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Rio de Janeiro
2019
Thiago Silvestre da Silva
Banca examinadora:
___________________________________
Prof. Dr. André Reyes Novaes (Orientador)
Instituto de Geografia - UERJ
___________________________________
Prof. Dra. Mariana Araújo Lamego
Instituto de Geografia – UERJ
___________________________________
Prof. Dr. Gustavo Soares Iorio
Universidade Federal de Viçosa
Rio de Janeiro
2019
SUMÁRIO
Introdução .............................................................................................pág. 01
1
Em relação à sua forma econômica, o dinheiro tal como o conhecemos
atualmente, isto é, a moeda fiduciária1 demonstra, desde a etimologia da palavra
“fidúcia” até o reconhecimento de sua legitimidade, a necessidade de se garantir
que haja confiança suficiente entre a população a qual deve usar e aceitar
determinado papel-moeda ou moeda produzida com metal não precioso. A
utilização de uma única moeda fiduciária como moeda internacional é recente –
haja vista que data de 1971 – e, além disso, trouxe à tona o principal agente
atuante nesse processo de concessão de confiança ao dinheiro sem lastro em
metal: o Estado. Através da criação de uma série de leis regulatórias, o Estado
garante o grau de confiança necessário e caro às trocas monetárias2.
1 O termo “moeda fiduciária” compreende as moedas em papel ou metálicas que não possuem lastro em
nenhum metal precioso, tal como acontecia com o ouro desde o século XIX através do chamado “padrão-
ouro”. Como demonstra Arrighi (1994), este sistema monetário internacional possui dois períodos que se
diferem pela ascensão de duas hegemonias mundiais, isto é, o Reino Unido (1870-1914) e os Estados
Unidos (1944-1971). Após o fim do acordo de Bretton Woods em 1971, tem-se o início do sistema de
câmbio flutuante e a ascensão do dólar como moeda para transações internacionais.
2 Consultar Samuels (1984) para a relação geral entre moeda e lei e, para o caso brasileiro, Franco
(2017).
2
Conforme afirma Cohen, a Paz de Vestfália (1648) teria contribuído para formar
um imaginário específico que conjugaria Estado, território e economia monetária
sob uma ótica exclusivista, o qual ele chama de mito do “uma moeda-uma
nação”. Neste sentido, o dinheiro se apresenta como uma representação ou
reflexo da nação.
3
Por ser um objeto constitutivo e representativo do poder social, o dinheiro
é desde os pré-socráticos, mais especificamente desde os cínicos, alvo de
estudos diversos. Ao longo da história, estudiosos de diferentes campos do
saber se dedicaram ao estudo do dinheiro entendendo-o ora como um objeto
econômico ora como um objeto cultural ou artefato, tal qual ocorre em uma das
mais antigas ciências auxiliares da história: a numismática. Esse fato demonstra
que o estudo do dinheiro foi e precisa ser interdisciplinar, podendo sua
abordagem variar de acordo com os objetivos estabelecidos por cada
pesquisador.
5
monetária que se transforma mais rapidamente quando comparada ao que
ocorre em tempos de estabilidade política e econômica.
6
Em anexo há uma tabela elaborada pelo autor em que se propõe uma
lista de temas das cédulas do Brasil desde 1873, trazendo uma identificação dos
elementos visuais destacados nas estampas. A partir da observação da tabela
em anexo, é possível perceber essa reorientação dos símbolos nas cédulas
brasileiras que ocorre, segundo Amaury Fernandes da Silva Junior, em dois
momentos, isto é, em 1979 e em 1984 quando “há uma nova reformulação
visual” que “determinará um padrão de organização gráfica das cédulas que
perdurará até 1993” (Junior, 2008, p. 228).
8
Hymans, 2005), cientistas políticos (Eric Helleiner, 2003), comunicadores sociais
(Josh Lauer, 2008) e biblioteconomistas (Karakaş; Anameriç; Rukancı, 2008).
9
geográficas, na medida em que a “geografia do dinheiro” constituiria um estudo
das relações monetárias e das representações geográficas embutidas no
processo de circulação do dinheiro.
3
Citação original: “One Nation/One Money is derived from the conventions of standard political geography which, ever since the
seventeenth-century Peace of Westphalia, has celebrated the nation-state, absolutely sovereign within its own territory, as the basic
unit of governance in world politics. Just as political space was conceived in terms of those fixed and mutually exclusive entities we
call states, so currency spaces came to be visualized in terms of separate sovereign territories where each money originated. I call this
Westphalian model of monetary geography.” (Cohen, 1998, p. 4)
10
isso, seria preciso compreender o dinheiro pelo seu “alcance de uso efetivo e de
autoridade” (Ibid., p. 5).
11
soberania dos Estados nacionais legitimada pelo monopólio sobre a moeda
dentro do território nacional.
4
Citação original: “This work shows how money e and – its use – is bound up with the daily reproduction of the world’s geopolitical
units as nation-states and of their citizenry as nations. Both coins and banknotes have been shown to work unobtrusively as bearers
and transmitters of the iconography of the nation-state in which they are issued and which they, in turn, represent and help to
construct”. (Penrose, 2011, p. 429)
12
Dessa forma, a geógrafa Jan Penrose focaliza seu trabalho na relação da
iconografia monetária com a formação de representações geográficas do
Estado-nação. Seu trabalho está preocupado em ressaltar “a natureza dos
processos de design” das cédulas da Escócia, de modo que em alguns casos o
tipo de design das notas é mais importante para compreender os conteúdos e
temas do que os processos de decisão política sobre a produção da nota.
13
Tabela 1 – Iconografia monetária europeia durante o século XX
Período/Design/Europa Ator
_______________________________________________________________
Estado Sociedade Indivíduo Elementos principais
_______________________________________________________________
Antes de 1920 80% 9% 11% Símbolos estatais e
míticos
paisagem
Retratos
personalidades femininas
de abandonar retratos
____________________________________________________________________________
Panorama preparado por Hymans sobre os 5 períodos diferentes de design (ou épocas de temas
monetários) das cédulas europeias usadas pelos 15 países integrantes da União Europeia em
2004.
Indivíduo = atores de relevância histórica sem ligação direta com o Estado (Exemplo: Aristóteles,
Henry Ford, Albert Einstein).
14
iconografia europeia pode servir para abrir frentes de análise sobre outros
contextos nacionais.
15
No entanto, a visão da geopolítica defendida por Ó’Tuathail e Agnew
(1992) concede maior importância a atuação dos discursos na definição de
práticas geopolíticas, pois como afirmam os autores:
5
Citação original: “It is through discourse that leaders act, through the mobilization of certain simple
geographical understandings that foreign-policy actions are explained and through ready-made
geographically-infused reasoning that wars are rendered meaninful.” (Ó’Tuathail; Agnew, 1992, p. 191)
16
modo que a primeira veio a se tornar um país independente enquanto a segunda
ainda busca conquistar o status de Estado-nação.
17
consistência os discursos e práticas geopolíticas que permearam esses
processos políticos em dois contextos diferentes.
2. Fundamentação teórico-metodológica
Diante do exposto, afirmamos que nesse trabalho fizemos uso das duas
tendências em momentos distintos visando ressaltar aspectos da produção do
dinheiro brasileiro (tendência de rematerialização) e aspectos de conteúdo da
iconografia das estampas (tendência interpretativa-textualista). No entanto, é
preciso esclarecer que essas abordagens são direcionadas à interpretação
20
direta da paisagem e, no caso deste trabalho, analisamos a representação da
paisagem através de imagens de estampas de papel-moeda que mediaram e
associaram simbolismos a determinadas paisagens do Brasil. Mas, de toda
forma, as duas tendências nos ajudam a interpretar a paisagem ressaltando ora
os aspectos de produção da imagem que interferem na sua mediação ora as
questões de ordem simbólica subjacentes à sua representação.
O ensaio de Mayhew mostra que nesse período conhecido como “era das
descobertas”, isto é, no período entre o século XVI e XIX o conhecimento
geográfico e sua difusão estiveram muito atrelados às gramáticas da disciplina.
Estas, por sua vez, seguiam um modelo de “paratextos” através dos quais era
possível adicionar sempre que necessário uma nova nota. Esse espaço em
branco deixado nas gramáticas de geografia durante os séculos XVI e XIX
6
“I wish to tie geography, textuality and space together in a rather different and more historical way”.
(Mayhew, 2007, p. 467)
21
expressa a própria construção do conhecimento geográfico nessa época, a qual
era perpassada pela ideia de que ainda havia espaços “vazios” ou
desconhecidos no mundo. Por este motivo então deixar os espaços para os
paratextos nas gramáticas, pois esses espaços textuais simbolizavam um
conhecimento geográfico do mundo inconcluso.
22
Este trabalho tem a intenção de ressaltar os aspectos ligados à produção
gráfica do papel-moeda brasileiro no período de redemocratização, buscando
apontar as imaginações geográficas que podem ter guiado as escolhas de
imagens para as estampas. Não são investigados, portanto, os contextos de
circulação e recepção do dinheiro porque exigem uma análise densa que
demanda uma pesquisa precisa de fontes históricas e, na maior parte dos casos
envolvendo o dinheiro brasileiro, estas são escassas ou inexistentes.
23
2.2. Geografia, metodologias visuais e abordagem “interpretativa-textualista”
Para efetuar uma análise das imagens visuais mobilizadas pelo signo
monetário é preciso recorrer a teorias da imagem que nos possibilitem ressaltar
os significados atribuídos aos símbolos dispostos no espaço plástico das
cédulas. Para tanto, utilizamos alguns métodos de análise imagética descritos
pela geógrafa britânica Gillian Rose no livro Visual Methodologies (2001). Ao
longo dos capítulos que compõem seu livro, Rose descrimina diferentes vias de
análise dos objetos visuais, de modo que resume em um esquema as
possibilidades metodológicas que apresenta em sua obra, tal como vemos na
figura abaixo.
Fonte: Esquema adaptado por Seemann (2009, p. 48) a partir de Rose (2001, p. 67)
24
visuais, isto é, a modalidade social, a composicional e a tecnológica. Esses dois
conjuntos de vias de análise podem ser conciliadas de acordo com o objetivo de
cada pesquisador.
25
algumas “geografias imaginadas” que nortearam a produção iconográfica do
papel-moeda brasileiro no período de redemocratização. No entanto, como ainda
não fizemos as entrevistas com os informantes, apenas um primeiro
reconhecimento, iremos apresentar algumas cédulas que serão analisadas na
pesquisa, desenvolvendo alguns comentários acerca da composição e de alguns
significados possíveis de serem associados aos ícones dispostos nas estampas.
As demais cédulas que compõem o conjunto de cédulas analisadas podem ser
consultadas no anexo 2.
26
Ainda no anverso (acima) da cédula de Cr$ 100.000,00, podemos ver à
esquerda da efígie de Juscelino Kubitschek a estátua “Dois guerreiros” de autoria
de Bruno Giorgi, popularmente conhecida como “Os candangos”, em menção
aos trabalhadores imigrantes que participaram da construção da nova capital
brasileira. O monumento em bronze de Giorgi mede oito metros e está localizado
na Praça dos Três Poderes, sendo reconhecido como um dos símbolos da
cidade de Brasília.
27
No reverso da cédula de Cr$ 100.000,00 (acima), podemos observar
novamente o processo de ocupação e transformação da paisagem do planalto
central. O desenho tem dois planos bem definidos, isto é, na esquerda vemos
como era a paisagem hoje ocupada por Brasília, enquanto na direita observamos
a paisagem atual da capital brasileira com o Palácio do Planalto, construído para
ser a residência presidencial.
28
isto é, com Getúlio Vargas durante o Estado Novo (1937-1945) e com o “ex-
presidente Castelo Branco, homenageado ainda durante a vigência do regime
militar” (Kornis, 2003, p. 64).
29
Em termos semiológicos, ao relacionar tanto a imagem (significante)
quanto o conceito de vitória-régia (significado) – na condição de planta
predominante do bioma amazônico – à figura de Villa-Lobos, a iconografia da
cédula em questão permite o acesso ao chamado “sistema semiológico de
segunda ordem” (Barthes, 1957; 1964a), isto é, o nível da conotação ou da
construção da significação.
30
forma, assim como a primeira cédula apresentada, esta também possui em sua
composição um caso de “intertextualidade” entre modalidades diferentes de
imagem, devido à adaptação de uma pintura por meio do desenho técnico em
papel-moeda.
31
do célebre escritor brasileiro, notamos o emblema da Academia Brasileira de
Letras, corroborando sua relação intrínseca com a instituição que ajudou a
fundar.
32
Fotografia de Augusto Malta tirada em 1915, com destaque para a Rua 1º de Março – Rio
de Janeiro
Fonte: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/2778 (Acesso em:
15/02/2019)
A cédula abaixo foi emitida em 1988 e traz em primeiro plano uma imagem
do pintor brasileiro Cândido Portinari (1903-1962). Em seu lado esquerdo, pode-
se notar um trecho de seu painel “Tiradentes”, produzida entre 1948 e 1949. É
importante notar que “os fundos são trabalhados com motivos de alguns azulejos
de Portinari” (Junior, 2008, p. 202). Além disso, na extremidade direita inferior
podemos observar um pote de pincéis e “na extremidade esquerda se vê uma
mancha irregular azul, ali colocada a guisa de pincelada livre” (Idem).
33
Painel de Cândido Portinari “Tiradentes” (1948-1949)
Fonte: https://gianzinho-culturabrasil.blogspot.com/2016/05/candido-portinari-pittura.html
(Acesso em: 20/04/2019)
34
“Guerra”, sendo ambos mais conhecidos de maneira conjunta sob o título de
“Guerra e Paz”.
35
A cédula abaixo de Cr$ 200,00 foi emitida em 1989 e seu anverso (abaixo)
traz em primeiro plano a efígie da república brasileira e, ao fundo, vemos os
republicanos Silva Jardim, Benjamin Constant, Marechal Deodoro da Fonseca e
Quintino Bocaiúva. Como lembra Amaury Fernandes Junior (2008, p. 210), a
cédula representa um marco comemorativo ao Centenário de Proclamação da
República.
36
No reverso da mesma cédula de Cr$ 200,00 notamos ao centro a
reprodução do quadro “A pátria” produzido em 1919 por Pedro Bruno. A menção
a Bruno e sua obra pode ser vista na parte superior do lado esquerdo do reverso,
de modo que nem todas as cédulas do período entre 1986 e 1993 traziam por
escrito as figuras e efígies das estampas.
37
3. Cronograma
Encontros
com o
orientador
Entrevistas
com os
informantes
da Casa da
Moeda
(Amaury
Fernandes
da Silva
Junior e
Dalila
Cerqueira)
Transcrição e
análise das
entrevistas
Leituras e
elaboração
de resumos
Revisão
bibliográfica
complementa
r
38
Coleta de
dados
complementa
res
Redação da
dissertação
Revisão e
entrega
oficial do
trabalho
Apresentaçã
o do trabalho
em banca
39
Bibliografia
40
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set./dez. 2009.
43
ANEXO 1
44
segura próximo
a ovelhas uma
bandeira com o
brasão imperial
1883 500 mil réis Império do American Ao centro da
Brazil Bank Note nota, a efígie de
Company D. Pedro II, à
esquerda o
brasão imperial
e à direita uma
figura alegórica
com caravelas
ao fundo
1885 2 mil réis Império do American À esquerda da
Brazil Bank Note cédula, a efígie
Company de D. Pedro II e
à direita o
brasão imperial.
1888 Mil réis Império do American À direita da nota,
Brazil Bank Note a efígie de D.
Company Pedro II e, à
esquerda, a
residência
imperial em
Petrópolis.
1888 2 mil réis Império do American À esquerda da
Brazil Bank Note nota a efígie de
Company D. Pedro II e à
direita uma
imagem da atual
Praça XV de
Novembro
(então Largo do
Paço Imperial)
1889 20 mil réis Banco do American Figuras
Brazil Bank Note alegóricas
Company
1889 100 mil réis República dos American À esquerda da
Estados Bank Note nota vista da
Company Igreja Nossa
45
Unidos do Senhora do
Brazil Carmo e da Rua
1º de março. À
direita navios a
vapor.
1890 Mil réis República dos American À esquerda da
Estados Bank Note nota, a antiga
Unidos do Company residência
Brazil imperial de
Petróplis e à
direita uma
figura alegórica
de uma criança
sobre uma
baleia
1890 2 mil réis República dos American À esquerda uma
Estados Bank Note figura alegórica
Unidos do Company segurando em
Brazil uma das mãos
uma espada e
na outra uma
bandeira. À
direita uma
imagem da
Praça XV de
Novembro,
semelhante
àquela usada na
cédula de 2 mil
réis emitida em
1888 pelo
Império.
1890 30 mil réis Banco dos American À esquerda uma
Estados Bank Note figura alegórica
Unidos do Company e uma caravela
Brazil e, à direta, outra
figura alegórica
1890 50 mil reís Banco dos American Duas figuras
Estados Bank Note alegóricas
Company femininas em
46
Unidos do ambos os
Brazil extremos das
cédula
1890 500 mil réis Banco dos American Alegoria da
Estados Bank Note justiça ao centro,
Unidos do Company caravela à
Brazil esquerda e outra
figura alegórica
à direita.
1891 10 mil réis Banco do American Vista do Morro
Crédito Bank Note Dois Irmãos a
Popular do Company partir do Jardim
Brazil Botânico
1891 500 mil réis Banco do American Figura alegórica
Crédito Bank Note de costas para
Popular do Company um globo
Brazil terrestre e com
uma pena na
mão
1891 20 mil réis Banco do American Mulata em uma
Crédito Bank Note conoa ao centro
Popular do Company
Brasil
1891 50 mil réis Banco do American Figura alegórica
Crédito Bank Note à direta
Popular do Company segurando um
Brasil ramo de trigo e à
esquerda um
saco, um balde e
uma pá
centralizados e
uma árvore e um
morro ao fundo
1891 200 mil réis Banco do American Ao centro da
Crédito Bank Note cédula, cena
Popular do Company uma
Brasil peregrinação
dos campesinos
e ao fundo uma
locomotiva. À
47
esquerda da
cédula, uma
figura alegórica
que suspende
com a mão
direita uma luz.
1891 100 mil réis Banco Emissor American Figura alegórica
do Norte Bank Note à direita da
Company cédula e, ao
centro, o brasão
da república
brasileira.
1891 100 mil réis Banco dos American À esquerda da
Estados Bank Note nota, uma figura
Unidos do Company alegórica divide
Brazil a cena com
plano de fundo
de um globo
escrito “Ordem e
progresso”, tal
como se vê na
bandeira do
Brasil. À direita,
observa-se uma
figura alegórica
que se apoia no
brasão da
república
brasileira.
1892 10 mil réis Banco da American Figura alegórica
Bahia Bank Note ao centro da
Company cédula escorada
em um barril que
possui uma faixa
escrita
“Liberdade” e,
através da
alegoria, pode-
se ver bandeiras
e canhões.
48
1892 50 mil réis Banco Emissor American Figura alegórica
da Bahia Bank Note segurando uma
Company bandeira e
sentada sobre
um leão
1907 5 mil réis República dos American Figura alegórica
Estados Bank Note feminina à
Unidos do Company esquerda da
Brazil cédula
1912 5 mil réis República dos American Efígie do Barão
Estados Bank Note do Rio Branco
Unidos do Company ao centro
Brazil
1923 1 conto de réis República dos American Efígie de D.
Estados Bank Note Pedro I ao
Unidos do Company centro
Brazil
1924 50 mil réis República dos American Efígie do então
Estados Bank Note presidente Artur
Unidos do Company Bernardes
Brazil
1927 5 mil réis República dos American Efígie do Barão
Estados Bank Note do Rio Branco à
Unidos do Company esquerda da
Brazil nota
1929 500 mil réis Banco do Café American Duas figuras
Bank Note alegóricas com
Company brasão em
branco ao centro
1931 500 mil réis República dos American Efígie de José
Estados Bank Note Bonifácio de
Unidos do Company Andrade e Silva
Brazil
1942 5 mil cruzeiros República dos American Efígie de
Estados Bank Note Tiradentes ao
Unidos do Company centro da nota
Brazil
1942 10 mil cruzeiros República dos American Efígie de Santos
Estados Bank Note Dumont ao
Company centro da nota
49
Unidos do
Brazil
1943 100 cruzeiros República dos American Efígie de D.
Estados Bank Note Pedro II
Unidos do Company
Brasil
1943 200 cruzeiros República dos American Efígie de D.
Estados Bank Note Pedro I
Unidos do Company
Brasil
1943 Mil cruzeiros República dos American Efígie de Pedro
Estados Bank Note Álvares Cabral
Unidos do Company
Brasil
1967 10 mil cruzeiros Banco Central Thomas de Efígie de Santos
do Brasil La Rue Dumont
Company
1967 10 mil cruzeiros Banco Central American Efígie de Santos
do Brasil Bank Note Dumont
Company
1967 5 mil cruzeiros Banco Central American Efígie de
do Brasil Bank Note Tiradentes
Company
1967 Mil cruzeiros Banco Central American Efígie de Pedro
do Brasil Bank Note Álvarez Cabral
Company
1967 500 cruzeiros Banco Central American Efígie de D.
do Brasil Bank Note João VI
Company
1967 100 cruzeiros Banco Central American Efígie de D.
do Brasil Bank Note Pedro II
Company
1967 50 cruzeiros Banco Central American Efígie da
do Brasil Bank Note Princesa Isabel
Company
1967 10 cruzeiros Banco Central American Efígie de Getúlio
do Brasil Bank Note Vargas
Company
50
1970 100 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Juscelino
Brasil Kubitschek
1970 50 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Oswaldo Cruz
Brasil
1970 10 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de Rui
do Brasil Moeda do Barbosa
Brasil
1970 5 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Castello Branco
Brasil
1970 500 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Deodoro da
Brasil Fonseca
1970 200 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do Princesa Isabel1
Brasil
1970 100 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de Duque
do Brasil Moeda do de Caxias
Brasil
1970 Mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie do Barão
do Brasil Moeda do do Rio Branco
Brasil
1970 500 cruzeiros Banco Central Casa da Evolução étnica
do Brasil Moeda do do Brasil
Brasil
1970 100 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Floriano Peixoto
Brasil
1970 50 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Deodoro da
Brasil Fonseca
1970 10 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de D.
do Brasil Moeda do Pedro II
Brasil
1970 5 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de D.
do Brasil Moeda do Pedro I
Brasil
51
1970 1 cruzeiro Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira
1986 10 mil cruzados Banco Central Casa da Efígie de Carlos
do Brasil Moeda do Chagas
Brasil
1986 5 mil cruzados Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Cândido
Brasil Portinari
1986 Mil cruzados Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Machado de
Brasil Assis
1986 500 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de Villa-
do Brasil Moeda do Lobos
Brasil
1986 100 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Juscelino
Brasil Kubitschek
1986 50 cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Oswaldo Cruz
Brasil
1986 10 cruzados Banco Central Casa da Efígie de Rui
do Brasil Moeda do Barbosa
Brasil
1989 500 cruzados Banco Central Casa da Efígie de
novos do Brasil Moeda do Augusto
Brasil Ruschi1
1989 200 cruzados Banco Central Casa da Efígie da
novos do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira
1989 100 cruzados Banco Central Casa da Efígie de Cecília
novos do Brasil Moeda do Meireles
Brasil
1989 50 cruzados novos Banco Central Casa da Efígie de Carlos
do Brasil Moeda do Drummond de
Brasil Andrade
1989 10 cruzados novos Banco Central Casa da Efígie de Carlos
do Brasil Moeda do Chagas
Brasil
52
1989 5 mil cruzados Banco Central Casa da Efígie de
novos do Brasil Moeda do Portinari
Brasil
1989 Mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de
do Brasil Moeda do Machado de
Brasil Assis
1993 50 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de uma
reais do Brasil Moeda do baiana
Brasil
1993 5 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de um
reais do Brasil Moeda do gaúcho
Brasil
1993 Mil cruzeiros reais Banco Central Casa da Efígie de Anísio
do Brasil Moeda do Teixeira
Brasil
1993 500 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de Mario
reais do Brasil Moeda do de Andrade
Brasil
1993 100 mil cruzeiros Banco Central Casa da Meio ambiente e
reais do Brasil Moeda do desenvolviment
Brasil o
1993 50 mil cruzeiros Banco Central Casa da Efígie de Luís da
reais do Brasil Moeda do Câmara
Brasil Cascudo
1994 100 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira
1994 50 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira e a
onça-pintada
1904 20 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república e
Brasil mico-leão-
dourado
1994 10 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república e arara
Brasil
53
1994 5 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira e
garça
1994 2 reais Banco Central Casa da Efígie da
do Brasil Moeda do república
Brasil brasileira e
Tartaruga
* Tabela criada pelo autor com base no catálogo de cédulas Latin American Bank Notes (2005),
organizado por Ricardo Mangan, na lista de temas elaborada por Amaury Fernandes da Silva
Junior em sua tese de doutorado Uma etnografia do dinheiro: os projetos gráficos do papel-
moeda no Brasil após 1960 (2008) e na lista de cédulas da página oficial do Banco Central do
Brasil (https://www.bcb.gov.br/).
54
ANEXO 2 - Demais cédulas do conjunto analisado na pesquisa
55
• Cédula de 500 cruzeiros (1990) – Augusto Ruschi
56
• Cédula de mil cruzeiros (1990) – Marechal Rondon
57
• Cédula de 50 mil cruzeiros reais (1993) - Baiana
58
• Cédula de 5 mil cruzeiros reais (1993) - Gaúcho
59
• Cédula de 500 mil cruzeiros (1993) – Mario de Andrade
60