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Grupo INE-RJ

Supervisor de
segurança

GRUPO INE-RJ
Rua Evaristo da Veiga 21 Sobreloja Centro – Rio de Janeiro
telefones: 22203863 – 22624158 – 22620376 WHATSAP:
987054837 (Marcos)

SUPERVISOR DE VIGILANTE

1- PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA PRIVADA

A segurança privada é um segmento complexo, que possui muitas vertentes e,


sobretudo, integra vários colaboradores de diferentes funções. Diante do cenário, é
fundamental que você empresário saiba detalhes sobre cada profissional.

Legislação e deveres de cada profissional

Antes de conhecer as funções exercidas por cada profissional, é muito importante


saber de detalhes acerca da legislação e dos deveres de cada um.

A legislação sobre a Segurança Privada considera como profissional de segurança


aquele que é habilitado nos cursos de formação credenciados pela Polícia Federal.

Esses profissionais podem estar inseridos em empresas de serviços de segurança


privada ou serviços orgânicos de segurança.

Alguns dos vários deveres que devem ser seguidos pelos profissionais: respeito à
dignidade e diversidade da pessoa humana; desempenho das atividades com
probidade, desenvoltura e urbanidade e sempre manter o sigilo profissional.

Agora, conheça detalhes sobre cada função estabelecida dentro do segmento da


segurança privada.

Gestor de segurança privada

O gestor de segurança tem papel fundamental na área. Ele é um profissional


especializado do segmento, com nível superior.

Ele é responsável pela identificação, análise e avaliação de riscos. Também possui a


função de definir, integrar e organizar recursos físicos, humanos, técnicos e
organizacionais a serem utilizados na mitigação de riscos.

Além disso, é papel do gestor realizar auditorias de segurança em organizações


públicas e privadas, entre outras funções.

Coordenador e Supervisor Segurança

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O Coordenador de segurança é um dos líderes e uma das referências na atuação da


segurança privada. Ele fica encarregado pelo controle operacional dos serviços
prestados pelas empresas de segurança. Ao supervisor, fica a responsabilidade de
inspecionar os serviços prestados pelas empresas de segurança.

Vigilante

É o profissional da segurança privada que está regulamentado na legislação que diz


respeito a segurança privada. Também é habilitado em curso de formação e é
responsável por diversas funções. Algumas delas:

– Vigilância patrimonial: este profissional atua em empresas privadas realizando a


segurança dos ativos do cliente.

– Segurança de eventos: atua em espaços comunais, realizando o controle de


acesso do público em geral e identificando e contingenciando possíveis situações de
distúrbio.

– Escolta armada: atua na escolta e preservação de cargas.

– Transporte de Valores: atua na coleta e transporte de valores.

– Segurança pessoal: atua na preservação da integridade física de pessoas.

É fundamental que você, empresário, saiba detalhes de cada função destacada, para
contratar o profissional certo.

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2- CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PROFISSIONAL DE SEGURANÇA

O aumento da criminalidade tem elevado, cada vez mais, a preocupação com


segurança nas grandes cidades do país. Segundo dados da Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo, de 1999 a 2015, os números de registros de furto e roubos
subiram quase 20% no Estado.

Desta forma, os condomínios, empresas e cidadãos em geral têm buscado aprimorar


cada vez mais seus sistemas de segurança.

Dentro desse contexto, os recursos humanos possuem papel fundamental para um


sistema de segurança de qualidade: é fundamental contar com profissionais
capacitados e bem treinados, incluindo tanto a equipe de portaria quanto a de
vigilância.

Com a experiência de vários anos no recrutamento e treinamento de pessoal,


identificamos 7 características principais comuns no perfil de um bom profissional de
segurança. Essa informação é importante tanto para auxiliar no processo de
recrutamento e seleção, quanto para o treinamento e supervisão.

1 – BOA APRESENTAÇÃO PESSOAL

O conceito ‘Apresentação pessoal’ envolve desde a aparência física e a higiene


pessoal, até a postura profissional do indivíduo.

Os cargos de segurança, pelo tipo de serviço prestado, exigem uma apresentação


pessoal conservadora e sóbria e, portanto, qualquer traço de extravagância ou
informalidade deve ser evitado.

Profissionais com boa apresentação pessoal transmitem imagem de profissionalismo,


atenção e preparo, aumentando a sensação de segurança nos locais onde atuam.

2 – CORDIALIDADE E SIMPATIA
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Muitos profissionais de segurança confundem cumprir procedimentos com falta de


educação e brutalidade. Um exemplo lamentável disso é o que aconteceu no
Hipermercado Carrefour, em Rio Grande do Sul, onde seguranças agrediram um
homem até a morte.

A cordialidade e simpatia são características importantes para um profissional de


segurança, pois além de positivas para a imagem da organização que representam,
propiciam que as regras de segurança sejam cumpridas sem gerar atritos
desnecessários, que só geram desperdício de energia.

Deve-se aprender a dizer ‘não’ de forma determinada, convincente e educada, para


que se faça cumprir um regulamento que esteja sendo desobedecido. Mas deve-se
também ser sempre atencioso com quem solicita uma informação, procurando ajudar
no que for necessário. Ao fazer com que uma ordem seja cumprida, sempre tomar
bastante cuidado para não transparecer arrogância, autoritarismo ou qualquer tipo de
brutalidade.

3 – DISCIPLINA E RESPONSABILIDADE

Entende-se por responsabilidade e disciplina a capacidade de cumprir


constantemente as rotinas e procedimentos estabelecidos.

No ramo de segurança, esse ponto é especialmente crítico, em virtude das longas


jornadas a que os profissionais geralmente são submetidos e da falta de ação na
maioria do tempo. Não é fácil manter uma postura atenta durante uma jornada de 12
horas, sem se desviar das funções estabelecidas.

Por isso, nem todo mundo possui perfil adequado para cargos de segurança. E por
isso é muito importante investigar experiências anteriores e o desempenho na função.

4 – ATENÇÃO E BOA MEMÓRIA VISUAL

O profissional de segurança deve estar sempre atento a todas as situações que


podem produzir indicativos de riscos ao local.

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Luzes acesas que deveriam estar apagadas, portões e janelas abertos que deveriam
estar fechados, barulhos estranhos, circulação de pessoas estranhas, carros que
passam sucessivamente na frente da rua. Nada deve escapar a um bom profissional
de segurança.

Para isso, uma boa memória visual se faz fundamental. Ser capaz de guardar
fisionomias, placas de carro, modelos e cores de veículos ajudam bastante a melhorar
o desempenho do sistema de segurança. Pode-se dizer, sem exagero, que a atenção
e a boa memória visual são primordiais para a ação preventiva da segurança.

5 – SIGILO E DISCRIÇÃO

Os profissionais que atuam na área de segurança devem manter o mais absoluto sigilo
sobre as informações, comentários, documentos, patrimônio, especificações ou
inovações a que eventualmente venham ter acesso no exercício de suas funções. A
divulgação de tais informações traz prejuízos para o sistema de segurança e,
especialmente, para a confiabilidade do profissional que a está divulgando.

Em hipótese nenhuma se deve fazer comentários sobre a organização em que


trabalha, ou sobre o patrimônio dos clientes, fora do expediente de trabalho. Jamais
se deve fornecer informações sobre a empresa ou condomínio, caso seja abordado
pessoalmente ou por telefone. Responder sempre educadamente que ‘não está
autorizado a fornecer nenhuma informação’.

No momento da contratação, desconfie de candidatos muito expansivos e que falam


demais. Um bom profissional de segurança geralmente fala pouco e é muito discreto.

6- BOA COMUNICAÇÃO

A boa comunicação verbal e escrita é uma ferramenta indispensável para um bom


profissional de segurança.

Saber se expressar corretamente, de forma polida, formal, sem gírias e sem erros de
português, transmite confiabilidade, autoridade e credibilidade à equipe de segurança,
facilitando o cumprimento dos procedimentos.

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É importante sempre se expressar de forma objetiva e pausadamente, com um tom


de voz adequado – nem muito alto, nem muito baixo – garantindo sempre que o
interlocutor esteja entendendo a mensagem transmitida.

Entretanto, muitas vezes ao contrário do que se imagina, dentro do processo de


comunicação tão importante quanto transmitir informações é saber recebê-las, seja
de forma escrita ou verbal. Um bom profissional de segurança deve saber escutar e
ser capaz de ler com atenção. É importante sempre olhar e prestar atenção a quem
está falando, não só por uma questão de respeito, mas para fazer com que a pessoa
se sinta ouvida.

É importante também estar atento às boas práticas da comunicação via rádio e


telefone. A comunicação via rádio é atividade bastante comum para o profissional de
segurança e este deve estar devidamente habilitado para a correta utilização dos
equipamentos disponibilizados, não só do ponto de vista da tecnologia, como também
o conhecimento dos códigos de comunicação geralmente utilizados (códigos ‘Q’).

Infelizmente, ainda é bastante comum o uso inadequado de rádios e telefones para


brincadeiras e assuntos não relacionados à segurança. Esse tipo de atitude é
totalmente incompatível a uma equipe de segurança que almeja qualidade e
eficiência.

7- BOA CAPACIDADE DE REAÇÃO

Ter boa capacidade de reação, no momento de lidar com sinistros, é uma


característica fundamental para um bom profissional de segurança.

Muitos, ao se defrontarem com situações de emergência, tornam-se incapazes de


tomar atitudes básicas, preliminarmente definidas em procedimentos. Alguns são
muito afobados e tomam atitudes precipitadas, enquanto outros simplesmente
‘travam’ e são incapazes de uma atitude simples como apertar um botão de pânico.
Nesses momentos, a equipe de segurança eficiente deve ser calma e ao mesmo
tempo proativa, corajosa e ágil para que as ações definidas em procedimentos sejam
fielmente cumpridas.

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3- COMO DEVE SER A APRESENTAÇÃO PESSOAL DA EQUIPE DE


SEGURANÇA

Para uma equipe de segurança transparecer o máximo de comprometimento e


seriedade, a apresentação pessoal dos funcionários desempenha um papel
fundamental.

Cometer deslizes nesse quesito pode gerar uma visão equivocada, não só sobre a
equipe e suas capacidades, mas também a respeito de sua organização. E é por isso
que se atentar aos detalhes é tão importante.

Avalie o estado geral do uniforme

O estado do uniforme com o qual o profissional se apresenta é muito importante,


afinal, passar a impressão errada logo de cara pode fazer com que toda a abordagem
dê errado. Pense em como pode ser difícil focar no trabalho em si se a roupa do
colaborador está completamente manchada, amassada ou rasgada.

Por isso, o primeiro cuidado deve consistir em fazer uma avaliação do estado geral do
uniforme. Alguns tecidos podem, por exemplo, ficar naturalmente puídos, com aquelas
pequenas bolinhas que dão aparência de desgaste. Nesse caso, o melhor é mesmo
trocar a peça. Rasgos, furos e partes descosturadas também não são nada bem-
vindos, assim como manchas e sujeiras. Também é muito importante que a roupa
esteja no tamanho correto, já que botões prestes a estourar ou, por outro lado, roupas
muito largas passam a sensação de desleixo com o visual.

Tenha cuidado ao lavar e passar

Para que o uniforme esteja sempre impecável, é preciso não apenas lavá-lo, mas
também passá-lo adequadamente - nem manchas nem amassados são bem-vindos,
está lembrado?
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Para a lavagem, é importante seguir os cuidados específicos para o tecido do


uniforme, mas podemos adiantar que, normalmente, lavar à mão e com produtos
pouco abrasivos tende a ser melhor. Contudo, se o uniforme for branco, usar
alvejantes para garantir que o tom esteja sempre correto é essencial.

Ao passar o uniforme, tome muito cuidado para evitar esquentar demais o ferro,
causando queimaduras que potencialmente estragarão a roupa. Se o uniforme tiver
vincos, marque-os para que a roupa fique bem estruturada e com uma apresentação
melhor.

Limpe adequadamente os calçados

Atenção: não é apenas a roupa que precisa de cuidados, já que o calçado também
faz parte da apresentação, além de garantir equilíbrio e firmeza quando necessário.

Como muitos profissionais de segurança usam sapatos sociais, é indispensável


mantê-los engraxados, garantindo assim um visual sempre bonito e bem apresentado.
Mas não vale descuidar da limpeza se o calçado for de algum outro modelo! Nesses
casos, procure por produtos específicos para cada material e mantenha uma rotina de
limpeza tão frequente quanto seja necessário.

Fora isso, o sapato também precisa estar em boas condições, já que solas descolando
ou gastas demais, além de serem esteticamente prejudiciais, são inseguras.

Jamais descuide da higiene pessoal

No caso dos homens, uma barba longa demais ou, para as mulheres, unhas
compridas e com sujeira acumulada, por exemplo, certamente causarão a sensação
errada em relação à apresentação pessoal. Da mesma maneira, dentes mal
escovados ou odores incômodos podem causar enormes prejuízos à apresentação.

É muito importante, portanto, não se descuidar da higiene pessoal. Manter a barba


aparada, as unhas cortadas, os dentes escovados e limpos, além de usar
desodorantes ou um perfume discreto já ajuda bastante a criar uma apresentação
pessoal mais positiva.

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É preciso, porém, tomar certo cuidado com o exagero que pode ser tão prejudicial
quanto a falta de cuidado! Usar um perfume forte demais e em grande quantidade,
por exemplo, é até pior do que não usar perfume algum. Por isso, fique atento e seja
sempre conservador na utilização de perfumes e desodorantes.

Aprenda a dar um bom nó na gravata

Se uma gravata faz parte do uniforme, automaticamente se torna necessário aprender


a dar um bom nó, que pode até ser o mais simples possível, desde que fique
perfeitamente alinhado.

De maneira geral, o nó da gravata é feito enrolando a parte maior sobre a menor em


todas as direções - ou seja, a parte mais fina fica praticamente fixa, por trás, enquanto
a mais larga faz os movimentos. O resultado deve ser de um nó mais ou menos
quadrado, na dimensão e na altura certas, com ambas as partes perfeitamente
alinhadas.

O ideal é treinar até alcançar o nó perfeito ou, se necessário, pedir para que outra
pessoa dê o nó adequadamente, pelo menos nas primeiras vezes, mostrando como
se faz.

Acerte também no corte de cabelo

O corte de cabelo também demanda cuidados especiais, já que errar nesse detalhe
pode fazer com que todo o visual seja visto como desleixado. Assim, tanto para
homens como para mulheres, o mais recomendado é investir em opções mais
tradicionais.

Os cortes mais baixos normalmente são ideais para homens, assim como o estilo de
corte reto tende a funcionar melhor para as mulheres. Quem tem cabelo grande, por
sua vez, precisa manter as pontas sempre bem aparadas, para não passar a sensação
de descuido com o próprio visual.

Seja discreto no uso de acessórios

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O uso de acessórios também precisa ser feito de maneira ponderada. Brincos, por
exemplo, devem ser menores e mais discretos, para que não se transformem em
motivo de distração na hora do trabalho. Piercings, por sua vez, devem ser retirados
sempre que possível, já que o mais recomendado é se manter tradicional.

No caso das mulheres, unhas decoradas e chamativas demais também devem ser
evitadas, assim como outros acessórios para o cabelo, colares e muitos anéis. Manter
a discrição no uso de acessórios e adornos em geral, portanto, também faz parte de
uma boa apresentação pessoal dos profissionais de segurança.

Como você pôde ver, uma apresentação pessoal de sucesso da equipe de segurança
inclui cuidados que vão desde a lavagem do uniforme, passando pelo corte de cabelo
até chegar à higiene pessoal e aos acessórios escolhidos. Ao garantir que todos esses
detalhes sejam cumpridos corretamente, a equipe certamente transmitirá a
mensagem correta, consequentemente obtendo melhores resultados.

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4- INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Cabe ao supervisor de vigilante conhecer a legislação que rege as empresas de


segurança.

Ressalta-se que a Portaria 387/06 do DPF atribui penalidades pelas


infrações cometidas pelas Empresas Especializadas em Segurança, as
Empresas que possuem Serviço Orgânico de Segurança e as Empresas de
Formação, não havendo qualquer tipo de imputação de responsabilidade na
esfera administrativa à pessoa do vigilante.

No entanto, determinadas condutas faltosas praticadas pelo vigilante


ensejarão responsabilidade administrativa à Empresa, pela sua própria
omissão na fiscalização, conforme segue:

a) utilizar uniforme fora das especificações;

b) trafegar com veículo especial de transporte de valores desacompanhado


de cópia do Certificado de Vistoria;

c) deixar de utilizar equipamento de proteção individual fornecido pela


empresa, como por exemplo: capacete, botas, óculos, cintos especiais e
outros necessários;

d) exercer as atividades de vigilante sem uniforme;

e) utilizar uniforme fora do serviço;

f) trafegar com veículo especial de transporte de valores com o Certificado


de Vistoria vencido;

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g) utilizar em serviço armas, munições, coletes a prova de balas ou outros


equipamentos, que não estejam em perfeito estado de funcionamento, ou
fora do prazo de validade;

h) utilizar em serviço armamento, munições ou outros produtos controlados


que não sejam de propriedade da empresa;

i) guardar armas, munições ou outros produtos controlados que não sejam de


propriedade da empresa;

j) guardar armas, munições ou outros produtos controlados em local


inadequado;

k) negligenciar na guarda ou conservação de armas munições ou outros


produtos controlados;

l) utilizar armamento e/ou munição da empresa fora do serviço;

m) exercer vigilância patrimonial fora dos limites do local de serviço;

n) trabalhar em estabelecimento financeiros que realizem guarda de valores


ou movimentação de numerários, ou em serviço de transporte de valores,
desarmado ou sem colete a prova de bala;

o) deixar de assessorar a empresa para que seja comunicado ao


Departamento de Polícia Federal dentro de 24 horas da ocorrência de furto,
roubo ou qualquer forma de extravio ou a recuperação de armas, munições e

colete a prova de bala;

DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

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Portaria nº 387 de 28/08/2006 / DPF - Departamento de Policia Federal


(D.O.U. 01/09/2006)

Segurança privada.
Altera e consolida as normas aplicadas sobre segurança privada.

PORTARIA No. 387/2006 - DG/DPF BRASÍLIA/DF, 28 DE AGOSTO DE 2006.

Altera e consolida as normas aplicadas sobre segurança privada.


Seção I
Das Infrações cometidas pelas Empresas Especializadas
e pelas que possuem Serviço Orgânico de Segurança
Pena de Advertência
Art. 122. É punível com a pena de advertência a empresa especializada e a que possui
serviço
orgânico de segurança que realizar qualquer das seguintes condutas:
I - deixar de fornecer ao vigilante os componentes do uniforme ou cobrar pelo seu
fornecimento;
II - permitir que o vigilante utilize o uniforme fora das especificações;
III - reter certificado de conclusão de curso ou CNV pertencente ao vigilante;
IV - deixar de providenciar, em tempo hábil, a renovação do certificado de segurança;
V - deixar de providenciar, em tempo hábil, a renovação do Certificado de Vistoria;
VI - permitir o tráfego de veículo especial de transporte de valores desacompanhado
de cópia do
Certificado de Vistoria respectivo;
VII - deixar de reconhecer a validade de certificado de conclusão de curso
devidamente
registrado pela DELESP ou CV;
VIII - possuir, em seu quadro, até 5 % (cinco por cento) de vigilantes sem CNV ou com
a CNV
vencida.

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Pena de Multa
Art. 123. É punível com a pena de multa, de 500 (quinhentas) a 1.250 (mil, duzentas
e
cinqüenta) UFIR, a empresa especializada e a que possui serviço orgânico de
segurança que realizar
qualquer das seguintes condutas:
I - deixar de apresentar qualquer informação ou documento, na forma da legislação
vigente,
quando solicitado pela CCASP, CGCSP, DELESP ou CV, para fins de controle ou
fiscalização;
II - permitir que o vigilante exerça suas atividades sem os equipamentos de proteção
individual
necessários ao desempenho do trabalho em ambientes que possam causar riscos à
sua incolumidade,
tais como capacetes, botas, óculos, cintos especiais e outros necessários;
III - permitir que o vigilante exerça suas atividades sem o uniforme;
IV - permitir que o vigilante utilize o uniforme fora do serviço;
V - alterar seus atos constitutivos ou o modelo do uniforme dos vigilantes, sem prévia
autorização do DPF;
VI - permitir a utilização de cães que não atendam às exigências específicas previstas
nesta
portaria;
VII - não possuir, manter desatualizado ou utilizar irregularmente os livros de registro
e controle
de armas e de munições, ou equivalente;
VIII - deixar de devolver ao vigilante interessado, em até 05 (cinco) dias após os
registros, o seu
Certificado de Conclusão do Curso;
IX - deixar de expedir e encaminhar à DELESP ou CV, em até 05 (cinco) dias, os
certificados de
conclusão de curso, para fins de registro - a empresa de curso de formação;
X - deixar de encaminhar ao DPF, em até 05 (cinco) dias após o início do curso de
formação ou
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de extensão, a relação nominal e a qualificação dos candidatos matriculados, bem


como a quantidade
de munição a ser utilizada;
XI - deixar de encaminhar ao DPF, em até 24 (vinte e quatro) horas após o início do
curso de
reciclagem, a relação nominal e a qualificação dos candidatos matriculados, bem
como a quantidade
de munição a ser utilizada;
XII - deixar de encaminhar ao DPF, em até 05 (cinco) dias após o término de cada
curso, a
relação nominal e a qualificação dos concludentes, bem como a quantidade de
munição utilizada;
XIII - deixar de expedir a segunda via do certificado de curso de formação, extensão
ou
reciclagem, quando solicitada pelo interessado;
XIV - permitir o tráfego de veículo especial de transporte de valores com o Certificado
de
Vistoria vencido;
XV - alterar o local onde o veículo especial estiver operando, sem prévia comunicação
à
DELESP ou CV;
XVI - proceder a desativação ou reativação do veículo especial, em desacordo com o
procedimento previsto no art. 28 desta portaria;
XVII - deixar de comunicar à DELESP ou CV a desativação temporária de veículo
especial;
XVIII - possuir, em seu quadro, mais de 5% (cinco por cento) e menos de 20 % (vinte
por cento)
de vigilantes sem CNV ou com a CNV vencida.
Art. 124. É punível com a pena de multa, de 1.251 (mil, duzentas e cinqüenta e uma)
a 2.500
(duas mil e quinhentas) UFIR, a empresa especializada e a que possui serviço
orgânico de segurança
que realizar qualquer das seguintes condutas:
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I - exercer a atividade de segurança privada em unidade da Federação na qual não


está
autorizado;
II - contratar, como vigilante, pessoa que não preencha os requisitos profissionais
exigidos;
III - exercer atividade de segurança privada com vigilante sem vínculo empregatício;
IV - deixar de efetuar as anotações e os registros devidos na CTPS do vigilante;
V - deixar de encaminhar a CTPS do vigilante à DELESP ou CV, para fins de registro
profissional;
VI - permitir que o vigilante exerça suas atividades com a utilização de armas,
munições, coletes
à prova de balas, ou outros equipamentos, que não estejam em perfeito estado de
conservação e
funcionamento, ou fora do prazo de validade;
VII - exercer quaisquer das atividades de segurança privada sem dispor do efetivo
mínimo
necessário de vigilantes;
VIII - deixar de promover a reciclagem do vigilante, os exames de saúde e de aptidão
psicológica, quando devidos;
IX - deixar de assistir, jurídica e materialmente, o vigilante quando em prisão por ato
decorrente
de serviço;
X - deixar de apurar administrativamente o envolvimento do vigilante nos crimes
ocorridos em
serviço;
XI - deixar de contratar o seguro de vida em grupo para o vigilante;
XII - dar destinação diversa da prevista no art. 88 desta portaria aos seus coletes à
prova de balas
com prazo de validade vencido;
XIII - não possuir sistema de comunicação ou possuí-lo com problemas de
funcionamento;
XIV - utilizar veículos comuns sem que estejam devidamente identificados e
padronizados,
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contendo nome e logotipo da empresa;


XV - utilizar veículo especial de transporte de valores sem os equipamentos exigidos
ou em
desacordo com as normas vigentes;
XVI – realizar transporte de valores em desacordo com o disposto no art. 25;
XVII - exercer a atividade de transporte de valores por via aérea, fluvial ou por outros
meios,
sem a autorização competente;
XVIII - exercer a atividade de transporte de valores por via aérea, fluvial ou por outros
meios,
sem a presença de, no mínimo, 02 (dois) vigilantes, ou deixar de observar as normas
e as medidas de
segurança necessárias;
XIX - utilizar veículo especial ou comum, em serviço, sem a guarnição mínima de
vigilantes ou
em irregular estado de conservação;
XX - utilizar veículo especial ou comum, em serviço, desprovido de um sistema de
comunicação
ou com sistema que apresente problemas de funcionamento;
XXI - matricular, em curso de formação, extensão ou reciclagem, candidato que não
preencha os
requisitos necessários;
XXII - deixar de aplicar a grade curricular, os exames teóricos e práticos, e a carga de
tiro
mínima, previstos nos anexos desta portaria;
XXIII - promover a avaliação final do candidato que não houver concluído o curso com
freqüência de 90 % (noventa por cento) da carga horária em cada disciplina;
XXIV - promover a aprovação do candidato que não obtiver o índice mínimo de
aproveitamento
de 50 % (cinqüenta por cento) em cada disciplina;
XXV - permitir que instrutor não credenciado ministre aulas nos cursos de formação,
reciclagem
ou extensão de vigilantes;
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XXVI - deixar de informar aos órgãos de segurança o serviço a ser executado com
passagem por
outras Unidades da Federação;
XXVII - deixar de atualizar mensalmente seus dados perante o DPF, conforme
prescrição do art.
154 desta portaria;
XXVIII - possuir, em seu quadro, entre 20 e 50 % (vinte e cinqüenta por cento) de
vigilantes
sem CNV ou com a CNV vencida.
Art. 125. É punível com a pena de multa, de 2.501 (duas mil, quinhentas e uma) a
5.000
(cinco mil) UFIR, a empresa especializada e a que possui serviço orgânico de
segurança que realizar
qualquer das seguintes condutas:
I - utilizar em serviço armamento, munição ou outros produtos controlados que não
sejam de sua
propriedade;
II - adquirir, a qualquer título, armas, munições ou outros produtos controlados, de
pessoas
físicas ou jurídicas não autorizadas à sua comercialização;
III - alienar, a qualquer título, armas, munições ou outros produtos controlados, sem
prévia
autorização do DPF;
IV - guardar armas, munições ou outros produtos controlados que não sejam de sua
propriedade;
V - guardar armas, munições ou outros produtos controlados em local inadequado;
VI - negligenciar na guarda ou conservação de armas, munições ou outros produtos
controlados;
VII - permitir que o vigilante utilize armamento ou munição fora do serviço;
VIII - realizar o transporte de armas ou munições sem a competente guia de
autorização;
IX - permitir que o vigilante desempenhe suas funções fora dos limites do local do
serviço,
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respeitadas as peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta armada


e segurança
pessoal;
X - utilizar vigilante desarmado ou sem coletes à prova de balas em estabelecimentos
financeiros que realizam guarda de valores ou movimentação de numerário, ou em
serviço de
transporte de valores;
XI - deixar de comunicar à DELESP ou CV, no prazo de 05 (cinco) dias, a transferência
da
posse ou da propriedade de veículo especial de transporte de valores;
XII - transferir a posse ou propriedade de veículo especial à empresa que não possua
autorização
para atuar na atividade de transporte de valores;
XIII - utilizar veículos comuns, destinados à atividade de escolta armada, em
desacordo com o
art. 33 desta portaria;
XIV - dar outra destinação à munição adquirida para fins de formação, reciclagem ou
extensão
dos vigilantes;
XV - permitir a utilização, por alunos e instrutores, de armas ou munições que não
sejam de sua
propriedade, excetuando-se as hipóteses dos arts. 51 e 74, parágrafo único, desta
portaria;
XVI - permitir a realização de cursos de formação, reciclagem ou extensão de
vigilantes fora das
dependências autorizadas da empresa, ou em desacordo com as regras de segurança
necessárias;
XVII - executar atividade de segurança privada em desacordo com a autorização
expedida pelo
DPF;
XVIII - executar ou contribuir, de qualquer forma, para o exercício da atividade de
segurança
privada não autorizada;
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XIX - impedir ou dificultar o acesso dos policiais da DELESP ou CV às suas


dependências e
instalações, quando em fiscalização;
XX - declarar fato inverídico ou omitir fato verdadeiro ao DPF;
XXI - deixar de comunicar furto, roubo, extravio ou a recuperação de armas, munições
e coletes à
prova de balas de sua propriedade, ao DPF, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas da
ocorrência, bem como
deixar de adotar as providências referidas no § 1º do art. 93 desta portaria;
XXII - continuar funcionando durante o período de proibição temporária de
funcionamento;
XXIII - possuir, em seu quadro, mais de 50 % (cinqüenta por cento) de vigilantes sem
CNV, ou com
a CNV vencida.
Pena de Proibição Temporária de Funcionamento
Art. 126. É punível com a pena de proibição temporária de funcionamento, que variará
entre 03
(três) e 30 (trinta) dias, a empresa especializada e a que possui serviço orgânico de
segurança que realizar
qualquer das seguintes condutas:
I - incluir estrangeiro na constituição societária ou na administração da empresa, sem
amparo legal;
II - ter na constituição societária, como sócio ou administrador, pessoas com
antecedentes criminais,
constando registros de indiciamento em inquérito policial, que estiverem sendo
processados criminalmente
ou tiverem sido condenados em processo criminal;
III - não possuir pelo menos 02 (dois) veículos especiais em condições de tráfego,
para as empresas
que exerçam a atividade de transporte de valores.
§ 1º No caso de aplicação da pena de proibição temporária de funcionamento, as
armas, munições,
coletes à prova de balas e os veículos especiais deverão ser lacrados pela DELESP
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ou CV, permanecendo,
pelo período que durar a proibição, em poder da empresa, mediante lavratura de termo
de fiel depositário.
§ 2º Na hipótese de regularização após a lavratura do auto de infração, e antes do
trânsito em julgado
da decisão, a pena de proibição temporária de funcionamento poderá ser convertida
na pena de multa, no
valor máximo previsto no art. 125.
§ 3º Se a empresa temporariamente proibida de funcionar não sanar, dentro do prazo
de
cumprimento da pena, as irregularidades apontadas no processo administrativo que
deu origem à punição,
será instaurado o competente processo de cancelamento da autorização de
funcionamento.
Pena de Cancelamento da Autorização de Funcionamento
Art. 127. É punível com a pena de cancelamento da autorização de funcionamento a
empresa
especializada e a que possui serviço orgânico de segurança que realizar qualquer das
seguintes condutas:
I - seus objetivos ou circunstâncias relevantes indicarem a prática de atividades
ilícitas, contrárias,
nocivas ou perigosas ao bem público e à segurança do Estado e da coletividade;
II - possuir capital social integralizado inferior a 100.000 (cem mil) UFIR;
III - deixar de comprovar, nos prazos previstos nos arts. 4º, § 1º e 14, § 2º, a
contratação do efetivo
mínimo de vigilantes, necessário à atividade autorizada;
IV - deixar de possuir instalações físicas adequadas à atividade autorizada, conforme
aprovado pelo
certificado de segurança;
V - ter sido penalizado pela prática da infração prevista no art. 125, XXI, e não
regularizar a situação
após 30 (trinta) dias, contados do trânsito em julgado da decisão;
VI - deixar de sanar, dentro do prazo de cumprimento da pena, as irregularidades que
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ensejaram a
proibição temporária de funcionamento;
VII - a contumácia;
VIII - deixar de possuir quaisquer outros requisitos para o seu funcionamento.
§ 1º No caso de serem constatadas irregularidades quando da análise de processo de
revisão de
autorização de funcionamento, se, após a lavratura do auto de infração
correspondente, a empresa autuada
desejar solucionar a irregularidade, deverá fazê-lo por meio da apresentação de novo
requerimento de
revisão, conforme previsto no art. 11 desta portaria.
§ 2º Na hipótese de regularização após a lavratura do auto de infração, e antes do
trânsito em julgado
da decisão, a pena de cancelamento poderá ser convertida na pena de multa, no valor
máximo previsto no
art. 125.
§ 3º Nos casos de cancelamento de autorização para funcionamento das empresas
especializadas e
das que possuem serviço orgânico de segurança, as armas, munições e coletes à
prova de balas serão
arrecadados e permanecerão custodiados na DELESP ou CV pelo prazo de 90
(noventa) dias, contados do
trânsito em julgado da decisão administrativa de cancelamento de autorização, após
o quê serão
encaminhados ao Comando do Exército para destruição, procedendo-se ao registro
no SINARM.
§ 4º As empresas terão o prazo previsto no § 3° para, se quiserem, alienar suas armas,
munições,
coletes à prova de balas e veículos especiais, devendo ser observado o procedimento
previsto no art. 85
desta portaria.
§ 5º Com o trânsito em julgado da pena de cancelamento, a DELESP ou CV oficiará
à Junta
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Comercial ou Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, às Receitas Federal,


Estadual e Municipal, e à
Secretaria de Segurança Pública, comunicando o cancelamento.
§ 6º Transcorridos 180 (cento e oitenta) dias da publicação da portaria de
cancelamento da
autorização de funcionamento, a empresa de segurança privada poderá requerer nova
autorização de
funcionamento, exceto se tiver sofrido a pena por exercer atos ilícitos, contrários,
nocivos ou perigosos ao
bem público do Estado e da coletividade, hipótese em que o prazo será de 05 (cinco)
anos.
Art. 128. Aplicar-se-á o disposto no § 3º do artigo anterior às empresas especializadas
e às que
possuem serviço orgânico que pretenderem, espontaneamente, encerrar suas
atividades, contando-se o
prazo de 90 (noventa) dias a partir da publicação da portaria de cancelamento de
autorização.
Art. 129. Os casos não previstos nesta seção serão analisados e decididos,
fundamentadamente, nos
termos do art. 23 da Lei n° 7.102/83 e 120 desta Portaria.
Seção II
Das infrações cometidas pelos Estabelecimentos Financeiros
que realizam guarda de valores ou movimentação de numerário
Pena de Advertência
Art. 130. É punível com a pena de advertência o estabelecimento financeiro que
realizar qualquer
das seguintes condutas:
I - deixar de comunicar à DELESP ou CV o encerramento de suas atividades;
II - deixar de comunicar à DELESP ou CV quaisquer irregularidades ocorridas com os
vigilantes que
prestam serviço nas suas instalações;
III - deixar de comunicar à DELESP ou CV quaisquer irregularidades ocorridas com
os veículos
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especiais de sua posse ou propriedade.


Pena de Multa
Art. 131. É punível com a pena de multa, de 1.000 (mil) a 10.000 (dez mil) UFIR, o
estabelecimento financeiro que realizar qualquer das seguintes condutas:
I - impedir ou dificultar o acesso de Policiais Federais às suas instalações, quando em
fiscalização;
II - deixar de atender à notificação para apresentar as imagens de vídeo, captadas e
gravadas pelo
circuito interno de TV, quando solicitadas em até 30 (trinta) dias da ocorrência de
qualquer ação criminosa
havida no interior do estabelecimento financeiro;
III - retardar, injustificadamente, o cumprimento de notificação da DELESP ou CV, ou
usar de meios
para procrastinar o seu cumprimento;
IV - permitir que o vigilante realize atividades diversas da vigilância patrimonial ou
transporte de
valores, conforme o caso.
Art. 132. É punível com a pena de multa, de 10.001 (dez mil e um) a 20.000 (vinte mil)
UFIR, o
estabelecimento financeiro que realizar qualquer das seguintes condutas:
I - dispor de um sistema de alarme que não atenda aos critérios de rapidez e
segurança;
II - dispor de vigilantes no estabelecimento financeiro em número insuficiente ao
mínimo necessário,
conforme previsto no plano de segurança aprovado;
III - promover o transporte de numerário, bens ou valores em desacordo com a
legislação;
IV - permitir o funcionamento do estabelecimento financeiro com desacordo do plano
de segurança
aprovado.
Pena de Interdição
Art. 133. É punível com a pena de interdição o estabelecimento financeiro que realizar
qualquer das
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seguintes condutas:
I - deixar de apresentar o plano de segurança no prazo regulamentar;
II - funcionar sem plano de segurança aprovado; ou
III - não obter a aprovação do plano de segurança apresentado.
§ 1º Após a lavratura do auto de infração correspondente, o estabelecimento
financeiro que desejar
solucionar a irregularidade deverá fazê-lo por meio da apresentação de novo plano de
segurança, conforme
previsto no art. 63 desta portaria.
§ 2º Na hipótese do § 1°, o processo punitivo instaurado será sobrestado até a decisão
final do novo
plano apresentado que, se aprovado, implicará a conversão da pena de interdição na
pena de multa prevista
no art. 130 desta portaria, e, se reprovado, ensejará o prosseguimento do processo
punitivo.
§ 3º No caso de ser aplicada, com trânsito em julgado, a pena de interdição, o
estabelecimento
financeiro será devidamente lacrado, notificando-se o responsável e cientificando-se
o Banco Central do
Brasil.
Art. 134. Os casos não previstos nesta seção serão analisados e decididos,
fundamentadamente, nos
termos do art. 7º da Lei n° 7.102/83 e 121 desta Portaria.
Seção III
Das Disposições Comuns
Dosimetria da pena de multa
Art. 135. Na fixação da pena de multa, serão consideradas:
I - a gravidade da conduta;
II - as conseqüências, ainda que potenciais, da infração;
III - a condição econômica do infrator.
Circunstâncias agravantes
Art. 136. São consideradas circunstâncias agravantes, quando não constituírem
infração:
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I - impedir ou dificultar, por qualquer meio, a ação fiscalizadora da DELESP ou CV;


II - omitir, intencionalmente, dado ou documento de relevância para o completo
esclarecimento da
irregularidade em apuração;
III - deixar de proceder de forma ética perante as unidades de controle e fiscalização
do DPF.
Circunstâncias atenuantes
Art. 137. São consideradas circunstâncias atenuantes:
I - a primariedade;
II - colaborar, eficientemente, com a ação fiscalizadora da DELESP ou CV;
III - corrigir as irregularidades constatadas ou iniciar de forma efetiva a sua correção,
ainda durante
as diligências.
Reincidência
Art. 138. A reincidência, genérica ou específica, caracteriza-se pelo cometimento de
nova infração
depois de transitar em julgado a decisão administrativa que impôs pena em virtude do
cometimento de
infração anterior.
§ 1º Considera-se específica a reincidência quando as infrações anterior e posterior
tiverem a mesma
tipificação legal, e genérica quando tipificadas em dispositivos diversos.
§ 2º No caso de infrações puníveis com a pena de advertência, havendo reincidência
genérica ou
específica, aplicar-se-á a pena prevista no art. 123 ou 129 desta portaria, a depender
do ente infrator.
§ 3º No caso de infrações puníveis com a pena de multa, a reincidência genérica
implicará o aumento
de 1/3 (um terço), enquanto a reincidência específica implicará o aumento de metade
da pena aplicada.
§ 4º No caso de infrações cometidas pelas instituições financeiras, a reincidência será
determinada,
individualmente, por cada estabelecimento financeiro infrator.
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Art. 139. Transcorridos 05 (cinco) anos do trânsito em julgado da última punição, a


empresa de
segurança privada não mais se sujeitará aos efeitos da reincidência.
Contumácia
Art. 140. Considera-se contumácia a prática de 03 (três) ou mais transgressões
específicas, ou 05
(cinco) genéricas, ocorridas durante o período de 01 (um) ano.
CAPÍTULO XII
DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 141. A DELESP ou CV realizará fiscalizações nas empresas especializadas, nas
que possuem
serviço orgânico de segurança e nos estabelecimentos financeiros, iniciando-se:
I - de ofício, a qualquer tempo ou por ocasião dos requerimentos apresentados pelas
empresas
especializadas, pelas que possuem serviço orgânico de segurança ou pelos
estabelecimentos financeiros;
II - mediante solicitação da CGCSP, das entidades de classe ou dos órgãos de
segurança pública;
III - mediante representação, havendo suspeita da prática de infrações
administrativas.
Parágrafo único. Para os fins deste capítulo, observar-se-ão os prazos prescricionais
previstos na
Lei n.º 9.873, de 23/11/1999.
Art. 142. Constatada a prática de infração administrativa, a DELESP ou CV lavrará o
respectivo
Auto de Constatação de Infração e Notificação contendo data, hora, local e descrição
do fato, qualificação
dos vigilantes e outras circunstâncias relevantes, indicando o dispositivo normativo
infringido.
Parágrafo único. Para fins de prova da infração, a DELESP ou CV poderá arrecadar
os materiais
utilizados, inclusive armas, munições e coletes à prova de balas, realizar fotografias,
tomar depoimentos de
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testemunhas ou vigilantes, assim como realizar outras diligências que se fizerem


necessárias.
Art. 143. O Auto de Constatação de Infração e Notificação iniciará o processo
administrativo
punitivo, em que serão assegurados ao autuado a ampla defesa e o contraditório.
Art. 144. A DELESP ou CV notificará o autuado através da entrega, mediante recibo,
de uma via do
auto lavrado, concedendo o prazo de 10 (dez) dias, ininterruptos, para a apresentação
de defesa escrita.
Parágrafo único. A notificação de que trata o caput poderá ser realizada:
I - por meio da ciência, no próprio auto, de qualquer sócio ou empregado da autuada;
II - pelo envio de cópia do auto, mediante aviso de recebimento, ao endereço da
autuada; ou
III - por qualquer outro meio hábil, que assegure a certeza da ciência do ato por parte
da autuada.
Art. 145. Após o prazo da defesa, com ou sem a sua apresentação, a DELESP ou CV
elaborará
parecer conclusivo e encaminhará o processo administrativo punitivo à CGCSP,
propondo a aplicação da
pena ou o seu arquivamento.
Parágrafo único. A CGCSP enviará o processo administrativo punitivo à apreciação
do Diretor-
Executivo, ouvida a CCASP, cuja decisão será publicada no D.O.U.
Art. 146. Da decisão do Diretor-Executivo caberá recurso ao Diretor-Geral no prazo
de 10 (dez)
dias, contados da publicação da portaria punitiva no D.O.U.
Parágrafo único. O recurso de que trata o caput somente terá efeito suspensivo
quando se tratar de
aplicação das penas de proibição temporária de funcionamento, cancelamento da
autorização de
funcionamento ou interdição de estabelecimento financeiro.
Art. 147. Da decisão do Diretor-Geral caberá recurso ao Ministro da Justiça no prazo
de 10 (dez)
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dias, contados da sua publicação no D.O.U.


Parágrafo único. O recurso de que trata o caput somente terá efeito suspensivo
quando se tratar de
aplicação das penas de proibição temporária de funcionamento, cancelamento da
autorização de
funcionamento ou interdição de estabelecimento financeiro.

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5- O PAPEL DA SEGURANÇA PRIVADA NO BRASIL

Segurança privada e Estado: como os dois


podem ser efetivos atuando juntos?

A segurança privada, além de ser importantíssima atuando na proteção junto


ao comércio, aos eventos e às residências, também é uma aliada ao Estado no
combate à criminalidade.

Juntos, podem ser bastante efetivos trabalhando juntos. O auxílio será mútuo,
enquanto a sociedade tende a ganhar bastante com essa parceria. Dessa
forma, o nosso artigo tem o objetivo de especificar como a atuação em conjunto
pode trazer benefícios. Continue a leitura!

Atuação conjunta da segurança privada e pública

Apesar de ser um pensamento compartilhado por muitos, é um equívoco dizer


que a segurança privada e a segurança pública são concorrentes e não
conseguem atuar bem em conjunto. Muito pelo contrário. As duas se

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complementam muito bem. Em alguns países, a segurança privada é


responsável até mesmo pela proteção de bases militares.

No Brasil, a segurança privada faz a liberação do efetivo da segurança pública,


com o intuito de atuar de forma mais incisiva no combate a criminalidade, ao
mesmo tempo que é responsável pela segurança de interesses individuais.
Logo, o Estado ganha tempo para focar em interesses coletivos.

Existem acordos de cooperação entre as duas seguranças. Um exemplo:


quando os vigilantes enxergam uma possível situação de crime, mesmo em
áreas distintas das que eles atuam, o aviso às forças de segurança é feito, no
intuito de coibir a ação dos criminosos.

A importância da segurança privada no Brasil

A importância da segurança privada em nosso país é nítida e alguns fatores


contribuem bastante para que ela continue em evidência. São alguns deles:
índice de criminalidade alto; preocupação com atos terroristas em grandes
eventos; mais pessoas conscientes em proteger a sua vida e o seu patrimônio.

Essa importância também é fruto do bom trabalho desempenhado pelas


empresas de segurança; por profissionais bem qualificados; técnicas e táticas
de segurança; pelo avanço da tecnologia e fiscalização efetivo da Polícia
Federal.

O motivo da atuação da segurança privada junto ao


Estado

A segurança privada complementa a segurança pública, pois o Estado possui


certa dificuldade em promover a proteção da população, com base na crescente
explosão de violência e deficiência do sistema carcerário do nosso país.

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SUPERVISOR DE VIGILANTE

Por mais que a segurança privada seja um meio fundamental de apoio a


segurança pública, não é o intuito dela exercer a função de polícia. Porém ela
vem se destacando como um instrumento fundamental no trabalho de proteção
ao cidadão.

A atuação da segurança privada junto ao Estado tende a trazer benefícios à


sociedade. Qualquer auxílio e trabalho coletivo são sempre muito bem-vindos.
Portanto, saiba que o intuito de um é sempre complementar o trabalho do outro.

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6- GERENCIAMENTO DE CRISES

Para todo bom supervisor em qualquer área, é necessário saber gerenciar as crises.

Gerenciamento de crise é um método administrativo que visa a redução


de prejuízos no momento em que ocorre uma disrupção, por motivos internos ou
externos, no processo normal de determinada organização.

Esta atividade possui alta criticidade, visto que lida com um problema - geralmente de
grande magnitude - e que mal trabalhada poderá influir diretamente na continuidade
desta organização, causando até a cessão de suas atividades.

O plano de gerenciamento de crises

Para que uma crise seja bem administrada, é necessária a existência prévia de um
planejamento bem elaborado e factível.

Este plano possui diversas etapas, as quais destacamos:

 Levantamento de riscos
 Diagnóstico de ameaças
 Planejamento de processos
 Implementação
 Manutenção

Todas estas etapas devem estar sinergicamente ligadas e a manutenção é de extrema


importância para que o plano seja executado imediatamente na sua ativação.

Você conhece a importância do gerenciamento de crise?

Infelizmente, muitos gestores ou empresários não dão muita atenção ao


gerenciamento de crise e esperam que surja algum contratempo para, somente então,
agir. O ideal é que essa atenção comece antes de qualquer problema, ainda em um
ambiente calmo e imparcial

É preciso lembrar que crises, sejam elas ocasionadas por fatores internos ou externos,
surgem quando menos se espera. Sendo assim, é preciso estar preparado, com uma
equipe bem treinada e alinhada, para agir com rapidez e eficácia.
35
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O que é gerenciamento de crise?

De modo geral, o gerenciamento de crise é um conjunto de práticas no intuito de


identificar fontes de riscos para a empresa e gerenciá-las ou, caso algum problema já
tenha se instaurado, garantir que seja controlado. Assim, é possível mitigar os
prejuízos de modo significativo. Há muito, o assunto é discutido em todas as
empresas.

O gerenciamento adequado vai da avaliação dos perigos em potencial e da criação


do plano de contingência até o domínio dos meios de comunicação internos e
externos. Desse modo, o controle pode ser mantido mesmo nos momentos difíceis.

O gerenciamento de crise ainda se preocupa em aprender com os erros que já


ocorreram, registrando as respostas à crise e evitando que o mesmo ocorra no futuro.
Com isso, toda a organização entra em um processo de aprendizagem.

Qual a importância dessa gestão para a empresa?

Peguemos como exemplo a companhia BRF, uma das maiores companhias de


alimentos do mundo, que perdeu mais de R$ 4 bilhões em valor de mercado, resultado
de escândalos envolvendo sua produção de alimentos. Crises como essa são mais
comuns do que se imagina, apenas não são tão divulgadas.
Em 1982, a fabricante Johnson & Johnson passou por uma “prova de fogo”. Algumas
de suas cápsulas de Tylenol foram envenenadas intencionalmente (por alguém de
fora da empresa), o que ocasionou a morte de 7 pessoas. Apesar de ser o seu produto
mais vendido, a fabricante solicitou o recolhimento imediato de todo o medicamento.

O prejuízo à companhia foi de mais de US$ 100 milhões e, por isso, muitos pensavam
que ela não se recuperaria. Porém, graças à prontidão em recolher os medicamentos
e gerenciar a crise, o prejuízo não foi maior e a Johnson & Johnson voltou a ter
credibilidade no mercado.

Existem diversos benefícios em gerenciar uma crise de forma eficaz, como:

 mitigar o impacto do ocorrido interna e externamente;


 permitir uma ação rápida e eficaz;
 preservar a imagem da empresa no mercado;

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 garantir que problemas semelhantes não se repitam;


 demonstrar respeito com a sociedade e outros stakeholders;
 impactar no alinhamento e na prontidão das equipes de trabalho;
 potencializar as chances de sobrevivência do negócio.

Quais são os maiores perigos em potencial?

Um dos maiores desafios na gestão da crise é definir as principais fontes de


problemas, pois são muitos os perigos em potencial — desde fatores
macroeconômicos, como um colapso do governo, até problemas internos, como
produtos estragados.

De acordo com o renomado professor Richard Luecke, escritor e professor da


universidade de Harvard, algumas das principais fontes são:

 acidentes e eventos naturais;


 contaminação de produtos;
 desastres ambientais e de saúde;
 panes tecnológicas;
 forças econômicas e de mercado;
 funcionários trapaceiros.

É preciso analisar essas fontes para identificar crises em potencial. Em seguida,


ponderar acerca da sua probabilidade de ocorrência e grau de impacto na empresa.

Enquanto algumas fontes possuem baixa probabilidade de ocorrência e impacto na


saúde da empresa, outras possuem chances gigantescas de acontecer e podem levar
todo o empreendimento à falência. O gestor deve analisar com atenção!

Como investir no gerenciamento de crise?

Liste as 10 piores coisas que podem acontecer

Crie um comitê com os funcionários da empresa (o grupo pode ser formado por
lideranças de diversas áreas) e liste as piores coisas que podem acontecer no
trabalho. Além disso, estabeleça as possíveis soluções, isso é, o que fazer caso o
problema “ganhe vida”.

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As 10 piores coisas devem ser listadas considerando a gravidade da crise e sua


probabilidade de ocorrência. Ao fazer isso com outras pessoas, você também poderá
ter novas perspectivas de problema — muitas, até então, impensadas.

Aja rapidamente e decisivamente

Não espere muito tempo para agir. Mesmo ao sinal de problemas pequenos, tome
decisões que protejam o negócio, seus funcionários e a sociedade em geral. O capital
financeiro vem em segundo plano.

É muito importante que o CEO da empresa esteja envolvido pessoalmente, como o


líder que é, para direcionar os outros colaboradores. Desse modo, é provável que
qualquer empecilho seja contornado com maior rapidez, segurança e autoridade.

Comunique-se generosamente com os stakeholders

Na contenção de qualquer crise, a comunicação é um pilar fundamental. É preciso


manter um bom diálogo com todo o público interno, em especial os empregados e
investidores, indicando o que deve ou não ser feito.

Também é preciso se comunicar com os stakeholders que estão fora da empresa,


como os clientes e sociedade em geral. É preciso adotar uma postura de transparência
e respeito, garantindo que tenham informações verdadeiras sobre o que acontece.

Conte com uma agência especializada

Na maioria das vezes, é preciso contar com uma agência que tenha maior
conhecimento e experiência no assunto, evitando que o problema se alastre e gere
prejuízos maiores. Desse modo, poderá ter todo o suporte necessário ao sucesso da
ação.

A consultoria poderá atuar de maneira preventiva, evitando que graves problemas


ocorram, ou reativa, criando e executando planos para a contenção da crise. Além de
tudo, desenvolverá um plano de comunicação 360º, considerando todos os grupos de
interesse do empreendimento.

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SUPERVISOR DE VIGILANTE

Como pode-se observar, o adequado gerenciamento de crise é indispensável. Além


de garantir diversos benefícios ao empreendimento, aumenta a segurança e bem-
estar dos funcionários, clientes, investidores e outros grupos próximos à empresa.

DICAS PARA GERENCIAR AS CRISES DENTRO DE UMA EMPRESA

É comum que empresas tenham problemas, mas esses conflitos podem, muitas
vezes, desgastar a imagem do negócio e trazer consequências negativas. Por isso, é
super importante saber como gerenciar crises na empresa.
Dificuldades financeiras, desgaste entre funcionários ou colaboradores, problemas
nas redes sociais são só alguns exemplos dos problemas que sua instituição pode
enfrentar.
Mas como o gestor pode fazer para contornar estes problemas?
Neste post daremos dicas para minimizar e sanar adversidades
internas e externas da sua organização.

9 dicas para gerenciar crises na empresa


1. Monitoramento de marca
A principal dica para empresas que querem prevenir problemas é monitorar a marca.
O que está sendo comentado nas redes sociais diz muito sobre como clientes e
possíveis consumidores enxergam seu posicionamento.
Ler comentários, críticas e sugestões pode fornecer insights interessantes
para melhorar sua estrutura e processos.
Lembre-se que as críticas podem se espalhar rapidamente na internet e nas redes
sociais.
O monitoramento constante pode evitar que algumas situações saiam do controle.
Ela pode ser controlada com antecedência e, inclusive, prevista.
O mais indicado é que haja um profissional específico destinado a esta tarefa.
Monitorar as menções da sua marca no site Reclame Aqui, por exemplo, é uma ótima
maneira de saber como está a relação dela com seu público.

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Outra ferramenta importante para o acompanhamento de suas menções é o Alertas


Google, onde você recebe notificações cada vez que determinado assunto é
mencionado nas redes.
Para quem prefere a utilização de uma ferramenta automatizada, ainda há opções
como o Social Media Monitor, Social Metrix, Radian 6 ou E.life.
2. Elabore um plano de ação
Toda e qualquer organização precisa ter planos de ação bem elaborados para o
gerenciamento de crises.
Pesquise o mercado, seus concorrentes e possíveis cenários-problema.
Após esse levantamento de informações, trace planos para sair desses possíveis
problemas.
Imagine não só os cenários mas também as soluções. Esteja preparado para
gerenciar crises na empresa.
3. Invista em treinamento de equipe
Sua equipe precisa estar em constante treinamento.
Capacitações para fazer com que não apenas o dia a dia de trabalho seja mais ágil,
mas também para que os funcionários tenham mais conhecimento sobre a empresa.
Eles devem saber tudo sobre o negócio, desde sua missão e valores até projetos que
estejam ocorrendo.
Engajamento depende de sentir-se parte de algo e, por isso, nada mais justo do que
trazer para dentro de todos os processos quem faz com que eles aconteçam.
4. Seja receptivo com seus funcionários
Faça reuniões periódicas com o grupo. É importante saber ouvir.
Algumas situações negativas começam no ambiente interno da empresa e ficam
grandes por não serem contidas logo no seu início.
Conversar com a equipe, pedir conselhos, receber bem as críticas e estar atento às
necessidades do pessoal são algumas das dicas que garantem a harmonia do
conjunto.
5. Empatia é fundamental
Como sua empresa quer ser vista por seus clientes e colaboradores?
Veja as atitudes do seu negócio do ponto de vista de
seus funcionários e consumidores.

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Tente se posicionar do outro lado e analise se este é o ideal para gerenciar crises na
empresa em que você gostaria de trabalhar ou que você confiaria a ponto de virar
consumidor.
6. Entre em contato: responda comentários sempre que possível
Tem uma caixa de sugestões na empresa? Comentários nas suas redes sociais? O
que a organização faz com essas informações recebidas?
É fundamental que exista um pessoal que receba todos esses comentários, leia e faça
uma triagem.
Muitos problemas podem ser evitadas ou até sanados quando se escuta o que as
pessoas têm a dizer.
Isso se intensifica em tempos nos quais as redes sociais são uma forte ferramenta,
que pode ser utilizada para fortalecer ou acabar com a imagem de uma empresa.
7. Reconheça seus erros: peça desculpas
A empresa errou? Peça desculpas!
Se não tem outra forma de contornar a situação, admita a falha, justifique e tente
consertar o ocorrido da melhor maneira possível.
Muitas adversidades empresariais podem ser encerradas com um pedido sincero de
desculpas e a correção do ato.
Pode acontecer de uma postagem ofender uma fatia de consumidores. Nesses casos
a empresa precisa agir rápido, retirar o post do ar e pedir desculpa a todos que se
sentiram de alguma forma lesados pelo conteúdo.
Não tomar essa atitude pode fazer com que o caso tenha uma enorme repercussão
negativa.
Recentemente dois exemplos foram destaque nas redes sociais.
Uma das situações ocorreu quando a marca Halls pediu desculpas a seus clientes
após ter um produto fortemente criticado no Facebook.
A ação contou com um vídeo de lançamento de outro produto e agradou os
consumidores da marca.
Já a marca de produtos alimentícios Sadia, ignorou as críticas a um de seus
comerciais e continuou a exibi-lo. O resultado foi uma enxurrada maior de comentários
negativos.
Não é recomendado que empresas ignorem seus consumidores, eles são a chave
para o sucesso do seu negócio.
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8. Não procure culpados: foque na solução


Está em meio a um problema? Neste momento não gaste energia em encontrar
o culpado e puni-lo.
Primeiramente, consiga olhar o problema de forma clara, caso ele esteja fora do seu
planejamento, reúna a equipe necessária para superar a adversidade.
Realize reuniões periódicas: fique por dentro de tudo que está acontecendo
Receba os coordenadores de cada setor da sua organização periodicamente.
É importante que todos os departamentos tenham noção do que acontece nos demais
setores. O administrador deve conhecer o todo para, caso seja necessário, possa
pensar em uma solução o mais rapidamente possível.
9. Aprenda com seus erros
Errou? A empresa conseguiu resolver a situação?
Então é o momento de fazer uma avaliação do ocorrido para que o problema não se
repita. Aprender com seus erros e com os de outras empresas concorrentes pode
evitar novas crises.
Não perca a oportunidade de avaliar as situações e tirar proveito delas. Tudo é um
aprendizado, e só cresce quem consegue fazer do limão uma limonada.
As situações negativas precisam, sempre que possível, ser contornadas o mais
breve possível.
Todas as orientações apresentadas aqui devem ser utilizadas de acordo com
a realidade da sua empresa e do mercado em que está inserida.
Elas também devem ser adaptadas sempre que necessário.

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7- MOTIVAÇÃO DE EQUIPE

Em um cenário econômico bastante instável, as empresas têm lutado para sobreviver


às adversidades e a motivação de equipe tem sido crucial nesse momento de
pandemia mundial.

O Coronavírus já impactou a vida de toda a sociedade brasileira e sua recuperação


será demorada. Até a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não tem uma
estimativa para a normalização da vida no planeta.

Apesar de tudo isso, as empresas continuam ativas e precisam desenvolver novas


estratégias para permanecer relevantes no mercado. A chave para o sucesso em
tempos de crise é a eficiência.

E qual é o significado de eficiência para as empresas? Produzir mais com menos!

Para chegar em um nível em que os colaboradores aproveitem 100% de suas


capacidades, o ponto chave é ter uma equipe motivada. A motivação de equipe é um
dos assuntos mais discutidos pelos gestores ou administradores de empresa.

O sucesso nesta área tem relação direta com lideranças positivas e ações que
tornam os colaboradores em verdadeiros embaixadores das organizações para
as quais trabalham.

Benefícios de uma equipe motivada

A motivação de equipe faz com que os colaboradores atuem em torno de um objetivo,


além de proporcionar um clima organizacional agradável para os colaboradores, faz
o funcionário ter uma maior produtividade.

É o que a pesquisa realizada pela Right Management apontou. Segundo o estudo,


o colaborador motivado produz 50% a mais do que uma pessoa desmotivada. Para
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chegar a este resultado, a consultoria ouviu 30 mil pessoas de 15 países. Destes, 10


mil eram brasileiras.

Desta forma, motivação de equipe também proporciona a empresa uma vantagem


competitiva em relação aos concorrentes, pois conseguirá oferecer mais condições
na venda e ainda produtos ou serviços com melhor qualidade.

O colaborador quando atuando em uma equipe motivada, tem maior zelo e senso de
responsabilidade, levando-o adquirir novos comportamentos para alcançar metas e
atingir resultados.

Além disso, junta-se a esta lista outro benefícios para as empresas. A motivação de
equipe ocasiona menor número de processos trabalhistas e maior retenção
de talentos.

Apesar de ser fundamental para uma empresa manter programas de motivação de


equipe, aplicar este tipo de ação não é um processo simples.

Cada organização possui suas próprias características, o que merece estudo e análise
profundas do perfil dos colaboradores e da missão da empresa.

O que é motivação de equipe?

Motivação, em um contexto psicológico, não é uma competência, mas sim uma


resposta do colaborador a estímulos enviados pela empresa e pelo ambiente onde o
colaborador atua.

Por isso a importância das corporações viabilizarem um clima organizacional positivo,


que leve as pessoas a superarem seus limite. As pessoas se adaptam ao modo com
que os colegas trabalham.

Entendendo que motivação de equipe, basicamente, é criar estímulos para que o


funcionário tenha as atitudes positivas, qual é a melhor forma enviar esses
estímulos?

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A motivação de equipe é um assunto complexo, já que cada pessoa tem uma


maneira diferente de lidar com a motivação. Isto varia de acordo com a personalidade,
emoções e crenças dos colaboradores.

Então, ter um perfil psicológico dos seus colaboradores é crucial para a motivação de
equipe, bem como entender quais são as necessidades psicológicas que as
pessoas buscam na empresa.

Mesmo que a motivação de equipe seja uma ação mais individual do que coletiva, é
possível estabelecer procedimentos que favorecem os estímulos positivos de uma
maneira geral nos funcionários.

A motivação de equipe no ambiente de trabalho pode ser considerada a partir destas


necessidades básicas de qualquer colaborador: segurança, social, estima, auto-
realização.

Como motivar uma equipe?

Apesar de toda a teoria sobre motivação de equipe, pode-se afirmar que


reconhecimento, realização profissional, capacitação e o dinheiro são a base para a
motivação de um colaborador no ambiente corporativo.

Ter um planejamento baseado nestes itens ou ações integradas do RH são


fundamentais para que os colaboradores sintam-se parte da equipe e
ofereçam resultados positivos às organizações.

Veja algumas ações que podem ser implantadas:

 Reconhecimento: aqui, o ponto central é oferecer feedback aos


colaboradores. É essencial que o colaborador saiba se o trabalho está sendo
realizado de acordo com as necessidades da empresa. Vale também ter
um política de premiação a metas conquistadas.

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 Realização Profissional: oferecer oportunidades para o colaborador crescer


na empresa é essencial para que ele se mantenha motivado a ajudar a empresa
em sua missão. Por isso, invista em um plano de carreira na sua empresa.
 Capacitação: tenha um projeto de treinamento constante dos colaboradores.
Eles sentiram mais engajados quando recebem este tipo de orientação, pois
podem entregar melhores resultados ao adquirir novos conhecimentos,
além de acreditarem que a empresa acredita no trabalho deles.
 Dinheiro: uma equipe sempre estará motivada se houver algum ganho
financeiro ao realizar uma meta, seja um bônus de final de ano ou algum
prêmio. Dinheiro pode não ser tudo, mas será um grande fator para o alcance
de resultados.
Porém, antes de você implementar um plano de motivação de equipe, deve-se criar
um perfil psicológico dos colaboradores e saber como está o clima
organizacional da empresa.

Desta maneira, você terá um planejamento estratégico vai ao encontro das


necessidade da empresa e dos funcionários. Para isso, o ideal é fazer uma pesquisa
interna.

Quando comenta-se sobre motivação, outro ponto é essencial para que os


colaboradores possam aumentar a produtividade no trabalho: a liderança da
empresa.

O papel do líder na motivação da equipe

Ações para motivar uma equipe podem ir pelo ralo se você não considerar a
importância da liderança. O líder é a pessoa responsável por influenciar os
colaboradores de forma positiva ou negativa. Será o elo entre a empresa e a força
de trabalho.

Cabe ao líder ter uma visão estratégica para desenhar o caminho que a equipe
percorrerá atrás dos resultados, além de desenvolver um sentimento de confiança
entre seus comandados e resolver os problemas do dia-a-dia.

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Desenvolver o papel das lideranças na empresa passa pela comunicação direta que
este tem com os colaboradores.

Ter um líder que comunique as mensagem corretas, na hora no momento ideal,


certamente faz com que os colaboradores aumentem sua produtividade.Aqui no
blog da Engaje, já fizemos um material que mostra como você pode criar um programa
de liderança de sucesso na sua empresa, que é bastante útil para entenderem a
motivação de equipe. São 4 etapas essenciais.

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8- PROGRAMA DE LIDERANÇA

As empresas precisam de líderes em todas as áreas da organização, pois são os


líderes que garantem o cumprimento das metas e o desenvolvimento dos seus
liderados. Entretanto, muitas empresas ignoram a importância de implementar planos
de sucessão e programas de desenvolvimento de liderança para oferecer aos
seus funcionários um caminho claro para funções de gerenciamento.

Criar um programa de desenvolvimento de liderança para sua equipe é uma maneira


de oferecer a eles a oportunidade de desenvolver as habilidades necessárias para
progredir em sua organização e crescer em sua carreira.

Esses programas também podem gerar outros benefícios, como maior moral dos
funcionários e maior produtividade, criatividade e inovação da equipe.

Eles também podem ajudar seus funcionários a se sentirem mais conectados ao


negócio e entender como o trabalho deles agrega valor à organização como um todo.

Se você acha que sua organização se beneficiaria com a criação de um programa de


desenvolvimento de liderança, continue lendo este artigo para aprender as quatro
etapas essenciais para a criação de um programa de desenvolvimento de liderança.

1. Defina as necessidades de liderança da sua empresa

Um bom exercício é pensar nas lacunas específicas de liderança que sua


organização tenha ou possa enfrentar em breve.

Por exemplo, algum líder quer se aposentar em breve? E se os líderes atuais saíssem,
que atributos e características mais fariam falta para a empresa?

Pense também sobre os objetivos estratégicos de curto e longo prazo da empresa.

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Por exemplo, se a organização está em um caminho rápido para o crescimento, seu


programa de desenvolvimento de liderança deve estar alinhado para garantir que a
empresa tenha a liderança certa para atender a essas prioridades.

Além disso, reflita sobre o que significa liderança para o seu negócio.

Quais são os traços que sua empresa mais valoriza em seus líderes? Aprofunde-se
nisso e evite chegar a descrições vagas como “proativo” ou “dedicado”.

2. Desenvolva, não treine

Lembre-se de que os líderes podem ser nutridos e desenvolvidos, mas não fabricados.

Ao criar um programa de desenvolvimento de liderança, pense em como você pode


colocar os participantes em situações que exijam que eles aprendam e cresçam.

Os exemplos incluem dar aos candidatos a oportunidade de avançar quando outros


líderes estão ausentes ou de colaborar com colegas de outros departamentos em um
projeto especial (As habilidades de colaboração são muito importantes para os
líderes).

Mentoria, treinamento e planejamento organizacional, com atividades individuais


como rotatividade de cargos, acompanhamento de tarefas e liderança de projetos, são
frequentemente componentes de programas eficazes de desenvolvimento de
liderança.

O treinamento em sala de aula, como programas de MBA, educação executiva e


cursos online, também pode fazer parte de um programa formal.

Leitura recomendada: Blended Learning: entendendo os dois lados do aprendizado


misto

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Além disso, certifique-se de apoiar os participantes com feedback e treinamento


contínuos; isso pode ser especialmente útil vindo de gerentes seniores que podem
servir como modelos e mentores.

3. Identifique os líderes em potencial

Líderes em potencial podem estar em qualquer lugar da sua empresa — e identificá-


los nem sempre é fácil.

Um erro comum em programas de desenvolvimento de liderança é concentrar


recursos apenas em funcionários de alto desempenho.

Só porque alguém demonstrou excelente trabalho em sua posição atual, não significa
que a pessoa evoluirá a ponto de virar um líder para o negócio.

Tenha uma mente aberta e esteja disposto a olhar além dos candidatos mais óbvios.

Você também pode considerar convidar funcionários promissores de outros


departamentos para participar do programa.

Um programa eficaz de desenvolvimento de liderança deve ser capaz de polir todos


os “diamantes em bruto” da sua organização e dar aos funcionários as habilidades e
a confiança para subir na carreira.

Você provavelmente encontrará algumas pessoas que ficarão perfeitamente felizes


em permanecer em seus empregos atuais ou seguir um caminho diferente que não as
levará ao nível gerencial.

Isso está ok. Eles podem ser líderes para o seu negócio de outras formas.

Apenas certifique-se de que todos os funcionários estejam cientes das


oportunidades de desenvolvimento de liderança disponíveis em sua organização e
tenham a oportunidade de aproveitá-las.

4. Meça os resultados do seu programa de desenvolvimento de liderança


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Antes de implementar formalmente seu programa de desenvolvimento de liderança,


determine como você medirá o sucesso e o impacto do seu programa.

Algumas opções de medição incluem:

 O número de participantes que concluem o programa com sucesso;


 O número de participantes que você promove depois de passar pelo


programa;

 Aumento das responsabilidades de liderança dos funcionários;


 Se os colegas sentem que os participantes do programa estão se
transformando em líderes eficazes.
Além disso, como parte de sua avaliação, avalie se os funcionários desenvolveram
habilidades de liderança que os ajudarão a serem mais eficazes em seus cargos
atuais — não apenas qualificá-los para promoções no futuro.

Líderes empresariais eficazes também entendem como cada faceta da organização


funciona.

Eles não conhecem necessariamente todos os detalhes, mas eles têm uma visão
geral das operações.

Portanto, incentive os funcionários de seu programa de desenvolvimento de liderança


a ampliar ainda mais suas habilidades, assumindo projetos que normalmente não
cruzam suas mesas.

Isso exigirá que eles trabalhem fora de suas zonas de conforto. Sua capacidade de
se adaptar e prosperar nessas situações é outra medição de sucesso.

Mas atenção, tome cuidado para não sobrecarregar esses trabalhadores no processo,
ok?

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Dica de ouro: mantenha a retenção em foco

De muitas maneiras, os programas de desenvolvimento de liderança são


como estratégias de gestão de pessoas de longo prazo: eles ajudam você a
identificar e preparar funcionários talentosos que poderiam assumir posições-
chave de gerenciamento no futuro.

Então, você precisa ter cuidado para não perder esses valiosos membros da equipe.

Oferecer uma compensação promissora aos empregados para adequar suas


habilidades em desenvolvimento é uma estratégia.

Você também pode considerar realizar reuniões presenciais com futuros líderes para
garantir que eles estejam satisfeitos com sua carreira e se sentindo engajados.

Um sistema de bonificações para funcionários, no qual os membros da equipe


ganham incentivos como dias de férias extras, vagas reservadas em estacionamento
ou cartas de agradecimento dos superiores para realizações específicas muito depois
do término do programa, também pode impactar positivamente a retenção.

Ter um bom programa de desenvolvimento de liderança é importantíssimo para


empresas que pretendem se manter e crescer ainda mais.

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