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Cardiopulmonar
em pacientes adultos
Créditos
Coordenação do projeto Professora-autora
Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Milena Rodrigues Agostinho Rech
Coordenação de Comunicação
da UNA-SUS/UFMA
José Henrique Coutinho Pinheiro
© 2021. Ministério da Saúde. Sistema Universidade Aberta do SUS. Fundação Oswaldo Cruz & Universidade
Federal do Maranhão. É permitida a reprodução, a disseminação e a utilização desta obra, em parte ou em
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DXWRUHVFRQIRUPHD/HLGH'LUHLWRV$XWRUDLV/'$/HLQ0GHGHIHYHUHLURGH
Sumário
Apresentação ..................................................................................................................... 4
&RQVLGHUD©·HVͤQDLV...................................................................................................... 15
Referências ...................................................................................................................... 16
Apresentação
Olá, aluna(o)!
Mas você conhece a sequência de manobras da RCP? Sabe como proceder diante de
casos de parada cardiorrespiratória?
3DUDJDUDQWLUTXHD5&3VHMDUHDOL]DGDGHIRUPDDGHTXDGD«QHFHVV£ULRHVWDU
DWHQWRDRVFXLGDGRVHVSHF¯ͤFRVGXUDQWHDFRPSUHVV¥RWRU£FLFDRXGHVͤEULOD©¥REHP
FRPRDYHORFLGDGHDHͤFL¬QFLDHDDSOLFD©¥RPDLVDGHTXDGDGHFDGDXPGHVWHVSUR-
cedimentos.
O êxito da RCP pode salvar a vida do paciente. Sendo assim, é essencial que o
SURͤVVLRQDOGHVD¼GHWHQKDFRQKHFLPHQWRDFHUFDGHFDGDHWDSDGRSURFHGLPHQWR
Bons estudos!
OBJETIVO
$RͤQDOGHVWHUHFXUVRYRF¬VHU£FDSD]GHFRPSUHHQGHURVFRPSRQHQWHV
da Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em pacientes adultos.
4
1 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR NO ADULTO
A Reanimação Cardiopulmonar (RCP) é determinante para o retorno da circulação
VDQJX¯QHD H SDUD D VREUHYLY¬QFLD /RJR DR LGHQWLͤFDU XPD 3DUDGD &DUGLRUUHVSLUDWµULD
(PCR), deve-se proceder imediatamente às compressões torácicas, seguidas pela abertura
de vias aéreas e boa ventilação. O mnemônico C-A-B-D pode ser utilizado para descrever
RVSDVVRVVLPSOLͤFDGRVGRDWHQGLPHQWRHPVXSRUWHE£VLFRGHYLGD1:
B Boa ventilação
D 'HVͤEULOD©¥RTXDQGRRGLVSRVLWLYRHVW£GLVSRQ¯YHOQDXQLGDGHGHVD¼GH
2DWHQGLPHQWRSRGHVHUUHDOL]DGRSRUXPDHTXLSHRXSRUXP¼QLFRVRFRUULVWDPDV
LQGHSHQGHQWHPHQWHGRQ¼PHURGHDVVLVWHQWHVGHYHVHFRQWLQXDUDVFRPSUHVV·HVHDYHQ-
WLOD©¥RDW«DFKHJDGDGRGHVͤEULODGRURXGRVHUYL©RPµYHOGHHPHUJ¬QFLD
É preciso lembrar que antes de iniciar a RCP, o paciente deve estar em uma superfície
ͤUPHHHVW£YHO6HIRUSUHFLVRLPRELOL]£ORDOJX«PGHYHU£ͤFDUUHVSRQV£YHOSRUVHJXUDUH
evitar mobilização da cabeça.
5
1.1 Você conhece os componentes da RCP?
1RDGXOWRDIUHTX¬QFLDGHVHMDGDGDVFRPSUHVV·HV«GHDFRPSUHVV·HVSRU
minuto, com profundidade mínima de 5cm (não excedendo 6cm) e retorno do tórax comple-
to após a compressão. Deve-se minimizar as interrupções das compressões (quando
houver somente um socorrista, pause no máximo 10 segundos para realização das ventila-
ções).
VHXVMRHOKRVFRPFHUWDGLVW¤QFLDSDUDPHOKRU
estabilidade (Fig. 1). Estenda os braços e os
mantenha cerca de 90º sobre a pessoa.
6
Fonte: Adaptado de Brasil (2013).
Comprima com profundidade de no mínimo
5cm (evitando compressões com profundida-
de maior do que 6cm) (Fig. 3).
IMPORTANTE
- Permita o retorno completo do tórax a cada compressão, evitando apoiar-se
no tórax da pessoa.
- Quando for possível, reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para
evitar cansaço e compressões de má qualidade.
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B Boa ventilação
3DUDDYHQWLOD©¥RVHUPDLVHͤFD]XWLOL]HSUHIHUHQFLDOPHQWH$PEXDFRSODGR¢P£VFD-
ra (Bolsa-Válvula-Máscara ou BVM), que deve cobrir a cavidade nasal e oral, evitando
escape de oxigênio. Quando houver dois socorristas destinados à ventilação, um deles
mantém a vedação da máscara, realizando o “C” e “E” com as duas mãos, e o segundo com-
SULPHDEROVDRVXͤFLHQWHSDUDREWHUDH[SDQV¥RWRU£FLFD
A BVM pode estar acoplada à bolsa reservatório de ar e cilindro de oxigênio (Fig. 6),
para oferecer maior porcentagem de oxigênio2.
Brasileira de Cardiologia (2019).
Fonte: Adaptado de Sociedade
8
O volume de ar recomendado para a maioria dos adultos é de 10 a 15ml/kg. Um
homem pesando 80kg necessitaria, portanto, de 800 a 1.200ml de ar, a cada ventilação. A
maioria dos Ambus possui um volume de 1.600ml, logo, se aplicarmos aproximadamente
PHWDGH GR YROXPH GR $PEX RX VHMD TXDQGR HVWH « FRPSULPLGR DSHQDV FRP XPD P¥R
(800ml), garantimos o volume efetivo para o resgate respiratório. A hiperventilação é con-
traindicada, pois pode aumentar a pressão intratorácica, comprometendo a sobrevida, além
disso, a hiperinsuflação gástrica pode desencadear vômito, broncoaspiração e limitação da
mobilidade do diafragma.2
9RF¬DFUHGLWDTXHDYHQWLOD©¥RDYDQ©DGDVHMDIXQGDPHQWDOQRDWHQGLPHQWRGD
pessoa em PCR?
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%ROVD9£OYXOD0£VFDUD SDUD GHͤQLU SURJQµVWLFR RX VREUHYLGD 3RUWDQWR QD $36 R PDLV
importante é garantir compressões torácicas efetivas e manter a ventilação básica da via
aérea.
Posição inicial
insira a cânula invertida
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2XVHMDDFDGDFRPSUHVV·HVFRPIUHTX¬QFLDHQWUHDFRPSUHVV·HVPL-
nutos) realizam-se 2 ventilações (Fig. 8). Quando houver outros membros da equipe dispo-
níveis, os socorristas devem se revezar a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e garantir a
qualidade das compressões torácicas, com o mínimo intervalo possível1.
9
30x2
Fonte: UNA-SUS/UFMA.
Fig. 8. Intervalo de 30 compressões torácicas e 2 ventilações na RCP.
D 'HVͤEULODGRU
&RPDFKHJDGDGRGHVͤEULODGRULQGHSHQGHQWHGDIDVHTXHVHHVW£QD5&3SUHSDUHVH
para utilizá-lo. É importante conhecer o tipo de equipamento disponível na unidade e sua
IRUPDGHRSHUD©¥RSRLVH[LVWHPPRGHORVGHGHVͤEULODGRUHVVHPLDXWRP£WLFRV'($̰'HV-
ͤEULODGRU([WHUQR$XWRP£WLFRHPRGHORVPDQXDLV2
REFLETINDO
9RF¬VDEHRQGHHVW£ORFDOL]DGRRGHVͤEULODGRUGDVXDXQLGDGH"
Sabe se o aparelho é manual ou semiautomático e como realizar sua operação?
10
3DVVRDSDVVRSDUDRXVRGRGHVͤEULODGRU
'HVͤEULODGRU([WHUQR$XWRP£WLFR'($
Se o ritmo for compatível para choque, o DEA emitirá a frase “choque recomendado,
afaste-se do paciente”. O socorrista deve solicitar novamente para que todos se
DIDVWHP/HPEUDUVHTXHGXUDQWHDGHVͤEULOD©¥RDVIRQWHVGHR[LJ¬QLRGHYHPVHU
desconectadas do paciente.
Após o choque, deve-se reiniciar a RCP pelas compressões torácicas por 2 minutos.
A cada 2 minutos o DEA analisa o ritmo novamente e pode indicar novo choque,
se necessário. Se não indicar choque, mantenha a RCP enquanto a vítima estiver
inconsciente e aguarde a chegada do serviço móvel de urgência.
11
'HVͤEULODGRU0DQXDO
Requer que o socorrista analise o ritmo cardíaco para indicar o choque, bem como
determine a carga do mesmo.1
Agora você deve avaliar o ritmo do paciente, lembrando que a indicação de choque
ocorre em pacientes sem pulso e que apresentam Fibrilação Ventricular (FV) (Fig. 10) ou
Taquicardia Ventricular (TV) (Fig. 11).
Fonte: Adaptado de Brasil (2013). Fonte: Adaptado de Brasil (2013).
&DVRVHMDXPGHVVHVULWPRVSUHSDUDUSDUDGHVͤEULODUFRQIRUPHRVVHJXLQWHVSDVVRV1,3:
Posicione as pás com gel sobre o tórax desnudo da pessoa (usualmente posição
anterolateral). Se as pás forem adesivas, retire o papel e não é necessário uso do gel.
&HUWLͤTXHVHGHTXHYRF¬Q¥RHVW£HPFRQWDWRFRPRSDFLHQWHRXFRPDPDFD
/HPEUDUVHTXHGXUDQWHDGHVͤEULOD©¥RDVIRQWHVGHR[LJ¬QLRGHYHPVHU
desconectadas do paciente.
12
Aplique 13kg de pressão com as pás sobre o peito desnudo do paciente.
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GHVͤEULODGRUELI£VLFRFRQIRUPHRULHQWD©¥RGRIDEULFDQWHROKDQGRSDUDRSDFLHQWH
SDUDWHUDFHUWH]DGHTXHQLQJX«PDFLGHQWDOPHQWHHVWHMDHQFRVWDGRQHOHRXQDPDFD
LPSRUWDQWHUHIRU©DUTXHDGHVͤEULOD©¥RRX̸FKRTXH̹VµVHU£UHDOL]DGDQRVFDVRVGH
FV e TV sem pulso. Em todos os outros casos, devem-se manter as contrações e ventila-
ções efetivas até a chegada do serviço móvel de urgência.
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SITUAÇÕES ESPECIAIS NO USO DO DESFIBRILADOR
$OJXPDVVLWXD©·HVHVSHFLDLVGHYHPVHUFRQVLGHUDGDVDRXWLOL]DURGHVͤEULODGRU
6HYRF¬GHVHMDUVDEHURXWUDVLQIRUPD©·HVVREUHRXVRGHGHVͤEULODGRUHVFRPR
posições diversas da posição anterolateral ou uso dos mesmos em crianças, con-
sultar a Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (2019).
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&RQVLGHUD©·HVͤQDLV
Neste recurso, você conheceu as etapas da RCP, procedimento que pode salvar
a vida do paciente em parada cardiorrespiratória quando executado adequadamente.
É importante enfatizar que a RCP deve ser realizada até a chegada do socorro ou
se houver reação da vítima.
Embora a chance de sobrevivência caia 10% a cada minuto sem socorro, o início
LPHGLDWRGDVbPDQREUDVSRGHGREUDURXDW«WULSOLFDUHVVDFKDQFH
Até a próxima!
15
Referências
1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais
comuns na Atenção Básica.%UDV¯OLD')0LQLVW«ULRGD6D¼GH