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RE
ST
RI
ÇÃ
O
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APOSTILA
SO
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Lei
nº
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INTELIGÊNCIA POLICIAL 11
c/c
o
De
cre
to
Est
ad
ual
nº
15.
O sigilo deste conteúdo é protegido e controlado pela Lei nº 12.527 de 2011 c/c o Decreto Nº 15.188, de 22 18
de maio de 2013. A divulgação, revelação, fornecimento, utilização ou reprodução de seu conteúdo sem a 8
de
devida autorização, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acessos 20
13.
indevidos, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais, civis e administrativas.
APRESENTAÇÃO
O órgão responsável pelo gerenciamento e administração dos dados gerados pela inteligência
é a Diretoria de Inteligência (DIPM/PMPI), através da gestão da informação.
2
determinado fato ou fenômeno. Por meio dela resolvemos problemas e tomamos decisões, pois o
seu uso racional é base do conhecimento. Podemos dizer também que informação é descrito como
dados estruturados, organizados e processados, apresentados dentro do contexto, o que torna
relevante e útil para a pessoa que o deseja. A informação tornou-se uma necessidade crescente
para qualquer setor da atividade humana e é indispensável mesmo que a procura não seja ordenada
ou sistemática, mas resultante apenas de
Inteligência (DIPM/PMPI), órgão de mais alto nível, no que tange as informações e ao serviço RE
ST
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de Inteligência da estrutura da Polícia Militar do Piauí, cabendo-lhe orientar, coordenar e ÇÃ
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DE
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decisões intuitivas. Nesse mister, não podemos nos refutar em apresentar a Diretoria de ES
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supervisionar todas as atividades de Inteligência e Contrainteligência dentro da orientação nº
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fixada pelo Comando Geral. É o órgão consultivo e de operações para a orientação superior, 7
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responsável pela realização de levantamento, acompanhamento, estudos e pesquisas em 11
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nível estratégico, tático e operacional da Polícia Militar. Exerce o assessoramento, o De
cre
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acompanhamento e a manifestação em assuntos relevantes da Corporação, extensivo ao Est
ad
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estudo da criminalidade, através da análise operacional quando na aplicação do Policiamento nº
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DE
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
IP/
CE
P/
C
FS
D
/P
M
PI
-
➢ Criar condições para que o Oficial PM possa ampliar conhecimentos para identificar na Gestão da
Informação os princípios norteadores dos direitos humanos, visando assegurar as garantias constitucionais e
fundamentais, protegendo dados e informações de cunho pessoal e evitando a
exposição desnecessária de indivíduos; desenvolver e exercitar habilidades para utilizar tecnologias e técnicas
de inteligência e de levantamento de informações: coleta, extração, processamento, mapeamento, formulação
RE
de relatórios/consultas e análise dedados. ST
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ÇÃ
➢ Fortalecer atitudes para perceber as mudanças sociais e suas repercussões no âmbito da sociedade O
DE
frente ao fluxo de informações impostas e disponíveis, suas vantagens e desvantagens que influenciam AC
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na sua atividade. SO
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nº
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Ao final da disciplina: 7
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Conhecer os aspectos introdutórios e históricos da Inteligência de Segurança Pública; 11
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Compreender os fundamentos doutrinários da Atividade de Inteligência de Segurança ad
ual
Pública; nº
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Entender/compreender a Metodologia da Produção do Conhecimento, as Ações de
Inteligência e as técnicas empregadas nas operações de Inteligência comumente
utilizadas para a busca de um dado negado;
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
A Disciplina de ISP, está dividida nos seguintes Módulos:
MÓDULO 04 – Inteligência
MÓDULO 06 – Contrainteligência
SUMÁRIO
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA ATIVIDADE DE INTELIGENCIA
Finalidades .............................................................................................................................................. 18
Vantagens ................................................................................................................................................. 22
Características .......................................................................................................................................... 22
Princípios .................................................................................................................................................. 25
Valores ...................................................................................................................................................... 27
Ramos ...................................................................................................................................................... 28
Ações de busca.................................................................................................................................. 32
Processamento ...................................................................................................................................... 32
ANEXOS ...................................................................................................................................................... 59
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
A Atividade de Inteligência faz parte do contexto da história das sociedades, pois a busca da
informação e do conhecimento remontam aos primórdios da civilização na busca de sua
sobrevivência, segurança e poder. A acepção de Inteligência aqui exposta extrapola aquela referente
à capacidade intelectiva de cada ser, mas compreende um conjunto de informações potencialmente
úteis para a vida em coletividade.
Não resta dúvida que a Inteligência é vista como área de interesse para qualquer
organização no mundo dos negócios, assuntos públicos ou privados. A Inteligência mostra-se como
importante instrumento do Estado, pois é através dela que governos podem e devem pautar-se nas
suas ações decisórias, notadamente no tocante à defesa dos interesses da sociedade e do próprio
Estado.
Existe uma origem mitológica da Inteligência segundo a qual Argus, que suplantou a
hegemonia de Micenas, por volta do século XII a.C, protegeu de diversas maneiras suas mensagens
enquanto vivo e criou uma rede eficaz de espiões, tornou-se o pai da Inteligência. Após seu
falecimento, tornou-se um semideus, e há diversas versões para sua “pós-morte”. Alguns vocábulos
vindos de Argus são comuns à Inteligência: arguto, argúcia, argumento, argüir, etc. (REVISTA ABIN,
2005, p. 85)
Na Roma Antiga, era comum a presença de espiões atrás das cortinas para
ouvir segredos. Antes do século II esta potência não possuía um corpo diplomático.
Para resolver problemas, enviava ao exterior pequenas missões que agiam em nome
do governo, tornando-se, posteriormente, embaixadas permanentes: muitos membros
prestaram-se ao serviço de espionagem.
Ainda nas Escrituras Sagradas outros trechos, como na passagem que trata da prostituta
Raab, que dá abrigo a dois “agentes”: “Josué, filho de Num, enviou de Shittim, dois espiões para
operar secretamente em Jericó: “Vão ver a Terra de Jericó”. Livro de Josué, Capítulo 2).
Nos estudos estratégicos do general chinês Sun Tzu, o livro a “Arte da Guerra” destaca os
papéis dos diferentes tipos de profissionais que tinham o objetivo de conseguir conhecimento
avançado sobre dificuldades do terreno, planos do inimigo, movimentações e estado de espírito
das tropas. É bastante antiga a percepção da necessidade de informações para uma melhor
tomada de decisão. A Arte da Guerra, obra elaborada por volta de 500 anos antes de Cristo, já
abordava a necessidade do emprego da Inteligência.
Sun Tzu em seu livro relata algumas estratégias importantes tanto para nossa vida pessoal
como profissional e para as organizações. Se fizermos uma analogia com as palavras e lições mais
importantes desses conceitos com o que Sun Tzu escrevera em seu livro, poderemos notar que o
mesmo também já atribuía essas ferramentas de Inteligência na guerra, sendo elas:
“O verdadeiro mérito é planejar secretamente, deslocar-se sub-repticiamente,
frustrar as intenções do inimigo e impedir seus planos, de maneira que, finalmente, o
dia possa ser ganho sem o derramar de uma gota de sangue.” (Estratégia e
planejamento)
“O general que vence uma batalha, fez muitos cálculos no seu templo, antes de
ser travado o combate. O general que perde uma batalha fez poucos cálculos antes.
Portanto, fazer muitos cálculos conduz à vitória e poucos, à derrota; até onde mais,
levará a falta de cálculo! È graças a esse ponto que posso prever quem, provavelmente,
vencerá ou perderá.” (Coleta de dados e análise de informações)
“Se conhecermos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos temer o resultado
de uma centena de combates. Se nos conhecermos, mas não o inimigo, para cada
vitória, sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao nosso inimigo,
sucumbiremos em todas as batalhas.” (Busca de informações gerais)
Os espiões são os elementos mais importantes de uma guerra [...] Se você
conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem
batalhas. (Agentes de Inteligência – Elemento de Operações)
Dessa maneira, apenas o governante esclarecido e o general criterioso usarão
as mais dotadas Inteligências do exército para fins de Inteligência, obtendo, dessa
forma, grandes resultados. (Integração Operacional)
Com o fim da guerra fria que os países ocidentais passaram a dar especial atenção a
necessidade de se produzir conhecimentos também no âmbito interno, haja vista o crescente
aumento da violência, do narcotráfico, tráfico de armas, corrupção e outros crimes conexos.
INTELIGÊNCIA NO BRASIL
[...] E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo
disseram os navios pequenos que chegaram primeiro ... (Trecho Extraído do documento
original)
Cabe destacar que a importância histórica das Atividades de Inteligência recai na necessidade
de proteção e desenvolvimento das sociedades, em que sistemas nacionais de inteligência foram
desenvolvidos para o exercício de funções coercitivas que diziam respeito a questões de guerra,
diplomacia, manutenção da ordem interna e, mais tarde, também do policiamento e da manutenção
da ordem pública interna.
Em suas origens (no Brasil), a atuação da Inteligência era orientada para atender à polícia
política e prestar assessoramento aos Governos, o que ocorreu inicialmente com o advento do
Conselho de Defesa Nacional (CDN), mediante o Decreto nº. 17.999, de 29 de novembro de 1927,
órgão diretamente subordinado ao Presidente da República e constituído por todos os Ministros de
Estado e os Chefes dos Estados-Maiores da Marinha e do Exército, o qual teve como objetivo inicial
o controle dos opositores ao regime então vigente, ou seja, numa perspectiva que se alinhava com a
concepção de Inteligência clássica ou de Estado.
CDN
SFICI
No ano de 1946, o governo brasileiro, tendo como Presidente o General Eurico Gaspar Dutra,
cria o Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI), oficialmente o primeiro
“serviço secreto” brasileiro, com atribuições e coordenações típicas de “informações” e
“contrainformações” institucionalizado por um diploma legal e que tinha como finalidade o tratamento
das informações no Brasil. Entretanto, somente em 1956 (Inteligência oficialmente criada no Brasil),
durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek, o SFICI passa a existir de fato, apesar de
existir no papel desde o mandato de Eurico Gaspar Dutra. O serviço fora criado para alimentar com
dados sobre "ideologias extremistas" o Conselho de Segurança Nacional. Juscelino o instituiu
pressionado pelo governo estadunidense (através de seu secretário de estado John Foster Dulles) e
pelos militares (principalmente os diretores da Escola Superior de Guerra), ambos temendo a
SNI
O Serviço Nacional de Informações (SNI) foi criado pela lei nº 4.341 em 13 de junho de 1964
com o objetivo de supervisionar e coordenar as atividades de informações e contrainformações no
Brasil e exterior. Em função de sua criação, foram absorvidos o Serviço Federal de Informações e
Contra-Informações (SFICI-1958) e a Junta Coordenadora de Informações (JCI-1959). Diz-se que o
SNI era a espinha dorsal do controle totalitário do regime. Embora houvesse uma polícia secreta no
Brasil desde a era Vargas, a participação militar aumentou sua importância com a criação do SNI.
Ele se desenvolveu a partir do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), que Golbery tinha
estabelecido para minar o governo anterior de João Goulart. Na teoria, o SNI supervisionou e
coordenou as agências de Inteligência das três
Forças Armadas, mas na prática as agências do serviço mantiveram sua autonomia. A influência do
SNI pode ser medida pelo fato de que importantes presidentes do período, como Médici e Figueiredo,
foram diretores do órgão.
DI
No primeiro dia de seu mandato, Collor dissolveu o Serviço Nacional de Informações para
criar seu próprio serviço (já havia sido promessa de campanha). Apesar do longo histórico de ações
ilegais do SNI, o que o levou a ser extinto foi a inimizade entre Collor e seu diretor, o general Ivan de
Souza Mendes. O general havia se recusado a receber Collor quando este ainda era candidato,
porque no dia anterior ele fizera várias críticas e acusações contra o então presidente José Sarney.
Depois desse episódio, passou a fazer parte da agenda de Collor o fechamento do Serviço.
Junto do novo serviço de Inteligência (o DI) veio a promessa de Collor de que ele não
investigaria cidadãos brasileiros, sendo dedicado À vigilância exterior através de Inteligência e
SSI
Os serviços de Inteligência pós-abertura ainda eram formados basicamente por pessoas que
atuaram durante o regime militar. Por isso a linha de pensamento dos mesmos permanecia
conservadora. Para um serviço criado nesses moldes era inadmissível a contratação de funcionários
livre de qualquer triagem ideológica. Mas esse modus operandi era proibido pela Constituição de
1988, que exigia concurso público como critério principal para a contratação da maioria dos
servidores.
A Subsecretaria resistiu à contratação por concurso por cinco anos, durante os quais não se
contratou nenhum agente de campo ou analista de informações. Finalmente, em 1994, o concurso
foi realizado. Os pré-requisitos para a inscrição eram curso superior completo e conhecimento de
uma língua estrangeira. Os funcionários contratados dessa forma, entretanto, eram relegados à
serviços menores no setor de análise de informação. Além disso, os concursados precisavam passar
no mínimo nessa área antes de poderem tornar-se agentes de campo.
ABIN
A área de atuação da ABIN é definida pela Política Nacional de Inteligência, definida pelo
Congresso Nacional de acordo com os focos indicados pelo Poder Executivo Federal como de
interesse do país. A ABIN é o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
Figura 1 https://www.gov.br/abin/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/historico
O SISBIN tem como objetivo integrar as ações de planejamento e execução das atividades
de Inteligência do país, com vistas a subsidiar o Presidente da República nos assuntos de interesse
nacional. É responsável pelo processo de obtenção e análise de dados e informações e pela
produção e difusão de conhecimentos necessários ao PROCESSO DECISÓRIO do Poder
Executivo, em especial no tocante à segurança da sociedade e do Estado, bem como pela
salvaguarda de assuntos sigilosos de interesse nacional.
Art. 2º. Para os efeitos deste Decreto, entende-se como Inteligência a atividade
de obtenção e análise de dados e informações e de produção e difusão de
conhecimentos, dentro e fora do território nacional, relativos a fatos e situações de
imediata ou potencial influência sobre o processo decisório, a ação governamental, a
salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.
A referida lei criou a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), e destacou-a como órgão
central do SISBIN, diretamente subordinado à Presidência da República, através do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI).
O §2º do Art. 2º do Decreto 3.695/2000 cita que os órgãos de inteligência dos Estados e
do Distrito Federal poderão compor o SISP desde que mediante ajustes específicos e convênios.
Módulo 02
A Inteligência e a investigação apresentam diversos pontos congruentes e, por vezes,
indissociáveis, como os dados e conhecimentos que subsidiarão ambas as atividades. Entretanto,
há também importantes diferenças conceituais que devem ser compreendidas.
FINALIDADES
A atividade de inteligência é trabalho proativo. Age mesmo antes da ocorrência das infrações
penais. A investigação é eminentemente reativa. Pois, atua após a ocorrência do crime ou
contravenção penal.
Investigação, tem caráter finalístico.
A investigação criminal produz provas buscando a verdade real. É legítima na medida em que
fá-lo respeitando o limite intransponível dos direitos e garantias individuais.
Ensina Correali que, a Atividade de Inteligência deve produzir evidências sobre os fatos.
Pode-se afirmar que, de alguma forma, a atividade de Inteligência trabalha com as causa do
crime. Ressalte-se, no sentido de conhecê-las, assessorando os órgãos com competência
decisória.
A investigação criminal, atua precipuamente com os efeitos do delito.
Inteligência é produção de conhecimento para auxiliar a decisão. É quase como uma
assessoria administrativa. Ela não é uma instância executora. Levanta dados, informes,
produz um conhecimento.
Nesse módulo o conceito de Inteligência de Segurança Pública, com base nos ensinamentos
da Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP). Ainda, serão apresentados
outros conceitos de Inteligência, para que possa contribuir com os estudos dessa atividade.
Terminologicamente, Cepik (2003, p. 27-29) afirma que: “Inteligência, em uma definição ampla,
é toda informação coletada, organizada ou analisada para atender as demandas de um tomador
de decisão qualquer.”
A atual concepção da estrutura de Inteligência do país tem uma compleição que vai ao
encontro de uma perspectiva interdisciplinar, multifacetada e sistêmica, pois a recém-criada Política
Nacional de Inteligência, cujas bases encontram assento na Doutrina Nacional de Inteligência de
Segurança Pública – DNISP procura integrar as estruturas ao Sistema Brasileiro de Inteligência, que
é composto por vários órgãos da Administração Pública e conta com a colaboração de setores
privados e do Subsistema de Segurança Pública, sob bases que envolvem a cooperação e a
integração dos bancos de dados, para que a Gestão do Conhecimento na esfera de segurança
pública seja mais rápida e segura.
FINALIDADES DA ISP
VANTAGENS
CARACTERÍSTICAS
02. ASSESSORIA é a característica da ISP que a qualifica, não como órgão de linha, de
execução, mas como um órgão de "staff", de assessoria, de serviço, produzindo
conhecimentos para o processo decisório dos usuários e planejadores. Atua,
somente, como coleta e busca de dados, mas não no aproveitamento direto dos
conhecimentos produzidos. A ISP não substitui o órgão de execução, mas deverá estar
sempre diretamente ligada a um chefe, para quem será um permanente e decisivo
instrumento para sua decisão.
03. VERDADE COM SIGNIFICADO é a característica da ISP que a torna uma produtora
de conhecimentos precisos, objetivos, úteis e imparciais, de tal modo que
consiga expressar as intenções, óbvias ou subentendidas, das pessoas e alvos
envolvidos ou, mesmo, as possíveis ou prováveis consequências dos fatos
relatados. A maior ou menor precisão desse conhecimento será atingida pela
persistente busca da verdade, mas não uma verdade científica e nem uma verdade
filosófica, nas quais ora os fins ora os caminhos são os objetivos mais importantes. Para
a ISP, a "simples" verdade não é o mais importante. "Fatos nada significam", afirma
Washington Platt, referindo-se a que a Inteligência deve ir além da busca da "mera"
verdade e da simples comprovação dos fatos. Ela deve conseguir conhecimentos
imparciais, oportunos, seguros, devidamente avaliados, e sempre com seus
significados e suas intenções. A busca da "verdade significativa" é o objeto da ISP.
04. BUSCA DE DADOS é a característica pela qual a ISP deve desenvolver-se e atuar em
um universo antagônico, no qual os dados encontram-se, invariavelmente,
protegidos e/ou negados. Atualmente, muitos dados podem ser encontrados com um
simples navegar pela Internet ou com a coleta dos dados cadastrados nos órgãos e
instituições oficiais (cerca de 80% podem ser assim obtidos), uma das características
marcantes da atividade de ISP é que ela tem que circular em ambientes hostis, nos
quais os alvos procuram abrigar-se e proteger os dados que os possam comprometer.
06. ECONOMIA DE MEIOS é a característica da ISP que permite otimizar a utilização dos
recursos humanos e materiais disponíveis, proporcionada pela produção de
conhecimentos objetivos, precisos e oportunos.
10. SEGURANÇA é a característica da ISP que visa garantir, não só o seu próprio
funcionamento, como, também, assegurar a proteção do conhecimento, em todas as
fases de sua produção, de forma a que o seu acesso seja limitado apenas a pessoas
credenciadas e com necessidade de conhecê-lo (compartimentação). Deverão ser
adotadas medidas de salvaguarda, a fim de garantir a produção e a difusão sem
vazamentos. Os princípios do controle, da compartimentação e do sigilo devem estar
sempre presentes. A balança "Eficácia x Segurança" deverá ser sempre pesada e
avaliada pelos chefes e pelos agentes.
PRINCÍPIOS
01. PRECISÃO: impõe que o conhecimento produzido na ISP deve ser verdadeiro, com a
veracidade bem avaliada, significativo e útil. Um conhecimento impreciso, com fatos,
datas, horas, nomes e locais incorretos, poderá causar decisões equivocadas e, muitas
vezes, danosas.
pela consciência moral. O homem de dever é aquele que faz o que lhe compete,
simplesmente porque é seu dever, sem preocupar-se com as consequências, pois, se
as tomasse em consideração, já não agiria por dever, mas sim por interesse”. Só um
conhecimento imparcial poderá trazer credibilidade à AI.
06. AMPLITUDE: recomenda que o conhecimento produzido deva ser o mais completo
possível, levando-se em consideração tudo que se relaciona com o fato ou
situação. Entretanto, deve-se observar e respeitar os princípios da objetividade e da
oportunidade.
se que um bom analista só será conseguido depois de anos e anos de prática de campo
(operações) e, mesmo assim, depois de mais alguns anos no exercício dos meandros
da produção do conhecimento. A permanência na função, sem constantes
rotatividades, deverá sempre ser buscada.
VALORES
Nunca poderá ser esquecido que a sociedade e as instituições deverão estar, sempre, acima
do homem. E todos aqueles que trabalham em ISP devem estar bem cientes e conscientes dessa
assertiva.
RAMOS
Ambos os ramos devem ser compreendidos como indissoluvelmente ligados; são partes
de um todo, não possuindo limites precisos, uma vez que se interpenetram, se interrelacionam e se
interdependem.
NÍVEIS DE ASSESSORAMENTO
A Inteligência de Segurança Pública (ISP) assessora o processo decisório, por meio da
produção de conhecimentos, nos seguintes níveis:
A DNISP orienta, ainda, que os profissionais de ISP, como regra geral, NÃO EXECUTEM
AÇÕES OSTENSIVAS, PRISÕES OU FLAGRANTES, visando preservar a segurança de seus
integrantes e garantir o sigilo e a compartimentação. Tais ações ostensivas ficam a cargo de
equipes policiais especialmente designadas para o seu cumprimento.
5. TEMPO: é o fator funciona como parâmetro. Somente é possível produzir conhecimentos sobre
fatos ou situações PASSADAS, PRESENTES, ou, ainda sobre seus FUTUROS
desdobramentos.
TIPOS DE CONHECIMENTO
A Doutrina de ISP preconiza uma diferenciação dos tipos de conhecimentos produzidos. Esta
diferenciação resulta a partir da definição dos fatores vistos anteriormente. São eles:
Estado da Mente, Trabalho Intelectual e o Tempo.
Dúvida
INFORMAÇÃO Certeza Raciocínio Passado
Presente
USUÁRIO INTERPRETAÇÃO
ACIONAMENTO DO ELEMENTO DE
OPERAÇÕES
FINALIDADE
ASPECTOS ESSENCIAIS
MEDIDAS DE SEGURANÇA
MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS
Organograma 1 Fonte: Elaborado e adaptado pelo professor e tutor do Ministério da Justiça e Segurança Pública Renato Pires Moreira, Especialista
em Inteligência de Estado e Inteligência de Segurança Pública. Belo Horizonte, 2015.
PLANEJAMENTO
A Reunião de Dados e/ou Conhecimentos, é a etapa em que se procura obter dados e/ou
conhecimentos que respondam e/ou complementem os aspectos essenciais a conhecer.
AÇÕES DE BUSCA: São todos os procedimentos realizados pelo Elemento de Operações (ELO)
de uma AI, envolvendo ambos os ramos da ISP, a fim de reunir dados protegidos e/ou negados
em um universo antagônico.
PROCESSAMENTO
COMPETÊNCIA 1. A fonte está habilitada a perceber e transmitir 1. Atributos pessoais da fonte para
o dado? perceber, memorizar e descrever o fato ou a
2. A localização da fonte permite perceber osituação (experiência relativa ao assunto).
fato ou a situação que descreve?
2. Localização da fonte, condições do
horário e local da observação.
Observa-se que a DNISP adotou o mesmo critério que o Manual Técnico de Produção do
Conhecimento de Inteligência do Exército Brasileiro para o julgamento da fonte. Todavia, a doutrina
militar foi além e detalhou as questões que podem ser consideradas na tarefa de avaliação,
orientando assim o trabalho do avaliador.
IMPORTANTE!
É necessário que o conhecimento de inteligência seja preparado de acordo com as seguintes opções:
Qualquer que seja a opção adotada, é indispensável que a formalização contenha todos os
elementos necessários ao entendimento e à utilização do conhecimento pelo usuário. Tais elementos
são, normalmente, os que compõem a estrutura-padrão dos documentos de inteligência.
De acordo com a Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), todos
os documentos classificados devem obedecer suas diretrizes e adotarem os parâmetros de grau de
sigilo vigentes. A Difusão consiste na remessa do conhecimento produzido para o(s) respectivo(s)
usuários(s).
LINGUAGEM DE INTELIGÊNCIA
Para tal devem ser valorizados no estilo de produção de textos da Inteligência características
como: concisão, correção, precisão, imparcialidade, objetividade e simplicidade.
DOCUMENTOS DE INTELIGÊNCIA
Você estudará agora os tipos de estrutura e das técnicas de redação básica de alguns desses
documentos. A abordagem tem apenas caráter de sugestão, uma vez que você, profissional de
Inteligência, adotará os padrões estabelecidos por seu Órgão de Inteligência, visando atender a
demanda do tomador de decisão que é usuário do Órgão.
É documento interno utilizado para acionar o Elemento de Operações (ELO), para coleta e/ou
busca de dados não disponíveis.
a) CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA
É a marcação do documento com o grau de sigilo que lhe for atribuído de acordo com o previsto
pela legislação pertinente e, eventualmente, pelas normas internas do órgão de inteligência que o
está elaborando. É colocado, em cada página, centralizado, acima do cabeçalho e no rodapé.
Deve-se utilizar tamanho e tipo de letra diferente da empregada no texto, em caixa alta, numa
cor também diferente, que, usualmente, é a vermelha.
d) ESPECIFICAÇÃO E DATA
e) DETERMINAÇÃO DO ASSUNTO
entidades, etc.), mas sim, fatos ou situações que, por sua natureza, sejam de interesse para que o
órgão cumpra sua missão. O assunto do Relatório de Inteligência deve, portanto refletir a questão
abordada no corpo do documento e não o sujeito, por mais que relevante que seja sua atuação no
contexto tratado.
f) INDICAÇÃO DA REFERÊNCIA
Como referência citam-se documentos ou mesmo eventos que, de algum modo, se relacionem
com o assunto objeto do documento.
g) IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM
É a indicação do Órgão de Inteligência que detém a autoria do texto do documento que está
sendo elaborado.
Quando o Órgão de Inteligência atua como intermediário, divulgando um texto que é de autoria
de outro Órgão, o item será preenchido com a identificação deste último.
conteúdo do texto do documento que está sendo produzido, quer por ter sido esse conteúdo difundido
anteriormente pelo próprio Órgão de Inteligência, quer por ter sido difundido por qualquer outro. i)
INDICAÇÃO DA DIFUSÃO
No item Difusão, indicam-se órgão (s) e/ou autoridade(s) aos quais o documento se destina.
j) INDICAÇÃO DOS ANEXOS
no texto. Mas lembre-se os anexos receberão o mesmo grau de sigilo do documento. São
normalmente indicados como anexos: fotografias, panfletos, mapas, gráficos etc. Não se devem
incluir documentos de inteligência como anexos.
l) TEXTO
Ser simples. Formar frases curtas, sempre que possível, e na ordem direta;
Se for inevitável o uso de expressões técnicas (jurídicas etc.), colocar entre parênteses, o seu
significado;
Ser objetivo, tanto no sentido de ater-se aos fatos que realmente interessam ao propósito do
documento, quanto no de apresentá-lo de modo positivo, sem interferência de subjetividades;
Ao fazer uso de sigla ou de abreviatura pela primeira vez, colocá-la entre parênteses,
precedida de seu significado por extenso;
Ao transcrever citações, fazê-lo entre aspas e identificar a fonte; desde que este tipo
procedimento não signifique quebra de sigilo;
Rever sempre o que foi escrito antes de dar por terminada a redação.
Quando necessário, o texto do Pedido de Busca poderá conter um terceiro item, no qual
serão transmitidas instruções específicas, visando, principalmente, a garantir a compartimentação
do assunto tratado e a proteger possíveis fontes. Este item será denominado INSTRUÇÕES
ESPECIAIS. Pode-se também usar esse item para estabelecer o prazo oportuno para resposta do
PB.
Ainda sobre este documento, deve-se ter em mente que seu encaminhamento ao ELO deve
ser previamente aprovado pela Chefia do Órgão.
Quando necessário, o texto da Ordem de Busca poderá conter um terceiro item, no qual
serão transmitidas instruções especificas, visando, principalmente, a garantir a compartimentação
do assunto tratado e a proteger possíveis fontes. Este tópico será denominado INSTRUÇÕES
ESPECIAIS.
No Brasil, o diploma legal que dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos
e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da
Administração Pública Federal é Lei 12.527/11 (Lei de Acesso a Informação).
Essa norma entrou em vigor em 16 de maio de 2012 e criou mecanismos que possibilitam, a
qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o recebimento de
informações públicas dos órgãos e entidades.
o A Lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive aos
Tribunais de Conta e Ministério Público.
o Para garantir a efetividade do acesso à informação pública, uma legislação sobre direito a
informação deve observar um conjunto de padrões estabelecidos com base nos melhores
critérios e práticas internacionais. Dentre esses princípios, destacam-se:
o Acesso é a regra, o sigilo, a exceção (divulgação máxima); o Requerente não precisa dizer
por que e para que deseja a informação (não exigência de motivação); o Hipóteses de sigilo
(transparência ativa);
São dados ou informações cujo conhecimento irrestrito ou divulgação possa acarretar qualquer
risco à segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da
inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
Assim, toda autoridade responsável pelo trato de dados ou informações sigilosas providenciará
para que o pessoal sob suas ordens conheça integralmente as medidas de segurança estabelecidas,
zelando pelo seu fiel cumprimento.
Com isso é importante termos a vista alguns conceitos e definições inerentes a proteção do
Conhecimento de ISP:
informações sigilosos. Também objetivam prevenir, detectar, anular e registrar ameaças reais
Ressalta-se que os prazos poderão ser prorrogados uma vez, por igual período, pela
autoridade responsável pela classificação ou autoridade hierarquicamente superior competente para
dispor a matéria.
Outro detalhe que deve ser observado é que os graus secretos, e reservado, poderá a
autoridade responsável pela classificação ou autoridade hierarquicamente superior competente para
dispor sobre o assunto, respeitados os interesses da segurança da sociedade e do Estado, alterá-la
ou cancelá-la, por meio de expediente hábil de reclassificação ou desclassificação dirigido ao
detentor da custódia do dado ou informação sigilosa.
Importantes termos sempre a vista a nossa Constituição Federal que, no tocante ao exercício
da Atividade de Inteligência, em seu Art. 5º, é asseverado nos itens abaixo que:
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Todas as informações produzidas ou sob guarda do poder público são públicas e, portanto,
acessíveis a todos os cidadãos, ressalvadas as informações pessoais e as hipóteses de sigilo
legalmente estabelecidas.
A divulgação não autorizada de informações sigilosas constitui crime sim! A Lei no 9.983, que altera
do Código Penal, prescreve em seu art. 313-A que: “Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas
informatizados ou banco de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano. "Pena reclusão de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa”.
As AÇÕES DE INTELIGÊNCIA são todos os procedimentos e medidas realizadas por uma Agência
de Inteligência para dispor dos dados necessários e suficientes para a produção do conhecimento,
na fase de “Reunião de Dados e/ou Conhecimentos” da Metodologia de Produção de Conhecimento.
Ou seja, são basicamente as AÇÕES DE COLETA (dados e conhecimentos em ambiente aberto e DE
IP/
CE
disponível) e as AÇÕES DE BUSCA (dados e conhecimentos em ambiente fechado e de difícil P/
C
FS
acesso). D
/P
M
PI
-
AÇÕES DE COLETA
São todos os procedimentos realizados por uma AI, ostensiva ou sigilosamente, a fim de
obter dados depositados em fontes disponíveis, sejam elas oriundas de indivíduos, órgãos RE
ST
o É fundamental que haja um bom planejamento para a busca, como forma de buscar evitar o
comprometimento da Agência e do Agente, preservar o sigilo, evitar o vazamento, minimizar
riscos que a envolve etc.;
o VIGILÂNCIA (VIG): é a Ação de Busca onde o ELO da AI mantêm um alvo (pessoas, veículos,
objetos, áreas ou instalações) sob observação contínua com o objetivo de: levantar dados,
localizar e identificar pessoas, veículos, objetos, etc. Averiguar atividades e contatos dos alvos,
observar atividades e rotinas de pessoas, ambientes, instalações, etc.
o PROVOCAÇÃO: Ação de Busca, com alto nível de especialização, pela qual busca-se a
modificação dos procedimentos de um alvo, sem gerar desconfiança, para que ela execute
algo desejado pela AI.
o ENTREVISTA: Ação de Busca por meio da qual busca-se obtenção de dados, incutir
informação e/ou influir sobre a conduta do alvo, por meio de conversação e mantida com
propósitos definidos, planejada e controlada pelo entrevistador. Os tipos de entrevista
utilizados são: ostensiva, encoberta, mista, elicitação.
o ENTRADA: Ação de Busca realizada para a obtenção de dados em locais de acesso restrito
por meio de captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, sem que o
alvo tenha conhecimento da ação realizada. Também é utilizada para exploração e
conhecimento do local, onde o Agente de Inteligência sem coletar qualquer material, deve
obter os dados – com indício que aponte para a prática de crimes, neles contidos – para
posterior análise (suporte normativo no artigo 3º inciso II da lei Nº 12850/13). A sua realização
está condicionada a autorização judicial e só pode ocorrer no curso de uma persecução penal.
o AÇÃO CONTROLADA: É a permissão que a autoridade policial tem para retardar a ação
policial contra organizações criminosas ou elementos vinculados à mesma. Nesta ação, o
agente policial deve retardar sua ação, sempre mantendo a ação criminosa sob observação e
vigilância, e efetuá-la no melhor momento sem o prejuízo da investigação em curso (suporte
normativo na lei Nº 12850/13). A sua realização está condicionada a autorização judicial.
crime).
TÉCNICAS OPERACIONAIS DE INTELIGÊNCIA
Técnicas Operacionais de Inteligência (TOI), são as habilidades nas quais os agentes de ISP
deverão ser treinados, a fim de facilitar a sua atuação nas Ações de Busca maximizando
potencialidades, possibilidades e operacionalidades. São técnicas de fundamental importância
para o emprego das Ações de Busca. As principais TOI são: Processos de identificação de pessoas
(PIP), Observação/Memorização/Descrição (OMD), Estória-Cobertura (EC), Disfarce, Comunicações
Sigilosas (COMSIG), Leitura da fala, Análise da Veracidade, Emprego de Meios Eletrônicos e
Fotointerpretação.
A Operação de ISP difere da Ação de Busca pela sua complexidade, amplitude de objetivos,
normalmente, por sua maior duração e, por naquela ser possível a utilização de mais de uma Ação
de Busca.
As ações de Coleta e Busca podem, mesmo que isoladamente, serem capazes de buscar
todos os dados e/ou conhecimentos para a produção de um conhecimento. Porém, elas podem ser
também, ações preparatórias ou fazer parte de uma Operação de Inteligência.
No caso específico da ação de coleta, devemos citar que as mesmas fazem parte do
Planejamento das Operações de Inteligência para o desencadeamento de qualquer ação de busca
ou operação de Inteligência. 92
b) Sistemáticas
AMBIENTE OPERACIONAL
É o local onde se desenvolve uma operação de ISP. Podem ser instalações residenciais,
comerciais, industriais, ruas, praças, prédios públicos, zonas rurais, favelas, cidades, estados
ou países.
ALVO
É o objetivo principal das Ações de Busca. Pode ser um objeto, uma pessoa, uma
organização, um local ou um evento de interesse da ISP.
PESSOAL
o COLABORADOR: É uma pessoa não orgânica, recrutada operacionalmente ou não, que, por
suas ligações e conhecimentos, cria facilidades para a AI, podendo ainda, eventualmente,
fornecer dados obtidos.
CONTRAINTELIGÊNCIA (CONCEITO)
SEGMENTOS DA CONTRAINTELIGÊNCIA
TI
“Se queres colher em três anos, planta trigo; se queres colher em dez
anos, planta uma árvore; mas, se queres colher para sempre,
desenvolve o homem.”
Provérbio chinês
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado,
1988.
BRASIL. Lei 9.883, de 07 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a
Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, e dá outras providências.
______. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Presidência da República. Casa Civil. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 05
outubro 2021.
FERRO JúNIOR, Celso Moreira. A inteligência e a gestão da informação policial: Conceitos, Técnicas
e Tecnologias Definidos pela Experiência Profissional e Acadêmica. Brasília: Fortium Editora, 2008.
INTENCIONALMENTE
BRANCO
DEIP/CEP/CFSD/P MPI-1794345/101349106/CAPENS2023 RESTRIÇÃO DE ACESSO: Lei nº 12.527 de 2011 c/c o Decreto Estadual nº 15.188 de 2013.
ANEXOS
–
ANEXO C – Modelo de Ordem de Busca (PB)