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clínica
MANUAL PRÁTICO
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Rei do Laboratório

ESCANEIE-ME
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SUMÁRIO
Introdução Geral a Psiquiatria
Transtorno Mental..........................................................................................................................11
História da Psiquiatria .................................................................................................................11
Estigma e Saúde Mental.............................................................................................................13

Anamnese em Psiquiatria
Entrevista Inicial.............................................................................................................................15
História Clínica................................................................................................................................17
Testes Psicométricos..................................................................................................................19

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Exames Laboratoriais e Biomarcadores..........................................................................20

Clínica Psiquiátrica no Adulto


Síndromes do Humor..........................................................................................23
Depressão.........................................................................................................................................23
Distimia...............................................................................................................................................27
Transtorno Bipolar........................................................................................................................28
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SUMÁRIO
Transtorno da Ansiedade Generalizada.............................................................................32
Transtorno do Pânico....................................................................................................................34
Síndromes Psicóticas............................................................................................35
Esquizofrenia......................................................................................................................................35
Síndromes Obsessivo-Compulsivas.................................................................39
Transtorno Obsessivo-Compulsivo.......................................................................................39
Uso de Substâncias Psicoativas........................................................................41
Alcoolismo..........................................................................................................................................42
Cocaína e Estimulantes..............................................................................................................45

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Tabagismo.........................................................................................................................................47
Síndromes Somatoformes..................................................................................49
Transtorno da Somatização.....................................................................................................49
Transtorno Conversivo.................................................................................................................51
Transtorno Factício........................................................................................................................53
Transtornos Dissociativos..........................................................................................................54
Síndromes da Personalidade..............................................................................55
Transtornos de Personalidade.................................................................................................56
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SUMÁRIO
TP Grupo A..........................................................................................................................................57
TP Grupo B .........................................................................................................................................58
TP Grupo C .........................................................................................................................................59
Síndromes da Sexualidade..................................................................................61
Disfunções Sexuais........................................................................................................................61
Parafílicos............................................................................................................................................62
Disforia de Gênero..........................................................................................................................62
Incongruência de Gênero...........................................................................................................63
Síndromes Impulsivas..........................................................................................66

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Explosivo-Intermitente, Oniomania, Piromania e Cleptomania.............................66
Transtornos Alimentares....................................................................................68
Anorexia Nervosa...........................................................................................................................68
Bulimia Nervosa...............................................................................................................................70
Compulsão alimentar...................................................................................................................72
Transtornos Epilépticos......................................................................................74
Transtornos do Sono...........................................................................................77
Insônia..................................................................................................................................................77
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SUMÁRIO
Apneia Obstrutiva............................................................................................................................80
Parassonias........................................................................................................................................81

Clínica Psiquiátrica ao longo da vida


Síndromes do Neurocognitivas.........................................................................83
Demências.........................................................................................................................................83
Delirium................................................................................................................................................86
Dor Crônica............................................................................................................88
Síndromes do Neurodesenvolvimento............................................................91

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Transtorno do do Déficit de Atenção. e Hiperatividade............................................91
Transtorno do Espectro Autista.............................................................................................94
Transtornos de Conduta....................................................................................97
Transtorno do Opositor e Desafiador.................................................................................97

Saúde Mental da Mulher


Transtorno Dismórfico Pré-Menstrual..............................................................................101
Depressão e Ansiedade Gestacional...............................................................................103
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SUMÁRIO
Transtorno Bipolar Gestacional.............................................................................................104
Transtornos no Puerpério..........................................................................................................105
Depressão Perimenopausa......................................................................................................106

Emergências Psiquiátricas
Agitação Psicomotora................................................................................................................109
Catatonia...........................................................................................................................................110
Abstinência Alcoólica..................................................................................................................111
Síndrome Serotoninérgica........................................................................................................112

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Suicídio................................................................................................................................................113

Terapêuticas Psiquiátricas
Psicanálise........................................................................................................................................117
Psicoterapia Junguiana.............................................................................................................119
Psicodrama.......................................................................................................................................121
Psicoterapia Dinâmica Breve..................................................................................................122
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SUMÁRIO
Psicoterapia de grupo...............................................................................................................123
Psicoterapia Comportamental.............................................................................................124
Psiquiatria do Estilo de Vida...................................................................................................125
Neuromodulação.........................................................................................................................126
Psicofarmacologia .....................................................................................................................127
Mecanismo de Ação Farmacológica ...............................................................................128

Leis e Direitos na Psiquiatria

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Saúde Mental no SUS..........................................................................................................134
Direitos do Paciente com Transtorno Mental.........................................................135
Referências ..............................................................................................................................137
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psiquiatria
INTRODUÇÃO GERAL À
PARTE I
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TRANSTORNOS MENTAIS
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CONCEITO
Idade Média: Distúrbios mentais influenciados
Perturbação no âmbito cognitivo, emocional pelas crenças religiosas e filosóficas. Os asilos
e comportamental que reflete nos processos começaram a surgir, usados para confinar e
psicológicos, biológicos e nas relações isolar pessoas consideradas insanas.
interpessoais e individuais.
Século XIII: A corrente do Iluminismo trouxe
uma abordagem mais científica, onde Philippe
Pinel, na França, propôs tratar os doentes
mentais com humanidade, enfatizando a
Entrevista e anamnese detalhada; importância de entender as causas das
Exame psíquico criterioso; doenças mentais.
Envolve personalidade do paciente
e o meio sociocultural; Século XIX: Emil Kraepelin introduziu a ideia de
classificação das doenças mentais com base
em sintomas e prognósticos. Ocorreu a
utilização da terapia eletroconvulsiva (ECT)

HISTÓRIA como tratamento para certos distúrbios.

Antiguidade: As doenças mentais eram Século XX: Sigmund Freud desenvolveu a


frequentemente atribuídas a causas psicanálise, que enfatizava a importância do
sobrenaturais. Acreditava-se que distúrbios inconsciente e da história pessoal na
mentais eram resultado de punição divina. As compreensão dos distúrbios mentais.
abordagens de tratamento envolviam rituais Surgiram também o behaviorismo e a terapia
religiosos, exorcismos e práticas místicas. cognitivo-comportamental.

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TRANSTORNOS MENTAIS
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Segunda Metade do século XX: Movimento de


Perguntas propostas
desinstitucionalização, com a ideia de tratar
pacientes com doenças mentais graves em Qual a causa do seu problema, sob sua percepção?
comunidades. Também ocorreram avanços no
Como seu corpo reage ao problema?
desenvolvimento de medicamentos psicotrópicos,
como os antipsicóticos, antidepressivos e O que pode ter desencadeado o problema?
estabilizadores de humor.
Quão grave é o seu problema? Possui duração curta ou longa?

Que tipo de tratamento você acredita que deveria receber para


Contexto atual: Pesquisa em neurociência, sanar seu problema?
interação complexa entre fatores genéticos,
Quais os problemas que a doença causou em você?
biológicos e ambientais na origem dos distúrbios
mentais. Importância da saúde mental e o bem- Quais os resultados você espera de seu tratamento?
estar global, promovendo a prevenção e a
O que você teme em relação ao tratamento e a doença?
promoção da saúde mental.
Fonte: Kleinman, Eisenberg e Good, 1978.

PROPOSTAS DE
TRATAMENTO A cultura da psiquiatria inclui a utilização de
sistemas de classificação e diagnóstico para
Cuidado culturalmente sensível categorizar os distúrbios mentais, como: Manual
desenvolvido por Arthur Kleinman Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM) e a Classificação Internacional de
Convidar o paciente a falar acerca Doenças (CID), que padronizam a comunicação
entre profissionais de saúde mental e a facilitar a
de suas percepções sobre o
pesquisa e o tratamento.
problema, o diagnóstico e o cuidado.
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TRANSTORNOS MENTAIS
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ESTIGMA CULTURAL
CONSEQUÊNCIAS
Refere-se à discriminação, preconceito e
estereótipos negativos associados às Isolamento social;
pessoas que sofrem de problemas de Resistência em procurar
saúde mental ou que procuram atendimento e na adesão ao
tratamento psiquiátrico. tratamento;
Menor taxa de empregabilidade;
PRINCIPAIS CAUSAS Redução da funcionalidade;
Conhecimentos limitados; Prejuízos nas relações
Medo e preconcepção de que interpessoais;
um transtorno mental significa Baixa autoestima;
violência; Menor qualidade de vida;

Representações negativas na
mídia;

Falta de recursos e suporte


Iniciativas de conscientização,
contribui para o estigma;
educação e promoção de uma cultura
Falta de financiamento adequado de aceitação e compreensão em
para programas de saúde mental; relação à saúde mental.

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psiquiatria
ANAMNESE EM
PARTE II
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entrevista inicial
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PRIMEIRA CONSULTA CORPO DA ENTREVISTA


Coleta de dados necessários para compor
a história clínica;
Todas as informações
disponibilizadas podem conter Observação dos comportamentos, reações
emocionais, ao que é dito, como é dito e o
valor diagnóstico ; que parece estar sendo evitado de ser dito

Médico deve aparentar afabilidade Avaliação focada no paciente, escrevendo


de maneira resumida ( em tópicos) para
e acolhimento para aliviar as
detalhar posteriormente
tensões;
Duração de 30 a 40 minutos.

FASE DE ABERTURA FASE DE FECHAMENTO


Cumprimento habitual, seguindo de Impressões sobre os sintomas descritos,
uma breve apresentação do médico. hipóteses diagnósticas e opções
terapêuticas para o paciente.
Motivo da entrevista/consulta.
Caso haja prescrição de medicação, deve-
Primeira pergunta deve ser se esclarecer os efeitos esperados, o
abrangente, permitindo que o tempo de resposta, possíveis efeitos
paciente fale livremente sobre sua colaterais e como proceder, caso eles se
condição. manifestem.

Duração média de 5 a 10 minutos. Duração de 5 a 10 minutos finais. 15


entrevistas psiquiátricas
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TÉCNICAS DE
ENTREVISTA

TÉCNICAS DE VÍNCULO
IMEDIATO TÉCNICAS FACILITADORAS
IMEDIATO
De empatia: compreender o que o Incentivos não-verbais: Manter o contato
paciente está sentindo. visual, assentir com a cabeça ou movimento
De conhecimento: validar os de inclinação do corpo;
sentimentos do paciente, realizando Incentivos verbais:
perguntas que abordem o quadro
diagnóstico. a) expressões reforçadoras (“entendo”,
De autenticidade: apresentar-se de “continue”, “compreendo”);
forma simples, empática, construindo b) escuta reflexiva, quando se repete as últimas
uma relação de abertura com o paciente. palavras do paciente, como uma interjeição ou
Aliança terapêutica: construção de interrogação;
confiança, acolhimento e vínculo com o c) solicitação de mais informações;
paciente. d) elaboração de um resumo;

TÉCNICAS DE PERGUNTAS
IMEDIATO TEMAS SENSÍVEIS
IMEDIATO
Abertas: Influenciam o paciente a se Normalização da condição;
expressar; Utilizar termos pertencentes ao contexto do
Focadas: Direcionam a exploração a paciente;
algum tópico específico ( sono, situações Sugestão de sintomas com gravidade mais
de estresse); elevada para que o paciente se sinta a
Fechadas: Exploram condições ainda vontade para falar de forma precisa;
não discutidas, restrindo as respostas em Não realizar juízo de valor sobre as ações
afirmativas ou negativas. do paciente.

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HISTÓRIA CLÍNICA
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ANAMNESE

IDENTIFICAÇÃO HDA
Dados coletados pelo próprio médico Sinais, sintomas clínicos, queixas e
para manter a privacidade do paciente. comportamentos;

Nome, sexo biológico, cor da pele, data Seguem ordem cronológica de


de nascimento/idade atual, grau de surgimento;
escolaridade, estado civil, profissão,
religião, endereço e forma de contato. Início agudo ou insidioso?
Fatores psicossociais ocorridos antes
Quando acompanhados, observar do aparecimento do transtorno?
informações descritas por Eventos agravantes ou benéficos à
acompanhantes ( quadros demenciais sintomatologia?
ou transtornos cognitivos).

QUEIXA PRINCIPAL PATOLOGIAS


Quando há um conjunto amplo de PREGRESSAS
sintomas e imprecisão no tempo de
Doenças crônicas debilitantes,
início, o registro pode ser iniciado pela
traumatismos crânioencefálicos,
história da doença atual (HDA), na qual
convulsões, infecções no SNC,
a QP estará inserida.
disfunções tireoidianas;

Interações medicamentosas;

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HISTÓRIA CLÍNICA
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ANAMNESE EXAME MENTAL

HISTÓRICO FAMILIAR
Disfunções psicopatológicas familiares;

Relacionamento do paciente com seus


parentes mais próximos (filhos, pais e
cônjuge); Consciência;
Orientação no tempo
e espaço;
Atenção;
Aspectos gerais e
comunicação não-
verbal;
PERSONALIDADE Memória;
PRÉ-MÓRBIDA Sensopercepção;
Desenvolvimento neuropsicomotor e Pensamento e
idade aproximada de início da fala e da julgamento;
marcha; Linguagem;
Vivências de perdas e separações
precoces, bem como para indícios de
Cognição;
abuso físico ou sexual. Afetividade;
Diz respeito a como o paciente era Psicomotricidade;
antes do adoecimento. 18
EXAMES MENTAIS
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TESTES
ESCALA DA DEPRESSÃO DE BECK
PSICOMÉTRICOS

Avaliar habilidades cognitivas,


como memória, atenção,
raciocínio e função executiva.

MINI EXAME DO ESTADO MENTAL

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EXAMES LABORATORIAIS
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IMPORTÂNCIA FUNÇÃO HEPÁTICA


(ALT E AST)
Medicações, como valproato de sódio,
Avaliação geral do paciente: funcionamento
fenobarbital, clozapina, naltrexona,
sistêmico a fim de indicar ou contraindicar
dissulfiram e agomelatina, podem
medicações ou detectar comorbidades; causar lesão hepática. Lesão hepática
de base limita o uso de medicamentos,
Tratamento medicamentoso: avaliando
como benzodiazepínicos (à exceção do
a estabilidade orgânica ao regime de lorazepam) e os fármacos
tratamento; anteriormente listados.

Ajustar dosagem de medicação: garantir


que o regime de tratamento siga dentro
de margens terapêuticas, reduzindo a
PERFIL LIPÍDICO E
possibilidade de efeitos colaterais.
GLICÊMICO
HEMOGRAMA E Aumento do risco de desenvolvimento
COAGULOGRAMA de síndrome metabólica, ganho de
peso, aumento do apetite;
Medicações psiquiátricas podem Medicamentos que causam síndrome
alterar esses exames. (Clozapina metabólica: olanzapina e da
levando a agranulocitose e mirtazapina
carbamazepina induzindo leucocitose,
psicofármacos podem alterar a Exames: Colesterol total e frações,
cascata de coagulação). triglicerídeos, glicemia em jejum
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EXAMES LABORATORIAIS
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FUNÇÃO
TIREOIDIANA BIOMARCADORES
Bloqueando a liberação glandular
de T3 e T4, estudos apontam que o DIAGNÓSTICO BIOMARCADORES
uso do lítio pode gerar bócio em até
Combinação de AAT, BDNF, epo- lipoproteína
40% dos casos e hipotireoidismo em
até 20% dos casos.
Depressão ↑
C3, EGF, cortisol, resistina, prolactina ,
Atividade b nas regiões frontais do cérebro

↑ marcadores pró-inflamatórios,
Transtorno Bipolar ↑ GDF-15; ↑ HPX; ↑ HPN; ↑ RBP-4; ↑
TTR↓ BDNF

↑ etileno; ↑ amônia
Esquizofrenia
↑ IL-6; ↑ IL-18, ↑ TNF-alfa;
↑ Atividade b em todas as regiões do cérebro
↑ Atividade u no giro temporal superior
Transtorno do ↓ BNP
↓ Volume hipocampal no hemisfério cerebral
BETA- HCG estresse pós-
direito
traumático ↑ CRH
Mulheres em idade fértil antes de se
iniciar um tratamento com
↑ da combinação entre os genes NET-1 e
Transtorno de défict SNAP-25 Presença de polimorfismo do gene
psicofármacos, cuja maioria possui de atenção SNAP-25
classificação de risco C durante a ↓ Ferro cerebral
gestação e a lactação.
Doença de ↑ beta-amiloide; ↑ Tau; ↑ Tau-fosforilada
Alzheimer Atrofia cerebral;

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CLÍNICA PSIQUIÁTRICA

no adulto
PARTE III
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DEPRESSÃO
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CONCEITO CRITÉRIOS
Caracterizada por um humor triste, Pelo menos 5 dos abaixo:
irritável ou vazio, associado a alterações
cognitivas e somáticas, de duração ≥ 2 Perda ou aumento ponderal, sem que
haja mudança no padrão alimentar;
semanas.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Mudança no padrão de sono: Insônia
ou hipersonia;

Síndromes do humor
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.
Fadiga e perda de energia;
CRITÉRIOS Perda da concentração e lentificação
da fala;
Obrigatórios: pelo menos um.
Sentimentos de inutilidade e culpa;

Humor deprimido em grande parte Retardo ou agitação psicomotora;


do tempo, além de irritabilidade
Pensamentos mórbidos ou ideação
em crianças ou adolescentes.
suicida;
Anedonia: perda da satisfação
e prazer em realizar coisas,
que antes remetiam alegria. Depressão atípica:
Hipersonia e aumento
ponderal, geralmente ligada
ao transtorno bipolar.

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DEPRESSÃO
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CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA

IMEDIATO
EPISÓDIO DEPRESSIVO LEVE Áreas cerebrais com menor
Além dos sintomas obrigatórios, 2 dos responsividade serotoninérgica e
demais critérios; noradrenérgica;

EPISÓDIOIMEDIATO
DEPRESSIVO MODERADO
Maior liberação e concentração
Além dos sintomas obrigatórios, 3 ou 4
de glicocorticoides, em razão de

Síndromes do humor
dos demais critérios;
fatores estressores continuados;
IMEDIATO
EPISÓDIO DEPRESSIVO GRAVE
Além dos sintomas obrigatórios, mais de Elevação sustentada de cortisol e
4 dos demais critérios; desregulação do eixo HPS;

IMEDIATO
GRAVE COM SINTOMAS PSICÓTICOS
Supressão da neurogênese por
Caso ocorra: delírio, alucinações,
catatonia. níveis aumentados de
glicocorticoides;

Alterações na neurotransmissão
de acetilcolina, glutamato, GABA.

24
DEPRESSÃO
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FISIOPATOLOGIA

Síndromes do humor
A disfunção da quantidade de neurotransmissores monoaminas, provoca superregulação
dos receptores pós-sinápticos destes neurotransmissores, levando à depressão;

ANTIDEPRESSIVOS

Bloqueio da bomba de
recaptação, aumentando a
quantidade de
neurotransmissores da
sinapse;

FONTE: Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 25
DEPRESSÃO
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ETIOLOGIAS TRATAMENTO
Classe mais usada!

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)


Traumas Fluoxetina Paroxetina
Sertralina Escitalopram
Fluvoxamina Citalopram

Inibidores de recaptura de serotonina e norepinefrina (IRSN)


Perdas Abuso de Venlafaxina

Síndromes do humor
substâncias Duloxetina
Desvenlafaxina

Inibidores de monoaminoxidase (IMAO)

Não seletivos e irreversíveis: Seletivos e irreversíveis: Seletivos e reversíveis:

Etiologias Iproniazida; Clorgilina Brofaromina;


Tranilcipromina; (MAO-A) Moclobemida;
Possíveis Fenelzina; Befloxatona;
Inibidores não seletivos da recaptura de monoaminas
( Antidepressivos tricíclicos)

Imipramina; Clomipramina; Amitriptilina; Nortriptilina;


Sedentarismo Inibidores da recaptura de serotonina e antagonistas ALFA-2 (IRSA)
Tabagismo
Nefazodona; Trazodona;
Inibidores seletivos da recaptura de dopamina (ISRD)

Amineptina; Bupropiona; Minaprina;


Hipercortisol

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DISTIMIA
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CONCEITO
Comum o paciente
Equivale ao transtorno depressivo considerar-se dessa forma
persistente ou crônico, com sintomatologia "desde sempre", por fator
prevalente por 2 anos, ou 1 ano em crianças temporal prolongado.
e adolescentes.
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Síndromes do humor
Mentais 5ª edição. A agudização de um quadro distímico com
um episódio de depressão maior, é chamado
SINTOMAS de depressão dupla.

Humor deprimido persistente;

Alterações do apetite;
TRATAMENTO
Baixa autoestima; Combinação entre psicoterapia e
Dificuldade de concentração; farmacoterapia, com uso de ISRS, venlafaxina
e bupropiona, com doses maiores e por
Baixa capacidade de tomar
decisões; tempo mais prolongado ( 2 a 3 anos).
Insônia ou hipersonia;
Desesperança

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transtorno bipolar
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CONCEITO HIPOMANIA
Pólo depressivo, duração de sintomas por no
Caracterizada por alterações persistentes mínimo 4 dias, não causando prejuízo acentuado.
de humor, com períodos de elevação e
remissão. MANIA
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Pólo eufórico, com duração sintomática de no
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos mínimo 7 dias, com perda da funcionalidade e
Mentais 5ª edição. sintomas psicóticos.

Síndromes do humor
SINTOMAS CLASSIFICAÇÃO
Grandiosidade, autoestima inflada; Tipo I
Fuga de ideias, pensamentos Pelo menos um episódio de mania ao longo
acelerados; da vida.
Desatenção;
Tipo II
Agitação psicomotora ou tempo
excessivo dedicado a uma Pelo menos um episódio de hipomania e 1 de
atividade específica; depressão, sem apresentar episódio
Menor necessidade de sono; maníaco.
Envolvimento em atividades de Ciclotimia
risco;
Flutuações entre o polo depressivo e maníaco.

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transtorno bipolar
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QUADRO CLÍNICO
EPISÓDIO MANÍACO
CARACTERÍSTICAS DEPRESSÃO BIPOLAR DEPRESSÃO UNIPOLAR

Humor expansivo, eufórico, irritado;


Hipersonia;
Hiperfagia; Aumento de energia e diminuição da
Retardo ou agitação Insônia; quantidade de sono;
psicomotora; Anorexia;
SINTOMATOLOGIA Sintomas psicóticos; Perda ponderal; Pensamento acelerado;
Culpa; Queixas sintomáticas;

Síndromes do humor
Aumento da autoestima, grandiosidade;
Labilidade afetiva; Dor;
Aceleração de Impulsividade, sem avaliação de riscos;
pensamentos
Episódios psicóticos: maior gravidade;
Início precoce < 25
Início tardio > 25
anos;
anos;
Múltiplos episódios Episódios hipomaníacos tem
CURSO Duração longa do
anteriores > 5; sintomatologia similar com intensidade
episódio atual > 6
Episódios breves;
meses; menor e sem sintomas psicóticos,
Sintomas mistos;
prejuízos funcionais são limitados.
Fonte: adaptado de Yatham et al., 2018.

Ciclagem rápida: presença de pelo


menos 4 episódios de humor que
atendam episódios maníacos,
hipomaníacos ou depressivo maior
nos últimos 12 meses.

DSM-5: Associação Americana de Psiquiatria. 29


transtorno bipolar
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TRATAMENTO INIBIDORES DOS CANAIS DE SÓDIO


SENSÍVEIS À VOLTAGEM
Carbonato de lítio ( padrão-ouro)
Reduzem a neurotransmissão
Dose inicial de 300mg, 2x-3x/dia; excessiva, o que reduz o fluxo de
Aumento em 300mg a cada 5 dias; íons pelos canais de sódio ANTICONVULSIVANTES
sensíveis à voltagem; COMO ESTABILIZADORES
Nível terapêutico: 900 a 1.800mg/dia; DE HUMOR

Efeitos antimaníacos: A inibição

Síndromes do humor
Ácido valproico - anticonvulsivante dos VSSC levaria à redução do
influxo de sódio e redução da
Dose inicial de 500 a 750mg/dia; neurotransmissão excitatória
Aumento em 250mg a 500mg a cada 3 dias; glutamatérgica;
Nível terapêutico: 1.500mg a 2.500mg/dia;

Antipsicóticos de 2ª geração - atípicos

Início de ação mais rápido no controle de


sintomas maníacos e psicóticos, sem
necessidade de monitoramento. Exemplos:

Aripiprazol: 5-10mg, aumentar 5mg a cada 7 dias;


Asenapina: 5-10mg, 2x/dia, aumentar 5mg em 7 dias;
Clozapina: 25mg, aumentar 25-50mg a cada 3 dias;
Lurasidona: 20mg, aumentar 20mg a cada 2-7 dias;
Olanzapina: 5-10mg, aumentar 5mg a cada 7 dias;
Quetiapina: 50mg, aumentar 50-100mg a cada dia;
Risperidona: 1-2mg, aumentar 1mg a cada 1 a 2 dias;
30
transtorno bipolar
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TERAPIA RECOMENDADA

MANEJO DE MANIA AGUDA TRANSTORNO BIPOLAR TIPO 1

Primeira linha - Monoterapia Primeira linha - Monoterapia

Quietiapina, Lítio, Lurasidona, Lamotrigina


Lítio, Valproato de sódio, Quietiapina, Asenapina,

Síndromes do humor
Lítio ou valproato de sódio + Lurasidona
Aripiprazol, Palperidona (>6mg), Risperidona e
Segunda linha
Cariprazina
Valproato de sódio, Cariprazina
Terapia combinada ( 1ªlinha) Olanzapina + Fluoxetina
ISRS ou bupropiona + Lítio ou valproato de sódio
Lítio/divalprovato + Quetiapina;
Lítio/divalproato + Aripiprazol;
Lítio/divalproato + Risperidona;
Lítio/divalproato + Asenapina; TRANSTORNO BIPOLAR TIPO 2

Segunda linha Primeira linha - Monoterapia

Quietiapina
Olanzapina, Carbamazepina, Ziprasidona, Haloperidol
Lítio + Valproato de sódio Segunda linha
Olanzapina + Lítio ou valproato de sódio Lítio, Lamotrigina, Bupropiona, Sertralina, Venlafaxina

31
transtorno de ansiedade generalizada
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ESCALA DE AVALIAÇÃO DE TAG (GAD-7)


CONCEITO
Caracterizada por preocupação excessiva
crônica, acompanhada de hiperatividade e
inquietação.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.

Síndromes do humor
SINTOMAS
Inquietação;
Irritabilidade;
Tensão muscular;
A pontuação total (0 a 21) é a soma dos itens individuais.
Sono insatisfatório ou inquieto;
Fagida; Pontuações totais de 5 a 9 indicam ansiedade leve;
Pontuações totais de 10 a 14 indicam ansiedade
Dificuldade de concentração; moderada, significativa clinicamente;
Pontuações totais de 15 a 21 indicam ansiedade
severa e o tratamento provavelmente é necessário.

32
transtorno de ansiedade generalizada
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TRANSTORNO DE PÂNICO
Crise paroxística de ansiedade, Medicamentos de Segunda Linha
dispneia, palpitações, tremores, dor
torácica. Antidepressivos tricíclicos
Amitriptilina, Imipramina, Quetiapina, Pregabalina,
Nortriptilina;
TRATAMENTO Hidroxizina

Síndromes do humor
Para o transtorno de ansiedade
generalizada (TAG) e do pânico;

Medicamentos de Primeira Linha


Inibidores seletivos da recaptação de
serotonina
Escitalopram, Fluoxetina, Fluvoxamina, Paroxetina e
Sertralina

Inibidores da Recaptação de serotonina Tratamento Adjunto


Duloxetina ( para TAG) e Venlafaxina Benzodiazepínicos
Buspirona Alprazolam, Clonazepam, Diazepam (TAG), Lorazepam
33
TRANSTORNO DO PÂNICO
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CONCEITO
Crise paroxística de ansiedade com duração
TRATAMENTO
média de 30 minutos;
Medicamentos de Primeira Linha
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Paroxetina: Dose inicial de 10mg, faixa terapêutica de 20-60mg;
Mentais 5ª edição. Fluoxetina: Dose inicial de 5mg, faixa terapêutica 25-75mg;
Fluvoxamina: Dose inicial 50mg, faixa terapêutica 100-150mg;
CRITÉRIOS

Síndromes do humor
Sertralina: Dose inicial 25mg, faixa terapêutica 50-200mg;
Citalopram: Dose inicial 10mg, faixa terapêutica 20-40mg;
Pelo menos 4 dos sintomas Escitalopram: Dose inicial 5mg, faixa terapêutica 10-20mg;
Venlafaxina XR: Dose inicial de 37,5mg, faixa terapêutica de 150-225mg;
Sudorese;
Palpitações, taquicardia;
Dispneia;
Tremores;
Benzodiazepínicos
Desconforto torácico;
Asfixia; Alprazolam: 0,25-0,5mg, 3x/dia;
Calafrios ou ondas de calor; Clonazepam: 0,25-0,5mg, 2x/dia;
Parestesias; Diazepam: 2-5mg, 2x/dia;
Fobia da morte; Lorazepam: 0,25-0,5mg, 2x/dia;
Irrealidade ou despersonificação;
Medo de perder o controle;
34
ESQUIZOFRENIA
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CONCEITO
Delírios persecutórios:
Paciente acredita estar
Caracterizada por quadros de psicose por
sendo perseguido.
um período continuado de pelo menos 6
meses.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - Alucinações:


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Experiências perceptivas
Mentais 5ª edição. envolvendo os 5 sentidos, sem

Síndromes psicóticas
que haja estímulo externo.

CRITÉRIOS
Sintomas negativos: distanciamento
2 sintomas, por pelo menos 1 mês social, anedonia, diminuição de energia
ou iniciativa, embotamento afetivo,
Alucinações (postitivo); ausência de vontade.

Delírio (positivo);
Distorções da sensopercepção,
Discurso desorganizado; emoções, pensamentos, linguagem,
Sintomas negativos - comportamento ou sentimentos.
embotamento afetivo;
Comportamento desorganizado; Envolve fatores de risco genético e
exposição a fatores ambientais.

35
ESQUIZOFRENIA
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FISIOPATOLOGIA A hiperdopaminergia no núcleo parece


ser a causa dos sintomas positivos,
VIA DOPAMINÉRGICA uma hipodopaminergia em córtex
frontal é responsável pelos sintomas
negativos e cognitivos da doença.

ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS

Síndromes psicóticas
Perfil clínico semelhante;
Poucos sintomas extrapiramidais;
Menor hiperprolactinemia;
Antagonistas da serotonina-
dopamina, com antagonismo
simultâneo dos receptores de
serotonina 5HT2A e D2;

ANTIPSICÓTICOS CONVENCIONAIS
Bloqueio da ligação da dopamina ao receptor D2 na via
dopaminérgica mesolímbica, reduzindo a hiperatividade nessa via;

Na esquizofrenia sem tratamento: excesso de dopamina na sinapse


que ocasiona sintomas positivos, como delírios e alucinações.
36
ESQUIZOFRENIA
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INDICAÇÕES DE
TRATAMENTO
INTERNAÇÃO

Principais antipsicóticos típicos


Fins diagnósticos;
Haloperidol: Dose inicial de 2,5-5mg e Doses usuais
Estabilização da medicação;
de 10-20mg;
Comportamento desorganizado
Clorpromazina: Dose inicial 25-50mg, com Doses

Síndromes psicóticas
prejudicial à saúde;
usuais de 300-600mg;
Segurança em casos de
ideação suicida;
Incapacidade de cuidar de Principais antipsicóticos atípicos
necessidades básicas
Clozapina: Dose inicial de 12,5-25mg, Dose usual de
(alimentação, abrigo e
300-600mg;
vestuário);
Quetiapina: Dose inicial de 25-50mg, com Dose
usual de 300-800mg;

Risperidona: Dose inicial 1-2mg, com Doses usuais


de 2-10mg;

Aripiprazol: Dose inicial de 5-10mg, com Doses


usuais de 10-30mg;

Olanzapina: Dose inicial de 5-10mg, com Doses


usuais de 10-20mg;
37
ESQUIZOFRENIA
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DURAÇÃO
SINTOMAS DIFERENCIAL
Um mês ou menos!
Alucinações (postitivo); Diferencia-se da esquizofrenia
pelo tempo, raramente ocorre
Delírio (positivo); sintomas depressivos ou
Discurso desorganizado; bipolares, quando ocorre,
foram presentes na menor
Sintomas negativos -
parte da duração total dos
embotamento afetivo;

Síndromes psicóticas
TRANSTORNO
períodos ativos.
Comportamento desorganizado;

ESQUIZOFRENIFORME

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TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
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CONCEITO Compulsões
comportamentos repetitivos ou atos
Caracterizada pela presença de mentais realizados em resposta às
compulsões e obsessões. obsessões

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Obsessões:
Mentais 5ª edição. pensamentos ou impulsos indesejados e
persistentes que causam ansiedade

Síndromes obsessivo-compulsivas
significativa

CRITÉRIOS
Associado a redução da atividade
Além dos acima, necessariamente: serotonérgica, também associado
ccom as vias glutamatérgicas
Afetem a qualidade de vida do
indivíduo;
Outros transtornos obsessivo-compulsivos:
Consumam tempo (por mais de transtorno de acumulação, dismórfico
uma hora do dia); corporal, tricotilomania e transtorno de
escoriação (skin-picking); No entanto,
Sofrimento evidente, com nesses casos o paciente tem obsessões e
prejuízos em interrelações; compulsões limitadas ao seu transtorno.

39
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
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TRATAMENTO
Por estar associado as vias serotoninérgicas, A terapia cognitivo-comportamental para o
os Inibidores Seletivos da Recaptação de TOC geralmente inclui técnicas como a
Serotonina (ISRS) são fármacos de primeira exposição e prevenção de resposta (EPR),
linha em seu tratamento. em que a pessoa é gradualmente exposta
às situações que desencadeiam suas

Síndromes obsessivo-compulsivas
obsessões, aprendendo a resistir às
Paroxetina: Dose inicial de 20mg e
dose terapêutica entre 20-60mg; compulsões.

Fluvoxamina: Dose inicial de 50mg e


dose terapêutica de 100-300mg/dia; POTENCIALIZAÇÃO
Citalopram: Dose inicial de 20mg e “SRS + Clomipramina
dose terapêutica de 40-60mg;
ISRS + antipsicótico atípico:
Fluoxetina: Dose inicial de 20mg e
olanzapina, risperidona,
dose terapêutica de 40-60mg;
quetiapina, aripiprazol
Sertralina: Dose inicial de 50mg e
dose terapêutica de 50-200mg; Clomipramina + antipsicótico
Escitalopram: Dose inicial de 10mg e atípico: olanzapina, risperidona,
dose terapêutica de 20-40mg; quetiapina, aripiprazol”
40
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HISTÓRIA CLÍNICA

Primeiro consumo, frequência de uso, vias de administração,


EVOLUÇÃO DO CONSUMO
tentativa de abstinência

PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO Saúde, familiares, sociais, laborais

Uso de substâncias psicoativas


Perda de controle, impacto em atividades, sintomas físicos e
EVOLUÇÃO DA DEPENDÊNCIA
psiquícos, tratamentos prévios

ROTINA DIÁRIA Horário de atividades e consumo

PERSONALIDADE Mudanças após o uso

TRABALHO / RELACIONAMENTOS Número de tempo empregado e influência do consumo

Horários, conteúdo alimentar, insatisfação com o peso ou


ALIMENTAÇÃO
imagem

CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS Administração do dinheiro, rede social

Fonte: Guia Prático de Clínica Psiquiátrica USP - Volume 4.


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TRANSTORNO NO ALCOOLISMO
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CONCEITO ALCOOLEMIA E
Alcoól é um depressor do Sistema
SINTOMATOLOGIA
Nervoso Central e em doses menores tem
10-50mg/dL
efeitos euforizantes. O transtorno é
ocasionado em uma condição de Taquicardia, taquipneia, diminuição de
atenção e capacidade de julgamento,
dependência da substância.
perda de inibição, euforia, relaxamento.

Uso de substâncias psicoativas


CRITÉRIOS 60-100mg/dL
Reflexos lentos, diminuição da atenção,
Padrões de uso não saudável; coordenação e força muscular, redução do
discernimento.

Padrões de uso com risco


101-150mg/dL
elevado de agravo (7-14 doses
Alterações no equilíbrio, dificuldade de fala,
por semana, 3-5 doses padrão
alteração de funções visuais, êmese.
por dia)

160-290mg/dL
Padrões de uso associados à
Estado emocional exagerado, distúrbio da
existência de danos à saúde
sensação e percepção, quedas.
(física, psíquica ou social).

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - 300-390mg/dL


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Letargia profunda, perda de consciência.
Mentais 5ª edição.
42
TRANSTORNO NO ALCOOLISMO
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CRITÉRIOS VIA DE NEUROTRANSMISSORES


AFETADAS PELO ALCOOLISMO
Uso nocivo
(CID-10 F10.1): modo de consumo de uma Cognição reduzida, déficit de
substância psicoativa que é prejudicial à
saúde. As complicações podem ser físicas,
Via Glutamaérgica atenção, regulação do sono-vigília
como hepatite, por exemplo, ou psíquicas, prejudicada
como episódios depressivos secundários a
Inibição do SNC, sedação, perda de

Uso de substâncias psicoativas


grande consumo de álcool.
Via Gabaérgica
inibições, relaxamento

Síndrome de dependência Prazer, satisfação, aumento da


Via Dopaminérgica
busca por álcool
(CID-10 F10.2): conjunto de fenômenos
comportamentais, cognitivos e fisiológicos Incoordenação motora, dificuldade
que se desenvolvem após repetido consumo Via Endocanabidoide
de raciocínio lógico
de uma substância psicoativa, tipicamente
associado ao desejo poderoso de tomar a
droga, à dificuldade de controlar o consumo, Via Serotoninérgica Bem-estar e elevação do humor
à utilização persistente apesar das suas
consequências, a uma maior prioridade dada
Redução da duração do sono,
ao uso da droga em detrimento de outras Via Neuroesteroides
atividades e obrigações, a um aumento da inibição motora
tolerância pela droga.
Costardi JVV, Nampo RAT, Silva GL, Ribeiro MAF,
Fonte: World Health Organization. Stella HJ, Stella MB, Malheiros SVP

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TRANSTORNO NO ALCOOLISMO
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CONDUTA TRATAMENTO
Naltrexona: 50mg, 1 comprimido/dia, VO, podendo evoluir para 100mg/dia
após 1 semana.
Aconselhamento Comportamental
Topiramato: Iniciar com 25mg/dia, podendo haver aumentos semanais de
25mg até dose almejada.
Introduzir o assunto baseado
nos resultados do AUDIT. Baclofeno: Iniciar com 1/2 comprimido (5mg), 3x/dia. Aumentar a dose a
cada 3/5 dias conforme tolerabilidade. Dose terapéutica: 30-80mg/dia.
Esclarecer efeitos do uso.

Uso de substâncias psicoativas


Ondansetrona: 4-16ug/kg, 2x/dia. Doses usuais de 4mg-16mg/dia.

Manejo

Discutir a necessidade de
cessar o uso ou reduzí-lo.
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Carvalho AF, Heilig M, Perez A, Probst C, Rehm J.
COCAÍNA E ESTIMULANTES
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CONCEITO
Uso contínuo apesar dos problemas
O Transtorno do Uso de Cocaína é um físicos, psicológicos ou sociais que
transtorno relacionado ao uso compulsivo da ela causa.
substância psicoativa cocaína, levando a um
Abandono de importantes
aumento da dopamina no cérebro,
atividades sociais, ocupacionais ou
resultando em uma sensação intensa de
recreativas em favor do uso.
euforia, energia e aumento da excitação.

Uso de substâncias psicoativas


Uso recorrente da cocaína em
CRITÉRIOS situações que podem ser perigosas.

Tolerância, com necessidade de


Consumo em grandes quantidades
doses cada vez maiores para obter
ou por um período longo.
o efeito desejado.

Desejo persistente ou esforços mal


Sintomas de abstinência quando o
sucedidos de reduzir ou controlar o
uso é interrompido ou reduzido.
uso.

Grande quantidade de tempo gasto Presença de pelo menos dois dos seguintes
em atividades relacionadas ao uso sintomas durante um período de 12 meses.
de cocaína.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Desejo intenso ou ânsia pela droga. Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.
45
COCAÍNA E ESTIMULANTES
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TRATAMENTO
Avaliar comorbidades psiquiátricas e iniciar o
tratamento quando necessário.
Dissulfiram: Dose inicial de 250mg,
com dose máxima de 500mg/dia; Encaminhar para serviços especializados
quando disponíveis (Centro de Atenção
Topiramato: Dose inicial de 25mg, Psicossocial – Álcool e outras Drogas) ou para
com dose máxima de 300mg/dia; avaliação psiquiátrica e psicológica.

Uso de substâncias psicoativas


CONDUTA:
Ouvir com empatia e evitar
julgamentos relacionados aos atos do
paciente.

Reforçar positivamente o ato do


paciente em buscar ajuda para sua
condição.

Fazer avaliação clínica detalhada,


com solicitação de exames
laboratoriais e imagem quando
necessários.
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TABAGISMO
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CONCEITO FISIOPATOLOGIA
Doença crônica caracterizada pela
dependência de nicotina, comportando-se A nicotina, substância psicoativa
de forma diferente de substâncias encontrada no tabaco, tem impacto
psicoativas por não produzir intoxicação ou direto no sistema nervoso central (SNC)
alteração do estado de consciência na ao se ligar aos receptores nicotínicos de
abstinência. acetilcolina.

Uso de substâncias psicoativas


CRITÉRIOS Esses receptores estão presentes nos
núcleos neuronais dopaminérgicos
Desejo persistentes;
Inabilidade de reduzir o uso; localizados na via mesocorticolímbica.
Fissura/necessidade de uso; Ao estimular esses neurônios, a nicotina
Consumo em grandes quantidades; promove a liberação de dopamina em
Uso recorrente;
estruturas do sistema límbico,
Uso continuado mesmo que haja
problemas sociais ou interpessoais;
desencadeando sensação de prazer.
Atividade social reduzida pelo uso;
Uso em situações de perigo para A exposição contínua à nicotina causa
integridade física (ex: fumar na cama); neuroadaptações, incluindo a diminuição da
Tolerância, necessidade de sensibilidade e o aumento do número de
quantidades progressivamente receptores nicotínicos. Essas alterações são
maiores; consideradas responsáveis pela necessidade
Abstinência; de doses mais altas para obter o mesmo
efeito (tolerância).
47
TABAGISMO
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TESTE DE FAGERSTRÖM
Presença ou possibilidade de sintomas de
Ferramenta de avaliação utilizada para medir a abstinência:
dependência física à nicotina e a intensidade do
vício em fumantes. Número de cigarros > 10/dia.
Tempo até o primeiro cigarro ≤ 30 minutos.
Descrição de sintomas de abstinência.
A pontuação total do questionário fornece uma
Pontuação superior ≥ 5 no Questionário de
medida da dependência à nicotina, sendo que a
Tolerância Fagerström.
farmacoterapia é indicada em pontuação ≥ 5.

Uso de substâncias psicoativas


TRATAMENTO

Vareniclina: 0,5mg/dia por 3 dias, seguido de


0,5mg 2x/doa por 4 dias e, depois, 1mg, 2x/dia.

Bupropriona: Iniciar 150mg/dia e aumentar para


300mg/dia no 4º dia. Parar de fumar
abruptamente ou entre 1-2 semanas após o início.

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TRANSTORNO DA SOMATIZAÇÃO
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CONCEITO Lembrete!
Sintomas somáticos não são
Caracterizada por sofrimento psíquico e fisiopatologicamente bem explicados pela
medicina, não sendo suficiente para fechar
prejuízo na vida diária com um ou mais
um diagnóstico. A base diagnóstica
sintomas somáticos. consiste na perturbação significativa
causada pelos sintomas somáticos.
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.

Síndromes Somatoformes
Investigação de
sintomas somáticos
CRITÉRIOS
Pelo menos um entre 3 sintomas: Múltiplas queixas Coexistência de sintomas
( > 5) depressivos ou ansiosos
Pensamentos despropocionais
acerca da gravidade dos
sintomas; Relação temporal de
sintomas com conflitos em
Ansiedade excessiva acerca da
vida pessoal
saúde e sintomas;

Gasto excessivo de tempo e


energia acerca de sintomas e
preocupações com a saúde;
49
TRANSTORNO DA SOMATIZAÇÃO
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CONDUTA

Programar consultas rotineiras


como forma de reduzir a
ansiedade;

Direcionar ao psiquiatra;

Síndromes Somatoformes
Incentivas estilo de vida
saudável ( atividades físicas,
alimentação);

Indicação à terapia Cognitivo-


Comportamental;

Evitar polifarmácia ou gastos


desnecessários com exames;

Farmacológico: antidepressivos
inibidores da recaptação de
serotonina e noradrenalina;

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TRANSTORNO CONVERSIVO
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CONCEITO
Achados inconsistentes no exame físico que
auxiliam na identificação:
Denominado histeria, caracterizado por
sintomas psíquicos que convergem em Sinal de Hoover: onde a fraqueza da
pseudoneurológicos. extensão do quadril retorna à força
normal com flexão do quadril
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
contralateral contra resistência.
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Síndromes Somatoformes
Mentais 5ª edição. Fraqueza acentuada da flexão plantar
do tornozelo quando testada no leito em
CRITÉRIOS um indivíduo capaz de caminhar na
ponta dos pés.
Um ou mais sintomas de função
Achados positivos no teste diagnóstico
motora ou sensorial alterada;
do tremor. Nesse teste, um tremor
unilateral pode ser identificado como
Achados físicos revelando funcional se mudar quando o indivíduo
incompatibilidade entre o estiver distraído dele.
sintoma e as condições
neurológicas encontradas; Em ataques que se assemelham a
epilepsia ou síncope (ataques não
Causa sofrimento clinicamente epiléticos psicogênicos), a presença de
significativo e não é bem olhos fechados com resistência à
explicado por outro transtorno abertura ou um eletroencefalograma
mental ou médico. simultâneo normal.

51
TRANSTORNO CONVERSIVO
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DIAGNÓSTICO
CONDUTA
DIFERENCIAL
Terapia Cognitiva Comportamental;

CONVULSÃO CONVULSÃO
Tratamento medicamentoso apenas
PSICOGÊNICA EPILÉPTICA indicado quando há vigência de
Início gradual e duração condições psiquiátricas.
Início abrupto, queda pode
prolongada, queda sem
causar traumas

Síndromes Somatoformes
traumas, amortecida

Sem alteração no reflexo Reflexo córneo com


córneo comprometimento pós-ictal

Pálpebras fechadas durante a Pálpebras abertas durante a


crise crise

Resposta plantar extensora


Ausência de resposta plantar
após a convulsão

Lesão por mordida na língua e


Sem lesão lingual incontinência urinária pós-
crise

Respiração normal Respiração ruidosa pós-ictal

Abertura de pálpebra
Abertura ocular fácil
resistente

52
TRANSTORNO FACTÍCIO
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CONCEITO
Sintomas simbólicos com o objetivo de estar
Mecanismo de defesa inconsciente no
numa posição de cuidado.
qual o paciente motiva participar do
serviço de saúde e receber cuidados. Tendência a intensificar queixas de forma
teatral;
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Comum o uso de substâncias com o objetivo
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Síndromes Somatoformes
Mentais 5ª edição. de alterar exames laboratoriais.

CRITÉRIOS CONDUTA
Indivíduo apresenta-se como Avaliação psiquiátrica;
lesionado ou incapacitado;
Fortalecer o vínculo terapêutico,
Comportamento fraudulento reconhecendo fatores
evidente; biopsicossociais associados ao
processo de adoecimento;
Falsificação de sinais ou
sintomas físicos ou psicológicos Não é indicado farmacoterapia,
ou indução de lesão ou doença, entretanto, inibidores da recaptação
associada a fraude identificada; de serotonina possuem resposta
positiva na redução do
comportamento impulsivo;
53
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
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CONCEITO TIPOS
Rupturas dos processos mentais, como: IMEDIATO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE
TRANSTORNO
consciência, memória, identidade,
Descontinuidade de identidade sutil e discreta;
controle motor e percepção. Lacunas recorrentes na memória de eventos
importantes na vida pessoal;
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos IMEDIATO
AMNÉSIA DISSOCIATIVA

Síndromes Somatoformes
Mentais 5ª edição.
Amnésia localizada de um evento específico da vida;
Não acompanhado de lesões neurológicas que
CARACTERÍSTICAS justifiquem;
Especificado pela DSM-5 como uma fuga dissociativa,
relacionada a traumas;
Desrealização: Sentimento de
estranhamento com o ambiente
ao redor; CONDUTA
Despersonalidade: Questionar acerca de eventos traumáticos;
Distanciamento do próprio corpo,
Entrevistar pessoas próximas ao paciente;
emoções, ações e pensamentos.
Informar familiares acerca do transtorno e
fatores desencadeantes;
Farmacoterapia indicada em benefício da
redução de ansiedade, como ISRS
(Inibidores da Recaptação de Serotonina);
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ÁREAS PREJUDICADAS
IMPULSIVIDADE CRITÉRIOS
Descontrole e prejuízo na execução de planejamentos. Padrão persistente (A);

Múltiplas situações pessoais e


COGNIÇÃO sociais (B);
Distúrbios na forma de percepção e interpretação dos

Síndromes de Personalidade
Acarreta prejuízos e sofrimento
fatos.
(C);
INTERPESSOALIDADE Surge no início da idade adulta,
Pode estar prejudicado, sendo instável ou excluso. sendo estável (D);

Não associado a outro transtorno


AFETIVIDADE mental (E);
Emoções, humor, afetos alterados, variando em Não atribuído a efeito de drogas
intensidade, labilidade e adequação da resposta
ou outras condições (F);
emocional.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.

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TIPOS
Padrão de desconfiança e suspeita às Inibição social, hipersensibilidade a
PARANOIDE EVITATIVA
motivações os outros. avaliação negativa, inadequação.

Distanciamento de relações sociais e Padrão submisso e apegado,


ESQUIZOIDE DEPENDENTE
restrição da expressão emocional. necessidade excessiva de ser cuidado.

Distorção cognitiva ou perceptiva, Perfeccionismo, preocupação com

Síndromes de Personalidade
ESQUIZOTÍPICO ANANCÁSTICO
excentricidades de comportamento. ordem e controle.

Desrespeito e violação dos direitos dos


ANTISSOCIAL
outros.

Instabilidade nas relações


BORDERLINE interpessoais, nos afetos e autoiagem,
com impulsividade acentuada.

HISTRIÔNICA Busca de atenção em excesso.

Padrão de grandiosidade, necessidade


NARCISISTA
de admiração e pouca empatia.

56
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ESQUIZOIDE
CONCEITO Opta por solidão

Esse grupo engloba os transtornos de Desinteresse em experiências sexuais


personalidade paranoide, esquizoides Desprazer em realizar atividades
e esquizotípicos.
Não possui amigos próximos que não
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - sejam parentes de primeiro grau
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição. Frieza e distanciamento emocional

Síndromes de Personalidade
Indiferentes a elogios ou críticas

PARANOIDE
Dúvidas injustificáveis acerca da ESQUIZOTÍPICA
lealdade dos que o cercam Discursos estranhos
Desconfiança e medo infundado Experiências perceptivas incomuns
Rancor persistente Afeto inadequado ou constrito
Suspeitas recorrentes Desconfiança ou ideação paranoide
Percebe significados ocultos ou Crenças estranhas e mágicas,
ameaçadores em comentários inconsistentes com as normas
Percepção de estar sendo enganado, subculturais
explorado ou maltratado Excessiva ansiedade social

57
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BORDERLINE
CONCEITO
Esforços desesperados para evitar o abandono
Esse grupo engloba os transtornos de
Padrões de relacionamentos instáveis ou intensos
personalidade antissocial, borderline e
histriônico. Impulsividade autodestrutiva

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - Recorrência de comportamentos automutilantes


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição. Sentimentos crônicos de vazio

Síndromes de Personalidade
Sintomas dissociativos intensos

Dificuldade de controlar a raiva


ANTISSOCIAL
Dificuldade em se ajustar às normas
sociais e comportamentos legais HISTRIÔNICA
Descaso pela segurança de si e dos Desconforto ao não ser o centro das atenções
outros
Expressão superficial de emoções
Irritabilidade e agressividade
Autodramatização
Impulsividade
Considera relações pessoais mais íntimas do que
Irresponsabilidade são na realidade
Ausência de remorso Usa a aparência física para atrair atenção
Tendência à falsidade Comportamento sedutor ou inadequado
58
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DEPENDENTE
CONCEITO Dificuldade em tomar decisões sem ouvir opniões
Esse grupo engloba os transtornos de Dificuldade em manifestar desacordo
personalidade evitativa, obsessivo-
Pouca iniciativa em projetos
compulsiva e dependente.
Vai a extremos para obter carinho e apoio
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Sente-se desconfortável sozinho
Mentais 5ª edição.

Síndromes de Personalidade
Urgência em iniciar novo relacionamento após
término do anterior

EVITATIVA Medo de abandono

Evitam contato interpessoal


OBSSESSIVO-COMPULSIVO
Não se dispõem a se envolver com
Preocupação excessiva com ordem, listas, regras
pessoas, exceto se certeza de boa
recepção Perfeccionismo
Preocupa-se com rejeição ou críticas Dificuldade de concluir tarefas
Se observa como socialmente incapaz, Meticuloso e rígido com moral e ética
inferior ou sem atrativos
Rigidez e teimosia
Resiste em assumir riscos ou se
envolver em novas atividades Dedicado ao trabalho e produtividade em
detrimento de lazer e amizades

59
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CONDUTA Pode-se fazer também uso de


medicamentos, como inibidores da
Psicoterapia (Tratamento de
recaptação de serotonina, quando o
primeira linha);
paciente apresentar comorbidades com
Normalmente o paciente é transtornos ansiosos.
relutante em aceitar
diagnóstico;

Síndromes de Personalidade
Estabilização das crises: pacientes
O envolvimento dos pacientes com transtorno de personalidade
com TP ao tratamento é difícil podem apresentar agudização do
devido ao medo excessivo de
quadro, com crises suicidas e de
serem criticados e rejeitados,
agressividade. Deve-se realizar
apresentando uma resistência a
criar e manter relacionamentos
plano de segurança em que o
interpessoais. paciente toma a responsabilidade
pela sua própria segurança. As
internações devem ser realizadas em
casos extremos, quando há alto risco
suicida ou de heteroagressividade.

60
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RESPOSTA SEXUAL DISFUNÇÕES SEXUAIS


Fase de excitação: etapa de Desejo sexual hipoativo
estimulação fisiopsicológica. Caracteriza-se por uma falta persistente de
interesse ou desejo sexual. Pode levar a uma
Fase Platô: período de diminuição na busca por atividade sexual e
excitação contínua. causar angústia significativa.

Fase de Orgasmo: Descarga de Transtorno de excitação sexual feminina


prazer intenso. Dificuldade persistente em atingir ou manter a

Síndromes da Sexualidade
excitação sexual adequada, resultando em
Fase de resolução: Estado dificuldade em realizar atividades sexuais.
subjetivo de bem-estar que é
caracterizado por ser refratário, Transtorno Erétil
exigindo repouso. Conhecido como impotência, é a incapacidade
persistente de obter ou manter uma ereção
para uma atividade sexual satisfatória.

CLASSIFICAÇÃO
Ejaculação precoce ou retardada
Disfunções sexuais; Ejaculação recorrente que ocorre antes ou
logo após a penetração sexual/ Ocorre muito
Transtornos parafílicos;
após o ato sexual.
Disforia de gênero;
Transtorno de dor genitopélvica
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - Caracteriza-se pela dor genital na atividade
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos sexual. Isso pode incluir dor durante a
Mentais 5ª edição.
penetração (dispareunia) ou dor durante a
contração vaginal (vaginismo). 61
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PARAFÍLICOS DISFORIA DE GÊNERO


Pedofilia Disforia
Envolve a atração sexual persistente e intensa Sofrimento psicológico associado ao
por crianças pré-púberes. Essa atração pode sentimento de incongruência entre o gênero
envolver fantasias, comportamentos ou atos designado no nascimento e a identidade de
de abuso sexual contra crianças gênero vivenciada pela pessoa. Pessoas com
disforia de gênero podem sentir-se
Exibicionismo profundamente desconfortáveis ​c om o sexo
Caracteriza-se pela excitação sexual obtida que lhes foi atribuído no nascimento e podem

Síndromes da Sexualidade
pela exposição dos órgãos genitais a outras ter um forte desejo de viver e ser reconhecidas
pessoas sem o consentimento delas. como pertencentes ao gênero oposto.

Fetichismo
Refere-se à atração sexual por objetos
inanimados específicos ou partes do corpo,
necessários para obter gratificação.

Sadismo sexual
Implica o prazer sexual obtido através da
inflição de dor, humilhação ou sofrimento
físico ou psicológico em outra pessoa.

Masoquismo sexual
Envolve a obtenção de prazer sexual por meio
do recebimento de dor, humilhação ou
sofrimento físico ou psicológico.
62
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INCRONGUÊNCIA DE GÊNERO

Cisgênero Identidade de gênero concorda com o gênero de nascimento e com seu comportamento
Transexual Pessoa cuja identidade de gênero é diferente do gênero atribuído ao seu nascimento
Pessoa que nasceu com as características físicas do gênero masculino, mas se identifica com o
Travesti gênero feminino. Vivenciam papéis de gênero femininos, mas não se reconhecem como homens
ou como mulheres, mas como membros de um gênero próprio.

Homens ou mulheres que nasceram com alguma anomalia ou malformação na genitália

Síndromes da Sexualidade
Intersexo masculina ou feminina e, por vezes, necessitam de hormonoterapia ou cirurgias durante seu
desenvolvimento

Não se identificam com o gênero masculino ou com o gênero feminino ou transitam entre os
Não Binários
gêneros
Gostam de usar roupas ou acessórios relativos ao gênero oposto ao do seu nascimento, na
Cross-dresser
maioria das vezes não em tempo integral, e não há identificação pessoal com o gênero oposto.
Pessoa que se veste ou usa acessórios como uma mulher estereotipada ou exagerada para
Drag queen
shows e performances artísticas
Pessoa que se veste ou usa acessórios como um homem estereotipado ou exagerado para
Drag king
shows e performances artísticas
Termo designado a homens que se vestiam como mulheres para apresentações performáticas,
Transformista
sem identficação com o gênero feminino ou prazer sexual
63
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CONDUTA DISFUNÇÃO ERÉTIL


Hábitos saudáveis - mudança no estilo de vida;
Diagnóstico essencialmente clínico, Tadalafila: 1 comp, 2-3x/semana (20mg) ou uso diário
de 5mg;
observando queixa do paciente; Citrato de sildenafila: 1 comp/dia (25,50 ou 100mg);
Cloridrato de vardenafila: 1comp/dia (5,10 e 20mg);
Critério Udenafila: 1 comp/dia (100mg);
Papaverina/ Fentolamina: aplicação intracavernosa
Período mínimo de 6 meses de de substância vasoativa;
sintomatologia

Síndromes da Sexualidade
DESEJO SEXUAL HIPOATIVO
Tratamento de depressão: antidepressivos com
TRATAMENTO menor prejuízo a função sexual - Bupropiona (150-
300mg/dia); Buspirona ( 30-60mg/dia); Mirtapazina (
15-45mg/dia); Trazodona ( 200-400mg/dia);
EJACULAÇÃO PRECOCE Terapia androgênica: indicada somente quando
Antidepressivos (ISRS): Fluoxetina, paroxetina, houver quadro clínico característico de distúrbio
sertralina; androgênico do envelhecimento masculino (DAEM) e
Antidepressivos tricíclicos: amitriptilina, níveis de testosterona abaixo de < 300 ng/dL
clomipramina;
Ansiolíticos: alprazolam ou bromazepam;
Aplicações tópicas de lidocaína;
Opioide analgésico de ação central ( tramadol):
Eleva o tempo de latência intravaginal;
Inibidores da fosfodiesterase + ISRS: mantêm a
rigidez peniana.
Terapia sexual/ psicoterapia/ terapia de casal;

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
64
Mentais 5ª edição.
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TRATAMENTO
TRANSTORNOS PARAFÍLICOS DISFORIA DE GÊNERO
Psicoterapia (para a identificação dos elementos O procedimento envolve equipe multidisciplinar
associados ao transtorno parafílico e o (psiquiatra, endocrinologista, cirurgião, psicólogo,
desenvolvimento de alternativas mais adequadas de assistente social) para formulação diagnóstica,
relacionamento sexual); avaliação psiquiátrica, apoio psicológico e
psicoterápico, administração/correção do uso de
Medicamentos (que inibem a libido, auxiliando no hormônios, avaliação de condições familiares e sociais,
controle da atividade sexual desviante, enquanto é preparação para a cirurgia, ato cirúrgico e
criada nova alternativa sexual). acompanhamento pós-operatório (em curto e longo

Síndromes da Sexualidade
prazos).
A medicação utilizada nesses casos são os
antidepressivos (p. ex., 80 mg de fluoxetina por dia) e No Brasil, para se submeter à cirurgia de
com menos frequência os antipsicóticos. redesignação sexual, o indivíduo deve ser maior de
21 anos (redução para 18 anos está em discussão no
Ministério da Saúde) e ter sido acompanhado por
pelo menos 2 anos de psicoterapia. O laudo
psiquiátrico (garantindo quadro de transexualidade)
e os procedimentos prévios são indispensáveis.
Equívoco na avaliação pode resultar em depressão,
quadros psicóticos, tentativa de suicídio e suicídio
do paciente.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
65
Mentais 5ª edição.
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ONIOMANIA
CONCEITO
Se trata de compras compulsivas
Categorias de transtornos psiquiátricos Associação a episódios de compras a estados
relacionados a comportamentos emocionais negativos, como angústia e frustração
compulsivos e descontrolados.
Impulsividade, aquisições e dívidas extensas
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.
PIROMANIA
Envolve um impulso irresistível e recorrente de

Síndromes Impulsivas
iniciar incêndios, obtendo prazer ou alívio
Têm em comum a dificuldade em resistir a emocional dessa ação.
impulsos ou a comportamentos repetitivos
Histórico de comportamento incendiario desde a
que podem causar danos físicos, emocionais, infância
financeiros ou sociais significativos

EXPLOSIVO-INTERMITENTE CLEPTOMANIA
Desejo incontrolável de furtar objetos
Agressividade impulsiva e recorrente
desnecessários ao uso pessoal

Agressões verbais a objetos ou violência física a pessoas Constante conflito entre o prazer do roubo e medo
das consequências
Ações desproporcionais ao estímulo, desencadeada por
A necessidade de roubar e a incapacidade de
interações sociais
parar são comportamentos impulsivos, uma vez
Pode ter alta intensidade com baixa frequência ou que são mal planejados, arriscados e com
baixa intensidade e alta frequência desfecho negativo 66
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FISIOPATOLOGIA CONDUTA

Subdivisões no córtex pré-frontal estão Intervenções psicoterápicas como


associadas a ponderação, a psicoeducação com orientação
planejamento, antecipação, inibição de do paciente como os familiares a
ação, controle das emoções, atribuição respeito do transtorno;
de valor objetivo e avaliação de
A psicoterapia deve dar enfoque às
resultados.
distorções cognitivas que

Síndromes Impulsivas
provocam interpretações e
Estruturas límbicas interagem de
respostas disfuncionais.
forma complexa com os sistemas de
recompensa e estresse resultando em
incentivos de aproximação ou esquiva. Medidas como práticas de
atividade física, alimentação
O déficit nos sistemas de controle do balanceada são importantes para a
comportamento é contrabalançado manutenção da qualidade de vida;
pelo desenvolvimento de funções
compensatórias. Para que um paciente
Antidepressivos como ISRS são
manifeste a impulsividade, é
prescritos quando há associação
necessário que haja falha simultânea
com depressão e ansiedade;
em mais de um sistema, suscitando a
falha em impedir que uma ação seja
iniciada.
67
ANOREXIA NERVOSA
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CONCEITO
Caracterizada por distúrbio na CLASSIFICAÇÃO
percepção do peso corporal,
causando medo intenso de ganho
Episódios recorrentes de
ponderal;
Anorexia nervosa tipo compulsão purgativa como
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - compulsão alimentar vômitos autoinduzidos e uso
purgativa induzido de diéreticos,
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Transtornos Alimentares
Mentais 5ª edição.
laxantes ou enemas

CRITÉRIOS
Restrição da ingesta calórica,
causando peso significamente
baixo relacionado ao normal;
Episódios recorrentes de
Medo intenso de engordar, com jejum, medo de dieta e
comportamento persistente que Anorexia nervosa tipo
exercício físico excessivo,
interfere no ganho ponderal; restritiva
causando grave perda de
Perturbação da autoavaliação e peso
ausência de reconhecimento da
gravidade do baixo peso;

68
ANOREXIA NERVOSA
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CLASSIFICAÇÃO CONDUTA
DA GRAVIDADE Equipe multidisciplinar composta por
nutricionista, psicólogo e psiquiatra;
Leve (IMC > 17 kg/m2);

Moderada (IMC 16-16,99 kg/m2); Primeira Linha: Psicoterapia com objetivo


de suspender práticas purgativas e

Transtornos Alimentares
Grave (IMC 15-15,99 kg/m2); restritivas, normalizar padrão alimentar e
desconstruir crenças distorcidas acerca
Extrema (IMC <15 kg/m2). da imagem corporal;

Segunda Linha: Farmacoterapia,

COMPLICAÇÕES entretanto, não existem medicamentos


que produzam melhoras significativas dos
sintomas. Os ISRS podem melhorar ganho
Gastrointestinal: constipação e dor abdominal;
de peso ou prevenir recaídas, mas sem
Hematológicas: anemia, leucopenia,
papel comprovado.
trombocitopenia;
Pele e anexos: queda de cabelo, unhas
quebradiças, pele seca; Nutrição comportamental:
Eletrólitos: Hipopotassemia, hiponatremia, Ganho. depeso de 500-1.400g/semana
hipoglicemia e desidratação; Realimentação de 6.000kJ/dia
Osteomuscular: osteopenia, osteoporose;
aumentando em 2.000kJ para prevenir a
Renal: edema, insuficiência, cálculo renal;
Metabólicas: hipoglicemia e hipercolesterolemia; síndrome da realimentação
69
BULIMIA NERVOSA
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CONCEITO

Caracterizada por episódios Métodos compensatórios: Uso indevido de


recorrentes de compulsão alimentar laxantes, enemas, diuréticos, jejum prolongado,
vômitos autoprovocados, excesso de exercícios;
seguidos de comportamentos
compensatórios inadequados para
evitar o ganho de peso.
CLASSIFICAÇÃO

Transtornos Alimentares
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
1 a 3 episódios de comportamentos
Mentais 5ª edição.
Leve
compensatórios por semana
CRITÉRIOS
4 a 7 episódios de comportamentos
Moderado
Compulsão alimentar: Ingestão de compensatórios por semana
grande quantidade de alimentos e
sensação de não conseguir parar 8 a 13 episódios de comportamentos
de comer. Grave
compensatórios por semana

≥ 14 episódios de comportamentos
Episódios de compulsão por, no
mínimo, uma vez por semana nos
Extremo
últimos 3 meses; compensatórios por semana.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição. 70
BULIMIA NERVOSA
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CONDUTA FATORES DE RISCO

Equipe multidisciplinar composta por Histórico de obesidade infantil;


nutricionista, psicólogo e psiquiatra;
Histórico e transmissão familiar do
transtorno;
Hospitalização em casos de anormalidades Histórico de abuso sexual ou físico;
eletrolíticas significativas, arritmias, perda

Transtornos Alimentares
rápida e persistente de peso, ideação Baixa autoestima;
suicida;
Sintomas depressivos;

Farmacoterapia: Medicamentos Transtorno de ansiedade social ou


antidepressivos como os ISRS generalizada;
(Ex: fluoxetina) são benéficos
para diminuir a frequência de
compulsão alimentar e
purgarções;

Psicoterapia é padrão-ouro, primeira linha


de tratamento para casos de transtornos
alimentares.

Nutrição comportamental.

71
COMPULSÃO ALIMENTAR
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CONCEITO

Caracterizada por episódios Correlação com diabetes tipo 2 e TDAH


recorrentes de compulsão alimentar
sem métodos compensatórios para
evitar o ganho ponderal. FISIOPATOLOGIA

Transtornos Alimentares
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - As bases neurobiológicas do impulso de comer e da
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição. regulação do apetite estão relacionadas ao
hipotálamo e às conexões dos núcleos
CRITÉRIOS hipotalâmicos com os circuitos de recompensa no
Pelo menos um entre 3 sintomas: cérebro. O neuropeptídeo Y, a grelina, a orexina e a
leptina representam papel importante na regulação
Comer mais rápido que o normal; do apetite. Desse modo, o hipotálamo age como um
Alimentar-se até se sentir centro de controle, influenciado por uma complexa
desconfortavelmente cheio; rede de circuitos cerebrais e substâncias que
Comer em grandes quantidades regulam o apetite e o impulso de comer.
na ausência de fome;
Comer sozinho por vergonha da
quantidade de comida;
Sentir-se culpado ou deprimido;
72
COMPULSÃO ALIMENTAR
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CONDUTA TRATAMENTO
Tratamento focado no transtorno da
compulsão, de modo que o emagrecimento
seja uma consequência da mudança Sertralina 50-200mg
psicológica de mindset.

Farmacoterapia indicada em casos Fluvoxamina 50-300mg

Transtornos Alimentares
moderados a graves, objetivando o
controle da impulsividade na alimentação.
Escitalopram > 30mg;
Fármacos inibidores seletivos da
recaptação de serotoãina sao
frequentemente utilizados no tratamento.
Fluoxetina 60mg

Redução da frequência de compulsão;

Diminuição do IMC e peso;

Redução da gravidade da doença;

Melhora no quadro geral;

73
EPILEPSIA
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CONCEITO EPILEPSIA MIOCLÔNICA


Envolve breves contrações musculares súbitas e
Caracterizada por atividade cerebral rápidas, que podem afetar um músculo ou grupos
musculares.
anormal que resulta em episódios
recorrentes de convulsões.
EPILEPSIA TÔNICO-CLÔNICA
Caracterizada por convulsões que envolvem
Convulsões: episódios súbitos e temporários de rigidez muscular (fase tônica) seguida de
movimentos involuntários rítmicos (fase clônica).

Transtornos Epilépticos
alteração do funcionamento cerebral, que podem
afetar a consciência, o comportamento, as
EPILEPSIA DO LOBO FRONTAL
sensações e os movimentos corporais.
Origina-se no lobo frontal do cérebro e pode
causar uma variedade de sintomas, incluindo

TRANSTORNOS EPILÉPTICOS
movimentos complexos, comportamento anormal
e alterações da consciência.

EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL SÍNDROME DE WEST


Caracterizada por convulsões que se originam no Caracterizada por espasmos infantis (episódios de
lobo temporal do cérebro. Pode causar alterações movimentos súbitos e involuntários), atraso no
no comportamento, memória e emoções. desenvolvimento e anormalidades no EEG
(eletroencefalograma).

EPILEPSIA DE AUSÊNCIA
Caracterizada por breves episódios de perda de
consciência, geralmente acompanhados de olhar
vago ou ausente.

74
EPILEPSIA
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ASSOCIAÇÕES
Transtornos do humor: Pessoas com epilepsia podem ter um
A epilepsia é um fator de risco para o
risco aumentado de desenvolver depressão e transtorno bipolar.
surgimento de distúrbios mentais,
A relação entre epilepsia e transtornos do humor pode ter
tornando-a mais grave. influência de fatores neurobiológicos, efeitos colaterais de
medicamentos antiepilépticos e estresse psicossocial.
Transtornos mentais pré-ictais
Transtornos de ansiedade: A epilepsia também pode estar
associada a transtornos de ansiedade generalizada, transtorno

Transtornos Epilépticos
Estabelecem-se com antecedência de
algumas horas ou dias da crise epiléptica e do pânico e transtorno de estresse pós-traumático. O impacto na
encerram após o ictus. qualidade de vida e os efeitos colaterais dos medicamentos
podem contribuir para o desenvolvimento desses transtornos.

Transtornos mentais ictais Transtornos do sono: A epilepsia pode estar associada a


distúrbios do sono, como insônia, apneia do sono e parassonias.
Correspondem a manifestação Além disso, distúrbios do sono podem desencadear convulsões
psicopatológica da crise epiléptica.
em pessoas com epilepsia.

Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH):


Transtornos mentais pós-ictais Existe uma associação entre epilepsia e TDAH, de forma que as
convulsões podem afetar a atenção e a concentração,
Iniciam-se após a ocorrência de crises, de
contribuindo para sintomas semelhantes ao TDAH.
maneira imediata ou posterior, em um
intervalo de horas ou dias.

75
EPILEPSIA
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CONDUTA TRATAMENTO

O objetivo principal do tratamento


medicamentoso é alcançar o controle das Carbamazepina (200 mg) 2-3 comprimidos VO de 8/8 horas.
Programar escalonamento gradual: 200 mg, a cada 5 dias;
convulsões, minimizar os efeitos colaterais
dos medicamentos e melhorar a qualidade Ácido valproico: iniciar com 10-15 mg/kg/dia em 1-3 doses
de vida dos indivíduos com epilepsia. divididas; aumentar de 5-10 mg/kg/dia em intervalos semanais
até que as crises sejam controladas ou os efeitos colaterais

Transtornos Epilépticos
impeçam aumentos adicionais. Doses diárias > 250 mg devem ser
A escolha do medicamento dependerá de administradas em doses divididas. Dose manutenção: 30-60
vários fatores, incluindo o tipo de epilepsia, a mg/kg/dia em 2-3 doses divididas;
idade do paciente, a presença de outras
Lamotrigina como monoterapia.
condições médicas e a resposta individual
Semanas 1 e 2: 25 mg/dia; aumento com base na resposta e
ao medicamento. tolerabilidade;
Semanas 3 e 4: 50 mg/dia;
Terapia cognitivo-comportamental, terapia Semana 5 e além: Aumentar em 50 mg/dia a cada 1-2
ocupacional, terapia física, cirurgia de semanas;
Dose habitual de manutenção: 225-375 mg/dia (liberação
epilepsia ou dispositivos de estimulação
imediata) ou 300-400 mg/dia (liberação prolongada).
nervosa,
Clobazam: Iniciar com doses pequenas (5-15 mg/dia),
aumentando gradualmente até o máximo de 80 mg/dia.

Topiramato: Dose inicial: 25-50 mg 2x/dia. Aumentar 25-50 mg a


cada 3 a 7 dias; A dose média usual é de 200-600 mg/dia.

76
INSÔNIA
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CONCEITO INVESTIGAÇÃO
Caracterizada por sono disrupção, originado Diurno Antes de Deitar Noturno
por dores crônicas, refluxo gastroesofágico, Cochilos Horário habitual de Despertares
depressão, ansiedade, apneia obstrutiva. (quantidade e tempo) deitar (quantidade e tempo)

Rotina antes de
Horário de despertar Roncos
deitar
Dificuldade persistente para o início, a

Transtornos do Sono
Estilo de vida Ambiente do quarto Sonhos e pesadelos
duração, a consolidação ou a qualidade
do sono, que resulta em algum tipo de Uso de
Uso de substâncias Sintomas respiratórios
prejuízo diurno. medicamentos

Sonolência Alimentação noturna Atividades motoras


Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Comprometimento Latência para início
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Satisfação com o sono
Mentais 5ª edição. diurno do sono

Schutte-Rodin S, Broch L, Buysse D, Dorsey C, Sateia M


Questionar acerca das condições
relacionadas ao dormir, como qualidade
da cama, calmaria e temperatura no
ambiente que interferem na oportunidade
aquedada para que o aconteça.

77
INSÔNIA
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CONDUTA MEDIDAS DE HIGIENE


Terapia Cognitiva possui melhora
DO SONO
significativa na eficiência do sono, tempo
total de sono e tempo de vigília após o Dormir o tempo necessário para sentir-
início do sono. se descansado;

Evitar excesso de líquido ou refeições

Transtornos do Sono
pesadas à noite;

Ambiente calmo, escuro, confortável;

Evitar uso de cafeína, nicotina, álcool 4


a 6h antes de ir para cama;

Evitar exercício vigoroso 3 a 4h antes de


deitar-se;

Deitar-se e acordar todos os dias em


uma mesma hora;

Evitar ambiente ruidoso;

Evitar dormir durante o dia;

78
INSÔNIA
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TRATAMENTO
Quando há impossibilidade de acesso à Antipsicóticos atípicos
Terapia Comportamental, não adesão ou
Quetiapina (25 mg/cp ou 50 /cp de liberação
falha terapêutica.
prolongada ou 100 mg/cp) 25 mg - 100 mg/dia VO.

Agonistas seletivos dos receptores benzodiazepínicos

Zolpidem: Dose usual: 5 mg SL ou 10-12,5 mg VO à noite, Anticonvulsivantes

Transtornos do Sono
imediatamente antes de dormir. Dose máxima: 10 mg ou
12,5 mg, se comprimido de liberação prolongada; Gabapentina: (300 mg/cp) 300-1.800 mg/dia VO
(começar com 300 mg à noite e propor aumento
Eszopiclona: Dose inicial: 1 mg/dia VO, imediatamente
gradual da dose conforme necessidade).
antes de ir para a cama e apenas se o paciente tiver
disponível 7-8 horas de sono;

Zoplicona: 3,75-7,5 mg/dia VO;


Antagonista do receptor de Melatonina

Ramelteona: 8 mg/dia VO, 30 minutos antes de deitar.


Sedativos antidepressivos

Amitriptilina: 25-300 mg/dia VO (para insônia,


recomenda-se doses até de 50 mg no geral);

Mirtazapina: 7,5 mg-45 mg/dia VO;

Trazodona: 50-150 mg/dia VO, divididas em 2x ou em dose


única à noite;
79
APNEIA OBSTRUTIVA
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CONCEITO
Ocorre devido ao colapso total (apneia) ou
Caracterizada por pausas respiratórias parcial (hipopneia) da orofaringe pela pressão
durante o sono, ocasionando hipóxia ou negativa exercida pelos pulmões. a tensão
hipercapnia. muscular é ineficiente para manter a via
aérea aberta, interrompendo o fluxo de ar.
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição.

Transtornos do Sono
CLASSIFICAÇÃO
CRITÉRIOS
Leve: 5-15 pausas respiratórias/hora;
Pelo menos 1 dos critérios: Moderada: 15-30 pausas respiratórias/hora;
Grave: mais de 30 pausas respiratórias/hora;
A- Evidências polissonográficas de
pelo menos 5 apneias ou hipopneias
por hora de sono e sintomas: TRATAMENTO
1- Roncos, respiração difícil ou ofegante,
pausas respiratórias durante o sono.
Leve: Aparelho intraoral que promove protusão
2- Sonolência, fadiga durante o dia. gradual da mandíbula.
A- Evidências polissonográficas de Moderada a grave: Aparelhos de
15 ou mais apneias ou hipopneias pressão aérea contínua (CPAP,
por hora de sono, independente de evitando colpapso orofaríngeo na
sintomas. inspiração;
80
PARASSONIAS
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CONCEITO
REM
São experiências que ocorrem ao adormecer,
durante o sono ou ao despertar, classificadas Transtorno comportamental do sono:
conforme o estágio de sono em que ocorrem : Onirismo, que corresponde a atuação
REM ou NREM. motora efetiva durante o sonho
comumente de temática violenta,
NREM podendo ocasionar acidentes.
Despertar confusional: episódios

Transtornos do Sono
recorrentes de despertares Paralisia do sono: Caracterizada por
incompletos durante o primeiro terço um despertar com manutenção da
do sono; atonia do sono, podendo ser
Terrores noturnos: episódios de acompanhada de ilusões ou
despertares súbitos que se iniciam alucinações.
com grito de pânico. Sinais de
Distúrbios de pesadelos: Sonhos
estimulação autonômica como
desagradáveis e angustiantes
taquicardia, taquipneia, midríase e
recorrentes gerando o despertar.
sudorese estão presentes.

Sonambulismo: Consiste na
deambulação durante o sono,
caracterizada pelo olhar fixo e
ausência de resposta de comunicação.

Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -


Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
81
Mentais 5ª edição.
@reidosresumos_
CLÍNICA PSIQUIÁTRICA

vida
ao longo da
PARTE IV
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DEMÊNCIAS
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CONCEITO
Comprometimento de funções
Caracterizada por declínio cognitivo executivas, processamento de
global, sendo um transtorno informações e de atenção;
neurocognitivo maior.
Degeneração em degraus;
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria - Posterior a eventos cerebrovasculares;
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Alterações na neuroimageml
Mentais 5ª edição.

Síndromes neurocognitivas
ETIOLOGIAS
Sintomas parkinsonianos, déficits
cognitivos e alucinações visuais;
Comprometimento progressivo da
Síncope;
memória, principalmente. Suscetibilidade a quedas;

Deficiência de memória e aprendizagem;


Sem etiologia mista;
Declínio progressivo da cognição:
linguagem, atenção, orientação; Déficits progressivos comportamentais,
Mutação genética característica; na linguagem e nas funções executivas;

Atrofia dos lobos frontal e/ou temporal;


Alterações comportamentais;
Comprometimento linguístico;
83
DEMÊNCIAS
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CLASSIFICAÇÃO MINI EXAME


DO ESTADO MENTAL
Degenerativas

Associadas a processos de lesão


cerebral progressiva.

Ex: Doença de Alzheimer, Demência

Síndromes neurocognitivas
Frontotemporal, Corpos de Lewy

Não-degenerativas

Associadas a processos de lesão


cerebral aguda/súbita.

Ex: Demência Vascular, Corpos de


Inclusão e Lesão Traumática Nota sugerida:
< 4 anos de escolaridade: menor ou igual a 17;
> 4 anos de escolaridade: Menor ou igual a 24;

84
DEMÊNCIAS
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TRATAMENTO

DOENÇA DE ALZHEIMER

Memantina: Dose inicial de 10mg, até dose


terapêutica de 10-20mg;

Galantamina: Dose inicial de 8mg, até


dose terapêutica de 16-24mg;

Síndromes neurocognitivas
Rivastigmina: Dose inicial de 1,5mg, até
dose terapêutica de 1,5-6mg;

Donepezila: Dose inicial de 5mg, até dose


terapêutica de 5-10mg;

85
DELIRIUM
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CONCEITO
MÉTODO
Também denominado estado confusional
agudo, caracterizado por alteração Instrumento mais recomendado é o CAM
súbita e transitória da consciência e da (Confusion Assessment Method).
capacidade cognitiva.

Estado confusional agudo com


A
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
curso flutuante

Síndromes neurocognitivas
Mentais 5ª edição.

B Déficit de atenção
CRITÉRIOS
Pensamento e discurso
Perturbação da atenção e da C desorganizado
consciência;
Alteração do nível de
Alterações da consciência que
D consciência
tendem a oscilar em gravidade ao
longo do dia;

Critérios não explicados por outro O delírio é considerado na presença dos


transtorno neurocognitivo tópicos A e B, somado ao C e/ou D.
preexistente;

Pode ser ocasionado por intoxicação


ou abstinência de substância ou a
múltiplas etiologias;
86
DELIRIUM
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CONDUTA TRATAMENTO

Medidas não farmacológicas Haloperidol: Doses iniciais de 0,25mg a 1mg (IM ou


VO);
Iluminação ambiental durante o dia
para que permite a visualização do Risperidona: Doses iniciais de 0,25mg a 1mg/dia;
exterior.
Olanzapina: Doses de 2,5mg-10mg/dia;

Síndromes neurocognitivas
Ambiente silencioso, com Quetiapina: Doses de 12,5-25mg/dia;
calendários e relógios disponíveis.

Encorajamento de visitas e
aproximação de familiares e Em pacientes com síndrome de
cuidadores. abstinência ( alcoólica ou a
benzodiazepínicos):
Estimular alimentação e
hidratação.

Auxiliar na mobilização precoce e Diazepam 10mg, VO a cada hora em até no máximo


independência funcional do 60mg/dia;
paciente.
Lorazepam, VO, 2mg a cada hora até no ma1ximo
Evitar cateteres e dispositivos 12mg/dia.
invasivos desnecessários.

87
DOR CRÔNICA
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CONCEITO
A presença de angústia emocional,
Dor persistente e contínua que dura além como ansiedade e estresse, pode
do tempo esperado para a cura de uma amplificar a percepção da dor e torná-
lesão ou doença subjacente. la mais difícil de ser tolerada.

Transtornos psiquiátricos correspondem


Padrão de pensamento em que a
a fatores de risco para o surgimento ou
pessoa tende a exagerar a gravidade

Dor crônica
agravamento da dor crônica;
da dor e a antecipar consequências
negativas, levando a uma maior
Existem fatores psicológicos que estão
percepção de sofrimento.
associados a um maior risco de dor
crônica persistente e incapacidade:
angústia emocional, humor deprimido,
Refere-se à tendência de expressar
tendência a catastrofizar situações e
angústia emocional por meio de sintomas
somatização dos sintomas físicos.
físicos, o que pode contribuir para a
persistência e agravamento da dor.

O humor influencia o circuito


cerebral, a resposta a medicações
analgésicas e a expressão da dor
crônica.

88
DOR CRÔNICA
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CLASSIFICAÇÃO
Neuropática Nociceptiva Nociplástica
Dor Nociceptiva
rDor em queimação,
Dor em peso, queimação, Dor de difícil caracterização
Resultante de dano tecidual não neural, por formigamento,
associada à associada a diferentes
ativação de nociceptores, com funcionamento desencadeada por estímulos
movimentação sistemas fisiológicos
preservado de vias somatossensoriais. tátil ou térmico

Hipoestesia mecânica ou
Alterações biomecânicas, Sem alterações no exame
térmica, hiperalgesia,
Dor Neuropática

Dor crônica
dor à palpação, rubor físico
disestesia

Resultante de lesão primária ou doença do


sistema nervoso, incluindo lesões do SNP e
SEGUNDO A CID
SNC, que sinalizam o estímulo doloroso.

Primárias: Dor se trata da própria doença, não sendo


Dor Nociplástica um sintoma. Ex: Dor difusa, cefaleias primárias.

Ausência de lesão tecidual clara que explique Secundárias: Dor secundária a uma doença
a presença da dor, sem biomarcadores subjacente. Ex: Neuropática crônica, relacionadas ao
diagnósticos. Ex: Fibromialgia, enxaquecas, câncer, viscerais secundárias.
síndrome do intestino irritável.

89
DOR CRÔNICA
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TRATAMENTO

Antidepressivos tricíclicos: Amitriptilina e


nortriptilina possuem efeito miorrelaxante e
contribuem no tratamento de distúrbios do
sono e humor.

Dor crônica
Antidepressivos inibidores da recaptação
de serotonina e noradrenalina podem ser
Fonte: Guia Prático de Clínica Psiquiátrica
da USP - Volume 4.
usados, com a vantagem de auxiliar no
controle dos transtornos do humor em
doses menores e serem mais bem
CONDUTA tolerados, quando comparados aos
tricíclicos.
Tratamento interdisciplinar;
Opioides como segunda linha de
O uso de antidepressivos anticonvulsivantes e tratamento devem ser avaliados desde que
analgésicos; o paciente não apresente tendência a
abuso de substâncias.
Abordagem precoce de medidas analgésicas e
condições relacionadas à dor.
90
TDAH
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CONCEITO
Necessário 6 ou mais alterações de
Caracterizado por desatenção, desatenção e/ou 6 ou mais alterações
hiperatividade e impulsividade, que se de hiperatividade/impulsividade
inicia desde a infância, perdurando até a
vida adulta;
TEMPO DE, NO MÍNIMO, 6 MESES.
CRITÉRIOS

Síndromes do Neurodesenvolvimento
Hiperatividade Desatenção

Movimentação de pés e Dificuldade em completar


Apresentação dos sintomas antes dos
mãos em cadeiras; tarefas até o fim. 12 anos de idade.

Dificuldade em ficar Parece não escutar ao


parado por muito tempo; dirigirem a palavra e ele. Interferência no convívio social e
funcionamento profissional.
Não consegue ter lazer Não presta atenção em
de forma calma; detalhes.
Manifestação dos sintomas em pelo
Levantar-se da cadeira Dificuldade de manter
menos 2 ambientes diferentes.
ou contorcer-se nesta; atenção em atividades
lúdicas.
Dificuldade em esperar Não há outros transtornos mentais que
Dificuldade em organizar
sua vez;
tarefas. possam justificar os sintomas.
Interrompe ou responde Facilmente distraído e
perguntas antes de esquecido em atividades Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
serem concluídas; cotidianas. Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais 5ª edição. 91
TDAH
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CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA
Apresentação combinada: com critérios Desatenção: déficit funcional na
de desatenção e hiperatividade; neurotransmissão dopaminérgica e
noradrenérgica;
Apresentação predominantemente
hiperativa/ desatenta; Impulsividade: Hiperatividade de
dopamina e noradrenalina, redução do
córtex pré-frontal e do cerebelo;

Síndromes do Neurodesenvolvimento
Quando o paciente manifesta
LEVE poucos sintomas e não causam FATORES DE RISCO
muitos problemas cotidianos.
Presença do distúrbio em parentes de
primeiro grau ( hipótese da herança do
MODERADO Intermediário
gene transportador de dopamina)

Múltiplos sintomas, com danos


GRAVE
graves no cotidiano. Fatores ambientais: Baixo peso ao
nascer, abuso infantil, tabagismo e
alcoolismo durante gestação e
exposição a toxinas.

92
TDAH
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CONDUTA TRATAMENTO

Orientações gerais: Treinamento por PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO


reforço positivo, ambiente de estudo
Metilfenidato:
com poucos fatores de distração e com
rotinas previsíveis; Curta ação (Ritalina®): 0,3-1 mg/kg/dia (20-60
mg/dia) VO 2x/dia (manhã e meio-dia), duração de
4 horas;

Síndromes do Neurodesenvolvimento
Longa ação (Ritalina LA®): 20 mg/dia em dose
Orientações à escola: Necessidade de única pela manhã. Se necessário, aumentar a dose
uma sala de aula bem estruturada, com em 10 mg/semana com dose máxima de 60 mg/dia.
poucos alunos; rotinas diárias
consistentes e ambiente escolar
SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO
previsível; atendimento individualizado;
colocação da criança em locais com Lisdexanfetamina 30, 50 ou 70 mg
pouca distração durante as aulas;
Iniciar com 30 mg e aumentar conforme
necessidade clínica, de 20 em 20 mg, com
Terapia cognitivo-comportamental: Para intervalos de 1 semana entre cada aumento,
até, no máximo, 70 mg/dia VO.
orientação de comorbidades associadas
e abordagem de sintomas associados;

93
TEA
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CONCEITO
Hiper ou hiporreatividade
Caracterizado por padrões de
sensorial a estímulos sensoriais;
comportamento repetitivos, interesses
restritos e dificuldades na comunicação Sintomas presentes na infância,
social. podendo não se manifestar
completamente;
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Síndromes do Neurodesenvolvimento
Sintomas ocasionam prejuízos no
Mentais 5ª edição.
funcionamento diário de

CRITÉRIOS
atividades e em áreas sociais;

Segundo o DSM-5:
CLASSIFICAÇÃO
Baixa sintonização afetiva e
NÍVEL 1
reciprocidade socioemocional:
Prejuízos gerados pelo déficit na comunicação social
Déficits na comunicação não
verbal, como dificuldade em Dificuldade em iniciar interações sociais
manter contato visual; Inflexibilidade do comporttamento
Padrões restritos e repetitivos de Dificuldade de alternar atividades
comportamento, com rotinas
inflexíveis; Indepedência afetada por problemas de organização e
planejamento
94
TEA
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NÍVEL 2 MÉTODOS
Déficits em habilidades de comunicação verbal e não
verbal; Escala de Triagem (M-CHAT)

Limitação em iniciar interações sociais;

Respostas anormais reduzidas a propostas sociais

Dificuldade de lidar com mudanças

Comportamentos restritos frequentes, acompanhado de

Síndromes do Neurodesenvolvimento
angústia ao mudar de ação

NÍVEL 3
Déficits graves na comunicação

Grande limitação em iniciar interações sociais;

Baixo nível de reciprocidade

Extrema dificuldade de lidar com mudanças

Comportamentos restritos frequentes causando prejuízo,


como grande angústia

95
TEA
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Escala Diagnóstica - CARS ( Escala de CONDUTA


Classificação do autismo na infância)

Terapia Cognitivo- Comportamental -


1ª linha de tratamento.

Musicoterapia: auxilia a interação


social e comunicação verbal.

Síndromes do Neurodesenvolvimento
Farmacoterapia:

PRINCIPAIS MEDICAÇÕES

Risperidona: 1,5-2mg/dia;
Aripiprazol: 5-15mg/dia;
Metilfenidato ( Associação entre TEA e TDAH): 2,5-
10mg;
ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de
Serotonina), utilizados na melhora de
comportamentos repetitivos e agressivos: Sertralina,
fluoxetina, citalopram, escitalopram;
Pontuações entre 30 e 37 indicam TEA
leve a moderado, enquanto pontuações
entre 38 e 60 indicam TEA grave.
96
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TOD
CONCEITO ( Transtorno do Opositor e Desafiador)

Caracterizados por um padrão Humor irritável e raivoso


persistente de comportamento
Comportamento instável e desafiador,
desafiador, agressivo e desobediente normalmente em um só ambiente
em relação a normas sociais e regras
Prejuízos em relacionamentos sociais
estabelecidas
Postura vingativa e hostil

Transtornos de Conduta
Fonte: Associação Americana de Psiquiatria -
Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Dificuldade de controlar a raiva
Mentais 5ª edição.

CARACTERÍSTICAS TC
(Transtorno de Conduta)
Alta reatividade e limitada
autoregulação emocional; Violação de normas sociais e dos direitos de outrem

Interpretação de ações neutras Violações em diferentes locais


alheias como hostis;
Comportamentos agressivos, com ameaças,
Agressividade e conflitos perante provocações
ações das pessoas; Danos físicos e utilização de armas ou objetos
Objetivos de autodefesa e Ausência de remorso ou culpa
hipervigilância para hostilidade;

97
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CRITÉRIOS
Baseados no DSM-5 para Baseados no DSM-5 para
transtorno opositor e desafiador transtorno de conduta

A Humor irritável, comportamento A Padrão de violação de normas


desafiador, índole vingativa com sociais, direitos básicos,
pessoas diferentes em um ameaças ou brigas físicas,

Transtornos de Conduta
período de, no mínimo, 6 meses; furtos, dano grave;

Para menores de 5 anos, os sintomas devem


ocorrer na maioria dos dias; para maiores de

B
5 anos, pelo menos 1 vez/semana.
Sintomas causam sofrimento
B Sintomas ocasionam para o indivíduo ou para
sofrimentos a pessoas do pessoas do contexto social;
contexto social;

C Comportamentos não ocorrem C Critérios para transtorno de


exclusivamente em curso de uso personalidade antissocial não
de substâncias, transtorno devem ser preenchidos em
depressivo, psicótico, bipolar ou maiores de 18 anos;
disruptivo.

98
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CONDUTA TRATAMENTO
Farmacoterapia restrita em casos de jovens
Intervenção psicoterapêutica com
com comportamentos agressivos graves,
atuação de equipe multidisciplinar de
associados a desregulação emocional.
saúde.

Terapia familiar como uma forma de Se houver comorbidade com TDAH:


Metilfenidato (10 mg/cp LA, 18 mg/cp, 20 mg/cp LA,
capacitação para lidar com familiares
30 mg/cp LA, 36 mg/cp, 40 mg/cp LA, 54 mg/cp).

Transtornos de Conduta
disruptivos como ferramentas
Formulação comum (sem liberação prolongada):
terapêuticas, estabelecimento de regras iniciar com 5 mg 1 ou 2x/dia VO. Ajustar a dose
e comunicação entre membros. conforme a evolução do quadro, aumentando 5-10
mg/semana. Dose média: 0,4-1,3 mg/kg/dia dividido
Terapia Cognitivo-Comportamental: em 2-3 tomadas. Última tomada até as 18 horas.
correção de distorções cognitivas, Em casos de agressividade:
desenvolvimento de capacidades de Risperidona (1 mg/cp, 2 mg/cp, 3 mg/cp, 1 mg/mL)
reflexão e criação de estratégias de Dose inicial: 0,25 mg se < 20 kg e 0,5 mg se > 20 kg
resolução de problemas. VO, de preferência à noite.

Estabilizadores de humor (carbonato de lítio,


Intervenções escolares: Projetos valproato de sódio e carbamazepina), buspirona,
pedagógicos de inclusão, planejamento clonidina e propranolol na redução de
individualizado como forma de melhorar agressividade.
o desempenho e adesão.

99
@reidosresumos_
SAÚDE MENTAL DA

mulher
PARTE V
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TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL
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CONCEITO FISIOPATOLOGIA
Caracterizada por sensibilidade
Sistemas de neurotransmissores são
aumentada a oscilações hormonais
modulados por hormônios sexuais.
normais de estrogênio e progesterona,
com ação em mecanismos reguladores
Ocorre a presença de receptores de
do humor, cognição e ansiedade.
estrogênio e progesterona em regiões

Transtornos Mentais na Mulher


cerebrais envolvidas na regulação do
CRITÉRIOS humor ( córtex pré-frontal, hipocampo,
Mudanças de humor intensas e tálamo, amígdala).
desproporcionais em relação às
circunstâncias.
Redução de progesterona ( fase
Sintomas físicos: Fadiga, inchaço, dor lútea): sintomas ansiosos;
nos seios, dores de cabeça, dores
musculares e articulares. Redução de estradiol: sintomas de
Instabilidade emocional.
humor.

Dificuldade de concentração.
A CID-11 define o TDPM como um padrão de alterações
Aumento ou diminuição do apetite,
do humor, sintomas somáticos (letargia, dores nas
desejos alimentares específicos. articulações e excessos alimentares) ou cognitivos,
iniciando dias antes do início da menstruação, com
Insônia ou sonolência excessiva. melhora ao menstruar.
101
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL
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DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Acompanhamento do ciclo menstrual e
NÃO FARMACOLÓGICO
observação dos sintomas
Técnicas de relaxamento e manejo de
estresse

Exercícios físicos regulares

Alimentação ( evitar carne vermelha, excesso

Transtornos Mentais na Mulher


de sal, açúcar, café e álcool)

Suplementação (cálcio - até 1.200mg/dia;


triptofano; piridoxina - B6 80mg/dia)

FARMACOLÓGICO
Próx a fase lútea: Fluoxetina (10-20mg),
Sertralina (50-150mg), Citalopram ( 5-20mg);

Buspirona (ansiedade), espirolactona (


edema), bromocriptina (mastalgia), anti-
inflamatórios ( cólica e dor).

Anticoncepcional oral: combinação de 20mcg


de etnilestradiol + 3g de drospirenona

102
DEPRESSÃO E ANSIEDADE GESTACIONAL
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CONCEITO QUADRO CLÍNICO


Caracterizadas por sintomas depressivos Humor deprimido;
e ansiosos que podem afetar a saúde Alterações de sono: Insônia, dificuldade em
dormir ou dormir em excesso.
emocional e o bem-estar da gestante e
Perda de interesse;
do bebê. Mudanças de apetite: Perda ou aumento
significativo de apetite.
Sensação de cansaço constante, falta de

Transtornos Mentais na Mulher


FATORES DE RISCO
energia e motivação.
Ansiedade: Preocupação excessiva,
irritabilidade e nervosismo.
História prévia de doença psiquiátrica
Dificuldades de concentração: Dificuldade em se
Antecedentes obstétricos ( abortos, concentrar, tomar decisões ou lembrar-se das
natimortos ou malformação fetal); coisas.
Sentimentos de culpa;
Fatores socioeconômicos;
Baixa autoestima;
Ausência de companheiro;

Gestação não planejada;

Falta de suporte social e familiar; O riscos do tratamento materno com psicotrópicos deve
ser comparado aos riscos conhecidos do transtorno não
Uso de álcool e drogas; tratado para a mãe e o bebê. Primeiramente, deve-se
priorizar: Psicoterapia, Aconselhamento, Fototerapia (
para depressão) e em transtornos graves indicar a
farmacoterapia.

103
TRANSTORNO BIPOLAR GESTACIONAL
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CONCEITO
Riscos da farmacoterapia: teratogenia,
Envolve flutuações extremas de humor, aborto, sintomas neonatais e impacto no
neurodesenvolvimento.
que variam entre episódios de mania e
depressão. É importante abordar essa
Inibidores Seletivos da Recaptação de
condição de forma adequada para Serotonina (ISRS): Exemplos incluem sertralina
garantir a saúde da mãe e do bebê. (Zoloft), fluoxetina (Prozac) e escitalopram
(Lexapro). Os ISRS têm sido os antidepressivos

Transtornos Mentais na Mulher


CARACTERÍSTICAS considerados uma opção segura, com baixo
risco de malformações congênitas.
Comportamentos impulsivos;
Tricíclicos: Alguns antidepressivos tricíclicos,
Sintomas psicóticos;
como a amitriptilina, podem ser considerados
Privação de sono; durante a gravidez. No entanto, esses
medicamentos podem estar associados a
riscos específicos, como sintomas perinatais de
RISCOS DO NÃO-TRATAMENTO abstinência.
Aumento do risco de complicações;
Aumento do risco de prematuridade; MEDICAMENTOS DE MENOR RISCO
Risco de abortamento espontâneo; Sertralina, fluoxetina, citalopram, nortriptilina
Aumento de exposição às drogas; Benzodiazepínicos de meia-vida curta (em
Risco de depressão pós-parto; doses baixas)
Cuidados perinatais deficientes; Haloperidol, risperidona, olanzapina,
Escores mais baixos de Apgar; quetiapina
Aumento do risco de baixo peso ao nascer; Lítio, lamotrigina, oxcarbazepina;
104
TRANSTORNOS NO PUERPÉRIO
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DISFORIA PUERPERAL
Todas as medicações são secretadas no leite
Sintomatologia depressiva leve materno, em maior ou menor grau!
cursando com ansiedade,
irritabilidade, insônia, labilidade
emocional. Antidepressivos: nortriptilina, sertralina, paroxetina
e fluvoxamina são as opções mais seguras para
uso durante a amamentação, em virtude da baixa
concentração sérica e dos poucos efeitos adversos.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Transtornos Mentais na Mulher


Benzodiazepínicos: devem ser evitados durante a
amamentação.
Sintomatologia depressiva por Lítio: o uso é possível, mas deve ser muito
volta da 3ª semana pós parto, cuidadoso,dado o risco de intoxicação em bebês
cursando com sensação de expostos.
Estabilizadores do humor: ácido valproico e
tristeza e baixa autoestima.
carbamazepina não são contraindicados para uso
durante a amamentação.
Antipsicóticos: há poucos estudos sobre uso de
PSICOSE PUERPERAL antipsicóticos durante a amamentação.

Urgência psiquiátrica que


MEDICAMENTOS MAIS SEGUROS
ocorre nas primeiras 72h pós-
parto, cursando com alterações Sertralina, Nortriptilina, Fluoxetina,
do humor, irritabilidade, Citalopram, Paroxetina, Fluvoxamina,
Ácido valproico, Carbamazepina.
agitação psicomotora,
catatonia, labilidade afetiva.
105
DEPRESSÃO PERIMENOPAUSA
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CONCEITO
CONDUTA
A perimenopausa envolve cessação
intermitente da mestruação e diminuição
Primeira Linha de Tratamento: Terapia de
dos hormônios ovarianos, como
reposição hormonal de estrogênio
estrogênio e progesterona;
combinado ou não com progesterona -
modificando sintomas vasomotores, secura
CARACTERÍSTICAS

Transtornos Mentais na Mulher


vaginal, queixas urinárias;

Dispareunia;
Antidepressivos: Paroxetina, Escitalopram,
Ressecamento vagina; Citalopram, Desvenlafaxina e Venlafaxina;

Redução da libido;
Atividades físicas, psicoterapia, tratamento
Incontinência urinária; farmacológico;
Frequentes infecções urogenitais;

Sintomatologia depressiva;

Falta e energia; Tratamento para o primeiro episódio


depressivo costuma durar em média 2
Anedonia ( perda de prazer); anos; na presença de dois ou mais
episódios, recomenda-se o uso contínuo
Intolerância e irritação;
da medicação.
Baixa autoestima;
106
@reidosresumos_
psiquiátricas
EMERGÊNCIAS
PARTE VI
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EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
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CONCEITO
Evitar medidas coercitivas promovendo
Condições de estado mental o tratamento mais adequado.
associadas a risco iminente à
integridade física ou psíquica do Formar aliança terapêutica para que
haja maior confiabilidade e qualidade
paciente.
das informações obtidas e,

Emergências Psiquiátricas
consequentemente, maior eficácia de
Demandam intervenção
intervenções propostas.
terapêutica imediata.
Articulação com rede de saúde mental,
realizando encaminhamentos
ETAPAS adequados para continuidade do
tratamento.
Investigar sintomatologia,
excluindo causas orgânicas de
sintomas e observando
intoxicações ou abstinência de
substâncias.

Empregar medidas e
estabilização diminuindo riscos
associados.
108
AGITAÇÃO PSICOMOTORA
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CONCEITO
Estado de inquietação e atividade CONDUTA
motora/verbal excessiva e inadequada,
acompanhado de excitação psíquica e Promoção de ambiente tranquilo e seguro;
elevação das respostas a estímulos.
Abordagem verbal com escuta cuidadora,

Emergências Psiquiátricas
evitando atitudes provocativas e ofertando
Presença de agressividade;
escolhas;
Relacionada ao aumento da
Contenção Farmacológica:
atividade noradrenérgica e
dopaminérgica do eixo hipotálamo- Antipsicóticos típicos: Haloperidol (5mg
hipófise-suprrarenal, bem como repetindo a cada 30min até dose máxima de
diminuição da atividade 20mg), Clorpromazina ( 25 a 50mg a cada
1/4h);
serotoninérgica e GABAérgica.
Antipsicóticos atípicos: Risperidona (2mg a
cada 2h, até 8mg/dia), Olanzapina (10mg, a
Investigar: cada 2h até 40mg/dia);
Transtornos mentais (esquizofrenia, Benzodiazepínicos: Diazepam, Midazolam,
depressão, ansiedade, transtornos e Lorazepam ( 2mg a cada 2h, com dose máxima
personalidade); de 12mg);

Intoxicação ou abstinência; 109


CATATONIA
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CONCEITO
Alterações motoras e comportamentais CONDUTA
que podem variar de imobilidade
completa a agitação extrema. Exclusão de causas orgânicas como:
encefalopatia urêmica e hepática;
cetoacidose diabética; uso de medicações

Emergências Psiquiátricas
(amoxicilina, azitromicina, claritromicina);
Imobilidade/estupor;
quadros neurológicos como encefalite,
Ausência de resposta verbal; trauma, neoplasias; alterações
hidroeletrolíticas;
Ações caricaturais;
Ecopraxia ( imitação de gestos); Lorazepam: 8 - 24mg/dia;

Respostas ausentes às instruções Eletroconvulsoterapia ( quadros graves);


ou aos estímulos externos;
Pode haver agitação, hipertermia,
rigidez, delirium;

110
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA
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CONCEITO
Hiperativação autonômica, hipertensão, CONDUTA
sudorese, ansiedade, irritabilidade,
taquicardia, taquipneia, tremores, náuseas Complicações:
e vômitos; Convulsões;
Delirium;

Emergências Psiquiátricas
Sintomas iniciam-se 6 a 12h após a Rebaixamento do nível de consciência;
Desorientação;
cessação ou diminuição do uso de
Alucinações;
álcool em usuários crônicos, com
Arritmias;
pico em 48 a 72h.

Desaparecimento de sintomas em Reposição vitamínica: Tiamina (100


5 a 14 dias. mg/mL). Dose: 250-300 mg IM ou EV
1x/dia por 3 dias. Após, 300 mg/dia VO.

Benzodiazepínicos: Diazepam 20
mg/dia VO; Lorazepam 4 mg/dia.
Retirada gradual em uma semana.

111
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA
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CONCEITO
Manifestação clínica do excesso de
serotonina no sistema nervoso central,
causada pelo uso terapêutico ou pela
superdosagem de medicamentos
serotoninérgicos.

Emergências Psiquiátricas
Tremor;
CONDUTA
Rigidez Muscular;

Hiper-reflexia; Descontinuação de fármaco


serotoninérgico;
Alteração do nível de consciência; Hidratação EV;
Correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
Diarreia e vômitos;
Antagonistas serotoninérgicos:
Hipertermia; Ciproeptadina ( Dose de ataque de 12mg e
2mg a cada 2h, até máximo de 32mg/dia);
Alterações do estado mental;
Clorpromazina ( 50 a 100mg, IM ou EV lento, a
cada 6h, dose máxima de 400mg/dia);
112
SUICÍDIO
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Sinais e sintomas de risco suicida FATORES DE RISCO


Tentativa anterior ou fantasia de suicídio Depressão;

Ansiedade, depressão, exaustão


Transtornos de Ansiedade;
Esquizofrenia;
Disponibilidade de meios
Transtornos de Personalidade;

Emergências Psiquiátricas
Ideação suicida verbalizada Ataques de Pânico;
Preocupação com o efeito do suicício sobre Uso de álcool e substâncias;
membros familiares
Psicose;
Histórico familiar de suicídio Isolamento social;
Elaboração de testamento após depressão
agitada
O qualificador “com sintomas de ansiedade
Desesperança e pessimismo generalizado proeminentes”, introduzido na CID-11,
descreve um episódio depressivo com um
componente significativo de ansiedade que
está associado a maior risco de suicídio.

113
SUICÍDIO
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Comportamento Suicida

Instabilidade Estresse agudo, Prejuízo cognitivo, Depressão, tentativa


Emocional descontrole de comportamento prévia e dependência
impulsos estereotipado de álcool

Emergências Psiquiátricas
Transtorno da
Transtorno do
personalidade Autismo, Tentativa de
controle de
emocionalmente automutilação suicídio
impulsos
instável

Psicoterapia, Psicoterapia, Avaliação do risco


Benzodiazepínicos,
benzodiazepínicos, benzodiazepí- e internação, caso
ácido valproico
ácido valproico, nicos, ácido necessite
antipsicóticos valproico
Fonte: Adaptado de Mavrogiorgou et al., 2011.
114
@reidosresumos_
psiquiátricas
TERAPÊUTICAS
PARTE VII
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TRATAMENTOS PSIQUIÁTRICOS
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CLASSIFICAÇÃO
FATORES IMPORTANTES
Intervenções Terapêuticas Biológicas Relação terapêutica baseada em
confiança;
Psicofarmacologia: intervenção
medicamentosa; Aceitação do paciente como
influente no processo saúde-
doença;

Intervenções Terapêuticas
Eletroconvulsoterapia: transtornos de
humor e esquizofrenia com falha
Colaboração ativa entre o
terapêutica com o uso de paciente e terapeuta para
psicofármacos; conclusão do objetivo terapêutico;

Estimulação cerebral por disparo de Monitoração do processo e


correntes elétricas; solicitação de feedback ao
paciente, com colaboração
mútua;
Intervenções Terapêuticas Não-
biológicas

Intervenção psicoterapêutica;

Equipe multidisciplinar de cuidado:


terapia ocupacional, fisioterapia,
fonoaudiologia; 115
PSICANÁLISE
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CONCEITO
Método terapêutico criado por Sigmund
Freud no final do século XIX, que busca
compreender e tratar os distúrbios
psíquicos, investigando os processos
inconscientes e os mecanismos psicológicos
que influenciam o comportamento humano.

Intervenções Terapêuticas
Inconsciente: Segundo a teoria
psicanalítica, onde os processos
mentais ocorrem. Esses conteúdos
reprimidos, como desejos, memórias
e emoções reprimidas, podem
influenciar o comportamento e
causar sintomas psicológicos.

Teoria do Iceberg de Freud

116
PSICANÁLISE
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Mecanismos de defesa: mecanismos Transferência: Refere-se aos


psicológicos inconscientes que sentimentos e emoções que um
ajudam a lidar com conflitos internos paciente direciona ao terapeuta,
e reduzir a ansiedade. Exemplos: muitas vezes projetando nele figuras
repressão, projeção, negação e significativas do passado,importante
racionalização. para explorar padrões de
relacionamento.

Intervenções Terapêuticas
Complexo de Édipo: Segundo a teoria
Libido: Energia psíquica que
psicanalítica, durante a infância, as
impulsiona as pulsões e desejos
crianças desenvolvem sentimentos de
humanos. Freud acreditava que a
atração sexual pelo progenitor do sexo
libido é uma força motivadora por trás
oposto e rivalidade com o progenitor
do comportamento humano,
do mesmo sexo, sendo um aspecto do
incluindo a sexualidade.
desenvolvimento psicossexual.
117
psicoterapia junguiana
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CONCEITO
Psicologia analítica desenvolvida pelo
psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que se
baseia nos conceitos e teorias elaborados
de inconsciente coletivo, arquétipos, o
processo de individuação e a importância
da compreensão dos símbolos.

Intervenções Terapêuticas
Inconsciente coletivo: existência de
um nível de inconsciente
compartilhado pela humanidade,
contendo imagens e padrões
universais chamados de arquétipos,
Arquétipos: padrões ou imagens
que influenciam os pensamentos,
primordiais presentes no
sentimentos e comportamentos.
inconsciente coletivo. Exemplos de
arquétipos incluem o herói, a mãe, o
pai, o sábio. Eles podem se
manifestar em sonhos, fantasias e
na vida cotidiana.
118
psicoterapia junguiana
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Processo de individuação:
Utiliza técnicas como a amplificação,
autodesenvolvimento e
que envolve a exploração dos símbolos
autorrealização, no qual a pessoa
e a interpretação dos sonhos, que
busca integrar e equilibrar
busca entender o significado simbólico
diferentes aspectos da
destes para a compreensão do
personalidade, incluindo aspectos
indivíduo.
conscientes e inconscientes.

Intervenções Terapêuticas
Símbolos: expressões do inconsciente
e podem fornecer insights e
orientação para a individuação. Eles
são explorados através da
interpretação simbólica e do diálogo
com os símbolos presentes nos
sonhos, na imaginação ativa e nas
experiências pessoais.
119
PSICODRAMA
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CONCEITO
O psicodrama incentiva a
Abordagem terapêutica criada por Jacob
espontaneidade dos participantes,
Levy Moreno na década de 1920 que utiliza
permitindo que eles experimentem
técnicas teatrais para explorar questões
novas formas de se expressar e
emocionais, sociais e psicológicas, baseado
interagir. A atuação dramática
na ideia de que a representação dramática
oferece a oportunidade de explorar
de situações pode permitir compreensão e

Intervenções Terapêuticas
diferentes perspectivas e soluções
uma resolução de conflitos.
para os problemas pessoais.

Participantes assumem papéis e


atuam em uma cena baseada em Papel duplo: é uma técnica em que
uma experiência real passada, uma outra pessoa assume o papel de um
situação atual ou uma fantasia personagem significativo na vida do
imaginada. Através da atuação, os participante, permitindo uma nova
participantes têm a oportunidade perspectiva e compreensão. É o
de expressar seus pensamentos, momento em que os participantes
sentimentos e desejos. compartilham suas experiências e
insights uns com os outros.

121
psicoterapia dinâmica breve
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CONCEITO
Intervenções direcionadas: Pode
Abordagem terapêutica com um foco mais incluir técnicas de reflexão,
específico e uma duração limitada do interpretação, exploração de padrões
tratamento. Essa abordagem visa ajudar os
de relacionamento, identificação de
indivíduos a identificar e resolver problemas
defesas psicológicas e promover a
emocionais e comportamentais específicos
conscientização e a mudança
em um período de tempo mais curto,

Intervenções Terapêuticas
comportamental.
geralmente de 12 a 20 sessões.

Foco na resolução: O objetivo é


Foco limitado: Foco em um capacitar o cliente a desenvolver
problema ou questão específica que recursos internos para lidar com os
o cliente está enfrentando. Em vez desafios e a funcionar de maneira
de explorar a história de vida mais adaptativa.
completa, o terapeuta concentra-se
nos aspectos relacionados ao
problema atual. O terapeuta ajuda o cliente a explorar
as motivações inconscientes, os
padrões repetitivos e as dinâmicas
internas que podem estar contribuindo
para o problema atual.
122
psicoterapia em grupo
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CONCEITO Psicodramática: Enfatiza a importância do


inconsciente, dos conflitos internos e dos
Modalidade terapêutica que envolve a padrões relacionais. O terapeuta busca
participação de um terapeuta e vários explorar as dinâmicas de grupo, os
clientes.Nesse ambiente, os membros do processos inconscientes e as transferências
entre os membros para promover a
grupo têm a oportunidade de compartilhar
compreensão e a resolução dos problemas
suas experiências, se apoiar mutuamente e emocionais e comportamentais.
trabalhar em conjunto para alcançar

Intervenções Terapêuticas
objetivos terapêuticos.

ABORDAGENS
Educativa: objetivo fornecer informações
e ensinar habilidades específicas aos TIPOS
membros do grupo. O terapeuta oferece
Psicoterapias de casal: O papel do terapeuta
recursos educacionais, orientação e
é atentar-se na relação, promovendo uma
práticas para ajudar os membros a
comunicação entre eles.
desenvolver estratégias de
enfrentamento e habilidades de vida Psicoterapia de família: O terapeuta familiar
mais saudáveis. cuida da relação e da dinâmica do grupo
familiar, não devendo ter preferências ou
tomar partidos.
123
psicoterapia comportamental
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CONCEITO
Condicionamento operante: A noção de
que o comportamento é influenciado
Abordagem terapêutica que enfatiza a
pelas consequências que se seguem a
influência do ambiente e do comportamento
ele. Comportamentos que são
no bem-estar e na saúde mental. Ela se
recompensados ou reforçados tendem a
concentra na compreensão e modificação se repetir, enquanto comportamentos
dos comportamentos problemáticos, que são punidos tendem a diminuir.
buscando promover mudanças positivas por

Intervenções Terapêuticas
meio de técnicas e estratégias específicas.
Aprendizagem social: A crença de que as
CONCEITOS TEÓRICOS pessoas podem aprender
comportamentos observando os outros e
Condicionamento clássico: A ideia de que imitando-os.
um estímulo neutro pode se tornar
associado a uma resposta emocional por
meio de repetição e associação. Por Análise funcional: A abordagem de
exemplo, um indivíduo pode desenvolver analisar as funções e os antecedentes
fobias após uma experiência traumática. dos comportamentos problemáticos para
entender o que os desencadeia, o que os
mantém e como modificá-los

124
psiquiatria do estilo de vida
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CONCEITO

Concentra-se no impacto do estilo de vida


na saúde mental. Ela reconhece que fatores
como alimentação, exercício físico, sono,
relacionamentos, gerenciamento do
estresse e outros aspectos têm um papel
significativo na promoção do bem-estar

Intervenções Terapêuticas
Sono reparador: Orientar sobre a
psicológico. importância de uma rotina de sono
consistente, com quantidade suficiente
ASPECTOS de horas de sono.

Manejo do estresse: Facilitar o


Alimentação saudável: variedade de
reconhecimento de respostas negativas
alimentos nutritivos, que forneçam os
ao estresse, identificar mecanismos de
nutrientes necessários para o
enfrentamento e técnicas de redução.
funcionamento adequado do cérebro.
Relacionamentos saudáveis: A conexão
Atividade física: oncentivar a prática social é essencial para a resiliência
regular de exercícios, que auxiliam a emocional.
melhorar o humor, reduzir a ansiedade e
promover um sono de qualidade. Evitar substâncias tóxicas: Uso de álcool,
tabaco e outras subtâncias.
125
NEUROMODULAÇÃO
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CONCEITO Estimulação Elétrica Transcraniana (EET)

A EET envolve a aplicação de corrente elétrica


Envolve a aplicação de estímulos elétricos, de baixa intensidade ao cérebro.
magnéticos ou químicos em regiões Formas de EET: Estimulação Transcraniana
por Corrente Contínua (ETCC) e Estimulação
específicas do sistema nervoso para Transcraniana por Corrente Alternada
modular a atividade neuronal. O objetivo é (ETCA).
Podem ser utilizadas para tratar condições
influenciar as vias neurais e os circuitos como depressão, dor crônica, transtornos de
cerebrais para tratar ou aliviar sintomas de ansiedade e distúrbios do sono.

Intervenções Terapêuticas
diversas condições neurológicas e
psiquiátricas. Estimulação Cerebral Profunda (ECP)

Envolve a implantação de eletrodos no


TIPOS cérebro para fornecer estimulação elétrica
constante e precisa a áreas específicas.
É utilizada no tratamento de doença de
Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) Parkinson, distonia, tremor essencial e
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Utiliza campos magnéticos para estimular refratário ao tratamento.
áreas específicas do cérebro.
A EMTr repetitiva envolve a aplicação
repetida de pulsos magnéticos em uma área Estimulação do Nervo Vago (ENV)
específica do cérebro para regular a atividade
neural. Envolve a estimulação elétrica do nervo vago,
É frequentemente usada no tratamento da que é uma via neural importante que se
depressão. conecta ao cérebro.
É utilizada no tratamento de condições como
depressão resistente ao tratamento,
enxaqueca crônica e epilepsia.
126
PSICOFARMACOLOGIA
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ACÕES DE NEUROTRANSMISSORES
RECEPTOR
AÇÃO
NEUROTRANSMISSOR LIGADO À AÇÃO TERAPÊUTICA
FARMACOLÓGICA
PROTEÍNA G

Antagonista ou
Dopamina D2 Antipsicótico e antimaníaco
agonista parcial

Ações antipsicóticas na psicose da doença de Parkinson,


Antagonista ou
demência, esquizofrenia. Estabilização do humor e ações
agonista inverso;

Intervenções Terapêuticas
Serotonina 5HT2A antidepressivas, melhora da insônia e da ansiedade.
Ações psicomiméticas, depressão refratária e de outros
Agonista;
transtornos;

Antagonista e Ações antidepressivas; Melhora da cognição e das


Alfa 2
agonista alterações comportamentais no TDAH
Noradrenalina
Melhora do sono, da agitação na doença de Alzheimer.
Alfa 1
Antagonista Efeitos colaterais de hipotensão ortostática e sedação;

Cataplexia, Sonolência na narcolepsia, Redução da dor


GABA GABA-B Agonista na dor crônica e na fibromialgia Possível utilidade na
abstinência de álcool;

Pró-cognitivo e antipsicótico/ Efeitos colaterais de


Agonista/
M1 sedação;
Antagonista
Acetilcolina M4 Antipsicótico
Agonista
M2/3 Boca seca, visão turva, constipação intestinal, retenção
Antagonista
urinária;

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 127
PSICOFARMACOLOGIA
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MECANISMOS DE AÇÃO

VIA NORADRENÉRGICA
Neurotransmissores envolvidos na
fisiopatologia dos transtornos de humor:
Noradrenalina;
Dopamina;

Intervenções Terapêuticas
Serotonina;

MEMORIZE!

NEUROTRANSMISSORES
MONOAMÍNICOS

A serotonina regula a liberação de dopamina por meio dos receptores 5HT1A, 5HT2A e 5HT2C, além de
regular a liberação de noradrenalina por meio dos receptores 5HT2C e também a de dopamina e
noradrenalina pelos receptores 5HT3;

A noradrenalina regula a liberação de serotonina, atuando como freio sobre a liberação de serotonina nos
receptores α2 corticais dos terminais axônicos e como acelerador da liberação de serotonina nos receptores
α1 na área somatodendrítica.

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 128
PSICOFARMACOLOGIA
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DEPRESSÃO

Intervenções Terapêuticas
A disfunção da quantidade de neurotransmissores
monoaminas, provoca superregulação dos receptores
pós-sinápticos destes neurotransmissores, levando à
depressão;

ANTIDEPRESSIVOS ISRS

Bloqueio da bomba de
recaptação, aumentando a
quantidade de
neurotransmissores da
sinapse;

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 129
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ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
ESTABILIZADORES
Bloqueiam a recaptação de DE HUMOR
noradrenalina;
Bloqueiam os canais de INIBIDORES DOS CANAIS DE SÓDIO
sódio sensíveis à voltagem; SENSÍVEIS À VOLTAGEM
Inibidores da bomba de
recaptação de serotonina; Reduzem a neurotransmissão
excessiva, o que reduz o fluxo de íons

Intervenções Terapêuticas
INIBIDORES DA MAO pelos canais de sódio sensíveis à
voltagem;
MAO: Enzima que Efeitos antimaníacos: A inibição dos
metaboliza a serotonina, VSSC levaria à redução do influxo de
noradrenalina e dopamina; sódio e redução da neurotransmissão
Níveis cerebrais aumentados excitatória glutamatérgica;
de neurotransmissores após
inibição da MAO;

ANTICONVULSIVANTES
COMO ESTABILIZADORES
DE HUMOR

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 130
PSICOFARMACOLOGIA
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BENZODIAZEPÍNICOS
VIA DOPAMINÉRGICA
GABA: Neurotransmissor inibitório;
Atuam ao intensificar a neurotransmissão gabaérgica, no alívio da
ansiedade;
A associação de GABA com benzodiazepínicos aumenta a
frequência de abertura dos canais de cloreto inibitórios. O
resultado final consiste em maior inibição e ação ansiolítica.
A hiperatividade da via
dopaminérgica mesolímbica responde
pelos sintomas psicóticos positivos, os
quais fazem parte da doença

Intervenções Terapêuticas
esquizofrênica, da psicose induzida
por fármacos ou que acompanham a
mania, a depressão ou a demência.

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 131
PSICOFARMACOLOGIA
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Intervenções Terapêuticas
ANTIPSICÓTICOS CONVENCIONAIS ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
Bloqueio da ligação da dopamina ao receptor D2 na via Perfil clínico semelhante;
dopaminérgica mesolímbica, reduzindo a hiperatividade Poucos sintomas extrapiramidais;
nessa via; Menor hiperprolactinemia;
Antagonistas da serotonina-
Na esquizofrenia sem tratamento: excesso de dopamina dopamina, com antagonismo
na sinapse que ocasiona sintomas positivos, como delírios simultâneo dos receptores de
e alucinações. serotonina 5HT2A e D2;

FONTE: Adaptado de Sthepen M. Stahl - Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e Aplicações práticas 5º Edição (2022). 132
@reidosresumos_
psiquiatria
LEIS E DIREITOS NA
PARTE IX
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SAÚDE MENTAL NO SUS
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Moradias assistidas localizadas na


comunidade, destinadas a pessoas que foram
desinstitucionalizadas e que necessitam de
apoio para a reintegração social.
A política de saúde mental no SUS é
baseada nos princípios da Reforma
Psiquiátrica, que busca a

Dor crônica
Rede de serviços de saúde mental que inclui os CAPS,
desinstitucionalização e a promoção da SRT, unidades de acolhimento transitório, hospitais
inclusão social das pessoas com gerais, serviços de emergência, entre outros. Essa
transtornos mentais. rede busca promover a articulação e a integração
entre os diferentes serviços, para garantir uma
assistência integral e contínua aos usuários.

Serviços comunitários que oferecem


atendimento em saúde mental de forma
aberta e contínua. Eles são responsáveis por
acolher, tratar e acompanhar pessoas com
transtornos mentais graves e persistentes.

Tipos de CAPS:
CAPS I (voltado para atendimento diurno);
CAPS II (com atendimento 24 horas);
CAPS AD (específico para atendimento a
usuários de álcool e outras drogas); 134
direitos ao paciente
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Os pacientes com transtorno mental têm


direitos garantidos por lei que visam
proteger sua dignidade, autonomia e Os pacientes devem receber informações
acesso a tratamento adequado. adequadas sobre os procedimentos,
medicamentos e terapias propostos, e têm o
direito de dar ou recusar o consentimento para
qualquer intervenção, exceto em casos de
Direito de ser tratados com dignidade, respeito
risco iminente à sua própria segurança ou à
e consideração por sua condição de saúde
segurança de terceiros.

Dor crônica
mental. Eles não devem ser submetidos a
qualquer forma de discriminação ou estigma.

Os pacientes têm o direito de receber Os pacientes têm o direito à privacidade de suas


informações claras e compreensíveis sobre informações de saúde mental. Os profissionais de
sua condição de saúde mental, o diagnóstico, saúde devem manter a confidencialidade dos
o tratamento proposto, seus direitos e as dados pessoais e clínicos, exceto quando houver
consequências de suas decisões de risco de dano a si próprio ou a outras pessoas, ou
tratamento. quando exigido por lei.

135
direitos ao paciente
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Os pacientes têm o direito de acesso a Os pacientes têm o direito de recorrer a um


serviços de saúde mental de qualidade, processo judicial para contestar qualquer
incluindo avaliação, diagnóstico, tratamento e violação de seus direitos, incluindo a
reabilitação. O tratamento deve ser baseado internação involuntária ou outras restrições
em evidências, respeitar as necessidades à sua liberdade.
individuais do paciente e ser culturalmente
apropriado.

Dor crônica
Modalidades de internação psiquiátrica:

Internação voluntária: aquela que se dá com o


Os pacientes têm o direito de serem incluídos consentimento do usuário.
na sociedade, com igualdade de
oportunidades, e de participar ativamente na Internação involuntária: aquela que se dá sem o
consentimento do usuário e a pedido de
comunidade. Eles devem ter acesso a
terceiro.
educação, emprego e moradia adequados,
assim como a programas de reintegração Internação compulsória: aquela determinada
social. pela Justiça.

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REFERÊNCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.

SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de


Psiquiatria-: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Artmed Editora,
2016.

HALES, Robert E.; YUDOFSKY, Stuart C.; GABBARD, Glen O. Tratado de psiquiatría
clínica. In: Tratado de psiquiatria clínica. 2012.

@reidosresumos_
NARDI, Antonio Egidio; DA SILVA, Antônio Geraldo; QUEVEDO, João. Tratado de
Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. Artmed Editora, 2021.

HUMES, Eduardo de Castro et al. Clínica psiquiátrica: guia prático. 2019.

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