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PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
Sumário
FUNDAMENTOS DE PSICOLOGIA E PSICOLOGIA DA
APRENDIZAGEM............................................................................................... 0
REFERÊNCIAS: .................................................................................... 38
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NOSSA HISTÓRIA
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A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER A PSICOLOGIA
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Quando surge a razão
As explicações dos fenômenos eram feitas por meio de mitos. Foi com os
gregos que, há cerca de oito mil anos, passou-se a buscar as respostas, por
meio da RAZÃO. Com origem na FILOSOFIA, a razão é uma concepção que
perpassa toda a história da própria Filosofia. A capacidade de pensar e fazer uso
dela é característica que distingue a espécie humana das demais espécies. O
homem busca compreender os fenômenos à sua volta, por meio de uma
explicação lógica, procurando a causa ou o motivo de sua ocorrência.
O inatismo ou racionalismo
O empirismo
Séculos mais tarde, surgiu uma posição diferente da defendida por Platão,
uma teoria chamada Empirismo, que entendia que a razão era adquirida por
meio da experiência. JOHN LOCKE e DAVID HUME, filósofos empiristas,
assumiram essa posição e consideravam que o homem nasce sem o
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conhecimento, assim como um papel em branco, e necessita adquiri-lo por meio
da experiência e do hábito. Em grego, empeira significa experiência. Por isso,
Empirismo (conhecimento empírico) quer dizer “conhecimento através da
experiência”.
O construtivismo
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A ORIGEM DA PSICOLOGIA
Os fundamentos da Psicologia
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sistema de ideias de uma época, não considerando, assim, fatores externos,
como as condições sociais e econômicas. Segundo esta concepção, o homem
atua por meio das ideias pelas ideias, criando individualmente formas de
conhecimento. Ou seja, ela baseia-se no mito dos heróis da história do
pensamento. É como se estes fossem eleitos ou privilegiados por alguma
iluminação ou revelação de ordem sobrenatural, independentemente de toda
condição material de vida. Instaura-se, assim, uma cisão entre o homem -
produtor de ideias -, a produção de ideias e a ordem social.
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ou seja, psicologias com divergências quanto aos seus fundamentos teóricos e
práticos. Só para exemplificar, temos entre as escolas de Psicologia Behaviorista
e a Psicanálise, cujos objetivos, objetos e métodos são diferentes, o que implica
visões de mundo, de homem, e práticas psicológicas também diferentes.
Assim, evitando qualquer uma das cisões acima expostas, opto, neste
texto, pela concepção histórico-social, que pode ser considerada como
superação da concepção externa lista, mecanicista, fatalista e determinista. De
acordo com a concepção histórico-social, não se pressupõe o homem em total
dependência e condicionamento em relação aos fatos externos. Este é
considerado na sua condição humana de agente prático-objetivo e agente
reflexivo-subjetivo, ou seja, é um homem que, ao se relacionar com outros
homens e com o mundo, transforma-se e transforma este mundo, a partir da
atividade prática humana, o trabalho. Enquanto ser histórico-social, este homem
não só faz a história, como vive nela e através dela. Portanto, se de um lado não
é solipsista - crença cuja única realidade é o eu -, de outro não está fadado a se
resignar diante dos fatos. Esta concepção está representada nas ideias
sociológicas de Karl Marx e nas ideias psicológicas de Vygotsky, Leontief, dentre
outros.
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necessária para sua sobrevivência, que é o trabalho, e a partir das relações
sociais que se constituem pelo e no trabalho. “Somente na história de vida prática
dos homens cabe pensar a individualidade, que constitui o indivíduo, que o
singulariza, que o distingue, mas ao mesmo tempo não se encerra nele”
(Palangana,1998, p.07).
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longo de sua história vai constituindo sua humanidade, vai se humanizando e se
apropriando dos fenômenos mentais como algo que lhe pertence.
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caracterizada pelo pensamento mítico, no qual a explicação, em forma de
narrativa, da origem das coisas está fora do homem, está nos deuses ou nos
astros. Não se dirige ao intelecto, mas ao imediato vivido, aos sentimentos,
exigindo fé, confiança, adesão.
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relações sociais de dependência entre aquele que produz (servo) e aquele que
se apropria da produção (senhor). Nessa sociedade a obediência ao superior é
fundamental para a manutenção do modo de vida. O superior é tanto o senhor
feudal quanto Deus. Desta forma, a noção de pecado capital, própria do
cristianismo, propõe a separação do humano e do divino, evidenciando a fé como
forma de o homem conhecer a verdade. Aqui, a visão de mundo é teocêntrica.
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conhecimento e produção), por outro exige também uma retomada do
conhecimento humano, do homem enquanto linha de produção, enquanto força
de trabalho, enquanto detentor do capital.
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O ideal de sujeito epistêmico pleno e de indivíduo autônomo fracassa, já
no próprio aparecimento.
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defender os próprios interesses. Ainda há o mercado de trabalho que propõe ao
homem, na falta de capital, vender sua força de trabalho em troca de um salário
que possibilite a compra de produtos necessários para sua sobrevivência.
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que há de vivência, sentimento, valores, significado das ações humanas;
portanto, o método deve ser o da interpretação - que confere significado e
sentido aos fenômenos psíquicos. Aqui temos outra face da Psicologia pré-
científica, com as psicologias espiritualistas, que buscam na consciência,
enquanto vivência imediata ou duração existencial do ser humano, o testemunho
de tudo o que lhe acontece. A repercussão desta forma de pensar está nas
psicologias humanistas, na Psicanálise, na fenomenologia e no existencialismo.
Com está breve reflexão, creio que se pode concluir que a contradição do
projeto da Psicologia reflete, em muito, as divergências teórico-metodológicas
das psicologias na atualidade, bem como a tentativa de vários autores da
Psicologia de buscarem sua unificação. Por outro lado, creio que é somente por
meio da reflexão sobre a História da Psicologia e suas implicações no plano das
práticas sociais que se pode não só responder à necessidade ou não de sua
unificação, como também entender a origem das divergências apontadas.
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Sendo a constituição do conceito de subjetividade uma expressão
histórica do pensamento humano, a reflexão sobre alguns fundamentos da
Psicologia, a partir desta tese, pode esclarecer qual lugar cada psicologia ocupa
no espaço sociocultural contemporâneo - aqui considerado o contexto onde se
desenvolvem as relações sociais humanas constitutivas da subjetividade, como
se articulam com as ideologias que propiciam a constituição da subjetividade na
modernidade e como tratam a tão intrincada relação humana objetividade-
subjetividade.
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
Por outro lado, aqueles que acham que a criança nasce como uma “folha
em branco” muitas vezes usam abusivamente do poder para inculcar nela o
conhecimento. Assim, relações como as que ocorrem entre pais e filhos,
professores e alunos, podem se revestir de um poder muitas vezes
desmesurado. Dentro dessa perspectiva, as crianças têm poucas oportunidades
de se expressarem e pensarem livremente.
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Essas ideias misturam-se a outras que seriam mais ou menos traduzidas
em questões como: que capacidade de aprender conteúdo específicos da
matemática teria uma criança ou um adolescente? Por que, para certas pessoas,
torna-se tão difícil aprender um determinado conhecimento?
Nossa experiência prática nos permite educar e ensinar até certo ponto.
Entretanto, quando se trata de uma ação intencional exercida por profissionais
dentro da escola, há necessidade de uma maior clareza sobre os processos que
envolvem o ato de ensinar e aprender. E é disso que estamos tratando nesta
disciplina.
Nesta aula, portanto, faremos uma reflexão acerca dos diferentes fatores
que envolvem as relações entre o desenvolvimento pessoal e a participação em
práticas e atividades educativas. Situaremos as principais alternativas
conceituais em relação à temática, bem como apresentaremos conceitos básicos
de duas abordagens teóricas: a Teoria Inatista-maturacionista e o
Comportamentalismo.
FATORES INTERVENIENTES NO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
O contato direto com nossos amigos, filhos, pais e pessoas em geral nos
faz constatar um fato corriqueiro: as pessoas mudam durante seu ciclo vital. Nos
primeiros anos de vida, essa mudança é ainda mais visível.
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Comecemos fazendo uma observação rápida em nossa própria vida. Que
mudanças físicas e psíquicas podemos constatar? Quais fatores contribuíram
para que essas mudanças ocorressem? A educação que tivemos na escola e na
família contribuiu para que chegássemos ao que somos hoje? Em que medida?
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O PONTO DE VISTA DA TEORIA INATISTA-
MATURACIONISTA
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concluíram que características psicológicas como o nível de inteligência e
habilidades de escrita, leitura, cálculo, entre outras, seriam transmitidas de pai
para filho através da herança biológica. O meio social e a educação, portanto,
cumpririam apenas o papel de impedir ou de deixar aflorar essas características.
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desenvolver a curiosidade, de aprender a investigar, a se expressar, teríamos o
oposto: as dificuldades seriam vistas como uma herança negativa, contra a qual
nada poderia ser feito.
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O PONTO DE VISTA DA TEORIA
COMPORTAMENTALISTA
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Cebolinha, que liga um gravador onde toca a mesma música da sorveteria. Ao
ouvir o estímulo musical, Mônica se derrete em lágrimas. Quanto mais a música
toca, mais Mônica chora. Cebolinha aproveita-se da situação e a obriga a dizer
que não é mais a “dona da rua”. Quando está prestes a ceder a liderança para o
Cebolinha, chega Renatinho se desculpando por não ter ido ao seu encontro.
Mônica percebe que ele está de mãos dadas com uma menininha: sua irmãzinha
caçula. Ela, então, compreende a provocação de Carminha e o final todos já
sabem... sobra pancadaria pro Cebolinha.
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Como vimos, os princípios descobertos e sistematizados por essa
corrente de pensamento explicam os comportamentos aprendidos em situações
cotidianas. Qual seria, então, a consequência dessa teoria para a educação?
AS TEORIAS PSICOGENÉTICAS
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Essa forma de pensar coloca a relação entre o sujeito aprendiz e o meio
em que vive como elemento central. O desenvolvimento e a aprendizagem são
processos de construção permanentes. Ocorrem através das interações que as
pessoas estabelecem com seu meio físico e cultural.
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EDUCAÇÃO COMO GERADORA DE PROCESSOS
DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
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de fazer para se apropriarem de determinados conceitos. Isso inverteria a forma
como vemos a criança. São essas dificuldades normais de apropriação do
conhecimento que tornam o ato de conhecer tão fascinante.
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conhecimentos é repassar informações e conceitos de maneira estática para
serem memorizados pelos aprendizes.
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que as crianças precisam empreender para decifrar aspectos de sua realidade
social? De que maneira, por meio do trabalho coletivo, a criança amplia sua visão
de mundo e toma consciência de seu papel como cidadã?
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vai muito além do relato de informações recém adquiridas. Isso não se configura
como uma dificuldade de aprendizagem, mas é parte inerente do processo de
aprender (GOULART; GOMES, 2002).
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ABORDAGEM DA APRENDIZAGEM E TEORIA
SOCIOCOGNITIVA DE BANDURA
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cognitivo-comportamentais voltadas para ensinar os indivíduos a modificarem
seu comportamento. Os métodos auto instrucionais ajudam a s pessoas a
alterarem o que dizem para si mesmas.
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como um estresse”, ou ainda “se eu trabalhar realmente duro, posso conseguir
terminar”.
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O modelo desenvolvido por Bandura (2006) é embasado no pensamento
de determinismo recíproco, ou seja, as interações entre indivíduo e ambiente
determinarão quais serão as atitudes, os pensamentos e as consequências
futuras. Os pensadores que seguem a ideia de determinismo não entendem que
seja possível prever o que acontecerá futuramente, pois as variações de
combinações entre comportamento e respostas ambientais são
demasiadamente grandes para se fazer uma estimativa minimamente válida.
Mesmo assim, esses pensadores entendem que todos os comportamentos e
pensamentos derivam de interações comportamentais passadas. Dessa forma,
não existiria livre-arbítrio real ou escolhas ao acaso— tudo é determinado pelas
trocas entre comportamentos e reforços ou punições ambientais que aumentam
ou diminuem a frequência desse comportamento.
Bandura (2006) estruturou sua teoria sociocognitiva, por meio dessa rede
intrincada de influências que sobrepõem umas sobre as outras. Santrock (2009)
utiliza um exemplo para ilustrar como se dá a aprendizagem de estudantes pelo
viés da teoria sociocognitiva:
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a) Cognição influencia comportamento — o estudante desenvolve
estratégias cognitivas para pensar de maneira mais profunda e lógica sobre
como resolver problemas. A estratégia cognitiva melhora seu comportamento
de aquisição.
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seus cuidadores, aproveitam os recursos do centro e as tutorias. Esses recursos
e serviços melhoram as habilidades de raciocínio do estudante.
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REFERÊNCIAS:
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LAVE, J. On Learning. Forum Kritische Psychologie, n. 38, 1997.
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