação
imediata do pensamento e da linguagem.
c) A lógica aristotélica é um instrumento para trabalhar os contrários, e as contradições para
superá-los e chegar ao conhecimento da essência das coisas e da realidade.
d) A lógica aristotélica sistematiza alguns princípios e procedimentos que devem ser
empregados nos raciocínios para a produção de conhecimentos universais e necessários.
e) Contemporaneamente não se pode considerar a lógica aristotélica como plenamente
formal, tendo em vista que Aristóteles não afasta por completo os conteúdos pensados,
para ficar com formas vazias (como se faz na lógica puramente formal). Embora tenha
avançado no sentido da lógica formal, se comparada com a dialética platônica, que
dependia absolutamente do conteúdo dos juízos.
28. Nos livros II e III, Platão, através de Sócrates, discute sobre as artes no contexto
da educação dos guardiães. Já no livro X, ele trata de vários tipos de práticas
artísticas, que devem ser consideradas na cidade como um todo, não somente nas
instituições pedagógicas. Nesse último livro, Sócrates é duro ao afirmar que a poesia
(imitativa) deve ser inteiramente excluída da cidade (595a). Em que obra essa recusa
de Sócrates está registrada?
a) No diálogo “Banquete”, de Platão, em que Sócrates trata dos diversos tipos de arte.
b) No diálogo “Teeteto”, de Platão, em que Sócrates e esse personagem discutem sobre a
natureza da arte, especialmente da poesia.
c) No diálogo “Timeu”, de Platão, em que Sócrates discorre sobre o tema da arte,
reportando-se à natureza da pintura e da poesia.
d) No diálogo “Político”, de Platão, em que Sócrates apresenta a arte da política aos cidadãos
atenienses.
e) No diálogo “República”, de Platão, no qual Sócrates afirma que a poesia pode levar à
corrupção do caráter humano.
30. Platão foi um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental. Para ele,
a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida.
Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino
em busca do caminho de casa. Para tanto, deveria transpor os limites do corpo e
contemplar o inteligível. Assinale a alternativa correta.
a) A teoria das ideias não pode ser considerada uma chave de leitura aplicável a todo
pensamento platônico.
b) Como Sócrates, Platão desenvolveu uma ética racionalista que desconsiderava a vontade
como elemento fundamental entre os motivadores da ação. Ele acreditava que o
conhecimento do bem era suficiente para motivar a conduta de acordo com essa ideia
(agir bem).
c) Platão propõe um modelo de organização política da sociedade que pode ser considerado
estamental e antidemocrático. Para ele, o governo não deveria se pautar pelo princípio da
maioria. As almas têm natureza diversa, de acordo com sua composição, isso faz com que
os homens devam ser distribuídos de acordo com essa natureza, divididos em grupos
encarregados do governo, do controle e do abastecimento da polis.
d) Platão chamava o conhecimento da verdade de doxa e o contrapõe a uma outra forma de
conhecimento (inferior) denominada episteme.
e) Para Platão, a essência das coisas é dada a partir da análise de suas causas material e
final.
32. Na Grécia Antiga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes
e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas
durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o
a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou
sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às
leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas
informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento
foi transmitido, pode-se afirmar que sua filosofia
II. A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais
destacam-se a tirania e a oligarquia.
III. A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes,
porém, visa a
favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a
uma acepção demagógica.
IV. A democracia é a forma de governo mais conveniente para as cidades gregas,
justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comum.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.