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A leitura e interpretação da paisagem fornecem-nos por sua vez elementos para compreensão
do espaço geográfico. Ao lermos e interpretamos, por exemplo: as fotografias da Cidade Nova
York ou da Aldeia do Povo Ianomâmis podemos reconhecer que seus espaços geográficos são
produtos de relações sociais, culturais, econômicas e ambientais. Podem-se perceber diferentes
adversidades dos espaços geográficos, da qual, decorre da diferença do modo de vida das
populações e nas paisagens sobre as quais elas se relacionam.
O geógrafo Milton Santos vai explicar a diferença entre os dois conceitos: Lembrou-se de uma
arma que chegou a ser imaginada por cientistas e militares, mas que jamais foi desenvolvida: a
bomba de nêutrons, que destruiria toda a vida na área que fosse lançada, porém preservaria os
objetos inorgânicos. O que na véspera seria ainda o espaço, após a temida explosão seria
apenas paisagens.
Técnica
O espaço geográfico construído por cada sociedade reflete o importante estágio de movimento dos
meios técnicos como, por exemplo: a técnica da agricultura e as primeiras criações pecuárias no
continente Sul-Americano, já praticada pelos povos nativos cerca de dois mil anos. Há cinco mil anos
as sociedades já construíam vilas e cidades, navegavam pelos rios e erguiam barreiras para controlar
a vazão dos cursos d'água.
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Fonte: Site – G1.
http://g1.globo.com/pr/para
na/videos/t/todos-os-
videos/v/caminho-do-
peabiru-parte-1/5360933/.
Acessado em 23/11/2017.
Cartografia
Os mapas ou cartas são elementos centrais de comunicação dos fenômenos geográficos, são
elaborados atualmente com recursos bastante avançados, incluindo fotografias aéreas e imagens
fornecidas por satélites, no entanto, desde tempos remotos à necessidade humana de localizar-se e
deslocar-se no espaço contribuíram para que as mais diversas sociedades desenvolvessem técnicas
de representação espacial utilizando-se diferentes tipos de material.
As antigas civilizações, por exemplo, já produziam Nos dias atuais o mapeamento da superfície terrestre é
mapas de suas aldeias registrando em pinturas utilizado ainda como uma ferramenta de poder uma das
caminhos e pontos importantes do território. principais funções dos mapas e fornecer elementos que
Frequentemente esses mapas eram desenhados nas permitam o conhecimento, o domínio e controle do planeta, ou
paredes das casas e também em templos religiosos. uma determinada porção dele, constituindo, portanto uma
Povos antigos utilizavam materiais como pele de animais base de informações fundamentais para quem detém o poder
e cascas de árvores a fim de elaborar seus registros. político e econômico.
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Com base nos mapas, os estados nacionais podem estabelecer a divisão das unidades administrativas
de seu território e desenvolver o planejamento e operar políticas em todos os níveis de governo. Nas
forças armadas, que são organismo de estratégias e táticas de guerra em alguns países, sobretudo
naqueles que se encontram sobre regimes autoritários, os mapas são muito importantes e são
considerados segredos de estado e tem a sua divulgação proibida.
O governo também utiliza um mapa por satélite para acompanhar dados a respeito de transporte, do
meio ambiente nas cidades, monitora também a expansão urbana e podem planejar o fornecimento de
serviços públicos importantes como saneamento básico e energia elétrica.
As grandes empresas também utilizam mapas para diversas finalidades, por exemplo: definir
local de implantação de suas unidades produtivas ou de alocação de recursos, a locação
pode determinar o sucesso ou fracasso de fábricas, lojas, cadeias de supermercados,
concessionárias de veículos, shopping centers, assim por diante.
.
Conhecer a história da cartografia e aprender a ler e interpretar mapas são fundamentais
para a compreensão e análise histórica, social e geográfica do mundo contemporâneo. É
preciso ainda destacar a importância da cartografia como instrumento de representação da
realidade.
Os mapas são úteis e não só por indicar a localização dos lugares, mas também é uma visão
de mundo das sociedades que o elaboram. Eles permitem que possamos estudar e conhecer
os aspectos da sociedade em diversos tempos e modos de viver.
Fonte:
http://mimosa.pntic.mec.es/jgomez53/matema/pr
actica/eratostenes.htm Acessado em
24/11/2017.
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Claudius Ptolomeu
Ptolomeu foi um grego que viveu em Alexandria no Egito, foi talvez o mais influente geográfico da
antiguidade. Ele produziu uma obra em oito volumes que foi traduzida para o latim em 1405. Sua obra
influenciou a então nascente cartografia moderna.
Sua técnica: a) representar a superfície curva da terra no seu plano; b) uso de redes de coordenadas;
c) pelo sistema de orientação encontrados no seu mapa mundi. Os últimos desses volumes traz uma
coletânea do mapa da Grécia e de seus arredores, assim como uma descrição de procedimentos
técnicos para construção e a projeção de mapas. Os mapas de Cláudio Ptolomeu contém a
identificação de mais 81 mil lugares conhecidos pela sociedade da época com distância entre eles
medidas em graus.
No período da história conhecido como Idade Média, o predomínio da religião cristã influenciou
intensamente a cartografia. Os mapas medievais são, portanto a síntese dos dogmas da cristandade
com os conhecimentos geográficos.
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A Cartografia Árabe
A cartografia árabe teve início nos séculos V, VI e VII com a tradução do grego para o árabe a obra de
Ptolomeu. Os árabes aperfeiçoaram e partir dessa época os estudos sobre astronomia potencializou o
desenvolvimento de alguns instrumentos, como o astrolábio, ou astronomia de posição como é
conhecida. Esse instrumento proporcionou o cálculo das coordenadas geográficas, essencial para o
desenvolvimento da cartografia nos séculos posteriores. No século XII confeccionou um importante
mapa-múndi, deixando um legado extremamente relevante para a história da cartografia.
O intercâmbio entre as culturas e interesses pela navegação marítima fez com que as
representações do espaço se tornassem cada vez mais precisa.
Ícone das grandes navegações do século XV, as Cartas Portulanas eram especialmente elaboradas
para navegação, cujo uso provavelmente iniciou-se no século XIII por cartógrafos genoveses. Elas
serviam de roteiro nas navegações marítimas ao apresentar linhas de voos que se realizavam de
vários pontos distribuídos pelos mapas. Estas linhas recortando a superfície da terra representavam as
ligações entre os principais pontos da Europa do final do século XV. A Europa iniciou sua supremacia
no mundo com a expansão marítima o que levou a conquista da América e a descoberta de um novo
caminho para as índias orientais, contornando a África. A partir desse fato, os mapas passaram a
representar o espaço diante do ponto de vista dos europeus, em consequência dessa perspectiva o
Hemisfério Norte ocupou a parte superior dos mapas durante esse período.
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A cartografia Contemporânea
Atributos do Mapa
1. Título
2. Escala
3. Legendas
4. Coordenadas Geográficas
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Esses quatro são os atributos mais usuais e mais frequentes que asseguram a leitura e a interpretação
das informações nos mapas.
1) Título: Comunica a informação principal do mapa, por exemplo, o mapa que contém as principais
rodovias, ferrovias e hidrovias do país pode ter um título como: “Brasil Rede de Transportes”. Essa
situação informa que o mapa representa a malha de transporte do território brasileiro.
2) Escala: Indica sempre a proporção em que um mapa foi traçado em relação ao objeto real do
mundo ou parte dele, ou seja, quantas vezes o tamanho verdadeiro dele teve que ser reduzido
para poder ser representado no papel, por exemplo, quando se lê em um mapa a escala 1:
50.000, significa que o espaço representado foi reduzido de uma forma que um centímetro no
mapa corresponde a 50000 cm ou 500 metros no tamanho real daquele pedaço.
3) Legenda: As informações contidas em um mapa são interpretadas por meio da legenda. Cores,
hachuras, símbolos ou ícone dos mais variados tipos, até mesmo combinações destes recursos
gráficos são utilizados no mapa com intuito de representar a localização ou a ocorrência de
elementos e processos no espaço.
4) Coordenadas geográficas: Paralelos e meridianos são linhas imaginárias traçadas nos mapas que
permite a localização de qualquer ponto sobre a superfície terrestre. Essa rede de paralelos e
meridianos compõem as coordenadas geográficas no sistema de localização, a linha do Equador e
o meridiano de Greenwich funcionam como referência para reconhecer a posição exata dos
elementos na superfície do planeta.
Fuso Horário
O sistema de fuso horário prevê adoção de um horário único para área determinada localizada entre
dois meridianos distante entre si 15 graus.
A fim de uniformizar a contagem das horas dos países, estabeleceu-se um sistema de fuso horário
mundial, cujo ponto de partida é o Meridiano de Greenwich.
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Divisão das horas ao redor do mundo
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico mundial. São Paulo, Moderna 2016. p.21.
No Brasil
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1
Caracterizado pela hora de Greenwich menos 2 horas, compreende o Arquipélago de Fernando
de Noronha e a ilha de Trindade.
2
Caracterizado pela hora de Greenwich menos 3 horas compreende o Distrito Federal e os
seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amapá.
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Caracterizado pela hora de Greenwich menos 4 horas compreende os estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a parte do Estado do Amazonas que fica a leste da
linha que partindo do município de Tabatinga no estado de Amazonas, segue até o município de
Porto Acre estado do Acre.
4
Caracterizado pela hora de Greenwich menos 5 horas corresponde o estado do Acre e a porção
ocidental do Estado
As Projeções de Amazonas.
Cartográficas
Hoje em dia em grande parte dos livros e atlas são elaborados a partir de projeções cartográficas
específicas. Projeção cartográfica é a forma de representação da superfície terrestre em um plano.
Existem centenas de tipos de projeções cartográficas, porém, nenhuma delas produz um mapa que
represente a realidade com inteira precisão, uma vez que a transposição da esfera para o plano
inevitavelmente provoca algumas distorções.
Tipos de Projeção
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Projeção Cônica
Projeção Cilíndrica
Mapas feitos a partir da projeção plana de acordo com a distância entre elas ficam distorcidas.
Esse tipo de projeção foi bastante utilizado pelos governos durante o período da Guerra Fria.
Durante a primeira revolução industrial em meados do século XIX, até meados do século XX, e
a segunda revolução industrial em meados do século XIX, até a primeira metade do século XX
a ordem mundial era fortemente influenciada pela produção industrial, pela expansão do
capitalismo imperialista e pela exploração da força de trabalho.
Países como Portugal e Espanha procuraram manter suas as colônias da América, na África e na Ásia.
As disputas por áreas de influência, e pelo controle de exploração das colônias e dos mercados
consumidores encontravam-se na raiz da Primeira Guerra Mundial e sua respectiva ordem
internacional.
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Ordem da Primeira Guerra Mundial
Foram vários os fatores que provocaram a Primeira Guerra Mundial. Iniciou-se em 1914 e foi até 1917,
mas de um modo geral os conflitos envolviam o espaço territorial. Já no início do século XX a
Alemanha emergia como um país altamente industrializado, porém diferentemente da Inglaterra e da
França, não se destacava na conquista de colônias de exploração o que dificultava o atendimento de
suas necessidades industriais internas, assim a Alemanha almejava um projeto imperial expansionista,
ou seja, o projeto estatal de anexar novos territórios.
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1
Forte sentimento nacionalismo dos países europeus estimulados pelos seus próprios
governos, que de certa forma já utilizavam desse instrumento como meio de manipulação
das pessoas para participar da guerra.
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Em 1882 surgiu a Tríplice Aliança liderada
pelo Império Alemão e também o Império A França que sofreu derrota na guerra
Austro-húngaro, em algumas situações o Franco-Prussiana, o que ocasionou um
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Consequências da Primeira Guerra Mundial
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Segunda Guerra Mundial
A primeira guerra mundial de um modo geral foi motivada pela disputa e por domínio
territorial, mas houve agravantes: Os países da Tríplice Aliança perderam territórios na
primeira guerra, sobretudo a Alemanha que, além de ter dominado poucas colônias,
ainda perdeu territórios importantes no próprio continente europeu dificultando ainda
mais o suprimento das necessidades industriais internas.
Diante desse fato que o Lembrando que a Segunda Guerra Mundial teve
país retomou seu projeto início em 1939 e durou até 1945
expansionista na Europa na
década de 1930 enquanto o Causas da Segunda Guerra Mundial
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Diante dessa invasão japonesa Alemanha percebeu-se o fracasso dos líderes da Liga
das Nações, ou seja, da Grã-Bretanha, da França, ao mesmo tempo em que sob o
governo de Hitler em 1933 conseguiu obter apoio da população alemã para promover
mais uma guerra expansionista.
Com Hitler no poder, novamente as ideias do geógrafo Frederick Ratzel e seu conceito
de Espaço Vital foram utilizados para justificar o expansionismo alemão de modo a
desconsiderar as restrições do Tratado de Versalhes, assim começou a política alemã
de expansão da Europa.
1938
A Alemanha anexou a Áustria e no ano seguinte terras da Tchecoslováquia sobre o argumento de que
já haviam sido povoadas pela Alemanha. Inglaterra e França assinaram o Tratado de Munique em
uma tentativa de apaziguar a Alemanha em outras conquistas. A Alemanha invade a Polônia, um
espaço geográfico importante, pois oferece acesso ao mar Báltico.
1939
Países como a Inglaterra, França a União Soviética e Estados Unidos entraram na guerra para lutar
contra o eixo Alemanha, Itália e Japão tornando-se uma confrontação Mundial, porém alemães e
italianos tiveram dificuldades em avançar em seus projetos de expansão territorial a partir de 1941
primeiro com a invasão a União Soviética que posteriormente conseguiu vencer, segundo após o
ataque japonês à base militar norte-americana em por Harbor os Estados Unidos entraram
efetivamente na guerra.
1945
Com a derrota da Alemanha do Japão e da Itália na Segunda Guerra Mundial os maiores interessados
na guerra expansionista tiveram suas construções destruídas e uma grande perda humana, estimada
em 15 milhões de militares e 35 milhões de civis, dos quais 20 milhões eram soviéticos, 6 milhões
eram judeus e 4,5 milhões eram poloneses, além disso, também perderam território e continuaram
carentes de insumos para suas indústrias.
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Participação do Japão na Segunda Guerra
O Japão após ter conquistado do Sudeste Segundo fato é que nos ataques e conflito
Asiático próximo às fronteiras da Índia e no território europeu era como um ataque
próximo a Austrália e atacado a base aéreo suicida de pilotos japoneses
naval dos Estados Unidos por Harbor no chamados e Kamikaze, no entanto o golpe
Havaí em 194, sofreu os contra-ataques derradeiro dos Estados Unidos foi ataque
estadunidense, além de ser derrotado na com bombas atômicas às cidades
batalha naval de Midway em 1942 e seu japonesas de Hiroshima e Nagasaki em
território passou a voltar na defensiva agosto de 1945.
muitas vezes levando militares e
combatentes a morte.
As bombas foram lançadas após o Japão ter recusado a declaração de Potsdam, pela qual
os líderes dos países aliados perdiam sua rendição na guerra além da instalação de um
governo pacifista no país Tais pedidos não foram cumpridos pelo Imperador Hirohito que
somente após os ataques anunciou via Rádio Nacional a rendição do país na guerra.
Itália
A Itália foi ocupada pelos aliados em 1943 quando o líder do país Benedito Mussolini refugiou-se ao
norte e foi capturado e assassinado por comunistas italianos. O país perdeu suas colônias na África
entre elas as duas principais Líbia e Somália que se tornaram Independentes em 1951 e 1960
respectivamente.
Alemanha
Alemanha perdeu territórios para Polônia e União Soviética, e ainda teve seu território compartilhado
em zonas de ocupação com o objetivo de impedir a volta dos Estados baseados em regimes de
governos totalitários, militarista e fortemente nacionalista, liderado por ditadores foi o caso do nazismo
na Alemanha sobre a liderança do ditador Hitler e do fascismo na Itália comandada por Mussolini.
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De acordo com o tratado firmado durante a conferência de Potsdam em 1945, Berlim foi dividida em
quatro setores de ocupação, três no lado ocidental que é o setor francês setor norte americano
britânico e o soviético ao lado oriental entre as potências Sobre a divisão da Alemanha e do leste
europeu.
Foram constituídos em 1949 dois novos estados alemães: A república Federal da Alemanha ou
Alemanha Ocidental e a República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental. Essa divisão entre
Socialismo e o Capitalismo não se restringe a Alemanha, pois se estendeu a Europa e o restante do
mundo dando início ao mundo bipolar e o período da Guerra Fria.
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Ordem Bipolar da Guerra Fria
Essa nova regionalização do espaço mundial foi caracterizada pelos discursos ideológicos
distintos dos Estados Unidos e da URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e
por disputas por maiores áreas de influência. O aumento da tensão entre essas duas
potências iniciou antes do fim da segunda guerra mundial. Foi uma ordem mundial que
passou a ser chamada de guerra fria, ou seja, um conflito ideológico em que os Estados
Unidos defendiam e procuravam estabelecer o sistema de organização capitalista, e a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas buscava implantar o sistema socialista de
sociedade e de governo. Nessa ordem mundial poderiam ser identificados três conjuntos
de países: os países de primeiro mundo, os países de segundo mundo e os países de
terceiro mundo.
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Guerra Fria: O Mundo Bipolar (1945-1990)
Ainda no fim da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos atacaram o Japão com os
lançamentos das Bombas em Hiroshima e em Nagasaki em agosto de 1945. De acordo com
vários historiadores essa medida não tinha apenas o principal objetivo de forçar o Imperador
japonês a pedir a rendição do Japão na guerra, que já estava militarmente derrotada, mas
utilizou também para demonstrar para o mundo a suposta superioridade Militar dos Estados
Unidos em especial para intimidar a URSS.
Por esse motivo considera-se que o marco inicial da Guerra Fria tenha sido esses ataques e
não a divisão da Alemanha em 1949.
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Ambas as nações produziam
armamentos de destruição em massa e
a cada tecnologia desenvolvida por uma Essa disputa tornou-se mais acirrada
potência, logo em seguida a outra com as novas armas militares,
procurava atingir um patamar superior principalmente os lançamentos de
para deixar o oponente cada vez mais foguetes que colocaram satélites em
inseguro. Essa política adotada pelas órbita, o que significava que o país era
duas potências nessa corrida capaz de lançar outros foguetes com
armamentista ficou conhecida como ogivas nucleares.
equilíbrio do terror. Em 1957 a União Soviética lançou o
primeiro satélite artificial da história o
Durante o esse período, não houve uma
Sputnik, e o cosmonauta soviético foi o
guerra direta, ou seja, um confronto
primeiro ser humano a viajar para o
direto entre os Estados Unidos e a antiga
espaço no comando da nave espacial
União Soviética, no entanto essas
Vostok 1 quando realizou um voo em
potências influenciaram e financiaram
torno da Terra em 1969.
outros conflitos ou guerras civis. Foram
O astronauta estadunidense tornou-se o
chamadas de: As guerras Indiretas. Veja
primeiro homem a pisar na Lua
abaixo alguns exemplos desse tipo de
enfrentamento no continente asiático.
Guerra da Coreia
Teve início em 1950 e durou até 1953, o primeiro conflito militar em que as potências tiveram a
participação direta foi nesta guerra. O conflito baseou-se na disputa entre a parte norte da Coreia
do Norte socialista que tinha o apoio da China e da União Soviética, e a parte sul do país
capitalista que era apoiada pelos Estados Unidos. Isso ocorreu logo após a derrota do Japão na
Segunda Guerra Mundial, ou seja, após a ocupação por forças soviéticas norte-americanas em
1945 que libertaram a condição de colônia japonesa, situação que vigorava desde 1910.
Guerra do Vietnã
A Guerra do Vietnã teve início em 1964 e durou até o ano de 1975 como ocupação japonesa no
sudeste asiático entre 1941 e 1942, as potências ocidentais que mantinha colônias da região
foram expulsas após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial. As potências europeias
como França e Holanda tentaram retomar o domínio na região mais em conta à resistência das
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populações e dos governos locais no sul do Vietnã, os franceses estabeleceram domínio, fato
que gerou a guerra em 1946 e terminou com a derrota francesa em 1954, mas não foi suficiente
para o regime comunista do norte do Vietnã anexar acessar no país.
Em 1959 os norte-vietnamitas com apoio da China e da União Soviética entraram em conflito
com o Sul para obter a unificação, mas o lado que era capitalista teve apoio dos Estados Unidos,
tanto em armas como tropas, essa intervenção dos Estados Unidos tinha o objetivo de evitar a
propagação do socialismo na Ásia, mas para a população estadunidense tratou-se de uma
interferência mal sucedida, tanto pelo alto investimento no conflito, como pelo número de mortes
nos combates terrestres.
Cabe ressaltar que a unificação não significou a melhoria de vida da população vietnamita, ao
contrário o Vietnã ficou isolado politicamente e economicamente até o fim da década de
1980,quando iniciou a abertura de sua economia para atrair investimentos em tecnologia.
Guerra do Afeganistão
A guerra do Afeganistão teve início em 1979 e durou até 1989.
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Nova Ordem Mundial
Características
Ela é não mais pautada pela competição
Também se caracteriza pelo
ideológica entre os Estados Unidos que
desenvolvimento do capitalismo e pela
formam o bloco capitalista e a extinta União
decadência do socialismo, ao mesmo
Soviética que representa o bloco socialista,
tempo em que se estrutura uma nova
e sim pelas disputas entre países e blocos
relação de países de acordo com seus
econômicos por mais mercados
níveis de desenvolvimento econômico
consumidores e pela influência político-
e social além da influência política.
econômica.
Ordem Multipolar
Ela tem esse nome em razão das Alianças econômicas e militares entre os países.
Há diversos modos de integração que forma os chamados blocos econômicos, como por
exemplo, o MERCOSUL na América do Sul na NAFTA na América do Norte. Além disso, as
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alianças políticas, econômicas e também tecnológicas entre países de diferentes continentes
como, por exemplo, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que integram o que chamamos
de BRICS que exerce influência na economia global.
Neste mundo multipolar, também é evidente que, após o fim da ordem bipolar a área de
influência dos Estados Unidos em escala mundial aumentou significativamente, tanto pela sua
economia, quanto pelo seu poder bélico, o que permitiu esse país apresentar um poder
econômico, militar e político de nível global. Por isso essa ordem também pode ser chamada de
mundo unipolar.
É importante destacar que logo após o fim da Portanto, com a queda do Segundo
URSS a maior parte dos novos países Mundo, já não faz mais sentido a
independentes desse bloco enfrentou uma classificação dos países em primeiro
crise econômica acompanhada do aumento segundo e terceiro mundo. A nova
dos serviços públicos, tais como saúde e divisão regional é marcada pela
educação, características que eram positivas oposição entre o norte desenvolvido e
durante o auge do desenvolvimento do sob o das tecnologias industriais. A distribuição
regime socialista e garantiam a esses países de renda no mundo continuou desigual e
a classificação no chamado Segundo Mundo. também intensificaram as diferenças
socioeconômicas entre os países que
compõem o norte os países que
compõem o sul.
Capitalismo
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A formação de blocos econômicos regionais que teve início ao longo do século XX e intensificou-
se no contexto da multipolaridade da década de 1990, é uma característica marcante do
processo de globalização econômica. Formado com o objetivo de fortalecer as economias
regionais distante da competição em escala global. Os blocos econômicos intensificam os fluxos
globais, ou seja, o fluxo de matérias-primas, mercadoria, capitais, informações e pessoas
ocorrem em escala global.
Diferentes tipos de acordos são necessários para a formação de blocos econômicos, bem como
os diferentes níveis ou estágios de integração. Esses conjuntos regionais podem passar por
mudanças de um ano para o outro, com a inclusão ou suspensão, até mesmo expulsão de
determinados países. As mudanças no estágio de interação ou cancelamento de acordo podem
acontece. Esta dinâmica reflete os interesses dos países em blocos regionais, quais pertencem
um dado momento histórico e contexto econômico.
União Europeia
Para entendermos o processo de formação da União Europeia, primeiro temos que lembrar a
geopolítica na Europa ocidental do pós-guerra, ou seja, a Guerra Fria.
A Europa teve sua infraestrutura e seus meios de produção destruídos e ainda ficou sem
recursos financeiros. Esses fatores contribuíram para a perda dos mercados.
A primeira experiência de cooperação entre os Estados europeus no pós-guerra surgiu com
bloco econômico denominado Benelux derivados das iniciais dos países Bélgica, Holanda em
inglês e Luxemburgo, cujo sucesso levou outros Estados a gerar novas alianças até a formação
da atual União Europeia.
Houve quatro blocos econômicos da União Europeia, como por exemplo, o Benelux; A
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço; Comunidade Econômica Europeia; Associação
Europeia de Livre Comércio, e finalmente a União Europeia.
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Em 2016 houve a saída do Reino Unido do bloco econômico europeu. Foi popularizado o termo
Brexit, que é uma abreviação das palavras Britain e exit, ou seja, a saída britânica.
A saída foi decretada pela primeira ministra Theresa May que será responsável por conduzir as
negociações da saída do bloco.
A União Europeia busca o desenvolvimento da economia desses países a fim de promover o
progresso econômico e social da sua população. Para isso, é estabelecida não só uma união
econômica e monetária, mas também um quadro institucional. O Tratado de Maastrich
transformou o espaço geográfico europeu após o período da Guerra Fria. Pois a Europa
Ocidental praticamente modernizou o conceito de Estado Nacional para adoção de um projeto
supranacional que ainda estuda propostas de novos países no bloco até mesmo os países da
antiga União Soviética no leste europeu. Para fazer parte da União Europeia de acordo com os
critérios estabelecidos pelo conselho de Copenhague em 1993, um país deve cumprir várias
exigências básicas tanto no nível político, quanto econômico.
Alguns exemplos dessas exigências: a) preservação dos valores democráticos; b) respeito aos
direitos humanos; c) combate à corrupção e ao Crime Organizado; d) ter uma economia de
mercado e capacidade para assumir obrigações da União Europeia.
Em 1993 a União Europeia concretizou a ideia de formar o espaço econômico financeiro
monetário único com a criação de uma moeda única e exclusiva, o Euro. Também materializou
a definição de uma política externa comum nesse novo espaço geográfico. As fronteiras
nacionais tornaram-se livres para circulação de mercadorias e pessoas.
A União Europeia também impulsionou uma nova organização do espaço geográfico mundial
formado por blocos econômicos como NAFTA, APEC, MERCOSUL entre outros.
Zona do Euro
A partir de 1992, a união econômica e monetária dos países relacionados foi muito importante
para agilizar o comércio entre os países-membros. O controle cambial e monetário é feito
pelo Banco Central Europeu sediado em Frankfurt na Alemanha.
Não são todos os países da União Europeia que tem a mesma moeda, países como o Reino
Unido, Dinamarca e Suécia não aderiram à união monetária.
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Circulação de mercadorias
Os países adotaram medidas pelo bloco, sendo uma delas a política agrícola comum, que
além das eliminações das barreiras internas, a circulação de mercadorias e a preferência ao
comércio entre os países membros. Estabelece taxas comuns sobre as importações cuja
finalidade principal é proteger o setor industrial. Porém, isso não garante que o bloco seja
uma economia que não há contradição, uma das contradições presentes no interior do bloco
é a diferença no crescimento sócio econômico dos países que fazem parte da União
Europeia. Isso ocorre porque há uma grande disparidade em termos de rendimento e também
de oportunidade de trabalho. A simples eliminação da tarifa alfandegária não pode resolver os
casos como Portugal e Grécia, ou da região sul da Itália que vende produtos agropecuários
para os países do bloco e ao mesmo tempo compra produtos industrializados da Alemanha,
da França e também da Grã-Bretanha.
Comércio internacional
Para os países integrantes da União Europeia, os acordos comerciais internacionais são
competências das instituições que administram o bloco, em especial a Comissão Europeia, e
não apenas pelos Estados membros individualmente. Vale ressaltar que no âmbito da União
Europeia essas instituições não abrange apenas o comércio de mercadorias, mas também
serviços, investimentos, diretos estrangeiros e propriedade intelectual, também tem o
comando de outros setores econômicos como, transporte e movimento de capitais. Alemanha
é um país de maior destaque no bloco em relação à economia, infraestrutura entre outros
aspectos tornando-se uma liderança regional e o mesmo tempo uma referência na economia
mundial.
Circulação de Pessoas
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Crise Econômica da União Europeia
NAFTA
A Guerra Fria foi marcada pelo conflito político, ideológico e pela divisão bipolar do mundo,
mas seu fim não significou a eliminação dos conflitos e tensões internacionais da Nova
Ordem Mundial. Os confrontos entre os países não se referem mais ao melhor sistema
econômico, e sim as disputas comerciais e tecnológicas e financeiras.
Diante da tendência mundial da globalização, caracterizada pelo comércio internacional e
disputa de mercados, outros blocos surgiram após a Guerra Fria entre eles o grupo dos
países desenvolvidos.
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São três grandes polos que controla a riqueza e
desenvolvimento técnico-científico do início do
Século XXI, os Estados Unidos, que exerce
influência política militar econômica mundial,
sobretudo na América, o Japão cuja influência se
estende no continente asiático, e também a
União Europeia.
No caso do bloco da América do Norte - NAFTA, do qual fazem parte Estados Unidos, Canadá e
México está em vigor desde 1994, e tem como objetivo eliminar as tarifas alfandegárias e obstáculos
para o livre trânsito de bens e serviços, ou seja, construir uma zona de livre comércio. Esse acordo
surgiu como uma nova forma de enfrentar a concorrência da União Europeia e outros blocos
econômicos, inclusive no próprio continente como o MERCOSUL - Mercado Comum do Sul, criado em
1991, da qual o Brasil faz parte.
Vale ressaltar que os três países desse bloco ainda fazem parte da APEC - Cooperação Econômica da
Ásia e do Pacífico, uma aliança que busco livre comércio entre os países banhados pelo Pacífico, além
da proposta de criação da Área de Livre Comércio das Américas, ALCA, capitaneada pelos Estados
Unidos.
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Fonte: http://www.europedirectpontedelima.pt/?pg=3&id_menu=83. Acessado em
01/12/2017.
Questão Militar
Desde o período da Guerra Fria, a hegemonia bélica militar mundial é dos Estados Unidos, país que
praticamente comanda a OTAN, criada em 1949. O Canadá é integrante da OTAN desde sua criação e
possui uma posição multilateral nas relações internacionais, ou seja, embora bastante dependente
economicamente dos Estados Unidos em relação às questões internacionais principalmente militares,
mantém-se bastante independente em suas posições e na maioria das vezes, mais próximos dos
posicionamentos dos países europeus. O México, embora seja praticamente dependente da economia
dos Estados Unidos, várias vezes discordou com a política militar desse país durante a Guerra Fria. Foi
contra as interferências nos países da América Latina e apoio aos regimes militares, e manteve boas
relações com o regime socialista cubano.
Apesar das mudanças no comércio mundial, às corridas a partir da formação dos blocos
econômicos no final do século XX e da constante reformulação por novas alianças, as
31
associações entre os países no início do século XXI são possíveis perceber que ainda persistem
antigas áreas de influência comercial na Europa sobre suas colônias africanas e asiáticas e os
Estados Unidos sobre a América Latina.
Essas relações nem sempre são pacíficas, por exemplo, na relação entre o México e Estados
Unidos, na guerra de 1846 1848 resultou em uma das grandes perdas territoriais para o México,
que perdeu a Califórnia, O Novo México, Arizona e o Texas, atuais integrantes do território
estadunidense, embora tenha lutado pela sua integridade territorial.
Na década de 1980 a antiga União Soviética passava por sérios problemas socioeconômicos, tais como:
atraso tecnológico, excessiva burocratização e queda na produção agrícola. Ao mesmo tempo assistiu as
grandes transformações políticas e econômicas, tanto internas, como externas. Em relação à política
interna, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, entre 1885 e 1991, foi instituído um conjunto de
reformas que visavam ultrapassar os obstáculos estruturais causadores da estagnação econômica. Na
economia foi implantada a Perestroika, um programa de recuperação econômica que visava a liberação de
recursos internos para modernização tecnológica, além de atrair investimentos estrangeiros que
possibilitariam o acesso às novas tecnologias.
Essas entre outras mudanças deveriam levar a Na política externa, uma tentativa de aproximação com os
diversificação industrial, além do aumento da países europeus do ocidente a fim de obter investimentos
produtividade de bens industrializados e também na externos para sua economia foi fundamental. A parceria
produção. no campo. Para colocar essa prática, as econômica estabelecida a partir de 1800 1989 com a
reformas econômicas seriam necessárias também Comunidade Europeia buscando mais especificamente
reformas no âmbito político. No campo político, foi uma aliança com Alemanha Ocidental, que também
um processo de abertura, em que foi restabelecido o deveria ser a maior investidora no estado soviético. Foi
pluripartidarismo, e presos políticos foram libertados, nesse contexto que o governo soviético cedeu aos apelos
a Glasnost centralizou o poder decisório por meio de da Alemanha Ocidental que buscava a reunificação da
um sistema de gestão igualitário de direitos e Alemanha Oriental, assim assinou um tratado com os
deveres, que também implicou na desmilitarização Estados Unidos, Reino Unido e França, e pôs fim ao
do comando político. controle militar e econômico soviético da República
Democrática Alemã incorporada à República Federal da
Alemanha em 1990. A aliança entre União Soviética e a
Comunidade Europeia proponha compromissos e paz e
estabilidade, pluralismo político e um conjunto de regras
32
jurídicas capazes de assegurar as liberdades individuais.
Gorbachev promoveu reformas mais imediatas, e justamente com os presidentes da Ucrânia e
Belarus criou a Comunidade dos Estados Independentes, desta forma, sendo um dos principais
articuladores do processo de dissolução da União Soviética, em seguida outras federações
procuraram participar desta forma de associação entre os países.
Um dos fatores que levaram à Apesar da autonomia dada a cada nação, havia
criação da Comunidade dos necessidade de manter relações comerciais entre
Estados Independentes foi o elas em funções do sistema econômico planificado,
desejo de maior autonomia política ou seja, uma política econômica comum em um
e economia das Repúblicas que governo central que divide os setores econômicos.
pertenciam a ex-união Soviética, Entre as federações, por exemplo, cerca de 90% da
que ficavam submetidos a ordens produção industrial ficava concentrado na Rússia,
da Federação Russa, além da forte Ucrânia e Belarus, enquanto as outras repúblicas
interdependência económica entre praticamente eram produtores de commodities para
elas. as demais regiões.
A união política dos países membros da CEI apresenta acordos de ordem militar e econômica.
No campo militar, uma política unificada das relações internacionais de defesa de segurança
interna e externa, ou seja, na integração das Forças Armadas. No campo econômico, o livre
comércio entre os países-membros e a gradativa adoção de uma moeda comum, além do
intercâmbio comercial.
33
Instituições da CEI
Assediada em Minsk que capital de Belarus, a sua estrutura institucional abriga dois
conselhos: um formado pelos chefes de estado, e outro pelo chefe de governo. Em 2012 os
12 países membros eram todos reconhecidos membros da Organização das Nações Unidas.
Diferentemente da antiga União Soviética, os países preservam a soberania e possuem
direitos.
A circulação de mercadoria na CEI, durante a transição da economia planificada para
economia de mercado, além das repúblicas enfrentarem uma forte competição entre si,
também apresentavam características econômicas desiguais após o processo de
independência. Alguns países foram beneficiados pelo maior número de recursos naturais e
também pelo maior desenvolvimento econômico como, por exemplo, a Ucrânia com solos
férteis e jazidas de minério e ferro carvão ligada ao diversificado parque industrial e a
Federação Russa que possui mais da metade da produção industrial da CEI e elevadas
reservas de gás e petróleo.
Questão Militar
Com o fim da União Soviética, os líderes dos países da CEI ratificaram a política de
desarmamento assumida pela união soviética do Tratado de não proliferação de armas
nucleares, em vigor em 1970. Em 2002 foi criado o conselho OTAN-Rússia, que permitiu o
governo Russo a participar de medidas de combate ao terrorismo e a proliferação de armas
de destruição em massa, porém por questões militares, as relações no campo bélico, político
e militar, a Rússia é considerado um país que altamente capaz de enfrentar uma guerra
nuclear.
34
Fonte: http://www.ukrainebusiness.com.ua/news/4222.htmlAcessado em 01/12/2017.
APEC
Os integrantes da facção: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coreia
do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru Filipinas, Rússia,
Singapura, Tailândia, Vietnã, Estados, Unidos, além de Taiwan e Hong Kong.
Observe que Peru e Chile se diferenciam dos países industrializados da América do Sul por
estarem inseridos na economia regional e global por meio da PEC, da qual Brasil e Argentina
não fazem parte.
35
Esse bloco econômico é de extrema As decisões são tomadas na APEC por um
importância no cenário econômico mundial e consenso e compromisso, e são realizadas
apresenta abertura de mercado entre países voluntariamente pelos países membros APEC. Ela
membros. Em 2012 durante o Fórum para a atua em outros setores da sociedade civil como:
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico saúde pública, qualificação de trabalhadores,
realizada em Brodowski na Rússia, apresenta contribuição para a redução dos impactos
os seguintes dados: Até que representa 55% ambientais, além de auxílio e medidas a pequenas
do PIB mundial e 48% do comércio e médias empresas no mercado, ainda assim dos
internacional, no entanto não há supressão
países da APEC apresentam características
das barreiras alfandegárias, o que ainda
econômicas e demográficas desiguais.
dificulta o comércio entre os países-membros
por causa das medidas de proteção dos
países desenvolvidos.
Em primeiro lugar, porque o desenvolvimento tecnológico dos Estados Unidos e Japão são bem
superiores aos demais países do bloco, em seguida porque os produtos industrializados com maior valor
agregado também apresentam valores comerciais maiores, o que significa maior vantagem para esses
dois países.
36
Japão
Tigres Asiáticos
Os Tigres Asiáticos são conhecidos, de acordo com os períodos que receberam investimentos
japoneses. Taiwan, Cingapura, Coreia do Sul Hong Kong na década de 70 são considerados
dos tigres de primeira geração. Tailândia, Filipinas, Indonésia e Malásia passaram a ser
chamados de novos Tigres Asiáticos, pois se destacaram no cenário globalizado a partir de
37
2000.
Esses países constituem verdadeiras plataformas de exportação, que resultaram em produtos
comercializados em países ocidentais com etiquetas Made in Coreia, Taiwan, Hong Kong,
Cingapura, etc. Mas com tecnologia japonesa e remessa de divisas para esses países, seus
produtos também chegam aos Estados Unidos que apoiaram essa política japonesa durante a
Guerra Fria, e mesmo com a derrota na Guerra do Vietnã insistiu em implantar o capitalismo em
países da Ásia, pois servirá como vitrines de sistema no Oriente.
A China
A população chinesa
A população chinesa com mais de 1,3 bilhão de habitantes, representa praticamente um quinto da
população mundial. Densidade demográfica do país seja de aproximadamente 120 habitantes por
quilômetro quadrado. Porém, a maioria da população está concentrada na porção oriental,
especialmente nas áreas costeiras e nas planícies, o que determina altíssima pressão demográfica
nessa região.
38
Os efeitos dessa campanha trouxeram vários problemas demográficos, principalmente quanto ao
desequilíbrio de gênero, pois houve uma disseminação de abortos, e até mesmo de abandono de
crianças do sexo feminino. Assim como alteração, a distribuição etária da população faz com que o
país apresente nos últimos 30 anos um processo de envelhecimento.
O panorama étnico da China é singular mais de 90% da população pertence à etnia Han, enquanto
o restante é constituído por 56 grupos étnicos diferentes, dentre os quais, os mais importantes,
tanto numericamente quanto, politicamente, são os tibetanos e a etnia Uigur. E outras minorias
islâmicas que habitam a porção Noroeste do país.
Em 2015 o governo chinês alterou as regras e passou a permitir que os casais tenham dois filhos.
Essa nova política adotada oficialmente em 2016 procura a responder o rápido envelhecimento da
população e as necessidades de mão-de-obra, advindas do crescimento econômico.
A China de hoje é um dos polos emergentes da economia mundial que viveu uma trajetória de
grandes mudanças desde 1912 quando seu líder do Partido Nacionalista Chinês proclamou a
República em 1921. Foi fundado o Partido Comunista chinês, que logo teria sido liderado por Mao
Tse-Tung, o condutor da revolução de 1949 e responsável pela inclusão da China no grupo de
países comunistas.
39
Oceania
Austrália ocupa quase 90% no continente possui uma das mais baixas densidades demográficas
do mundo com cerca de 21.000.000 de habitantes e uma área de aproximadamente 70.000.0
quilômetros quadrados. Sua população concentra-se predominantemente nos centros urbanos
localizados no leste e no sudeste do país, sua economia é baseada na exportação de minérios
de ferro e carvão, bauxita, petróleo e outros produtos, assim como derivados agropecuários que
são exportados principalmente para o Japão.
40
Canadá
No âmbito do NAFTA, o Canadá procura Apesar da forte influência econômica dos Estados
participar do mercado de consumo dos Estados Unidos, o Canadá é um país desenvolvido com IDH
Unidos, mais de 80% de suas exportações são 0,908, sendo um dos países com o maior índice de
absorvidas por esse país, principalmente de desenvolvimento humano do mundo. Isso se deve ao
commodities e produtos da indústria de papel. elevado nível de escolaridade, com mais de 99% das
São mais de 50% das importações para o matrículas em todos os níveis de ensino e boas
estado estadunidense. Sua economia depende condições de saúde da população, mas, sobretudo
muito do capital externo dos Estados Unidos, o porque possui elevada renda per capita com cerca de
que leva vários autores dizer que o Canadá é $46.000.
uma extensão territorial dos Estados Unidos,
diferentemente dos países da União Europeia,
possuí o direito de ter relações multilaterais com
os outros países ou blocos, além de manter sua
moeda nacional o Dólar Canadense.
México
No âmbito do NAFTA, o México também tem sua economia fortemente ligada aos Estados Unidos, as
exportações para esse país somam mais de 75% e as importações cerca de 60%. Apesar da participação do
bloco, a população mexicana não apresenta mesmas condições de vida da população do Canadá. Essa
dependência leva a concluir que a integração no México no bloco econômico pouco contribuiu para melhorar
as condições de vida dos mexicanos. O México pode se relacionar multilateralmente com os outros países,
ou blocos econômicos e também mantém sua moeda nacional, o Peso Mexicano.
A economia mexicana é em grande parte voltada para atender os interesses dos Estados Unidos. Tem
desvantagem ao exportar commodities, principalmente produtos agropecuários e importar tecnologias e
produtos industrializados mais caros. Além disso, tem o setor industrial dependente das indústrias norte-
americanas instaladas nas fronteiras entre os países, também chamadas de maquiladoras, que são
beneficiadas pela isenção de impostos oferecidos pelo governo mexicano e ainda utilizam recursos naturais
do México, exploram a mão de obra barata.
41
Desde a década de 1990 mais da metade do comércio exterior mexicano foi destinada aos
Estados Unidos, essa situação de dependência pode trazer riscos à economia mexicana com
prejuízos e também períodos de recessão da economia estadunidense como ocorre eu entre
2008 e 2009.
A circulação de pessoas no bloco entre Estados Unidos, Canadá e México é restrita, porque seu
líder, os Estados Unidos concorda com abertura de fronteiras para o comércio, mas não com a
livre circulação de força de trabalho. Diante da superioridade econômica dos Estados Unidos,
mexicanos tentam passar a fronteira entre os países em busca de uma vida melhor. Segundo
dados apontam, mais de 12 milhões de imigrantes vivem legalmente no país, e sua grande
maioria é mexicana. Para imprimir impedir a entrada ilegal de imigrantes principalmente pela
fronteira a oeste do país, em 2007 o governo Estados Unidos iniciou a construção de um muro
com mais de 10.000 Km ao longo da divisão. E o novo presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump deu continuidade a esse processo, potencializando desta forma a hegemonia dos
Estados Unidos perante o México.
42
MERCOSUL
O MERCOSUL foi instituído oficialmente em 1991, por meio de um Tratado, cujos principais
articuladores foram Brasil e Argentina. Esses dois países que historicamente competição entre
si, abandonaram a política de substituição das importações e criaram um ambiente de
cooperação.
Chile e Bolívia em 1996 como um país associado, assim como Peru e Equador e também a
Colômbia 2003 e 2004 respectivamente. Existem também os estados observadores, que são o
México e Nova Zelândia 2006 e 2010 respectivamente.
Os primeiros estados membros desse bloco econômico foram: Brasil, Argentina, Uruguai e
Paraguai. Nos anos seguintes outros países integraram o bloco com diferentes condições de
adesão.
O Brasil como estado membro é o país mais extenso e que apresenta maior Produto Interno Bruto. Como a principal
potência
umaeconômica
vez que odo
IDHbloco, somado
brasileiro ao fato
é maior de apresentar
apenas o maior
que o índice mercado
paraguaio, que éconsumidor,
de 0,665. aproximadamente 190
milhões de brasileiros segundo os dados do IBGE, pode-se dizer que este país exerce papel de liderança neste
bloco regional, no entanto, essa condição econômica não se reflete no nível de desenvolvimento humano
43 uma vez
que o IDH brasileiro é maior apenas que o índice paraguaio, que é de 0,665.
Dificuldades da Integração Regional no MERCOSUL
A integração cultural entre os países membros não ocorre somente nos projetos de nível
governamental e por meio das instituições de ensino. A livre circulação de pessoas promove
trocas de valores, hábitos e costumes, bem como a influência nas artes, nas músicas
clássicas, na literatura.
É preciso também destacar que há zonas por tensões sociais, como ocorre na região
Amazônica na fronteira do Brasil com Peru, Bolívia e Colômbia, cujas causas se originam no
narcotráfico e da imigração ilegal. A presença de agricultores brasileiros e seus
descendentes no Paraguai é outro foco de tensão no MERCOSUL e apresenta um dos
44
Blocos Econômicos da África
Assim como os outros continentes e regiões do globo, os países africanos têm buscado na política de integração
regional estratégias para fortalecer suas economias nacionais diante de mercados nacionais ainda incipientes e da
dificuldade de acesso aos portos para exportação importação de mercadorias, que é o principal meio de transporte
de carga internacional e também as áreas de formação de livre comércio e mercado comum vem sendo apontada
como uma alternativa para melhorar a inserção desses países do continente africano no mundo globalizado.
A União Aduaneira da África Austral entrou em vigor em 2004 os países participantes são:
África do Sul. Botswana, Lesoto, Suazilândia, Namíbia.
45
A Regionalização do Brasil
A primeira divisão regional do Brasil foi apresentada pelo IBGE na década de 40. A ênfase
estava nas localizações, em detrimento das análises das características físicas, humanas e
econômicas das áreas que agrupavam. Assim ainda em 1941 o IBGE apresentou uma nova
proposta de regionalização que visava facilitar os estudos estatísticos elaborados pelo governo,
além de servir de suporte para ensino de Geografia do Brasil nas escolas. Essa divisão regional
utiliza como critério, o conceito de região natural, considerando prioritariamente o clima, a
vegetação e o relevo, e estabelecia cinco grandes regiões para o país: Norte, Nordeste, Leste,
Sul e Centro-Oeste.
A divisão regional feita em 1945 manteve as regiões da divisão de 1940, mas acrescentou
categorias hierárquicas, como as de grandes regiões e sub-regiões, e as zonas fisiográficas,
46
além dos novos territórios federais criados em 1942 e 1943, como Fernando de Noronha Amapá,
Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu.
Essa divisão regional estabelecia cinco grandes regiões para o Brasil ainda com base nos
aspectos naturais. Norte e Nordeste dividido em Ocidental e Oriental, Centro-Oeste em Central e
Meridional, e Sul. A regionalização desse período foi aceita até 1969 com as transformações
desencadeadas pela industrialização e as urbanizações obrigaram o IBGE a estabelecer uma
nova regionalização.
No início dos anos 70 adotou-se um conceito base nas regiões homogêneas definidas pela
combinação de aspectos naturais, sociais e econômicos, mas não havia um limite preciso entre
elementos físicos e humanos de uma região e outra a região. Bahia e o Sergipe passaram a
integrar a região Nordeste.
Na região Sul ficaram somente os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
enquanto São Paulo, Minas Gerais ,Rio de Janeiro, Espírito Santo passavam a constituir a nova
região Sudeste.
Esse formato de divisão regional é o que permanece até hoje, embora tenha sofrido algumas
alterações posteriores, por exemplo, em 1977 o Centro-Oeste passou a contar com mais um
Estado em virtude do desmembramento de Mato Grosso que originou o Mato Grosso do Sul,
e em 1988 surgiu o Estado de Tocantins, que foi incluído na região Norte devido à forte
articulação econômica com Estado do Pará e com o sul do Maranhão.
Em 1967 o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs uma divisão não oficial do Brasil em três
grandes regiões, individualizados com base nas características socioeconômicas e não nos
limites territoriais dos Estados. A justificativa para este modelo de regionalização é que
determinadas características ultrapassam as fronteiras estaduais de modo que pode ter uma
parte em uma região em outra parte em outra, como acontece com o Maranhão e Minas
Gerais.
De acordo com essa proposta os três complexos regionais são estabelecidos com base da
formação histórica, no desenvolvimento econômico e também pelos critérios naturais.
47
No Nordeste o Brasil passado O Centro Sul, o Brasil do presente A Amazônia, o Brasil do Futuro,
agrupava as áreas de povoamento concentra a maior produção caracteriza-se pela imensa
mais antigas, com identidades e industrial e agropecuária, também é floresta, pela baixa densidade
diferenças naturais e a área mais populosa e urbanizada populacional e pelos projetos
socioeconômicas, entre o litoral e o do país, o que se reflete na agropecuários e de mineração que
interior, e constantes movimentos acelerada degradação de seus estimularam sua ocupação,
de imigração, sua economia é recursos naturais. também é a área com maior
pouco desenvolvida com destaque disponibilidade de recursos
para a monocultura canavieira naturais.
Na obra Brasil: Território e Sociedade, no início do Século XXI escrita pelo Professor Milton
Santos em parceria com a professora Maria Laura Silveira buscam redefinir as relações entre
terra e população sob a perspectiva de um mundo globalizado.
Assim, os autores analisam o país com base na multidisciplinaridade em levantamentos de
dados sobre o Brasil e o brasileiro. São abordados aspectos como a concentração de bancos,
shopping centers, as relações de trabalho, os padrões de consumo, o modelo agrícola e assim
por diante.
As transformações são estudadas a partir do meio natural e das sucessivas mudanças
provocadas pelos meios técnicos nos no território brasileiro, já que estes são produtos da era
industrial e constitui a expansão geográfica da globalização que reestrutura o território com base
na infraestrutura que sustentam as redes de informação e geram novas funções na economia
globalizada.
Os autores propõem uma divisão do Brasil em quatro macros regiões com base na difusão da
informação e no fluxo de mercadorias e capitais:
Na região concentrada, trata-se de
Região Nordeste: Povoamento uma junção das regiões Sul e
antigo e espaço geográfico com Sudeste. Entre suas características
características que retardam os inclui a maior assimilação das
Região Amazônica: Caracterizada fluxos. novas tecnologias e a fluidez da
pela baixa densidade demográfica
continuidade espacial, merece
e pela escassez de tecnologias. Região Centro-Oeste: É
destaque o papel exercido pela
caracterizada pela ocupação
metrópole Paulista que
periférica e pela dependência
desempenha funções e cidade
econômica da atividade
48 sobre
global e reforça o comando
agropecuária.
o território nacional.
Divisão Política do Território Brasileiro: Divisão macrorregional
Exemplo: A região Norte compreende pelos Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá,
Pará, Rondônia e Tocantins. Sua totalidade é tomada pela presença da Floresta Amazônica,
na região Norte temos a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia Amazônica. Esses
Estados que formam a região Norte possui baixa densidade demográfica, outra característica
natural da região é o fato de vários Estados possuem uma importante reserva natural de
ferro, manganês cobre, entre outros.
Entre a maior macrorregião em números de Estados é a região Nordeste. Ela tem hidrografia
que é compartilhada em todos os Estados, como por exemplo, os rios temporários, outra
característica é a mata dos cocais que se encontra no Estado do Maranhão, Piauí e litoral da
Mata Atlântica, e o interior dos Estados existe a caatinga.
49
Estado
Estado pode ser entendido como um conjunto Cabe ressaltar que Estado Nacional é diferente de
de instituições políticas que formam uma governo.
unidade administrativa. Estado também pode
Governo é um agente de administração do Estado,
ser definido como uma divisão territorial.
ou seja, ele ordena e faz a gestão das instituições
políticas do Estado.
Território
O Brasil é um país que pode ser considerado continental, ou seja, sua extensão territorial pode ser
considerada do tamanho de um continente. O Brasil configura entre os cincos maiores países do
mundo na questão territorial.
O elemento território é um elemento configurativo do Estado, é o território que vai legitimar a
soberania em um determinado limite geográfico e vai ser o local das relações sociais dos indivíduos
que habitam esse determinado limite geográfico.
Soberania
Soberania diz respeito ao reconhecimento de quem governa determinado território. Soberania pode
ser entendida como o agente responsável pela organização da vida social. A soberania pode ser
dividida em duas partes: interna e externa.
A soberania interna é o reconhecimento de quem governa pela própria população, já a soberania
externa é o reconhecimento de outros estados como a gente governante daquele determinado
território determinado povo. Soberania é um elemento figurativo do Estado.
O Povo
É sua população, ou seja, o povo é quem irá legitimar a soberania em um determinado território.
50
Esses conceitos podem parecer à primeira vista um tanto quanto abstrato, porém o Estado
brasileiro é consolidado através de um documento de ordem jurídica, legal e amparado,
reconhecido democraticamente. Esse documento que contém esses elementos do Estado se
chama Constituição Federal. A Constituição Federal do Brasil é a Lei Magna, ela é responsável
por organizar legalmente a vida social e assegurar os direitos civis, sociais e políticos, e também
regulamentar nossas relações sociais.
Cumpre lembrar que nem sempre o Brasil contou com uma Constituição Federal tão ampla, tão
democrática. Basta lembrar-se das Constituições que fizeram parte de nossa história, assim
como a de 1824, 1891,1937 e assim por diante.
Primeira: 1824, dois anos após a independência política de Portugal nasce a primeira Constituição
que consolida o Brasil como território independente de Portugal e legítima sua soberania, no caso a
figura do Monarca.
Segunda: 1891, dois anos após a proclamação da república nasce a primeira Constituição brasileira
com viés republicano. Vale lembrar que a figura do monarca não é mais o símbolo da soberania.
Terceira: 1937, Constituição Federal que objetiva a ditadura do Estado Novo.
Quarta: 1946, Constituição que retorna com os objetivos democráticos.
Quinta: 1967 referenda o Governo Militar.
Sexta: 1988, consolida a democracia de acordo com os padrões nacionais e internacionais.
O Estado Brasileiro
Divisão política do Brasil a divisão política administrativa do Brasil resultou em um longo processo
histórico iniciado em 1534 com as capitanias hereditárias.
A organização espacial de um território é definida com o passar do tempo, como resultado do
embate entre forças e atores sociais existentes, por isso a construção de um território nacional está
intimamente ligados história. Assim a divisão político-administrativa do Brasil nem sempre foi a
mesma, no período compreendido entre os séculos XVI e XX essa divisão mostrou-se associada ao
processo de ocupação territorial e as diversas transformações socioeconômicas.
51
Observe os dados extraídos do anuário do IBGE:
O Brasil colônia no regime O regime político vigente no Brasil no século XVIII foi o
político dos séculos XVI até o Vice-Reinado. As unidades políticas já diminuíram para
século XVIII havia os tipos de 20, e não havia mais a unidade política donatárias, e sim
unidades políticas, como 19 capitanias e uma colônia.
Donatárias, Capitanias e Colônia.
O Brasil era dividido em 30
unidades políticas, cada uma No século XIX, no Brasil Império, as unidades políticas
No O Estado brasileiro é sedimentado pela união indissolúvel das Unidades Federativa. No Brasil
a República é organizada de maneira federativa, que pressupõe a participação de 26 estados e o
Distrito Federal. Cabe lembrar que os entes federados ou as unidades que participam da
Federação Brasileira não têm direito de separação, ou seja, não tem direito a secessão da união
federativa brasileira.
52
Aspectos Naturais do Brasil: Clima, relevo, hidrografia e Solo.
O Clima
Inicialmente é preciso antes lembrar as zonas climáticas. O Brasil se encontra em uma zona entre
os trópicos, portanto possui um clima tropical com suas variações: Subtropical, Tropical Atlântico,
Equatorial Tropical, Equatorial de Altitude e Semiárido.
Não confundir clima com tempo. Tempo é a situação presente da atmosfera. Um conjunto de
fatores climáticos pode definir um clima.
Já os fatores climáticos são condições que determinam, ou podem interferir nos elementos
climáticos.
53
Características dos Climas
Embora haja no país altitudes modestas, há muitas escarpas elevadas, que são responsáveis
por garantir baixas temperaturas no inverno. Nesses locais ocorrem as geadas e até a queda de
neve, tal situação pode ser verificada, por exemplo, em diversos municípios da Serra da
Mantiqueira no Sudeste e da região Sul.
Os relevos altos também podem influenciar na distribuição de umidade fazendo surgir áreas de
clima mais seco, como ocorre no Nordeste. Outro fator provoca grande interferência na
circulação atmosférica no Brasil, são as massas de ar responsáveis por marcar algumas
características climáticas, bem como pelas suas mudanças bruscas no tempo em todo o país.
Há presença de planícies na porção central do país, que favorece o avanço de massas de ar
vindas da Antártica. Devido o extenso litoral do país, existe ainda uma influência marítima nos
54
climas brasileiros. Esta se manifesta por meio da umidade constante em razão dos ventos
oceânicos.
Pelo litoral brasileiro passa ainda três diferentes correntes marítimas: as correntes da Guiana e
do Brasil, que são quentes, e da costa Norte, Nordeste e leste do país. Elas favorecem a
evaporação oceânica contribuindo para os elevados índices pluviométricos na maioria do litoral.
A terceira é a corrente das Malvinas, que é fria e passa distante do litoral no sul do país, e
exerce pouca influência nas condições climáticas.
Em contrapartida os Estados do Centro-Oeste influenciado pela continentalidade, enfrentam
baixíssimos níveis de umidade de ar durante o inverno, muitas vezes a umidade chega a atingir
níveis próximos aos dos desertos. As consequências mais negativas são incêndios nas regiões
de mata e de vegetação nativa.
O clima Tropical Atlântico atinge toda a porção O Clima Equatorial ocupa extensas áreas da
leste do país, desde o Nordeste até o Sudeste, é porção setentrional do Brasil, caracteriza-se
marcado pelas temperaturas elevadas em média pelas elevadas temperaturas ao longo do ano, as
20 Graus Celsius e pelas baixas amplitudes temperaturas médias são sempre superiores a
térmicas, sofrendo uma pequena variação anual 24 Graus Celsius. Há abundância de chuva,
que não supera Aos três graus Celsius. Sofre merece destaque: não ha uma estação seca
influência da Massa Tropical Atlântica, a marcada e os índices pluviométricos superam
incidência pluviométrica deve-se à presença das aos 2.000 metros cúbicos anuais. Esse clima
elevações e das ocorrências de chuvas frontais está sob atuação da massa Equatorial
devido ao avanço da Massa Polar Atlântica Continental.
durante o inverno. Esta, ao encontrar-se com a
massa de ar quente da Mata Tropical provoca
intensa condensação e chuvas frontais
frequentes. 55
No interior do Nordeste e no norte do Estado de Minas Gerais surgiu o clima que se diferencia dos
demais atuantes no país, trata-se do clima Tropical Semiárido que se caracteriza pela irregularidade
pluviométrica e as chuvas mal distribuídas ao longo do ano. Outro fator importante é fraca atuação
da massa Equatorial Continental sobre o Nordeste.
Os planaltos elevados dos Estados de São O Clima Subtropical presente na região Sul do
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, são Brasil, tem o aspecto tem de acentuar se no
áreas de ocorrência do Clima Tropical de inverno quando as maiores latitudes regionais,
Altitude, e se não se diferencia do padrão e associado ao avanço de números massas
Tropical devido à pluviosidade que se mantém polares reduzem ainda mais os níveis térmicos
elevada e concentrada principalmente no verão. que chegam as médias inferiores a 18 Graus
O destaque desse tipo climático são as médias Celsius. Há predomínio de chuva frontais por
térmicas inferiores, àquelas encontradas nas causa do encontro da Massa Tropical Atlântica
baixas latitudes no verão, há dias que a com a Massa Polar Atlântica.
temperatura fica baixa dos 21 Graus Celsius, e
no inverno abaixo de 15 Graus Celsius. Desta
forma, as temperaturas da estação quente são
mais amenas e invernos mais rigorosos.
56
Litoral brasileiro
O Brasil possui 7,367 km de litoral voltados para o Atlântico Sul. São as águas do Atlântico que
banham nosso extenso litoral. Há divisões do litoral brasileiro em três partes: Setentrional,
Meridional e Oriental.
Equatorial ou Setentrional vai do Amapá até o Rio Grande do Norte.
Ocidental ou Tropical vai do Rio Grande do Norte, do Cabo de Santo Augustinho, até o Rio de
Janeiro.
Meridional vai do Rio de Janeiro até Santa Catarina.
Ilhas brasileiras
O relevo
O Brasil apresenta uma vastidão territorial, cuja estrutura rochosa serve de base para
diferentes tipos de solo, vegetação, águas continentais e oceânicas. É nesse espaço que
temos elementos climáticos diversos que podem alterar a paisagem.
Em 1995 o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística apresentou uma nova classificação do
relevo brasileiro, considerando: a semelhança entre as formas, a altitude, as características
geológica, os tipos de rocha, a estrutura interna da placa Sul-Americana.
Essa classificação procurou ordená-los de acordo com os quatros domínios morfoestruturais,
ou seja, com a maneira como a estrutura geológica interfere na origem das diferentes formas
de relevo, usou também imagens de radar colhidas no Projeto Rondon Brasil. Há uma
compreensão de que as unidades geomorfológicas estão em constantes mudanças devido à
ação dos agentes climáticos.
Apesar do alto grau de precisão da classificação do IBGE, a classificação e os critérios de
Jurandyr Ross continua a ser mais empregada no ensino da Geografia no Brasil.
57
Classificação do IBGE
As Serras Os Planaltos
As depressões igapó.
A Planície Pantanal está localizada na
Depressões são regiões geográficas mais
região Centro-Oeste, é circundada por
baixas do que as áreas em sua volta.
terras altas, ou seja, na encosta da
As depressões são classificadas em dois
cordilheira dos Andes e do Planalto
tipos: depressão relativa, que apresenta
Central.
altitude mais baixa que as áreas ao redor,
Planície Litorânea está localizada na
mas estão acima do nível do mar, e absoluta,
porção oriental do País, ajuda a
que se apresenta abaixo no nível do mar.
determinar o próprio litoral brasileiro. Ela
São ao todo onze depressões brasileiras.
áreas largas e outras mais estreitas.
Cuiabana, da Amazônia Ocidental, do Alto do
Paraguai Guaporé, do Araguaia, do Miranda,
do Tocantins, Marginal Norte Amazônica,
Marginal Sul Amazônica, Periférica da Borda
Leste Bacia do Paraná, Periférica Sul-Rio- 58
Grandense, Sertaneja e do São Francisco,
As Chapadas
Elas são áreas planas localizadas no alto das serras. Também são áreas fundamentais para a
preservação dos biomas brasileiros: Amazônia, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, a Mata
Atlântica e o Pampa. As Chapadas de maneira geral abrigam Parques Nacionais como o da
Chapada Diamantina, da Chapada dos Guimarães, da Chapada dos Veadeiros, da Chapada
das Mesas, do Monte Roraima.
Essa classificação de relevo têm sete tipos de relevos encontrados em terras brasileiras, tais
como: Planalto das Guianas, Planície Amazônica, Planalto Central, Planalto Atlântico, Planalto
Meridional, Planície Costeira, Planície do Pantanal e Planície do Pampa.
Existem dez tipos de relevo, tais como: Planalto das Guianas, Planícies e Terras Baixas
Amazônicas, Planalto Central, Planalto do Maranhão-Piauí, Planalto Nordestino, Planícies e
Terras Baixas Costeiras, Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, Planalto Meridional, Planície do
Pantanal e Planalto Uruguaio Sul Rio-Grandense.
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Domínios Morfoclimáticos
O Domínio Amazônico
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Nas áreas que sofrem alagamentos periódicos devido aos rios aparece uma vegetação
denominada Mata de Várzea, que durante muito tempo foi alvo preferencial das ações das
madeireiras. Uma árvore típica dessa área é a Seringueira, na qual se extrai o látex para
obtenção de borracha natural.
Por final a terra firme, que vem sendo dizimados pelas madeireiras. Outra característica
marcante e contraditória desse bioma diz respeito à baixa fertilidade de seus solos, tal situação
evidencia a fragilidade descendente que tem na matéria orgânica em decomposição advinda dos
restos de plantas e detritos animais. A única possibilidade de fornecimento nutricional para as
árvores da floresta, portanto sua devastação conduz não só um evidente risco a biodiversidade,
mas também com a degradação dos solos.
O nome Amazonas foi dado por um Rei espanhol chamado Gaspar Carvajal. Segundo ele, ao
viajar pela região na primeira metade do século XVI um grupo de mulheres teria atacado sua
embarcação, que assim como as Amazonas da mitologia grega pretendiam escravizar os
homens para procriar e depois matá-los.
O domínio morfoclimático dos Mares e Morros florestados destaca-se como o segundo maior
complexo de florestas biodiversas do território brasileiro. Originalmente abrangia uma área de
10.000.00 quilômetros quadrados, que se estendia pela faixa Atlântica de Norte ao Sul. No
entanto, esse domínio coincide com as áreas mais antigas de ocupação econômica do Brasil.
Atualmente é uma das regiões de maior adensamento populacional e maior desenvolvimento
Industrial, tais aspectos acarretaram na devastação da Mata Atlântica, a ponto de restar somente
7% da sua área original.
O relevo local marcado por morros e forma de meia laranja e seus desníveis altimétricos,
contribuem para as variações sazonais de temperatura, distribuição de chuvas e umidade, além
da incidência de radiação solar. Esses fatores são responsáveis por criar diferentes condições
naturais que geram uma grande diversidade de vegetação. Por causa disso, a Mata Atlântica
apresenta notável biodiversidade vegetal com cerca de 27% das espécies do planeta . Das 20
espécies de Flora catalogadas na área, 8 mil são endêmicas, ou seja, exclusivas desse domínio.
Nas encostas dos Planaltos e Serras do Atlântico leste-sudeste, a umidade do ar é elevada
devido a entrada dos ventos oceânicos, o que favorece a proliferação de musgos e liquens que
61
se fixam no galho das árvores. Nas áreas de altitudes elevadas, por causa das baixas
temperaturas e da umidade, a floresta dá lugar a campos de altitude com arbustos e herbáceas.
O Domínio do Cerrado
As Nascentes no Cerrado
O domínio do Cerrado apresenta uma grande importância, porque abrigas uma das maiores
bacias hidrográficas brasileiras.
As Bacias Amazônicas e do Tocantins-Araguaia, que tem 70% de seus mananciais nessa terra.
Quarenta e oito por cento da nascente da Bacia do Paraná também estão no cerrado, e 8% das
que abastecem a Bacia do São Francisco brotam desse domínio.
A partir da década de 1950 a pressão econômica vem causando crescente impacto ambiental
nesta área, o que resulta em sua devastação. Cerca dos dois terços desses domínios já foram
modificados por atividades como a agricultura comercial, que intensifica a erosão do solo, sua
compactação pelo uso do maquinário agrícola pesado e a contaminação das águas devido ao
uso indiscriminado de agrotóxicos.
62
A devastação das matas ciliares causa desequilíbrio ecológico que afeta a fauna e a flora, além
de aumentar o processo de assoreamento que pode secar inúmeras nascentes e comprometer a
dinâmica hídrica do país.
O Domínio da Caatinga
Os Domínios Subtropicais
63
efeito da altitude que faz com que as médias térmicas sejam mais baixas que as médias de
outros terrenos. A mesma latitude desta forma, cria condições térmicas ideais para abrigar a
locais, por exemplo, é possível encontrar essas espécies em Campos do Jordão em São Paulo
onde são comuns são dos atrativos dessa estância climática.
Dividindo o mesmo espaço existe um vegetal que é praticamente símbolo dos da Região Sul, a
erva mate. Ao contrário do que se pode parecer a erva mate não é uma erva, é um arbusto típico
das Matas dos Pinhais, onde aparece isoladamente ou em grupos. As elevadas amplitudes
térmicas anuais funcionam como um fator limitante reduzindo a biodiversidade dessas áreas de
Araucária conhecida como Pinheiro do Pará.
Desertos Gaúchos
O Rio Grande do Sul apresenta inúmeras áreas expostas à desertificação, a qual consiste na
degradação dos solos nas mais diferentes zonas climáticas, resulta de processos naturais
associados às ações humanas. No caso dos Pampas Gaúchos chama atenção o fato de esta
ainda não ter sido considerado uma área de risco. O solo vem sendo degradado principalmente
pela compactação, resultante do uso intensivo de maquinário agrícola e do pisoteio do gado que
vem sendo criado nessas áreas há séculos.
Fitogeografia
Existe um ramo da geografia especializado em estudos da vegetação, ela procura compreender
a distribuição espacial das associações vegetais analisando não só como resultado das atuais
zonas climáticas, mas também com uma paisagem que expressa o efeito acumulativo dos
climas do passado.
Zonas de Transição
As áreas de transição são as paisagens de exceção, que fazem parte do cotidiano de milhões de
pessoas, contudo não são conhecidas profundamente em sua complexidade ambiental.
São três as áreas de transição brasileiras: o complexo do Pantanal, a Mata dos Cocais e a
vegetação litorânea.
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Algumas vezes elas aparecem como corredores que se interpõem aos dois domínios mesclando
características de ambos, em outros casos apresentam aspectos muitos distintos daqueles
observados nos domínios ao redor.
A distribuição da flora brasileira não obedece a um caráter zonal devido à mistura de condições
climáticas e características específicas dos diferentes tipos de solo.
É chamado de Flora Neotropical. Isso significa que esses fragmentos de terra e a grande
dispersão da vegetação ocorreu durante a era Cenozoica porque foi nessa época que as
condições topográficas do continente estruturaram-se, principalmente após a elevação da
Cordilheira dos Andes.
As periódicas mudanças climáticas também tem forte contribuição nas mudanças da paisagem.
No caso do Brasil a presença no passado de climas mais secos ou mais frios fez existir no país
paisagem vegetais muitas distintas das atuais.
O Pantanal
O Pantanal abrange uma área alagável que se estendem por 110.000 km quadrados dos
Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fora do país aparece em território boliviano
argentino e paraguaio.
Sua vegetação consiste um mosaico com trechos de cerrado, campos e florestas tropicais. A
denominação pode fazer alusão à palavra pântano, mas é este ambiente difere totalmente disso.
Porque essas áreas estão em constante movimento, ao contrário dos brejos das águas paradas.
Devido à importância da dinâmica hídrica pantaneira associada ao relevo com baixas altitudes,
verifica-se a existência de três áreas distintas: uma permanentemente alagada, outra que alaga
durante a época das chuvas e das cheias dos rios, e a terceira que permanece livre de
enchentes.
As áreas alagadas periodicamente são recobertas por vegetação campestre as margens dos
rios, apresentam a mata ciliar e nas áreas mais altas surge à vegetação do Cerrado. Durante a
época da chuva apenas 20% da terra fica livre das águas, mas esse fluxo traz para o Pantanal
uma grande quantidade de nutrientes que contribuem para a riqueza da fauna local.
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A Mata dos Cocais
A Vegetação Litorânea
Serve de transição do Domínio dos Mares de Morros Florestados com a linha Costeira. Ela é
uma zona de triplo contato: terra, mar e dinâmica climática.
Os manguezais aparecem como verdadeiros representantes dessa interface, sua formação está
vinculada a uma série de fatores tais como: clima quente e úmido, contato com rios e o mar em
litoral de águas calmas abundância de matéria orgânica e presença de solos salinos.
Devido sua existência linha de costa, o Brasil tem uma das maiores extensões de mangues do
mundo avaliada em mais de 10 mil km quadrados. Por ser um ambiente altamente limitante são
poucas as espécies de plantas que sobrevivem nos mangues.
Por todo o litoral brasileiro surgem cordões arenosos cobertos por sedimentos marinhos
denominados restingas. Quando estão junto à linha da praia são recobertas por uma vegetação
rasteira com um amplo sistema de raízes. Após essa faixa, há uma tendência de adensamento
da vegetação aumentando a proliferação de Bromélias, chegando-se a se formar uma floresta
pouco menos exuberante do que a Mata Atlântica.
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Bacias Hidrográficas
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A Bacia Amazônica
A bacia amazônica tem suas nascentes situadas em território Seu rio principal é o Amazonas que apresenta
peruano na Cordilheira dos Andes, mas grande parte de suas extensão total de 7.5 km e troca de nome várias
águas atravessam o Brasil. Ocupa uma área de 6,4 milhões de vezes ao longo de seu percurso. Inicialmente no
km quadrado, sendo que 3,9 milhões de quilômetros quadrados território peruano é chamado de Rio Apurimac,
estão em nosso país, além de passar do pelo Brasil , ela cruza depois o seu nome muda para Rio Ucayali, na
o território de mais sete países sul-americanos: Guiana fronteira do Brasil passa a se chamar Solimões, e
Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador e a partir da cidade de Manaus recebe o nome de
Bolívia Amazonas.
A bacia Amazônica é detentora de números recordes, é a maior do mundo, apresenta o maior rio em extensão e
volume de água e em sua foz situa-se a maior ilha fluviomarinha do planeta A Ilha do Marajó.
A abundância da de águas nesta bacia deve-se ao fato de apresentar afluente nos hemisférios Norte e Sul permitindo
duas cheias de verão por ano. A bacia apresenta o maior potencial hidrelétrico do país e conta, além disso, com mais
de 20.000 km de percurso navegável sendo uma importante via de acesso para as populações que vivem às margens
do rio às populações ribeirinhas.
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Bacia do Tocantins Araguaia
Bacia do Norte-Nordeste
Corresponde aos rios que deságuam no trecho de drenagem entre a foz do rio Tocantins e a do
São Francisco ocupando mais de 2,700 km quadrado. Destaca-se por apresentar alguns rios
que secam periodicamente nos períodos mais longos de estiagem. Seu rio principal é o Rio
Parnaíba com 7.970 km de extensão. Outro rio é o Rio Mearim que conta com 930 km de
extensão.
O Rio Jaguaribe também faz parte dessa bacia, ele nasce na Serra da Joaninha no Estado do
Ceará atravessando 610 km de terras com escassez hídrica devido ao clima semiárido.
Finalmente, deve-se destacar os Rios Beberibe e Capibaribe que atravessam a cidade de
Recife, capital do Estado de Pernambuco, parte significativa do antigo centro histórico da
cidade foi construído junto a esses cursos d'água.
O Rio Parnaíba se localiza a Ilha do Caju, que se destaca entre as mais por sua exuberância
natural, lá é o habitat do Tucano, Jacaré do Papo Amarelo e Cotias, entre outros animais que
vivem protegidos, pois desde junho de 1991 a ilha tornou-se uma área de proteção ambiental.
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Bacia do São Francisco
Com 6.450,67 km quadrados, a bacia do São Francisco é a segunda maior bacia hidrográfica
totalmente situada em território brasileiro. Nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais e tem
grande importância por ser um rio perene que atravessa o sertão semiárido nordestino, liga o
Nordeste e Sudeste, as duas regiões que historicamente corresponde os mais antigos centros
de povoamento e hoje são as mais populosas do país.
Por causa desta ligação do São Francisco é conhecido como rio da integração nacional,
atravessa as terras do Estado de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas. É um típico Rio de
Planalto apresentando inúmeras cachoeiras ao longo do seu curso, no entanto alguns trechos
navegáveis e o desenvolvimento da agricultura irrigável em suas margens são notáveis.
Bacia do Leste
Bacia do Sul-Sudeste
70
Compreendendo a área O Vale do Itajaí está situado a Tem um dos maiores
atravessada pelos Rios nordeste do Estado de Santa patrimônios espeleológicos
Ribeira do Iguape, Itajaí, Catarina, e abriga uma área do país, no entanto não há
Mampituba, Jacuí Taquari, de grande influência da uma organização econômica
Jaguarão e Arroio Chuí, a colonização alemã, sendo um consistente em prol do
bacia sul-sudeste também importante centro têxtil. manejo sustentável, e por
inclui as Lagoas Patos e Algumas vezes, como em isso a região apresenta os
Mirim no Rio Grande do Sul. 1984 houve grandes cheias mais baixos indicadores
no Vale que trouxeram a socioeconômicos de São
destruição da cidade como Paulo e Paraná.
Joinville e Blumenau.
O Vale do Ribeira é constituído pela presença do Complexo Estuarino Lagunar de Iguape e pela
área atravessada pelo rio Ribeira do Iguape, que nasce na serra de Paranapiacaba no Paraná, e
constitui o principal recurso hídrico da região. Apesar do vale estar encaixado entre os dois polos
mais desenvolvidos do país, Estados de São Paulo e Paraná, houve uma importante preservação
ambiental na área, além dos remanescentes da Mata Atlântica ou Vale do Ribeira.
Bacia do Paraná-Paraguai
A bacia do Paraná-Paraguai destaca-se por ser A usina de Itaipu é uma usina binacional é
a segunda maior do mundo no país e a construída com recursos do Brasil e do
segunda maior em potencial hidrelétrico. Paraguai. O acordo prevê a divisão da energia
Situada geograficamente próximas às regiões em partes iguais, mas o governo brasileiro
mais importantes em termos econômicos do compra parte dessa energia não consumida
Brasil. O centro-sul tem o maior número de pelo país vizinho. Durante as obras um conjunto
usinas geradoras de eletricidade. de Cachoeiras do Rio Paraná conhecida como
Sete Quedas ficou submerso pelo lago da usina.
Situações como essa fazem surgir discussões
acerca dos impactos ambientais de grandes
usinas, uma vez que muitos casos provocam a
inundação de muitos quilômetros de vegetação
Bacia do Uruguai
nativa.
71
O Rio Uruguai nasce no Brasil e deságua no Estuário da Prata na fronteira entre Argentina e
Uruguai, constituindo junto com os demais a Bacia Platina. Ele apresenta um alto curso
planáltico, portanto com bom potencial hidrelétrico e também tem importantes trechos
navegáveis, no entanto ele é subutilizado.
População rural
72
A partir da década de 1940 inverteu-se a distribuição da população entre a área rural e urbana
no Brasil. Segundo o censo apenas 18,8% de brasileiros vivem no campo.
Segundo dados do IBGE apontam que 18,8% dos brasileiros vivem no campo, sendo que o
Nordeste é a região com maiores contingentes na área rural.
Em comparação as condições de vida dos habitantes da cidade, essa população vive em
situação pouco favorável principalmente em relação à escolaridade e aos recursos financeiros.
Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que a média de rendimentos
da população que vive no campo é de R$ 328, na área urbana chega a R$ 854. Quanto à
escolaridade, o acesso à educação é muito precário na zona rural, a média de estudo da
população com idade igual ou superior a 15 anos é de 3,4 anos, contra sete anos de estudo para
a zona urbana, no entanto existem também escolas bem equipadas nas áreas rurais.
Estrutura fundiária
De modo geral, a maioria da população rural no Brasil não é proprietário de terra, assim são
encontrados alguns tipos de trabalho no campo brasileiro:
Poucos proprietários de grande porte;
Médios e pequenos proprietários de terras que utilizam o trabalho familiar;
Posseiros que são pequenos agricultores que se apossam de terras abandonadas e pela
Lei do Usucapião, podem reivindicar a posse definitiva após 10 ou 15 anos de ocupação
efetiva.
Os parceiros ou terceiros são aqueles que alugam a terra e seus e seus equipamentos e
pagam ao proprietário metade ou terça parte da produção agrícola.
Arrendatários são aqueles que adquirem o uso da terra por um determinado período
pagando em dinheiro ao proprietário.
73
Reforma Agrária
O Brasil é o único país de grandes dimensões territoriais que mantém a mesma estrutura
fundiária desde sua fundação. Às vezes a reforma é vista como ameaça ao direito de
propriedade. A reforma agrária consiste em leis que procuram organizar a distribuição de
terras disponíveis no país de forma mais justa.
Seus defensores dizem que a efetivação da reforma agrária pode promover a redução do
êxodo rural, aumento na produção agrícola e a diminuição dos conflitos pela posse de terras
no Brasil. Mas para ser bem sucedida necessitaria de políticas efetivas para o acesso a
tecnologias modernas uma boa infraestrutura e também de investimentos e financiamentos.
Os Conflitos Rurais
A ocupação de fazendas como meio de pressionar realização da reforma agrária gera
conflitos no campo e morte entre os sem-terra e os empregados dos proprietários que tentam
impedir ou retirar as pessoas da área ocupada.
A migração do campo para a cidade ou êxodo rural é mais intensa migração dentro do Brasil.
Dos anos 50 em diante diversos fatores contribuíram para o Êxodo:
1. Concentração fundiária existente no Brasil;
2. Os baixos salários gerados pela grande oferta de trabalhadores, já que muitas famílias
vivem no campo não tem terra para cultivar;
3. A mecanização da agricultura
4. A industrialização que estimulou a migração para cidade em busca de melhores
condições de vida.
A reação dos proprietários de antes da promulgação e 1964 do estatuto do trabalhador rural que
asseguram direitos trabalhistas como 13º salario a mão de obra no campo, levou muitos
fazendeiros a dispensar seus empregados e a contratarem como trabalhadores temporários.
População Urbana
75
fluidez, os Centros Regionais conseguem se relacionar diretamente com uma Metrópole Global,
essa nova realidade é chamada de Nova Rede Urbana.
As Regiões Metropolitanas
A Megalópole Brasileira
Megalópole, a palavra de origem grega que significa grande. Nesse caso refere-se ao
adensamento urbano de duas metrópoles no Brasil, este processo está em formação no eixo da
via Dutra que atravessa o Vale do Paraíba ligando a área metropolitana de São Paulo com seus
39 municípios integrados e a área metropolitana do Rio de Janeiro com 20 municípios
integrados.
A distribuição dos brasileiros pelo território nacional mostra grandes concentrações e também é
um local de vazios demográficos. Na média densidade demográfica do Brasil é muito baixa,
apenas 21,6 habitantes por quilômetro quadrado.
Densidade Demográfica
76
Não confundir populoso e povoado. O termo populoso refere-se à população absoluta, ou seja,
ao número total de habitantes de uma área. Já o termo povoado refere-se à população relativa,
ou seja, o um número de habitantes por quilômetro quadrado.
O Brasil é um país povoado, pois apresenta densidade demográfica de 21,6 habitantes por
quilômetro quadrado, em quanto à do planeta é aproximadamente 43 habitantes por quilômetro
quadrado.
No século XVIII a descoberta de ouro no atual estado de Minas Gerais intensificou a ocupação
do Sudeste, que nos séculos seguinte estimulada pelas lavouras de café. No século XIX o
povoamento das terras meridionais avançou com rapidez graças aos colonos.
É a cidade menos populosa brasileira com menor número de habitantes fica na região
Noroeste do Estado de São Paulo, o mais populoso do país conta com 795 pessoas no
município situado próximo à cidade de Assis e a 423 km da capital paulista na década de
1990 a cidadezinha ganhou 44 habitantes.
A distribuição da população brasileira pelo território como vimos é bastante irregular, isso
ocorre devido a fatores históricos sociais e também geográficos, vinculada as realidades
nacional regional e local.
Sudeste
Sul
A região Sul é a segunda mais povoada e a terceira mais populosa do país, porém até a
metade do século XVIII apresentava uma ocupação escassa e também bastante dispersa.
Existiam apenas alguns núcleos litorâneos como Paranaguá e Laguna. O Rio Grande do Sul
passou a ser colonizado devido a pecuária em meados do século XIX, essa atividade estava
diretamente ligada às missões jesuíticas que deram origem a núcleo como São Borja e São
Miguel das Missões, entre outros. A necessidade de encaminhar couro e carne para os
habitantes de Minas Gerais estimulou a pecuária gaúcha com a formação de Estância,
transportando suas cargas no lombo das mulas, os tropeiros se deslocavam do Sul até as
áreas mineradoras e acabavam estabelecendo nas áreas de repouso. Esses povoados se
transformaram em cidades como: Ponta Grossa no Paraná e Pouso Alto em Minas Gerais.
No século XIX a ocupação das terras e do Planalto Meridional se dá com os imigrantes
europeus, basicamente italianos e alemães. No século XX houve destaque nas atividades
industriais que articulam a região, não só ao restante do Brasil, mas também aos países que
pertencem ao bloco econômico do MERCOSUL.
Nordeste
78
O Nordeste é a terceira região mais povoada e a segunda mais populosa do Brasil, é também
a que apresenta a ocupação mais antiga. Teve como principal eixo econômico no início do
século XVI o cultivo da cana, que se intensificou no século XVII ao XX.
Com a pecuária, o tabaco e o algodão e posteriormente o cacau depois de um longo período
de estagnação, a descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano em outros lugares do
Nordeste, trouxe um novo impulso a economia da região.
A instalação do Polo Petroquímico de Camaçari na Bahia e dos distritos industriais de Recife e
Fortaleza aponta para a retomada do desenvolvimento nordestino, com o viés informacional e
de tecnologia. O Nordeste é a terceira região mais povoada e a segunda mais populosa do
Brasil, é também a que apresenta a ocupação mais antiga. Teve como principal eixo
econômico no início do século XVI o cultivo da cana, que se intensificou no século XVII ao XX.
Com a pecuária, o tabaco e o algodão e posteriormente o cacau depois de um longo período
de estagnação, a descoberta de petróleo no Recôncavo Baiano em outros lugares do
Nordeste, trouxe um novo impulso a economia da região.
A instalação do Polo Petroquímico de Camaçari na Bahia e dos distritos industriais de Recife e
Fortaleza aponta para a retomada do desenvolvimento nordestino, com o viés informacional e
de tecnologia.
Os maiores vazios demográficos do Brasil estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, porém, os
fluxos migratórios mais recentes estão invertendo esta dinâmica conforme a nova realidade
econômica do país.
Até o século XIX a maioria da parte da região Norte permaneceu praticamente desocupada,
criada apenas por alguns aventureiros em busca das drogas do sertão. Elas são especiarias da
mata, como a canela, baunilha, urucum e variedades de pimentas. A densa floresta e a rede
hidrográfica também dificultaram a ocupação, porém no final do século XIX milhares de pessoas
oriundas da região Nordeste do país se dirigiram para as vagas nos seringais, no entanto, com a
decadência da produção da borracha após a década de 1920 houve na região uma forte
dispersão populacional. A integração desses para a economia brasileira ocorreu de forma lenta
entre as décadas de 1930 até a década de 1960, e foi também atrelada ao cultivo de juta,
pimenta do reino e malva, além da extração mineral de manganês no Amapá e também na
região de Roraima.
79
Com os governos militares foi adotada uma política de integração dessas áreas mais
desenvolvidas e populosas do país. A guinada levou à criação da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia, conhecido como SUDAM, que através de empréstimos e
também incentivos fiscais procurou acelerar a ocupação e o desenvolvimento destas áreas.
Surgiram também projetos de colonização e de exploração do mineral e foi implantada a Zona
Franca de Manaus para estimular a industrialização na região do Amazonas.
Nos anos de 1970 a região Norte foi beneficiada pelo Plano de Integração Nacional, que foi um
programa destinado a construir rodovias para integrar a Amazônia ao restante do território
brasileiro.
São exemplos dessa política de integração a Rodovia Transamazônica conhecida como BR-230,
a Rodovia Cuiabá-Porto Velho conhecida como BR-364, a Rodovia Cuiabá-Santarém conhecida
como BR-163, a Perimetral Norte conhecida com BR-210 e a Rodovia Manaus-Porto Velho,
conhecida como BR-319.
Fonte: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/territorio/densidade-demografica.html
Migrações Populacionais
Acessado em 03/12/2017
80
Assim como os nativos, os portugueses e os africanos, os imigrantes que chegaram a partir do
século XIX contribuíram também para o povoamento do território brasileiro. Já a migração
interna foi responsável pela concentração nas áreas urbanas.
Até às primeiras décadas A segunda fase da política A terceira fase mostra uma
do século XIX a imigração migratória ocorreu entre diminuição da imigração em
era proibida, praticamente 1850 e 1930 e foi marcada função de controles mais
só entraram no país pelo estímulo à imigração rígidos estabelecidos na Era
colonizadores portugueses europeia em virtude da Vargas. Esse controle foi
e um punhado de necessidade de substituir a estimulado pela crise
espanhóis. Em 1818 Dom mão-de-obra escrava. O econômica internacional
João VI autorizou a fixação tráfico negreiro foi proibido gerada pela quebra da
de Suíços na Serra em 1850, e em 1888 a bolsa de valores de Nova
Fluminense e também em escravidão oficialmente York no ano de 1929 e
uma colônia que recebeu o deixou de existir em terras também pelo
nome de Nova Friburgo. brasileiras. O trabalho livre estabelecimento de regimes
Dom Pedro primeiro a destinavam-se totalitários e expansionistas,
seguir o exemplo do pai principalmente as lavouras como por exemplo, o
estabeleceu como colônias de café de São Paulo. fascismo na Itália e o
nas terras meridionais, nas nazismo na Alemanha.
quais são os imigrantes
Principais Grupos
provenientes de Imigrantes
da Alemanha.
81
Portugueses
No período colonial o maior contingente de portugueses chegou ao Brasil entre 1701 e 1760,
aproximadamente 600.000 indivíduos basicamente atraídos pelo ouro descoberto em Minas
Gerais. Em 1800 registrou a chegada de mais de 750 mil portugueses.
O auge correspondeu ao período de 1901 até 1930 que registrou a chegada de 754 mil
portugueses. Desde 1950 a maioria dos que saíram de Portugal fixou-se em países da Europa
Ocidental e não no Brasil, o processo se acentuou nos anos de 1980 com ingresso de Portugal
na União Europeia.
Italianos
Os italianos fixaram principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As
primeiras levas chegaram ao Brasil em 1850 e dirigiram-se para a região Sul, onde se dedicaram
atividades agrícolas em Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi. Areas de cultivo de uva
para produção de vinho em Santa Catarina concentraram-se na cidade de Criciúma e Urussanga
municípios ligados à exploração de carvão mineral. Entre 1870 e 1920 entraram
aproximadamente 1,4 milhão de italianos, o segundo maior contingente de imigração do país
para o país.
Os italianos migraram por causa da crise econômica gerada pelos 20 anos de luta pela
Unificação Nacional em 1860 a 1920. Estimulados pelo governo mais de sete milhões de
pessoas deixaram a Itália com estabelecimento do regime fascista em 1922.
Alemães
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alemães enfrentaram sérias dificuldades políticas e econômicas depois da derrota no país da
primeira guerra.
Espanhóis
Japoneses
Em 1908 aportou em Santos o navio kasato Maru trazendo 165 famílias de colonos japoneses, o
destino deles eram as lavouras de café do Estado de São Paulo. Assim como os colonos das
demais nacionalidades, eles tiveram dificuldades em adaptação e integração cultural. Além
disso, temiam contrair dívidas nos armazéns das fazendas e tem que trabalhar sem receber até
pagá-las numa situação de quase escravidão. As diferenças de língua, religião, cultura e o temor
das dívidas crescentes, levaram os japoneses a criarem núcleos de ocupação poucos integrados
à sociedade. Entre 1908 e 1960 fixaram-se no Brasil 22.900 famílias de japoneses, cerca de 5%
do total de imigrantes que ingressaram no país.
Desde meados da década de 60 muitos de seus descendentes já estão totalmente integrados ao
cotidiano nacional e migraram das áreas tradicionais de ocupação da colônia. Em sua maioria
fixou-se na grande São Paulo concentrando-se no bairro da Liberdade, instalando-se também no
cinturão verde onde introduziram a produção de hortifrutigranjeiros na região de Marília, Tupã,
Presidente Prudente e Vale do Ribeira. Destaca-se também presença japonesa em Mato Grosso
do Sul e no Pará onde cultivam pimenta do reino e Juta. Também nos cafezais de Londrina,
Maringá e Paraná.
Eslavos
83
A partir de 1889 novos contingentes de poloneses e russos se estabeleceram no Sul de Santa
Catarina, nos vales do Rio Urussanga, Tubarão e a Araranguá, em outras áreas Catarinenses
como Vale do Itajaí e também em São Bento do Sul.
Ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897 e formaram suas principais colônias em
Prudentópolis e Mallet. São encontrados nos municípios de União da Vitória, Roncador e Pato
Branco. Hoje o Paraná abriga a maior parte de ucranianos que vivem no Brasil.
Árabes
Os imigrantes árabes migraram para o Brasil a partir de 1850 por causa das perseguições
religiosas e dificuldades econômicas. Predominaram os Sírios e Libaneses, mas houve também
pequenos contingentes do Egito, da Jordânia e da Turquia. Muito deles chegaram ao Brasil
ludibriados, pois queriam imigrar para os Estados Unidos e as companhias de navegação
informava que o destino era América fazendo-os pensar que rumavam para América do Norte.
No Brasil cerca de 40% dos árabes se fixaram na cidade de São Paulo e os demais dirigiram
para o Estado do Rio de Janeiro e também Minas Gerais. Hoje os descendentes de árabes estão
por todo o país principalmente no Paraná e São Paulo.
Além dos contingentes principais, o Brasil recebeu imigrantes russos, austríacos, turcos,
franceses, iugoslavos, os norte-americanos, holandeses, chineses e coreanos. Também
nossos vizinhos sul-americanos, os principais grupos são os paraguaios, uruguaios, chilenos,
argentinos e bolivianos.
Emigração de Brasileiros
A partir de 1980 e milhares de brasileiros passaram a deixar o país para viver no exterior em
busca de melhores oportunidades de salário e também de trabalho. Esses fluxos ocorreram de
forma mais intensa em direção aos países europeus, para os Estados Unidos e Japão. Os
dados estatísticos sobre esse tipo de imigração são pouco precisos, pois grande parte dos
emigrantes brasileiros entra nos países de maneira clandestina. As estimativas de que em
2010 mais de quatro milhões de cidadãos brasileiros existem fora do território nacional, sendo
1,2 milhões nos Estados Unidos.
84
Migrações Internas
As migrações internas representa os fluxos de população que acontecem dentro das fronteiras
do próprio país. No Brasil destacam-se os movimentos inter e intar-regionais, assim como êxodo
rural.
Inter-Regional
As migrações internas e regionais são movimentos migratórios que ocorrem entre as regiões
brasileiras. Intensificaram-se principalmente a partir da década de 30 com a diminuição da
imigração e uma integração maior das regiões do país pelo sistema de transporte.
86
Fonte:
https://brasilemsintese.ibge.
gov.br/territorio/.htmlAcessa
do em 03/12/2017
Fonte:
https://brasilemsintese.ibge.
gov.br/territorio/.htmlAcessa
do em 03/12/2017
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Fonte: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/territorio/densidade-
demografica.html Acessado em 03/12/2017
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Setores da Economia
O funcionamento da economia depende dos recursos naturais em seus diversos estágios, deles
são obtidas as matérias-primas para indústria da transformação, bem como a energia para a
produção industrial.
Os três setores econômicos das diferentes esferas da economia são agrupadas em três grandes
segmentos: o primário, secundário e o terciário. Eles compreendem as atividades agrícolas, a
pecuária, extração mineral, as indústrias e os serviços.
Os três setores são interdependentes, na verdade o índice de desenvolvimento econômico de
um país pode ser medido pelo nível de transferências de recursos de um setor para o outro.
89
Agricultura
O agronegócio é fazer do campo um espaço de negócio, isso confronta com estilo camponês
de viver e de produzir. Ele tem uma forma não capitalista de produzir o que se chama de
Agricultura Familiar, preferencialmente chamado de agricultura camponesa. Há uma disputa
entre esses dois mundos da agricultura.
Manifestam-se assim alguns paradoxos da estrutura agrária brasileira, por um lado o latifúndio
subsiste, mas em algumas áreas gradativamente a agricultura comercial, a pecuária e de
subsistência reforça suas posições. De forma recíproca e integrada ainda por milhares de
famílias que se mobilizam para conseguir um pedaço de terra para plantio. Essa estrutura
causa desequilíbrios na produtividade e competitividade agrícolas, principalmente na produção
de alimentos para a produção para a população brasileira.
90
A Produção Agrícola Brasileira
Conforme a Organização das Nações Unidas, o Brasil tem todas as condições estruturais para
se tornar o maior exportador de alimentos do globo. Isso se deve basicamente ao intenso
território produtivo e ao crescimento nas últimas décadas do chamado Agronegócio e Agricultura
Quanto ao primeiro fato, aqui se encontram cerca de 22% dos terrenos adequados agricultura
em todo planeta, trata-se da maior área potencial cultivável do mundo, da ordem de 500 milhões
de hectares para uma extensão total de 85 milhões de hectares. No tocante do crescimento
setorial, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada calcula que nos idos de 2000 o
Produto Interno Bruto do agronegócio correspondeu a 27,87% do Produto Interno Bruto do
Brasil. O agronegócio representou nesse ano 19,59% e o da pecuária de 8,27% do PIB
brasileiro.
As grandes dificuldades agrícolas dos brasileiros estão na exportação. Em grande parte aos
grandes êxitos econômicos com subsídios dos Estados Unidos a seus agricultores, ao
protecionismo da União Europeia e também do Japão. Além desses obstáculos, há fatores
internos como a precariedade dos meios de transporte, alta carga tributária, falta de crédito e
de financiamento para pequenos agricultores.
A Agroindústria
Agroindústria é por definição qualquer indústria que se usa a produção agrícola como matéria-
prima para alterar em sua forma e transformá-la em um produto que é em função da exigência
do mercado consumidor.
Os tipos diferentes de agroindústrias podem ser:
De alimentos para o consumo interno: sucos, açúcar, óleo comestível, etc.
Energéticas: é o biocombustível;
De produtos em geral para exportação: borracha, abacaxi em compota, etc.
Não alimentícias: lã, fibra, pele e couro.
No Brasil houve nas últimas décadas um enorme crescimento das áreas cultivadas pelas
agroindústrias. Visão para o mercado internacional com a plantação de soja, laranja, café e
cana-de-açúcar. No mercado interno tem destaque a produção do arroz, feijão e mandioca. Isso
91
ocorre pela produção de culturas agrícolas em grandes propriedades, o que proporciona ganhos
na comercialização do produto.
O movimento recente da agricultura gera impactos tanto para o meio ambiente quanto para os
trabalhadores rurais. O trabalho na lavoura canavieira é um bom exemplo disso para o meio
ambiente, a poluição, desmatamento e o plantio de transgênicos tem sido os temas de maior
impacto.
Os Conflitos Sociais
Os transgênicos
A atividade agropecuária brasileira nos últimos anos passou por grandes mudanças. Isso não
ocorreu só pela difusão de novas técnicas como emprego de fertilizantes, a conservação de
solos erodidos e da irrigação de regiões com baixa pluviosidade, também houve a mudança pela
introdução dos organismos geneticamente modificados.
Os chamados transgênicos têm gerado polêmicas no Brasil, alguns especialistas acreditam que
o uso de tecnologia de ponta no campo é indispensável, pois aumenta a produtividade, a
qualidade e também da competitividade no mercado internacional. Os defensores dos
transgênicos também afirmam que seu emprego não polui os mananciais e os lençóis freáticos
como acontece com os agrotóxicos e fertilizantes utilizados em culturas agrícolas não
modificadas geneticamente.
Os Impactos Ambientais
92
Agricultura Sustentável
Existe um tipo de agricultura chamada agricultura orgânica que não usa produtos químicos ou
sintéticos e adota os princípios de uma agricultura sustentável. Esse tipo de agricultura exclui o
uso de fertilizantes sintéticos agrotóxicos reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para
alimentação animal. Esse tipo de agricultura utiliza a adubação verde, compostagem e controle
biológico de doenças e pragas. A proposta é manejar o solo e os recursos naturais de forma
equilibrada procurando fazer o uso deles sem os destruir, promovendo harmonia entre os
seres humanos e a natureza. Desta forma é possível oferecer ao consumidor alimentos mais
saudáveis que, além de fazer bem à saúde humana, promovem também a saúde do planeta.
Pecuária
Sistema de Criação
Alguns fatores de ordem natural são fundamentais para a pecuária, como a presença de
pastagens e atuação de um clima com chuva suficiente para manter os campos verdejantes,
porém cada vez mais tecnologia auxilia na melhora da produtividade e na qualidade da produção
93
animal. Não é necessária apenas a vacinação do gado, mas o emprego de técnicas
desenvolvidas pela biotecnologia, como a seleção genética.
Nela há separação e a reprodução de animais de corte ou leiteiro cuja produtividade é maior.
Assim em cada geração há um salto qualitativo da espécie. A seleção pode ser feita por exames
genéticos que analisam características hereditárias de cada animal.
O principal rebanho brasileiro é o de bovinos com 207,2 milhões de cabeças de gado. Os dados
extraídos do IBGE no Censo de 2015. O segundo maior do mundo superado apenas pelos
Estados Unidos. Há uma grande concentração na região Centro-Oeste: 34,3% do total, enquanto
na Amazônia vem vivenciado uma explosão dessa atividade em sua terra.
No Brasil predominam os animais de origem indígena, especialmente uma variedade de gado
Zebu, denominada Nelore, que é criada para corte e se adaptou muito bem ao clima quente e
úmido do país.
Extrativismo vegetal
Há uma grande variedade de formações vegetais do Brasil que favorece o extrativismo vegetal,
que consiste na coleta de produtos não cultivados diretamente da natureza e explorados com
pouca tecnologia ou com técnicas e equipamentos rudimentares.
Não mais importante, a atividade extrativa vegetal no Brasil é sem dúvida a madeireira. Ela corresponde uma importância
desde o início da colonização e levou várias formações vegetais em extinção.
A região norte fornece 25% de Na região Sul, a mata de O litoral das regiões O fluxo imigratório de
toda a madeira do país, nesta Araucárias ocupavam os norte e sudeste Sul alemães, italianos e eslavos
área atuam empresas nacionais e planaltos e as Serras do era dominada pela iniciados na segunda metade
estrangeiras, além de madeireiros Nordeste e Norte do Rio formação Florestal da do século XIX contribuiu para
individuais. As espécies mais Grande do Sul, além de Mata e Tropical desmatamento, pois a área da
procuradas abatidas de forma Santa Catarina, Paraná e Atlântica que ocupava floresta foi utilizada para
predatória são a Castanheira ou as partes altas de São originalmente 1,3 agricultura, e os troncos dos
Angelim, o Mogno e o Cedro. Paulo, Minas Gerais e Rio milhão de quilômetros Pinheiros do Paraná serviam
Essa atividade provoca grandes de Janeiro. Hoje restam quadrados, cerca de para construção de casas e a
impactos ambientais na Amazônia apenas 0,3% da cobertura 15% do território fabricação de móveis. No
como a extinção de flora e fauna, original, que se estendiam nacional. século XX o crescimento da
a erosão, a compactação do solo por 100 mil km quadrados. demanda de madeira por parte
e diminuição da pluviosidade. das indústrias de papel e
celulose acelerou94a derrubada.
Outras Atividades Extrativistas Brasileiras
Além da madeira, diversos produtos do extrativismo vegetal no Brasil variam de região para
região. Alguns dos mais característicos estão no Norte, com o látex e a castanha do Pará.
Região Norte
Açaí
Açaí é uma palmeira típica de várias regiões da Amazônia, espalhando-se até o Maranhão até
a Guiana e a Venezuela. É conhecido pelos indígenas como a fruta que chora. Ela produz um
saboroso palmito que vem sendo industrializado nos últimos anos. Há duas variedades, o roxo
e o branco, suas sementes são utilizadas na criação de colares, pulseiras e outros ornamentos
que ganham cada vez mais espaço comercial.
O látex
Retirada das Seringueiras da floresta amazônica de 1870 a 1920. O Brasil viveu o auge da
produção de fabricação de borracha natural mundial, entretanto com a concorrência do
Sudoeste Asiático, a produção entrou em declínio e atualmente sobrevive como principal
atividade das áreas de reservas extrativistas em que trabalham os seringueiros.
Castanha do Pará
Encontrada nas áreas de terra firme, a castanha é uma das árvores mais altas da Floresta
Amazônica, podendo atingir em torno de 60 metros, seus frutos fornecem óleo muito utilizado
pelas indústrias cosméticas. Os maiores produtores são Pará e o Amazonas que destina 80%
das castanhas a exportação. Em 2016 os Estados Unidos compraram cerca por 50% da
produção Brasileira de castanha do Pará.
95
Região centro-oeste
Angico é uma árvore típica do Cerrado, representa diversas variedades como Angico Branco,
Angico Vermelho, Angico Roxo Angico Preto, de sua casca se extrai uma resina rica em tanino,
muito utilizada na medicina como energético e expectorante.
Muitas variedades de plantas do Cerrado contêm raízes que tem propriedades medicinais. Elas
vêm sendo utilizadas pela indústria farmacêutica para o tratamento de vários tipos de doenças,
inclusive a coqueluche, como por exemplo, a Poaia.
O extrativismo nessa região é realizado de forma sistemática em Mato Grosso desde o século
XIX. Em 1835 já integrava pauta de exportação da província parte da produção era vendida para
São Paulo e externamente para América do Norte, Inglaterra e também Uruguai. Hoje essa
espécie está em extinção principalmente devido à retirada indiscriminada, em segundo lugar a
destruição de seus habitats hoje substituídos pela atividade agrícola.
Região Nordeste
A Carnaúba é uma Palmeira típica da Mata dos Cocais, cujo tronco é utilizado para fazer
cestas e esteiras, com as fibras fabricam-se tarrafas para pesca, e sua semente extrai um
óleo. Suas folhas é o produto mais importante utilizada na produção de isolantes, lubrificante e
goma.
96
Extrativismo mineral
Minérios e Minerais
A extração desses minerais é feita em jazidas situadas principalmente em regiões nas quais
existe ou existiu a atividade vulcânica, como ocorreu no atual território brasileiro durante a Era
Mesozoica. Hoje as jazidas são localizadas por meio de informações geológicas e tecnológicas
apoiada por satélite que transmite imagens com as características das formações rochosas e os
tipos de minerais.
97
Os minerais existentes no Brasil podem ser classificados em:
Abundantes: São minérios que são encontrados em enormes quantidades e servem
para abastecer o mercado interno e o externo. Entre eles, por exemplo, está o ferro, a
bauxita, manganês e o minério de estanho.
Escassos: Não são suficientes para as necessidades da indústria. Entre eles estão o
fosfato, potássio, enxofre, o chumbo, a fluorita e também a prata.
A grande lacuna dos recursos minerais brasileiros diz respeito ao carvão encontrado em
pequenas quantidades. Basicamente na Região Sul, esse combustível fóssil formou-se na Era
Paleozoica, quando boa parte da sua estrutura geológica brasileira já existia.
Ferro
O ferro é um dos metais mais importantes para a atividade industrial em função de sua
durabilidade, dureza, encontrado em abundância, e também por ser um produto barato. É
utilizado na fabricação de aço e são extraídos vários minérios como a hematita, limonita e
siderita.
O ferro está entre os principais itens da pauta de exportações do Brasil. Estima-se que o país
dispõe de reservas de 41 milhões de toneladas, correspondente a quase 12% das jazidas
mundiais. Sua extração ocorre em diversas áreas do Brasil, tais como: Minas Gerais, Pará e
Mato Grosso do Sul.
Minas Gerais
98
Doce. Minas Gerais em 2005 correspondeu por mais de 70% da produção Brasileira de ferro, o
país é o segundo produtor mundial superado apenas pela China.
Ouro
Grande riqueza brasileira do século XVIII, o ouro por ter sua maleabilidade, é utilizado pelas
indústrias eletrônica, espacial, de instrumentos médicos e também pela ourivesaria. Na
segunda metade do século XX o país assistiu algumas corridas de ouro para os garimpos de
Serra Pelada e os Vales do Rio Madeira e Tapajós.
No entanto essas jazidas logo se esgotaram e os garimpos oferecem graves danos ao meio
ambiente provocada pela contaminação dos rios por mercúrio. É na região de Paracatu em
Minas Gerais que está a maior produção Brasileira de ouro, que alcançou em 2015 trinta e oito
toneladas. Goiás e Bahia também se destacaram na extração desse metal.
Fonte: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/territorio/densidade-
demografica.html Acessado em 03/12/2017
99
Fontes de Energia
As fontes energéticas tradicionais são todas poluentes e não renováveis, o como petróleo e o
carvão. A exceção são as hidrelétricas que embora também causem impactos ambientais na
região onde são instaladas, não provocam contaminação em escala larga.
O aumento da demanda de energia e seus efeitos para o meio ambiente entraram recentemente
pauta internacional. Esses importantes debates em âmbito político internacional tem em vista o
aprofundamento dos impactos no meio ambiente causado pela geração e pelo uso dessas fontes
tradicionais de energia.
As fontes energéticas primárias são providas pela natureza de forma direta, como o petróleo,
gás natural, carvão mineral e minério de urânio.
Outros podem passar por um processo de transformação para serem destinado a diferentes
usos. Do petróleo, por exemplo, pode ser transformado em gasolina, em querosene, gás
liquefeito, e outros que podem ser classificados como fontes energéticas secundárias.
100
Uma fonte secundária pode dissolver outras transformações, o gás liquefeito inapto, por
exemplo, é subdividido para dar origem a uma ampla gama de produtos petroquímicos, entre
eles o plástico.
Os combustíveis fósseis são extraídos de recursos naturais que se formaram a partir das
alterações na biomassa em diferentes Eras Geológicas. Essas fontes são consideradas não
renováveis, uma vez que o tempo geológico necessário para sua formação não permite a
renovação em relação ao tempo social. Os recursos energéticos renováveis são obtidos de
maneira direta ou indireta, utilizando a energia do sol, dos ventos, das águas ou das plantas e
são reabastecidos constantemente pela natureza.
Na atualidade, o carvão, petróleo, gás natural, a água e a reação nuclear de elementos químicos
variados, são os recursos naturais mais utilizados no mundo para gerar energia, juntos somam
aproximadamente 90% da oferta mundial, cada um deles a sua maneira e proporções
específicas acarreta danos ambientais.
O petróleo e o carvão são altamente
poluentes e contribui para o aquecimento
global
A energia nuclear além dos riscos de
O gás natural é menos poluente, mas sua acidentes comprovados em usina que as
utilização também gera chamados gases de produzem, como ocorrido no Japão após o
efeito estufa. terremoto seguido de tsunami em 2011, gera
resíduos com grande poder de contaminação
O Petróleo
101
Embora seja de origem marinha, o petróleo flui pelas rochas e passa pelas áreas de geração
para a acumulação, podendo alojar-se em rochas formadas em ambientes terrestres, ou seja,
essa passagem do ambiente marinho para o continental ocorre em bacias sedimentares ao
longo do tempo geológico, por isso esse hidrocarboneto pode ser encontrado tanto em áreas
continentais quanto em ambiente marinho.
O petróleo é a principal fonte de energia usada no mundo e cerca de 48% das reservas
mundiais encontra-se no Oriente Médio, apesar disso o país tem individualmente as maiores
reservas do mundo.
A economia mundial depende muito do petróleo, já que esse recurso gera a maior parte da
eletricidade usada nas indústrias no aquecimento, na iluminação e como combustível nos
veículos. Em virtude disso, essa fonte de energia estratégica, principalmente para os países
desenvolvidos e emergentes além dos produtores de óleo.
Até a década de 1960, os países produtores estavam à mercê de um pequeno grupo de
multinacionais petrolíferas gigantescas e praticamente ignoravam a participação desses países.
Diante dessa situação desfavorável, os principais países produtores criaram a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo – OPEP, os principais objetivos dessa organização eram
formular uma política de preços comum e definir cotas de produção para cada país, a fim de
evitar crise de superprodução.
Seus países membros fundadores foram Arábia Saudita, Irã, Iraque e Venezuela, mais tarde
foram admitidos em 1961, Qatar e Líbia. Em 1962, a Indonésia. Outros países integram essa
organização, como por exemplo, os Emirados Árabes Unidos, Argélia, Nigéria, Equador,
Gabão e Angola em 2007.
Houve dois grandes choques do petróleo. Em 1973 por iniciativa do Irã e da maioria dos países
árabes, aumentaram os preços do petróleo cerca de 300%. As nações ocidentais acostumadas
em obter essa fonte de energia em baixos preços, sofreram um forte impacto econômico e
precisaram rever suas matrizes energéticas e sua dependência do óleo estrangeiro, outra onda
atingiu fortemente os países não produtores no ano de 1979.
Reagindo a esse cenário, os países importadores passaram a fazer maior o uso de outras
fontes, por exemplo, gás natural, carvão e energia nuclear, bem como estimular a pesquisa e a
prospecção de óleo em outras regiões do mundo. Como resultado a Noruega e Reino Unido
tornaram-se grandes produtores ainda na década de 1980 e México, Rússia e China
102
aumentaram significativamente suas exportações, contudo os países da OPEP ainda são os
maiores fornecedores mundiais de petróleo.
A Arábia Saudita no Oriente Médio é a maior produtora mundial desse recurso ficamos em
segundo lugar. Alguns países são totalmente dependentes do petróleo externo, no Japão que
importa todo o óleo que consome, igualmente é uma importadora e seu crescimento nas últimas
décadas permitiu que se tornasse um dos principais investidores na produção de petróleo, e
países consumidores como a China financia exploração dos recursos naturais em países
africanos para ampliar sua capacidade de extração.
Gás Natural
Hidroelétrica
Uma das formas de obtenção de energia elétrica é pelo uso da força hidráulica nas usinas
hidrelétricas. Para estimular o potencial hidrelétrico de um rio ou de uma bacia hidrográfica é
preciso medir a vazão e a velocidade de suas águas, porém sua expansão depende também da
morfologia, do relevo, do volume da água e das características do regime fluvial. Desta forma
103
nas planícies, por exemplo, a possibilidade de utilização da fonte hídrica para produção de
energia é muito pequena.
No Brasil a hidroeletricidade representa parcela significativa do total de energia produzida, na
China com a expansão da economia o governo passou a investir nesse tipo de energia
aproveitando o potencial dos seus rios. A Índia que também vem obtendo bons resultados
econômico tem expandindo a geração de energia hidrelétrica, como uma construção de novas
usinas, a fim de depender menos do carvão, fonte de energia abundante no país, mas
altamente poluidora.
Energia nuclear
Uma das vantagens dessa produção é o fato de que esse tipo de energia requer a queima de
1kg de urânio natural, enquanto uma usina termelétrica convencional necessita de 150
toneladas de carvão para produzir igual à quantidade de energia.
Em países como a França e a Suécia as centrais nucleares são responsáveis por mais da
metade da eletricidade produzida.
Além da possibilidade de acidentes, outro problema decorrente do uso desse tipo de energia
refere-se à produção de resíduos tóxicos, isso ocorre porque esse tipo de energia não emite
gases poluentes na atmosfera. A fissão nuclear gera um resíduo altamente tóxico, conhecido
como lixo atômico.
Durante mais de vinte anos, os dejetos radioativos eram fechados em contêiner e lançados ao
fundo do mar permanecendo radioativos por muitos e muitos anos. Essa prática foi proibida após
a Convenção Sobre a Prevenção da Poluição Marinha por Alojamento de Resíduos, ou de outras
matérias realizadas pela Organização das Nações Unidas em Londres de 1972.
104
A Produção de Carvão
Energia Solar
Outro fator que impede a maior aplicação da energia solar é os custos dos painéis para gerar
eletricidade, eles são feitos de silício cristalino e são necessários pelo menos oito placas para
gerar 250 k por hora. No Brasil, ou em países onde as condições climáticas proporcionavam a
luz solar em grande parte de seu território o ano inteiro, a energia solar é alternativa importante
apesar de seu alto custo.
105
Energia Geotérmica
A energia geotérmica pode ser obtida aproveitando que o calor do interior da terra em áreas
que contém água subterrânea aquecida. Áreas próximas a vulcões, por exemplo, ocorre na
Islândia em algumas localidades da Rússia, esse tipo de energia também pode ser gerado
perfurando poços profundos para aproveitar o calor de rochas do interior da terra.
No entanto, para gerar eletricidade é necessário que os campos atinjam temperaturas acima
de 180 Graus Celsius, por isso essa energia não é considerada renovável, o fluxo de calor
liberado do interior da terra é pequeno diante do que é extraído, o que faz esses campos não
durarem mais do que algumas décadas.
Energia Eólica
A energia eólica provêm do vento, ela é aproveitada desde a antiguidade para impulsionar
embarcações ou para mover moinhos. A energia eólica transforma-se em energia mecânica .
Atualmente a força dos ventos é usada O país que investe na produção de energia
para mover aero geradores, que são eólica e também é o maior produtor, produz
grandes turbinas construídas em mais que todos os países da União Europeia
localidades onde o vento é constante, por juntos, é os Estados Unidos. Na produção de
exemplo, no Complexo Eólico União dos energia no Brasil, a região Nordeste é mais
Ventos em São Miguel do Gostoso em favorável para a produção de energia eólica
Rio Grande do Norte. O movimento das no país, destacando-se os estados de Rio
pás das turbinas produz energia elétrica Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul.
por meio de geradores, grandes
quantidades de aero geradores em
parques eólicos são necessários para
que esse tipo de produção de energia se
tornar economicamente viável.
106
Biocombustíveis
Fonte: http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-inicial/outras-noticas/-/asset_publisher/
32hLrOzMKwWb/content/epe-lanca-site-com-dados-georreferenciados-do-setor-energetico- 107
brasileiroAcessado em 03/12/2017
Produção Industrial
A Localização Industrial
A distribuição geográfica das indústrias está relacionada a uma série de fatores que podem ou
não atrair um tipo de indústria para determinado lugar. Os fatores locacionais mais importantes e
os mais comuns são:
108
Tipos de Indústrias
1. Bens de produção
2. Bens de capital
3. Bens de consumo
Até o final do século XIX, o Brasil apresentava um desempenho praticamente nulo no setor
industrial, isso ocorreu porque até 1888 o país manteve mão de obra escrava, o que significava
um mercado consumidor muito restrito, além de seus principais dirigentes nacionais estava
ligado às oligarquias agrárias que não tinham interesse em investir uma atividade
essencialmente urbana.
Nessa época o café era a grande fonte de acumulação de riqueza e de poder da elite de
cafeicultores Paulistas. Eles comandavam o cenário político no início da era republicana, desta
forma o país ingressou no século XX ocupando na divisão internacional do trabalho, o papel de
nação agroexportadora.
109
Pioneirismo do Eixo Rio-São Paulo
1905;
formando uma elite econômica e uma crescente classe média que vivia em ambas as
cidades.
As três primeiras décadas do século XX foram marcadas por algum crescimento industrial no
Brasil graças a disponibilidades oriundos da cafeicultura a expansão urbana. A chegada da
ferrovia entre outros fatores, o processo de industrialização brasileira é considerado tardio
porque ocorreu efetivamente mais de cem anos depois da revolução industrial iniciada na
Inglaterra no século XVIII e prosseguiu em diferentes países europeus e nos Estados Unidos.
Desta forma o país tornou-se profundamente dependentes dessas nações em termos
econômicos e tecnológicos.
Em 1929 ocorreu a queda da bolsa de Nova York que levou as exportações de café brasileiro a
um quadro caótico sem precedentes e resultou na falência de inúmeros fazendeiros. Nesse
contexto de dificuldades econômicas, Getúlio Vargas ascendeu ao poder com a vitória da
Revolução de 30.
110
A Era Vargas
Era Vargas estendeu-se durante 15 anos, de 1930 a 1945, com retorno do político gaúcho à
presidência pelo voto direto entre 1951 e 1954. Seu governo foi marcado pelo estímulo à
indústria nacional, pela intervenção estatal na economia e pelos investimentos na formação da
formação de um setor de indústria de bens de produção muito bem estruturado.
Em 1941 com empréstimos dos Estados Unidos, Vargas construiu uma grande siderúrgica
situado no Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica Nacional, no ano seguinte fundaram a
empresa mineradora do país a companhia Vale do Rio Doce que tinha por objetivo extrair
minério de ferro em Minas Gerais nas áreas do quadrilátero ferrífero o que o que se tornou uma
das maiores mineradoras do mundo.
Quando Vargas retornou ao poder em 1951 havia inúmeras deficiências dos setores de
infraestrutura, no transporte, energia e comunicações. Assim com novos investimentos foram
feitos nessas áreas, em 1953 foi fundada a Petrobrás é uma empresa estatal voltada à pesquisa
e prospecção de petróleo.
Substituição de Importações
O modelo de industrialização brasileiro é conhecido como substituição de importações. O
nome deve-se ao fato de que especialmente durante o segundo conflito Mundial, os países
envolvidos mobilizaram sua indústria para a guerra tentando reduzir suas exportações de
produtos industrializados. Assim no Brasil houve um estímulo à indústria nacional que precisou
garantir a produção desses artigos antes vindos de fora, portanto a crise mundial trouxe
avanços para o parque industrial brasileiro.
Juscelino Kubitschek
As novas diretrizes industriais entre 1956 e 1961 da presidência da república foi ocupada por
Juscelino Kubitschek, que canalizou vultosos investimentos para indústria, especialmente para
os setores de energia e transportes. O país atingiu uma capacidade enérgica suficiente para
abastecer o crescente parque industrial e garantir grandes investimentos na construção de
rodovias.
Essa medida trouxe benefícios às indústrias automobilísticas e de capital estrangeiro
implantadas neste período. Ao mesmo tempo houve um grande abandono das ferrovias com
estímulo ao transporte de cargas pela via rodoviária.
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As marcas do governo JK foram à transferência da capital federal para Brasília, o plano de metas
que prometia 50 anos de desenvolvimento em cinco, e abertura ao capital estrangeiro. Houve
benefícios e vantagens, como a isenção de impostos, incentivos cambiais e territoriais, além de
créditos fornecidos pelo Governo Federal, houve também tecnologia dependente de petróleo,
que até então era escassa no país.
Grande parte dos investimentos estrangeiros era oriunda dos Estados Unidos e dirigiram-se
preferencialmente para as indústrias automobilísticas, metalúrgicas, químicas, farmacêuticas, de
construção naval e de bens de consumo. Em geral durante esse governo, o parque industrial
brasileiro passou a sentar-se sobre um tripé. O capital nacional produzia bens de consumo não
duráveis, o capital estatal era encarregado da infraestrutura que sustenta o parque industrial, ou
seja, construir hidrelétricas, investir na construção de siderúrgicas e de rodovias, e por fim o
capital estrangeiro, responsável por produzir os bens de consumos duráveis, já que eles exigiam
um maior desenvolvimento tecnológico.
A Distribuição
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Os Militares no Poder
Entre 1964 e 1985 país foi governado por uma sucessão de governos de caráter militar, foi uma
fase de grande crescimento econômico e chegando ao se falar na década de 1970 em milagre
brasileiro.
Na prática manteve-se o tripé de sustentação do parque industrial, o que se viu nesse período foi
a crescente entrada de empresas estrangeiras no país motivada por inúmeros incentivos
governamentais e por um grande estímulo ao incremento da capacidade aquisitiva da classe
média, em especial para a compra de automóveis e eletrodomésticos fabricados pelas empresas
transnacionais. Houve também investimento em grandes obras de estradas, de elétricas, de
projetos de ocupação da Amazônia. Tais obras eram financiadas por vultosos empréstimos
internacionais o que fez a dívida externa brasileira crescer vertiginosamente de 2,5 bilhões de
dólares em 1973 a 49,9 bilhões de dólares em 1979, crescendo para mais de 91 bilhões de
dólares em 1984, último ano do regime militar.
Os Governos Civis
Nos anos de 1980, já quase no final do regime militar o país mergulhou em uma crise econômica
que se agravou. No início dos governos civis foi necessário negociar uma moratória, ou seja, a
prorrogação de prazo para o pagamento de juros da dívida externa do país junto ao fundo
monetário internacional. Tal situação deflagrou um quadro recessivo marcado pela inflação
elevada e pela falência de empresas do setor fabril fazendo disparar o desemprego.
Na década seguinte depois de controlar a inflação o país iniciou um processo de privatização e
um grande número de empresas estatais foram vendidas, muitas delas do setor siderúrgico,
metalúrgico, de telecomunicação, de transporte. Assim, gradativamente a participação do Estado
no setor industrial e energético diminuiu.
O país foi direcionado foi direcionando sua economia como a globalização reduziram-se as
tarifas de importação, o que facilitou a compra de máquinas e equipamentos. Indústrias de
última geração vieram com a formação do MERCOSUL e a entrada de importados de baixo
preço acirrou competição pelo mercado consumidor de alguns produtos industriais. O resultado
foi a modernização do parque industrial, mas também a falência de algumas empresas
incapazes de competir a partir dessas novas configurações.
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Região Sudeste
A produção industrial brasileira concentra-se nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de
Janeiro e Belo Horizonte. Inicialmente muitos distritos industriais fixaram-se próximo aos eixos
ferroviários. No pós-guerra, no entanto houve expansão para cidades vizinhas.
Muito semelhante ao que inicialmente concentrava-se na região da Zona Norte e Zona Sul
permanecia como área residencial, a construção de estradas e indústrias para os municípios
vizinhos como, por exemplo, na Baixada Fluminense.
Na grande São Paulo, muitas empresas no setor automobilístico ocupam onde é conhecido
como ABCD. Fazem parte os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São
Caetano do Sul e Diadema. Essa concentração de metalúrgicas, industriais químicas e de
autopeças, faz dessa área a maior concentração industrial da América Latina.
Região Sul
Porém, houve uma difusão de indústrias modernas na região com a fixação de indústrias
automobilísticas no Paraná e carboquímica no Sul Catarinense, aproveitando as jazidas de
carvão do estado e na região metropolitana de Porto Alegre e no distrito de Canoas, onde se
fixaram indústrias de metal, elétrica, química e metalúrgica.
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Região Nordeste
Nos últimos anos o Nordeste já ocupa a posição de segundo maior parque produtor. Diversos
fatores são atraentes para as empresas, além de benefícios fiscais. A região se concentra
mais próxima dos Estados Unidos e da Europa, dois potenciais de mercados consumidores, e
também dispõe de obra abundante e barata.
A partir da década de 1990, a produção industrial nordestina deu um grande salto, até então
que existia na região era um setor periférico, cujos ditames eram dados pelas necessidades do
Sudeste. Predominavam indústrias tradicionais como alimentícia, de processamento de couro
entre outras, agora é possível observar outra realidade, especialmente nas capitais da Bahia
Pernambuco, Paraíba e Ceará, ao crescente aglomerado fabril produzindo autopeças,
produtos petroquímicos, softwares, componentes eletrônicos, roupas e calçados modernos.
Recife é uma das mais bem-sucedidas experiências de transformação espacial, pela mudança
de terrenos na cidade da antiga zona portuária. A área estava degradada com número alto de
galpões abandonados e altos índices de criminalidade. A partir dai surgiu a ideia de aproveitar
a infraestrutura existente local transformando-se em uma área industrial, assim nasceu o
tecnopolo de Recife, dedicado à produção de componentes eletrônicos.
Tecnopolos
Alguns centros industriais desenvolve tecnologia de ponta. Isso se dá pela união entre
indústria, universidade e centros de pesquisas que realizam intercâmbio de informações em
busca da excelência produtiva, eles são conhecidos como tecnopolos.
Norte e Centro-Oeste
Na região Norte, a Zona Franca de Manaus é um importante centro industrial. Criada em 1969,
Manaus tornou-se uma área de isenção fiscal para importação de máquinas, matérias-primas e
componentes industriais, e também exportação de mercadorias. Esses aspectos somados a
mão de obra barata local, foram atrativos para fixação de indústrias mecânicas, de material de
transporte e principalmente de eletroeletrônicos.
Apesar desse impulso o rápido crescimento urbano de Manaus trouxe inúmeros problemas
sociais para cidade, além disso, o setor industrial encontra-se dominado por empresas de
capital transnacional que praticamente só trabalham com materiais importados, não investindo
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em uma tecnologia regional.
O Centro-Oeste tem uma participação pequena no cenário industrial brasileiro, as maiores
concentrações situam-se junto à cidade de Campo Grande, Goiânia, Três Lagoas Catalão e
Corumbá. Nas quatro primeiras, as indústrias que mais se destacam são de aquecimento,
alimentícia, química e têxtil e também de processamento de carne e couro. Em Corumbá
sobressai ainda a indústria extrativa mineral que explora a importante jazida de minério de
ferro e manganês.
Outro setor que experimentou um desenvolvimento significativo foi o dos meios de transportes.
Na década de 2000 grandes navios especializados na movimentação de contêineres e aviões de
cargas mais velozes e mais seguros consegue transportar um volume cada vez maior de
mercadorias com mais rapidez a um custo menor que seria impossível há poucas décadas.
A Comunicação no Brasil
Um aspecto notável ritmo de difusão do Brasil da internet em pesquisa do IBOPE para o ano
2015 calcularam em 54,6 milhões número de brasileiros que utilizavam internet, o número de
pessoas com acesso residencial foi estimado em mais de 30 milhões, no setor de telefonia
móvel segundo a Anatel havia mais de 81 milhões de celulares no país, em recentes
pesquisas mostram mais de 116 milhões de aparelhos.
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A Evolução dos Meios de Transportes
O transporte rodoviário no Brasil teve seu primeiro grande incentivo na época do presidente
Washington Luiz em 1926. Em 1930 foi inaugurada a ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e
São Paulo, as principais cidades do país.
Em 1945 foi criado o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, autarquia de
implementação, conservação e fiscalização rodoviária. Na década seguinte no governo Juscelino
Kubitschek enquanto muitas montadoras automobilísticas instalavam-se no Brasil, o sistema
rodoviário consolidou-se como principal meio de transporte e sua hegemonia foi impulsionada
pelas indústrias automobilísticas.
Além da instalação das montadoras, outro marco do governo Kubitschek foi a mudança da
capital federal para o Centro-Oeste, a integração regional brasileira ocorreu com maior
intensidade após a construção de Brasília, que necessitava de uma ligação com as demais
regiões do país. Iniciou-se desse modo a abertura de várias rodovias federais com a BR-140, a
BR 0-50, a BR-153 e muitos outros.
Outro grande projeto rodoviário lançado durante o regime militar, a Rodovia Transamazônica,
conhecida também como BR-230 inaugurada em 1972. A estrada foi concebida para acelerar a
integração econômica da Amazônia com o norte do país, mas esse projeto fracassou, além dos
impactos ambientais provocados pelos desmatamentos e pelos garimpos descontrolados,
contribuiu para as invasões de terras indígenas nessa região. Muitos colonos transplantados
para vilas agrícolas construídas junto à Rodovia tiveram de abandoná-las na tentativa de fugir da
miséria.
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Transporte Ferroviário
A implantação da malha ferroviária brasileira teve início efetivo com a expansão das lavouras de
café por terras paulistas na metade do século XIX, o auge da expansão do setor ocorreu entre as
décadas de 1870 e 1920 quando foram construídos 28 mil km de trilhos que facilitam o
transporte do café para os portos de embarque.
Com a crise da cafeicultura no final dos anos de 1920 a malha Ferroviária, as rodovias e
evolução tecnológica das indústrias automobilísticas não integraram a regionalização brasileira
acelerada na segunda metade do século.
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Transporte Hidroviário
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Tabela de Mapas
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Referências Bibliográficas
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