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PSIQUIATRIA

CASOS CLÍNICOS
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SUMÁRIO
1) COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS ……………….………………….04
Abordagem ao paciente.…………….……………………….……….............................… 5
História .….……………………….………................….……………………….………..................5
Avaliação do estado mental.….……………………….………......................................7
Humor e afeto.….……………………….………...............................................................7
Exame físico .….……………………….……….........….………………………..........................11
Exames de Laboratório .….……………………….………............................................12
Condutas a solução do problema clínico.….……………………….………............ 13
Analisar a gravidade da doença ..……………………….………...............................13
Acompanhando a resposta ao tratamento.….……………………….……..............13
2) TERAPÊUTICA PSIQUIÁTRICA ………………………………………………………….14
Psicofarmacoterapia.….……………………….………................................................15
3) CASOS CLÍNICOS…….………………………………………………………....…………..…16
Caso 1: Transtorno depressivo maior recorrente.….……………………….........17
Caso 2: Esquizofrenia Paranoide….……………………….………...........................20
Caso 3: Hipotireoidismo com depressão.….………………………....................... 23
Caso 4: Transtorno Bipolar ( infantil).….……………………….………....................26
Caso 5: Transtorno de personalidade esquizóide..….…………...……...........27
Caso 6: Fobia Social….……………………….………...................................................33
Caso 7: Intoxicação por Fenciclidina.….……………………….……….....................36
Caso 8: Transtorno de ansiedade generalizada.….…………………...............40
Caso 9: Transtorno Bipolar maníaco ( adulto).….…………………....................43
Caso 10: Transtorno Obsessivo compulsivo ( infantil).….…………….......... 46
Caso 11: Dependência de álcool….……………………….………..............................49
Caso 12: Intoxicação por cocaína e dependência de cocaína..................53
Caso 13: Delirium.….….............................…………………….………...........................56
Caso 14: Transtorno de estresse pós- traumático......................................60
Caso 15: Transtorno Distímico.….……………………….……….................................63
Caso 16: Demência.….……………………….……….....................................................66
Caso 17: Transtorno da personalidade antissocial.....................................69
Caso 18: Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade......................72
Caso 19: Bulimia nervosa.….……………………….………..........................................75
Caso 20: Insônia Primária.….……………………….……….........................................79
Caso 21: Transtorno de somatização.….……………………….……….....................82
Caso 22: Sintomas extrapiramidais.….……………………….………........................85
Caso 23: Transtorno da personalidade narcisista.….……………………….......88
Caso 24: Anorexia Nervosa.….……………………….………......................................91
Caso 25: Transtorno Autista.….……………………….………....................................94
Caso 26: Abstinência de álcool….……………………….………................................97
Caso 27: Transtorno da identidade de gênero.….………………………............100
Caso 28: Transtorno conversivo.….……………………….………...........................102
Caso 29: Fetichismo.….……………………….……….................................................106
Caso 30: Transtorno da personalidade borderline..................................109
4) REFERÊNCIAS………………………………….….…………………………….……………..112
405
Seção I

COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
COMO ABORDAR
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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

ABORDAGEM AO PACIENTE: 1
O terapeuta deverá, juntar as peças de um
quebra-cabeça para chegar a um
diagnóstico mais preciso para cada paciente.

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O PROCESSO DE DIAGNÓSTICO

Família, acréscimos à história médica e psiquiátrica, cuidadosa observação do


paciente, um exame físico, testes específicos de laboratório e outros estudos
diagnósticos.

Informações básicas:
HISTÓRIA

Nome, idade, estado civil, sexo, ocupação e


língua falada além do idioma do país.
Queixa principal:

Deve ser anotada exatamente igual o que o História da doença atual (HDA):
paciente relata, por mais bizarra que seja.
Ela deve conter uma descrição
Deve Importante colocar as informações ditas
pelo paciente em aspas. completa e cronológica das
circunstâncias que levaram à
consulta.

Incluir detalhes como: Tempo


do surgimento dos sintomas e
qual a ordem, e qual nível de
gravidade

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

HISTÓRIA CLÍNICA :
HISTÓRIA PSIQUIÁTRICA:
Registrar todas as doenças
Registrar encontros anteriores do paci- clínicas que o paciente ja teve
ente com psiquiatras, e as consultas e as datas dos diagnósticos
mais recentes.
Exemplo
As hospitalizações psiquiátricas
anteriores, o tratamento recebido e o Episódios de trauma cerebral,
período de permanência no hospital convulsões, doenças
devem ser registrados. neurológicas ou tumores.

MEDICAMENTOS: ALÉRGIAS:

Deve ser feita


Deve ser realizado uma lista de uma lista dos
medicamentos, com suas doses e a agentes
duração do uso. causadores de
reações alérgicas.
HISTÓRIA FAMILIAR: HISTÓRICO SOCIAL:

É realizado uma lista de transtornos História profissional


psiquiátricos e doenças clínicas dos Relato dos relacionamentos
familiares. Educação.
Religião.
REVISÃO DOS SISTEMAS:
Relato social, a natureza das
É feito uma análise dos efeitos amizades e dos interesses.
colaterais de medicamentos e sintomas Relato do uso de substâncias e
comuns que poderiam estar álcool.
relacionados à quei-xa principal. Situação de vida atual

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

AVALIAÇÃO DO
ESTADO MENTAL: 3

Avalia os sintomas do paciente mediante, a uma


soma total das observações do médico a respeito
do paciente no momento da entrevista.

DESCRIÇÃO GERAL:

APARÊNCIA CONDULTA E ATIVIDADE


PSICOMOTORA:

Conduta física, cuidados com aparência, Postura anormal,


higiene, sinais de ansiedade e outros movimentos anormais,
estados de humor. agitação e rigidez.

ATITUDE EM RELAÇÃO AO
EXAMINADOR:

Ex: “Bem educado”, “reservado “


4 HUMOR E AFETO:

HUMOR:

É a visão que a pessoa tem do mundo


(emoção, raiva, depressão, vazio, culpa, etc.).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

AFETO

De acordo com suas emoções,


expressões e seu comportamento.

Afeto constrito Afeto Apático

É quando existe Tem variação ainda


pouca variação na mais reduzida.
expressão facial ou
no uso das mãos.

FALA: PERCEPÇÃO:

características da fala ( velocidade, Alucinações e ilusões. Deve-se


tom, volume e ritmo) registrar o conteúdo da alucinação
(p. ex., “ Eu escuto duas vozes me
xingando''.
PROCESSO DE PENSAMENTO:
CONTEÚDO DO PENSAMENTO:
Pode ser referido como lógico/
coerente, circunstancial, tangen- Estar relacionado a delírios (crenças
cial, atraso das associações e fixas,falsas), paranoia, preocupações,
falas incoerêntes. obsessões e compulsões, fobias, e
ideações suicida e homicida.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

SENSÓRIO E COGNIÇÃO :

Analisa a função cerebral orgânica, a inteligência, a


capacidade de pensamento abstrato e os graus de
insight e julgamento.

ORIENTAÇÃO E MEMÓRIA: CONSCIÊNCIA:

É realizado testes de
Se alerto, sonolento, desânimo e
orientação e busca.
alterações no estado de consciência.
Teste de memória imediata:
Teste de memória recente:
É testada solicitando ao paci-
ente que repita números após É testada questionando o que
o examinador, tanto na ordem comeu no jantar da noite ante-
crescente como decrescente. rior, se lembra-se do nome do
examinador (que foi orientado no
CONCENTRAÇÃO E ATENÇÃO:
início da entrevista).

Teste de concentração:
LEITURA E ESCRITA:
É pedido ao paciente para
subtrair 7 de 100. Solicita-se ao paciente que
leia uma frase e depois fazer o
Teste de atenção:
que ela pede.
Solicita ao paciente que
soletre a palavra “mundo” de
forma direta e inversa

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

APTIDÃO VISUOESPACIAL: PENSAMENTO ABSTRATO:

Solicita-se ao paciente que É a aptidão de lidar com conceitos.


copie imagens com formas ou O paciente deve diferenciar as
ângulos interligados. afinidades e as divergências entre
dois objetos estabelecidos.

INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA: JULGAMENTO:

O vocabulário e a aptidão de
decifrar problemas são obser- Solicitar que o paciente
vados para se chegar a uma pressuponha o que faria em
estimativa da inteligência. uma situação imaginária.

INSIGHT:

Nível de compreensão
do paciente sobre a
natureza e a extensão
de sua enfermidade

10 ( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

5 EXAME FÍSICO

O exame físico é uma avaliação necessária para pacientes


com doenças psiquiátricas, pois várias doenças físicas se
disfarçam como transtornos psiquiátricos.

ASPECTO GERAL:

Se estar bem nutrido, se estar alerta, calmo e


ansioso.

Sinais vitais: T, FC, FR, PA, e peso.

Avaliação da cabeça e do pescoço: Procurar se


há trauma, tumores e edema facial.

Avaliação das mamas: Observar a simetria,


retração da pele ou do mamilo. Palpar os seios,
avaliar se há nódulos e fazer a expressão
mamilar em busca de secreção e palpar regiões
axilares e supraclaviculares.

Exame cardíaco: auscultar e buscar por sons de


murmúrios e bulhas cardíacos ou ruídos
adventícios.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

Exame pulmonar: examinar a região pulmonar.


Os sons de chiado, estertor, ronco e brônquicos
devem ser anotados.

Exame do abdome: deve ser observado se há


cicatrizes, distensão, nódulos ou
visceromegalias

Exame das costas e da coluna vertebral: avaliar


simetria, dor ou nódulos.

Extremidades e pele: dor, contusões, edema e


cianose deve ser registrada.

Exame neurológico: análise dos nervos crania-


nos, da força, da sensibilidade, do andar e dos
reflexos

6 EXAMES DE LABORATÓRIO

Exame de sangue completo para Determinação dos níveis de


avaliar anemia e trombocitopenia cloro, sódio, potássio, bicarbo-
nato, ureia, creatinina e glicose
Exames da função renal

Exames da função hepática Exames toxicológicos de urina


ou sorológicos se existe sus-
Exames da função da tireoide.
peita de uso de drogas

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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COMO ABORDAR COMPLICAÇÕES CLÍNICAS

CONDUTAS À SOLUÇÃO DO PROBLEMA CLÍNICO 7

CONSTRUIR O DIAGNÓSTICO

O diagnóstico pode ser definido de acordo com uma


leitura sistemática sobre cada doença possivel.

Os aspectos do paciente é associada com cada uma das


possibilidades, e cada patologia sobe ou desce na lista, conforme a
prevalência da doença, na apresentação do paciente ou em outras
pistas. Os fatores de risco do paciente também podem encaminhar a
perspectiva de um diagnóstico.

CLASSIFICAÇÃO: 8 ANALISAR A GRAVIDADE


DA DOENÇA:

Leve
moderada Próximo passo é determinar o diagnóstico, caracterizar
grave a gravidade do desenvolvimento da doença.
Em remissão parcial
Em remissão completa.

ACOMPANHANDO A RESPOSTA AO TRATAMENTO 9


Próximo passo compreender a resposta do paciente à
terapia. Registrar e monitorar a resposta. Alguns resultados
são clínicas, como uma melhora (ou ausência de melhora) no
nível de depressão, ansiedade ou paranoia.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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Seção I

PSIQUIÁTRICA
TERAPÊUTICA
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TERAPÊUTICA PSIQUIÁTRICA

Psicofarmacoterapia 1

Antidepressivos: Os inibidores seletivos da recaptação de


serotonina (ISRSs) e os inibidores seletivos da
recaptação de serotonina e noradrenalina
(ISRSNs) são os antidepressivos mais utilizados.

Estabilizadores do humor:

Esses fármacos são utilizados para tratar a


mania.
Ansiolíticosesedativos/hipnóticos:

Benzodiazepínicos:

Eles são indicados na ansiedade, nas


perturbações do sono e outros transtornos.

Estimulantes:

São usados para aumentar a atenção e o estado


de alerta em diversas condições.

Ex: Transtorno de déficit de


atenção/hiperatividade (TDAH).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


1605
Seção I

CLÍNICOS
CASOS
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TRANSTONO DEPRESSIVO
CASO 1
MAIOR RECORRENTE
Seção I
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TRANSTONO DEPRESSIVO MAIOR RECORRENTE

J. S. L, 42 anos se queixa de sinais de depressão maior


parecidos aos de dois episódios que teve no passado.
Anteriormente, foi tratado com sucesso com um antide-
pressivo tricíclico (ADT), embora essa classe de medica-
mentos gere com frequência efeitos colaterais antico-
linérgicos, como boca seca, olhos secos e constipação,
dos quais o paciente se queixa. A questão é qual medi-
camento deve ser usado para tratar a depressão maior
recorrente quando os tricíclicos não são uma opção.

Melhor terapia: 1
Um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS)

Ex:

sertralina,
paroxetina,
citalopram,
fluoxetina ou fluvoxamina, é uma das opções
preferenciais de medicamento para esse paciente.

Outras opções de antidepressivos


são bupropiona e mirtazapina.

2 Efeitos colaterais

Dor de estômago, náusea e diarreia -


aparecem nos primeiros estágios do
tratamento.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTONO DEPRESSIVO MAIOR RECORRENTE

AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO 3


Adultos com transtorno depressivo maior sob terapêutica
com antidepressivos precisam ser avaliados para detectar
agravamento do humor deprimido e propensão ao suicídio,
principalmente durante os meses iniciais e quando há
alteração de dosagem (aumento ou redução).

TRATAMENTO 4

A farmacoterapia comum de primeira linha para esses


episódios inclui ISRSs (como fluoxetina, fluvoxamina,
sertralina, paroxetina e citalopram), ISRSNs (como
venlafaxina e duloxetina), bupropiona e mirtazapina.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE
CASO 2
Seção I
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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE

J.S.L , 21 anos é encaminhado ao setor de emergência após de-


monstrar um comportamento bizarro e perigoso. Há pelo menos
um ano possui delírios e alucinações auditivas. As alucinações
consistem em várias vozes comentando suas atitudes e lhe dan-
do ordens. Esses sintomas o levaram a ter atitude antissocial e
irregular. Ele nega uso atual de drogas ou problemas clínicos.
Um exame do estado mental evidencia várias anormalidades. É
visto negligência no cuidado com a aparência, na higiene e no
compor-tamento (paranoia), e seu afeto é embotado. Muitas
vezes, seus processos de pensamento são desorganizados, e ele
comenta alucinações auditivas e delírios.

Condições importantes a excluir: :

DEFINIÇÕES 1
Para realizar um diagnóstico de
esquizofrenia, precisa-se descon-
DELÍRIOS: siderar abuso de substâncias e esta-
dos clínicas gerais.
Convicções fixas e falsas que se
acondiciona apesar de evidências
contrárias e que não são culturalmente
reconhecida.
Delírios bizarros: totalmente inimaginavél
(p. ex., ter sido capturado por alienígenas).

AFETO EMBOTADO:

A falta de um estado emocional visível (p.


ex., falta de expressão facial).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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ESQUIZOFRENIA PARANOIDE

IDEIAS DE REFERÊNCIA:

Convicções falsas de que, p. ex.: um


apresentador de televisão ou rádio,
estejam se referindo à pessoa.

ASSOCIAÇÕES DESORGANIZADAS:

Pensamentos incongruentes ou
respostas ilógicas a perguntas.

TRATAMENTO 2
Utilização de medicamentos antipsicóticos
atípicos mais recentes, envolvendo:

risperidona, Sintomas agudos, ex: reações distônicas


paliperidona, e sinais parkinsonianos, podem ser
olanzapina, manejados diminuindo a dose ou
quetiapina, acrescentando-se um fármaco
ziprasidona e aripiprazol. anticolinérgico como a benzotropina.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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HIPOTIREOIDISMO COM DEPRESSÃO
CASO 3
Seção I
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HIPOTIREOIDISMO COM DEPRESSÃO

Uma mulher de 55 anos se comparece ao psiquiatra com humor


deprimido, energia diminuída e ganho de peso. Ela nunca teve
esses sintomas antes. Seu exame de estado mental é significativo
para uma mulher com aparência deprimida, porém fora isso não
chama atenção. O exame físico se evidencia devido à glândula
tireoide difusamente aumentada e ao cabelo áspero e quebradiço.

Diagnóstico mais provável: Próximo passo diagnóstico:

Transtorno do humor em Coletar exames da tireoide para


decorrência a uma condição essa paciente, incluindo definições
médica geral (hipotireoidismo). dos níveis de tireotrofina (TSH), tri-
iodotironina e tiroxina.

ABORDAGEM CLÍNICA 1
Esse transtorno requer um diagnóstico de perturbação do humor que
causa sofrimento considerável ou prejuízo no desenvolvimento . Ele pode
ser parecido a um episódio de depressão (humor deprimido ou prazer
diminuído) ou a um episódio de mania (humor elevado ou irritável).

O exame físico, as descobertas


laboratoriais e a história, precisam 2 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
evidenciar um aspecto fisiológico
causal entre a doença clínica e a Os distúrbios do humor provocados
alteração do humor. por substâncias, ocasionados não
somente por álcool e drogas ilícitas
(na intoxicação e na abstinência).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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HIPOTIREOIDISMO COM DEPRESSÃO

As vezes pode ser difícil fazer a distinção entre 3 TRATAMENTO


transtorno do humor primário (psiquiátrico) e
secundário (induzido), principalmente porque O tratamento exige, se possível,
um estressor, como a própria doença clínica, tratar inicialmente a condição
pode ocasionar episódios tanto de depressão clínica subjacente e, assim, possuir
maior como de mania. melhora nos sintomas de humor.

P. Ex: neste caso, ao descobrir que a mulher tem hipotireoidismo


e assim tratá-la com suplementação da tireoide, ela
consequente-mente irá sentir uma melhora na depressão. Os
sintomas de humor provocados por condições clínicas ou
neurológicas que são cons-tantes, crônicas ou de outras
maneiras intratáveis (p. ex., demên-cias, acidentes vasculares
cerebrais, tumores malignos)

Normalmente respondem a tratamentos psicofarmaco-


lógicos típicos, como inibidores seletivos da recaptação
de serotonina, inibidores da recaptação de serotonina e
noradrenalina, antidepressivos tricíclicos, estabilizadores
do humor e eletroconvulsoterapia.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


26
TRANSTORNO BIBOLAR (INFANTIL)
CASO 4
Seção I
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TRANSTORNO BIBOLAR (INFANTIL)

Um adolescente de 14 anos é encaminhado ao setor de emergência


acompanhado dos pais por estar faltando à aula para trabalhar
freneticamente em um projeto que, de acordo com ele, vai salvar o
mundo. O problema parece ter se acentuado nas últimas semanas.
Ele não dorme, porém tem muita energia. Seus pensamentos são
desordenados, e ele não se dar conta como está intrusivo ou como
incomoda as pessoas com seu discurso excessivo e incessante.
Está irritável e lábil e tem pensamentos paranoides e grandiosos.

1 DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL


Transtorno bipolar I, primeiro episódio
maníaco, com aspectos psicóticos.
DEFINIÇÕES

TRANSTORNO BIPOLAR:

Síndrome com sinais maníacos completos


acontecendo no curso do transtorno.

TRANSTORNO BIPOLAR II:

Hipomania; contida por depressão e


episódios de mania que não
satisfazem completamente os critérios
para síndrome maníaca.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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28

TRANSTORNO BIBOLAR (INFANTIL)

HIPOMANIA:

Os sinais são parecidos aos da mania, apesar que não


alcancem o mesmo nível de gravidade nem ocasione o
mesmo nível de prejuízo social.
CICLAGEM RÁPIDA:

Acontecimento de pelo menos quatro episódios - tanto


de depressão quanto de hipomania/mania - em um
ano.

LÁBIL:

Humor e/ou afeto que modifica com pressa de um extremo ao


outro. Por exemplo, o paciente pode estar sorrindo e eufórico em
um momento, no qual é seguido por uma manifestação de grande
raiva e, depois, profunda tristeza nos próximos minutos da
entrevista.

2 TRATAMENTO

Com constância, agentes estabilizadores do humor, como


carbonato de lítio, carbamazepina e valproato são essenciais para
deter e tratar fases maníacas. O lítio é o único agente adotado
pela FDA para o tratamento do transtorno bipolar em jovens a
partir de 12 anos. Precisa-se monitorar os níveis séricos para
assegurar que a dosagem se permaneça na faixa terapêutica.

O tratamento do transtorno bipolar em crianças


compreende tanto psicoterapia como
psicofarmacoterapia.
( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).
29
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
CASO 5
Seção I

ESQUIZOIDE
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30
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
ESQUIZOIDE

Um homem de 36 anos se consulta com seu clínico geral com


progressivo estresse após ser transferido para um trabalho que
requer muito mais contato interpessoal do que sua atividade
anterior. Os resultados do exame mental do paciente são
fundamentalmente normais, com exceção de uma variante afetiva
restrita

1 CONSIDERAÇÕES

As pessoas com transtorno da personalidade esquizoide


podem apresentar maior predisposição ao uso de álcool ou
de outras substâncias. Um transtorno da personalidade é
uma forma indiferente de pensar sobre si próprio ou sobre o
ambiente, o que ocasiona complicações sociais ou
ocupacionais.

CONSIDERAÇÕES

DEFINIÇÕES 2
Intervenção aplicadas por pacientes que
DEFESAS ALOPLÁSTICAS: reagem ao estresse procurando mudar o
ambiente externo, por exemplo,
ameaçando ou manipulando outros.

Intervenção aplicadas por pacientes DEFESAS AUTO PLÁSTICAS:


que reagem ao estresse alterando
seus processos psicológicos internos

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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31
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
ESQUIZOIDE

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE:

Padrões recorrentes de perceber, relacionar-se com e


pensar sobre o ambiente e sobre si próprio que são
impassíveis, desadaptativos e acarreta danos significativo
no desempenho social ou ocupacional.

FANTASIA ESQUIZOIDE:

Um instrumento de defesa através do qual a fantasia é utilizada


como um escape e como um meio de gratificação, para que
outros pessoas não sejam necessárias à realização emocional.

GRUPOS DE TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE 3

Definido por comportamento estranho ou excêntrico. Os


A transtornos da personalidade esquizoide, esquizotípica e
paranoide integram esse grupo.

Definido por comportamento dramático ou emocional.


GRUPOS
B Os transtornos da personalidade histriônica, narcisista,
antissocial e borderline integram este grupo.

Definido por comportamento ansioso ou temeroso.


C Contém os transtornos da personalidade obsessivo-
compulsiva, esquiva e dependente

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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32
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
ESQUIZOIDE

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO 4
Os indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide manifestão
um padrão dominante de indiferença a relacionamentos sociais e uma
redução da expressão e da experiência emocional. Possuem problemas
para expressar hostilidade e vivem em seu próprio mundo, alheios de si.
Evitando contatos pessoais íntimos. Normalmente, atuam bem no
trabalho, contando que não exija muito contato interpessoal.

5 MELHOR TRATAMENTO INICIAL

Apesar da psicoterapia prolongada ser útil para esse paciente, sua


condição é egossintônica, e é possível que ele não esteja motivado a se
sujeitar a esse tratamento. O melhor método para amenisar seu estresse
é buscar um emprego que exija pouca interação interpessoal.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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CASO 6
FOBIA SOCIAL
Seção I
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34

FOBIA SOCIAL

Um homem de 35 anos possui uma ampla história de medo de falar


em público. Costuma lidar com seu medo resistindo a essa atividade
ou conservando ao mínimo o tamanho da audiência. Como nessecita
realizar uma apresentação na presença de um extenso público a
curto prazo, ficou extremamente ansioso, a ponto de não conseguir
dormir. Tem medo de passar vergonha diante do público. Não
conseguir falar diante desse público possuirá um impacto muito
negativo sobre seu emprego.

1 DEFINIÇÕES

FOBIA:

Medo recorrente, irracional, exagerado e patológico de


1 um cenário ou um estímulo específico, que resulta em
evitar de maneira consciente a circunstância temida.

FOBIA SOCIAL:

Pavor de ficar constrangido em público, medo de falar em


2 público ou medo de comer em público.

FOBIA ESPECÍFICA:

Pavor de determinado objeto ou situação, como acrofobia

3 (altura), agorafobia (espaços abertos), algofobia (dor),


claustrofobia (espaços fechados), xenofobia (estranhos) e
zoofobia (animais)

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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FOBIA SOCIAL

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

Há algumas mudanças propostas para fobia social no DSM-5.


São elas: a alteração do nome de fobia social para transtorno de
ansiedade social, além de outras alterações secundárias nos
critérios. Tais mudanças englobam ampliação da duração para
aumentar o limiar de gravidade; novos especificadores
concentrados na ansiedade relacionada ao desempenho; e
também mutismo associadas somente a situações soc1a1s.

TRATAMENTO 2

A psicoterapia é benéfica para o tratamento da fobia social e geralmente


engloba a junção de terapia comportamental e cognitiva, com
dessensibilização à situação temida, ensaio durante as sessões e
tarefas de casa em que o paciente é solicitado a se colocar em situações
públicas de maneira gradual.

Em alguns casos, a psicofarmacoterapia para fobia social grave foi


bem-promovida com o uso de inibidores seletivos da recaptação de
serotonina (ISRSs), benzodiazepínicos, venlafaxina e buspirona.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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INTOXICAÇÃO POR FENCICLIDINA
CASO 7
Seção I
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37

INTOXICAÇÃO POR FENCICLIDINA

Um jovem de 18 anos é levado ao setor de emergência depois


de possivelmente ter ingerido uma substância desconhecida
em uma festa. Ele está agressivo, paranoide, hostil e violento
e precisa ser colocado sob contenção de tiras de couro. Sua
fala está arrastada, e ele tem nistagmo vertical

1 CONSIDERAÇÕES

Esse comportamento não é característico dele. A disartria e o


nistagmo observados são típicos da intoxicação por PCP.

CONSIDERAÇÕES 2

ATAXIA: Perturbação no andar; o


paciente não consegue durar
em pé com equilíbrio.

DISARTRIA:
Perturbação na fala, que
parece arrastada, truncada
ou confusa.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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INTOXICAÇÃO POR FENCICLIDINA

HIPERACUSIA: Acuidade auditiva


especialmente
aumentada.

NISTAGMO:
Movimento rítmico e oscilante dos
olhos. Esse movimento de um lado
para outro, geralmente é involuntário
e pode acontecer no plano vertical ou
horizontal.

FENCICLIDINA:

A PCP é uma piperidina semelhante


Conhecida como ''pó de
à quetamina, inicialmente produzida
anjo': ''tranquilizante de
como um agente anestésico.
cavalo'' ou ''folha feliz''

Ela é muito potente, de ação longa e ocasiona efeitos tóxicos


comportamentais, fisiológicos e neurológicos evidenciados no ser
humano, incluindo agitação, desorientação, alucinações e delirium.

ABORDAGEM CLÍNICA

A intoxicação por fenciclidina é classificada uma emergência


psiquiátrica em rasão do potencial de psicose e condulta destrutiva.
Os efeitos de pequeno prazo duram até seis horas, mas o efeito
completo da substância pode prevalecer por vários dias.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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39

INTOXICAÇÃO POR FENCICLIDINA

TRATAMENTO 3

Recomenda-se um teste de urina para presença de PCP para


assim, confirmar o diagnóstico. A internação hospitalar é precisa
para o acompanhamento médico de intoxicação grave e também
para possibilitar um ambiente seguro.

Os antipsicóticos são capazes de piorar os sintomas


devido a seus efeitos colaterais anticolinérgicos,
porém mesmo assim podem ser necessários para
controlar o comportamento violento.

Os benzodiazepínicos costumam ser classificados como uma primeira


opção mais segura nos casos em que psicose não é tão manifesta

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO DE ANSIEDADE
CASO 8
GENERALIZADA
Seção I
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TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA

Uma paciente de 28 anos se apresenta com sintomas de ansiedade


crônica, se preocupa com uma variedade de problemas no qual não se
encaixam em uma categoria específica. Seus sintomas físicos
compreende tensão muscular, insônia e inquietude. A ansiedade está
intervindo em seu trabalho, e ela não consegue controlá-la.

DEFINIÇÕES 1 ANSIEDADE:

são preocupação ou nervosismo no qual se manifestam como


perturbações cognitivas (ex: dificuldade para se concentrar),
estados emocionais (como irritabilidade) e sintomas somáticos
(como tensão muscular, inquietude, fadiga ou problemas de sono).

2 ABORDAGEM CLÍNICA

6 Meses O transtorno de ansiedade generalizada pode ser


estabelecida como ansiedade e preocupação com
diversos eventos e atividades, acontecendo na
maioria dos dias em um período de seis meses.

A ansiedade e a preocupação relacio-


nadas ao TAG podem ser diferenciada da
ansiedade normal por sua natureza
excessiva, pelo impedimento de controla-la
e por sua interferência no dia-a-dia.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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42
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA

Para determinar um diagnóstico de TAG, necessita ser examinadas


outras etiologias da ansiedade, incluindo hipertireoidismo, abuso de
substâncias e até mesmo doença cardiovascular.

TRATAMENTO 3

O tratamento é feito através da


farmacoterapia e terapia cognitiva-
comportamental.

Os principais agentes utilizados no


tratamento do TAG são:

ISRSs ou ISRSNs,
buspirona e benzodiazepínicos.

terapia cognitivo-comportamental

A (TCC), se baseia em mecanismos para


auxiliar o paciente a observar e mudar
crenças negativas acompanhado de
relaxamento ou biofeedback.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO BIPOLAR MANÍACO
CASO 9
Seção I

(ADULTO)
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44

TRANSTORNO BIPOLAR MANÍACO (ADULTO)

Um homem de 27 anos apresenta-se ao setor


de emergência com sinais e sintomas
tradicionais de mania. Tem consumido álcool
exagerada-mente, mas o exagero parece ter
começado após o início dos sintomas maníacos.
Não se sabe se está utilizando drogas;
portanto, isso necessita ser descartado para
que se possa definir um diagnóstico de mania.
Próximo passo diagnóstico:

Precisa ser exigido uma análise de urina para substâncias


de abuso e uma determinação da alcoolemia.

Diagnóstico mais provável:

Transtorno bipolar, episódio maníaco.

CONSIDERAÇÕES

Esse caso oferece uma descrição bastante


direta das atitudes maníacas, e os resultados de
seu exame do estado mental também são
bastante clássicos.

O uso de substâncias, precisa ser descartado


por meio de um screeningtoxicológico de urina.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO BIPOLAR MANÍACO (ADULTO)

Tendo em vista a irritabilidade do paciente e a ausência de insight


em associação à doença, é provável que seja dificil convencê-lo a
se internar, e ele não está doente o necessário para ser
hospitalizado sem seu consentimento. Nesse estágio, também é
incerto que concorde em tomar medicamento.

ABORDAGEM CLÍNICA
Os transtornos bipolares são transtornos
do humor com episódios de depressão e
mania ou depressão e hipomania.
transtorno bipolar I

Aborda episódios de depressão e episódios de mania plenos.

A mania é denotada por um humor aumentado, expansivo


ou irritável que se desvia do humor normal do paciente.

O transtorno bipolar II

É definido por episódios de depressão e episódios de hipomania (os


sintomas são mais leves e pequenos e não contentam todos os
critérios para a mania)

Os indivíduos precisam ser tratados com esta-


bilizadores do humor, podendo ser de maneira TRATAMENTO
isolada como em combinação com um antipsi-
cótico atípico ou de segunda geração.

Estabilizadores do humor como lítio e ácido valproico são a primeira


opção. Carbamazepina ou oxcarbazepina são a segunda opção
para estabilizar o humor. Pacientes com transtorno bipolar com
depressão, o estabilizador do humor mais indicado é a lamotrigina.
Antipsicóticos atípicos também podem ser utilizados.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO (INFANTIL).
CASO 10
Seção I
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47
TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO (INFANTIL).

Uma jovem de 13 anos possui uma história de 6 meses de lavar-se


excessivamente, até 5 horas por vez. Esses banhos são em deco-
rrência de pensamentos de se sentir suja ou impura. Quando não
toma banho, sua ansiedade eleva em decorrencia desses pensa-
mentos. Deve seguir uma ordem especial para se lavar ou tem de
começar tudo de novo. A paciente está consciente que isso é pen-
samentos e comportamentos anormais e isso a deixa perturbada.

ABORDAGEM CLÍNICA

A principal particularidades do TOC são as obsessões e/ ou compulsões


persistentes. As obsessões são recorrentes na percepção ciente do
individuo, que costuma reconhecê-las como anormais e irracionais e
geralmente quer resistir a elas.

O TOC é um transtorno incapacitante, perturbador, que


consome tempo e prejudica no dia-a-dia da pessoa, em
suas tarefas profissionais, nas atividades sociais e/ou
nos relacionamentos.

Melhor psicoterapia:

Terapia comportamental englobando


exposição e prevenção de resposta.

Melhor farmacoterapia:

Um inibidor seletivo da recaptação de


serotonina (ISRS).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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48
TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO (INFANTIL).

TRATAMENTO

O tratamento psicoterapêutico engloba a terapia cognitivo compor-


tamental conhecida como exposição/prevenção da resposta. Nesse
tratamento, o terapeuta e o paciente discorre uma lista de elemen-
tos derivados da atitude compulsiva.

A criança é exposta inicialmente ao desencadeante menos pro-


vocador de ansiedade e em seguida, com o uso de elementos
que diminui a ansiedade, passa gradativamente para graus mais
altos da hierarquia, até desenvolver tolerância. A exposição
repetida aos desencadeantes é relacionada à redução da
ansiedade.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


49
DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL
CASO 11
Seção I
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DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL

Um homem de 45 anos busca seu médico com a queixa principal de


fadiga. Em decorrência de ingestão intensa de bebida, obteve vá-
rias advertências no emprego e sua esposa cogitou abandoná-lo.
Bebe de 6 a 12 cervejas por dia, porém algumas doses de destila-
dos. Relata blackouts, não conseguir parar de beber, tolerância ao
álcool e possíveis sinais de abstinência. Tentou parar de beber
algumas vezes, mas nao obteve resultado positivo.

Complicações clínicas frequentemente associadas:

Convulsões por abstinência, delirium tremens, síndrome


de Wernicke-Korsakov, degeneração cerebelar, encefa-
lopatia hepática, síndromes de má absorção,
pancreatite, cardiomiopatia, anemia macrocítica.

DEFINIÇÕES
DELIRIUM TREMENS:

Caracterizado por desorientação, flutuação do nível de


consciência, sinais vitais aumentados e tremores
derivado de diminuição constante ou interrupção do uso
excessivo de álcool por um vasto período de tempo.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL

SÍNDROME DE KORSAKOV (PSICOSE):

Não é um estado psicótico, mas amnésia, tanto anterógrada


quanto retrógrada, com confabulação, que se manifesta
depois do uso crônico de álcool. Geralmente irreversível e
também causada por deficiência de tiamina.

ENCEFALOPATIA DE WERNICKE:

Encefalopatia aguda, geralmente é reversível,


resultante de deficiência de tiamina e caracterizada pela
tríade delirium, oftalmoplegia (geralmente do nervo VI) e
ataxia.

ABORDAGEM CLÍNICA

Essa dependência está associada a atitudes como a incapacidade de


diminuir ou sessar o consumo, farras (beber o dia inteiro por no mínimo
dois dias), episódios de amnésia (blackouts) e beber mesmo sabendo
da sua condição clínica.

Os indivíduos com dependência de álcool são


prejudicados em suas funções sociais e profissionais.

Manifestado por violência contra aos outros,


absenteísmo no trabalho, dificuldades legais
(dirigir embriagado) e relacionamentos tensos
com amigos e família.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL

O tratamento eficaz da dependência de álcool TRATAMENTO


é o paciente controlar o uso. A melhor forma
de obter sucesso é através da abstinência
total e da prevenção de recidiva.

Dissulfiram (Antietanol)

É um medicamento que bloqueia a enzima acetaldeído


desidrogenase. O objetivo deingerir esse fármaco é impedir o
paciente de consumir álcool.

Naltrexona

É um antagonista opioide onde se credita a diminuição do


desejo por álcool por meio do bloqueio dos caminhos
dopaminérgicos (de recompensa) no cérebro. A naltrexona
pode ser administrada via oral ou injetável de longa duração.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


53
INTOXICAÇÃO POR COCAÍNA E
DEPENDÊNCIA DE COCAÍNA
CASO 12
Seção I
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INTOXICAÇÃO POR COCAÍNA E
DEPENDENCIA DE COCAÍNA

Uma mulher de 29 anos foi presa ao tentar roubar uma mercado.


Ela perdeu o emprego por estar sempre atrasada e por roubar do
patrão para sustentar seu vício. A paciente vem necessitando de
doses cada vez maiores da sua droga preferida para ficar ''ligada''
e sente fissura, sonolência, depressão e hiperfagia quando não
consegue consumi-la. Sob efeito da droga, percebe um sentimento
de euforia e energia aumentada. Ela tentou parar, mas não
conseguiu. Na consulta exibe midríase, diaforese e perdeu 13,5 kg
em um curto intervalo de tempo.

ABORDAGEM CLÍNICA

A intoxicação por cocaína pode provocar várias alterações


comportamentais e físicas. Os indivíduos também podem desenvolver
alucinações (tanto auditivas como visuais), paranoia, delírios e
comportamentos de risco (incluindo promiscuidade e violência).

DIAGNÓSTICO

Diversas condições psiquiátricas podem ocorrer em


associação à dependência de cocaína. Alguns transtornos,
entre eles os de ansiedade, hiperatividade, bipolar, podem
promover no processo da dependência de cocaína.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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55
INTOXICAÇÃO POR COCAÍNA E
DEPENDENCIA DE COCAÍNA

TRATAMENTO

O tratamento pode ser multidisciplinar, contendo estratégias médicas,


psicológicas e sociais para ajudar o paciente a estabelecer e manter a
abstinência.

Constantes screenings toxicológicos de urina, não agendados, são


indispensáveis nos tratamentos de pequeno e grande prazo para
dependência de cocaína, pois a negação é notória em muitos casos.

Terapias individuais e de grupo podem


ajudar no apoio, na informação e na redução
da negação, assim como na promoção de
habilidades para evitar o futuro uso da droga.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


56
CASO 13
DELIRIUM
Seção I
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DELIRIUM

O paciente é um homem de 64 anos que realizou uma cirurgia três


dias antes. Na noite anterior à consulta psiquiátrica, teve
alucinações visuais e paranoia, além de ficar alternadamente
desorientado e torporoso. No exame da manhã seguinte, está
orientado para pessoa e lugar, mas não para tempo. Além disso, os
resultados de seu exame do estado mental são normais. Não tem
história anterior de doença psiquiátrica.

PRÓXIMO PASSO NO
TRATAMENTO

Precisa ser analisada uma causa para o delirium.

Precisa ser feito um exame físico.

Deve-se examinar a lista de medicamentos do paciente.

Causas iatrogênicas constante incluem benzodiazepínicos,


anticolinérgicos, anti-histamínicos e narcóticos.

Precisa-se ser realizados testes laboratoriais e radiográficos para


analisar outras causas recorrentes de delirium, como desequilíbrio de
eletrólitos, hipo/hiperglicemia, pneumonia, infecção do trato urinário,
hipercapnia e hipoxia.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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DELIRIUM

DEFINIÇÕES

HIPOXIA: Acometimento definido por uma diminuição de


suprimento de oxigênio.

ORTOSTASE:

Redução da pressão arterial sistólica de 20


mmHg em uma mudança de posição.

TORPOROSO:

Estado de prontidão ou consciência diminuídos.

TORPOROSO:

Agravamento de delirium à noite.

DIAGNÓSTICO

Algumas características ajudam a diferenciar entre os


transtornos de delirium e demências: o início do delirium é
agudo (horas ou dias), enquanto o da demência é mais
arrastado (meses ou anos);

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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DELIRIUM

O curso do delirium flutua ao longo do dia, já o da demência


permanece relativamente estável; o grau de consciência fica
alterado no delirium, porém na demência não; o delirium em
geral é reversível, enquanto a demência costuma ser
irreversível

TRATAMENTO

O tratamento do delirium tem por base a identificação e a


reparação da anormalidade subjacente.

O manejo farmacológico das perturbações comportamentais


pode ser adquirido com uma baixa dose de antipsicóticos de
alta potência (como droperidol ou haloperidol), pela sua
incidência mais baixa de ortostase e efeitos colaterais
anticolinérgicos, os quais podem agravar a condição do
paciente.

Antipsicóticos atípicos (como risperidona, olanzapina e


quetiapina) também são usados como agentes terapêuticos
para o controle das perturbações do comportamento.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO DE ESTRESSE
CASO 14
PÓS - TRAUMÁTICO
Seção I
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TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS -
TRAUMÁTICO

Uma mulher de 34 anos sofreu um evento traumático há um


ano. Desde então, tem estado deprimida, irritável, zangada e
emocionalmente desconectada. Tem problemas para dormir e
para se concentrar. Possui pesadelos sobre o estupro, tenta
não pensar sobre o evento e evita se aproximar do local onde
aconteceu. No exame do estado mental, revela um humor
deprimido congruente com seu afeto, que também é restrito.
Tem fantasias de violência em relação a seu agressor, mas
sem ideação suicida nem homicida manifestas.

CONSIDERAÇÕES

Essa paciente manifesta vários dos sinais e sintomas


característicos do TEPT. Depois de um evento traumático,
ela repara se respondendo emocionalmente (depressão,
raiva, irritabilidade) e se distanciando das pessoas de quem
gosta. Revive o evento através de pesadelos e pensamen-
tos intrusivos recorrentes sobre o acontecimento.

ABORDAGEM CLÍNICA

A identificação do TEPT objetifica interpretar o


evento traumático e as características do pacien-
te. O trauma em si pode ter sido um único evento
ou podem ser múltiplos eventos que aconteceram
ao longo de semanas, meses ou até anos (como
em casos de violência doméstica).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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62
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS -
TRAUMÁTICO

DIAGNÓSTICO

O transtorno de estresse pós-traumático é geralmente


acompanhado por um estado de comórbida, como
depressão maior, outro transtorno de ansiedade ou
dependência de substância; o que se precisa ter em
conta quando se estabelece o diagnóstico diferencial.

TRATAMENTO

Geralmente é multidisciplinar, englobando farmacoterapia, psico-


terapia e intervenções sociais. Inibidores seletivos da recaptação
de serotonina (ISRSs), como sertralina e paroxetina, e inibidores
da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSNs).

Todavia, antidepressivos tricíclicos e inibidores da


monoaminoxidase (IMAOs) também são eficazes,
especialmente para tratar os sintomas de revivência.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


63
TRANSTORNO DISTÍMICO
CASO 15
Seção I
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TRANSTORNO DISTÍMICO

Um homem de 34 anos sofreu de


depressão maior no passado e, de
aordo com sua história, passou por um
período de 1O anos de humor deprimido com insônia, oscilação de
apetite, capacidade diminuida de concentração e baixo nível de energia.
Ele também percebe que sua autoestima está baixa. Não tem ideação
suicida, sintomas psicóticos nem perda de peso e tem conseguido
trabalhar. Nega outros sintomas psiquiátricos e problemas clínicos.

O transtorno distímico é muito comum, afetan-


ABORDAGEM CLÍNICA do uma parte da população. Enquanto a de-
pressão maior é habitualmente caracterizada
por episódios distintos, é comum a distimia ser
crônica e não episódica.

Mudanças propostas para o DSM-5: O DSM-5 sugere renomear o


transtorno distímico como transtorno depressivo crônico, e os
critérios não irão impor a exclusão de um episódio depressivo maior.

O transtorno distímico pode ser conside- DIAGNÓSTICO


rado como uma doença depressiva com
menos intesidade, de maior duração, se
comparada ao transtorno depressivo maior.

Quando uma pessoa com transtorno distímico manifesta um


episódio de depressão maior (depois de dois anos nos
adultos), com constância a condição é referida como
(depressão dupla), quepossui um prognóstico pior do que cada
uma das duas doenças de maneira isolada.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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65

TRANSTORNO DISTÍMICO

TRATAMENTO

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores


seletivos da recaptação de noradrenalina (ISRNs) e outros antidepre-
ssivos, como bupropiona, podem ser úteis em pacientes com esse
transtorno. Embora outros antidepressivos, como os tricíclicos (TCAs) e
os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), possam ser eficazes, os
ISRSs e ISRNs têm perfil com melhores efeitos colaterais e geralmente
constituem a melhor alternativa.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


66
CASO 16
DEMÊNCIA
Seção I
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DEMÊNCIA

Um homem de 69 anos com his-


tória de pressão alta vem tendo
problemas de memória e um com-
portamento desorganizado nos
últimos meses.
Anteriormente, funcionava em um nível muito superior ao atual.
No exame do estado mental, observam-se afasia e prejuízo de
memória.

DEFINIÇÕES AGNOSIA: I

Falta de capacidade de reconhecer ou identificar


AFASIA: objetos, apesar da função sensorial intacta.

APRAXIA:
Prejuízo da linguagem.
Capacidade afetada de fazer atividades
motoras, apesar da função motora intacta.

ABORDAGEM CLÍNICA

As características da demência são o prejuízo


de memória ligados a algum outro déficit
cognitivo, como afasia, apraxia, agnosia ou
perturbação no funcionamento executivo.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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DEMÊNCIA

DIAGNÓSTICO

Um dos mais determinantes é que a demência requer não apenas


um prejuízo de memória, mas também um ou mais déficits cognitivos,
como afasia, apraxia, agnosia ou dificuldade no funcionamento
executivo.

Os pacientes com transtorno amnéstico não dese esses problemas.


As demências normalmente são doenças progressivas de pessoas
mais velhas, ja os transtornos amnésticos são condições agudas que
aparecem em pessoas de todas as faixas etárias.

TRATAMENTO

Na demência de Alzheimer, a acetilcolina é o neurotransmissor mais


afetado, e inibidores da acetilcolinesterase são utilizados para aumentar
os níveis de acetilcolina no SNC em casos leves a moderados. Esses
agentes (entre eles donepezil, galantamina, rivastigmina e tacrina) atuam
como inibidores reversíveis não acetiladores da acetilcolinesterase, a
enzima que cataboliza a acetilcolina.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


69
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
CASO 17
Seção I

ANTISSOCIAL
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TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

Um presidiário de 32 anos é recebido por um psiquiatra após de


brigar com outro detento. Ele tem uma vasta história de prisões
e mostra-se incapaz de acatar as normas sociais, ao que parece,
desde os 13 anos. Não aparenta sentir remorso por suas açoes.

O exame do estado mental indica que o paciente está alerta e orientado


para pessoa, tempo e lugar. Em alguns ocasiões parece receptivo e
envolvido, mas em outros é grosseiro e desrespeitoso. Sua fala é normal
em velocidade, ritmo e tom. Seu humor é descrito como "legal", e seu
afeto é congruente. Não demonstra transtorno nos processos nem no
conteúdo do pensamento.

Outros transtornos psiquiátricos ABORDAGEM CLÍNICA


possíveis: transtornos relacionados
ao uso de substância.
Os pacientes demonstram padrão geral
de violação dos direitos alheios, que
ocorre a partir dos 15 anos.

Em geral eles não parecem ter consciência


nem remorso em relação a suas ações. Eles
realizam repetidas vezes atos ilegais,
mentem quase sempre e são impulsivos e
irritáveis.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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71

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Os pacientes com transtorno da personalidade antissocial


precisam ser diferenciados de individuos que possui ações
antissociais.

A diferença é que os primeiros não sentem empatia pelos


outros, apresentam pouco ou nenhum remorso e possui
atitudes irresponsável, impulsivo e antissocial em muitos
contextos da vida

TRATAMENTO

Geralmente, se concentra na redução de comportamentos


impulsivos ou agressivos e atos antissociais, em vez de
buscar uma cura.

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs)


e estabilizadores do humor, também são favoravéis.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


72
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE
CASO 18
Seção I
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73
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE

Uma menina de sete anos foi encaminhada a um psiquiatra pela


professora por apresentar desatenção, distratibilidade e má concen-
tração, bem como porque seu mau desempenho acadêmico resultou na
piora das notas. Os pais descrevem dificuldade em seguir instruções,
desorganização e esquecimento. Ela não tem sintomas de depressão,
psicose nem de problemas de desenvolvimento.

DEFINIÇÕES DISTRATIBILIDADE:

Não consegue concentrar a


atenção durante períodos de tempo
adequados à faixa etária

Atividade excessiva,consideravelmente
HIPERATIVIDADE: acima do nível esperado para o ambiente e o
estágio de desenvolvimento da pessoa.

ABORDAGEM CLÍNICA

O transtorno é determinado como um padrão


recorrente de desatenção e/ ou hiperatividade mais
frequente ou grave do que o previsto para um
determinado nível de desenvolvimento. Os sintomas
devem estar presentes ao menos durante 6 meses,
iniciar antes dos 7 anos e ser vistos em mais de um
contexto (p. ex., em casa e na escola).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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74
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Os pacientes com TDAH possui dificuldades de aprendizagem, de


maneira onde toda criança suspeita de sofrer desse transtorno deve ser
analizada criteriosamente.

O TDAH, sobretudo quando ocorre concomitantemente a TDO, pode ser


confundido com transtorno bipolar infantil.

A medicação pode atingir apenas três efeitos:

( 1) auxiliar a criança a sentar-se quieta - se a


criança quiser sentar-se quieta;

(2) auxiliar a criança a concentrar sua atenção - se a


criança quiser prestar atenção;

(3) axiliar a criança a pensar antes de agir - mas não


vai afetar o fato de a criança tomar uma decisão
acertada ou não.

TRATAMENTO

Uso de um psicoestimulante ou atomoxetina junto


com treinamento comportamental para os pais e
programas de mudanças de comportamento em
sala de aula.
( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).
75
CASO 19
BULIMIA NERVOSA
Seção I
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76

BULIMIA NERVOSA

Uma jovem de 19 anos tem consumido compulsivamente muitas


quantidades de comida, bem mais do que a maioria das pessoas em
circunstâncias semelhantes. Envergonha-se disso e teme ficar obesa.
Por esse motivo, induz vômitos 3 a 4 vezes por semana. Esse
comportamento seeleva quando está sob estresse, e a paciente sente
que não tem controle sobre ele. Os resultados de seu exame físico são
normais, incluindo o peso.

Modalidades de tratamento mais adequadas:

Reabilitação nutricional, psicoterapia cognitivo-


comportamental e tratamento com um antidepressivo
(inibidor seletivo da recaptação de serotonina [ISRS] ).

Testes de laboratório e exame físico:

Glândulas parótidas, boca, dentes (cáries), exame abdominal


para lesão esofágica ou gástrica, desidratação persistente do
uso de laxante, hipotensão decorrente de fármaco emético
DEFINIÇÕES
(ipeca), taquicardia, arritmias. Deve-se checar também os níveis
séricos de eletrólitos, magnésio e amilase.

COMPULSÃO ALIMENTAR:
DEFINIÇÕES

Consumir uma quantidade de alimento


extremamente alta do que a maioria das pessoas
comeria em um período de tempo igual e possuir
sentimento de falta de controle

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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77

BULIMIA NERVOSA

TIPO NÃO PURGATIVO:

Tipo de bulimia em que o jejum e o excesso de exercícios


são utilizados sem purgação frequente.

PURGAÇÃO:

Vômitos autoinduzidos ou uso inadequado de


laxantes, diuréticos ou enemas com o objetivo
de evitar o ganho de peso.

ABORDAGEM CLÍNICA

Embora os comportamentos de comer compulsivo e purgação sejam


observados tanto na anorexia como na bulimia, a anorexia se
diferencia pela exigência de estar abaixo do peso e amenorreia. As
pacientes bulímicas podem estar abaixo do peso, ter peso normal ou
DEFINIÇÕES
mesmo estar acima do peso.

TRATAMENTO
Plano para a reabilitação nutricional onde
o paciente recebe refeições regulares e
balanceadas para substituir o padrão de
1 jejum, advindo de compulsão alimentar e
vômitos constantemente observados
nesses individuos.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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78

BULIMIA NERVOSA

Psicoterapia cognitivo-comportamental individual para


2 elucidar os padrões cognitivos que levam ao comportamento
bulímico, combinada com terapia de grupo/ família.

O uso de um antidepressivo, normalmente um ISRS, pode gerar


3 uma diminuição no comportamento purgativo e de compulsão
alimentar, porém, sem psicoterapia, os comportamentos purgativos
podem retornar.

DEFINIÇÕES

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


79
INSONIA PRIMÁRIA
CASO 20
Seção I
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80

INSONIA PRIMÁRIA

Uma mulher de 28 anos vem tendo dificuldades de sono nos últimos


dois meses, dificuldade essa desencadeada por uma discussão com
o namorado. Desde então, teme não dormir o suficiente e se sente
preocupada e frustrada. Tem dificuldade para conciliar e manter o
sono. Não relata outro problema, mental nem físico, e os resultados
de seu exame físico são normais. Nega o uso de drogas ou álcool.

ABORDAGEM CLÍNICA

É diagnosticada quando as dificuldades para adormecer tem duração


em um período mínimo de um mês e provocam sofrimento ou prejuízo
significativo. Essas dificuldades compreendem um sono não reparador
ou dificuldade em iniciar ou manter o sono.

A insônia primária normalmente é caracterizada


pela dificuldade em adormecer e por diversos
despertares durante a noite.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

É um diagnóstico de exclusão, no qual se deve


excluir primeiro fatores físicos ( apneia do
sono, epilepsia associada ao sono, asma
relacionada ao sono, doença gastroesofágica
de refluxo ligado ao sono, etc.).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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81

INSONIA PRIMÁRIA

TRATAMENTO

Devem ser realizadas sugestões relacionadas a higiene do sono,


terapia de controle de estímulo, treino de relaxamento e terapia
cognitivo-comportamental.

Medicamentos úteis incluem:

ramelteon,
trazodona e agonistas dos receptores benzodiazepínicos como:
zolpidem,
zaleplona e triazolam,

Embora esses fármacos em geral não devam ser


utilizados por mais de 2 semanas pois podem
provocar tolerância e abstinência.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


82
TRASTORNO DE SOMATIZAÇÃO
CASO 21
Seção I
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83

TRASTORNO DE SOMATIZAÇÃO

Uma mulher de 28 anos possui queixa principal de cefaleias diárias


no último mês. Deitar em um quarto escuro e tomar Tylenol com
codeína ajuda um pouco. A dor se irradia para trás da cabeça. Essas
dores acontecem há 1O anos, juntamente com dores no peito, nas
costas e no abdome. Sintomas relacionados integra fraquesa e
formigamento nos braços, vômitos, diarreia e repetidos vômitos
durante a gravidez, há 4 anos. Não foi achado anormalidade física.
A paciente está incapacitada e sofrendo em decorrência dos
sintomas. Um exame do estado mental revela humor deprimido e
afeto disfórico.

DEFINIÇÕES
TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO:

É quando a pessoa possui múltiplos sintomas


físicos que não podem ser explicados com base
em uma avaliação médica. É uma condição crô-
nica que geralmente inicia antes dos 30 anos e
caracteriza-se po queixas englobando múltiplos
sistemas de órgãos: sintomas pseudoneurológi-
cos, dolorosos, gastrintestinais e sexuais.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Algumas doenças clínicas são compostas por


vários sintomas, como os presentes no trans-
torno de somatização - esclerose múltipla, sín-
drome da imunodeficiência adquirida (Aids),
doenças do tecido conjuntivo, vasculite, porfiria,
hipertireoidismo, hiperparatireoidismo e
miastenia grave.O médico deve descartar essas
doenças ao fazer uma avaliação.
( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).
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84

TRASTORNO DE SOMATIZAÇÃO

TRATAMENTO

O curso do transtorno de somatização normalmente sempre é


crônico, e o prognóstico é de regular a ruim;
Definir um médico como a principal pessoa que irá cuidar da
paciente e marcar consultas regulares e breves, geralmente
mensais. A psicoterapia será útil se a paciente aceitá-la.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


85
SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS
CASO 22
Seção I
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86

SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS

Uma mulher de 28 anos possui queixa principal de cefaleias diárias


no último mês. Deitar em um quarto escuro e tomar Tylenol com
codeína ajuda um pouco. A dor se irradia para trás da cabeça. Essas
dores acontecem há 1O anos, juntamente com dores no peito, nas
costas e no abdome. Sintomas relacionados integra fraquesa e
formigamento nos braços, vômitos, diarreia e repetidos vômitos
durante a gravidez, há 4 anos. Não foi achado anormalidade física.
A paciente está incapacitada e sofrendo em decorrência dos
sintomas. Um exame do estado mental revela humor deprimido e
afeto disfórico.

DEFINIÇÕES
SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS:

Sintomas neurológicos, como tremores, espasmos


musculares, rigidez, entre outros, provocados por
medicamentos antipsicóticos.

ABORDAGEM CLÍNICA

O efeito terapêutico de medicamentos


antipsicóticos se origina-se, em parte, de
sua aptidão de bloquear os receptores
dopaminérgicos nas áreas mesolímbicas e
mesocorticais do encéfalo.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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87

SINTOMAS EXTRAPIRAMIDAIS

Essas reações diferenciam quanto a seus fatores de risco, gravidade,


período de tempo e tratamento. Entre elas, apresentam-se reações
distônicas agudas, parkinsonismo, acatisia, síndrome neuroléptica
maligna e discinesia tardia.

O parkinsonismo induzido por antipsicóticos

É caracterizado pelo trinômio tremor de repouso (indicador e polegar),


rigidez (tremor intermitente) e bradicinesia.

A acatisia

É uma sensação particular de inquietação, que pode englobar ansiedade,


andar de um lado para outro ou sentar-se/levantar-se com frequência.

síndrome neuroléptica maligna

É uma emergência médica, caracterizada por rigidez muscular (com


resistência), febre, instabilidade autonômica e também diaforese,
tremor, mutismo, leucocitose e creatinina fosfoquinase elevada.

TRATAMENTO

As reações distônicas agudas devem ser tratadas com


urgência. O tratamento é por meio de medicamentos
anticolinérgicos, como benzotropina, ou antihistamínicos,
como difenidramina, podendo ser administrados por via
oral, intramuscular ou intravenosa. Benzotropina, 2 mg via
intramuscular, com dose de repetição em 30 minutos na
ausência de melhora.
( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).
88
PERSONALIDADE NARCISISTA
CASO 23
TRANSTORNO DA
Seção I
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89
TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE NARCISISTA

Um homem de 45 anos é hospitalizado após um infarto agudo do


miocárdio. 24 horas após, tenta sair do hospital contrariando o
parecer médico, porque está zangado devido ao tratamento
recebido da equipe hospitalar. Tem um sentimento grandioso e
presunçoso acerca da própria importância. Quer tirar proveito da
psiquiatra que o entrevista e obviamente inveja um relógio que
imagina ser caro. Não demonstra outra anormalidade no exame do
estado mental.

CONSIDERAÇÕES Esse paciente sofreu uma ''ferida narcísica''


nas mãos da equipe, já que se negam a
consultar a sua necessidade de admiração
e tratamento especial

Ele comportou-se de forma arrogante, agressivo e exigente


e tentou sair do hospital contra a orientação médica.

DESVALORIZAÇÃO:

Modo de defesa no qual o indivíduo lida com estresse


ou conflito emocional oferecendo qualidades negativas
exageradas a si próprio ou aos outros.

GRANDIOSIDADE:

Concepção exagerado da própria


importância, poder ou fama.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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90
TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE NARCISISTA

ABORDAGEM CLÍNICA

Critérios diagnósticos

Os indivíduos com esse transtorno mostram um padrão global


de grandiosidade, necessidade de admiração e ausência de
empatia em com os outros.

Geralmente, exageram suas realizações e possui inveja das reali-


zações ou posses das pessoas. Consideram-se que são especiais ou
merecedores de tratamento diferenciado. Tiram vantagem dos outros
e podem ter aspectos esnobes ou arrogantes.

TRATAMENTO
O médico precisa ter tato e monstrar
admiração, se viável. O tratamento
dessas pessoas é difícil.

A terapia de grupo só contribui se o terapeuta puder tornar aceitável


para o paciente a inevitável confrontação dos membros do grupo.

A psicoterapia é desafiadora, e o paciente muitas vezes termina o


tratamento quando há tentativa de confrontação. Pode-se usar
psicofarmacoterapia para melhorar os sintomas relacionados ao
transtorno da personalidade narcisista (p. ex., lítio para a labili-
dade afetiva, inibidores seletivos da recaptação de serotonina
[ISRSs] para os sintomas depressivos).

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


91
CASO 24
ANOREXIA NERVOSA
Seção I
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92

ANOREXIA NERVOSA

Uma jovem de 17 anos dirigi-se no consultório de um psiquiatra


extremamente abaixo do peso. Embora , nega ter qualquer
problema além de estar um pouco deprimida, e não veio ao
consultório por vontade própria. Vê a si mesma como acima do peso,
apesar de ter uma aparência contrária. Os pais observam que ela
tem restringido cada vez mais o consumo de calorias e se exercita
em excesso. Está amenorreica nos últimos meses.

PESO CORPORAL
DEFINIÇÕES ANORMAL ANORÉXICO:

Peso corporal inferior a 85o/o do normal para a idade e


decorrente de esforços conscientes para perda de peso.

Pelugem corporal existente em crianças


LANUGO: pré-púberes e vistas geralmente em
pacientes com anorexia.

ABORDAGEM CLÍNICA

Está evidente uma grande distorção da imagem corporal,


e, mesmo com um peso muito baixo, a paciente acha que
estar acima do peso. Além disso, o funcionamento familiar
pode ajudar para o desenvolvimento desse transtorno.
Uma boa avaliação familiar é essencial para o tratamento.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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93

ANOREXIA NERVOSA

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

O diagnóstico de anorexia nervosa pode ser difícil. Os individuos podem esconder


os sintomas. Além disso, o começo da doença é progressivo, e as mudanças podem
passar despercebidas. Os pacientes precisam ser pesados com constância no
consultório médico, e toda perda consideravél de peso deve ser analizada com a
presença de anorexia nervosa no diagnóstico diferencial

Exames alterados de eletrólitos séricos e modificações no eletrocardiogra-


ma (ECG) podem ser identificados como resultados de anorexia caso sejam
aparentes. Anormalidades comuns em exames laboratoriais incluem hipoca-
lemia, acidose metabólica hipoclorêmica, níveis baixos de albumina (comuns
em inanição), níveis elevados de enzimas hepáticas ou leucopenia e
linfocitose relativa.

TRATAMENTO
tratamento primário precisa ter o objetivo
de retomar seu estado nutricional, pois
ela está extremamente subnutrida.

A paciente deve ser pesada todos os dias, e a


ingestão e a excreção diárias de líquidos precisam ser
observadas. Precisa-se, também, começar terapia
(gestão comportamental, psicoterapia individual,
educação familiar e terapia em grupo), mas primeiro
seu estado nutricional instável deve ser tratado.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


94
TRANSTORNO AUTISTA
CASO 25
Seção I
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95

TRANSTORNO AUTISTA

Uma criança de 2 anos e meio é levada ao pediatra para seu exame


físico anual. Sua história revela vários problemas comportamentais,
incluindo interação limitada com colegas e família, desenvolvimento
linguístico atrasado, movimentos repetitivos e dificuldade em
aceitar mudanças. A criança apresenta rigidez física quando
tocada, não responde ao examinador e não faz contato visual.

DEFINIÇÕES
TRANSTORNO DE ASPERGER:

Transtorno de etiologia desconhecida onde a pessoa prejudicada apresenta


prejuízo social e interesses e comportamentos restritos (estereotipados), porém
possui capacidades linguísticas e cognitivas normais.

RETARDO MENTAL:

identificação de funcionamento cognitivo


compreendendo baixo quociente de inteligência (QI) e
prejuízo no funcionamento adaptativo

COMPORTAMENTOS ESTEREOTIPADOS:

Movimentações e comportamentos repetitivos sem


objetivo, como girar brinquedos, caminhar na ponta dos
pés ou sacudir as mãos

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


96
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TRANSTORNO AUTISTA

O sexo masculino são mais prejudicados ABORDAGEM CLÍNICA


pelo transtorno autista do que as meninas.

O transtorno é visto pelos pais da criança geralmente antes dos 3 anos


e se define por atraso no desenvolvimento, e comportamento estere-
otipado. A etiologia do transtorno autista é desconhecida, mas é pro-
vável que seja genética

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO

Os individuos manifestam um prejuízo qualitativo


nas habilidades de interação social, caracterizado
por sintomas como prejuízo enfatizado em ações
não verbais, inaptidão de desenvolver relaciona-
mentos congruentes, ou ausência de reciprocidade
social. Bem como, existe atraso na aprendizagem ou
inaptidão de aprender a linguagem falada. TRATAMENTO

O tratamento é multissistêmico: educação familiar,


modelagem do comportamento, terapia da linguagem,
terapia ocupacional e propostas educacional. Apoio e
orientação aos pais. A avaliação comportamental aplicada
pode ajudar o paciente autista, especialmente aqueles com
habilidades verbais limitadas.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


97
ABSTINÊNCIA DE ALCOOL
CASO 26
Seção I
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98

ABSTINÊNCIA DE ALCOOL

12 horas após hospitalização devido a um braço quebrado, uma


mulher de 42 anos se queixar de estar se sentindo irrequieta e
trêmula. 6 horas mais tarde, diz a equipe que está ouvindo a voz de
um parente morto gritando com ela, apesar que na internação tenha
negado já ter ouvido vozes. Queixa-se de mal-estar estomacal,
irritabilidade e sudorese. Seus sinais vitais são: pressão arterial de
150/95 mmHg, pulsação de 120 batimentos por minuto (bpm), fre-
quência respiratória de 20 respirações por minuto e temperatura de
37,8 oC. A paciente não relata problemas clínicos significativos
ante- riores e afirma que não toma medicamento. Não teve compli-
cações anteriores decorrentes de anestesia geral.

ABORDAGEM CLÍNICA

O álcool funciona como um depressivo, assim


como os benzodiazepínicos e barbitúricos.

Os sintomas de abstinência em geral, mas nem sempre, ocorrem


em estágios:

tremores ou agitação (6 a 8 horas)

sintomas perceptuais e psicóticos (8 a 12 horas)

convulsões (12 a 24 horas) e delirium tremens (DTs, 24 a 72


horas, até uma semana).

Observe-se que a abstinência de álcool, em especial o DTs,


pode ser fatal.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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99

ABSTINÊNCIA DE ALCOOL

DIAGNÓSTICO

Quem costuma beber de maneira exagerada,


mesmo que não seja um alcoólatra, normal-
mente está em busca de uma fuga para algum
problema emergente. Aqueles que sofrem de
agitação constante, inquietação ou alguma
aflição, por exemplo, podem acreditar que
encontraram na bebida uma maneira de se
acalmar, apostando em uma combinação peri-
TRATAMENTO gosa: álcool e ansiedade. No entanto, com o
tempo, isso só agrava a situação.

O tratamento mais frequênte para essa condição ainda é a utilização de


benzodiazepínicos, administrados por via oral ou parenteral. Se a função
hepática não estiver afetada, um benzodiazepínico de longa ação como
clordiazepóxido ou diazepam normalmente é recomendado administrado
via oral ou intravenosa. O medicamento deve ser diminuido de maneira
gradual nos dias posteriores, e os sinais vitais do paciente precisam ser
monitorados.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


100
TRANSTORNO DE IDENTIDADE
CASO 27
DE GÊNERO
Seção I
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101

TRANSTORNO DE IDENTIDADE DE GÊNERO

Um homem de 26 anos é encaminhado a um psiquiatra como


segmento de uma avaliação para cirurgia de alterção de sexo. Tem
um desejo forte e recorrente de ser do sexo feminino e veste-se
como mulher desde os 16 anos. Suas experiências sexuais foram
exclusivamente com homens. Os resultados do seu exame de estado
mental são normais.
Outras opções além da cirurgia de mudança de sexo:

O paciente pode tomar estrógeno para desenvolvimento


de seios e outras particularidades físicas femininas e se
submeter a eletrólise para remoção de pelos masculinos.

ABORDAGEM CLÍNICA A homossexualidade não é encarada


como um transtorno psiquiátrico.

É importante avaliar se a identificação com o sexo oposto do paciente é o


consequência da presença de outros transtornos psiquiátricos. Mais tarde,
descobre-se que a identificação com o gênero oposto de aproximada-
mente 45% desses pacientes fazia parte de outro transtorno psiquiátrico,
mais normalmente transtornos da personalidade, do humor, dissociativos e
psicóticos.
Recomenda-se a experiência de vida real na comunidade
executando o papel sexual desejado por ao menos três
meses antes da alterção hormonal e 12 meses antes da
mudança cirúrgica. Quando existe sucesso na experiên-
cia de vida real, há uma chance bem maior de resultado
positivo para a mudança de sexo. Após passarem por
esses protocolos, 85 a 97% das pessoas relatam estar
satisfeitos com sua reabilitação.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


102
TRANSTORNO CONVERSIVO
CASO 28
Seção I
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103

TRANSTORNO CONVERSIVO

Um homem de 24 anos foi hospitalizado no setor de neurologia com uma


cegueira de início recente. Refere ter despertado na manhã de sua admi-
ssão com incapacidade de enxergar. O exame realizado não mostrou
razão física para essa anormalidade, o paciente foi considerado sadio em
todos os outros aspectos. O paciente queixa-se ao psiquiatra que não
sabe por que está cego. A mãe faleceu recentemente, e ele ficou muito
abatido porque jamais averá outra vez. No exame do estado mental, o
paciente está alerta e orientado para pessoa, tempo e lugar. Sua aparên-
cia e higiene são boas, e ele não parece muito preocupado com sua ce-
gueira. Seu humor é descrito como "OK", e seu afeto é congruente e com
variação total. Seus processos de pensamento são normais, e ele nega
ideação suicida ou homicida, delírios ou alucinações.

DEFINIÇÃO LA BELLE INDIFFÉRENCE:

Ausência inadaptada de preocupação em


associação a alguma incapacidade pessoal.

ABORDAGEM CLÍNICA

o sintoma ou déficit não pode ser totalmente explicado por uma condição
médica geral. É muito comum que pessoas com doenças neurológicas
subjacentes também desencadeiem transtornos conversivos que não se
conformam a parâmetros anatômicos ou fisiológicos. Ex.:, uma pessoa com
um transtorno convulsivo diagnosticado pode manifestar movimentos
aditivos similar a convulsões sem que surjam descargas epilépticas corres-
pondentes no encefalograma. Diante disso, os sintomas conversivos que
acontecem sobrepostos a uma doença definida são uma maneira de
comunicação que expressa conflitos inconscientes.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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104

TRANSTORNO CONVERSIVO

Um homem de 24 anos foi hospitalizado no setor de neurologia com uma


cegueira de início recente. Refere ter despertado na manhã de sua admi-
ssão com incapacidade de enxergar. O exame realizado não mostrou
razão física para essa anormalidade, o paciente foi considerado sadio em
todos os outros aspectos. O paciente queixa-se ao psiquiatra que não
sabe por que está cego. A mãe faleceu recentemente, e ele ficou muito
abatido porque jamais averá outra vez. No exame do estado mental, o
paciente está alerta e orientado para pessoa, tempo e lugar. Sua aparên-
cia e higiene são boas, e ele não parece muito preocupado com sua ce-
gueira. Seu humor é descrito como "OK", e seu afeto é congruente e com
variação total. Seus processos de pensamento são normais, e ele nega
ideação suicida ou homicida, delírios ou alucinações.

DEFINIÇÃO LA BELLE INDIFFÉRENCE:

Ausência inadaptada de preocupação em


associação a alguma incapacidade pessoal.

ABORDAGEM CLÍNICA

o sintoma ou déficit não pode ser totalmente explicado por uma condição
médica geral. É muito comum que pessoas com doenças neurológicas
subjacentes também desencadeiem transtornos conversivos que não se
conformam a parâmetros anatômicos ou fisiológicos. Ex.:, uma pessoa com
um transtorno convulsivo diagnosticado pode manifestar movimentos
aditivos similar a convulsões sem que surjam descargas epilépticas corres-
pondentes no encefalograma. Diante disso, os sintomas conversivos que
acontecem sobrepostos a uma doença definida são uma maneira de
comunicação que expressa conflitos inconscientes.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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105

TRANSTORNO CONVERSIVO

TRATAMENTO

Os individuos com transtorno conversivo normalmente


respondem muito bem à sugestão.

É importante não insinuar que o paciente está exagerando,


enfatizando ou gerando de maneira consciente os sintomas,
nem que suas complicações estão todos na cabeça.

Melhor terapia:

Hipnose, ansiolíticos ou exercícios de relaxamento


comportamental podem ser essenciais para tratar um início
agudo de transtorno conversivo.

Amobarbital ou lorazepam

por via parenteral também podem auxiliar no alcance


de outras informações, principalmente se um paciente
vivenciou há pouco tempo um fato traumático.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


106
CASO 29
FETICHISMO
Seção I
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107

FETICHISMO

Um homem de 32 anos insiste que a esposa use sapatos com saltos muito
altos durante todas as relações sexuais. Esse comportamento ocasiona
problemas em seu relacionamento, e o paciente não quer parar pois não
consegue ter ereção nem orgasmo sem a presença dos sapatos. Essa
associação com excitação sexual e orgasmo é muito antiga para ele.
Mesmo não sentindo vergonha nem culpa em relação a isso, está preo-
cupado com o impacto sobre seu casamento.

DISFUNÇÃO ERÉTIL:
DEFINIÇÃO
Problemas em se ter e manter uma ereção que
pode ter causa psicológica ou orgânica.

FETICHISMO:
MASOQUISMO:
Parafilia em que a pessoa busca gratificação
adiquirição ou tendência sexual principalmente pelo contato com um
a obtenção de gratifica- objeto relacionado ao corpo, como sapatos
ção sexual ao sofrer ou roupas íntimas.
abuso físico ou emocional
ABORDAGEM CLÍNICA

Diagnóstico diferencial

A maioria das pessoas tende a ter mais de uma parafilia. Há algumas


condições no diagnóstico diferencial do fetichismo; uma delas é o
travestismo, no qual trajar a roupa fetichista gera excitação sexual. As
mudanças sugeridas para esse transtorno não são específicas para o
transtorno em si, e sim para parafilias em geral. Recomendam-se 2
mudanças amplas. A primeira reproduz o nível do dano no que tange ao
comportamento. A parafilia por si só não explicaria nem exigiria
automaticamente uma intervenção psiquiátrica.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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108

FETICHISMO

TRATAMENTO

O fetichismo, como a maioria das parafilias, é difícil de tratar.

O tratamento para o fetichismo incluem terapia cognitivo-


comportamental (TCC) e psicoterapia orientada para o insight. A
TCC engloba educação sexual, treinamento de habilidades soci-
ais e uma reanalise das maneiras pelas quais a pessoa raciona-
liza suas atitudes. O tratamento pode englobar técnicas de rela-
xamento e aprendizagem de como evitar os fatores que desen-
cadeiam o fetiche.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


109
PERSONALIDADE BORDELAINE
CASO 30
TRANSTORNO DA
Seção I
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110

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDELAINE

Uma mulher de 23 anos é internada na unidade


psiquiátrica após de cortar superficialmente os
punhos por se sentir abandonada por seu terape-
uta. Ela foi hospitalizada antes e, em todas essas
ocasiões, também afirmou ter sido ''abandonada''.
Reconhece ter um humor cabisbaixo que alterna a
cada hora. No momento da internação, relata ter
escutado uma voz falando com ela, apesar de de-
pois negasse isso. Ela aparenta ser o motivo de
discussão entre o residente de psiquiatria e a
equipe de enfermagem, que têm visões divergen-
tes de seu comportamento na unidade.

Próximo passo da equipe hospitalar:

O diretor da unidade deve fazer um encontro entre o residente de psiquiatria e


a equipe e abordar a dissociação que está acontecendo. A paciente deve ser
levada ao encontro, e todas as pessoas envolvidas devem argumentar se ela
está ou não pronta para alta hospitalar.

ABORDAGEM CLÍNICA

Os pacientes com TPB apresentam instabilidade global do


humor, dos relacionamentos interpessoais e da autoimagem.
Eles são habitualmente deprimidos e impulsivos ao limite.
Psicoses, incluindo ideação paranoide, são vistas de modo
transitório sob estresse.

Realizam esforços frenéticos para evitar abandonos reais


ou identificados, pois tem sentimentos crônicos de vazio.
São comuns comportamentos de ameaças suicidas.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDELAINE

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Os individuos com TPB podem se tornar psicóticos, mas esses episódios


são geralmente transitórios. Também podem coexistir quadros como trans-
tornos do controle dos impulsos, transtornos por abuso de substâncias,
transtornos da alimentação e transtornos sexuais/de identidade. Esses
diagnósticos devem acontecer como sintomatologia adicionais, além
daqueles que satisfazem os critérios para o TPB, para que sejam
diagnosticados dois (ou mais) transtornos.

TERAPIA DIALÉTICO-COMPORTAMENTAL:

Tipo de terapia cognitiva elaborada especialmente para contribuir no


manejo de pacientes com TPB problemáticos.
Através de relacionamento individual com um terapeuta, eles expressam
habilidade para confrontar e lidar com os impulsos e as emoções volúveis
que sentem.

( TOY, KLAMEN et al., 2014 ).


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Seção I

REFERÊNCIAS

TOY, Eugene C. KLAMEN, Debra et al. Casos clínicos em psiquiátria. ABP:


Associação brasileira de psiquiatria. Porto alegre-RS, 4. ed., 2014.

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