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ESCOLA SANTA TERESINHA

AMANDA LIMA FRANCO


DANILO GUERRA SARAIVA
LUCAS QUEIROZ DANDA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO DISCIPLINA


ESCOLAR NA VIDA DOS JOVENS

Imperatriz
2012
AMANDA LIMA FRANCO
DANILO GUERRA SARAIVA
LUCAS QUEIROZ DANDA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO DISCIPLINA ESCOLAR NA


VIDA DOS JOVENS

Trabalho de pesquisa cientifica


desenvolvido pelos alunos: Amanda Lima
Franco, Danilo Guerra Saraiva e Lucas
Queiroz Danda da 2ª Serie do Ensino
Médio da Escola Santa Teresinha, com o
objetivo de ser apresentado na XXIII
MOCEEST (Mostra de Ciências e
Engenharia da Escola Santa Teresinha).

Orientador: Francisco Robson S. Martins

Imperatriz
2012
IDENTIFICAÇÃO:

AMANDA LIMA FRANCO


DANILO GUERRA SARAIVA
LUCAS QUEIROZ DANDA

Instituição de Ensino: ESCOLA SANTA TERESINHA -


IMPERATRIZ – MARANHÃO – BRASIL

Série: 2ª Série / Ensino Médio

Orientador: FRANCISCO ROBSON SARAIVA MARTINS

Co-Orientador: JOSÉ NILSON OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ECONÔMICO NA VIDA DOS JOVENS

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS Subárea: ECONOMIA


RESUMO

Ao se iniciar a elaboração da pesquisa visualizou-se que os adolescentes


brasileiros ainda não possuem uma certa independência financeira de seus pais
(diferentemente dos jovens dos países desenvolvidos), isso ocorre devido o fato de
não possuírem educação financeira nas escolas. Então foi feita a seguinte pergunta:
Como levar a disciplina de educação financeira às escolas brasileiras? Então
observou-se que poderia formar parceria com uma faculdade que possui o curso de
economia na sua grade curricular viabilizando assim as aulas de educação
financeira nas escolas e demonstrando a importância dessa disciplina para o
cotidiano escolar dos jovens. O objetivo deste trabalho é fazer com que alunos, tanto
de escolas públicas como de escolas particulares, possam ter o contato com uma
aula-palestra de educação financeira, fazendo assim despertar os conceitos
econômicos aos jovens. Foram aplicados dois questionários semi-estruturados, isso
em duas escolas na cidade de Imperatriz – MA, são elas: Escola Santa Teresinha e
C.E.E.F.M. Governador Archer, onde se utilizou 200 estudantes na pesquisa, Após
avaliar estes resultados preliminares, foram aplicadas aulas-palestras, sobre
educação financeira. Após 3 meses da realização destas aulas-palestras foram
novamente aplicados os questionários estruturados com os mesmos estudantes.
Antes da Aula-palestra cerca de 19,4% dos entrevistados recebiam mesada e
86,56% dos jovens pesquisados, nunca tiveram educação financeira na escola, e
apenas 12% deles investiam o dinheiro ganho, após as aulas-palestras o número de
jovens que investem a mesada aumentou de 12% para 29%, o que concretiza a
grande importância da educação financeira como disciplina escolar, principalmente
para alunos do ensino médio.

Palavras-chave: EDUCAÇÃO FINANCEIRA – DISCIPLINA ESCOLAR - JOVENS


5

1.INTRODUÇÃO

Ao se iniciar a elaboração da pesquisa visualizou-se que os adolescentes


brasileiros ainda não possuem uma certa independência financeira de seus pais
(diferentemente dos países desenvolvidos), devido o fato de não possuírem
educação financeira nas escolas.

Então foi feita a seguinte pergunta: Como levar a disciplina de educação


financeira às escolas brasileiras? A primeira hipótese formulada foi: demonstrando a
diferença entre os adolescentes que possuem e os adolescentes que não possuem
educação financeira na escola. E a segunda foi formando parceria com uma
faculdade que possui o curso de economia na sua grade curricular viabilizando
assim as aulas de educação financeira, nas escolas brasileiras.

O objetivo deste trabalho é fazer com que alunos, tanto de escolas públicas
como de escolas particulares, possam ter o contato com uma aula-palestra de
educação financeira, fazendo assim despertar os conceitos econômicos aos jovens
estudantes do Ensino Médio, demonstrando assim a necessidade de desenvolver
através dos estudos da educação financeira mecanismos para um planejamento
econômico futuro.

De acordo com as pesquisas iniciais, os adolescentes com idade escolar do


ensino médio do Canadá, do Japão e dos Estados Unidos, pelo fato de terem
educação financeira na escola, já sabem os caminhos de como fazer um
investimento financeiro de forma planejada e com mais segurança, propiciando
assim maiores ganhos financeiros com a aplicação de sua mesada e até mesmo
ganhos futuros.

Com a disciplina de educação financeira na escola, os adolescentes que


cursam o ensino médio, terão mais condições de entender todo o processo
econômico financeiro da sociedade, seus efeitos e conseqüências. Garantindo uma
aprendizagem de qualidade e promovendo ao aluno condições de sustentabilidade
para seu futuro e gerações que virão.
6

Portanto esses adolescentes desenvolverão um pensamento sobre finanças


e sobre economia, pois com a educação financeira sendo aplicada na escola, eles
terão acesso as informações necessárias para que isso aconteça.
7

2.REFERENCIAL TEÓRICO

Afirma Stuart (2009), a classe média gasta mais do que ganha. Stuart
orienta sobre a melhor postura diante do dinheiro: o ideal é não forçar o aprendizado
precoce, mas ficar alerta para as oportunidades que surgirem.

Segundo Vonsohsten (2008): “A educação financeira nos países


desenvolvidos é dada pela família e reforçada pela escola, no Brasil, infelizmente, a
Educação Financeira não é parte do universo educacional familiar, tampouco
escolar.

A criança ela não se deve prender somente à sua casa e à sua escola, ela
deve também ouvir palestras e ler livros, sobre o assunto.

Diz Vonsohsten (2008): para o aprendizado da criança para com lidar com
dinheiro:

“A criança não aprende a lidar com dinheiro nem em casa, nem na escola.
As conseqüências deste fato são determinantes para uma vida de
oscilações econômicas, com graves repercussões tanto na vida do cidadão,
quanto na do país.” (VONSOHSTEN, 2008, p.1).

Os pais e os filhos devem transmitir aos seus filhos o que por ele foi
aprendido, e somente os pais podem ensinar seus filhos à como lidar com dinheiro
em suas vidas, os pais que devem dar o primeiro passo para ensinar seus filhos
sobre como lidar com dinheiro.

Diz D’Aquino, citada por Freitas; ao tratar do relacionamento das crianças e


dos adolescentes com o dinheiro:

“As bases da educação financeira são transmitidas por meio de atitudes


simples, na rotina do relacionamento entre pais e filhos. Atitudes cotidianas
ajudam a criança a preparar-se para postergar desejos e suportar a espera
em nome de benefícios futuros. Isso é essencial para relacionar-se bem
com o dinheiro, diz Cássia D´Aquino, educadora financeira.” (FREITAS,
2009, p.2)
8

Ainda para como tratar do relacionamento das crianças e dos adolescentes


com dinheiro, Whitaker, citada por Freitas, afirma que:

“As atitudes dos pais são o parâmetro mais valioso. A criança notará a
incoerência se a mãe negar um tênis novo, mas tiver 300 pares no armário.
Ou se o pai fizer um discurso anticonsumista, mas trocar o aparelho de som
toda vez ao surgir um novo modelo. Os passeios da família não devem
resumir-se ao “shopping”, a fim de o prazer não ser associado a compras.
Gastos equilibrados e opiniões coerentes são fundamentais para ensinar
uma atitude tranqüila em relação ao dinheiro. Encher a criança de
brinquedos não é uma boa estratégia. Ela deve aprender a oportunidade de
ocasiões e datas para ganhá-los. Deve perceber não ser possível satisfazer
todos os desejos.” (FREITAS, 2009, p.3)

D’Aquino (2007) refere-se à mesada educativa para jovens como:

“O momento certo de começar a mesada é a partir dos 3 anos, quando a


criança já entende a possibilidade de gastar, poupar ou ambas as coisas.
Deve ser estimulada a idéia de fazer uma micropoupança em um cofrinho
para juntar até ter o suficiente para pequenos desejos de consumo (associar
a poupança a um objetivo). Dos 6 aos 10 anos, a semanada adquire um
papel mais didático e pode cobrir parte dos gastos da criança, como o
lanche da escola. O valor deve ser dado semanalmente para a facilitar a
administração. A partir dos 11 anos, o dinheiro já pode ser mensal.
(D’AQUINO, 2006, p.1).

Segundo Cerbasi (2006), a mesada não deve ser interpretada como prêmio
por boa educação, ou como caridade, mas deve ser aprovada pelos pais quando
entenderem que seus filhos já estão preparados e maduros para administrá-la.

Quanto ao valor da mesada, ele deve ser negociado, mas não definido pelos
pais nem imposto aos filhos, isto é, o valor da mesada deve ser avaliado de acordo
com as necessidades da criança e com o padrão de vida da família. As crianças
novas devem trabalhar com semanada, pois não têm o conceito de tempo bem
definido, o que dificulta o planejamento à longo prazo.

Diz D’Aquino sobre a cultura de educação financeira no Brasil:

“(...) é inegável que, nos últimos anos, a moda de dar mesada aos filhos
pegou. E, pena, pegou muito mal. Funcionando muitas vezes, e de modo
especial na classe média, como modismo inconseqüente e fútil, ela atropela
todos os “para quê, por quê, quando, quanto e como” da intenção da
mesada. Disso tudo, a “moda da mesada” resultou, no melhor dos casos,
em prática inócua à educação financeira dos filhos e, no extremo oposto,
9

num desastre completo, com repercussões em diversas áreas do


desenvolvimento infantil.
É um fato que estamos acostumados no Brasil, por incompreensão do
capitalismo, a lidar com assuntos relacionados a dinheiro de modo
displicente, irresponsável e preconceituoso. E se há alguma coisa que serve
para desnudar preconceitos é exagerar, ao ridículo, seus princípios.
Forcemos, pois, uma caricatura do preconceito em relação ao dinheiro.
Todos os pais sabem que, mesmo antes que a criança adquira destreza
motora suficiente para escovar os dentes sozinha, os dentistas recomendam
que se dêem a ela escova e pasta de dentes para que vá treinando o hábito
da higiene bucal adequada. A ninguém, em sã consciência, ocorre
preocupar-se por presentear a criança com essa finalidade. Ninguém se
ocupa em preocupar-se se, agindo desse modo, estará dando ao filho a
impressão de que, na vida, não é preciso esforço para conquistar alguma
coisa. Deve ser por isso que não se ouve falar em crianças que,
exclusivamente para aprenderem a dar valor à escova de dente, foram
estimuladas a compensarem o presente com a realização de tarefas em
casa. Deve ser.
Com a mesada, caríssimos, não é nada diferente. A única função da dita
cuja é colaborar para a educação financeira da criança. Para ser coerente
com a nossa caricatura, a mesada existe para treinar o hábito financeiro
adequado em crianças e adolescentes. Esse assunto é deliciosamente
polêmico e está longe de ser encerrado com esse artigo. Voltaremos a ele.”
(D’AQUINO, 2006. p.3)

O que mais dificulta uma pesquisa como essa, é como afirma Tiba (2006):
Ainda não se ensina administração financeira nas escolas, e as famílias, mesmo
necessitadas, não possuem essa competência.

Domingos (2008) afirma que, não se pode ter um referencial seguro, pois se
existe falhas no seio familiar:

“Assim, de um jeito ou de outro, não teremos um referencial seguro em que


nos espelharmos e ampararmos. Bem, uma vez estabelecida a falha no seio
familiar, haverá ainda a possibilidade de termos acesso a tal conhecimento
na escola. Eis que surge, aqui, outro problema: as escolas brasileiras, de
modo geral bastante precárias no desenvolvimento de outros saberes
fundamentais, são ainda mais displicentes no que se refere à Educação
Financeira. Por sua vez, as escolas mais modernas têm, no máximo, algo
muito superficial a que chamam de “economia doméstica”, matéria que se
resume a levar os alunos a fazer visitas aos supermercados, comparar
preços, e olhe lá”. (DOMINGOS, 2008, p.24)

Porém o número de jovens que estão obtendo investimentos está


crescendo, pois os pais e o incentivo governamental está “batendo em suas portas”
fazendo com que eles passam a investir suas mesadas é o que informa a matéria
jornalística feita por Paula Filizola estatística da BOVESPA.
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O mundo viveu uma crise financeira, que começou no setor imobiliário dos
EUA e se espalhou rapidamente por todo o planeta. As Bolsas de Valores mundiais
apresentaram os piores resultados dos últimos anos e os bancos americanos
sofreram com o temor da recessão. Apesar desse pessimismo financeiro, cresce o
número de jovens que investem na Bolsa de Valores. Dados da Bovespa indicam
que mais de 54 mil jovens entre 11 e 20 anos investem na Bolsa. De acordo com o
gerente comercial da corretora Ágora, Helio Pio, o número de jovens que investe na
Bolsa hoje ainda é pequeno, em torno de 5%, mas ele afirma que se esse número
for comparado ao de três anos atrás, há sim crescimento. Helio disse que o aumento
é especialmente entre os estudantes de Engenharia, Economia e Administração,
pois eles podem ver na prática o que aprendem em sala de aula.
Fonte: Paula Filizola e BOVESPA.
11

3 METODOLOGIA

Este projeto de pesquisa tem em grande maioria seu método voltado para
uma pesquisa quantitativa, através da aplicação de questionários estruturados, para
uma melhor obtenção de dados, sobre o conhecimento financeiro, dos jovens e
adolescentes brasileiros e imperatrizenses.

Porém utiliza-se também o método qualitativo, pois utiliza-se algumas bases


teóricas, principalmente de Cássia D’Aquino, que, cita que: “a criança não deve se
prender aos conceitos econômicos somente de casa e da escola mas deve também
ouvir palestras sobre o assunto”.

Foram aplicados 2 (dois) questionários estruturados em duas escolas na


cidade de Imperatriz – MA, são elas: Escola Santa Teresinha e CEEFM -
Governador Archer.

Entrevistou-se 100 (CEM) alunos na Escola Santa Teresinha, esses alunos


entrevistados são das primeiras e segundas séries do ensino médio, todos os alunos
participantes da pesquisa tiveram total ciência de que estavam participando
voluntariamente de uma pesquisa cientifica e devido serem menores de idade seus
pais também precisavam ter ciência disso, então todos os pais e todos os alunos,
assinaram uma autorização que consta respectivamente no APÊNDICE A e
APÊNDICE B deste trabalho.

No CEEFM - Governador Archer, também foram entrevistados 100 (CEM)


alunos, porém eram das segundas e terceiras séries do ensino médio, eles também
tiveram total ciência de que estavam contribuindo para uma pesquisa cientifica e por
serem menores de idade seus pais também precisaram ter ciência do fato e ambos
assinaram uma autorização para que se utilize os dados por eles respondidos na
pesquisa.

Estes 200 (duzentos) questionários estruturados foram utilizados para a


obtenção dos resultados preliminares da pesquisa.
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Após avaliar estes resultados preliminares, foram aplicadas aulas-palestras,


sobre educação financeira, investimentos econômicos e sobre planejamento
econômico, estas aulas-palestras foram dadas aos mesmos alunos pesquisados na
pesquisa preliminar.

Estas aulas-palestras foram elaboradas pelos autores deste trabalho em


parceria com a maior Faculdade de Economia da cidade de Imperatriz-MA, a
FACIMP (Faculdade de Imperatriz), elas foram ministradas pelos pesquisadores:
Danilo Guerra Saraiva, Amanda Lima Franco, Lucas Queiroz Danda, juntamente
com os professores: Francisco Robson Saraiva Martins, e Laércio Rodrigues da
Silva, ambos formados em Economia.

Após a realização destas aulas-palestras e em um espaço de 3 meses,


foram novamente aplicados os questionários estruturados, agora com o intuito de
observar se houve uma melhoria nos resultados em comparação com os resultados
preliminares.

Estes questionários foram aplicados com os mesmos alunos e nas mesmas


escolas dos questionários aplicados nas pesquisas preliminares.
13

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 Antes da Aula Palestra


Com a inicialização da pesquisa nas escolas, obteve-se o seguinte resultado:
O número de adolescentes que recebem mesada dos pais na cidade de Imperatriz -
MA é de 19,4% o que se equipara ao nível brasileiro, onde 16% dos jovens recebem
mesada, isso ocorre devido a margem de erro da pesquisa.
Gráfico 1: Jovens que recebem mesada em Imperatriz
14

100
80
60
40
20
NÃO - 81,6%
0
RECEBEM MESADA EM SIM -19,4%
SIM -19,4%
IMPERATRIZ NÃO- 81,6%

Gráfico 2: Jovens que recebem mesada no Brasil

100
80
60
40
20
NÃO - 84%
0
RECEBEM MESADA NO SIM - 16%
SIM - 16%
BRASIL NÃO- 84%

Desses jovens que recebem mesada em Imperatriz-MA, 12% investem a


mesada de algum modo, e dos jovens que recebem esse dinheiro em todo o Brasil,
16% investem o dinheiro, isso reflete no que o Brasil deve melhorar, quanto o
assunto é os investimentos feito pelos jovens.
Gráfico 3: Jovens de Imperatriz que Investem sua Mesada
15

100%

50%
NÃO 88%

0%
INVESTEM A SIM 12%
SIM 12%
MESADA
NÃO 88%
(IMPERATRIZ)

Gráfico 4: Jovens do Brasil que Investem sua Mesada

100%

50% NÃO 84%

0%
INVESTEMA SIM 16%
SIM16%
MESADA(BRASIL)
NÃO 84%

Antes da Aula-palestra cerca de 86,56% dos adolescentes de Imperatriz -


MA, nunca haviam tido educação financeira na escola. E no Brasil cerca de 83,29%
dos adolescentes nunca tiveram educação financeira na escola.

Gráfico 5: Jovens que já tiveram Educação financeira na escola em


Imperatriz.
16

NÃO 86,56%

100%

50% SIM 13,44%


SIM13,44%
0%
Educ.Finan NÃO 86,56%

Gráfico 6: Jovens que já tiveram Educação financeira na escola no


Brasil.

100% NÃO 83,29%

50%
SIM16,71%
SIM16,71%
0%
Educ.Finan NÃO 83,29%

78,44% dos jovens imperatrizenses não sabem o que são Investimentos


Financeiros, e cerca de 74,91% dos jovens brasileiros não sabem o que é
investimento financeiro.

Gráfico 7: Jovens que sabem o que é investimento financeiro em


Imperatriz.
17

100% NÃO 78,44%

50%
SIM 21,56%
SIM 21,56%
0%
Educ.Finan NÃO 78,44%

Gráfico 8: Jovens que sabem o que é investimento financeiro no Brasil.

100% NÃO 74,91%

50%
SIM26,09%
SIM 26,09%
0%
Educ.Finan NÃO 74,91%

4.2- Após a Aula-Palestra


O número de jovens que recebem mesada em Imperatriz-MA, passou de
19,4% para 29% isso devido a influência da aula-palestra na vida desses jovens.
Gráfico 9: Jovens imperatrizenses que passaram a receber mesada

Passaram a Rec.
Mesada

NÃO 71%
SIM 29%
0% 20% 40% 60% 80%

Já o número de jovens imperatrizenses que investem a mesada aumentou


consideravelmente, principalmente na poupança, pois os pais confiam mais na
18

poupança como método de investimento para seus filhos. O numero de jovens que
investem a mesada aumentou de 12% para 29%(lembrando que esse número é
apenas de jovens que recebem mesada, já que os que não recebem mesada, não
tem como insvestir).

Gráfico 10: Jovens que passaram a investir a Mesada

80%
60%
40%
NÃO 71%
20%
0%
INVESTEM A SIM29% SIM 29%
MESADA NÃO 71%
(IMPERATRIZ)

E logicamente que o número de jovens que sabem o que é investimentos financeiros


ficou em 100%, já que na palestra abordou-se o que é investimentos financeiros.

5 CONCLUSÃO
19

Após a obtenção dos resultados do trabalho pode-se concluir que:

- A educação financeira é SIM IMPORTANTE na vida dos adolescentes, pois


observa-se que em um tempo de 3 (três) meses, com apenas uma aula-palestra, o
nível de conhecimento econômico dos jovens de Imperatriz-MA cresceu
consideravelmente.

- Foi verificado também que É POSSÍVEL levar a disciplina de educação financeira


ás escolas com as parcerias de faculdades que tenham o curso de Economia, um
reflexo disso, é a parceria dos integrantes deste trabalho, com a FACIMP
(Faculdade de Imperatriz), detentora do maior curso de economia de Imperatriz.

- O mais importante, é que foi demonstrado, a capacidade (economicamente


falando) de um jovem, antes e depois de obter Educação Financeira como disciplina
escolar, este resultado demonstra a importância da educação financeira como
disciplina escolar na vida dos jovens.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
20

CERBASI, Gustavo. Filhos inteligentes enriquecem sozinhos – como preparar


seus filhos para lidar com o dinheiro. São Paulo: Gente, 2006.

D’AQUINO, Cássia. Como dar mesada. 2006. Disponível em:


<www.educacaofinanceira.com. br>. Acesso em: 12 jan. 2012.

DOMINGOS, Reinaldo. Terapia financeira como método para realizar seus


sonhos. São Paulo: Gente, 2008.

FREITAS, Newton. Educação Financeira Infantil. 2009. Disponível em:


<http//www.newton.freitas.nom.br/artigos>. Acesso em: 28 mar. 2012.

STUART, Susana. Ensine seu filho a cuidar do dinheiro: um guia para


desenvolver a inteligência financeira desde a pré-escola. Trad. de Sonia
Augusto. São Paulo: Gente, 2009.

TIBA, Içami. Seja feliz, meu filho. São Paulo: Integrante, 2006.

VONSOHSTEN, Carlos. E o que é Educação Financeira. 2008. Disponível em:


<www.educacaofinanceira.com.br>. Acesso em: 12 fev. 2012.

Matéria jornalística sobre o índice de jovens que investem na bolsa de valores


“JOVENS TAMBÉM INVESTEM NA BOLSA DE VALORES”, escrita por FILIZOLA,
Paula: disponível em: <http://www.csbrj.org.br/jornal/index.php?
option=com_content&task=view&id=334&Itemid=125> Acessado em 07 de Maio de
2012.

A Quantidade de Jovens que investem na bolsa de valores (BOVESPA) no ano de


2010. Disponível em:
<http://www.bmfbovespa.com.br/anuario/estatisticas/jovens+investidoes> Acessado
em 07 de Maio de 2012.

Pesquisa realizada pela TNS Research sobre o índice dos gastos da mesada pelos
jovens e adolescentes. Disponível em:
<http://www.infomoney.com.br/consumo/noticia/1962526jovens+brasileiros+gastam+
maior+parte+mesada+com+roupas+acessorios> Acessado em 20 de Junho de
2012.

Pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha sobre a quantidade de jovens e


adolescentes que recebem mesada no Brasil. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/apenas-16-dos-jovens-
recebem-mesada-segundo-pesquisa-datafolha/16218/> Acessado em 21 de junho
de 2012.

Projeto “Universitários” realizado pelo BB (Banco do Brasil) leva a educação


financeira para as escola públicas brasileiras. Disponível em:
21

<http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/vestiba/2010/05/31/250124-projeto-
universitarios-leva-educacao-financeira-para-escolas> Acessado em 26 de junho de
2012.

Matéria jornalística sobre as escolas brasileiras que oferecem educação financeira


para seus alunos. Disponível em:
<http://www.direcionalescolas.com.br/noticias/escolas-brasileiras-oferecem-
educacao-financeira-para-criancas-e-jovens> Acessado em 26 de junho de 2012.

7 APÊNDICES
22

7.1 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO 1 (ANTES DA PALESTRA)


QUESTINÁRIO 1 – ANTES DA PALESTRA
ESCOLA: [ ] PÚBLICA [ ] PARTICULAR

1. VOCÊ RECEBE MESADA OU ALGUM TIPO DE VERBA DE SEUS PAIS?


[ ] SIM [ ] NÃO

2. VOCÊ GASTA TODO O DINHEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO

3. SE NÃO, O QUE VOCÊ FAZ COM O DINHEIRO QUE SOBRA?


[ ] INVESTE [ ] POUPA

4. COMO VOCÊ MULTIPLICA O SEU DINHEIRO GANHO MENSALMENTE?


[ ] POUPANÇA [ ] BOLSA DE VALORES

7.2 APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO 2 (ANTES DA PALESTRA)


23

QUESTINÁRIO 2 – ANTES DA PALESTRA


ESCOLA: [ ] PÚBLICA [ ] PARTICULAR

1. VOCÊ JÁ TEVE ALGUMA DISCIPLINA RELACIONADA À ECONOMIA EM SEU


COTIDIANO ESCOLAR?
[ ] SIM [ ] NÃO

2. VOCÊ SABE O QUE É INVESTIMENTO FINANCEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO

3. MESMO SE NÃO TIVER UMA DISCIPLINA ESPECIFICA, SUA ESCOLA LHE


DÁ CONSELHOS OU REALIZA PALESTRAS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA?
[ ] SIM [ ] NÃO

4. VOCÊ POSSUI ALGUM INVESTIMENTO FINANCEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO [ ] NÃO SEI

7.3 APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO 1 (APÓS DA PALESTRA)


24

QUESTINÁRIO 1 – APÓS DA PALESTRA


ESCOLA: [ ] PÚBLICA [ ] PARTICULAR

1. VOCÊ RECEBE MESADA OU ALGUM TIPO DE VERBA DE SEUS PAIS?


[ ] SIM [ ] NÃO

2. VOCÊ GASTA TODO O DINHEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO

3. SE NÃO, O QUE VOCÊ FAZ COM O DINHEIRO QUE SOBRA?


[ ] INVESTE [ ] POUPA

4. COMO VOCÊ MULTIPLICA O SEU DINHEIRO GANHO MENSALMENTE?


[ ] POUPANÇA [ ] BOLSA DE VALORES

7.4 APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO 2 (APÓS DA PALESTRA)


25

QUESTINÁRIO 2 – APÓS A PALESTRA


ESCOLA: [ ] PÚBLICA [ ] PARTICULAR

1. VOCÊ JÁ TEVE ALGUMA DISCIPLINA RELACIONADA À ECONOMIA EM SEU


COTIDIANO ESCOLAR?
[ ] SIM [ ] NÃO

2. VOCÊ SABE O QUE É INVESTIMENTO FINANCEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO

3. MESMO SE NÃO TIVER UMA DISCIPLINA ESPECIFICA, SUA ESCOLA LHE


DÁ CONSELHOS OU REALIZA PALESTRAS SOBRE EDUCAÇÃO FINANCEIRA?
[ ] SIM [ ] NÃO

4. VOCÊ POSSUI ALGUM INVESTIMENTO FINANCEIRO?


[ ] SIM [ ] NÃO [ ] NÃO SEI

7.5 APÊNDICE E – AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA DE CAMPO


26

AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE PESQUISA

EU, ______________________________________________________ APÓS A LEITURA


DESTA DECLARAÇÃO, CONCORDO EM PARTICIPAR DESTA PESQUISA REALIZADA
PELOS PESQUISADORES: AMANDA LIMA FRANCO, DANILO GUERRA SARAIVA E
LUCAS QUEIROZ DANDA, SOBRE A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR ORIENTADOR
FRANCISCO ROBSON SARAIVA MARTINS. A PESQUISA TEM COMO OBJETIVO A
OBTENÇÃO DE DADOS PARA O LEVANTAMENTO DOS RESULTADOS DO
TRABALHO QUE TEM O SEGUINTE TEMA: A IMPORTÂNCIA EDUCAÇÃO FINANCEIRA
COMO DISCIPLINA ESCOLAR NA VIDA DOS JOVENS

VALE SALIENTAR, QUE SERÁ GARANTIDO O SIGILO PROFISSIONAL, OU SEJA, OS


PARTICIPANTES NÃO SERÃO IDENTIFICADOS NA PESQUISA, ASSIM COMO AS
INFORMAÇÕES COLETADAS NÃO SERÃO UTILIZADAS PARA OUTRO FIM A NÃO
SER A CONSTRUÇÃO E ENRIQUECIMENTO DA MESMA.

IMPERATRIZ, ___________ DE ________________ DE ___________

______________________________________
RESPONSÁVEL

______________________________________
ORIENTADOR DA PESQUISA

______________________________________
PESQUISADOR 1

______________________________________
PESQUISADOR 2

______________________________________
PESQUISADOR 3

7.6 APÊNDICE F – AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA DE CAMPO DE MENORES


DE IDADE
27

AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE PESQUISA

EU, ______________________________________________________ APÓS A LEITURA


DESTA DECLARAÇÃO, CONCORDO QUE MEU FILHO OU
TUTELADO___________________________________________________________PART
ICIPE DESTA PESQUISA REALIZADA PELOS PESQUISADORES: AMANDA LIMA
FRANCO, DANILO GUERRA SARAIVA E LUCAS QUEIROZ DANDA, SOBRE A
ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR ORIENTADOR FRANCISCO ROBSON SARAIVA
MARTINS. A PESQUISA TEM COMO OBJETIVO A OBTENÇÃO DE DADOS PARA O
LEVANTAMENTO DOS RESULTADOS DO TRABALHO QUE TEM O SEGUINTE TEMA:
A IMPORTÂNCIA EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO DISCIPLINA ESCOLAR NA VIDA
DOS JOVENS

VALE SALIENTAR, QUE SERÁ GARANTIDO O SIGILO PROFISSIONAL, OU SEJA, OS


PARTICIPANTES NÃO SERÃO IDENTIFICADOS NA PESQUISA, ASSIM COMO AS
INFORMAÇÕES COLETADAS NÃO SERÃO UTILIZADAS PARA OUTRO FIM A NÃO
SER A CONSTRUÇÃO E ENRIQUECIMENTO DA MESMA.

IMPERATRIZ, ___________ DE ________________ DE ___________

______________________________________
RESPONSÁVEL

______________________________________
ORIENTADOR DA PESQUISA

______________________________________
PESQUISADOR 1

______________________________________
PESQUISADOR 2

______________________________________
PESQUISADOR 3
8 ANEXOS
28

8.1 - MATÉRIA DA REVISTA EDUCAÇÃO FINANCEIRA ESCRITO POR CARLOS


VONSOHSTEN “E O QUE É EDUCAÇÃO FINANCEIRA?”

E o que é a Educação Financeira?

A Educação Financeira nos países desenvolvidos tradicionalmente cabe às famílias.


Às escolas fica reservada a função de reforçar a formação que o aluno adquire em
casa.

No Brasil, infelizmente, a Educação Financeira não é parte do universo educacional


familiar. Tampouco escolar.

Assim, a criança não aprende a lidar com dinheiro nem em casa, nem na escola. As
conseqüências deste fato são determinantes para uma vida de oscilações
econômicas, com graves repercussões tanto na vida do cidadão, quanto na do país.

Pensando em superar este impasse, em 1996 criei o Programa de Educação


Financeira.

Este Programa adaptou ao currículo brasileiro os 4 pontos principais da Educação


Financeira. De modo multidisciplinar, e atendendo a crianças dos 2 aos 17 anos, o
Programa está formando jovens capazes de poupar e de planejar gastos.

O Programa de Educação Financeira está sendo aplicado há 14 anos e tem obtido
resultados excepcionais em escolas públicas e privadas por todo o país.

Se você quiser conhecer mais sobre o Programa de Educação Financeira, entre em


contato.

8.2 - Matéria jornalística “Apenas 16% dos jovens recebem mesada, segundo
pesquisa Datafolha”
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Apenas 16% dos jovens recebem mesada, segundo pesquisa Datafolha.

Os jovens que recebem mesada dos pais ainda são minoria. De acordo com
pesquisa feita pelo Datafolha, apenas 16% dos jovens entrevistados - de um total de
1.541, residentes nos 24 estados do país e no Distrito Federal - recebem dinheiro
mensal dos pais.

Quanto recebem e como gastam

Do grupo que recebe mesada, 4% declaram receber até R$ 50; 4% recebem mais
de R$ 50 até R$ 100; 3% recebem entre R$ 100 e R$ 200, e a mesma quantidade
recebe de R$ 200 a R$ 415; apenas 2% recebem mesada acima de R$ 415.

A mesma pesquisa revelou que a maior parte do dinheiro que os jovens têm é gasto
com vestuário e calçados (61%). Gastos com divertimento e lazer fazem parte da
maioria das despesas de 22% dos jovens entrevistados.

Meninas (67%), jovens de 18 a 21 anos (64%), os que moram no Nordeste (65%) e


em cidades metropolitanas (65%), e os que se declaram de direita (63%), gastam
acima da média com vestuário e calçados.

Mesada educa!

O pagamento de mesada aos filhos, desde cedo, torna-se algo saudável na


educação financeira, à medida que ensina a criança a tomar decisões, direcionando
adequadamente seus gastos, e melhorando sua relação pessoal com o dinheiro.

Recomenda-se que, de um modo geral, as crianças com mais de sete anos recebam
algum tipo de mesada. Este processo, todavia, deve ser conduzido naturalmente,
respeitando o ritmo da criança.

Estímulo à poupança
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O hábito de poupar deve ser incentivado pelos pais. Noções de objetivos de curto e
longo prazo deve ser estabelecidas, e os objetivos a serem atingidos nos tempos
determinados devem ser perseguidos. Os pais devem ajudar os filhos a calcular
quanto será preciso poupar para alcançar os objetivos.

Se a criança gastar todo o dinheiro antes do final do mês e pedir aos pais que dêem
mais, eles devem ser firmes ao negar. Isso ensina ao filho a planejar seus gastos.
Se alguma exceção for aberta, a criança pode ter a impressão errada de que sempre
que gastar, haverá mais dinheiro.

As crianças devem entender que suas decisões têm conseqüências, e devem ser
tomadas com cuidado.

A educação financeira é algo que deve ser aprendido em casa, com os pais.
Famílias com uma situação financeira saudável tendem a influenciar positivamente
seus filhos, fazendo com que eles sejam responsáveis com seus gastos e procurem
orientação para investir suas economias.

8.3 - Matéria Jornalística “ESCOLAS BRASILEIRAS OFERECEM EDUCAÇÃO


FINANCEIRA PARA CRIANÇAS E JOVENS”

ESCOLAS BRASILEIRAS OFERECEM EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA


CRIANÇAS E JOVENS

Qui, 19 de Maio de 2011 12:07

O Banco Mundial estima investir 50 milhões de dólares em projetos de educação


financeira em vários lugares do mundo.

Uma parte dos recursos vai para oito países de baixa renda, entre eles o Brasil, que
é o único a ter projetos formais voltados para inclusão da educação financeira nas
escolas. Na última quarta-feira, dia 18 de maio, ocorreu o lançamento oficial da
primeira coleção didática de educação financeira para todos os ciclos do Ensino
Básico – Infantil, Fundamental I e II, e Médio.

O material didático produzido pelo Instituto DSOP de Educação Financeira já é


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usado por 41 escolas em sete estados brasileiros com mais de 15 mil alunos de três
a 17 anos de idade.

Essas escolas se anteciparam à Estratégia Nacional de Educação Financeira


(ENEF), iniciativa do governo federal que está testando a aplicação desse
conhecimento a estudantes do Ensino Médio em escolas públicas, e à Lei 171/09
que tramita no Senado, estabelecendo a obrigatoriedade da educação financeira em
escolas públicas e privadas.

Embora o Brasil esteja num momento diferenciado daqueles países que estão
vivenciando os efeitos de uma crise econômica, preocupa o fato de muitas famílias
estarem endividadas.

A falta de repertório e habilidade para lidar com as finanças leva as pessoas a não
controlarem os gastos, não planejar o futuro nem a aposentaria. Elas também
pagam juros mais altos, têm menos bens e são mais inadimplentes. Fatores que
alertam para a necessidade de inserir a educação financeira o mais cedo possível
na vida das pessoas.

E como muito adultos não receberam orientação financeira de forma consistente


encontram dificuldade em transferir esse conhecimento para os filhos. Por isso, as
escolas terão papel de destaque em mais esse ensinamento fundamental para o
desenvolvimento da sociedade.

Mas não é só repertório matemático-financeiro que é necessário para honrar


compromissos, realizar sonhos e planejar o futuro. “O diferencial da Coleção DSOP
de Educação Financeira é que além de oferecer conhecimento técnico, a
metodologia tem uma abordagem comportamental, que trabalha, simultaneamente,
capacidades cognitivas, afetivas e sociais, indo além do enfoque estritamente
matemático, geralmente dado ao assunto”, diz Reinaldo Domingos, presidente do
Instituto DSOP de Educação Financeira.

O conteúdo dos 15 livros que compõem a Coleção foi pedagogicamente adaptado


para diferentes faixas etárias, para que o aprendizado aconteça de forma lúdica e
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prazerosa, e em consonância com experiências práticas na vida do aluno. A


metodologia é transferida aos professores por meio de cursos e palestras de
capacitação.

As experiências relatadas pelas escolas que usam o material há cerca de um ano


apontam benefícios não somente para os alunos – que têm apresentado uma
postura diferente de consumo como deixar de esbanjar os gastos, por exemplo. Os
pais, que são estimulados a envolver os filhos nas decisões dos gastos familiares,
promovendo negociações entre eles, também são reeducados financeiramente, e os
professores, que têm incorporado os ensinamentos no gerenciamento de seus
recursos, já promovem mudanças importantes em suas finanças.

Lançamento da Coleção DSOP de Educação Financeira para o Ensino Básico


18 de maio, às 18h, no Centro de Exposições Imigrantes, estandes 112 e 113,
avenida principal. Palestras gratuitas: o público poderá assistir a palestras sobre
educação financeira com temas de interesse de professores e público geral.
Inscrições no local. Programa temático: www.dsop.com.br.

Reinaldo Domingos: educador financeiro e presidente do Instituto DSOP de


Educação Financeira. Além da primeira Coleção Didática de Educação Financeira
para o Ensino Básico do país, publicou os livros Terapia Financeira (2007), O
Menino do Dinheiro (2008) e O Menino e o Dinheiro (2011). A criação da
Metodologia DSOP de Educação Financeira, agora adaptada ao ensino escolar, é
baseada na experiência de vida de Reinaldo Domingos, empresário bem-sucedido,
que conquistou sua independência financeira aos 37 anos de idade. Nascido em
família humilde no interior de São Paulo, desde menino percebeu que tudo o que
quisesse conquistar dependeria de seus esforços. Percebeu também que se
guardasse uma parte do que ganhava poderia realizar alguns sonhos. Foi assim,
priorizando seus sonhos, sabendo exatamente quanto custavam e quanto deveria
poupar para alcançá-los, que aprendeu a ter o dinheiro como um aliado, usando-o
com responsabilidade e foco na satisfação pessoa l e familiar. Com o aprendizado
adquirido quer, por meio das atividades do Instituto DSOP, ajudar as pessoas a se
tornarem educadas e independentes financeiramente.
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Instituto DSOP: criado em 2008, o Instituto DSOP de Educação Financeira oferece


uma série de produtos e serviços sob medida para pessoas, empresas e instituições
de ensino interessadas em ampliar e consolidar o conhecimento sobre educação
financeira. São cursos, seminários, workshops, palestras, capacitação de
professores, além de uma pós-graduação em educação financeira. Cada um dos
produtos foi desenvolvido para atender as diferentes necessidades dos diversos
públicos de forma integrada e consistente. Todo o conteúdo educacional
disseminado pelo Instituto segue as diretrizes da Metodologia DSOP, concebida a
partir de uma abordagem comportamental em relação ao tema finanças.

8.4 - MATÉRIA JORNALISTA DA FOLHA DE S.PAULO ESCRITO POR NEWTON


FREITAS

EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL

A coisa mais importante para as crianças são seus pais. Pessoas muito ocupadas,
dedicadas o tempo todo ao trabalho, voltam para casa e absorvem-se no telefone ou
no computador. Elas podem sentir-se culpadas por não estarem envolvidas com os
filhos e começam a gastar dinheiro para diminuir essa culpa. Nos EUA, há uma
indústria lucrando com a ansiedade dos pais, observa Joshua Sparrow, pediatra,
professor da Universidade Harvard (Folha de S. Paulo, São Paulo, 22 nov. 2004, p.
A14).

A principal motivação para uma criança aprender é o prazer sentido em estar perto
de outras pessoas. O desenvolvimento cognitivo não pode ser separado do
desenvolvimento emocional. Se o pai exercer pressão pela parte cognitiva, a criança
acabará desistindo de dar-lhe atenção nos momentos de ensinamento. Nos
primeiros quatro ou cinco anos de idade, as crianças aprendem muitos dos valores
morais ensinados. Elas começam a respeitar os outros e a ter consciência dos
sentimentos e das necessidades das outras pessoas. Nos primeiros anos, a criança
deve aprender a ter autoconfiança suficiente e a ter coragem de encarar o desafio. A
melhor maneira de aprender é correndo o risco de errar. A vida das crianças não
pode ser só de alegrias. Elas têm de experimentar o esforço ou o trabalho mediante
recompensa (nem sempre imediata), pois senão poderão sofrer desapontamentos
pelo resto de suas vidas, diz Sparrow (id.).
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As bases para o aprendizado e para a pessoa sentir-se feliz com ela mesma são
fundamentais nos primeiros anos de vida, avalia Thomas Barry Brazelton, pediatra,
professor da Universidade Harvard. Os pais querem sempre dar o melhor para seus
filhos. Pais de classe média podem viver uma situação de estresse quando ambos
trabalham fora e têm, por exemplo, a mídia competindo pelas mentes e corações de
seus filhos. Os pais mais pobres enfrentam, também, outros estresses devido à sua
condição de pobreza, como a preocupação com comida, dinheiro ou moradia (id.).

Educação financeira

As bases da educação financeira são transmitidas por meio de atitudes simples, na


rotina do relacionamento entre pais e filhos. Atitudes cotidianas ajudam a criança a
preparar-se para postergar desejos e suportar a espera em nome de benefícios
futuros. Isso é essencial para relacionar-se bem com o dinheiro, diz Cássia D
´Aquino, educadora financeira. As atitudes dos pais são o parâmetro mais valioso. A
criança notará a incoerência se a mãe negar um tênis novo, mas tiver 300 pares no
armário. Ou se o pai fizer um discurso anticonsumista, mas trocar o aparelho de som
toda vez ao surgir um novo modelo. Os passeios da família não devem resumir-se
ao “shopping”, a fim de o prazer não ser associado a compras, lembra Raquel
Caruso Whitaker, psicopedagoga. Gastos equilibrados e opiniões coerentes são
fundamentais para ensinar uma atitude tranqüila em relação ao dinheiro, diz
Whitaker. Encher a criança de brinquedos não é uma boa estratégia. Ela deve
aprender a oportunidade de ocasiões e datas para ganhá-los. Deve perceber não
ser possível satisfazer todos os desejos.

Lidar com o dinheiro é exercitar escolhas. Ao optar por uma compra, deixa-se de
empregar o recurso em outra. Como treino, a criança deve ser estimulada a
participar das decisões de escolha. A participação da criança no supermercado é
uma fonte de aprendizado, a começar pela observância da lista de compras,
introdutora da noção de planejamento. Os pais devem obedecer ao contido na lista
e, também, mencionar se algo está caro ou barato, sinalizando racionalidade nas
escolhas.

O momento certo de começar a mesada, segundo Cássia D´Aquino, é a partir dos 3


anos, quando a criança já entende a possibilidade de gastar, poupar ou ambas as
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coisas. Deve ser estimulada a idéia de fazer uma micropoupança em um cofrinho


para juntar até ter o suficiente para pequenos desejos de consumo (associar a
poupança a um objetivo). Dos 6 aos 10 anos, a semanada adquire um papel mais
didático e pode cobrir parte dos gastos da criança, como o lanche da escola. O valor
deve ser dado semanalmente para a facilitar a administração. A partir dos 11 anos, o
dinheiro já pode ser mensal.

O objetivo da mesada é aprender fazer planejamento financeiro. Deve ter um dia fixo
para o pagamento. A mesada não deve ser suspensa como punição para algum
comportamento inadequado. Há outras formas de punir, como cortar o tempo na
frente do “videogame”. A autonomia conferida pela mesada não significa carta
branca para qualquer tipo de gasto. Devem ser estabelecidas algumas regras,
principalmente quando seus filhos forem mais crescidos, de acordo com a idéia de
adequado, como não usar o dinheiro para comprar cigarros ou revistas
pornográficas. Erros fazem parte do aprendizado. Se a criança gastar logo o
dinheiro, não deve ser privada do lanche, mas deve ser evitada a verba extra. Ela
terá de levar um sanduíche de casa (Cláudia, São Paulo, out.2004, p. 200).

A falta de conhecimentos básicos é importante para um bom planejamento dos


gastos ou para evitar a decisão errada de investir ou de tomar um empréstimo, alerta
Cássia D’Aquino (Valor, São Paulo, 05 jan. 2005, p. D1). Lidar com o dinheiro é
fazer escolhas e saber as consequências dessas decisões. Adiar uma satisfação do
desejo exige uma perspectiva de longo prazo e muito treino. Quanto mais cedo se
aprende a lidar com o dinheiro, melhor. O descontrole de gastos é o motivo alegado
por 12% das pessoas incluídas na “lista negra” do Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), conforme pesquisa de nov.
2004. O principal motivo (50%) ainda é o desemprego do titular da dívida. O
desemprego por pessoa da família responde por 10% das causas da inadimplência.

Clientes mirins

As crianças passaram a gastar mais tempo com as compras e reduziram o tempo de


atividades como brincar, ver televisão e conversar com os pais. O tempo dedicado
pelas crianças às compras era de 1 hora e 52 minutos, em 1981, e elevou-se para 2
horas e 53 minutos, em 1997, de acordo com quadro exposto por Juliet Schor,
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americana, socióloga, especialista em tendência de consumo, autora do recém-


lançado livro “Born to buy” (“Nascido para comprar”). Nunca se vendeu tanto para
crianças de 4 a 12 anos, e elas passaram a ditar regras e a influenciar diretamente
suas compras e até as da família. Transformaram-se num dos elos mais importantes
estabelecidos entre o mercado e os lares: 40% das crianças urbanas identificam-se
com marcas de carros e pelo menos 30% dos pais consultam os filhos antes de
optar por um novo automóvel. Influenciam adultos na compra de eletrônicos e carros
e na escolha de hotéis. Cansados da rotina no trabalho e sem disposição para
enfrentar as pressões em casa, os pais muitas vezes cedem a todo e qualquer
pedido da garotada. O tempo dispensado pelas crianças para conversa em casa, ou
seja, de interação entre pais e filhos, caiu de 53 minutos, em 1981, para 35 minutos,
em 1997. Como os pais não dizem “não” para coisa alguma coisa, as consequências
tornam-se previsíveis, alerta Juliet Schor. No campo do comportamento, aumentam
os casos de violência nas escolas. Os garotos não sabem reconhecer o seu limite
individual. Meninos e meninas estão sofrendo disfunções como depressão,
ansiedade, baixa auto-estima e problemas psicossomáticos. No campo da saúde, a
liberalidade para a compra de doces, salgadinhos e refrigerantes agravou o
problema do peso e 25% dos jovens americanos estão acima do peso ou obesos
(“Cliente mirins”. Exame, São Paulo, n. 831, 24 nov. 2004, p. 122).

Autonomia

A criança não se relaciona diretamente com as responsabilidades da vida. Ela é


protegida pelos pais. A partir da adolescência, os pais, no entanto, precisam diminuir
gradualmente a proteção para conduzir o filho na direção da autonomia de seu viver.
O alvo da educação é a autonomia, ou seja, a possibilidade de o jovem ser capaz de
viver por conta própria uma vez terminada a adolescência. Essa autonomia traduz-
se na liberdade de viver e pressupõe a responsabilidade de governar sua própria
vida e de arcar com as conseqüências de suas escolhas. Ao chegar aos 17 ou 18
anos o jovem já tem condições de ficar sem a proteção dos pais em tudo.

Alguns pais dão proteção em demasia aos filhos e servem de anteparo para quase
todas as vicissitudes e sofrimentos inevitáveis da vida. Assumem e compartilham as
responsabilidades com os filhos. A conseqüência é os filhos continuarem
dependentes dos pais, mesmo após a adolescência.
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Mas não dá para culpar os pais pelos caminhos escolhidos por um adulto. Ao deixar
a adolescência, o ser humano torna-se livre para optar e para cuidar-se. Em
momentos difíceis, em qualquer idade, os pais podem colaborar com os filhos,
porém o apoio deve ser muito mais afetivo, de encorajamento e solidariedade.

Edson Cholbi Nascimento, Edinho, ex-goleiro, 34 anos, filho de Pelé, 64 anos, foi
acusado de envolvimento com drogas. Pelé se culpou por não ter-se dedicado mais
à educação dos filhos. Uma extensa agenda de compromissos roubou seu tempo de
dedicação aos filhos. Mas Edinho deve responder sozinho pelas suas escolhas na
vida como todo homem adulto, concluiu Rosely Sayão, psicóloga, autora de “Como
educar meu filho?” (Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 jun. 2005, Folha Equilíbrio, p.
12).

Bullying

É qualquer comportamento, mesmo em tom de brincadeira, capaz de intimidar,


ofender, agredir ou excluir. Crianças e jovens não refletem sobre a responsabilidade
de seus atos, palavras e condutas. Não conseguem ainda colocar-se no lugar do
outro. Os adultos precisam fazer a iniciação dos mais novos na vida em grupo e na
vida civil. Nas escolas, alunos convivem diariamente com o “bullying” e não sabem
como reagir. Muitos pais, conscientes do papel de iniciar os filhos nas relações
humanas, preocupam-se em instruir-lhes sobre como agir caso sejam vítimas do
“bullying”. Alguns pais não se comprometem com essa iniciação e simplesmente
consideram as crianças e os jovens de hoje sem senso de limites. Os adultos se
ausentam das relações da crianças e jovens com os outros e os casos de “bullying”
vêm ocorrendo com frequência, avalia Rosely Syão, psicóloga, autora de “Como
educar meu filho?”, São Paulo: Publifolha (Folha de S. Paulo, São Paulo, 19 maio
2005, Folha Equilíbrio, p. 12).

O aluno tímido e inseguro é, com mais frequência, vítima de “bullying” na escola (ser
zoado ou alvo de brincadeira de mau gosto ou chamado de apelido ofensivo). A
platéia dentro da classe ao rir do “bullying” só incentiva a atitude. A internet tornou-
se uma grande aliada do “bullying” por meio de “blogs” criados para azucrinar a vida
de um colega, de fofocas transmitidas por programas de mensagem e até mesmo do
“orkut”, assinala Cleo Fante, autora do livro “Fenômeno ‘bullying’: como prevenir a
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violência nas escolas e educar para a paz”. Vítimas de “bullying” se deparam com
fotografias, tiradas sem autorização, espalhadas pela rede com piadinhas, gozações
e até ameaças (Folha de S. Paulo, São Paulo, 20 jun. 2005, Folha Teen, p. 7).

Crianças gastadoras, pais cúmplices

A atual geração de crianças e adolescentes é a mais orientada ao consumo de toda


a história dos EUA. Essas crianças e adolescentes querem ser ricas (75%) e
famosas (61%). As grifes, segundo elas e eles, definem quem são e dão o seu
status social. Crianças podem reconhecer logomarcas aos 18 meses; antes do
segundo aniversário, estão pedindo coisas pelo nome das marcas; antes mesmo de
iniciar sua vida escolar, 25% delas já têm televisão no quarto, podem lembrar-se de
200 marcas e acumulam uma série sem precedentes de objetos, começando por 70
novos brinquedos por ano. As crianças de 10 anos têm em média 300 a 400 marcas
e logomarcas na memória. As crianças assistem a 40 mil comerciais na televisão por
ano e requisitam 3 mil produtos e serviços por ano. As crianças e os adolescentes
são considerados hoje pelos publicitários como o melhor caminho para chegar ao
bolso de seus pais. Atualmente, 80% das marcas globais têm uma estratégia
específica para crianças e adolescentes, observa Martin Lindstrom, um dos maiores
gurus do mundo publicitário. Os filhos influenciam os pais na decisão de compras.
Na compra de carros, 67% dos pais solicitam a opinião dos filhos. A exposição
excessiva a valores materiais está deixando as crianças mais depressivas, ansiosas
e muito acima de seu peso. Está prejudicando o bem-estar das crianças americanas,
conclui Juliet B. Schor, autora de “Born to buy” (EUA: Scribner Books) (Valor, São
Paulo, 21 jul. 2005, p. D6).

Artes

Na formação dos filhos, os pais devem considerar o papel das artes. A criança e o
jovem podem, por meio das artes, aprender de modo criativo o sentido da
concentração, da disciplina, do esforço e da organização, além de aguçar a
sensibilidade e aprender a valorizar o belo. Podem também entender, de modo mais
concreto, o quanto de tenacidade e perseverança é preciso para viver, observa
Rosely Sayão (Folha de S. Paulo, São Paulo, 04 ago. 2005, Folha Equilíbrio, p. 12).
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