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science/p/86928
1. Introdução
Uma educação que possibilita diferentes saberes não é apenas
aquela em que são discutidos os conteúdos em sala de aula, mas
aquela que ajuda no desenvolvimento cognitivo, através de uma
aprendizagem significativa e na formação de um sujeito que se percebe
como um agente transformador do seu espaço de convivência. Assim,
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Projeto de Pesquisa ao Programa de Pós- Graduação Gestão e Tecnologias Aplicadas à
Educação - GESTEC da Universidade do Estado da Bahia, vinculado ao Departamento de
Educação.
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Os dados foram coletados dos artigos disponibilizados da parte gratuita do Portal
Capes, ou seja, da parte onde é mais acessada pelo público estudantil e pesquisadores.
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perceber a partir dos dados coletados é que no decorrer dos cinco anos
a pesquisa sobre a EJA teve um aumento considerável até 2013, porém
decresceu nos anos seguintes, chegando à zero em 2016 Após a
identificação e coleta das palavras-chave, os dados foram lançados no
Gephi3 para que as redes e grafos fossem criados com o objetivo de
fazer uma análise mais aprofundada das conexões entre as palavras-
chave representadas e as imagens das redes geradas. Assim, foram
catalogadas 230 palavras-chave, sendo que 161 palavras não se
repetiram, 69 palavras se repetiram, onde 44 das palavras repetidas
eram as de foco da pesquisa (Educação de Jovens e Adultos – EJA).
A rede gerada com a pesquisa sobre a Educação de Jovens e
Adultos demonstra que diversos são os nós identificados, porém a sua
maioria estão isolados, não formam uma ponte. Se o vértice principal
(palavra-chave “Educação de Jovens e Adultos”) não existisse, os outros
não estariam interconectados. No entanto, mostra que há diversas
palavras-chave que se relacionam com o nó central, porém não se
conectam, o que infere o quão é possível pesquisar acerca do tema
(EJA) sobre diversas óticas e assuntos, conforme podemos inferir na
imagem 01.
Imagem 01 – Grafo com palavra-chave central
Fonte: Autora
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https://gephi.org/users/download/
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Fonte: Autora
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O Grupo de Pesquisa Educação e Contemporaneidade - GEOTEC foi fundado em 2007,
e ao longo desses anos, desenvolve pesquisas no campo das geotecnologias das TIC
como potencializadoras no reconhecimento da dinâmica do espaço. (ARAÚJO et al,
2015, p. 3048)
https://proceedings.science/p/86928
Fonte: Autora
Fonte: Autora
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A animação é de 2008 e retrata o planeta Terra entulhado de lixo e a atmosfera cheia
de gases tóxicos, o que fez com que a humanidade deixasse o planeta e fosse viver em
uma nave esperando até que a vida na Terra voltasse a ser possível para retornar.
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Fonte: Autora
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A maioria dos discentes escolheram os bairros em que moravam, pois são seus
espaços de experiências e vivências.
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Para BRITO (2016. p.16), a transgressão cartográfica consiste numa especialização das
práticas subversivas, a qual aproxima o mapa do sujeito no que se refere ao cotidiano,
tanto das práticas repetitivas, quanto do espaço da coletividade; ao simbolismo das
singularidades e ao psicologismo social. O mapa resgata elementos que não são
passíveis de representação na cartografia tradicional, tais como: entendimento,
pertencimento, sentido e sentimento.
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4. Considerações parciais
Ser docente para o público da Educação de Jovens e Adultos é
muito mais que levar conteúdos à sala de aula, mas desenvolver
saberes indispensáveis à vivência em uma sociedade acelerada,
moldada para atender as exigências do processo de globalização que
intenciona a uniformização das necessidades, do mercado, do
consumo, do modo de vida superficial muitas vezes introduzido no
lugar. Daí a necessidade da pesquisa desse universo que é a educação,
pois é a partir dela que são identificados os erros e acertos que
determinam qual estrutura educacional temos e queremos para a
formação do sujeito/cidadão. Sempre compreendendo que a EJA é um
direito e deve ser internalizada como uma garantia social que vem,
tardiamente, resgatar a dívida social criada por anos de exclusão e
desigualdade existente no Brasil.
Refletindo acerca da necessidade da pesquisa sobre a EJA para
atender as carências da sala de aula e os métodos utilizados no
processo de ensino-aprendizagem dessa modalidade de ensino, esta
pesquisa tem como objetivo desenvolver atividades na regência com os
educandos/pesquisadores da EJA no intuito de analisar como as
geotecnologias potencializam e mediam/intermediam o processo de
ensino-aprendizagem, tendo como o produto final uma Sequência
Didática. Importante salientar que o escopo da pesquisa é o processo e
não o produto, pois este é a sua consequência/resultado interpretada a
partir de um conceito imaterial de atlas de interpretações e
transgressões necessários à compreensão da Geografia das Coisas.
Nenhuma pesquisa em educação deve ser concluída, mas
repensada, continuada e estimulada, pois esta é a pedra filosofal para a
transformação do mundo através da ação-reflexão de seus sujeitos.
Assim, enquanto existir desigualdade e injustiça social impedindo que
os membros da sociedade não tenham educação democrática e
formadora de saberes, não devemos parar de buscar novos caminhos e
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5. Referências
BRITO, Francisco Jorge de Oliveira; HETKOWSKI, Tânia Maria.
Geotecnologias: possibilidades de inclusão sócio-espacial. In BONETI,
Lindomar Wessler; ALMEIDA, Nizan Pereira; HETKOWSKI, Tânia Maria
(Orgs.). Inclusão Sociodigital: da Teoria à Prática. Curitiba: Imprensa
Oficial, 2010. p. 62-76.
BRITO, F. J. O. Tessituras teórico-metodológicas para a pesquisa em
educação na contemporaneidade: fractais GEOTEC. In: Tânia Maria
Hetkowisk; Maria Altina ramos.(Org.). Tecnologias e processos
inovadores na educação. 1ed.Curitiba: CRV, 2016, v. , p.15-47.
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https://abimaelceredajunior.files.wordpress .com /2017/06 / revista-
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FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2015.
GUATTARI, Felix. As três ecologias. Trad. Maria Cristina F. Bittencourt.
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NASCIMENTO, Lisângela Kati. O lugar do Lugar no ensino de Geografia:
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(Doutorado) – Departamento de Geografia- Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências- Humanas da Universidade de SãoPaulo, 2012.
REIS, Breno Maciel Souza. Pensando o espaço, o lugar e o não lugar em
Certeau e Augé: perspectivas de análise a partir da interação simbólica
no Foursquare. Contemporânea, N.21 | Ano 11 | Vol.1 | 2013.