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SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social

PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO

SERVIÇO DE PROTEÇÃO A ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE


MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO ABERTO

LIBERDADE ASSISTIDA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE

ITAPEVA
2021

Rua: Luiz Carriel, 90, Vila Ophélia – Centro - Itapeva/SP - CEP 18.400-812
Fone: (15)3521-4612 / (15)3521-1938
creas@itapeva.sp.gov.br
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social

MÁRIO SÉRGIO TASSINARI


PREFEITO MUNICIPAL DE ITAPEVA/SP

LUCICLÉIA DE SIQUEIRA RODRIGUES SCREINER


SECRETÁRIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

QUITÉRIA SILVA FERNANDES


GERENTE DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

CRISTIANE APARECIDA MOREIRA


COORDENADORA DO CREAS

FRANCIELE HELENA DA SILVA LIMA


ASSISTENTE SOCIAL
TÉCNICA DE REFERÊNCIA DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA

Rua: Luiz Carriel, 90, Vila Ophélia – Centro - Itapeva/SP - CEP 18.400-812
Fone: (15)3521-4612 / (15)3521-1938
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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico surgiu a partir das orientações da


Promotoria de Justiça de Itapeva e tudo o que está descrito neste documento conta com
a junção de esforços dos profissionais que atuam no Sistema de Garantia de Direitos do
município, junto aos adolescentes e jovens, que são público alvo das medidas
socioeducaticavas.
De acordo com os documentos norteadores da área, no serviço de medidas
socioeducativas o adolescente deve ser alvo de um conjunto de ações socioeducativas
que contribuam na sua formação, de modo que venha a ser um cidadão autônomo e
solidário, capaz de se relacionar melhor consigo mesmo, com os outros e com tudo que
integra a sua circunstância e sem reincidir na prática de atos infracionais.
Ele deve desenvolver a capacidade de tomar decisões fundamentadas, com
critérios para avaliar situações relacionadas ao interesse próprio e ao bem-comum,
aprendendo com a experiência acumulada individual e social, potencializando sua
competência pessoal, relacional, cognitiva e produtiva.
Entendendo isso, o principal objetivo desse documento é aliar noções teóricas do
tema, com a prática diária de trabalho no município de Itapeva/SP, de modo a oferecer
um serviço de fato efetivo e consistente.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................ 7

3 AÇÃO SOCIOEDUCATIVA ................................................................................... 8

3.1 Acolhida ................................................................................................................... 8


3.2 Elaboração do PIA .................................................................................................. 9
3.3 Encaminhamentos ................................................................................................... 9
3.4 Orientações .............................................................................................................. 10
3.5Atendimentos Individuais ....................................................................................... 10
3.6 Atendimetnos em Grupo ........................................................................................ 11

4 RECURSOS .............................................................................................................. 12

4.1 Físicos ....................................................................................................................... 12


4.2 Materiais .................................................................................................................. 12
4.3 Humanos .................................................................................................................. 12

5 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ................................................................. 13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 13

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1. INTRODUÇÃO

No Brasil, as medidas socioeducativas são regidas pelo Sistema Nacional


Socioeducativo - SINASE que é o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios, de
caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, que envolve desde o
processo de apuração de um ato infracional até a execução de medida socioeducativa.
Esse sistema nacional inclui os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem
como todos as políticas, planos, e programas específicos de atenção a esse público. Está
em concordância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e ambos
representam uma mudança de paradigma, onde ampliaram o compromisso e a
responsabilidade do Estado e da Sociedade Civil por soluções eficientes, eficazes e
efetivas para o sistema socioeducativo e asseguram aos adolescentes que infracionaram,
oportunidade de desenvolvimento e uma autêntica experiência de reconstrução de seu
projeto de vida.
Dessa forma, esses direitos estabelecidos em lei devem repercutir diretamente na
materialização de políticas públicas e sociais que incluam o adolescente em conflito
com a lei.
As medidas socioeducativas possuem em sua concepção básica uma natureza
sancionatória, vez que responsabilizam judicialmente os adolescentes, estabelecendo
restrições legais, mas sobretudo, devem possuir uma natureza sócio pedagógica, haja
vista que sua execução está condicionada à garantia de direitos e ao desenvolvimento de
ações educativas que visem à formação da cidadania.
Sua efetiva e consequente operacionalização estará condicionada à elaboração
do planejamento das ações (mensal, semestral, anual) e consequente monitoramento e
avaliação (de processo, impacto e resultado), a ser desenvolvido de modo compartilhado
(equipe institucional, adolescentes e famílias).
É fundamental que o adolescente ultrapasse a esfera espontânea de apreensão da
realidade para chegar à esfera crítica da realidade, assumindo conscientemente seu

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papel de sujeito. Contudo, esse processo de conscientização acontece no ato de ação-


reflexão.
A forma como o programa de atendimento socioeducativo organiza suas ações, a
postura dos profissionais, construída em bases éticas, frente às situações do dia-a-dia,
contribuirá para uma atitude cidadã do adolescente.
A ação socioeducativa deve respeitar as fases de desenvolvimento integral do
adolescente levando em consideração suas potencialidades, sua subjetividade, suas
capacidades e suas limitações, garantindo a particularização no seu acompanhamento.
A compreensão deve sempre anteceder a exigência. É preciso conhecer cada
adolescente e compreender seu potencial e seu estágio de crescimento pessoal e social.
Além disso, devem-se fazer exigências possíveis de serem realizadas pelos
adolescentes, respeitando sua condição peculiar e seus direitos.
A participação da família, da comunidade e das organizações da sociedade civil
voltadas a defesa dos direitos da criança e do adolescente na ação socioeducativa é
fundamental para a consecução dos objetivos da medida aplicada ao adolescente.
As ações e atividades devem ser programadas a partir da realidade familiar e
comunitária dos adolescentes para que em conjunto – programa de atendimento,
adolescentes e familiares – possam encontrar respostas e soluções mais aproximadas de
suas reais necessidades.
Tudo que é objetivo na formação do adolescente é extensivo à sua família.
Portanto, o protagonismo do adolescente não se dá fora das relações mais íntimas. Sua
cidadania não acontece plenamente se ele não estiver integrado à comunidade e
compartilhando suas conquistas com a sua família.

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2. DIAGNÓSTICO

Desde que o atendimento integral das medidas socioeducativas foi retomado, a


partir da segunda semana de setembro de 2021, seguindo orientação do Provimento do
TJSP, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS conseguiu
cadastrar 10 adolescentes que estão em acompanhamento.
Desses: 6 estão em Cumprimento de Prestação de Serviços a Comunidade, 3 em
Cumprimento de Liberdade Assistida e 1 com medida cumulada de PSC + LA e
correspondem ao perfil abaixo:

10
9
8
7
6
5 FEMININO
4 MASCULINO
3
2
1
0
SEXO

3.5
3
2.5 15 ANOS
2 16 ANOS
17 ANOS
1.5 18 ANOS
1 19 ANOS
20 ANOS
0.5
0
IDADE

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1ª MEDIDA
REINCIDENTE

3. AÇÃO SOCIOEDUCATIVA
3.1 ACOLHIDA

Tendo contato com as principais informações referentes ao adolescente a ser


acompanhado, a equipe deve agendar junto a ele e seus responsáveis uma data para que
possa ser realizada sua acolhida.
Durante a acolhida do adolescente e de sua família, os técnicos de referência do
Serviço de MSE em Meio Aberto devem orientá-los sobre aspectos como: a natureza e
os objetivos das medidas socioeducativas em meio aberto; os prazos do cumprimento da
medida; a situação jurídica do adolescente; os procedimentos técnicos e administrativos;
a dimensão pedagógica e de responsabilização da medida socioeducativa; a relação com
os órgãos de defesa de direitos.

O contato inicial do técnico com o adolescente e sua família pressupõe um


ambiente favorável ao diálogo que propicie a identificação de vulnerabilidades,
necessidades e interesses, contribuindo, assim, para o estabelecimento de vínculos de
confiança e para a criação das bases da construção conjunta do Plano de Atendimento
Individual – PIA.

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3.2 ELABRAÇÃO DO PIA

Após recebidos os despachos, a equipe tem o prazo processual de 15 dias, para


elaborar junto ao adolescente e sua família o PIA – Plano Individual de Atendimento.
O Plano Individual de Atendimento - PIA está previsto na Lei do SINASE, que
estabelece a obrigatoriedade de sua elaboração na execução das medidas
socioeducativas, definindo-o como “instrumento de previsão, registro e gestão das
atividades a serem desenvolvidas com o adolescente”.
Segundo o caderno de orientações ele deverá ser elaborado pelo técnico de
referência do Serviço de MSE em Meio Aberto e é um instrumento de planejamento que
deve ser pactuado entre o técnico e o adolescente envolvendo a sua família e as demais
políticas setoriais, conforme os objetivos e as metas consensuadas na sua elaboração.
Deve ser utilizado como ferramenta para a convergência das ações intersetoriais,
estabelecendo objetivos e metas a serem cumpridas pelo adolescente. Ressalta-se que os
pais ou responsável têm o dever de participar da elaboração e acompanhamento do PIA,
sendo passíveis de responsabilização administrativa.
Conforme os incisos do artigo 54 da Lei nº 12.594/12, devem constar no PIA, no
mínimo: I – os resultados da avaliação interdisciplinar; II – os objetivos declarados pelo
adolescente; III – a previsão de suas atividades de integração social e/ou capacitação
profissional; IV – atividades de integração e apoio à família; V – formas de participação
da família para o efetivo cumprimento do plano individual; e VI – as medidas
específicas de atenção à sua saúde.
No município atualmente, está sendo utilizado o modelo disponibilizado no
Sistema Estadual MSE WEB, sendo alimentado no sistema em complemento às
informações do Formulário Individual de Acompanhamento.

3.3 ENCAMINHAMENTOS

Durante o processo de construção do PIA, devem ser identificadas junto ao


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adolescente e sua família, todas as demandas de intervenção e necessidades


apresentadas, para que então seja feita uma articulação com a rede de serviços
disponível do município e realizado todos os encaminhamentos que forem necessários
de forma a contribuir com a ampliação das possibilidades e ressignificação na vida
desse adolescente e sua família.

3.4 ORIENTAÇÕES
A equipe técnica de referência do serviço de Medidas Socioeducativas, deve
estar sempre presente e atenta às atividades realizadas pelos adolescentes, bem como
com o compromisso que eles assumem ao fazerem parte do serviço, estando disponível
sempre que apresentem dúvidas ou sejam identificadas necessidades de orientações
diversas e adequações no serviço.

3.5 ATENDIMENTOS INDIVIDUAIS

No escopo dos atendimentos individuais, podemos destacar, conforme o caderno


de orientações o espaço da escuta, as visitas domiciliares e as visitas às instituições para
as quais foram encaminhados os adolescentes e suas famílias.

Os espaços de escuta devem ser realizados quando identificada a necessidade


pela equipe, ou quando solicitado pelo adolescente ou sua família e deve ser um espaço
de confiança que possibilite a construção de projetos de vida na perspectiva da garantia
do acesso à direitos.
Além disso, é imprescindível o estreitamento do vínculo entre o técnico de
referência e o adolescente e sua família para que os atendimentos sejam produtivos e
diminuam as possibilidades de descumprimento da medida socioeducativa pelo
adolescente.
As visitas domiciliares podem se constituir, em uma estratégia de
acompanhamento que proporcionará ao técnico outras formas de aproximação e de
sensibilização do adolescente e sua família, servindo ainda para complementar e
confirmar informações.
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O uso desse instrumental também possibilita ao técnico uma visão mais


abrangente da situação de vida do adolescente, de seus pais ou responsáveis e dos
demais membros da família, suas condições de moradia, dinâmica familiar e o contexto
comunitário que vivem.
Conforme consta no caderno de orientações técnicas, cabe ainda ao
acompanhamento individualizado o monitoramento da frequência e do desempenho
escolar, do acesso à saúde e da inserção e participação na aprendizagem/ cursos
profissionalizantes, nas atividades culturais, esportivas e de lazer, de acordo com os
objetivos estabelecidos no PIA.
Dessa forma, o técnico de referência do Serviço deve conhecer e acompanhar a
atuação e o desempenho de cada adolescente sob sua responsabilidade, intervindo
quando necessário e informando sobre o andamento das atividades nos relatórios
periódicos encaminhados à autoridade judiciária.
No entanto, convém reforçar que as atribuições do técnico de referência em
nenhum momento devem, significar invasão à privacidade, à individualidade e às
próprias escolhas dos adolescentes ou de suas famílias.

3.6 ATENDIMENTOS EM GRUPO


O atendimento em grupo precisa ser planejado em complementaridade ao
acompanhamento individual, atividade precípua do Serviço de MSE em Meio aberto. O
trabalho em grupo pode fazer parte do acompanhamento, de acordo com o caderno de
orientações técnicas, se constituindo em um instrumento com os seguintes objetivos:
• Possibilitar um espaço coletivo de reflexão sobre a realidade de vida do
adolescente em atendimento, considerando suas peculiaridades e conflitos;
• Constituir espaço de sociabilidade, que estimule as relações de solidariedade e
de solução de conflitos de forma não violenta;
• Possibilitar um espaço coletivo de reflexão sobre as responsabilidades do
adolescente em atendimento;
• Incentivar a inserção do adolescente na vida comunitária, ampliando as
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possibilidades de espaços de convivência e interação com outros grupos;


• Possibilitar um espaço de apoio e reflexão sobre relações e definição de papéis
familiares;
• Oportunizar o acesso à informação com relação às demandas individuais e
coletivas típicas da adolescência, como informações sobre sexualidade, preparação para
o trabalho, consumo de drogas, violência, relacionamentos afetivos, entre outros; e
• Possibilitar o fortalecimento de vínculos e estímulo ao cuidado mútuo.
No município, serão realizados grupos temáticos quinzenais, com os
adolescentes tanto da Liberdade Assistida, quanto da Prestação de Serviços à
Comunidade, paralelos às demais atividades que realizam nas respectivas medidas
socioeducativas.

4. RECURSOS

4.1 FÍSICOS
O CREAS deverá contar com uma estrutura mínima conforme definido nas
Orientações Técnicas do CREAS e Tipificação Nacional dos Serviços
Socioassistenciais da Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério da
Cidadania.
Atualmente contamos com recepção, sala para atendimento individual, sala para
atendimentos em grupo e cozinha onde são preparados e servidos os lanches.

4.2 MATERIAIS
Dentre os recursos materiais são necessários: computador com internet, telefone
fixo, celular, impressora, materiais pedagógicos para as atividades, carro, entre outros,
para que possibilitem os atendimentos do serviço.

4.3 HUMANOS
Para o pleno funcionamento do serviço de medidas socioeducativas, contará com

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uma Equipe de Referência contendo assistente social, psicólogo e educador social,


levando-se em conta as orientações da Resolução CNAS nº 17/2011 e NOB/RH-SUAS.

5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
A produção de informações sobre o acompanhamento de adolescentes e suas
famílias é imprescindível para a adequação e qualificação desse serviço. Essas
informações não apenas subsidiam a Gestão do SUAS a validar a Política
Socioassistencial para esse público, como também orientam o trabalho dos técnicos,
contribuindo com o registro dos atendimentos/acompanhamentos e fornecendo dados
qualificados sobre os adolescentes e suas famílias.
Até o momento, essa era uma lacuna dentro do serviço prestado no município,
onde mesmo com os instrumentais de monitoramento estaduais sendo preenchidos
regularmente, não se tinham registros mais aprofundados, nem dados mais completos
que possibilitassem uma maior compreensão do impacto do serviço e efetividade dos
atendimentos realizados.
Dessa forma, foram pensados alguns instrumentais de monitoramento e
avaliação, bem como o registro dessas informações no sistema MSE Web, que está
sendo alimentado pela equipe técnica, de forma a garantir melhor aproveitamento dos
dados levantados.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O modelo de Sistema Socioeducativo, com metodologia pedagógica, que se


deseja implantar não está pronto ou acabado, ele é diariamente criado na práxis do
trabalho cotidiano, por aqueles que são provocados constantemente a lidar com
questões inesperadas e vêem no seu trabalho a possibilidade de transformação na
realidade.
Elaborar um projeto pedagógico que tenha por base o diálogo, a participação e

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integração dos saberes daqueles que estão diretamente ligados trabalham com
responsabilidade e compromisso com cada sujeito envolvido.
Por isso, podemos dizer que uma das principais características do projeto político
pedagógico é ser aberto, sempre em construção, sem um fim, ou um término, mas
sempre sendo reavaliado e passível de mudanças, todas as vezes que forem necessárias,
de modo a garantir um acompanhamento digno e eficaz ao adolescentes, jovens e suas
famílias.

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