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MÓDULO 1

Introdução à Psicanálise

Aula 1 - Introdução à Psicanálise


Aula 2 - As emoções e o inconsciente
Aula 3 - O inconsciente e os atos falhos
Aula 4 - Os atos falhos e a neurociência

O que é Psicanálise?

A Psicanálise tem como principal ocupação explicar o funcionamento


da mente humana e é considerada como um ramo clínico teórico.

É a ciência que estuda o inconsciente e os mecanismos que regem


esse inconsciente.

O ser humano tem dentro de si o consciente e o inconsciente, mas o


que é importante para a psicanálise é o INCONSCIENTE, porque é nele
que o profissional vai atuar. É um método de tratamento de doenças de
origem psíquica e emocional.

A Psicanálise é um campo de investigação teórica da psique humana e


um campo clínico totalmente independente da psicologia. É a ciência que
trabalha e estuda de maneira mais profunda do inconsciente, que é o
responsável por aquelas atitudes que chamamos de “automáticas”. Um
exemplo de atitude automática é quando falamos algo que não queríamos
falar.
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Para Freud o termo psicanálise designa três coisas:

1. Um método de investigação dos processos mentais através de outro


método.
2. Uma técnica de tratamento das doenças neuróticas, baseada no
método da investigação.
3. Um corpo de saber psicológico que tende para a formação de uma
nova ciência que através dela fará surgir um novo homem.

Freud visava a harmonia do ser humano, a cura do homem e com


essa cura, o surgimento de uma sociedade melhor, com maior consciência,
solidariedade e equilíbrio.

Freud quis fazer o neurótico restaurar o amor, porque para ele, o


homem é produto do amor, pois gera outros homens pelo amor. Um ser
humano sem amor desintegra-se e não vive na plenitude.

A palavra é a ferramenta da investigação psicanalítica. É a palavra


relatada pela pessoa que vai expressar, expor o que se está sentindo, o que
chamamos de catarse. Hoje em dia, a psicanálise é classificada em duas
categorias:

1. Psicanálise que resulta de criações

2. Psicanálise que resulta de imitações

No Brasil, a psicanálise não é criação e nem imitação mas um


intermediário entre essas duas posições. Para entendermos as relações
complexas que mantemos com outras psicanálises é necessário conceber a
nossa psicanálise como uma construção integrada por diferentes níveis como
o teórico, o clínico e outros e marcada por contradições, segundo o parecer
de Sérvulo Augusto Figueira na obra de Freud e a Difusão da Psicanálise.
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A Psicanálise está organizada respeitando a nossa identidade, cultura,
ética, idéias, teorização, institucionalizações e estilo clínico. A Psicanálise
com Freud produziu uma modificação sem precedentes na concepção do ser
humano que passou a perceber que um determinismo inconsciente organiza
sua própria existência.

A Psicanálise busca as explicações e as causas que estão escondidas


no inconsciente para tentar explicar a infelicidade das pessoas. Pode também
ser realizada por qualquer pessoa que queira compreender suas próprias
experiências. Através da psicanálise, uma pessoa pode adquirir
conhecimento da parte inconsciente de sua mente e com isso, pode ajudar a
entender suas emoções, sentimentos e conflitos internos.

Segundo o psicólogo Cláudio Castelo Filho, a função da psicanálise é


apresentar uma pessoa a ela mesma. É apresentar a quem de fato é e não a
quem acredita ser ou considera que deveria ser o certo ser. Como a pessoa é
a única pessoa de quem de fato não pode se separar, seria fundamental que
tenha um excelente casamento com si mesma. Não tente se curar de si
mesmo. È como doença auto imune: devasta!

A Psicanálise tem a tarefa árdua de auxiliar uma pessoa a usar seus


próprios recursos psíquicos, aqueles que tem, que são passíveis de evoluir
com o processo analítico, para pensar por si mesmo. A Psicanálise é
portanto, um tipo de psicoterapia, que tem a função de ajudar as pessoas a
entenderem melhor seus sentimentos e emoções e ajudá-las na identificação
de como o inconsciente influencia os pensamentos do dia a dia.

A Psicanálise busca as explicações e as causas que estão escondidas


no inconsciente para explicar ou tentar explicar a infelicidade das pessoas.

Podemos dizer também que a Psicanálise busca desvendar os


mistérios intrínsecos do ser humano. O psicanalista, então, tem como
principal função nos ajudar a superar traumas, preocupações, medos e dores
emocionais conforme a análise do inconsciente. Lembre-se que a psicanálise
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busca interpretar o que está no inconsciente, entender o significado
inconsciente de sonhos, pensamentos, palavras e ações. Para isso, um dos
métodos dessa terapia é a livre associação, no qual o paciente fala o que lhe
vem à mente com a menor racionalização possível, trazendo os pensamentos
e memórias inconscientes à tona. A Psicanálise não fica presa ao hoje mas a
uma trajetória que pode ter sido influenciada desde o útero da mãe e as
memórias genéticas.

Colocar o inconsciente como um objeto de estudo quebrou a tradição


da psicologia como uma ciência que utiliza o método científico moderno. Por
isso, a psicanálise não é considerada uma ciência. Hoje em dia, muitos
consideram a Psicanálise como ciência.

A Psicanálise se tornou uma das teorias mais importantes do século XX e


continua sendo neste século. Ela também foi muito contestada e, até hoje, é
vista com desconfiança por muitas pessoas. Suas críticas levaram à criação
de novas correntes da psicanálise, como as fundadas por Jacques Lacan e
Carl Jung, que influenciou como psicólogo.

1) Analise a frase do psicólogo Cláudio Castelo Filho:


“ A função da psicanálise é apresentar uma pessoa a ela mesma.”

2) Por que para Freud, a palavra é a ferramenta de investigação na


psicanálise?

3) Para Freud, o termo psicanálise é definido por um método, uma


técnica e uma formação. Como podemos entender esse triênio?
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“O que é Psicanálise?”
Fabio Herrmann – ed. Blucher – ano 2015 – 14ª Edição

A leitura ajudará a interpretar as emoções e os


sintomas para então, conseguir dar sentido a vida
humana.

“Introdução á Teoria Psicanalítica”


Moisés do Vale – ed. Juruá – 2ª Edição

Manual de teoria que aborda o surgimento da


psicanálise no final do séc. 19.

O Inconsciente

Freud observou nas doentes histéricas que o que elas sentiam estava
no inconsciente e por isso, não tinham controle e provocava os distúrbios.
Observavam-se atitudes estranhas ou nobres, mas era preciso descobrir uma
forma de entrar nesse inconsciente para conhecer o conteúdo do mesmo.

Ele descobriu que muitos comportamentos e atitudes conscientes são


influenciadas por forças inconscientes, como as memórias, os desejos
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reprimidos e os impulsos. A maioria das atitudes inconscientes podem causar
brigas e sofrimentos pois normalmente são socialmente inaceitáveis.

Tudo que está armazenado em nosso inconsciente afeta as nossas


vidas e a forma de nos comportarmos. Todas as coisas que pensamos, a
forma que agimos ou falamos são resultado de algo que não está no
consciente.

Freud demonstrou que a maior parte da vida psíquica se desenrola


sem que tenhamos acesso a ela. É no inconsciente que ficam as idéias
reprimidas que aparecem disfarçadas nos sonhos e nos sintomas neuróticos.

Uma das principais funções do inconsciente é manter o equilíbrio da


nossa psique. O inconsciente é também chamado, muitas vezes, de
subconsciente. É um termo com dois significados. É o conjunto dos
processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência. Um
segundo significado provêm da teoria psicanalítica e designa uma forma de
como o inconsciente em sentido amplo funciona.

Segundo Carl Jung, psiquiatra suíço, há uma distinção entre


características conscientes e inconscientes da psique. Consciente é o que se
identifica simplesmente com o desconhecido, é tudo aquilo que não se
identifica com o desconhecido.

O inconsciente tem como principal função manter o equilíbrio da nossa


psique, pois é impossível guardar todas as nossas experiências e ainda ter
plena consciência das mesmas.
Para Freud, o inconsciente é como uma caixa preta da pessoa. Não é a
parte mais profunda da consciência, nem a que possui menos lógica, mas
uma outra estrutura que se distingue da consciência.

O entendimento à respeito do inconsciente na psicanálise, surgiu das


experiências de tratamento realizadas por Freud, que demonstrou que o
mundo psíquico não pode ser reduzido aos conteúdos conscientes e que
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certos conteúdos só se tornam acessíveis depois que superamos algumas
resistências ou repressões. Entenda, que enquanto o inconsciente não for
acessado, o paciente, então, não conseguirá entender o que está sentindo ou
passando.

Você já experimentou uma paixão arrebatadora? Já sentiu uma


profunda antipatia ou simpatia por alguém que acabou de conhecer? Já teve
um sonho estranho, assustador e, aparentemente, sem pé nem cabeça? A
noção teórica da existência e influência do inconsciente nasceu justamente
da percepção de que, em alguns casos, nossas ações e sentimentos não são
guiados apenas pela razão, ou pelo consciente. “Todos nós temos desejos,
temores, ideias preconcebidas que não sabemos exatamente de onde vêm,
que não foram escolhas nossas e que simplesmente se manifestam”, afirma
o psiquiatra e psicanalista Oswaldo Ferreira Leite Netto, diretor do serviço de
psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

As teorias de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, ainda


são referenciais importantes para os estudos do inconsciente. Freud defendia
que apenas uma pequena fração das nossas memórias encontra-se ativada,
demarcando os limites da consciência. Todas as demais estão em estado
latente, ou seja, escondidas. Freud representa essa ideia usando a metáfora
do iceberg como um modelo da mente, onde a maior parte está submersa,
isto é, o inconsciente. A atividade mental consciente corresponderia apenas
ao topo visível do iceberg, explica o psicólogo Marco Callegaro, mestre em
neurociências e comportamento pela Universidade Federal de Santa Catarina
e autor do livro: “O Novo Inconsciente”.

Analisar o inconsciente é com certeza, um caminho para tentar curar


os distúrbios emocionais. Muitas pessoas enfrentam problemas por muitos
anos sem entenderem o motivo real e normalmente, a explicação ou a cura
estará em algo que ficou guardado nesse quarto reservado, chamado de
inconsciente.
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Devemos lembrar que os desejos inconscientes, os sentimentos e o
comportamento vivenciado pelo indivíduo são o objeto de estudo da
psicanálise.

1) Qual a importância do inconsciente para a nossa vida?

2) Analise uma parte da frase do psicanalista Oswaldo Ferreira Leite


Netto: “Todos nós temos desejos, temores, ideias preconcebidas
que simplesmente se manifestam”.

3) Os distúrbios emocionais são curados quando conseguimos


acessar o inconsciente.

Psico-análise

Freud encontrou um modo de entrar no inconsciente e descobrir o seu


interior e nomeou de psico-análise, quer dizer, análise da psique, que depois
passou para psicanálise.

Além de ser entendido como um sistema de idéias que descrevem o


funcionamento dos espaços inconscientes da mente humana, a psicanálise é
também um método de terapia e tratamento para qualquer tipo de pessoa. A
psicanálise argumenta que a maior parte do nosso comportamento, os
sentimentos, as memórias e as formas de se expressar, tem a ver com os
fenômenos que acontecem na nossa mente e que não são ajustados de
forma consciente.

Conhecidos como espaços inconscientes, eles são a base do conflito


que cada pessoa passa e os sintomas sentidos ficam á nível do consciente,
por isso, as terapias da psicanálise estão quase sempre associadas a
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sessões, nas quais, o paciente estabelece conversas profundas,
descontraídas e o profissional orienta através de perguntas e confrontos.

1) Explique porque os espaços inconscientes são a base do conflito


da pessoa.





Teoria da Psicanálise

A Teoria da Psicanálise pode ser chamada de “Teoria da Alma”, pois é


na alma que está concentrado a maioria dos sentimentos do ser humano e
por isso, é um método de tratamento de doenças de origem psíquica e
emocional. A Psicanálise parte do pressuposto que todos os desejos,
lembranças e instintos reprimidos estariam “guardados” no inconsciente das
pessoas.

A partir de suas investigações clínicas, Freud, o grande neurologista,
observou que a maior parte da vida psíquica não era consciente, apesar da
forte influência no comportamento do ser humano.

No século XIX, Sigmund Freud, médico, psiquiatra e neurologista,


observou que teria mais sucesso se pudesse acessar a causa das dores da
alma de seus pacientes. Ele buscou formas de tratar os doentes
psiquiátricos além do método tradicional, onde se trabalhava a intenção de
sanar os sintomas. A partir daí, Freud começou a estudar várias maneiras de
acessar a memória. O seu principal objetivo era conseguir provas que
acalentassem as pessoas com os seus males da alma. Por isso, numa de
suas viagens, ele conheceu o método de hipnose e no seu retorno, começou
a aplicar em seus pacientes. Mesmo aplicando o método, Freud tinha dúvidas
sobre sua eficácia.
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Freud acreditava que as pessoas podiam ser curadas tornando
conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes, obtendo assim
percepção. O objetivo da terapia psicanalítica é liberar emoções e
experiências reprimidas, isto é, conscientizar o inconsciente. É ter uma
experiência catártica, de cura, para que a pessoa possa ser ajudada. Quando
colocamos para fora aquilo que nos angustia, ficamos libertos das correntes.

1) A Teoria da Alma é a mesma coisa de Teoria da Psicanálise?


Justifique.

2) Por que Freud estudou as várias formas de acessar a memória?

3) Analise a experiência catártica para curar o paciente.

O Psicanalista

O Psicanalista é o profissional que pratica a psicanálise. Ele é a


pessoa que vai utilizar os métodos de associações, para conseguir analisar e
encontrar as explicações para determinados comportamentos ou mesmo
encontrar os motivos para algumas neuroses.

A “Teoria da Alma“ ou Psicanálise foi criada por Sigmund Freud e


etimologicamente, a palavra teve a sua origem no grego Psyche que significa
“ sopro” ou “ respiração.”

É função do psicanalista adentrar no inconsciente do paciente para


trazer sonhos, lembranças e símbolos, com o uso de técnicas. Esse processo
é benéfico ao paciente que compreende melhor a si mesmo e, com o tempo,
se torna apto a superar traumas, dores, medos e outros tipos de transtornos.
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No tempo atual podemos dizer que o Psicanalista é Terapeuta, mediador
de conflitos, faz terapia familiar, comunitária e tantas outras atribuições.

Foi se o tempo em que apenas as pessoas com sérios transtornos


mentais faziam sessão de psicanálise. A terapia é indicada a todos que
querem aprender mais sobre si, portanto, a qualquer momento você pode
procurar um psicanalista para iniciar uma sessão de psicanálise, uma vez
que não existe contra indicação para esta terapia. Hoje em dia, a psicanálise
é a saída, não só para aqueles que querem tratar algum tipo de transtorno
mental, mas também para aqueles que querem entender melhor certos
comportamentos, entender melhor o inconsciente e os relacionamentos
interpessoais. A psicanálise também pode ser recomendada nos seguintes
casos:

! Transtornos alimentares
! Crise de pânico
! Fobias
! Pensamento suicida
! Transtorno de ansiedade
! Depressão clínica
! Anorexia nervosa
! Transtorno obsessivo compulsivo
! Transtorno bipolar

Todos estes transtornos mentais acima mencionados são tratados com


psicanalista que auxiliará na busca da cura das emoções.
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1) Qual a principal função do psicanalista?

2) Analise a frase: O psicanalista é o mediador de conflitos.

3) Como a Psicanálise pode ajudar os relacionamentos


interpessoais?

Ego, Espírito e Alma

Podemos dizer que o significado da palavra está além, pois está


relacionada com as idéias atuais do que seja o ego, espírito e a alma das
pessoas.

Ego é a parte da personalidade. É o que nos faz ser racional e atribuir


uma lógica às nossas experiências diárias. O ego se forma a partir do nosso
nascimento e é ele o responsável por gostos e preferências. É um nível
superficial do ser, como uma máscara. Funciona como um papel que
desempenhamos junto à sociedade. É por causa do ego que as pessoas têm
o senso de individualidade e com isso, se sentem únicas. Acredita-se que o
ego tenha a duração de uma vida.

A alma é onde ficam as nossas boas e más emoções. A palavra alma


vem do grego e quer dizer, ar, sopro. Ela designa o princípio do pensamento
e da organização, num modo geral do ser humano. A noção da alma é
procurada para mostrar a complexidade da vida e articular as diversas
funções vitais. A autonomia da alma em relação ao seu corpo nem sempre
esteve..ligada à..ideia..de..imortalidade.
..

Existem várias correntes filosóficas que admitem a existência da alma.


Platão, por exemplo, apresenta a imortalidade da alma como "um risco a
correr", num quadro mítico e simbólico. Para Platão, a alma é uma substância
simples. A sua realidade e existência são independentes de qualquer outra
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substância. Mas o corpo é uma limitação à alma, um obstáculo, um cárcere
onde a alma se encontra. A alma deseja libertar-se do corpo, que perece,
pois ela é imortal e imperecível. A alma humana é aquilo que no homem é
capaz de atingir o conhecimento, a contemplação do ser em si e tende para a
purificação da alma, pela prática da virtude. A alma deve obrigar o corpo a
obedecer, dirigindo-se para a virtude, deixando as paixões do corpo de lado.
Aristóteles, no seu livro: “Da Alma”, obra de referência no conjunto da
história do conceito, estuda as diversas manifestações na totalidade dos
corpos animados, em função de uma complexidade crescente e
hierarquizada do universo dos seres vivos, indissociável destes, e exerce
funções diversas, também hierarquizadas: função nutritiva, presente em
todos os seres vivos e remetendo para a alma simples de todos os vegetais,
assegurando o crescimento e reprodução; função sensitiva, aparecendo em
animais inferiores; função motriz, nos animais superiores; e função intelectiva
e especulativa.

Já a definição para “espírito” vai depender de cada religião, mas nos


módulos posteriores abordaremos com mais propriedade o conceito do Pai
da Psicanálise.

1) Todas as pessoas quando nascem tem EGO?

2) Qual a diferença entre espírito e alma?

3) O EGO depende da alma?


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Subjetividades

A psicanálise é uma ciência que não é objetivamente fácil de ser


demonstrada e o seu alicerce está nos fenômenos abstratos mais do que nos
concretos. Firma-se nas e que por isso causa medo e assusta, do que no
que é conhecido. Por tudo isso, a psicanálise passou a ser um alvo de ataque
e com isso, passou a sofrer distorções, falsificações e se tornou até um mito
e talvez a ideia do mito tenha nascido da intenção de algumas pessoas em
denegrir a psicanálise.

Em síntese, a subjetividade para a psicanálise é dividida em duas
ordens de funcionamento, relativas ao consciente e ao inconsciente.
Na atualidade, é possível evidenciar um abalo nessa noção de sujeito de
desejo proposta pela psicanálise.

Quando falamos que alguém está sendo subjetivo estamos dizendo


que está manifestando a sua opinião sobre determinado assunto.

Dessa maneira a pessoa não está se atendo aos fatos mas optando
por não adotar uma postura parcial e objetiva. É necessário destacar que a
subjetividade implica na existência de um sujeito e isso significa que temos
que ter em mente que uma pessoa é única em seu modo de pensar, de falar
e de agir. Cada indivíduo tem as suas próprias experiências de vida e são
essas particularidades que fazem delas seres únicos.

1) Por que a Psicanálise tornou-se um Mito?


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Emoção e o Inconsciente

Como já abordamos, o inconsciente é a caixa preta, o quarto escuro,


onde ficam armazenadas as informações que colhemos através dos nossos
cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Muitas vezes, nem
percebemos algo ao nosso redor mas o nosso inconsciente percebe e
armazena. Isso acontece com as nossas emoções. Os seres humanos são
dotados de emoções.

As nossas emoções se originam no cérebro e não no coração, como


foi defendido por muito tempo. Pedro Calabrez afirma que as emoções são
programas de ação coordenados pelo cérebro que gerenciam as alterações
no corpo e que elas tem ligação com ação. Desde a infância até a velhice, o
homem e a mulher são bombardeados por sentimentos. Não importa a idade
ou a situação, os sentimentos sempre vão nos acompanhar. Eles podem ser
negativos ou positivos, previsíveis ou chegarem de surpresa. Alguns de nós
pode ter facilidade em expressá-los enquanto outros tentam escondê-los.

A palavra emoção vem do latim ex movere, que quer dizer, mover para
fora. A derivação faz sentido, já que demonstra que tudo que colocamos para
fora, antes passa no nosso interior. A emoção pode ser definida como uma
sensação que pode causar até mesmo impactos físicos, provocados por
estímulos de diferentes naturezas. Vivenciar uma emoção, no entanto, é uma
experiência individual. A alegria pode produzir reações físicas como o sorriso
e o aumento dos batimentos cardíacos e até choro. Existem pelo menos
catalogadas cerca de 25 tipos de emoções, como admiração, alívio, espanto,
excitação, medo, nojo, raiva, tristeza, ódio, etc.

Há uma teoria chamada teoria somática que analisa os reflexos físicos


causados pelas emoções. O estudo foi desenvolvido pelos pesquisadores
William James e Carl Lange, que diz que as emoções são resultado de
reações fisiológicas que temos diante dos acontecimentos. Assim, podemos
dizer que nossos sentimentos dependeriam de como o nosso cérebro
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interpreta os estímulos físicos. Em outras palavras, de acordo com esta
teoria, suar frio e o aumento do batimento cardíaco podem gerar o medo e a
alegria.

As emoções podem ser primárias ou secundárias . As primárias são as


que nascem com a gente: são raiva, medo, alegria, tristeza, surpresa e nojo
ou aversão. As emoções secundárias são aquelas que não nascem com a
gente. Elas são adquiridas ao longo da nossa vida, seja por influência
religiosa, familiar ou social: ciúme, vergonha, orgulho, vaidade, culpa.

Temos que sempre lembrar que as emoções precisam ser controladas,


pois assim estaremos mostrando que nos conhecemos.

Emoção é definida como uma resposta emocional e física a um


estímulo externo, baseada nas nossas memórias emocionais. Assim sendo,
essa reação está diretamente ligada à nossa personalidade, temperamento e
motivação. Podemos dizer também que a emoções é como um condutor
emocional que movimenta o ser humano. É ela que nos levar a reagir sobre
um determinado acontecimento. Por exemplo, ao recebermos uma notícia
ruim tomamos a tristeza como emoção e ela, por sua vez, desencadeia
consequências psicológicas ou físicas, como tremores, voz trêmula,
vermelhidão ou choro.

Função da Emoção

As emoções têm um papel fundamental na formação de uma


personalidade mais saudável. Elas indicam a nossa posição em uma situação
de confronto com o ambiente externo e nos levam ao confronto ou
distanciamento de pessoas, ações ou ideias. Alguns estudos sugerem que
elas têm três funções: SOCIAL, ADAPTATIVA e MOTIVACIONAL. A função
Social pode ser representada quando as nossas emoções fazem o papel do
termômetro que carregamos dentro de nós. Elas facilitam ou dificultam
nossas interações sociais, já que facilmente podem ser observadas e são
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indicadores do que podemos fazer a seguir. Para que a comunicação
prossiga, elas possuem um valor inestimável.
A Função Adaptativa é a que o próprio Darwin mencionou: emoções
que segundo ele, tem a capacidade de moldar a pessoa para uma
determinada situação e fazê-la ter uma ação específica.

A Função Motivacional é um ciclo entre emoção e motivação e por


isso, algo renovável. Um alimenta o outro. As emoções alimentam a
motivação e o comportamento motivado produz uma reação motivacional.

1) Como explicar que as emoções, que são sentimentos, tem origem na


mente e não no coração?

2) Se as emoções secundárias são adquiridas, porque não podemos


evita-las?

Atos Falhos e o Inconsciente

Ato falho é equívoco na fala, na memória, em uma atuação física, tudo


provocado pelo inconsciente. Através do ato falho, o inconsciente realiza o
seu desejo. Isto explica que nenhuma palavra proferida, gesto, pensamento
acontecem acidentalmente. Os atos falhos são diferentes de erros comuns.

Freud evidenciou que o ato falho era como um sintoma, uma


constituição de compromisso entre o inconsciente da pessoa e o reprimido. O
ato falho abrange também erros de leitura, audição, distração de palavras.
São as circunstâncias acidentais que não tem valor. Algumas pessoas
enxergam o ato falho como falta de atenção, cansaço, eventualidade mas
não é.
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Um ato falho pode ser chamado também de ato falhado, lapso


freudiano, deslize freudiano e parapráxis.

Freud descreveu pela primeira vez o ato falho em seu livro “ A


psicopatologia da vida cotidiana, de 1901”. O ato falho pode ocorrer tanto na
fala, como na escrita ou através de uma ação física. É causado em razão de
desejos existentes no inconsciente que acabam por interferir no próprio
consciente mas que não é percebido pela consciência do próprio sujeito
durante o momento em que ocorre. Ex: o marido que sem querer troca o
nome da esposa pelo da amante.

O ato falho é diferente do erro comum, fazendo com que Freud e


Breuer o chamasse de pensamento que não é consciente no momento da
fala mas que tem tudo pra se tornar consciente sem que haja qualquer
barreira.

Segundo o livro: “A patologia da vida cotidiana”, há três


tipos de atos falhos:

1) Atos falhos na linguagem (escrita, fala e leitura)


2) Atos falhos de esquecimento (memória)
3) Atos falhos no comportamento (cair, quebrar, tropeçar)

" Atos falhos na linguagem - São os mais conhecidos. Troca de


palavras, de escrita. Ex: Freud, trocado por “Froide”

" Atos falhos de esquecimento - como o nome mesmo diz, é esquecer


de nomes, lugares, etc.

" Atos falhos no comportamento - pode ser chamado como equívoco


de ação. Perturbações do controle motor.
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1) Como podemos explicar essa autonomia do inconsciente em


produzir o ato falho?

2) Será que podemos viver sem cometer atos falhos?

Neurociência

Neurociência é o campo científico que se dedica ao estudo do sistema


nervoso. Esse aparelho é formado por cérebro, medula espinhal e nervos
periféricos, que são os objetos de pesquisa dos neurocientistas. Por muito
tempo essa área ficou restrita ao aspecto biológico, aos comandos dados
pelo cérebro e que executados por outras partes do organismo.

A nossa sociedade não relacionava o cérebro à consciência humana,


que exerce grande influência na nossa postura, pensamentos, desejos e
necessidades. Quando o cérebro se torna o protagonista em eventos fica
claro a sua importância nas decisões humanas.

O termo neurociência surgiu por volta de 1972 quando foi produzido o


primeiro equipamento de tomografia computadorizada. Muitos defendem que
a neurociência é tão antiga quanto a humanidade pois investiga as causas
do comportamento humano e os fenômenos da mente.

Platão, em 387 c.C, já ensinava aos gregos que o cérebro era o centro
dos processos mentais. Essa crença foi trocada em 335 a.C, quando
Aristóteles passou a defender o coração como o órgão principal que
coordena as sensações, uma vez que as emoções como o medo aceleram os
batimentos cardíacos.
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Já em 170 a.C, o médico Cláudio Galeno elaborou uma teoria que
dizia que o temperamento humano resulta da interação entre quatro
humores.

Por volta de 1649, René Descartes, considerou o cérebro , um tipo de


sistema hidráulico, de onde o comportamento era comandado.

Já em 1906, o italiano Camillo Golgi descobriu um modo de observar


os nervos, método do nitrato de prata e Santiago Cajal identificou os
neurônios como unidades básicas do cérebro que existem de maneira
independente.

A neurociência é um campo do saber que estuda a mente a partir da


análise física dos processos cerebrais. Freud além de ser o Pai da
psicanálise, também foi considerado o pai da neurociência.

A ciência tem como objeto a consciência entendida neurologicamente,


opondo-se aos estados de coma e alienação mental. Freud observava o
inconsciente e com isso mostrou que o inconsciente não coordena a ação
humana.

Uma das recentes tendências é a criação da neuropsicanálise,


segundo Soussumi, tendo como antecedentes a fundação do grupo de
estudos de neurociência e psicanálise.

A psicanálise passou a ser endossada pela neurociência, já que até


1990, a psicologia e a neurociência falavam línguas diferentes apesar de
estudarem o mesmo órgão. A neurociência começou, então, a se interessar
por alguns conceitos fundamentais da psicanálise, como o inconsciente.

Hoje, já se sabe que a maioria das nossas decisões e ações


acontecem nessa parte oculta da mente. O inconsciente já sabe o que você
pensa antes mesmo de você pensar e até de escolher as palavras que serão
faladas.
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Outro campo da neurociência que parece confirmar idéias da


psicanálise é o dos sonhos. Freud teorizou que os sonhos apontam, de forma
codificada, para nossos desejos inconscientes. Essa teoria foi praticamente
foi enterrada nos anos 70 quando pesquisas indicavam que os sonhos
aconteciam durante o sono REM. Passou-se então, a acreditar que os
sonhos eram desencadeados por substâncias químicas sem nenhuma
relação com a emoção e a motivação.

O que a ciência está fazendo nos dias de hoje é tentar fornecer as


bases fisiológicas para toda essa complexidade, o que Freud, que era médico
e neurologista e psiquiatra já defendia.

1) Como podemos explicar como as nossas decisões e ações


acontecem na parte oculta mente?

2) A criação da neurociência ajudou a entender o inconsciente?


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Referências Bibliográficas:

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11, Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

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Dumara – 2005 – 1ª edição

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BARBALET, J.M. Emoção, teoria social e estrutura social. Editora: Instituto


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