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Introdução..........................................................................................................................2
A geografia na antiguidade................................................................................................4
No período grego...............................................................................................................5
No período romano............................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução
A Geografia, como todo o conhecimento científico, evoluiu\ acompanhando a evolução
da própria sociedade. De um saber empírico, o homem passou a um saber elaborado,
científico, como uma resposta às interrogações suscitadas pelo desenvolvimento sócio-
cultural da Humanidade. Até ao século XIX não se pode falar duma verdadeira
Geografia mas sim de pensamentos com incidências geográficas e que reflectiam a
influência das diferentes épocas históricas
No primeiro período não se pode falar de uma verdadeira Geografia científica, mas sim,
de um pensamento com incidências geográficas, resultado das influências de
conhecimentos acumuladas nas diferentes épocas históricas. O segundo período inicia-
se com o grande salto qualitativo pela Geografia a partir do século XIX com a
institucionalização da Geografia em 1870, graças aos trabalhos de cientistas alemães,
particularmente o A. V. Humboldt, C. Ritter, os principais modeladores da Geografia
moderna.
Evolução do Pensamento Geográfico
O pensamento geográfico refere-se às várias correntes de autores, postulados e ideias
que contribuíram para a sistematização da Geografia como ciência.
No primeiro período não se pode falar de uma verdadeira Geografia científica, mas sim,
de um pensamento com incidências geográficas, resultado das influências de
conhecimentos acumuladas nas diferentes épocas históricas. O segundo período inicia-
se com o grande salto qualitativo pela Geografia a partir do século XIX com a
institucionalização da Geografia em 1870, graças aos trabalhos de cientistas alemães,
particularmente o A. V. Humboldt, C. Ritter, os principais modeladores da Geografia
moderna.
No período grego
O surgimento da Geografia na Grécia, e não noutro sítio, não ocorreu por acaso. Como
resultado de um longo processo de reformas iniciado no século VIII a.n.e., a Grécia no
início do século V, gozava da hegemonia militar, económica e tinha-se tornado na
capital das ciências e centro de negócios ligados à navegação marítima. A curiosidade
científica grega, em relação ao espaço criava interrogações sobre o que existe e onde.
Assim, desde cedo, os gregos começaram a desenvolver a Geografia, orientando-se sob
duas perspectivas: a via descritiva e a via matemática.
No período romano
Os Romanos compilaram e desenvolveram o conhecimento dos Gregos. Elaboraram
itinerários, espécies de cartas sem escala, onde dum modo arbitrário surgiam as terras
que constituiam o Império, obedecendo a exigências militares e comerciais, por
exemplo, a Tábua de Peutinger.
Estrabão (64 a.n.e – 21 n.e.) – Ele foi historiador viajante. Considerou a Geografia uma
descrição enciclopédica do mundo conhecido e habitado.
Ptolomeu (cerca de 90 a 160 n.e.) – Foi o último dos grandes geógrafos da antiguidade.
Escreveu uma grande obra “Geografia”. Representava o seu mundo numa carta através
duma projecção cónica. Apesar dos erros, a sua imagem do mundo, IMAGO MUNDI
foi a mais completa até então e continuou a sê-lo por muitos séculos. Considera-se que a
sua obra encerra a primeira etapa da Geografia uma vez que a exactidão dos mapas
entra em declínio depois de Ptolomeu até ao séc.XIV.
Por outro lado, as invasões criaram no império um clima de caos e de vazio de poder
que criou condições para a implantação do Cristianismo no ocidente e a afirmação do
pensamento cristão como forma de pensamento dominante. O contexto histórico da
época medieval contribuiu para a fragmentação e isolamento no antigo império,
retraindo tanto o desenvolvimento científico, como a circulação de homens de ideias.
Por outro lado, a cultura científica passou a ser dominada pelos monges que vão
desenvolver um ambiente fechado e orientado aos interesses pessoais e divinos.
A idade medieval é, portanto, dominada pelo Teocentrismo, isto é, a visão do mundo luz
de Deus. A religião sobrepõe-se à ciência. A bíblia passou a dar resposta as
interrogações do Homem relacionadas com os fenómenos da Natureza. No que concerne
à Geografia, a época medieval foi marcada por um certo retrocesso, pois a cartografia
perdeu o carácter científico alcançado na idade grega, enquanto o mapa-mundo passou a
ser uma espécie de disco circular, com o nome de mapa T em O onde Jerusalém; o
principal Pólo da cristandade, ocupava o centro e o T separava os três (3) continentes
até então conhecidos: Ásia, África e Europa.
Mas a Idade Média registou igualmente alguns progressos como o aumento do horizonte
geográfico graças à expansão árabe a partir do século VIII e a divulgação das obras
geográficas helenísticas-Romanas no vasto império árabe, do Afeganistão ao Atlântico.
Por outro lado, melhorou o conhecimento geográfico e cartográfico movido pelos
interesses económicos, políticos e religiosos dos árabes. Finalmente, a expansão dos
árabes e o contacto com os indianos, chineses, resultou em descrições geográficas de
qualidade, particularmente as de Ibn Batuta e Al-Idrisi, dois viajantes e geógrafos
árabes.
Outra contribuição importante dada pela Geografia na época medieval foram os relatos
descritivos das viagens de Marco Polo (1271-1291), incidindo sobre a cultura, o
comércio, os produtos do solo, desenvolvimento industrial e as rotas a seguir. Esta obra,
conhecida como o livro das maravilhas, contribuiu para o alargamento do conhecimento
do mundo dado que estas viagens permitiram aos europeus conhecer novos espaços
culturais e povos.