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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

ANÁLISE INSTITUCIONAL

CUIABÁ, 2014
ADRIELI RIBEIRO DE OLIVEIRA
GABRIELA FREITAS DE OLIVEIRA
JHENEFFER FERNANDA MUNZ
MAYARA MASCARROZ BELFORT MATTOS
MIRELY DO PRADO

Análise Institucional do Sistema


Socioeducativo de Cuiabá Pomeri, requisito
de avaliação da Disciplina Estágio
Supervisionado I, Ministrada pela Docente
Ms. Eva Freire.

CUIABÁ, 2014

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Sumário
1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO ........................................................ 4

2 APRESENTAÇÃO............................................................................................ 6

3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................ 7

4. O SERVIÇO SOCIAL...................................................................................... 12

5. LIMITES, DESAFIOS, PERSPECTIVAS E POSSIBILIDADES........................17


6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................18
7. REFERENCIAL.................................................................................................19
8. ANEXO I............................................................................................................20

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1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO

1.1 Nome da Instituição

Centro Socioeducativo de Cuiabá – Pomeri

1.2 Endereço

Av. Dante Martins de Oliveira, s/nº, CEP 78.050-800, Planalto, Cidade: Cuiabá

1.3 Telefone (s)

Diretoria: (65) 3648-3233/3204


Gabinete: (65) 3648-3315
Superintendência Socioeducativo: (65) 3315-1544
Gerência da Unidade Internação Masculina: (65) 3648-3221
Gerência da Unidade de Saúde: (65) 3648-3202

1.4 Supervisor (a) de Campo

1.4.1 Unidade de Saúde

Supervisora de Campo: Irlane Erasmo Silva


Nº. Reg. CRESS: 1823
E-mail: ianeses@hotmail.com
Telefone: (65) 9261-7707
Telefone da Unidade: (65) 3648-3202

1.4.2 Unidade de Internação

Supervisora de Campo: Nilza Félix


Nº. Reg. CRESS: 2163
E-mail: nilses@hotmail.com
Telefone: (65) 9296-0828

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1.4.3 Unidade de Internação

Supervisor de Campo: Marcelo da Silva Gonçalves


Nº. Reg. CRESS: 3161
E-mail:
Telefone: (65) 9905-5877

1.5 Discente

Discente: Adrieli Ribeiro de Oliveira


RGA: 201121204001
E-mail: adrieli001@hotmail.com

Discente: Gabriela Freitas de Oliveira


RGA: 201021204012
E-mail: gabrielafoliveira@hotmail.com

Discente: Jheneffer Fernanda Munz


RGA: 201212204011
E-mail: jheny_fernandinha14@hotmail.com

Discente: Mayara Mascarroz Belfort Mattos


RGA: 201111204027
E-mail: mayarabelfort@gmail.com

Discente: Mirely do Prado


RGA: 201212204013
E-mail: mirely_8@hotmail.com

1.6 Período de Realização do Estágio: 2013/2

1.7 Carga Horária Cumprida: 128 horas

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2 APRESENTAÇÃO

Neste trabalho, temos como ponto de partida, lugar e espaço de nossa reflexão, o
Centro Socioeducativo Pomeri – Lar do Adolescente. Esta análise institucional tem por
objetivo apresentar a constituição, organização, funcionamento, demanda e desafios do
Serviço social na execução e acompanhamento de suas competências.
Serão considerados todos os aspectos constituintes da Instituição, de seu
surgimento a atualidade, o trabalho desenvolvido, as parcerias e trabalho em rede, e
especificamente a atuação da profissional de Serviço Social.

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3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.

3.1 Aspectos acerca de seu surgimento

O atendimento ao adolescente em conflito com a lei no estado de Mato Grosso tem


como marco a criação da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor de Mato Grosso
(FEBEMAT), Popularmente conhecido como “Fazendinha”, Criada em 1972, no governo de
Garcia Neto, quando o país vivia então o peso dos “anos de chumbo”. Através da lei 3.137,
de 13 de dezembro de 1971, seguindo diretriz nacional, que determinava que a
responsabilidade pela política de assistência social ao menor estava a cargo da Fundação
Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM).
Assim, a FEBEMAT vinculada à Secretaria do Interior e Justiça e tinha como objetivo
formular e implantar no estado de Mato Grosso, uma política de bem-estar do menor. Não
competia à FEBEMAT, apenas o atendimento ao adolescente em conflito com a lei, mas
também a execução de toda política de atendimento às crianças, adolescentes em situação
de risco, portadores de necessidades especiais, ou seja, era o órgão responsável pela
política de assistência social.
Para se adequar ao que se estabelece no E.C.A. (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o Centro Socioeducativo Pomeri surge no ano de 2004 juntamente com o Lar
Menina-Moça, o Complexo Pomeri1, centralizando assim todos os órgãos governamentais
responsáveis pelo atendimento das questões relativas a esta faixa etária Como previsto no
ECA. O complexo Pomeri é composto de:
 Juizado da Infância e da Juventude – Varas: Cível e Infracional
 Ministério Público – Varas: Cível e Infracional;
 Defensoria Pública – Varas: Cível e Infracional;
 SEDUC - Escola Estadual Meninos do Futuro;
 Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos com: Superintendência
do Sistema Socioeducativo,
 Delegacia Especializada do Adolescente – DEA,
 Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
– DEDICCA,
 Projeto Rede Cidadã – PM,
 Batalhão da Guarda – PM,

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POMERI – assim como na sociedade Xavante, os adolescentes de quase todos os povos indígenas que habitam Mato Grosso, passam por um
processo de “reclusão” onde são preparados para o exercício da cidadania junto as suas respectivas comunidades. Para os Ikpeng (Kabibe), o
tempo de preparação para os adolescentes demora em torno de 18 meses, e a cerimônia denomina-se POMERI.

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 Centro Integrado de Segurança e Cidadania – CISC.
Além da Adequação do Projeto Arquitetônico das Unidades do Centro Sócio
Educativo de Cuiabá como:
 Reformas nas estruturas físicas das antigas Unidades;
 Construção de Piscina Semiolímpica;
 Construção de Quadra Poliesportiva;
 Construção de Unidade de Saúde/SUS;
 Construção de uma Unidade de Internação Masculina: Capacidade: 30
Adolescentes;
 Construção de uma (1) Unidade de Internação Provisória: Capacidade: 40
adolescentes;
• Onde também são oferecidos; Ensino Fundamental (1ª a 8ª séries); Ensino
Médio (1º ao 3ª Ano) como reforço apenas. Em parceria é com a Secretaria de Estado de
Educação, através da Escola Estadual “Meninos do Futuro”.

3.2 Aspectos do seu funcionamento na Atualidade

Atualmente o Lar do Adolescente é uma das unidades responsáveis em atender


jovens em conflito com a lei, que são encaminhado de todo o Estado de Mato Grosso
através do juízo da Infância e Adolescência, e também em alguns casos de outros estados.
A finalidade do trabalho consiste em propor atividades e alternativas que auxiliem os
adolescentes a reintegrar-se na família e na sociedade com o máximo possível de
assertividade.

3.3 Área de atuação

As Atividades desenvolvidas na Unidade são medidas socioeducativas e programas


destinados a recuperação dos adolescentes em conflito com a lei, como prevista no Sinase
amparados pelo Estatuto da criança e Adolescente.

3.4 Abrangência

É de abrangência Estadual, porém o sistema esta passando por um processo de


descentralização das demandas, com a criação de outros centros socioeducativos
em outras cidades. No entanto, o complexo Pomeri continua sendo o maior do

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estado ocasionando a entrada de adolescentes de outros municípios, dessa forma
gerando a “superlotação”.

3.5 Horário de Funcionamento

Técnicos: Da Segunda á Sexta: 8:00 às 12:00 – 14:00 às 18:00


Agentes Socioeducativos: Plantão/Escala de 24 horas

3.6 Público Alvo

Adolescentes em conflito com a lei.

3.7 Vinculação Administrativo

Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos – SEJUDH/MT.

3.8 Visão/missão

Garantir a reintegração de adolescentes em conflito com a lei, realizando


atendimento multidisciplinar promovendo a construção da cidadania.

3.9 Nome dos Dirigentes

Secretario SEJUDH: Luiz Antônio Possas de Carvalho


Secretário Adjunto de Direitos Humanos: Valdemir Rodrigues Pascoal
Superintendência do Sistema Socioeducativo: Maria Giselda da Silva
Gerência Técnica do Sistema Socioeducativo: Loicy Aparecida da Silva Cunha
Gerência de atendimento em Meio Aberto: Vilma Cecilia de Oliveira
Diretoria do Centro Socioeducativo: Diogenes Alves Cabral neto
Gerência da Unidade de Internação Provisória Masculina: Ludeceia Miriam de Souza
Gerência da Unidade de Internação Masculina: João Helves de Amorim
Gerência da Unidade de Internação Provisória e Internação Feminina: Helena
Leandro Ferreira
Gerência de Serviço Social e de Saúde: Ibere Ferreira da Silva Junior
Gerência de Educação e Formação Profissional: Vitoria Cristina da Silva
Gerência de Escolta do Sistema Socioeducativo: Lauro Douglas Simão

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3.10 Estrutura Física

A Unidade de Internação Provisória Masculina, em relação a sua estrutura física,


está atendendo e assegurando aos adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa de Internação Provisória os seguintes aspectos físicos:
 Ambiente com condições adequadas de higiene, limpeza, circulação,
iluminação e segurança;
 Espaços para a realização de refeições;
 Espaços para atendimento técnico individual e/ou grupo; (2 salas)
 Quarto para repouso dos adolescentes; (36 quarto)
 Salão para atividades coletivas e sala para estudo (Biblioteca);
 Salas para o setor administrativo e equipe técnica;
 Espaço para visita familiar;
 Área para atendimento de saúde/ambulatórios; (1 enfermaria, 1 sala de
farmacêutica, 1 sala dos técnicos de enfermagem, 1 sala para atendimento psicossocial, 2
salas para atendimento médico, 1 sala para os dentistas)
 Espaço para atividades pedagógicas;
 Salas de aulas e sala para os professores; (5 salas)
 Área para atividades recreativas, esporte, lazer e cultura. (Composto por uma
quadra coberta, uma piscina)

3.11 Quadro de Funcionário

3.11.1 Unidade de Internação Masculina

Cargo/Função Número de Efetivo


Gerente 1
Técnico - Assistente Social 6
Técnico – Psicóloga 6
Técnico – Educador Físico 5
Assistente CSE 8
Auxiliar CSE 3
Agente Socioeducativo 81
Dados Referentes à Fevereiro de 2014

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3.11.2 Unidade de Saúde

Cargo/Função Número de Efetivo


Gerente 1
Técnico - Assistente Social 1
Técnico – Psicóloga 1
Medico 4
Dentista 8
Técnico de enfermagem 5
Auxiliar CSE 5
Dados Referentes à Fevereiro de 2014

3.11.3 Tipo de Atendimento/ Serviços Oferecidos

Os adolescentes em conflito com a lei é o objeto do trabalho dos profissionais, no


qual a maior preocupação e a garantia de sua recuperação, proteção física, moral e
psicológica.
 Atender direta ou indiretamente os adolescentes a quem se atribui autoria de
ato infracional, em conjunto com órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública
e Segurança Pública, visando o cumprimento das medidas previstas no ECA.
 Atender o adolescente autor de ato infracional, privado de liberdade
desenvolvendo ações que favorecem sua reinserção social.
 Coordenar a nível estadual os programas de atendimento aos adolescentes
em conflito com a lei.
 Capacitação continuada de recursos humanos do quadro funcional do centro
socioeducativo e das entidades que desenvolvem programas dentro da área de atuação.
 Possibilitar que os adolescentes que cumpram medidas socioeducativas
sejam inclusos em programas de preparação profissional, educacional e social.
 Organizar apoio estratégico visando promover parcerias nos municípios com
os objetivos iniciais de: articular com o Poder Público local, Ministério Público, Poder
Judiciário, Conselho Municipal e Tutelar de Direitos da Criança e do Adolescente para a
implantação e implementação das medidas socioeducativas.

3.12 Trabalho em Rede/Parcerias

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Trabalho desenvolvido em rede: CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Hospital
Universitário Júlio Muller, etc.

4. O SERVIÇO SOCIAL

4.1 História da inserção do Serviço Social na Instituição

O serviço social está inserido no complexo desde sua criação na década de 70


quando ainda se chamava FEBEMAT. Atualmente, a internação masculina conta com uma
equipe técnica de seis assistentes sociais e seis psicólogos, que atuam em duplas, no setor
de atendimento psicossocial. A unidade de saúde conta com uma assistente social e uma
psicóloga, que também trabalham em dupla.

4.2 Atribuições e competências profissionais

Rotinas do Serviço Social

ETAPAS PROCESSO DESCRIÇÃO

1º Atendimento ao Acolhimento institucional ao adolescente através de


interno entrevista e orientações dos Direitos do interno e das normas
e rotinas da Unidade
Acolhimento à família Orientações sobre normas e rotinas da Unidade, dos Direitos
Entrada
do Adolescente Interno e Responsabilidades da família.
Entrevista e avaliação dos visitantes no Núcleo de
Cadastramento de Atendimento Familiar, coleta de cópia de documentos de
visitas comuns e identificação, encaminhamento para agendamento,
excepcionais confirmação junto à família.
Proceder entrevista com o adolescente e elaboração do
Plano Individual de Atendimento, registrar no SIPIA e
Levantamento
encaminhar às áreas de responsáveis
Agendamento de visitas às famílias confirmação para as
Identificação Visitas domiciliares
mesmas.
Conhecer e avaliar a situação de vulnerabilidade e/ou risco a
Estudo social
que possa estar exposta a família bem como tomar medidas
cabíveis.

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Desenvolver estudos junto ao usuário, planejar ações,
Educação - executar e avaliar, visando capacitar os usuários ao seu
Orientação desenvolvimento como cidadãos e sujeitos de direitos.
Sociopedagógica
Estabelecer contato com a Família, informar sobre
Contatos atendimentos à mesma.
Acompanhamento – Atendimentos e registro das atividades e
Registros desenvolvimento do adolescente no acesso aos programas e
projetos institucionais
Acompanhamento Encaminhamentos
Encaminhamentos – Rede Externa (SGD – CRAS, CREAS,
Conselhos Tutelares, Defensoria, Promotoria, Juizado) e
Confecção de Serviços Institucionais (Saúde, Escola, Profissionalização,
Relatórios Cidadania etc)
Relatórios – Proceder estudo social, proceder
Acompanhamento em análise e elaborar parecer técnico.
Conselho Disciplinar Proceder escuta do adolescente e orientações sobre as
situações que o envolvem na Unidade.

Compilar dados sobre as atividades executadas.


Desenvolver estudo técnico-científico, buscando a
qualificação para aprimoramento das ações em beneficio aos
Estudos usuários dessa política.

Elaborar planos e projetos que possam atender a demanda


Planejamento do usuário do sistema socioeducativo.
Pesquisa
Execução de Dar efetividade às ações planejadas mobilizando entes
Programas e Projetos envolvidos e demais áreas.

Avaliação Monitorar através de técnicas e instrumentais variados as


ações executadas visando a melhoria das mesmas.

Entrevista e Proceder entrevista de desligamento e orientações


Desligamento
Orientações necessárias ao cumprimento da progressão de medida.

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PROCESSO DESCRIÇÃO DO FLUXO

1º Momento - Recebimento de lista dos internos, leitura da pasta do


adolescente e checagem da cópia do formulário de acolhimento da
saúde e dos encaminhamentos da Internação Provisória
1º Atendimento ao Masculina, proceder atendimento ao adolescente, registro e
interno encaminhamento às áreas competentes.
2º Momento – Contato com a família, proceder orientações básicas do dia
de atendimento no Núcleo Familiar, se comprovada falta de documentos
solicitar à mesma cópia destes para cadastro de visitantes e do
adolescente interno para acessar aos serviços institucionais.
Proceder acolhida com escuta do caso registrando na Ficha de Evolução,
efetivar orientações à Família com leitura e entrega de material impresso
sobre - Medida de Internação, Direitos e Deveres do adolescente
Acolhimento à família
e Direitos Deveres da Família e Normas de Visitas, proceder entrevistas e
registro do ról de visitantes, receber cópias de documentos, solicitar ciência
com a assinatura da declaração de atendimento.

Visita Ordinária – Apresentar cadastro do Rol de Visitantes no setor


administrativo, solicitar registro e confirmar cadastramento do dia de visita
para família.
Cadastramento de visitas Visitas Excepcionais – Proceder entrevista no NAF, avaliar os benefícios
ordinárias da visita, aprovar ou não, em caso de aprovação proceder agendamento
e Excepcionais no setor administrativo, confirmar junto a família. Caso de não autorização
da visita, esclarecer os motivos de não atendimento aos critérios
estabelecidos nos Documentos Normativos da Instituição.
Proceder à entrevista utilizando Formulário de Acompanhamento Individual
Levantamento
do Adolescente e dar encaminhamentos devidos.
Solicitar agendamento de visitas às famílias e confirmar para as mesmas,
Visitas domiciliares na capital e interior do estado, proceder visita in loco registrando-a no
Formulário de Visita. Em caso de não conformidade administrativa, solicitar
à rede externa CRAS/CREAS para efetivar o procedimento.
Identificar e avaliar a situação de vulnerabilidade e/ou risco sociais,
Estudo social utilizando instrumentais do Serviço Social, tomar medidas cabíveis.
Participar dos grupos de estudo de estudo de caso do adolescente.
Desenvolver estudo, análise, observação da realidade do adolescente
Educação - Orientação interno, proceder o atendimento individualizado e verificar avanços e

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Sociopedagógica retrocessos no acesso às ações institucionais.
Elaborar planos e projetos que possam atender a demanda
do adolescente, executar as ações de trabalho coletivo e avaliar a
efetividade dos mesmos.
Interno – Proceder atendimento individual e estabelecer contato
telefônico.
Familiares – Verificar demanda do Serviço Social da Internação
Contatos Individuais,
Masculina, estabelecer contato telefônico, informar e/ou solicitar
Familiares e
providências dentro das competências técnicas cabíveis.
Institucionais (Rede
Rede Externa – Proceder contato com a Rede Externa, solicitar
Externa)
informações, verificar forma de encaminhamento, proceder o mesmo e
aguardar contra referência em não conformidade restabelecer contato.
Encaminhamentos Internos – Elaborar e enviar à Gerencia de Internação
Masculina encaminhamentos pertinentes às demandas do adolescente e
família para devidas providencias.
Encaminhamentos
Encaminhamentos à Rede Externa – Preencher documento padrão de
Encaminhamento à rede, enviar à Gerência de Internação Masculina para
providenciar ofício de despacho, digitalização do documento ou via fax com
pedido de confirmação de recebimento do documento
Aguardar contra referencia.
Proceder anotações e atualizações gerais nas fichas de atendimento
Registros familiar e individual do adolescente.
Confecção de Relatórios Encaminhar à Gerencia de Internação Masculina relação dos internos, com
período de reavaliação determinado em sentença para fins de relatório e
data de apreensão para devido acompanhamento e envio de relatório de
cada área.
Acompanhamento em Aguardar convocação do Conselho, comparecer às oitivas, orientar o
Conselho Disciplinar adolescente e informar a família em atendimento.
Compilar dados sobre as atividades executadas analisar e encaminhar os
Estudos
resultados a quem de direito.
Desenvolver estudo técnico-científico, buscando a qualificação para
Planejamento
aprimoramento das ações em beneficio aos usuários dessa política.
Execução de Programas
Elaborar planos e projetos que possam atender a demanda do usuário do
e Projetos
sistema socioeducativo e elaborar materiais impressos para a devida
divulgação e conhecimento do usuário do Serviço Social.

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Dar efetividade às ações planejadas mobilizando entes envolvidos e
demais áreas.
Monitorar através de técnicas e instrumentais variados as ações
Avaliação
executadas visando a melhoria das mesmas.
Preencher Termo de Liberação do Adolescente, realizar entrevista de
desligamento utilizando formulário específico, comunicar à família,
Desligamento proceder Orientações sobre o cumprimentos de medidas em meio aberto.
O desligamento só poderá ser efetivado em horário de atendimento da/o
Assistente Social.

4.4 Quantidade de Profissionais/ Vínculo empregatício/ Regime de trabalho

O Profissional tem seu vínculo empregatício em 40 horas semanais em regime


estatutário. Hoje esses vínculos se dão por meio de concurso, antes disso o vínculo era feito
por contratos temporários. Hoje a internação masculina conta com seis assistentes sociais e
a unidade de saúde uma assistente social.

4.5 Inserção do estágio em Serviço Social na instituição

O estágio de maneira regulamentada, se deu através do vínculo de convênio entre


UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso e SEJUDH- Secretaria de Justiça e Diretos
Humanos a partir do ano de 2013, quando foram inseridos os estagiários de serviço social
na unidade, que conta com 6 estagiarias e 3 orientadores de campo, que estão distribuídos
entre a Internação Masculino e a Unidade de Saúde.

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5. LIMITES, DESAFIOS, PERSPECTIVAS E POSSIBILIDADES DAS
INSTITUIÇÕES E DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

5.1 Limites

 Durante a formação acadêmica, as informações a respeito da a área sócio


jurídica e sistema socioeducativo são insuficientes e insatisfatória;
 A necessidade de estabilidade e continuidade às ações dos profissionais
no âmbito do sistema socioeducativo;
 Limite institucional, que impede, desestimula ou não deixado que as ações se
efetivem e atendam às reais necessidades dos usuários dos serviços para total garantia de
direitos;
 Falta de prioridade e condições de atender, precarização do trabalho;
 Necessidade de formação e capacitação contínuas e permanentes.

5.2 Desafios

 Articulação para que haja um/a coordenador/a da equipe para tratar


diretamente as questões burocráticas;
 Acabar com a visão de o sistema como um espaço de disciplinamento e não
de garantia de direitos;
 Fazer um trabalho que não seja voltado só para apresentar relatório para o
juizado;
 Limite institucional, que tem impedido, desestimulado ou não deixado que as
ações se efetivem e atendam às reais necessidades dos usuários dos serviços que são os
adolescentes privados de liberdade e, por esta condição, não têm acesso efetivo, real, à
educação, à saúde, aos benefícios sociais, à convivência familiar e comunitária.
 Fortalecer a família para receber o adolescente, com a atuação em rede;
 Um outro desafio é a própria rede, com as prefeituras, com o Estado, enfim o
Sistema de Garantia de Direitos;
 Serviço Social ainda tem que delimitar o seu espaço, delimitar ainda o seu
objeto de atuação, definir o seu papel;
 Em relação à estrutura de trabalho também, trabalhamos com poucas
condições.

5.3 Perspectivas e possibilidades da instituição no exercício profissional

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 Possibilidade de formação de parcerias e arranjos institucionais; sem contar a
vinculação a programas que caminham de acordo com o tempo de gestão institucional e não
segundo as reais necessidades do segmento em questão, os adolescentes em conflito com
a lei;
 Fazer efetivamente um trabalho de continuidade de uma ação, uma
organização do trabalho, a partir da garantia de estabilidade do concurso;
 Organizar a categoria dentro e fora do sistema, com a finalidade de mostrar o
compromisso ético profissional defendido por nos;
 Preparar/capacitar funcionários que não estão preparados para lidar com a
demanda que a gente trabalha.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das condições do atual sistema socioeducativo e das dificuldades no


processo de “Reintegração Social” que visa a inserção dos adolescentes principalmente no
convívio familiar e social, faz-se muito importante democratizar as informações acerca do
compleo POMERI, instituição pública estatal implementada há anos pelo Governo de Mato
Grosso para trabalhar as medidas socioeducativas, tanto em regime fechado quanto aberto.
Entendemos que esse processo de “Reintegração social” na sociedade capitalista,
que enxerga esses adolescentes como problema da sociedade, que devem ser tratados
isoladamente sem avaliar as condições sociais, econômicas e culturais destes sujeitos,
visando apenas “consertá-los” para reinseri-los ao sistema como peças de uma
engrenagem; É necessário divulgar o trabalho do complexo POMERI, em especial aqui da
unidade de internação masculina, instituição que deve prover ações assistenciais previstas
no SINASE e no ECA.
...Observando a atual realidade da internação masculina e as leis previstas no
SINASE, pudemos perceber que não existe uma interlocução entre a lei e o funcionamento
da instituição, pois a mesma encontra dificuldades para atender as exigências estabelecidas
pelo ECA e SINASE.
Ao ter conhecimento da responsabilidade estatal em relação ao processo de
ressocialização, a sociedade pode cobrar a efetivação dessas ações, e não tratá-las como
auxílio ou benevolência do Estado.

7. REFERÊNCIAS

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Centro Socioeducativo – Pólo Cuiabá – Relatório de Gestão Anual – 2011.
Centro Socioeducativo – Pólo Cuiabá – Relatório de Gestão Anual – 2002.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Normas e competências e atribuições do Serviço Social, documento oficial solicitado
mediante a diretoria dia 20/03/2014.
SINASE – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

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ANEXO I
O centro socioeducativo está disposto da seguinte maneira:

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos


SEJUDH

Superintendência do
Sistema Socioeducativo

Diretoria do Centro
Socioeducativo

Unidade de Unidade de Unidade de Gerencia de Gerencia Gerencia de


Gerencia
internação internação internação educação e de Serviço atendimento
Técnica
provisória masculina provisória formação Social e de ao meio
masculina feminina profissional saúde aberto

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