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São Luís – MA
2012
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SUMÁRIO
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DADOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO
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APRESENTAÇÃO
Para a operacionalização dessa medida, tem-se como base, além dos documentos
supra citados, o Projeto Político Pedagógico da FUNAC, que estabelece os princípios e
fundamentos teórico-metodológicos norteadores das açõessocioeducativas, bem como o
Regimento Interno da FUNAC e das Unidades de Atendimento Socioeducativo.
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Quanto à procedência dos 171 (18% dos atendidos) adolescentes que cumpriram
medida socioeducativa restritiva e privativa de liberdade, 18% são de São Luís e 82% são
provenientes de outros municípios do Estado, a exemplo de Paço do Lumiar, Santa Inês,
Pinheiro, Codó, São José de Ribamar, Governador Nunes Freire, Pedreiras, Raposa, Coroatá,
Bacabal, Imperatriz, Caxias, Açailândia, Senador La Rocque, entre outros.
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socioeducativas conforme os princípios do ECA e SINASE. Para tanto, faz-se necessário um
esforço conjunto com as outras políticas públicas. Nessa perspectiva, fomentar a participação
permanente de outros órgãos governamentais se constitui em uma das tarefas fundamentais de
um projeto sócio-pedagógico que vise a educação para a cidadania, desenvolvendo a auto-
confiança e a auto-estima desses adolescentes.
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
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Articular garantia de direitos por meio das políticas públicas de educação, saúde, trabalho,
previdência social, assistência social, cultura, esporte e lazer, com o propósito de
favorecer o atendimento integral aos adolescentes.
3. PRINCÍPIOS NORTEADORES
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4. METODOLOGIA
4.1Rotina Pedagógica
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5. PARÂMETROS SOCIOEDUCATIVOS – Eixos Operacionais
5.1 Educação
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5.1.1 Escolarização
Os Centros, por sua vez, disponibilizarão o espaço para funcionamento das salas
de aula e se responsabilizará pela solicitação das matrículas à escola; solicitação, aos pais e/ou
responsáveis, de documentos necessários para compor o dossiê escolar; formação das turmas,
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observando critérios de segurança; e material escolar básico como caderno, lápis, etc. quando
os sistemas de ensino não dispuserem desse material para os níveis ou modalidade de ensino.
No tocante aos conteúdos a serem executados, estes deverão estar em acordo com
as determinações nacionais para cada nível de ensino, dentre elas os Parâmetros Curriculares
Nacionais e demais Diretrizes Nacionais, além da Proposta Estadual ou Municipal de
Educação correspondente. Ressalta-se que o seguimento de tais referenciais não excluem a
consideração da realidade exposta pelo público ao qual se destina a presente proposta,
devendo ser construídas as adequações,sob a forma de registro documental, seguidas das
devidas regulamentações.
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articulação não apenas das áreas de conhecimento, mas das atividades planejadas pelos vários
profissionais do Centro e, portanto, de todos os sujeitos envolvidos nas mesmas.
A difusão de temáticas que não estão necessariamente ligadas a uma única área de
conhecimento, como por exemplo: ética e respeito, orientação sexual, temas locais, dentre
outros que se fizerem necessários no decorrer da prática pedagógica, fundamenta a opção de
trabalho com temas transversais.
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cognitiva e produtiva fazem parte do processo de aprendizagem, conforme determina o
SINASE.
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direitos garantidos por meio do Decreto de Lei nº 3.298, de 20/12/99. Dessa forma, o público
atendido na unidade pode ter as mesmas oportunidades de acesso não só com relação à
profissionalização, mas a todas as atividades executadas.
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O estabelecimento de parceria com as Secretarias Municipal e Estadual de
Cultura, Esporte e Lazer e afins enriquecerá e alargará as alternativas de concretização do
planejamento das ações nesta área.
5.3 Saúde
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Também deverão ser organizadas campanhas e seminários sobre: saúde bucal;
imunização; alimentação, nutrição e modos de vida saudável; higiene e limpeza pessoal;
prevenção ao abuso de álcool, tabaco e outras drogas; doenças sexualmente transmissíveis;
adolescência e a sexualidade; entre outros temas, fazem parte das atividades direcionadas para
o atendimento a saúde do adolescente em cumprimento de internação provisória e medida
socioeducativa de internação.
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Com isso, a espiritualidade se constitui um aspecto importante no trabalho
socioeducativo, na medida em que promove a vivência de sentimentos e perspectivas que
transcendem o mundo concreto e imediato, fortalecendo a fé que atua como instrumento do
processo de mudança e crescimento humano e espiritual do educando. A partir desse
entendimento, os adolescentes e jovens terão o direito de cumprir os preceitos de sua religião,
ter em seu poder livros ou objetos de culto ou instrução religiosa, de acordo com seus credos.
5.5 Segurança
Outro aspecto relevante diz respeito à adoção de medidas que considerem os três
níveis de riscos para a integridade física, psicológica e moral dos adolescentes, a saber: o
relacionamento dos adolescentes com os profissionais, entre os adolescentes e entre
adolescente e a realidade externa, como orienta o SINASE. Junto a isso, a constante
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comunicação (informação, discussão, dentre outros) com toda a comunidade socioeducativa
proporcionará melhor desempenho dos trabalhos, além de contribuir para a diminuição das
situações de conflito.
O acompanhamento técnico ao(à) adolescente interno deverá ser efetuado por uma
equipe multiprofissional formada minimamente por Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo,
Terapeuta Ocupacional e Advogado.
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Dentre as atribuições da equipe técnica estão: o favorecimento do processo de
auto-avaliação dos(das) adolescentes em relação ao cumprimento de sua medida; encontros
sistemáticos semanais para estudo de caso dos(das) adolescentes, com representante de cada
equipe de profissionais que acompanha o adolescente (equipe técnica, socioeducadores,
auxiliares técnico-pedagógicos, coordenação, equipe de saúde e demais profissionais caso seja
necessário), elaboração do Plano de Atendimento Individual – PIA.
Ressalta-se que no ato da extinção da medida, o(a) adolescente e sua família será
acompanhado pelo Programa de Apoio a Egressos, na cidade de São Luís e nos demais
municípios do Estado, em parceria com a gestão local e as unidades de atendimento da
Política de Assistência Social.
Para tanto, o cardápio e os horários para a realização das refeições devem seguir
orientação de profissional especialista levando em conta a situação peculiar de
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desenvolvimento em que se encontra o referido público. Assim, as refeições devem ser
ofertadas seis vezes ao dia, a partir de um cardápio balanceado e sistematizado semanalmente.
Quanto aos materiais de vestuário e higiene pessoal, estes devem ser entregues
aos(as) adolescentes em quantidade compatível com seu consumo, e seu uso deve ser
orientado, numa perspectiva de fortalecer as ações de assepsia, auto-cuidado e auto-estima.
6. RECURSOS HUMANOS
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preservação da integridade física e psicológica dos adolescentes e funcionários; e atividades
pedagógicas específicas.
Além dessas ações, todos os funcionários deverão ser submetidos a cada três
meses a treinamentos práticos de segurança, combate a incêndio e a prestação de atendimento
de primeiros socorros, em consonância com o SINASE. Para tanto, os Centros deverão dispor
dos equipamentos para esse tipo de intervenção caso seja necessário.
7. METODOLOGIA DE GESTÃO
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temáticas ou grupos de trabalho objetivando solucionar questões levantadas no diagnóstico;
avaliação participativa do trabalho, da direção, da equipe de funcionários e dos adolescentes;
definição da rotina de funcionamento da unidade; e organização e condução das assembléias.
8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Nesse sentido, reuniões com fins de discussão, análise e, portanto, a avaliação das
ações, precisam ser efetuadas com periodicidade definida, envolvendo todos os setores,
representação de adolescentes, famílias e Coordenação de Programas Socioeducativos–
CPSE.
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REFERÊNCIAS
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Souza, Rosimere de. Caminhos para a municipalização do atendimento socioeducativo
em meio aberto: liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade / Rosimere de
Souza [e] Vilnia Batista de Lira. Rio de Janeiro: IBAM/DES; Brasília: SPDCA/SEDH, 2008.
96 p.
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