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São Luis/MA
2012
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GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO
ROSEANA SARNEY
DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
VÃNIA LÚCIA AROUCHA BRITO
DIRETORA TÉCNICA
RUTH MARY OLIVEIRA GONÇALVES
REVISÃO E AMPLIAÇÃO
EQUIPE TÉCNICA DA FUNAC
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 04
1 JUSTIFICATIVA..............................................................................................06
2 OBJETIVOS ...................................................................................................07
2.1 Geral ..............................................................................................................07
2.2 Específicos ...................................................................................................07
3- CONCEPÇÃO DE ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA........09
3.1 Natureza das Medidas Socioeducativas.....................................................11
4 FUNDAMENTOS TEÓRICOS NORTEADORES DA AÇÃO
SOCIOEDUCATIVA .................................................................................................13
5. PRINCÍPIOSTEÓRICOS NORTEADORES DA AÇÃO.................................18
6 PARÂMETROS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA - Eixos Operacionais.....20
6.1 Educação........................................................................................................20
6.1.1 Educação Básica............................................................................................22
6.1.1.1Escolarização.................................................................................................24
6.1.2Profissionalização.............................................................................................29
6.2 Cultura, Esporte e Lazer................................................................................29
6.3 A arte como Princípio Formativo.....................................................................30
6.4 Assistência a Espiritualidade..........................................................................30
6.5Assistência a Saúde............................................................................................31
6.6Segurança ..........................................................................................................32
6.7 Atendimento às Famílias.................................................................................34
7 PRINCÍPIOS DA INCOMPLETUDE INSTITUCIONAL...................................35
8 METODOLOGIA DE GESTÃO.......................................................................36
9 RECURSOS HUMANOS................................................................................37
10 SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ......................................40
REFERÊNCIAS.......................................................................................................42
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APRESENTAÇÃO
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Nessa perspectiva, o Projeto Político Pedagógico se constitui um instrumento
teórico-metodológico a ser (re)construído, socializado e
implementadocotidianamente nas unidades de atendimento, visando contribuir com
maior eficiência e eficácia na execução das medidas socioeducativas.
Para tanto, convocamos todos os servidores da FUNAC a tornar realidade
esta diretriz de forma a garantir a proteção integral de que são destinatários os
adolescentes atendidos por esta Fundação, o que só será possível com a efetiva
participação e compromisso da comunidade socioeducativa.
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1. JUSTIFICATIVA
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
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Desenvolver o processo de mobilização e sensibilização de órgãos públicos
visando a parcerias e inserção dos egressos de internação no mercado de
trabalho;
Garantir acompanhamento e encaminhamento sistemático do público egresso da
medida de internação aos benefícios e demais ações das políticas públicas
tendo em vista a diminuição de reincidência;
Articular junto à secretaria de saúde visando garantir o atendimento de saúde
segundo a Portaria Interministerial MS/SEDH/SPM nº 1.426 de 14/07/2004 e a
Portaria de Atenção à Saúde nº 340 de 14/07/2004 que estabelecem normas
para operacionalização de saúde dos adolescentes em conflito com a lei, em
regime de internação e internação provisória masculina e feminina;
Agilizar os procedimentos jurídicos junto dos órgãos competentes a fim de
garantir o cumprimento da medida dentro do prazo determinado pelo ECA;
Assegurar ao adolescente autor de ato infracional o acesso a atividades culturais
de caráter educativo que possibilite mudanças de atitudes e comportamento e,
sobretudo que contribua para a construção de projeto de vida.
Proporcionar um processo de formação contínua do corpo funcional das
Unidades, instrumentalizando a prática dialogada, critica participativa,
democrática, criativa, contextualizada e voltada para a construção de
aprendizagem significativa, tendo como referência os procedimentos da Política
de Proteção Institucional sob a articulação da Divisão de Capacitação.
Garantir uma ação socioeducativa através do atendimento personalizado,
individual e em pequenos grupos, favorecendo o desenvolvimento da auto-
estima, o protagonismo juvenil e o resgate dos vínculos afetivos familiares e
comunitários.
Acompanhar sistematicamente as famílias dos adolescentes em cumprimento de
medidas privativa de liberdade por meio de ações e atividades que favoreçam a
participação ativa e qualitativa da família no processo sócioeducativo
possibilitando o fortalecimento dos vínculos familiares.
Articular as políticas públicas de educação, saúde, trabalho, previdência social,
assistência social, cultura, esporte, lazer com propósito de garantir a inclusão de
adolescentes e famílias.
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3- CONCEPÇÃO DE ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA
Conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, o adolescente é
concebido como pessoa em processo de desenvolvimento, sujeito de direito e
destinatário de proteção integral. Nessa condição, de pessoa em processo de
desenvolvimento, cabe ao órgão responsável pela operacionalização das medidas, a
missão de protegê-lo, cujo processo se dá a partir de um conjunto de ações que,
propicia a educação formal, a profissionalização, saúde e demais direitos
assegurados legalmente. Esta legislação restringe a fase da adolescência entre os
12 e 18 anos de idade.
Compreende-se ainda adolescência como uma fase de transição da infância
para a vida adulta, momento em que o indivíduo molda a sua identidade, faz suas
escolhas, e se prepara para o ingresso do mundo adulto, podendo-se afirmar que a
adolescência é um período de constantes transformações no corpo, na mente e na
vida social. Com todas essas mudanças, é natural que os adolescentes sintam-se
angustiados e não saibam lidar com tais transformações. Assim, é importante que os
adultos compreendam com clareza estas mudanças, para não tratar pequenos
eventos como grandes problemas ou recriminar o adolescente por atos e fatos que
não dependem do seu controle. Nesse período é importante que os familiares e
profissionais contribuam para o fortalecimento da auto-estima do adolescente,
afirmando que a beleza não está relacionada única e exclusivamente às
características físicas, mas principalmente aos sentimentos e ao caráter das
pessoas.
Quanto às transformações sociais, acontecem das mais diversas maneiras,
influenciadas por uma série de variáveis: culturais, estruturais, familiar, condição
sócio-econômica, entre outras. Todos esses fatores determinam formas distintas de
vivenciar a adolescência, uma vez que a construção da identidade é pessoal e
social, acontecendo através de troca entre o indivíduo e o meio em que está
inserido.
Sua condição de sujeito de direito, implica considerar o seu protagonismo
ativo nos processos decisórios que diz respeito ao seu projeto de vida, garantindo
assim o respeito à sua autonomia, no contexto do cumprimento das normas legais.
O adolescente autor de ato infracional como é ser eminentemente social, tem
o seu desenvolvimento constituído nas e pelas relações sociais. Nesse sentido,
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acredita-se na possibilidade de mudança daquele adolescente cuja sociedade insiste
em dizer que não há jeito para si. Parafraseando Costa (2006):
Um ato infracional cometido por adolescente por mais grave que seja,
nunca é o todo de um ser humano. Haverá sempre além das dificuldades
especifica outras dimensões a serem trabalhadas... Será necessário
descobrir neste adolescente aptidão e capacidades que apenas um
balanço criterioso e sensível permitirá despertar e desenvolver.
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sujeito de direito, pessoa em condição peculiar de desenvolvimento e
conseqüentemente todos os direitos inerente a pessoa humana.
Percebe-se que no geral o ato infracional cometido por adolescentes oriundos
de famílias vulnerabilizadas, dar-se-á pela precariedade das condições sócio-
econômicas, desprovidas de expectativas educacionais e de inserção no mundo do
trabalho. Muitas vezes, vítimas de agressão física, da violência sexual, da
discriminação, cuja organização familiar, normalmente apresenta-se com relações
conflituosas onde a carência afetiva e material fazem com que ingressem no mundo
da droga, do crime e da violência, conforme, enfatiza Costa (2006,p.24):
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motivador, inovador, incentivador da participação, da formação humana, da
criatividade, da cooperação, do diálogo, da iniciativa pessoal e coletiva.
Nesse contexto, a ação socioeducativa do presente projeto, está
consubstanciado na Pedagogia da Presença e na Pedagogia Amigoniana.
A primeira está baseada no ideário do educador Antonio Carlos Gomes da
Costa, cuja orientação básica desta pedagogia é resgatar o que há de positivo na
conduta dos jovens em dificuldades, sem rotulá-los, nem classificá-los em categorias
baseadas apenas nas suas deficiências, ajudando a vencerem as dificuldades
pessoais e a reconciliarem-se consigo mesmo e com os outros, condição necessária
para mudança de sua forma de inserção na sociedade. Para o autor “Fazer-se
presente na vida do educando é o dado fundamental da ação educativa dirigida ao
adolescente em situação de dificuldade pessoal e social. A presença é o conceito
central, o instrumento-chave e o objetivo maior desta pedagogia (Costa,2001.p 23).
Nesta concepção, a função essencial e permanente do educador é :
comunicar ao jovem, elementos capazes de permitir-lhe compreender-se e aceitar-
se e compreender e aceitar os demais, reafirmando assim, a finalidade maior do
processo educacional, inclusive daqueles privados de liberdade, que deve ser a
formação para a cidadania. O referido autor enfatiza que a pedagogia da presença:
“convoca para a ação a pessoa humana, o educador e o cidadão. E é nesta ultima
condição que cabe ao educador empenhar-se também no sentido daquelas
mudanças amplas e profundas, tendo como horizontes de seus esforços a historia
de seu povo” (2001,p. 37).
Nesse aspecto o autor chama a atenção para a importância do compromisso
político que deve ser assumido pelo educador. Nessa perspectiva o autor ressalta
que:
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Estruturação no programa dos espaços de comunicação e de participação de
todos os membros;
Construção e desenvolvimento da rotina pedagógica, atividades e projetos a
desenvolver dentro e fora da instituição,
Acompanhamento a família;
Elaboração e delineamento de abordagens intereducativas sócio-
terapêuticas, de acordo com as características da população;
Estruturação da rotina pedagógica;
Realização de programas paralelos que se assemelhem á vida cotidiana, tais
como; escola, oficinas profissionalizantes, celebração de datas especiais e
atividades externas;
Estruturação de atividades de projeção e saídas da instituição;
Seleção e capacitação de pessoal de forma continua.
È importante lembrar que, a influência da pedagogia amigoniana no Brasil
data de 1977, trazida por religiosos provenientes da Colômbia, pais em que essa
experiência havia dado certo. Hoje no Brasil, são duas as instituições citadas como
referências no atendimento socioeducativo, uma situada em Belo Horizonte e a outra
em Brasília. A exemplo de outros Estados, a FUNAC, está considerando estas
contribuições para o redimensionamento de suas ações socioeducativas no âmbito
de suas unidades de atendimento.
Da mesma forma a Pedagogia da Presença, vem se constituindo referencia
no trabalho desenvolvido com adolescentes autores de atos infracionais,
conquistando cada vez mais espaço entre os profissionais envolvidos no trabalho
socioeducativo. O autor, quando consultor do MEC, elaborou os Parâmetros
Curriculares da ação socioeducativa, uma importante contribuição para a melhoria
do trabalho socioeducativo.
Ambas correntes compartilham da mesma visão de mundo, de homem e de
educação. Acreditam na possibilidade de construção de um mundo justo, igualitário,
onde todos possam conviver sem preconceito de origem, raça, cor, idade e qualquer
outra forma de discriminação.
Estas partem de uma concepção humanista de homem, considerando-o como
agente de transformação e como um ser capaz de se transformar, construir novas
relações sociais e materiais com capacidade de desenvolver-se de forma autônoma,
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solidaria, crítica e reflexiva acerca da realidade.
Concebem a educação, como um dos mecanismos principais de
desenvolvimento humano em seus aspectos pessoal, produtivo e cognitivo,
preparando o individuo também, para sua inserção no mundo do trabalho de forma
qualificada e com condições de participar de forma positiva na construção de uma
sociedade onde todos tenham acesso aos bens e serviços na garantia da cidadania.
Portanto, é papel da educação preparar o homem para a vida.
Ressalta-se que Práticas Restaurativas e a Política de Proteção Institucional
constituem elementos que também fundamentarão as ações destinadas aos
adolescente em cumprimento de medida socioeducativa privativa e restritiva de
liberdade atendidos pela FUNAC.
As práticas restaurativas, consubstanciadas nas normativas nacionais e
internacionais, atinentes ao trato com adolescente autor de ato infracional, visam
criar na comunidade socioeducativa um ambiente seguro, protetor e
instrumentalizado com ferramentas restaurativas, baseado no respeito mútuo e na
cultura da paz.
Já a Política de Proteção no espaço institucional tem como finalidade garantir
um ambiente protetivo aos adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa, capaz de resguardar os direitos garantidos nas normativas, em um
ambiente democrático, participativo e de respeito aos direitos humanos.
Atendendo, ainda, as diretrizes pedagógicas do SINASE, na execução das
medidas socioeducativas, adota-se como estratégia de atendimento ao adolescente
três fases, a saber:
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c) Fase conclusiva: período em que o adolescente deve apresentar
clareza e conscientização das metas conquistadas em seu processo
socioeducativo.
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impõe mudanças significativas na metodologia de atendimento, estabelece a
prevalência de um processo socioeducativo em que o adolescente em cumprimento
de medida seja respeitado na sua dignidade como pessoa humana e estimulado a
desenvolver sua criatividade e potencialidades.
Essa etapa de responsabilização inaugurada pelo ECA, coloca a necessidade
da construção de diretrizes pedagógicas para o atendimento ao adolescente em
conflito com a lei, o que é contemplado com os parâmetros do Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo- SINASE, publicado em junho 2006.
Com base nas diretrizes e orientações definidas pelo Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo - SINASE, a proposta educativa da Fundação da
Criança e do Adolescente está fundamentada nos seguintes princípios:
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e no acompanhamento do desenvolvimento pessoal e social do adolescente.
Fortalecimento do núcleo familiar por meio do resgate e o fortalecimento dos
laços afetivos;
Trabalho pautado pelo princípio da incompletude institucional, visando
complementação das ações e responsabilidades dos órgãos de natureza pública
que deve ser viabilizado por articulações permanentes;
Prática de atendimento, individual e coletivo de acordo com as necessidades dos
adolescentes em cumprimento de medidas.
Atendimento eminentemente de caráter pedagógico voltado a ressignificação de
valores.
Formação continuada dos profissionais através de ações que sejam pertinentes
ao trabalho socioeducativo,voltado para o desenvolvimento das competências
pessoais, sociais, produtivas e cognitivas dos adolescentes;
Respeito ao devido processo legal para o adolescente acusado de prática de ato
infracional;
Atendimento especializado para adolescentes com deficiência e saúde mental;
Ênfase no trabalho coletivo com embasamento teórico que possibilite a
compreensão dos desafios a serem enfrentados;
Gestão democrática e participativa.
6. 1 Educação
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Nessa perspectiva, definir objetivos claros no âmbito da educação é definir
prioridade, pois historicamente a educação sempre visou à formação humana.
Portanto, constitui-se em um dos fenômenos próprios do ser humano.
Assim sendo, a definição dos objetivos educacionais depende das prioridades
dadas pelas circunstancias em que se desenvolve o processo educativo. Logo, a
compreensão da natureza da educação passa pela compreensão das necessidades
do ser humano.
A educação é uma prática social que tem como uma de suas finalidades
inserir os sujeitos no universo social e cultural, envolvendo, mais diretamente, os
aspectos simbólicos da existência humana. Ela trabalha, fundamentalmente, com
conceitos e valores.
Em face dessa constatação, a educação se constitui em um processo
permanente com o qual todos nós estamos envolvidos na medida em que permeia
todos os espaços. Portanto, não há uma única forma e nem um único modelo de
educação, assim como a escola não é o único espaço, nem o professor o único
praticante.
Entretanto, existe um espaço que por sua especificidade se diferencia dos
demais espaços: a escola e, consequentemente, a sala de aula. A existência desse
espaço se caracteriza pela necessidade da transmissão e produção do
conhecimento sistematizado, pois toda ação educativa nesse espaço se dirige a um
ser humano singular, o educando, e é dirigida por outro ser humano singular, o
educador, em condições também singulares. Assim sendo, concorda-se com Saviani
(2005 p.13), ao enfatizar que: o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade.
Sobre a educação formal, o ECA enfatiza que:
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humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. E em seu
currículo deve estar incluso, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das
crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz o ECA.
Considerando o Ensino Médio como ultima etapa da Educação Básica, tem
como uma de suas finalidades a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. Deve
adotar, ainda, metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos
estudantes.
Já a Educação de Jovens e Adultos, é destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria,
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames. Os exames deverão ser realizados no nível de
conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos, e no nível de
conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. No exame, devem ser
considerados também os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos
por meios informais.
Nessa direção, as contribuições teóricas e metodológicas de alguns
educadores brasileiros, a exemplo de Paulo Freire, podem ajudar na compreensão
do trabalho socioeducativo, em função da especificidade e complexidade do publico
atendido. Interessante, observar o que Freire (1997), diz sobre o ato educativo:
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atualmente, devem contemplar os adolescentes da medida cautelar.
As unidades de internação e internação provisória, por sua vez,
disponibilizarão o espaço para funcionamento das salas de aula e se
responsabilizarão pela solicitação das matrículas à escola; solicitação, aos pais e/ou
responsáveis, de documentos necessários para compor o dossiê escolar; formação
das turmas, observando critérios de segurança; e material escolar básico como
caderno, lápis, etc. quando não for disponibilizado para os determinados níveis ou
modalidade de ensino.
Assim, o estado ou município, através das Secretarias de Educação e da
escola pertencente ao entorno das unidades, deverá oferecer, ainda: igualdade de
atendimento em relação àqueles que fazem uso regular da escola; efetivação da
matrícula de todos os socioeducandos; quadro de professores com perfil adequado
ao público; serviços administrativos e pedagógicos, como documentação,
supervisão, apoio pedagógico, avaliação e participação em conselhos; material
didático (livros e demais materiais oferecidos aos alunos que não cumprem medida
socioeducativa); participação em eventos escolares; dentre outros que forem
pertinentes.
No que diz respeito à qualidade do ensino, é imprescindível a realização
periódica de reuniões sistemáticas entre escola e unidades a fim de que sejam
discutidos: proposta pedagógica, política adotada pela Secretaria de Educação
responsável, planejamento, avaliação da comunidade escolar, procedimentos a
serem adotados pelos envolvidos na ação educativa, formação e participação de
representantes dos adolescentes e de toda a equipe educativa em conselho escolar;
etc.
A estrutura e organização atual do ensino público, considerando aspectos
como, por exemplo: carga-horária, questões curriculares e demais especificidades,
também devem ser alvo de análise a fim de que se adéquem à realidade do
atendimento socioeducativo.
No tocante aos conteúdos a serem executados, estes deverão estar em
acordo com as determinações nacionais para cada nível de ensino, dentre elas os
Parâmetros Curriculares Nacionais e demais Diretrizes Nacionais, além da Proposta
Estadual ou Municipal de Educação correspondente à cada nível ou modalidade.
Ressalta-se que o seguimento de tais referenciais não exclui a consideração da
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realidade exposta pelo público ao qual se destina o presente projeto, devendo ser
construídas as adequações sob forma de registro documental, seguidas das devidas
regulamentações legais.
Os princípios da interdisciplinaridade e transversalidade também estão
subjacentes às ações pedagógicas a serem desenvolvidas, o que só reafirma a
importância da articulação não apenas das áreas de conhecimento, mas das
atividades planejadas pelos vários profissionais do Centro e, portanto, de todos os
sujeitos envolvidos nas mesmas.
A difusão de temáticas que não estão necessariamente ligadas a uma única
área de conhecimento, como por exemplo: ética e respeito, orientação sexual, temas
locais, dentre outros que se fizerem necessários no decorrer da prática pedagógica,
fundamenta a opção de trabalho com temas transversais.
Sobre a transversalidade, os Parâmetros Curriculares Nacionais da
Educação, afirmam que:
Por tratarem de questões sociais, os Temas Transversais têm natureza
diferente das áreas convencionais. Sua complexidade faz com que
nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao
contrário, a problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes
campos do conhecimento... Diante disso optou-se por integrá-las no
currículo por meio do que se chama de transversalidade: pretende-se que
esses temas integrem as áreas convencionais de forma a estarem
presentes em todas elas, relacionando-as às questões da atualidade (PCN)
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Esses profissionais deverão ser lotados por formação correspondente a cada
área de conhecimento, bem como possuir perfil para o atendimento socioeducativo
como descrito no documento “Perfil de Professores”, o qual foi resultado de
construção coletiva dos envolvidos na escolarização das medidas.
Cabe, portanto, aos professores, planejar as atividades afins, utilizando-se de
materiais didáticos diversificados que estimulem os adolescentes e favoreça o
processo de ensino-aprendizagem dentro das unidades de atendimento.
Caberá aos pedagogos das unidades, acompanhar, monitorar e avaliar a
evolução de cada educando na escolarização, através de reuniões sistemáticas com
professores, direção geral da escola e das unidades, bem como auxiliar os
professores nas questões pedagógicas.
Deverá ainda ser facilitado o acesso a bibliotecas estruturadas com apoio das
Secretarias de Educação ou outros no intuito de incentivar o hábito pela leitura
transformadora.
Quanto à formação continuada dos professores é de responsabilidade das
secretarias de educação, em conjunto com a FUNAC e ou outras instituições,
promover momentos formativos acerca de temáticas necessárias ao fazer educativo
nas unidades.
6.1.2 Profissionalização
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educandos, vocações locais, demandas do mercado de trabalho, condições físicas e
materiais da instituição.
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6.3 A arte como Princípio Formativo
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atua como instrumento do processo de mudança e crescimento humano e espiritual
do educando. Diante desse entendimento os adolescentes e jovens terão o direito
de cumprir os preceitos de sua religião, participar de cultos, ter em seu poder livros
ou objetos de culto ou instrução religiosa, de acordo com seus credos.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso (1998),
tem com objetivo a valorização da diversidade cultural presente na sociedade, além
de facilitar a compreensão das formas que exprimem o transcendente na superação
da finitude humana e que determinam, subjacente, o processo histórico da
humanidade. Alem disso, possibilita ainda, o esclarecimento sobre o direito a
diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade de culto o seu
valor inalienável.
O atendimento religioso será realizado em parceria com as instituições
religiosas, as quais deverão apresentar suas propostas de trabalho a fim de serem
acompanhadas pela equipe técnica das unidades.
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outros espaços da rede de atenção á saúde, conforme a lei de nº10216/2001, para
que as ações previstas nesse Projeto possam se efetivar, considerando que no
contexto das Unidades constata-se um número significativo de adolescentes e
jovens que apresentam problemas de saúde, sendo os mais citados:
Doenças infecto-contagiosas e parasitárias, sendo mais freqüentes a
escabiose;
Doenças sexualmente transmissíveis;
Distúrbios psicossociais (de aprendizagem, baixa auto-estima);
Problemas odontológicos.
É importante, pois, promover espaços que propiciem a participação e trocas
de experiências, além de garantir atendimento de casos mais complexos através da
rede de referencia municipal e estadual de saúde.
Além dos atendimentos médicos, odontológicos e campanhas de vacinação,
mensalmente os adolescentes deverão participar de oficinas temáticas que
favoreçam a vivência, a discussão e a reflexão coletiva sobre os seguintes temas:
Corpo e auto cuidado;
Auto-estima e auto-conhecimento;
Relações de gênero;
Relações étnico-raciais;
Cultura da paz;
Relacionamentos sociais: família, escola, turma, namoro;
Prevenção ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas;
Violência doméstica e social, com recorte de gênero;
Violência e abuso sexual, com recorte de gênero;
Alimentação, nutrição e modos de vida saudável;
Desenvolvimento de habilidades: negociação, comunicação, resolução de
conflitos, tomada de decisão.
prevenção e tratamento de DST e AIDS,
saúde sexual e reprodutiva
saúde bucal
saúde mental.
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regional e nacional das diversas instituições envolvidas na promoção, proteção e
recuperação da saúde dos adolescentes.
6.6 Segurança
As unidades de atendimento da Funac serão norteados por um Plano de
Segurança Institucional, interno e externo, a ser elaborado juntamente com a
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Polícia Militar, conforme determina o
SINASE, visando garantir a segurança de todos que se encontram no atendimento
socioeducativo.
Investir na prevenção e gerenciamento das situações-limite (brigas, fugas,
motins, rebelião, quebradeiras, agressões, incêndio, invasões, dentre outros);
orientar as ações do cotidiano; solucionar e gerenciar as situações mencionadas,
constituem ações a serem contempladas no referido Plano.
Outro aspecto relevante diz respeito à adoção de medidas que considerem os
três níveis de riscos para a integridade física, psicológica e moral dos adolescentes,
a saber: o relacionamento dos adolescentes com os profissionais, entre os
adolescentes e entre adolescente e a realidade externa, como orienta o SINASE.
Junto a isso, a constante comunicação (informação, discussão, dentre outros) com
toda a comunidade socioeducativa proporcionará melhor desempenho dos
trabalhos, além de contribuir para a diminuição das situações de conflito.
Vale ressaltar que as Unidades adotarão práticas restaurativas (círculos de
paz) como ferramenta de trabalho que contribui na resolução dos conflitos e na
implantação da cultura de paz, bem como os princípios da Política de Proteção no
Espaço Institucional, proporcionando um espaço seguro para a comunidade
socioeducativa.
Para assegurar a tranquilidade do trabalho educativo nas unidades de
cumprimento de medidas se investirá ainda na segurança externa para diminuir os
riscos de invasão e evasões, devendo a mesma ser diuturna, realizada sob a
responsabilidade do Estado através do órgão competente, a Secretaria de
Segurança Pública, a quem cabe promover a segurança através de agentes com
preparo ético e técnico-profissional para desempenhar a função.
As Unidades deverão ser dotadas de estrutura física arquitetônica que
satisfaça as condições de habitabilidade, com estruturação de espaços para o
33
desenvolvimento de um cotidiano educativo, em conformidade com o SINASE.
35
O ECA determina em seu artigo 4º(1990), que: É dever da família, da
comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes á vida, á saúde, a alimentação, á
educação, ao esporte, ao laser, a profissionalização, á cultura, á dignidade, ao
respeito, á liberdade e á convivência familiar e comunitária. Tarefa essa, que
demanda a efetiva participação dos sistemas e políticas de educação, saúde,
trabalho, previdência social, assistência social, cultura, esporte, lazer, segurança
pública, entre outras, para e efetivação da proteção integral de que são destinatários
os adolescentes.
Segundo o SINASE, a incompletude institucional é um principio fundamental
norteador de todo o direito da adolescência que deve permear a pratica dos
programas socioeducativos e da rede de serviços.
Dessa forma, a FUNAC promoverá a articulação no âmbito dos órgãos
gestores das Políticas Públicas e do Sistema de Garantia de Direitos, no sentido de
viabilizar os serviços e os materiais indispensáveis à garantia de direitos dos
adolescentes em cumprimento de medidas.
Para tanto, a Política Pública destinada a inclusão dos adolescentes em
cumprimento de medida deste Estado, deverá acontecer de forma articulada nos
diferentes órgãos, através dos termos de compromisso.
8 METODOLOGIA DE GESTÃO
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Os diretores de unidades por sua vez, promoverão encontros sistemáticos de
trabalho para encaminhamento do atendimento socioeducativo e demais
procedimentos que dizem respeito ao adolescente e a atuação dos profissionais
junto aos mesmos.
Com base nessa fundamentação a FUNAC, por meio das unidades de
atendimento, realizará suas ações a partir dos seguintes procedimentos
metodológicos:
Formulação de manual de funções, contendo a descrição das funções e
competências dos profissionais que compõem a equipe de trabalho;
Formulação do Manual de Normas e Procedimentos dos Servidores;
Definição de Normas e Procedimentos dos adolescentes (Manual do
Adolescente);
Formação do Conselho Pedagógico, espaço democrático para tomada de
decisões compostas por representantes da direção das Unidades, equipe
técnica, auxiliares técnicos pedagógicos e outros;
Elaboração e acompanhamento do plano individual de atendimento –PIA;
Desenvolvimento de estudo de caso;
Estudos sociais que subsidiam os relatórios psicossociais encaminhados aos
juízes de comarcas;
Registro das ações desenvolvidas e consolidação de relatórios com dados
qualitativos e estatísticos;
Monitoramento e avaliação das ações.
9 RECURSOS HUMANOS
O trabalho socioeducativo será desenvolvido na perspectiva da
interdisciplinaridade, embora com funções, atribuições e responsabilidades
diferenciadas, porém com o mesmo fim, ou seja, execução da medida
socioeducativa de cada adolescente. Todos os profissionais da Instituição, sem
exceção, são educadores e, como tal, devem pautar seu comportamento de
permanentes aprendizes.
A equipe socioeducativa das Unidades será composta por profissionais com
perfis e habilidades específicas para atuação no sistema socioeducativo, onde cada
um em sua área de atuação, seja capaz de interagir com os adolescentes,
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pautando-se nos princípios dos direitos humanos definidos no SINASE.
Todos os profissionais que farão parte do atendimento deverão passar por um
processo seletivo, preferencialmente concurso público, conforme determinação do
SINASE e Resolução Nº 07/2007, do Conselho da Criança e do Adolescente –
CEDCA/MA, e as recomendações dos procedimentos da Política de Proteção
Institucional da FUNAC.
A equipe de profissionais de nível superior para o atendimento de 40
adolescentes será composta por: Diretor, Coordenador Técnico, Coordenador
Pedagógico, Assistentes Sociais, Psicólogos, Pedagogo, Advogado, Terapeuta
Ocupacional, Enfermeiro, Educador Físico e Socioeducadores.
A função de Socioeducador tem as suas especificidades e particularidades,
por atuar com um público exclusivo: adolescente em conflito com a lei. O SINASE
apresenta algumas atribuições desse funcionário, quais sejam: desenvolver
atividades relativas à preservação da integridade física e psicológica dos
adolescentes e funcionários; e atividades pedagógicas específicas.
A quantidade de profissionais das unidades será proporcional à capacidade
de adolescentes. Para tanto, é imprescindível ter como fundamento organizacional
dos recursos humanos o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.
A equipe de profissionais de nível médio é formada por: Agentes de
Segurança, Instrutor de Informática, Artesanato, Cerâmica, Horticultura, Hip Hop,
Auxiliar de Consultório Dentário, Auxiliares de Enfermagem, Auxiliares
Administrativos e Recepcionistas.
Para a composição dos funcionários de nível fundamental são necessários os
seguintes profissionais: Vigilantes, Cozinheiras, Almoxarifes, Auxiliares de Serviços
Gerais, entre outros, caso seja requisitado.
Já os cargos em comissão deverão ser ocupados por profissionais de nível
médio e superior, preferencialmente, com conhecimento e experiência na área da
infância e juventude.
Toda a comunidade socioeducativa atuará no sentido de prevalecer o caráter
sócio-pedagógico em detrimento do caráter corretivo/repressor, de forma que o
respeito mútuo e a disciplina sejam peças-chaves no desenvolvimento das
atividades. Nesse sentido, os documentos como Regimento Interno, Manual de
Funções, Manual do Adolescente e Manual de Segurança serão seguidos por todos,
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sem nenhuma restrição, somente dessa maneira é possível que todos sejam
capazes de atuarem com a mesma linguagem.
Portanto, as capacitações e formações constituem-se em mecanismos de
suma importância no processo socioeducativo. Estas deverão ser realizadas tanto
pelo Núcleo de Capacitação da Fundação da Criança e do Adolescente, como por
instituições credenciadas para esse fim.
As ações formativas seguirão as seguintes etapas: capacitação introdutória,
específico para os profissionais que irão ingressar no atendimento socioeducativo;
formação continuada, destinada para o aperfeiçoamento contínuo dos funcionários,
e supervisão externa, coordenadas por especialistas extra-institucionais que fazem
parte dos órgãos de controle externo, com vistas à promoção dos princípios ético-
políticos da comunidade socioeducativa, conforme determina o SINASE.
Além dessas ações, todos os funcionários deverão ser submetidos a cada
três mêses a treinamentos práticos de segurança combate a incêndio e a prestação
de atendimento de primeiros socorros, em consonância com o SINASE. Para tanto,
as unidades deverão dispor dos equipamentos para esse tipo de intervenção caso
seja necessário.
Outra ação importante para a capacitação dos profissionais, diz respeito ao
treinamento sistemático para atuar com eficiência e eficácia nas situações-limites do
atendimento, o que envolve técnicas de abordagem, técnicas de negociação, entre
outras.
Caso o profissional não se adéque as normas estabelecidas pela instituição,
este deverá ser imediatamente substituído por outro, e, portanto, este último,
passará por todo o processo seletivo e formativo.
Os profissionais que atuam na FUNAC contarão também com as ações do
Projeto “CuidarPara Melhor Cuidar” que visa contribuir para a promoção da vida e da
qualidade emocional dos servidores/cuidadores , por meio da operacionalização de
técnicas de resgate e reforço da alta auto-estima como estímulo ao reconhecimento
de seus recursos pessoais e raízes culturais enquanto instrumentos de
transformação pessoal, social e de fortalecimento dos vínculos de pertencimento
familiar e comunitário.
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10 SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
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dos adolescentes, educadores e famílias.
Os resultados obtidos serão registrados em instrumentais próprios, e servirão
de base para a tomada de decisão do órgão gestor, a Fundação da Criança e do
Adolescente, identificando possibilidades e os obstáculos a enfrentar.
Neste processo de monitoramento e avaliação torna-se necessário também,
adotar a prática da supervisão e avaliação externa de modo a permitir o seu
acompanhamento a partir de uma perspectiva mais distanciada do cotidiano das
Unidades.
Nesse sentido, o processo de avaliação precisa estar presente em todos os
movimentos de construção do projeto político pedagógico que precisa ser
estruturado sistematicamente.
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REFERÊNCIAS
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normativos e princípios norteadores/ Coordenação Técnica Antonio Carlos
Gomes da Costa, Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2006.
BECKER, Daniel. O que é Adolescência: São Paulo: Brasiliense, 2003 (coleção
primeiros passos),
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis, São Paulo: Cortez, Instituto Paulo Freire,
2004,
KUENZER, Acacia. Ensino médio: Construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho, São Paulo, Cortez, 2001.
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OLIVEIRA, Betty. O Trabalho Educativo: reflexões sobre paradigmas e problemas
do pensamento pedagógico basileiro, Campinas, SP: Autores Associados, 1996.
(coleção polêmica do nosso tempo).
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org). Quem sabe faz a hora de construir o Projeto
Político Pedagógico:, Campinas, SP: Papirus, 2007.
VOLPI, Mário SARAIVA, João Batista, KOERNI Júnior, Rol. Adolescentes Privados
de Liberdade - A Normativa Nacional e Internacional e Reflexões acerca da
Responsabilidade Penal - FONACRIAD. Cortez, 2006.
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