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Caatinga — América do Sul


José Maria Cardoso da Silva, Departamento de Geografia e Estudos Regionais, Universidade de Miami, Coral Gables, FL, Estados Unidos Thomas E
Lacher Jr., Departamento de Ciências da Vida Selvagem e Pesca, Texas A&M University, College Station, TX, Estados Unidos

© 2019 Elsevier Inc. Todos os direitos reservados.

O que é Caatinga? 1
As Paisagens da Caatinga A 1
Biodiversidade da Caatinga 4
Ameaças e Conservação 5
Mudança das Condições Climáticas 6
O Futuro da Caatinga 6
Referências 6

Abstrato

A Caatinga é um grande bioma semiárido localizado inteiramente no quadrante nordeste do Brasil. É uma região com padrões de precipitação
anômalos e com ocasionais secas plurianuais, o que lhe valeu o rótulo de “Polígono da Seca”. Isso afetou as adaptações das espécies na
região, bem como os meios de subsistência das populações humanas.
Os principais tipos de ecossistemas dentro do bioma Caatinga incluem bosques abertos de arbustos espinhosos em solos rasos com
abundância de cactos, florestas semi-áridas altas em solos sedimentares e florestas altas decíduas e semidecíduas em substratos mais ricos
em nutrientes. A Caatinga também apresenta topografia variada ou pequenas serras rochosas e planaltos. A biodiversidade da Caatinga já
foi considerada pobre em espécies com baixos níveis de endemismo, mas pesquisas recentes demonstraram uma rica flora e fauna com
altos níveis de endemismo. A Caatinga, no entanto, está altamente ameaçada por más práticas de uso da terra e expansão do
desenvolvimento em larga escala, resultando em taxas crescentes de desmatamento. Isso é agravado em épocas de seca, resultando em
indicadores de desenvolvimento humano muito baixos. Embora existam atualmente importantes áreas protegidas na Caatinga, elas
representam uma pequena proporção do bioma e são pouco interligadas.

O que é Caatinga?

A Caatinga é uma região natural que fica no sertão do nordeste do Brasil (Fig. 1). O termo caatinga significa “mata branca” em tupi, língua
dos índios que viviam na região (Prado, 2003). A Caatinga se estende por mais de 900.000 km2 e abrange parte das áreas de 10 estados
brasileiros: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais (Silva et al.,
2018a,b ) . A região é cercada pela Amazônia (a leste), Mata Atlântica (a oeste) e Cerrado (ao sul). Ao norte, a Caatinga chega ao Oceano
Atlântico. Como é comum entre os biomas de todos os lugares, a Caatinga é separada dos biomas terrestres adjacentes por zonas de
transição, onde tipos de vegetação com exigências ecológicas distintas podem ser encontrados lado a lado (Eiten, 1972).

A Caatinga é uma das regiões naturais mais diferenciadas da América do Sul. Com base nas sobreposições de distribuição de suas
espécies endêmicas, foi reconhecida como um centro de dispersão (Muller, 1973), uma área de endemismo (Cracraft, 1985; Haffer, 1985),
uma província fitogeográfica (Rizzini, 1976), um domínio fitogeográfico (Queiroz et al., 2018), e uma província biogeográfica (Cabrera e
Willink, 1980; Udvardy, 1975; Morrone, 2014). A Caatinga também tem sido considerada como uma ecorregião (Olson et al., 2011), um
bioma (IBGE, 2004) ou um domínio morfoclimático (Ab'Saber, 1973) porque possui uma combinação única de características físicas e
biológicas.

As Paisagens da Caatinga

A Caatinga é uma região heterogênea onde florestas tropicais sazonalmente secas e bosques (STDFWs), matas de galeria, áreas úmidas,
florestas tropicais úmidas, savanas e campos rupestres compõem um intrincado mosaico (Queiroz et al., 2018) . A heterogeneidade
ambiental da Caatinga é, por sua vez, consequência da interação de fatores geomorfológicos, edáficos e climáticos (Andrade-Lima, 1981).
Cerca de 71,4% da Caatinga encontra-se no embasamento cristalino pré-cambriano, 23,8% em bacias sedimentares paleozóicas e
mesozóicas e 4,7% em bacias sedimentares quaternárias. A maior parte da Caatinga (42,3%) é formada por depressões periféricas (0-600
m) que são grandes superfícies achatadas ou onduladas moldadas em rochas cristalinas e sedimentares (Cole, 1986). Essas depressões
são separadas por planaltos (600-2200 m) que são localmente conhecidos como “serras”, “planaltos”, “tabuleiros”, “chapadas” ou “brejos” e
que representam formações residuais de antigos ciclos erosivos (Cole, 1986) . . Por vezes, superfícies intermédias e de média altitude,
localmente conhecidas como “patamares”, ligam as depressões aos planaltos. Os solos regionais são diversos e vários tipos foram descritos
para a região. As classes de solos mais comuns de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Santos et al., 2018) são
Neossolos (18,7%), Latossolos (17,1%), Argissolos (14,1%) e Luvisolos (12,8%). A maior parte da Caatinga tem clima semiárido, mas
também há manchas de clima semiúmido devido a efeitos orográficos (Nimer, 1989). A temperatura mínima média é de 14,8 C (faixa ¼ 7,6 C–28,1 C), a média

Enciclopédia dos biomas do mundo https://doi.org/10.1016/B978-0-12-409548-9.11984-0 1


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2 Caatinga — América do Sul

Fig. 1 O bioma Caatinga está restrito ao nordeste do Brasil.

temperatura é de 21,9 C (faixa ¼ 15,6 C–28,1 C) e a temperatura máxima média é 29,7 C (faixa ¼ 23,0 C–36,3 C).
A precipitação média anual é de 1.026 mm por ano (intervalo ¼ 346 mm/ano-1.733 mm/ano), mas 11% da região recebe menos de 500 mm/ano e
70% recebe menos de 1.000 mm/ano. A precipitação é maior de novembro a abril, mas geralmente se concentra em 2 ou 3 meses nesse período
(Nimer, 1989). O número de meses secos varia de seis a onze, com a duração da estação seca diminuindo do centro para as bordas da região (Nimer,
1989). A Caatinga tem uma alta variabilidade interanual na precipitação (às vezes mais de 50%) e as secas, geralmente definidas como aqueles anos
em que a precipitação anual é inferior a 30% da média, podem durar anos (Sampaio, 1995) . Essas secas podem ter efeitos devastadores tanto na
ecologia da região quanto na população humana, e a região é conhecida como o “Polígono da Seca”. As secas periódicas agravam a pobreza da
região e fazem parte de sua história, sendo tema frequente na literatura e na música nordestina.

A vegetação dominante na Caatinga é uma SDTFW denominada localmente como “caatingas” (Andrade-Lima, 1981; Prado, 2003) porque
apresenta uma ampla variação nas formas estruturais que vão desde cactos abertos (principalmente em afloramentos rochosos nas áreas mais secas
ou áreas profundamente transformada pelas atividades humanas; Fig. 2) para florestas altas e semidecíduas em locais úmidos com solos ricos em nutrientes

Fig. 2 Aspecto geral da paisagem da Caatinga, dominada por cactos, arbustos espinhosos.
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Caatinga — América do Sul 3

(Andrade-Lima, 1981; Queiroz et al., 2018). Do ponto de vista florístico, existem três subgrupos de caatingas: (1) caatingas cristalinas, (2)
caatingas sedimentares e (3) florestas de caatinga. As caatingas cristalinas são as mais difundidas, pois cobrem 73% da região (Queiroz et
al., 2018). Crescem em solos rasos e muito pedregosos associados aos embasamentos cristalinos que não retêm água por muito tempo
(Fig. 3) e possuem uma flora (Fig. 4) associada a outros SDTFs Neotropicais (Queiroz et al., 2018).
Em contraste, as caatingas sedimentares crescem em solos arenosos profundos e pobres em nutrientes das depressões sedimentares e
são encontradas como ilhas em três manchas principais: os planaltos de Ibiapaba e Arararipe, as superfícies de planalto das bacias
sedimentares de Tucano-Jatobá e as dunas arenosas do vale do São Francisco (Queiroz et al., 2018). A flora das caatingas sedimentares
parece ser mais recente e associada a outras vegetações em solos arenosos no leste da América do Sul (Queiroz et al., 2018). Esses dois
grupos de caatingas têm padrões fenológicos diferentes, pois as caatingas sedimentares não estão tão fortemente ligadas aos padrões
pluviométricos, e suas floras têm diferentes conexões biogeográficas com outros biomas sul-americanos ( Queiroz et al., 2018). A caatinga
é o terceiro e mais distinto subgrupo dentre as caatingas (Prado, 2003). Pode ser caducifólia ou semidecídua e é encontrada em solos ricos
em nutrientes derivados de rochas calcárias ao longo dos vales dos rios São Francisco e Gurgéia, na serra da Chapada do Araripe, na bacia
Potiguar e nas encostas dos planaltos do Chapada da Diamantina (Prado, 2003). Essas florestas têm de 20 a 30 m de altura e são
dominadas por árvores exuberantes dos gêneros Tabebuia, Anadenanthera, Myracroduon, Cavanillesia e Schinopsis (Andrade-Lima, 1981;
Prado, 2003). Alguns estudos sugerem que este tipo de vegetação voltou a estar disseminado na região e que foi substituído por fisionomias
abertas e bosques em consequência de perturbações humanas (Coimbra-Filho e Câmara, 1996).
Além das caatingas, manchas de outros tipos de vegetação são encontradas na Caatinga e contribuem para aumentar a diversidade
ambiental regional. Por exemplo, áreas úmidas e campos inundados sazonalmente são encontrados ao longo dos rios principais (Siqueira
Filho, 2012). Matas de galeria com carnaúba (Copernicia prunifera) são encontradas nos leitos dos rios próximos às caatingas cristalinas
(Queiroz et al., 2018). Florestas tropicais pluviais com fortes conexões florísticas com a Mata Atlântica são encontradas ao longo das
encostas da Chapada da Diamantina, bem como pequenos e isolados planaltos nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará (Andrade-Lima, 1982) . No

Fig. 3 Exemplo de sub-bosque denso de espinheiro típico da Caatinga (Crédito da foto: T. Lacher).

Fig. 4 Cnidoscolus urens, um membro espinhoso e espinhoso da família Euphorbiaceae. Muitas plantas da Caatinga.
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4 Caatinga — América do Sul

No topo da Chapada da Diamantina, do Planalto do Araripe e de pequenas ilhas do planalto da região, é possível encontrar manchas de
cerrados, a savana xeromórfica tropical que domina os extensos planaltos do Brasil Central, Bolívia e Paraguai (Eiten,
1972). Os campos rupestres estão restritos às superfícies geomorfológicas mais antigas da Chapada da Diamantina e são uma
tipo de vegetação rico em espécies e endemismo de famílias de plantas com adaptações únicas que lhes permitem prosperar em solos muito pobres
(Queiroz et al., 2018).
A Caatinga também é uma região com ecossistemas únicos de água doce (Silva et al., 2018a,b). A região possui uma densa rede fluvial
composto por rios perenes e intermitentes. Os rios perenes são poucos, e suas cabeceiras geralmente estão fora da Caatinga
(Stefan, 1977). O São Francisco é o maior e mais importante rio perene da região, formando um conjunto aquático único
ecossistemas ao longo de seu curso. Já os rios intermitentes, como o Jaguaribe, são os que deixam de fluir todos os anos ou pelo menos
duas vezes a cada 5 anos (Steffan, 1977). Eles podem sofrer inundações repentinas e secas prolongadas, que agem como agentes de
distúrbios hidrológicos e têm forte influência nas comunidades biológicas aquáticas (Silva et al., 2018a,b).

A Biodiversidade da Caatinga

No passado, pensava-se que a biota da Caatinga era composta principalmente por espécies amplamente distribuídas, com poucas restritas à
região (Mares et al., 1985). No entanto, estudos recentes rejeitaram essa hipótese. De fato, a Caatinga abriga uma impressionante
diversidade de espécies nativas com alta proporção de espécies endêmicas (Tabela 1), tornando-o um dos mais diversos e
terras secas tropicais únicas (Tabarelli et al., 2018).
Numa região com tantas espécies endémicas, é difícil apontar um conjunto de espécies emblemáticas que sirvam de símbolo para a
esforços de conservação da região. No entanto, Aguiar et al. (2002) propuseram duas aves e dois mamíferos como espécies emblemáticas para
Caatinga. As duas aves são a arara-real (Anodorhynchus leari) e a arara-azul (Cyanopsitta spixii), ambas endêmicas da
Caatinga. A arara-azul-de-lear é uma impressionante arara-azul-metálica, superficialmente semelhante à arara-azul (Anodorhynchus
hyacinthinus), mas um pouco menor (75 cm de comprimento), com uma cabeça maior e de cor mais clara. Esta espécie é conhecida de duas colônias
na Toca Velha e Serra Branca, sul do Raso da Catarina, Bahia (Collar et al., 2019a). Por causa da intensa conservação recente
esforços, a população desta espécie aumentou de 140 em 1994 para 1123 em 2010 (Collar et al., 2019a). Como consequência, tem
foi rebaixado de Criticamente em Perigo para Em Perigo na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Em contraste com as araras-de-lear, as araras-azuis parecem estar extintas na natureza (Collar et al., 2019b). Esta pequena arara azul
(55–57 cm) com coroa azul esverdeada pálida e área facial nua cinza-escura, uma vez viveu nas florestas de galeria dominadas por
caraíba (Tabebuia caraiba) ao longo do vale do rio São Francisco (Collar et al., 2019b). No entanto, porque a destruição do seu habitat
além de armadilhas ilegais, sua população diminuiu rapidamente. Quando foi redescoberto na natureza, sua população contava com apenas cinco indivíduos.
O último indivíduo selvagem conhecido desapareceu em 2000 perto de Curacá, Bahia (Sick, 1993). O destino desta espécie depende de uma
introdução bem-sucedida de alguns indivíduos cativos na natureza.
As duas espécies de mamíferos que podem ser propostas como espécies-bandeira são o mocó (Kerodon rupestris) e o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus).
O mocó é um roedor de grande porte (700 g) endêmico da Caatinga, parente distante da
cobaias e que ocupa afloramentos rochosos onde vive em fendas e forrageia na folhagem (Lacher, 1981; Lacher et al., 1982). Com
inúmeras adaptações ao seu habitat rochoso, o mocó tem muitas semelhanças morfológicas, ecológicas e comportamentais com o
hyraxes e gundis da África (Mares e Lacher, 1987). Ele também sobe bem e costuma se alimentar no alto das árvores. Quando perturbado, dá uma
rápido e trinado chamado de alarme e foge para dentro das fendas nas pilhas de pedras. A espécie é muito caçada, mas é considerada menos
preocupação pela Lista Vermelha da IUCN (Lacher, 1981).
Diferentemente do mocó, o tatu-bola brasileiro é considerado vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN e seus
as populações estão diminuindo por causa da caça pesada. Já foi considerado extinto, mas Silva e Oren (1993) redescobriram
populações em remanescentes de floresta tropical decídua no estado da Bahia. Embora tenha sido observada no Cerrado (Marinho Filho et al., 1997; Oliveira
1995), é uma espécie predominantemente da Caatinga. Este tatu tem a capacidade de se enrolar completamente em um
bola como postura defensiva (Silva e Oren, 1993). Por causa desse comportamento, foi escolhido para ser o mascote do Futebol 2014
Copa do Mundo. Em 2015, cientistas exigiram que o governo brasileiro separasse 1.000 ha de áreas protegidas na Caatinga para cada
gol marcado no torneio (Melo et al., 2014). A Associação Caatinga, importante organização conservacionista regional,
mantém um programa de proteção da espécie.

tabela 1 Número de espécies e proporção de endêmicas da Caatinga para grupos biológicos selecionados.

Grupos Número de espécies % Espécies endémicas Fonte

Plantas floridas 3150 23,0 Queiroz e cols. (2018)


peixes 386 54,1 Lima e cols. (2018)
anfíbios 98 20,4 Garda et ai. (2018)
répteis 79 30,8 Mesquita et ai. (2018)
pássaros 548 23,0 Araújo e da Silva (2018)
Mamíferos 183 28,0 Carmignotto e Astúa (2018)
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A biota da Caatinga foi montada como consequência de três processos biogeográficos: produção de espécies, troca biótica e extinção em
massa regional (Araujo e da Silva, 2018). A produção de espécies é a origem das espécies dentro da região, a troca biótica é o fluxo de
espécies entre regiões e a extinção em massa regional ocorre quando muitas espécies desaparecem dentro de uma região como consequência
de mudanças ambientais em escala regional. A contribuição relativa de cada um desses processos parece variar entre grupos biológicos.
Devido à alta proporção de espécies endêmicas dentro desses grupos, a produção de espécies é mais importante em plantas com flores
(Queiroz et al., 2018), peixes (Lima et al., 2018), anfíbios (Garda et al., 2018) e répteis (Mesquita et al., 2018). Em contraste, como muitas
espécies que vivem na Caatinga têm a maior parte de suas distribuições em regiões adjacentes, a troca biótica parece ser mais prevalente
entre aves (Araujo e da Silva, 2018) e mamíferos (Carmignotto e Astúa, 2018). A contribuição da extinção em massa regional na composição
atual da biota da Caatinga ainda precisa ser investigada, mas estudos recentes indicam que esse processo pode ser importante pelo menos
entre os mamíferos (Castro et al., 2014) . No passado, foi sugerido que as espécies endêmicas da Caatinga eram evolutivamente jovens e
derivadas de outras regiões, como a Mata Atlântica ou o Chaco (Rizzini, 1976; Andrade-Lima, 1981). No entanto, essa hipótese foi rejeitada por
estudos filogenéticos usando marcadores moleculares (Queiroz et al., 2018). As idades estimadas das espécies endêmicas da Caatinga variam
do início do Holoceno ao meio do Mioceno, indicando que a produção de espécies tem sido contínua na região (Tabarelli et al., 2018). Além
disso, as espécies endêmicas da Caatinga estão relacionadas a espécies que vivem em diferentes regiões da América do Sul, indicando uma
complexa rede de relações biogeográficas para a região e uma história biogeográfica muito fascinante ( Araujo e da Silva, 2018; Queiroz et al.,
2018).
Tão importante quanto a compreensão dos processos biogeográficos que geraram a atual biota da Caatinga é a identificação dos processos
ecológicos que ajudam a manter a atual biodiversidade da Caatinga. Dentre os diversos fatores sugeridos na literatura, a heterogeneidade
ambiental parece ser o mais importante. Espera-se que uma região com alta heterogeneidade ambiental mantenha mais espécies em escala
local e regional do que uma região com menor heterogeneidade ambiental. A Caatinga é heterogênea do ponto de vista ambiental. Por exemplo,
Rodrigues e Silva et al. (2000) reconheceu pelo menos 135 unidades geoambientais e Velloso et al. (2002) reconheceu nove ecorregiões.
Embora dominado por caatingas, a presença de enclaves de outros tipos de vegetação contribui para sustentar um número significativamente
elevado de espécies em toda a região. Por exemplo, entre as aves, quase 60% das espécies requerem florestas (um habitat que cobre menos
de 15% da região) para seus ciclos de vida (Araujo e da Silva, 2018). A heterogeneidade ambiental da região molda a distribuição das espécies,
formando gradientes ambientais. Esses gradientes, por sua vez, são fundamentais para fornecer refúgios mésicos e corredores migratórios
durante a longa estação seca para várias espécies que são capazes de se mover entre habitats dentro de paisagens e entre paisagens dentro
da região (Silva et al., 2003) . Gradientes ecológicos também podem facilitar a especiação entre alguns grupos de organismos que possuem
baixa dispersão, além de possibilitar a evolução e a manutenção de tipos complexos e únicos de interações planta-animal (Leal et al., 2018).

Ameaças e Conservação

As atividades humanas têm sido documentadas na Caatinga desde pelo menos o Pleistoceno Superior e o Holoceno Inferior (Bueno e Dias,
2015). Quando os primeiros europeus desembarcaram no Brasil, em 1500, a população indígena da Caatinga era estimada em cerca de
100.000 pessoas (Hemming, 1987). Nessa época, os impactos antrópicos sobre os ecossistemas naturais da Caatinga possivelmente se
restringiam às manchas de ecossistemas úmidos encontradas ao longo dos poucos rios perenes e nas encostas do planalto, já que as lavouras
se restringiam a algumas pequenas parcelas. Durante os anos 1600 e 1700, colonizadores europeus apoiados por seus escravos africanos
colonizaram lentamente a Caatinga a partir de seus assentamentos costeiros. Ao utilizar os grandes rios como rotas, abriram lentamente espaço
para assentamentos que tinham a pecuária e a agricultura de subsistência como seus principais motores econômicos (Hemming, 1987). Essa
expansão dos colonizadores levou a conflitos crescentes com os povos nativos, que se ressentiam de sua exclusão forçada dos antigos
territórios de caça e pesca. Os confrontos acabaram por levar ao aniquilamento da resistência indígena e ao deslocamento dos poucos
sobreviventes para as zonas mais agrestes da região (Puntoni, 2002). Desde então, os assentamentos humanos se espalharam por toda a
região e deram origem às cidades modernas. Em 2010, a Caatinga abrigava 28,6 milhões de pessoas e a região apresentava alguns dos
indicadores de desenvolvimento humano mais baixos do Brasil (Silva et al., 2018a,b). A pegada humana pode ser detectada em toda a região
como vestígios de pastagens, campos agrícolas, estradas, incêndios, reservatórios, cidades e outras infraestruturas humanas acumuladas ao
longo do tempo como um palimpsesto ( Silva e Barbosa, 2018).
Tabarelli et ai. (2018) identificaram três tipos principais de distúrbios humanos na Caatinga. A primeira é a perturbação aguda causada pela
rápida conversão de grandes áreas de vegetação nativa em ecossistemas produzidos pelo homem, dominados por estradas, reservatórios e
agricultura comercial (Silva e Barbosa, 2018). O segundo tipo é o distúrbio crônico causado pela superexploração lenta, mas contínua, da
vegetação nativa, como através do estabelecimento de agricultura de corte e queima, coleta de lenha e pastoreio de gado (Albuquerque et al.,
2018; Melo, 2018 ) . Por fim, o terceiro tipo consiste na introdução de espécies exóticas de plantas e animais (Almeida et al., 2015). Esses três
tipos de perturbação juntos estão levando a uma perda irreversível de biodiversidade, biomassa e processos ecológicos que, ao longo do
tempo, reduzem o fornecimento de serviços ecossistêmicos críticos (por exemplo, alimentos, água doce e lenha) que as populações humanas
locais precisam para sobreviver ( Silva et al., 2018a,b). O problema é ainda maior se considerarmos que um terço da Caatinga tem alto potencial
de desertificação e que todas as tentativas de controlar a expansão dos quatro núcleos de desertificação existentes não foram bem-sucedidas
(Sá e Angelotti, 2009; Vieira et al . , 2015).
A maior parte da Caatinga atualmente é coberta por ecossistemas antrópicos e não naturais. Silva e Barbosa (2018) combinaram os
impactos da expansão de estradas, incêndios e perda de vegetação nativa e estimaram que 63,3% da Caatinga é composta por ecossistemas
antropogenicamente alterados. O impacto humano é maior nas ecorregiões úmidas e mais produtivas do que naquelas
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ecorregiões onde o clima e os solos pobres em nutrientes sempre restringiram a ocupação humana (Velloso et al., 2002). No entanto, mesmo as ecorregiões menos receptivas aos
humanos têm mais de 40% de suas áreas perturbadas. Em geral, a distribuição da vegetação natural na região mostra que a maioria dos remanescentes está se tornando pequena e
isolada e que as oportunidades de proteger grandes áreas sem estradas dentro da Caatinga estão rapidamente se tornando escassas (Silva e Barbosa, 2018) .

A Caatinga é uma das poucas terras secas do mundo que possui um plano de conservação em grande escala baseado na ciência, elaborado em conjunto com as partes interessadas
(Silva et al., 2003) e atualizado com o uso de novos conjuntos de dados e métodos modernos de tomada de decisão (Fonseca et al., 2018). Além disso, a região possui duas grandes e
abrangentes iniciativas de conservação que foram formalmente reconhecidas pelo governo brasileiro: (a) a Reserva da Biosfera da Caatinga designada em 2001 com 19,9 milhões de
hectares e (b) o Corredor Ecológico da Caatinga anunciado em 2006 com 11,7 milhões de hectares hectares. Porém, apesar de todo esse esforço, a Caatinga continua mal protegida
(Leal et al., 2003). De fato, apenas 7,4% da região está dentro de áreas protegidas e a maioria dessas áreas protegidas não é devidamente financiada (Oliveira e Bernard, 2017). Se as
prioridades nacionais não mudarem e mais áreas protegidas não forem adicionadas ao sistema regional, o futuro da Caatinga dependeria inadequadamente de alguns grandes parques
nacionais e estações ecológicas com áreas acima de 50.000 ha. Essas áreas protegidas são: Parque Nacional Serra das Confusões (823.435 ha), Parque Nacional Boqueirão da Onça
(347.557 ha), Parque Nacional Chapada Diamantina (152.000 ha), Parque Nacional Serra da Capivara (100.000 ha), Estação Ecológica Raso da Catarina (99.772 ha), Parque Nacional
do Catimbau (622.300 ha), Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (56.800 ha) e Parque Estadual Caminho dos Gerais (56.237 ha).

Mudança das Condições Climáticas

Devido à atual variabilidade pluviométrica interanual, o clima já é um dos principais impulsionadores dos sistemas socioecológicos da Caatinga (Marengo et al., 2016). Prevê-se que a
situação piore porque os cenários do clima futuro sugerem que a temperatura do ar perto da superfície aumentará entre 1 C e 4 C e a precipitação diminuirá cerca de 0,3 mm dia1 até o
final do século XXI (Torres et al. , 2018 ). Além disso, o IPCC (2013) projetou com confiança média a alta os seguintes estressores climáticos sobre a Caatinga: (1) os solos superficiais
estão projetados para secar; (2) a evapotranspiração anual e o escoamento superficial são projetados para diminuir; (3) os dias e as noites devem ser mais quentes; (4) episódios de
chuvas intensas mais freqüentes serão seguidos por períodos secos e quentes sem chuva; e, finalmente, (5) os períodos de seca são projetados para serem mais longos com a
possibilidade de desencadear secas. As mudanças climáticas associadas à desertificação tornam a Caatinga uma das regiões mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas, com
potenciais impactos adversos em sua rica biodiversidade, recursos hídricos (Andrade et al., 2018) e, consequentemente, sua população humana (Torres et al. , 2018).

O Futuro da Caatinga

Qual o futuro da Caatinga? É difícil projetar, porém os indicadores atuais não são promissores. Apesar de algum progresso nas últimas décadas, a região ainda apresenta indicadores
de desenvolvimento humano muito baixos (Silva et al., 2018a,b). Portanto, a inclusão social continua sendo uma questão regional. Do ponto de vista ambiental, a perda de ecossistemas
nativos continua em ritmo acelerado, as políticas de conservação da biodiversidade ainda são pouco elaboradas e todos os esforços para restringir as fronteiras da desertificação não
têm sido bem-sucedidos.
As projeções sobre o impacto futuro da mudança climática na região são sombrias e a capacidade adaptativa disponível no nível regional para enfrentar tais mudanças é limitada. Um
futuro melhor para a Caatinga requer a adoção de um modelo de desenvolvimento em que a conservação ambiental, a inclusão social, a prosperidade econômica e a boa governança
andem juntas (Sachs, 2015). Uma mudança em direção a esse modelo exige líderes visionários, persistência, criatividade, ciência e tecnologia inovadoras, apoio financeiro e político
consistente e uma conexão robusta e evidente entre a melhoria dos meios de subsistência humanos e a conservação das paisagens naturais (Leal et al., 2005) . . Essas condições
básicas para a mudança nunca existiram durante as últimas décadas e, infelizmente, é improvável que sejam implementadas em um futuro próximo.

Referências

eu
Ab'Saber AN (1973) O domínio morfoclimático semi-árido das caatingas brasileiras. Geomorfologia 43: 1–39.
Aguiar J, Lacher T e Silva JMC (2002) A Caatinga. In: Mittermeier RA, Mittermeier CG e Robles Gil P, et al. (eds.) Wilderness—Earth's Last Wild Places, pp. 175–180.
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