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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRAFICO: 1CONTRIBUIÇÕES DOS

PENSAMENTOS FILOSÓFICOS NA GRÉCIA ANTIGA E ROMANOS.

Monique Macedo2

Luciléa F. Lopes Gonçalves3

RESUMO

O presente texto tem como objetivo tratar das contribuições dos gregos
e romanos para a formação da Geografia como ciência propriamente dita, com
o passar do tempo, essa ciência atravessou diferentes caminhos e teve
diferentes definições Entretanto, não se pode dizer que antes disso ela não
fosse praticada. Os fundamentos históricos da ciência geográfica reportam-se à
Grécia antiga e a Roma antiga, tidas como as primeiras culturas conhecidas a
explorarem ativamente a geografia como ciência e filosofia. As teorias ajustam
as distintas e específicas áreas científicas, por meio da descoberta ou
investigações de novos setores e novos problemas no âmbito de cada ciência
em particular. A abordagem usada foi à qualitativa com estudos em livros,
artigos e revistas eletrônicas. Com isso concluímos que a história da Geografia
houve forte influencias dos gregos e romanos fazendo com que ela se
moldasse como ciências atualmente.

Palavras-Chave: Geografia, Ciência, Grega e Romana.

INTRODUÇÃO
1
Artigo apresentado ao Curso de Geografia Licenciatura da Universidade UEMASUL
para obtenção do da 3ª nota da disciplina Evolução do Pensamento Geográfico.
2
Aluna do 2º período do Curso de Geografia Licenciatura da UEMASUL.
3
Professora Orientadora Doutora em Geografia
As viagens dos exploradores espalharam pela Europa o interesse pela
geografia, e a cartografia elaborada, à medida que se descobriam novas terras,
incluía técnicas inovadoras. Durante a Idade Média, foram aprofundados e
mantiveram-se os antigos conhecimentos gregos, e no período da Renascença
e ao longo dos séculos XVI e XVII, as viagens de exploração reavivaram o
desejo de bases teóricas mais sólidas e de informações mais detalhadas.

A partir do século XVIII, a geografia foi sendo reconhecida como


disciplina científica e, ao longo do século passado, a quantidade de
conhecimento e o número de instrumental técnico tiveram um significativo
aumento, persistindo até os dias atuais. Na fundamentação histórica da
geografia, optou-se pelos principais precursores, de acordo com a relevância
de suas obras ou mesmo pelas conceituações teóricas e metodológicas
emanadas desses trabalhos, que inclui os pensadores gregos, os sete sábios
da Grécia antiga, os filósofos pré-socráticos (naturalistas) com a descrição das
escolas Jônica; Itálica; Eleata e da Pluralidade e seus constituintes e as
contribuições do pensamento filosófico ao estudo da natureza.

O objetivo é apresentar pesquisa bibliográfica sobre a evolução do


pensamento geográfico e as contribuições dos povos Gregos e Romanos. A
metodologia usada foi levantamento bibliográfico, assim, o artigo tem
abordagem qualitativa.

1. Fundamentos filosóficos e precursores na Grécia antiga e


romana.

Considera-se a Grécia antiga como precursora do embasamento


cultural da civilização ocidental, com significativas influências em filosofia,
política, linguagem, educação, arte, tecnologia, arquitetura e ciências, pelas
formas de conhecimento, modos de reflexão ou teorias da realidade. A Grécia
antiga pode ser classificada em dois períodos: (i) Cosmológico, com
predominância de explicação mitológica do universo e da origem das principais
significações da realidade. Esse saber mitológico procurava uma explicação
para a época e momento históricos, das principais questões da existência
humana, tanto na natureza (buscando o conhecimento do seu princípio
material) como na sociedade (relações e modos de vida dos homens); (ii)
Antropológico, em que o discurso cosmológico e materialista passa a dar lugar
a um discurso moral e político, criando-se nesse período uma nova temática: o
homem. A filosofia muda de espaço geográfico, com a criação das pólis (das
colônias para o centro cultural), acarretando a variação do objeto de pesquisa:
da natureza para o homem. À filosofia compete explicar a realidade, dividida no
domínio da natureza, do pensamento e da criação humana. A partir dessa
divisão foram surgindo às diversas ciências, repartindo o saber total da
filosofia.

Os desenvolvimentos da cartografia no mundo antigo culminaram com


os trabalhos de Cláudio Ptolemeu (c. 100 dC - 170), matemático e astrônomo
grego. Após extensa pesquisa na Biblioteca da Alexandria, Ptolemeu produziu
a mais completa obra sobre Geografia até o seu tempo, em oito volumes. Foi
uma importante referência por toda a Idade Média. Já apresentava conceitos
de projeções cartográficas e dispunha de um sistema de coordenadas, com
referências a cerca de oito mil localidades. Ptolemeu, entretanto, não
considerou o diâmetro da Terra calculado por Eratóstenes. Sua Terra era bem
menor.

Com a ascensão do Cristianismo, a Biblioteca de Alexandria foi


incendiada. Muito do que conhecemos dos antigos gregos chegaram até nós
por traduções dos árabes. O mundo passou sem grandes evoluções do
conhecimento até o Renascimento.

Os romanos buscavam soluções práticas para seus empreendimentos


militares, por isso adotavam o formato de disco em seus mapas. Poucos
desses mapas sobreviveram com o passar da Idade Média.

A partir das grandes navegações, iniciadas pelos portugueses no século


15, o desenvolvimento da Cartografia ganhou novo fôlego. Técnicas de
projeção cartográfica tornaram-se fundamentais. Para os portugueses, mapas
eram segredo de estado, o que não impediu que, em 1502, o espião
italiano Alberto Cantino levasse uma cópia para a Itália de um mapa português
do mundo conhecido até então.
Os gregos intitulavam suas obras de Sobre a Natureza (Peri physeos) ao
referirem-se aos aspectos da ciência positiva e da filosofia. A física era
designada como um nome adequado para a ciência da natureza, significando
atualmente como a ciência positiva dos fenômenos naturais e o setor filosófico,
passando a ter uma nova designação: a filosofia natural ou da natureza.

1.2 Roma e suas contribuições filosóficas na cartografia.

Mapas estão entre as mais antigas formas de representação gráfica da


humanidade. Há milhares de anos, mapas das terras conhecidas eram
desenhados em argila, madeira, peles de animais, rochas e outros meios.

Com o tempo, aperfeiçoaram-se os conhecimentos de geometria,


astronomia e desenvolveram-se as tecnologias de medição de terras. Mapas
eram importantes para a agricultura, transporte e para a conquista e a defesa
de territórios, entre outras aplicações.

Em 1507, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller dividiu a Terra em


dois hemisférios, ocidental e oriental, e batizou de America, a atual América do
Sul, em homenagem a Américo Vespúcio.

Novas tecnologias, como a bússola, o astrolábio, o telescópio e outras,


permitiram avanços notáveis. O método com base nos eclipses das luas de
Júpiter, desenvolvido por Galileu, resolveram o problema das longitudes para
os mapas. A partir da segunda metade do século 18, o mundo finalmente foi
conhecido com as devidas coordenadas de suas feições. Veja um mapa do
mundo de 1799.

Hoje, são comuns os mapas digitais com acesso a grandes bancos de


dados, formando os Sistemas de Informações Geográficas (GIS). Mapas são
formados dinamicamente de acordo com sua consulta, na projeção cartográfica
de sua escolha. O posicionamento, com o GPS (Global Positioning System) é
agora um brinquedo de crianças.

2. Métodos de fazer geografia na Grécia antiga.

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