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AS GEOTECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:


POTENCIALIDADES E REENCANTOS NA SALA DE AULA1
Adilza Moniz (Universidade do Estado da Bahia,
adilza.moniz@hotmail.com)
Prof. Dr. Francisco J. de Oliveira Brito (Universidade
Estadual da Bahia, ccbrito@terra.com.br)

Resumo: Para formar seres críticos e reflexivos é necessário que o


docente utilize estratégias que facilitem e, ao mesmo tempo, tornem a
aprendizagem inclusiva, prazerosa, instigadora e interessante. Assim,
esse trabalho tem como escopo a utilização das geotecnologias nas
aulas de Geografia da Escola Municipal Deputado Gersino Coelho como
potencializadoras, mediadoras e facilitadoras de aprendizagens através
de uma aula dinâmica e prazerosa, e ao mesmo tempo, tentar instigar a
necessidade de os discentes se enxergarem como partícipes da
formação de seus saberes e que a Geografia está em suas vidas, está
nas coisas que os rodeiam. Logo, não podemos ignorar as
características do local e nem dos sujeitos que o compõem, pois o
espaço vivido é constituído de ações, percebido e concebido a partir
das experiências prévias e das diferentes significações a ele dadas.
Assim, para o desdobramento deste projeto optou-se por desenvolver
uma pesquisa participativa-colaborativa com os discentes da Educação
de Jovens e Adultos que consistirá em desenvolver atividades mediadas
pelas geotecnologias em sala de aula.
Palavras-chave: EJA, geotecnologias, educação.

1. Introdução
Uma educação que possibilita diferentes saberes não é apenas
aquela em que são discutidos os conteúdos em sala de aula, mas
aquela que ajuda no desenvolvimento cognitivo, através de uma
aprendizagem significativa e na formação de um sujeito que se percebe
como um agente transformador do seu espaço de convivência. Assim,

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Projeto de Pesquisa ao Programa de Pós- Graduação Gestão e Tecnologias Aplicadas à
Educação - GESTEC da Universidade do Estado da Bahia, vinculado ao Departamento de
Educação.
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para formar seres críticos e reflexivos é necessário que o docente utilize


estratégias e mediações que facilitem e, ao mesmo tempo, tornem as
aprendizagens inclusivas, prazerosas, instigadoras e interessantes.
A EJA é historicamente voltada aos brasileiros menos
favorecidos. Ela é constituída em sua maioria por jovens e adultos
marginalizados (aqueles que, devido às injustiças sociais, tiveram que
deixar a escola ou nem chegaram a conhecê-la), e que são
estigmatizados por não terem aprendido na infância, logo não mais
aprenderão. Tais fatores influenciam no descaso com a EJA, tanto por
parte dos governantes quanto por parte das instituições educacionais e
da sociedade.
Assim, o foco será na utilização das geotecnologias nas aulas de
Geografia como potenciadoras, mediadoras e facilitadoras de
aprendizagens através de uma aula dinâmica e prazerosa, e ao mesmo
tempo, tentar instigar os discentes a se enxergarem como partícipes da
formação de seus saberes e que a Geografia está em suas vidas, está
em todas as coisas que os rodeiam. Conforme Brito e Hetkowski (2010,
p.06), as geotecnologias representam a capacidade criativa dos
homens, através de técnicas e de situações cognitivas, de expressar
situações espaciais e de localização para melhor compreender a
condição humana. Assim, serão desenvolvidas variadas atividades
mediadas pelas geotecnologias com os discentes da Educação de
Jovens e Adultos.

2. As pesquisas sobre a Educação de Jovens e Adultos


É a partir da pesquisa que se reflete criticamente a relação
teoria/prática. Segundo Freire (1996), quando o docente age sem
conhecer o mundo de sua ação, acaba reduzindo a prática social em
mero ativismo. Assim é necessário compreender a totalidade e a que “a
investigação se fará tão mais pedagógica quanto mais crítica, e tão mais
crítica quanto mais [...] se fixe na compreensão da totalidade” (FREIRE,
2015, p. 116).
A pesquisa a partir das ideias freireanas é um diálogo com
intencionalidades políticas, motivado pelo fenômeno da pesquisa, e a
práxis. Pois “pronunciando” o mundo, os homens o transformam, o
diálogo se impõe como caminho pelo qual ganham significação
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enquanto homens. Por isto, o diálogo é uma exigência existencial.


(2015, p. 91). Nada melhor do que levar os conceitos de Freire para a
EJA, entender a sua dinâmica, quem é seu público, o motivo de
entrarem/retornarem à escola. É a partir da pesquisa sobre os vários
contextos da EJA que podemos verificar como esta tem sido estudada,
compreendida e melhorada para atender às necessidades desse público
em análise.
Para compreendermos melhor a análise em questão, foram
coletadas informações dos artigos relacionados ao EJA publicados no
Portal Capes2 durante o período de cinco anos (2011-2016). Os dados
(autor, editora, título, ano de publicação e palavras-chave) desses
artigos alimentaram a planilha do Excel, no entanto para a análise das
redes formadas pelo Gephi (plataforma escrita em Java de visualização
e exploração de redes e grafos) só foram levadas em consideração as
palavras-chave com o intuito de verificar as suas relações e com qual
frequência se repetiam. As palavras-chave foram categorizadas em uma
sequência numérica no qual as que se repetiam levaram a mesma
numeração, ou seja, foi usado o critério de palavras-chave iguais em
artigos diferentes, onde cada palavra tem um número que, quando se
repete, recebe o mesmo número. Então, para a análise dos dados foi
observado o número de vezes em que cada palavra-chave se relacionou
com outra.
Logo, foram identificados 63 artigos publicados em cinco anos
(2011-2016) no Portal Capes sobre a Educação de Jovens e Adultos
(EJA), sendo que do ano de 2016 até o mês de dezembro não foi
encontrado nenhuma publicação relacionada ao tema como podemos
observar na imagem 03. Assim, em 2011 e 2012 foram identificadas
doze publicações por ano; já em 2013 houve um aumento considerado
com vinte e três publicações; a partir do ano de 2014 houve um
decréscimo com dez publicações, e em 2015 com seis. O que podemos

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Os dados foram coletados dos artigos disponibilizados da parte gratuita do Portal
Capes, ou seja, da parte onde é mais acessada pelo público estudantil e pesquisadores.
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perceber a partir dos dados coletados é que no decorrer dos cinco anos
a pesquisa sobre a EJA teve um aumento considerável até 2013, porém
decresceu nos anos seguintes, chegando à zero em 2016 Após a
identificação e coleta das palavras-chave, os dados foram lançados no
Gephi3 para que as redes e grafos fossem criados com o objetivo de
fazer uma análise mais aprofundada das conexões entre as palavras-
chave representadas e as imagens das redes geradas. Assim, foram
catalogadas 230 palavras-chave, sendo que 161 palavras não se
repetiram, 69 palavras se repetiram, onde 44 das palavras repetidas
eram as de foco da pesquisa (Educação de Jovens e Adultos – EJA).
A rede gerada com a pesquisa sobre a Educação de Jovens e
Adultos demonstra que diversos são os nós identificados, porém a sua
maioria estão isolados, não formam uma ponte. Se o vértice principal
(palavra-chave “Educação de Jovens e Adultos”) não existisse, os outros
não estariam interconectados. No entanto, mostra que há diversas
palavras-chave que se relacionam com o nó central, porém não se
conectam, o que infere o quão é possível pesquisar acerca do tema
(EJA) sobre diversas óticas e assuntos, conforme podemos inferir na
imagem 01.
Imagem 01 – Grafo com palavra-chave central

Fonte: Autora

3
https://gephi.org/users/download/
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Já a imagem 02 mostra uma rede gerada entre as conexões dos


nós que se repetiram e se imbricaram, mas esta rede semi-aberta
revela como as pesquisas pouco se comunicam. A EJA com tantos
problemas, e poucas pesquisas que se interagem esparsamente.

Imagem 02 – Grau destaque

Fonte: Autora

Notemos que mesmo que os dados da pesquisa sejam de cinco


anos, a apropriação deles através dos grafos reafirmou como o
interesse nas pesquisas refletem a dinâmica da sociedade e de sua
classe dominante. Assim Freire (2015) propõe uma tomada de
conscientização, afirmando que é esta que “possibilita inserir-se no
processo histórico, como sujeito, evita os fanatismos e o inscreve na
busca de sua afirmação”. No entanto, a falta de pesquisa gera o inverso
do que propõem Freire. Não tem como haver conscientização sem
criticidade - é a conscientização o primeiro passo para a mudança da
humanidade, é a partir dessa que ocorre o retorno da singularidade, da
alteridade, Conforme Guattari (1990) - não tem como ser crítico sem
pesquisa, sem avaliar a práxis (união da reflexão e ação).
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3. Novas estratégias, novos saberes


É a partir da compreensão da práxis docente que se percebe
como a pesquisa é relevante para criar um espaço educacional
democrático, crítico, participativo e colaborativo. No entanto, esta
pesquisa não deve ser realizada somente pelo docente, mas também
pelo discente para que ele seja o sujeito responsável pela sua própria
história. Assim, mister faz frisar “O Projeto A Rádio da Escola na Escola
da Rádio” formado pelos membros do Grupo de Pesquisa Educação e
Contemporaneidade - GEOTEC4 da Universidade Estadual da Bahia, em
que possibilitou a pesquisa entre os alunos da Educação Básica com o
intuito de fomentar a construção de conhecimento a partir da
percepção dos espaços em que estão inseridos. Ou seja, a relação entre
os sujeitos, o lugar e as histórias, tríade indissociável, é fundamento das
atividades desenvolvidas pelo GEOTEC e o Projeto da Rádio.
Baseados no entendimento da pesquisa feita com base na
investigação e no diálogo sobre os saberes e as experiências vividas, os
discentes da Educação Básica podem refletir acerca da dinâmica do
lugar e do mundo, pois somente através das inquietações e das
investigações que se pode tomar novas posturas e criar estratégias para
a formação de novos saberes para que novos caminhos sejam trilhados.
E o ensino da Geografia em sala de aula tem fundamentos suficientes
para que a pesquisa do lugar e dos espaços de vivências seja a base do
processo de ensino-aprendizagem. É a Geografia das Coisas presente na
sala de aula e auxiliando na formação do conhecimento.
A Geografia das Coisas é, segundo CEREDA (2017), “uma nova
maneira de integrar – e transformar – a sociedade, em que o
protagonismo não é somente um desejo ou algo para a minoria: todos
podem fazer parte desta Revolução Geoespacial”. Isto porque ela está
presente em toda parte através das representações, das percepções,
dos sentidos e do sentimento que cada sujeito tem e adquire no

4
O Grupo de Pesquisa Educação e Contemporaneidade - GEOTEC foi fundado em 2007,
e ao longo desses anos, desenvolve pesquisas no campo das geotecnologias das TIC
como potencializadoras no reconhecimento da dinâmica do espaço. (ARAÚJO et al,
2015, p. 3048)
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decorrer de suas experiências cotidianas. Ainda conforme o autor, é a


criação de uma consciência espacial, que leva à criticidade sobre o
Espaço, unindo Dispositivos, Vivências, Sociedade, Sistemas de
Informação e a teoria geográfica transposta aos sujeitos pela relação
entre os conteúdos e os saberes: Geografia das Coisas.
Assim, estão sendo desenvolvidas atividades que potencializam
e mediam a formação do conhecimento a partir das geotecnologias
com o objetivo de desenvolver uma Sequência Didática que permita a
participação coletiva dos discentes com o intuito de analisar as
potencialidades de aprendizagens mediadas pelas geotecnologias na
sala de aula de Educação de Jovens e Adultos, a qual culmina na
produção de um Atlas de Atividades. Este Atlas, enquanto transgressão
dos seus moldes tradicionais, que contém exclusivamente mapas e
gráficos, contempla os resultados da práxis planejada na Sequência
Didáticas com jogos de tabuleiro, mapas, textos, fotos, músicas e outras
expressões dos saberes e conhecimentos correlacionados e transpostos
aos cotidianos dos alunos.
Dentre as atividades desenvolvidas está a construção e
utilização de um jogo de tabuleiro onde os discentes, a partir do
conceito de espaço geográfico, lugar, paisagem, território e região,
escolheram uma rua (ver imagem 3 e 4) na qual se identificavam e
tinha alguma laço e a desenharam como ela é, e, como eles gostariam
que fosse. A escolha da rua, enquanto lugar, foi baseada com as
experiências dos discentes e como os mesmos internalizam suas
características, suas dinâmicas, seus membros e suas interações com
seus espaços de vivências, pois, conforme NASCIMENTO (2012), “a
partir do lugar é possível (re)estruturar a experiência vivida e
construída pelos alunos no seu cotidiano, contribuindo, assim, para que
compreendam a relação do seu lugar com o mundo globalizado”. O
lugar entendido como o fundamento indispensável para compreensão
do mundo e das análises geográficas.
Interessante observar os trabalhos de uma equipe que
conseguiu finalizar seu jogo de tabuleiro. As imagens 03 e 04
representam a Rua Raimundo Jorge, segundo a concepção de seus
integrantes. A primeira imagem mostra como a equipe percebe a rua
em que moram (casas, duas árvores, lixo na rua, sem muitos detalhes).
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Já na imagem 4, no qual mostra a rua como a equipe quer que seja,


pode-se perceber prédios no lugar das casas, árvores grandes e
frutíferas, parque, até um céu com nuvens, sol e pássaros.

Imagem 03 - Jogo de tabuleiro mostrando a rua como os


discentes acham que é.

Fonte: Autora

Imagem 04 - Jogo de tabuleiro mostrando a rua como os


discentes querem que seja

Fonte: Autora
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Depois das observações feitas das atividades da equipe, foram


realizadas as seguintes perguntas:
Eu: Por que trocaram as casas pelos prédios?
Aluna: O prédio é mais bonito.
Aluno: Porque mostra o desenvolvimento.

Eu: E os donos das casas irão embora?


Aluno: Não. Vão morar nos prédios.

Eu: Quem vai pagar já que vão derrubar as casas? Qual a


vantagem?
Aluno: Aí eu já não sei. Só sei que mostra que é rico.

A fala desse discente mostra como o pensamento econômico


vigente e suas características permeiam no pensamento da coletividade
fazendo com que seus membros neguem e/ou inferiorizem a origem, a
estrutura e a história do seu lugar, ou seja, o não lugar que, conforme
REIS (2013),é “caracterizado pela ausência de identidade, significado e
referência história”. A imagem 04 mostra uma homogeneização de
residências com estruturas modernizadas voltadas ao modismo,
próprias da sociedade moderna determinada pelo processo de
expansão da globalização, que segundo REIS (2013), criam uma falsa
sensação de familiaridade em meio à transitoriedade.
Posterior à atividade do jogo de tabuleiro no qual foram
tratados os conceitos da Geografia, foi desenvolvida outra atividade
relacionada à preservação do meio ambiente, lixo, reciclagem,
reaproveitamento e coleta seletiva. Após realizar pesquisas sobre coleta
de lixo no Brasil e no Japão, assistir a animação Wall-E5 e de posteriores
discussões, foram disponibilizados mapas de Salvador para que os
discentes escolhessem um bairro no qual se identificassem,
escrevessem quais os tipos de lixo que eles encontram nas ruas e o que
poderiam fazer para melhorar a situação. Em seguida, os educandos

5
A animação é de 2008 e retrata o planeta Terra entulhado de lixo e a atmosfera cheia
de gases tóxicos, o que fez com que a humanidade deixasse o planeta e fosse viver em
uma nave esperando até que a vida na Terra voltasse a ser possível para retornar.
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colaram em um mapa maior (imagem 05) os seus mapas e


identificaram os bairros escolhidos, colando o que consideravam lixo
que estavam guardados nos seus bolsos e mochilas.

Imagem 05 - Atividade intitulada “Lixo - boas atitudes”

Fonte: Autora

A atividade demonstrou como a realidade dos discentes está


interligada com a sala de aula; como eles identificam seus bairros6
como exemplo para compreender os assuntos globais. O uso do mapa,
enquanto uma geotecnologia, serviu como potenciadora e mediadora
no processo de ensino-aprendizagem, a partir do momento em que
extrapolou suas funções e colaborou no entendimento acerca da
dinâmica espacial e influenciou na busca da solução dos problemas
identificados. Uma análise cartográfica feita a partir da transgressão7

6
A maioria dos discentes escolheram os bairros em que moravam, pois são seus
espaços de experiências e vivências.
7
Para BRITO (2016. p.16), a transgressão cartográfica consiste numa especialização das
práticas subversivas, a qual aproxima o mapa do sujeito no que se refere ao cotidiano,
tanto das práticas repetitivas, quanto do espaço da coletividade; ao simbolismo das
singularidades e ao psicologismo social. O mapa resgata elementos que não são
passíveis de representação na cartografia tradicional, tais como: entendimento,
pertencimento, sentido e sentimento.
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onde há uma apropriação imaterial do mapa que favorece ao intérprete


compreender a dinâmica espacial com base na sua experiência
cotidiana identificando-se como um sujeito ciente de sua função social.

4. Considerações parciais
Ser docente para o público da Educação de Jovens e Adultos é
muito mais que levar conteúdos à sala de aula, mas desenvolver
saberes indispensáveis à vivência em uma sociedade acelerada,
moldada para atender as exigências do processo de globalização que
intenciona a uniformização das necessidades, do mercado, do
consumo, do modo de vida superficial muitas vezes introduzido no
lugar. Daí a necessidade da pesquisa desse universo que é a educação,
pois é a partir dela que são identificados os erros e acertos que
determinam qual estrutura educacional temos e queremos para a
formação do sujeito/cidadão. Sempre compreendendo que a EJA é um
direito e deve ser internalizada como uma garantia social que vem,
tardiamente, resgatar a dívida social criada por anos de exclusão e
desigualdade existente no Brasil.
Refletindo acerca da necessidade da pesquisa sobre a EJA para
atender as carências da sala de aula e os métodos utilizados no
processo de ensino-aprendizagem dessa modalidade de ensino, esta
pesquisa tem como objetivo desenvolver atividades na regência com os
educandos/pesquisadores da EJA no intuito de analisar como as
geotecnologias potencializam e mediam/intermediam o processo de
ensino-aprendizagem, tendo como o produto final uma Sequência
Didática. Importante salientar que o escopo da pesquisa é o processo e
não o produto, pois este é a sua consequência/resultado interpretada a
partir de um conceito imaterial de atlas de interpretações e
transgressões necessários à compreensão da Geografia das Coisas.
Nenhuma pesquisa em educação deve ser concluída, mas
repensada, continuada e estimulada, pois esta é a pedra filosofal para a
transformação do mundo através da ação-reflexão de seus sujeitos.
Assim, enquanto existir desigualdade e injustiça social impedindo que
os membros da sociedade não tenham educação democrática e
formadora de saberes, não devemos parar de buscar novos caminhos e
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novas estratégias para formação de sujeitos críticos e reflexivos. Que


prossiga a caminhada.

5. Referências
BRITO, Francisco Jorge de Oliveira; HETKOWSKI, Tânia Maria.
Geotecnologias: possibilidades de inclusão sócio-espacial. In BONETI,
Lindomar Wessler; ALMEIDA, Nizan Pereira; HETKOWSKI, Tânia Maria
(Orgs.). Inclusão Sociodigital: da Teoria à Prática. Curitiba: Imprensa
Oficial, 2010. p. 62-76.
BRITO, F. J. O. Tessituras teórico-metodológicas para a pesquisa em
educação na contemporaneidade: fractais GEOTEC. In: Tânia Maria
Hetkowisk; Maria Altina ramos.(Org.). Tecnologias e processos
inovadores na educação. 1ed.Curitiba: CRV, 2016, v. , p.15-47.
CEREDA JUNIOR, A. Inteligência Geográfica e a Transformação Digital:
competências básicas na Gestão do Território alavancando
oportunidades profissionais. Revista Digital de Engenharia da APEAESP,
nº1; maio a julho de 2017. Disponível em:
https://abimaelceredajunior.files.wordpress .com /2017/06 / revista-
digital-de-en genhariainteligc3aancia-geogrc3a1fica -e-a-transforma
c3a7c3a3o- dig ital.pdf. Acesso em 06/07/2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. SãoPaulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2015.
GUATTARI, Felix. As três ecologias. Trad. Maria Cristina F. Bittencourt.
São Paulo: Papirus, 1990.
NASCIMENTO, Lisângela Kati. O lugar do Lugar no ensino de Geografia:
um estudo em escolas públicas do Vale do Ribeira-SP. 2012. Tese
(Doutorado) – Departamento de Geografia- Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências- Humanas da Universidade de SãoPaulo, 2012.
REIS, Breno Maciel Souza. Pensando o espaço, o lugar e o não lugar em
Certeau e Augé: perspectivas de análise a partir da interação simbólica
no Foursquare. Contemporânea, N.21 | Ano 11 | Vol.1 | 2013.

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