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SUBSECRETARIA DE INTELIGÊNCIA
DOUTRINA
(DISPERJ/2015)
13 DE JANEIRO DE 2015
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CONSIDERANDO:
- que a DISPERJ/2005 serviu de base para a formulação de outras doutrinas de ISP, tais como
a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP) e a Doutrina Nacional de
Inteligência Penitenciária (DNIPEN), as quais passaram por atualizações mais recentes do que
aquela;
DECRETA:
Art. 1º - Fica aprovada a nova Doutrina de Inteligência de Segurança Pública do Estado do
Rio de Janeiro (DISPERJ/2015), elaborada pela Comissão de Revisão e Atualização da
DISPERJ, instituída pela Resolução SESEG nº 796, de 22 de agosto de 2014, documento
classificado no grau de sigilo RESERVADO, e constante do Processo nº E-09/001/3//2015,
para adoção e aplicação por parte das agências integrantes do Sistema de Inteligência de
Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (SISPERJ).
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APRESENTAÇÃO
1. ISP, CISP e SSINTE
No Estado do Rio de Janeiro, a denominada Operação Rio, iniciada em
novembro de 1994, demonstrou que os dados e os conhecimentos existentes sobre o crime
organizado e a criminalidade não eram suficientes para assessorar os tomadores de decisão.
As operações realizadas pelas forças de intervenção, em grande parte
alimentadas pelo disque-denúncia recém-criado, não conseguiram expressivos resultados, a
não ser pelo sucesso do fortalecimento da presença da autoridade.
Decidiu-se, então, implantar na Secretaria de Segurança um instrumento que
pudesse proporcionar os conhecimentos necessários para executar ações adequadas e
decisivas.
Foi assim que, em 01 de janeiro de 1995, a partir do gênero Inteligência
Clássica, foi criada a espécie Inteligência de Segurança Pública (ISP), implementada pelo
então Centro de Inteligência de Segurança Pública (CISP), transformado, em 05 de junho de
2000, pelo Decreto Estadual nº 26.438, na atual Subsecretaria de Inteligência (SSINTE).
2. SISPERJ
Pela efetiva necessidade de ampliar, integrar e otimizar a tramitação dos
documentos de Inteligência e implementar a troca de conhecimentos entre as diversas
Agências de Inteligência de Segurança Pública (AISP), o Decreto Estadual nº 31.519, de 12
de julho de 2002, criou o “Sistema de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio de
Janeiro" (SISPERJ), então integrado por 6 AISP (sem contar com a capilaridade dos seus
subsistemas), cuja Agência Central era (e continua sendo) a SSINTE.
O Decreto Estadual nº 34.853, de 18 de fevereiro de 2004, alterou e consolidou
a estrutura do SISPERJ, ampliando-o para 15 AISP.
O Decreto Estadual 44.230, de 04 de junho de 2013, reestruturou novamente o
SISPERJ e, agora contando com a capilaridade de todos os seus subsistemas, pode-se
afirmar que está integrado por mais de 300 AISP.
3. SISBIN e SISP
Ao final de um processo iniciado em 1995, a Lei Federal nº 9.883, de 07 de
dezembro de 1999, criou, no âmbito da Presidência da República, a Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
O Decreto Federal nº 3.695, de 21 de dezembro de 2000, criou, no âmbito do
SISBIN, o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP), cujo órgão central é a
Coordenação-Geral de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça (CGI/SENASP/MJ).
O SISPERJ integra-se à área federal por meio do SISP e do SISBIN.
4. DISPERJ
O SISPERJ, desde sua criação, em 2002, sentiu a necessidade de contar com
uma Doutrina, para orientar e padronizar a atuação das suas agências.
Uma primeira e sumária Doutrina do SISPERJ foi publicada no Boletim Reservado
40, de 22 de novembro de 2002, da SSP/RJ.
Ampliando-a e aprimorando-a, a SSINTE, pela Portaria nº 0001, de 15 de
setembro de 2004, dispôs sobre a formulação da Doutrina de Inteligência de Segurança Pública
do Estado do Rio de Janeiro (DISPERJ), que culminou na sua aprovação final e formal, por ato
específico da Governadora do Estado, pelo Decreto nº 37.272, de 01 de abril de 2005.
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ÍNDICE
DECRETO Nº 45.126, DE 13 DE JANEIRO DE 2015 ...........................................................................................................3
APRESENTAÇÃO....................................................................................................................................................................4
ÍNDICE ......................................................................................................................................................................................6
INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................................................7
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA DISPERJ (2005/2015) ....................................................................................................8
CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS DOUTRINÁRIOS ...........................................................................................................9
1. CONCEITO .......................................................................................................................................................................9
2. FINALIDADES .................................................................................................................................................................9
3. VANTAGENS ...................................................................................................................................................................9
4. CARACTERÍSTICAS .......................................................................................................................................................9
5. PRINCÍPIOS DA ISP ...................................................................................................................................................... 11
6. VALORES ....................................................................................................................................................................... 12
7. RAMOS DA ATIVIDADE DE ISP .................................................................................................................................12
8. FONTES DE OBTENÇÃO DE DADOS......................................................................................................................... 12
9. CAMPOS DE ATUAÇÃO .............................................................................................................................................. 13
10. NÍVEIS DE ASSESSORAMENTO .............................................................................................................................. 13
11. GÊNERO E ESPÉCIES ................................................................................................................................................. 14
12. INVESTIGAÇÃO DE ISP E INVESTIGAÇÃO POLICIAL ........................................................................................ 14
CAPÍTULO II: PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ....................................................................................................... 15
1. PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ............................................................................................................................ 15
2. VERDADE ...................................................................................................................................................................... 15
3. TIPOS DE CONHECIMENTO ....................................................................................................................................... 16
4. CICLO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ......................................................................................................... 17
5. PLANEJAMENTO .......................................................................................................................................................... 17
6. REUNIÃO DE DADOS .................................................................................................................................................. 18
7. PROCESSAMENTO ....................................................................................................................................................... 19
8. AVALIAÇÃO..................................................................................................................................................................19
9. ANÁLISE ........................................................................................................................................................................ 20
10. INTEGRAÇÃO ............................................................................................................................................................. 20
11. INTERPRETAÇÃO ....................................................................................................................................................... 21
12. UTILIZAÇÃO ............................................................................................................................................................... 21
13. DOCUMENTOS DE INTELIGÊNCIA ......................................................................................................................... 22
14. TÉCNICAS ACESSÓRIAS ........................................................................................................................................... 25
15. DENÚNCIAS ................................................................................................................................................................ 25
16. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................................................................................... 26
CAPÍTULO III: OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA ..................................................... 27
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS........................................................................................................................................ 27
2. CONCEITUAÇÃO .......................................................................................................................................................... 27
3. DENOMINAÇÕES ......................................................................................................................................................... 27
4. AÇÕES DE BUSCA ........................................................................................................................................................ 28
5. TÉCNICAS OPERACIONAIS DE INTELIGÊNCIA .....................................................................................................29
6. TIPOS DE OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA (OPISP) ............................................. 30
7. PLANEJAMENTO DAS OPISP .....................................................................................................................................30
8. EFICÁCIA X SEGURANÇA .......................................................................................................................................... 31
CAPÍTULO IV: CONTRAINTELIGÊNCIA ....................................................................................................................... 32
1. CONCEPÇÃO .................................................................................................................................................................32
2. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................................................................. 32
3. SEGMENTOS .................................................................................................................................................................33
4. SEGURANÇA ORGÂNICA (SEGOR) .......................................................................................................................... 33
5. SEGURANÇA DE ASSUNTOS INTERNOS (SAI) ....................................................................................................... 34
6. SEGURANÇA ATIVA (SEGAT) ...................................................................................................................................35
CAPÍTULO V: ORGANIZAÇÃO DA ISP ........................................................................................................................... 36
1. CONCEITUAÇÃO .......................................................................................................................................................... 36
2. SISTEMA DE ISP ........................................................................................................................................................... 36
3. ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................................................................ 37
4. PLANO DE ISP ............................................................................................................................................................... 38
5. INSTALAÇÕES .............................................................................................................................................................. 39
6. RECURSOS HUMANOS ................................................................................................................................................ 39
7. RECURSOS MATERIAIS .............................................................................................................................................. 40
8. INFORMÁTICA.............................................................................................................................................................. 41
9. SITUAÇÕES ESPECIAIS ............................................................................................................................................... 41
ANEXO A - MODELO DE RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA (RELINT) ...................................................................43
ANEXO B - MODELO DE PEDIDO DE BUSCA (PB) ....................................................................................................... 44
ANEXO C - MODELO DE RELATÓRIO TÉCNICO (RT) ............................................................................................... 45
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INTRODUÇÃO
A espécie da Inteligência de Segurança Pública (ISP) nasceu no Brasil em 01 Jan
1995, no Rio de Janeiro, com a criação do Centro de Inteligência de Segurança Pública (CISP),
agência julgada necessária para auxiliar as polícias no combate ao crime organizado e à
criminalidade.
Na época, a Inteligência Militar foi trazida e adaptada às praticidades das nossas
poíicias.
Da prática à teoria, passaram-se 10 anos até que, em Abr 2005, foi elaborada a
primeira doutrina de ISP do Brasil, a Doutrina de Inteligência de Segurança Pública do Estado
do Rio de Janeiro, a DISPERJ/2005.
No ano seguinte, a SENASP, com base na DISPERJ/2005, iniciou os primeiros
passos para a elaboração de uma Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública
(DNISP), formalizada em 2009.
Em 2013, a SENASP, agora por meio de sua Coordenação-Geral de Inteligência
(CGI/SENASP) realizou cinco encontros em Brasília, quando a DNISP/2009 foi revisada e
aprovada internamente.
Em 04 Dez 2014, uma Comissão de 7 membros designada por uma Resolução
SESEG terminou a revisão da DISPERJ/2005.
Em 18 Dez 2014, por meio da Portaria 23, o SSI aprovou o trabalho da Comissão.
Finalmente, em 13 Jan 2015, o Decreto 45.126 aprovou formalmente a
DISPERJ/2015.
A nova DISPERJ/2015 caracteriza-se por possuir a mesma "cara" da
DISPERJ/2005. Baseou-se nela, mas apontou para a atual DNISP. Manteve os mesmos cinco
capítulos. Mudou alguns nomes. Incorporou alguns novos conceitos. Mas, sobretudo, procurou
manter a mesma ideia de 2005:
"Que ela seja uma trilha e não um trilho. Que seja uma trilha, no sentido de - estabelecendo
objetivos e caminhos - não permitir a adoção de ações incompatíveis com as normas e
padrões necessários para o eficaz funcionamento dos sistemas. Que não seja um trilho, no
sentido de - não sendo hermética - proporcionar a imprescindível flexibilidade para a adoção
de novas técnicas e de novos procedimentos."
No próximo item, mostra-se, em forma de tabela, as alterações mais importantes em
relação à DISPERJ/2005.
Com 20 anos de existência, a ISP é, hoje no Brasil, referência nacional.
Com 10 anos de aplicação, a DISPERJ, além de servir como modelo, foi
continuamente testada pelas nossas polícias.
Sabe-se que o mais difícil é criar alguma coisa.
Sabe-se, também, que um caminho só é caminho depois de ser aberto. Uma estrada,
mesmo com obstáculos, só é estrada quando leva de um para outro lugar. É claro que a criação
só aparece quando surgem as possibilidades de caminhos, de estradas. Mas só se chega aos
lugares, quando pessoas puderem e quiserem percorrê-los.
A DISPERJ/2015, além de trilha, é um caminho, “uma estrada pavimentada”, como
afirmou o SSI na sua apresentação. Mas a finalidade só será atingida se os profissionais de ISP
nela confiarem e chegarem ao conhecimento preciso, útil, oportuno e significativo.
Percorram-na conosco!
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Antes Depois
DISPERJ
(2005) (2015)
- Característica “amplitude” - “Amplitude” passou a chamar-se “abrangência”.
- Característica “flexibilidade” - “Flexibilidade” passou a chamar-se “dinâmica”.
- “Amplitude” foi acrescentada como um novo
princípio (agora são 11).
Cap I - Inserção de dois novos itens: “Finalidades” e
FUNDOUT “Vantagens” da ISP.
- Foi criada a teoria de “gênero e espécies de
inteligência”, invadindo a seara da Inteligência
Clássica e inserindo novos itens.
- Inserção de conceitos no item 5. Planejamento”.
- Inserção do item “6.2. Natureza das Fontes de Dados
da ISP”.
- Nos “documentos de inteligência”, inserção do item
“13.2.7. Relatório Técnico”.
Cap II - - Ampliação dos conceitos do item “13.4. Elaboração
PRODUCON de Doc ISP”.
- Inserção do item “14. Técnicas Acessórias” (Análise
de Vínculos, Análise Criminal e Análise de Riscos).
- Inserção dos itens “15. Denúncias” e “16. Avaliação
de Resultados”.
- Este capítulo chamava-se - O capítulo passa a se chamar Operações de
“Reunião de Dados” (REUDA). Inteligência de Segurança Pública (OPISP)
- 10 Ações de Busca. - Passou a ter 11 Ações de Busca, com a inserção do
item “4.12. Entrada”.
Cap III - Introdução, no item “3. Denominações”, do conceito
OPISP de “Informante Especial” (IE).
- 10 Técnicas Operacionais de - Passou a ter 9 TOI, com a retirada de “Emprego de
Inteligência (TOI). Meios Cinefotográficos” (englobado no “Emprego de
Meios Eletrônicos”).
- Criação do Segmento da CI “Segurança de Assuntos
Internos” (SAI)
Cap IV - Na “Segurança Orgânica”, referência aos “Ativos
-
CI Institucionais” (bens tangíveis e intangíveis).
- Inserção de conceitos nas medidas de Segurança
Ativa.
- Item “15. Denúncias”. - O item “Denúncias” passou a integrar o capítulo II.
- Inserção da denominação “Agência de Inteligência de
Cap V Segurança Pública” (AISP)
ORG ISP - Item “Situações Anormais” - “Situações Anormais” passou a se chamar “Situações
Especiais”.
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1. CONCEITO
2. FINALIDADES
3. VANTAGENS
4. CARACTERÍSTICAS
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5. PRINCÍPIOS DA ISP
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6. VALORES
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9. CAMPOS DE ATUAÇÃO
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1. PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
2. VERDADE
2.1. Conceito
A verdade consiste na perfeita concordância do conteúdo do
pensamento (sujeito) com o fato (objeto).
A verdade - significativa, precisa e imparcial - é a aspiração que norteia
o exercício da atividade de ISP. Todos os profissionais que a exercem devem acautelar-se
contra a mera ilusão da verdade, contra o erro.
Há três parâmetros que influem na produção de conhecimento: estados
da mente, trabalhos intelectuais e tempo.
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opinião é, portanto, um estado no qual a mente se define por um objeto, porém com receio de
equívoco. Por isso, o valor do estado de opinião expressa-se por meio de indicadores de
probabilidades.
- Dúvida: é o estado em que a mente encontra, metodicamente, em
situação de equilíbrio, razões para aceitar e razões para negar que a imagem, por ela mesma
formada, está em conformidade com determinado objeto.
- Ignorância: é o estado da mente que se caracteriza pela inexistência
de qualquer imagem de determinado objeto. A ignorância é um estado puramente nulo da
mente. Nesta situação, o espírito encontra-se privado de qualquer imagem sobre uma
realidade específica.
2.4. Tempo
Na produção de conhecimento, mais um fator funciona como
parâmetro: o tempo. Desse modo, há que se produzir conhecimentos sobre fatos ou situações,
passadas ou presentes, e seus futuros desdobramentos.
3. TIPOS DE CONHECIMENTO
3.1. Informe
É o conhecimento resultante de juízo(s) formulado(s) pelo profissional
de ISP e que expressa o seu estado de certeza, de opinião ou de dúvida frente à verdade sobre
fatos ou situações passados e/ou presentes.
3.2. Informação
É o conhecimento resultante de raciocínio(s) elaborado(s) pelo
profissional de ISP e que expressa o seu estado de certeza frente à verdade sobre fatos ou
situações passados e/ou presentes, extrapolando a simples narração e contemplando a
interpretação.
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3.3. Apreciação
É o conhecimento resultante de raciocínio(s) elaborado(s) pelo
profissional de ISP e que expressa o seu estado de opinião frente à verdade, sobre fatos ou
situações passados e/ou presentes, admitindo a realização de projeções, somente baseadas na
sua percepção do desdobramento desses fatos ou situações, sem, contudo, realizar estudos
especiais auxiliados por métodos prospectivos.
3.4. Estimativa
É o conhecimento resultante de raciocínio(s) elaborado(s) pelo
profissional de ISP e que expressa o seu estado de opinião sobre a evolução futura de fatos ou
de situações, utilizando, necessariamente, métodos prospectivos.
5. PLANEJAMENTO
5.1. Conceito
Planejamento é a primeira fase do CPC, na qual o analista procura, de
forma ordenada e racional, sistematizar o trabalho a ser desenvolvido tendo em vista os fins a
atingir.
5.2. Esquematização
Planejar - ação rotineira do profissional de ISP - consiste em
determinar:
- o assunto a ser estudado, expresso de modo preciso,
determinado e específico;
- o prazo disponível para a produção, atendendo a datas
previamente estabelecidas ou ao princípio da oportunidade;
- a faixa de tempo a ser considerada, isto é, o período sobre o
qual o assunto será estudado;
- o usuário ou a AISP a serem atingidos, respectivamente, por
meio de assessoramento ou de uma difusão e que podem orientar o nível de profundidade do
conhecimento a ser produzido;
- a finalidade, que deve responder à pergunta "para quê" o
conhecimento está sendo produzido; muitas vezes, em decorrência do princípio da
compartimentação, a finalidade não pode ser determinada e, neste caso, o planejamento é
orientado para esgotar o assunto.
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6. REUNIÃO DE DADOS
6.1. Conceito
Reunião de Dados é a fase do CPC na qual as AISP, por intermédio de
ações realizadas por seus analistas e agentes, procuram obter dados e/ou conhecimentos que
respondam e/ou complementem os aspectos essenciais a conhecer.
6.4. Esquematização
A Reunião de Dados pode ser assim esquematizada:
- consulta aos arquivos da AI;
- pesquisa;
- acionamento do Elemento de Operações;
- ligações com órgãos congêneres.
6.5. Complexidade
Pela sua complexidade, a fase da Reunião de Dados está detalhada no
Capítulo III desta Doutrina.
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7. PROCESSAMENTO
8. AVALIAÇÃO
8.1. Conceito
Avaliação é a etapa da fase do Processamento do CPC na qual o
analista classifica e ordena os dados e/ou conhecimentos reunidos, a fim de estabelecer
aqueles que, prioritariamente, serão utilizados e influenciarão decisivamente no tipo de
conhecimento a ser produzido, refletindo o seu estado de certeza, de opinião ou de dúvida.
Para realizar a Avaliação, o analista verificará a pertinência, a
credibilidade e a relevância dos dados e/ou conhecimentos reunidos.
8.2. Pertinência
Na Pertinência, o analista verifica se o assunto constante do dado ou
conhecimento reunido interessa e está conectado ao assunto do conhecimento a ser produzido.
Inicia-se por um exame preliminar do relacionamento entre o obtido e o
desejado e esgota-se pela determinação das parcelas de dados e/ou conhecimentos que
interessam aos aspectos essenciais determinados na fase do Planejamento.
Os dados e/ou conhecimentos avaliados como não pertinentes serão
descartados.
8.3. Credibilidade
Na Credibilidade, o analista verifica e estabelece julgamentos sobre a
fonte e o conteúdo, determinando o grau de veracidade do dado e/ou conhecimento.
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8.4. Relevância
Após julgar a pertinência e a credibilidade, terá, o analista, as melhores
condições para avaliar a relevância dos dados e conhecimentos reunidos, determinando as
frações significativas, isto é, aquelas consideradas importantes, fundamentais, básicas e de
influência decisiva para produzir o conhecimento.
9. ANÁLISE
10. INTEGRAÇÃO
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11. INTERPRETAÇÃO
12. UTILIZAÇÃO
12.2. Formalização
Consiste em elaborar um documento próprio - Doc ISP - que expresse o
conhecimento produzido, contendo todos os elementos necessários ao entendimento e à
utilização do conhecimento pela AISP destinatária.
A formalização inclui, também, a definição dos seguintes aspectos:
- a existência de outros destinatários, uma vez que podem
ocorrer casos em que o conhecimento, embora inicialmente orientado para atender ao usuário
ou à AISP identificados no planejamento, passa a ser de interesse para outros;
- o grau de sigilo, de acordo com o previsto na legislação
vigente.
12.3. Difusão
Consiste na divulgação do conhecimento produzido para a AISP que o
solicitou e/ou para outra, a qual tal conhecimento possa interessar ou ser útil. É condicionada
à necessidade de conhecer.
Pode ser feita através dos meios de informática, por via postal, por
mensageiro, eventualmente pelos meios de telecomunicações e até mesmo verbalmente.
A utilização desses meios, em cada caso, subordina-se às necessidades
de segurança, sigilo, oportunidade (urgência) e conveniência administrativa.
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12.4. Arquivamento
Consiste na embalagem e na estocagem de documentos de forma segura
e adequada à sua conservação, obedecendo a uma ordem estabelecida, a fim de facilitar o seu
manuseio e a sua recuperação.
13.1. Conceito
Documentos de ISP (Doc ISP) são os documentos padronizados,
normalmente sigilosos, que, utilizando o canal técnico (com exceção do Relatório Técnico),
circulam nas AISP e entre elas, a fim de transmitir ou solicitar conhecimentos.
Um Doc ISP deve ser redigido em texto simples, coerente, ordenado,
lógico, cronológico, conciso, claro e objetivo.
Os Doc ISP são, genericamente, classificados em externos e internos.
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13.2.6. Sumário
É o documento externo, padronizado, passível de classificação,
que relaciona, resumidamente, uma coletânea rotineira e periódica de fatos e situações
ocorridas no âmbito da Segurança Pública.
13.4.1. Identificação
- Logomarcas: são aquelas normalmente utilizadas pela
instituição à qual a AISP está vinculada; devem ser colocadas na parte superior da primeira
folha do Doc ISP.
- Identificações dos Órgãos: são as designações do Estado do
Rio de Janeiro, das instituições e da AISP que elaborou e está difundindo o Doc ISP; devem
ser colocadas na parte central superior da primeira folha, logo abaixo das logomarcas, em
letras maiúsculas e em negrito.
- Identificação do Doc ISP, com quatro segmentos distintos:
- tipo do Doc ISP;
- número do Doc ISP, com a numeração sequencial do
Doc ISP, reiniciada em cada ano;
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13.4.2. Cabeçalho
- Data: de término da elaboração do documento.
- Assunto: usar termos que sintetizem a essência do conteúdo do
texto do documento; normalmente, procura-se responder às perguntas "o que", "quem" e
"onde".
- Origem: indicação da AI que detém a primeira autoria do
assunto do documento que está sendo difundido; a regra geral é que "origem não muda".
- Avaliação: só para o conhecimento do tipo "informe" e
preenchida de acordo com as Tabelas de Avaliação de Dados.
- Difusão: indicação das AI para as quais o Doc ISP está sendo
difundido.
- Difusão Anterior: indicação das AI que já receberam o
conhecimento difundido.
- Referência: indicação dos documentos que, de algum modo, se
relacionam com o assunto do Doc ISP e que já sejam conhecidos pelo(s) destinatário(s).
- Anexo: indicação dos documentos que acompanham o Doc
ISP, ordenados por letras do alfabeto, maiúsculas.
13.4.3. Texto
É a expressão escrita do conhecimento produzido.
Deve ser redigido de modo coerente, direto e ordenado lógica e
cronologicamente.
Seu conteúdo deve proporcionar, ao leitor, um entendimento
rápido e inequívoco.
13.4.4. Segurança
- Classificação sigilosa: atribuição de grau de sigilo, de acordo
com a legislação vigente; deve ser colocada nas partes superior e inferior de cada folha do
Doc ISP, em letras maiúsculas e em vermelho.
- Numeração das folhas: com dois algarismos, representando a
folha atual, seguida de uma barra e do total das folhas do documento; deve ser colocada na
parte superior e no lado direito de cada folha do documento.
- Marcas de segurança: são inseridas em várias partes do Doc
ISP, visando identificar a origem de possíveis vazamentos.
- Alerta jurídico: preceito legal para alertar sobre a
responsabilidade pela segurança e pelo sigilo do Doc ISP; deve ser colocado no rodapé de
cada folha.
- Autenticação: sinete da AISP, rubricada pelo seu chefe; deve
ser colocada na folha final do documento redigido, fechando o texto.
13.5 Retransmissão
Retransmissão consiste em uma AISP difundir, a uma outra, um
conhecimento originado de uma terceira AISP. Tal procedimento pode ser adotado quando a
AISP nada tem a acrescentar ao conhecimento e deseja manter a sua fidelidade, salvo
restrição expressa da origem.
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15. DENÚNCIAS
RESERVADO
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RESERVADO
As denúncias anônimas, sejam por carta, pela internet ou pelo telefone (disque-
denúncia), representam a participação da população no combate à criminalidade. Como tal,
devem ser incentivadas, recebidas pelos setores de Inteligência e difundidas para os órgãos
competentes, que investigarão sua veracidade.
No processamento dessas denúncias, deve ser preservado o sigilo das pessoas
envolvidas - particularmente o anonimato dos denunciantes -, devendo ser operacionalizadas
em tempo hábil, para atender o princípio da oportunidade, retornando o relatório dos
resultados obtidos à origem, com a classificação adequada quanto ao grau de sigilo.
Recompensas poderão ser pagas aos denunciantes que apresentarem denúncias
com resultados positivos.
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A Reunião de Dados (Cap. II, item 6), fase do CPC, compreende as Ações de
ISP, que são todos os procedimentos realizados por uma AISP, a fim de que possa dispor dos
dados necessários e suficientes para a produção do conhecimento, realizando, de um modo
geral, dois tipos de ações: Coleta e Busca.
2. CONCEITUAÇÃO
Ambas as Ações de ISP - Coleta e Busca - são capazes de, por si sós, mesmo
que desencadeadas isoladamente, obter os dados necessários para a produção do
conhecimento. Podem ser, também, ações preparatórias ou fazerem parte de uma OPISP.
A maior parte dos dados necessários ao exercício da atividade de ISP pode ser
obtida por uma coleta, pois está disponível em fontes abertas e/ou fechadas (no caso dos
dados protegidos).
Entretanto, quando o alvo está protegido por rígidas medidas de segurança,
causando dificuldades e trazendo riscos para as AISP, monta-se uma Operação de Inteligência
de Segurança Pública (OPISP), conjunto de ações complexas de Coleta e de Busca, que visa
obter dados negados e se constituem num fator diferenciador que possibilita a produção de
conhecimentos úteis e privilegiados.
3. DENOMINAÇÕES
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RESERVADO
4. AÇÕES DE BUSCA
4.8. Entrevista é a Ação de Busca realizada para obter dados por meio de uma
conversação, consentida pelo alvo, mantida com propósitos definidos e planejada e controlada
pelo entrevistador.
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4.9. Interrogatório é a Ação de Busca realizada para obter dados por meio de
uma conversação, não consentida pelo alvo, mantida com propósitos definidos e planejada e
controlada pelo interrogador.
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6.1. Tipos
Há dois tipos básicos de OPISP: as exploratórias e as sistemáticas.
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a qualidade dos dados produzidos. São exemplos: prazos, códigos, relatórios, horários,
reuniões periódicas etc.
Coordenação é o conjunto de medidas que tem por meta promover a
colaboração de distintos órgãos e evitar que haja interferências externas à OPISP.
Avaliação é o conjunto de medidas, permanente e sistematicamente aplicado,
que tem por objetivo verificar a efetividade da OPISP. Permite estimar a eficácia e os riscos à
segurança, realizar uma apreciação dos custos-benefícios acarretados pela operação, oferecer
elementos que sirvam de base para a estimativa dos recursos a serem distribuídos e oferecer
parâmetros de comparação, para a abertura e o encerramento de outras operações.
Orientação é o conjunto de medidas que tem por objetivo realizar alterações,
em prol da OPISP. Essas medidas devem ser executadas como consequência das medidas de
Controle e/ou da Avaliação.
Segurança é o conjunto de medidas que tem por objetivo minimizar os riscos
da OPISP, observando os aspectos relacionados à Segurança Orgânica e, particularmente,
quanto ao aspecto do pessoal empregado.
8. EFICÁCIA X SEGURANÇA
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1. CONCEPÇÃO
2. CONCEITOS BÁSICOS
2.1. Ações de CI
A CI desenvolve diversas ações, que podem ser representadas pelos
seguintes verbos:
- proteger, salvaguardar, guardar, preservar;
- assegurar, garantir;
- prevenir, evitar;
- obstruir, vedar, impedir, dificultar;
- controlar, inspecionar, verificar;
- detectar, identificar, levantar;
- neutralizar, desorganizar, confundir, desinformar.
2.2. Responsabilidades
Cabe à CI planejar e executar as ações necessárias para a preservação
da segurança, que não se restringem aos servidores especialistas, mas se estendem a todos os
servidores das AISP.
2.3. Acesso
Acesso é a possibilidade e/ou a oportunidade de uma pessoa ingressar
em uma instalação restrita ou de obter dados ou conhecimentos sigilosos.
O acesso, em consequência, deriva de autorização oficial emanada de
autoridade competente – o credenciamento – ou da superação das medidas de salvaguarda
aplicadas às instalações e aos documentos sigilosos.
2.4. Comprometimento
Comprometimento é a perda de segurança de dados ou conhecimentos
sigilosos, resultante de acesso por pessoas não credenciadas ou da inutilização indesejada,
ocorrida em consequência de fenômenos naturais ou acidentais.
2.5. Vazamento
Vazamento é a divulgação não autorizada de dados ou conhecimentos
sigilosos, motivada por irresponsabilidade, por vingança ou por motivos financeiros.
Vazamento controlado é aquele divulgado deliberadamente, a fim de
atingir determinado objetivo.
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3. SEGMENTOS
4.1. Conceito
A SEGOR caracteriza-se pelo seu objetivo de proteger a AISP,
planejando e implementando um conjunto de normas, medidas e procedimentos para a
segurança: dos ativos institucionais (tangíveis e intangíveis), em especial, o pessoal, a
documentação, as instalações, o material, as comunicações, as operações e a informática.
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dados e/ou conhecimentos sigilosos) e restritas (locais considerados vitais para o pleno
funcionamento do órgão).
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6.1. Conceito
A SEGAT caracteriza-se pela adoção de medidas ofensivas, que
deverão ser desencadeadas contra as ações adversas, por meio da Contrapropaganda, da
Contraespionagem, da Contrassabotagem e do Contraterrorismo.
A SEGAT está intimamente ligada à SEGOR, complementando-a e
sendo por ela auxiliada. Enquanto a Segurança Orgânica, em última análise, procura criar
obstáculos entre os elementos ou grupos adversos, a Segurança Ativa atua ofensivamente
sobre tais ameaças.
A SEGAT é, normalmente, uma atribuição da área federal. Entretanto, a
área estadual poderá atuar nesse segmento, desde que em coordenação com a área federal.
Deve-se destacar que os conceitos dos crimes inseridos nesse segmento
ainda não estão perfeitamente definidos.
6.2. Contrapropaganda
São medidas ativas destinadas a detectar e neutralizar ações de
propaganda adversa. Essas medidas, basicamente, utilizam a desinformação e a própria
propaganda.
Propaganda adversa consiste na manipulação planejada de quaisquer
informações, ideias ou doutrinas para influenciar grupos e indivíduos, com vistas a obter
comportamentos predeterminados que resultem em benefício de seu patrocinador.
6.3. Contraespionagem
São medidas ativas destinadas a detectar e neutralizar operações de
Inteligência adversas.
Espionagem é a operação clandestina adversa voltada para a obtenção
de dados e/ ou conhecimentos sigilosos sobre determinado alvo, com o objetivo de beneficiar
Estados ou grupos de países.
6.4. Contrassabotagem
São medidas ativas destinadas a detectar e neutralizar atos de
sabotagem contra instituições, pessoas, documentos, materiais, equipamentos e instalações.
Sabotagem é o ato deliberado, de efeitos físicos e/ou psicológicos, com
o objetivo de inutilizar ou adulterar conhecimento, dado, material, instalações e ativos
institucionais.
6.5. Contraterrorismo
São medidas ativas destinadas a detectar e neutralizar ações e ameaças
terroristas.
Terrorismo é a ameaça ou emprego premeditado da violência física e/ou
psicológica, de forma pontual ou coletiva, perpetrada contra indivíduos, grupo de pessoas e/ou
organizações, praticada por indivíduos, grupos ou organizações adversas, visando intimidar,
coagir ou subjugar pessoas, autoridades ou parte da população, por razões políticas,
ideológicas, econômico-financeiras, ambientais, religiosas ou psicossociais.
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1. CONCEITUAÇÃO
2. SISTEMA DE ISP
2.1. Concepção
Sistema de ISP é o conjunto harmônico, integrado e ordenado de
Subsistemas e de AISP, que integram instituições inter-relacionadas, que buscam os mesmos
objetivos, que têm funções similares e que se submetem a uma padronização de doutrina, de
procedimentos e de rotinas.
Subsistemas de Inteligência são frações do sistema, constituídos por
conjuntos específicos de AISP, devidamente hierarquizadas, sob a gerência de uma Agência
Central, voltada para o adequado assessoramento das diferentes autoridades envolvidas no
processo decisório da chefia do órgão a que pertence.
Os conceitos de sistema e subsistema dependem da visão, do foco que
estão sendo observados: um sistema pode ser um subsistema para outro sistema, enquanto que
um subsistema pode ser um sistema para outros subsistemas.
A organização de cada Subsistema é estabelecida pela chefia da
instituição a que pertence, observada a legislação vigente e ouvida a Agência Central do
Sistema.
Agência Central (AC) é a AISP subordinada, em primeiro grau
hierárquico-funcional, ao chefe da instituição a que pertence.
As AISP são unidades indivisíveis, constitutivas do Sistema e que
produzem os conhecimentos.
Enquanto as AISP produzem os conhecimentos, os Sistemas os
integram.
2.2. Canais
O Sistema de ISP estabelece ligações entre as AISP por meio do Canal
Técnico que, em absoluto, não se confunde com o Canal de Comando.
O Canal de Comando estabelece as ligações, fundamentalmente de
natureza hierárquica, entre as chefias dos organismos que compõem a instituição.
Naturalmente, a AISP subordina-se ao chefe da instituição a que pertence organicamente.
O Canal Técnico, criado para facilitar a troca de conhecimentos e para
atender aos princípios da oportunidade e da compartimentação, estabelece as ligações diretas
entre as AISP, sem criar vinculações orgânicas ou de chefias. São, apenas, ligações
formalizadas pela difusão de documentos de Inteligência padronizados, enviando e recebendo
conhecimentos. Uma AISP não se subordina, hierarquicamente, a nenhuma outra AISP.
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3. ORGANIZAÇÃO
3.1. Sistema
A atividade de ISP é desenvolvida pelo Sistema de Inteligência de
Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (SISPERJ), que é um subsistema do Sistema
de Inteligência de Segurança Pública (SISP), da Secretaria Nacional de Segurança Pública do
Ministério da Justiça (SENASP/MJ), que, por sua vez, é um subsistema do Sistema Brasileiro
de Inteligência (SISBIN), da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
A AC do SISPERJ é a Subsecretaria de Inteligência (SSINTE),
orgânica da Secretaria de Estado de Segurança (SESEG).
A AC do SISP é a Coordenadoria-Geral de Inteligência (CGI) da
SENASP.
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4. PLANO DE ISP
4.1. Conceito
Plano de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro
(PISPERJ) é o documento elaborado pela SSINTE para orientar o exercício da atividade de
ISP no SISPERJ. É um conjunto ordenado de disposições e procedimentos que visa
operacionalizar as decisões governamentais no que se refere à atividade de ISP. É um
documento flexível que, embora elaborado com o propósito de resistir a todo um período de
governo, pode ajustar-se às variações de conjuntura e deve conter as indicações gerais para
que as AISP do SISPERJ elaborem seus planos específicos.
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5. INSTALAÇÕES
6. RECURSOS HUMANOS
6.1. Perfil
Os profissionais a serem empregados na atividade de ISP são
fundamentais para seu bom funcionamento.
Para isso, todos os candidatos deverão ser submetidos a um Processo de
Recrutamento Administrativo (PRA) a ser executado pela Contrainteligência.
Esses recursos humanos deverão possuir um perfil adequado ao bom
desempenho da atividade de ISP e que engloba os valores, os requisitos e os atributos.
6.2. Valores
Do mesmo modo que a atividade, os profissionais de ISP devem possuir
elevados padrões éticos e morais.
6.3. Requisitos
São as condições básicas e necessárias para que uma pessoa seja
admitida no SISPERJ. Devem ser vistos como imprescindíveis, sem os quais a admissão não
será concedida.
São requisitos gerais: ser voluntário, ser leal, ter afinidade com a
atividade, não possuir antecedentes incompatíveis, ter sido aprovado pelo Processo de
Recrutamento Administrativo (PRA) e ser usuário em Informática.
6.4. Atributos
São as características e as qualidades inerentes às pessoas e que as
distinguem das demais. Devem ser vistos como importantes e desejáveis, mas não
absolutamente necessários, em sua totalidade, para a admissão.
Atributos gerais: integridade, capacidade de trabalho, profissionalismo,
responsabilidade, determinação, dedicação, sentimento do dever, coragem moral, disciplina
intelectual, bom senso, discrição, trabalho em equipe.
Atributos dos analistas: objetividade, apreensão, perspicácia, método,
poder de análise, poder de síntese, atenção, curiosidade intelectual, imaginação criadora,
imparcialidade, comunicação e humildade intelectual.
Atributos dos agentes: espírito de aventura, criatividade, versatilidade,
adaptabilidade, dissimulação, dinamismo, equilíbrio emocional, coragem física, habilidade no
trato com pessoas, resistência e espírito de sacrifício.
6.5. Qualificação
A qualificação do profissional de ISP deverá ser realizada através de
específicos e sistemáticos programas de formação, de especialização e de treinamento.
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7. RECURSOS MATERIAIS
7.1. Materiais
As AISP devem ser dotadas de uma extensa e variada gama de
materiais, para os quais deverão ser cumpridas rígidas normas e medidas administrativas de
controle de material, seja permanente ou de consumo.
Devem ser destacados os seguintes tipos de materiais: viaturas,
comunicações e equipamentos especializados.
7.2. Viaturas
Serão destinadas às AISP viaturas diferenciadas da frota convencional
da Instituição, em cores comuns e variadas, com quatro portas, com placas vinculadas e
reservadas, possibilitando o desenvolvimento das atividades de acordo com as características
que a ISP requer.
Às agências de ISP serão destinadas, ainda, viaturas técnicas equipadas
com dispositivos necessários para o desenvolvimento das OPISP.
Deve ser previsto um estacionamento seguro para guardar as viaturas da
AISP, com especial ênfase para as viaturas técnicas e especiais.
7.3. Comunicações
As AISP deverão ser dotadas de uma rede de comunicações ágil e
eficaz, que atenda à característica da segurança e aos princípios do sigilo e da oportunidade,
proporcionando comunicações rápidas e seguras.
Na atividade de ISP, os equipamentos de comunicações portáteis
(celulares e transceptores) deverão ser largamente implementados, para uso das pessoas e não
instalados em viaturas.
Os aparelhos a serem utilizados em operações nas vias públicas deverão
ser comuns e populares, de modo a não despertar a atenção.
Quando possível, os equipamentos deverão ser dotados de segurança
criptográfica.
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8. INFORMÁTICA
9. SITUAÇÕES ESPECIAIS
9.1. Concepção
As AISP do SISPERJ devem ser empregadas, exclusivamente, na
específica atividade de ISP.
Entretanto, circunstâncias inerentes à atividade policial podem exigir
que os integrantes das AISP atuem, em caráter de exceção, em ações que não são,
propriamente, as preconizadas na atividade de ISP. Ao mesmo tempo, a imposição de
situações emergenciais e/ou a exigência de pronta resposta, em atendimento ao princípio da
oportunidade, pode determinar o emprego atípico dos profissionais de ISP.
A essas hipóteses, dá-se o nome de Situações Especiais.
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9.3. Decisão
A decisão sobre o emprego de integrantes das AISP do SISPERJ em
Situações Especiais será de exclusiva responsabilidade dos seus chefes, depois de avaliados os
riscos de quebra da segurança e do sigilo.
Deve-se sempre ter em vista que a atividade de ISP, para produzir
conhecimentos oportunos, seguros e significativos, necessita organizar-se de modo a que a
balança ”eficácia x segurança” esteja sempre bem equacionada e equilibrada.
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PRECEDÊNCIA
RELINT SESEG/SSINTE/S181 nº 0000/AAAA Local, DD de mês de AAAA.
“O sigilo deste documento é protegido e controlado pela Lei Nº 12.527/2011. A divulgação, a revelação, o fornecimento, a utilização ou a
reprodução desautorizada de seu conteúdo, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acesso indevidos,
constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais, civis e administrativas.”
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PB SESEG/SSINTE/S181 nº 0000/AAAA Local, DD de mês de AAAA.
1. Dados Conhecidos:
xxx
2. Dados Solicitados:
xxx
3. Instruções Especiais:
xxx
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reprodução desautorizada de seu conteúdo, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acesso indevidos,
constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais, civis e administrativas.”
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reprodução desautorizada de seu conteúdo, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acesso indevidos,
constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais, civis e administrativas.”
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