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MINISTÉRIO DA SAÚDE
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
Abril de 2022
0
AUTORES:
Ministério da Saúde
Quinhas Fernandes, Director Nacional de Saúde Pública
Benigna Matsinhe, Directora Adjunta Nacional de Saúde Pública
Aleny Couto, Chefe do PNC ITS-HIV/SIDA
Irénio Gaspar
Jessica Seleme
Guita Amane
Eudóxia Filipe
Beatriz Simione
Edna Paunde
Yara Paulo
Hélder Macul
Orlando Munguambe
Elisa Tembe
Morais da Cunha
Hélio Magaia
Isabel Sathane
Sérgio Correia
Kwalila Tibana
Namita Eliseu
Orrin Tiberi
Jotamo Comé (Programa CM)
Eduardo Guambe (Programa CM)
Raimundo Machava (PNCT)
Fidel Luís Paizone (DSMC)
Isis Samuel (Residente em Saúde Pública)
1
SUMÁRIO EXECUTIVO
2
ÍNDICE
ACRÓNIMOS .................................................................................................................8
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................9
Tabela 1: Principais Estimativas do Spectrum 6.06, 2021 ................................................. 11
Gráfico 1: Mortes Relacionadas ao HIV/SIDA, 2021 - Spectrum 6.06 ............................. 11
Gráfico 2: Estimativas de Novas Infecções pelo HIV, 2021 - Spectrum 6.06 ................. 12
Gráfico 3: Estimativas da Taxa de Transmissão Vertical do HIV, 2021 - Spectrum 6.06
........................................................................................................................................................ 12
3
Gráficos 20.A, 20.B e 20.C: Número de testes feitos e Positividade dos Contactos do
Caso Índice por Província, 2021 .............................................................................................. 29
Gráfico 21.A: Distribuição de Testagem de HIV dos Contactos de Caso Índice por
Abordagem do ATS e por Província, ...................................................................................... 30
Gráfico 21.B: Distribuição de Positividade dos Contactos de Caso Índice por
Abordagem do ATS, ................................................................................................................... 30
Gráfico 22: Testagem do HIV aos Contactos do Caso Índice por Sector e por
Província, 2021 ........................................................................................................................... 31
Tabela 4: US a oferecer a PTV 2021 ........................................................................................ 32
Gráfico 23: Conhecimento do Seroestado e Positividade do HIV da MG na CPN, 2021
........................................................................................................................................................ 33
Gráfico 24: Cascata da MG ao Nível dos Serviços de CPN, 2021 ..................................... 33
Gráfico 25: Cascata Nacional da Testagem do HIV no Parceiro da MG na CPN, 2021 34
Tabela 5: Testagem do HIV no Parceiro da MG na CPN por Província, 2021 ................ 35
Gráfico 26: Cascata de PTV ao Nível dos Serviços de CPN e CCR, 2021 ........................ 36
Gráfico 27: Distribuição do Tipo de Profilaxias para PTV por Província, 2 .................... 37
Mapas 1 e 2: Cobertura do TARV na MG HIV+ (Serviço e Populacional), 2021 ............ 37
Gráfico 28: Tendência da Cobertura Populacional das MG HIV+ em PTV, 2002 -........ 38
Mapas 3 e 4: Coberturas de colheita de PCR em CE< 2M (Serviço e Populacional),
2021 .............................................................................................................................................. 39
Gráfico 29: Tendências de Cobertura Populacional do DPI, colheita de PCR em CE<2
meses, 2013 – 2021 ................................................................................................................... 40
Gráfico 30: Cascata de PTV ao Nível dos Serviços da CCR (Coorte de 9 Meses), 2021
........................................................................................................................................................ 41
Gráfico 31: Cascata da CCR (Coorte de 18 Meses), ............................................................. 41
Tabela 6: Testagem e positividade de Sífilis na 1ª CPN, 2021 ......................................... 42
Gráfico 32: Cascata da Sífilis na CPN, 2021 .......................................................................... 43
4
Gráfico 38: Evolução do Número de Unidades Sanitárias com Serviços TARV, 2003-
2021 .............................................................................................................................................. 49
Tabela 9: Unidades Sanitárias a oferecerem TARV por Província até Dezembro de
2021 .............................................................................................................................................. 49
Gráfico 39: Evolução da Cobertura do TARV em PVHIV, 2003 -....................................... 51
Mapa 6, 7 e 8: Coberturas Populacionais do TARV (Geral, Adultos e Crianças), 2021 51
Tabela 10.A: Grau de Cumprimento das Metas das PVHIV de 0-14 anos Activas e
Novos Inícios TARV, 2021 ......................................................................................................... 52
Tabela 10.B: Grau de Cumprimento das Metas PVHIV de 15/+ anos Activas e Inícios
TARV, 2021 .................................................................................................................................. 53
Gráfico 40: Novos Inícios em TARV por Mês, Sexo e Idade, 2012 – 2021...................... 54
Gráfico 41: Taxa de Retenção Precoce dos Pacientes em TARV aos 33 dias e 99 dias,
2021 .............................................................................................................................................. 55
Gráfico 42: Taxa de Retenção Precoce em Mulheres Grávidas em TARV aos 33 dias e
99 dias, 2021 ............................................................................................................................... 56
Tabela 11: Volume de Pacientes Activos nas Unidades Sanitárias com Serviços TARV,
2021 .............................................................................................................................................. 56
Gráfico 43: Concentração de PVHIV em TARV nas Unidades Sanitárias com Serviços
TARV, 2021 .................................................................................................................................. 57
Gráfico 44.A: Realização de Carga Viral nos Serviços TARV, 2021 ................................. 58
Tabela 12: Realização de Carga Viral nos Serviços TARV por Província, 2021 ............. 58
Gráfico 44.B: Cascata de Carga Viral nos Serviços TARV, 2021 ....................................... 59
Tabela 13: Percentagem de Pacientes Testados que Receberam o Resultado da CV e
Percentagem de Testados com Supressão Viral por Província, 2021 ............................. 59
Gráfico 45: Tendência da implementação dos MDS nos Serviços TARV, 2021 ............. 60
Gráfico 46: Cascata Nacional de Cuidados do HIV/SIDA (95-90-86) para às PVHIV
(Geral), 2021 ................................................................................................................................ 61
Gráfico 47: Cascata Nacional de Cuidados de HIV/SIDA (95-90-86) para PHIV
(Adultos), 2021 ........................................................................................................................... 62
Gráfico 48.A e 48.B: Cascatas Nacionais de Cuidados do HIV/SIDA para às PVHIV
(Adultos), desagregadas por Sexo, 2021 .............................................................................. 63
Gráfico 49: Cascata Nacional em Cuidados de HIV/SIDA para PVHIV (Crianças), 2021
........................................................................................................................................................ 64
Tabela 14: Aconselhamento dos Novos Inscritos em Pré-TARV, 2021 ........................... 65
Tabela 15: Revelação do Diagnóstico em crianças dos 8 aos14 anos por província ao
longo dos trimestres, 2021 ...................................................................................................... 66
Tabela 16: Prevenção Positiva nos Pacientes em Cuidados HIV/SIDA, 2021................ 67
Tabela 17: Seguimento de Adesão em PVHIV em TARV, 2021 ........................................ 68
Gráficos 50.A, 50.B e 50.C: Cascatas Nacionais de Chamadas e Visitas para PVHIV em
TARV, 2021 .................................................................................................................................. 68
5
Tabela 18: Cascata de Chamadas e Visitas para Pacientes Activos em TARV por
Província, 2021 ........................................................................................................................... 70
Gráfico 51: Rastreio TB em PVHIV em Cada Consulta Clínica, 2021 ............................... 71
Gráfico 52: Provisão TPT em PVHIV novos inscritos em Cuidados de HIV, 2021 ......... 71
Gráfico 53: Serviços de HIV prestados no Sector de TB, 2016 - 2021 ............................ 72
ANEXOS ......................................................................................................................103
Anexo 1: Gráficos de tendência dos principais indicadores no período
Janeiro 2020 à Dezembro de 2021 face a COVID-19 ...................................... i
Gráfico 60: Tendência de Testes do HIV Feitos, Jan. 2020 – Dez. 2021 ............................ i
Gráfico 61: Tendência das ITS diagnosticadas e tratadas, Jan. 2020 – Dez. 2021 ......... ii
Gráfico 62: Tendência dos Novos Inícios ao TARV, Jan. 2020 – Dez. 2021 .................... iii
Gráfico 63: Tendência de Pedido da Carga Viral, Jan. 2020 – Dez. 2021 ....................... iv
Gráfico 64: Tendência de Recepção do Resultado da Carga Viral, Jan. 2020 – Dez.
2021 ................................................................................................................................................ v
Gráfico 65: Tendência das Consultas Mensais, Jan. 2020 – Dez. 2021............................ vi
Gráfico 66: Tendência de Faltosos, Jan. 2020 – Dez. 2021 ............................................... vii
7
ACRÓNIMOS
8
INTRODUÇÃO
▪ Declaração Política do HIV 2021-2025: esta foi ratificado em 2021 com foco na
implementação de estratégias para o alcance das seguintes metas: (1) Reduzir
as novas infecções para menos de 50 mil até 2025, (2) Reduzir as mortes relaci-
onadas ao SIDA a nível global para menos de 20 mil até 2025, (3) Eliminar o
estigma e a discriminação relacionados ao SIDA até 2025, (4) Investir pelo me-
nos 26 biliões de dólares por ano em acções de resposta ao SIDA até 2025. A
Declaração Política visa alcançar os 95-95-95 e caminhar para a eliminação do
HIV até 2030.
9
grau de cumprimento das metas programáticas. Este relatório é destinado ao público
em geral e, de forma particular, aos intervenientes chave das actividades relacionadas
ao HIV e SIDA e que sob coordenação do MISAU implementam intervenções que con-
correm para o controlo esperado da epidemia do HIV, até 2030.
10
Estimativas do Spectrum
1
AIDS Impact Model (AIM) 2021 6.06 (3 Feb 2021)
11
Gráfico 2: Estimativas de Novas Infecções pelo HIV, 2021 - Spectrum 6.06
12
ACONSELHAMENTO E TESTAGEM EM SAÚDE (ATS)
9.813.169
Número de testes de HIV feitos entre Janeiro e Dezem-
bro de 2021
O gráfico 5 mostra o número de testes testes feitos, sendo que até Dezembro
de HIV feitos em relação a meta esta- de 2021, foram realizados 9.813.169
belecida. Referir que a meta de ATS de testes, o que corresponde a 80% da
para o ano de 2021 foi de 12.283.659 meta anual.
13
Gráfico 5: Metas e Desempenho do ATS, 2021
14
no resumo mensal do ATS, o que signi- única abordagem que mostra um au-
fica que os resultados não entram na mento de positividade ao longo dos
taxa de positividade, mas sim no deno- anos, sendo 6% em 2016 para 9% em
minador de testes feitos. É o caso de 2021. Este aumento pode ser influenci-
parceiros testados na consulta de pla- ado pela testagem mais focalizada
neamento familiar e consulta pós- para diagnosticar os casos positivos
parto, (iii) nos Serviços Amigos do nesta abordagem. Um outro factor a
Adolescentes e Jovens, há perda de ser destacado é a mudança de fonte de
oportunidade de oferta e registo da reporte de dados do ATS-C que tam-
testagem para o HIV, culminando com bém pode ter influenciado para esta
a sobre notificação da testagem neste mudança positividade, uma vez que os
sector. mesmos dados foram reportados di-
rectamente pelos parceiros (doadores)
Os resultados do ATS demonstram a de 2013-2015 e de 2016 até ao pre-
expansão programática que ocorreu sente ano, passaram a ser reportados
entre 2013-2021. Contudo, o aumento no SIS-MA.
no volume de pessoas aconselhadas e
testadas não resultou num aumento da A tabela 3 ilustra o desempenho por
positividade quando comparado aos abordagem do ATS (UATS, ATS-C e
períodos anteriores (gráfico 6). ATIP) verificado entre Janeiro a De-
zembro de 2021. O ATIP contribuiu
Este fenómeno persiste em todas as com maior número de pessoas aconse-
modalidades nos últimos cinco anos lhadas e testadas, 8.394.322 (80% da
de implementação, com excepção do meta anual de 10.459.884 para o ATIP),
ATS-C. Pode-se explicar pela perma- sendo que 54% dos testes feitos no
nência da testagem massiva e sem foco ATIP foram realizados no sector de
para identificação de casos positivos. SMI.
Como ilustra o gráfico 6, o ATS-C é a
15
Gráfico 6: Taxa de Positividade do HIV, 2021
16
CPN são os que apresentam o maior
número de testes feitos (64%).
17
Gráfico 9: Ligação entre os Serviços do ATS e os Cuidados e Tratamento do HIV, 2021
18
Gráfico 10: Ligação entre os Serviços do ATS e os Cuidados e Tratamento do HIV, por Província em 2021
19
Historial de Testagem
O gráfico 11 ilustra o número de pes- testadas referiram tê-lo feito pela pri-
soas aconselhadas e testadas que refe- meira vez em sua vida no período de
riram ter testado pela primeira vez du- Janeiro a Dezembro de 2021. A maior
rante o período de Janeiro a Dezem- proporção de aconselhados e testados
bro de 2021, sendo um total de que referiu tê-lo feito pela primeira vez
871.729. Aproximadamente 2 em cada observou-se na província de Nampula
10 pessoas aconselhadas e (34%) e a menor foi observada em Ma-
puto Província (5%).
Gráfico 11: Número e Percentagem de pacientes que reportaram testar pela primeira vez,
2021
20
Gráfico 12: Número e Percentagem de Pacientes Testados Positivos no Passado, 2021
Gráfico 13: Número de Testes Feitos por População Chave e Mineiros, 2021
21
nacional nestes grupos populacionais
foi de 14%.
Gráfico 14.A: Taxa de Positividade do HIV na População Chave e Mineiros por Província,
2021
Gráfico 14.B: Taxa de Positividade do HIV por População Chave e Mineiros, 2021
22
Os gráficos 15.A à 15.E ilustram o nú- positividade verificou-se nas províncias
mero de testes feitos por população de Sofala (36%) e Tete (32%) (gráfico
chave e mineira e a positividade por 15.B). Entre as PID embora com baixo
província. Conforme mencionado no número de testes realizados neste
parágrafo anterior, as províncias de grupo populacional, nota-se alta taxas
Nampula, Zambézia foram as que apre- de positividade, tendo sido verificado
sentam maior número de testes feitos em Niassa (27%) e Inhambane (21%)
nestes grupos populacionais no perí- (gráfico 15.C) e entre os Reclusos a
odo de Janeiro a Dezembro de 2021. província de Sofala (18%) apresentou a
No que tange a percentagem de posi- maior positividade (gráfico 15.D). Em
tivos, maior positividade entre as MTS relação aos Mineiros, destacam-se as
verificou-se nas províncias de Inham- províncias de Sofala (26%) e Maputo
bane (23%) e Zambézia (21%), (gráfico Cidade (22%) (gráfico 15.E).
15.A). Entre os HSH, a maior
Nota: A positividade nos subgrupos da População Chave, deve ser interpretada com
alguma cautela, uma vez que a mesma é influenciada pelo reduzido número de testes
feitos (denominador). Este padrão verifica-se sempre que há uma grande proporção
dos testes positivos.
Como ilustrado no gráfico 15.C, a província de Tete tem uma alta positividade (71%),
influenciada pelo reduzido número de testes feitos (7) e pelo número de testes com
resultado positivo (5), acima da metade dos testes feitos.
Gráficos 15.A - 15.E: Número de Testes Feitos e Positividade por População Chave e Mineiros
por Província, 2021
23
24
Os gráficos 16.A e 16.B, fazem referên- desempenho em maior parte das pro-
cia ao número de pessoas víncias ao longo do ano de 2021 (cor-
pertencentes a grupos de população respondente a 48% do total de testes
chave e mineiros aconselhados por feitos). Conforme ilustrado no Gráfico
abordagem de ATS e por província. 16 B, a abordagem ATS-C no geral
Não foi observado um padrão único mostrou uma maior positividade em
em todas as províncias. Contudo o 2021. Isto pode ser influenciado pela
ATS-C observou o melhor testagem mais focalizada.
Gráfico 16.A: Distribuição de testagem de HIV na População Chave e Mineiros por Aborda-
gem de ATS e por Província, 2021
Gráfico 16.B: Distribuição da positividade de HIV por População Chave e Mineiros e por
Abordagem do ATS, 2021
25
Gráfico 17: Testagem do HIV na População Chave e Mineiros por Sector e por Província,
2021
26
Contactos de Caso Índice
Caso índice é todo o utente com resul- uma criança ou adolescente menor de
tado positivo para o HIV, testado quer 15 anos, testar: Seus pais biológicos; e
na US como na comunidade. Este pode se for sexualmente activo, testar seu(s)
ser paciente adulto (homem ou mu- parceiros sexuais. A estratégia de caso
lher) incluindo mulher grávida ou lac- índice deve ser implementada tanto na
tante, criança ou adolescente ou paci- comunidade como na US. O gráfico 18
ente co-infectado com TB/HIV. A partir faz referência a testes feitos aos contac-
deste utente devemos rastrear e testar tos de caso índice. Durante o ano de
os considerados “contactos directos” 2021, um total de 466.443 testes foram
dentre eles os seguintes: (i) Se caso ín- feitos através da abordagem caso ín-
dice for adulto ou adolescente de 15 dice, maior parte destes (98%) foram
ou mais anos, testar: Seu(s) parceiros oferecidos aos parceiros sexuais (45%)
sexuais e seus filhos biológicos meno- e filhos menores de 15 anos (53%).
res de 15 anos; (ii) Se o caso índice for
Gráfico 18: Número de Testes Feitos por Contacto do Caso Índice, 2021
O gráfico 19.A ilustra a distribuição dos 13%, superior a positividade geral, que
testes feitos aos contactos de caso ín- foi de 4.1% (tabela 3).
dice, de Janeiro a Dezembro de 2021. A testagem nos parceiros sexuais apre-
As províncias de Nampula e Zambézia senta a positividade mais alta a nível
contribuíram com 43% dos testes feitos nacional 25%, seguido de Mãe/Pai (CI
a nível nacional. As províncias de Ped <15 Anos) com 23% e a menor
Niassa e Tete apresentaram menor nú- taxa (3%) foi observada nos filhos <15
mero de testes feitos. A positividade anos de idade (gráfico 19.B).
nacional para esta abordagem é de
27
Gráfico 19.A: Taxa de Positividade do HIV entre os Contactos do Caso Índice por Província,
2021
Gráfico 19.B: Taxa de Positividade do HIV por Contactos do Caso Índice, 2021
Os gráficos 20.A à 20.C fazem referên- Cabo Delgado (28%) conforme ilus-
cia ao número de pessoas aconselha- trado no gráfico 20.A. Entre os filhos
das e testadas na abordagem caso ín- menores de 15 anos do caso índice
dice por província e a percentagem de (gráfico 20.B), as províncias de Tete
positivos. As províncias de Nampula, (9%), e Sofala (7%) apresentaram maior
Zambézia e Maputo Província apresen- positividade. Na província de Inham-
taram maior número de testes feitos bane (1%) foi observada a menor posi-
aos parceiros sexuais do caso índice. tividade entre os filhos menores de 15
No entanto, as percentagens mais altas anos. Entre mãe /pai do caso índice
de positividade foram observadas nos pediátrico, as províncias de Maputo
parceiros sexuais em Sofala (41%), Ma- (40%), Maputo Cidade (40%), Sofala
nica (39%), Niassa (34%), Tete (33%) e (34%) e Niassa (29%) foram as que
28
apresentaram a maior positividade
conforme observado no gráfico 20.C.
Gráficos 20.A, 20.B e 20.C: Número de testes feitos e Positividade dos Contactos do Caso
Índice por Província, 2021
29
No gráfico 21.A, observamos o número Maputo Cidade, onde maior desempe-
de contactos de caso índice aconse- nho foi observado no ATIP. Obser-
lhado e testado por abordagem de vando a positividade por abordagem,
ATS a nível de cada província. Está evi- UATS (17%) apresentou maior positivi-
dente que a abordagem ATS-C apre- dade seguido do ATIP (15%) gráfico
senta melhor desempenho ao longo 21.B
do ano de 2021 com excepção de
Gráfico 21.A: Distribuição de Testagem de HIV dos Contactos de Caso Índice por Abordagem
do ATS e por Província, 2021
Gráfico 21.B: Distribuição de Positividade dos Contactos de Caso Índice por Abordagem do
ATS, 2021
30
O gráfico 22 ilustra a distribuição de nacional. Os sectores da Triagem e
testes feitos aos contactos de caso ín- UATS registaram também um elevado
dice em cada sector, a nível das provín- número de testes feitos em relação aos
cias, durante o ano de 2021. O sector restantes serviços, com 16% e 10%, res-
de ATS-C tem pectivamente.
contribuído com 63% dos testes feitos
aos contactos de caso índice a nível
Gráfico 22: Testagem do HIV aos Contactos do Caso Índice por Sector e por Província, 2021
31
PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO VERTICAL (PTV)
32
Conhecimento do Seroestado
Como ilustra o gráfico 24, foram inscri- em conta o seroestado para o HIV co-
tas na CPN um total de 1.814.092 mu- nhecido a entrada na CPN, assim como
lheres grávidas. Noventa e nove por- a testagem feita na CPN. A positividade
cento (99%) das MG inscritas tiveram o na CPN foi de aproximadamente 6,5%
seroestado conhecido na CPN, tendo a nível nacional.
33
Testagem e Tratamento do Parceiro na SMI
2
Serodiscordantes, mulher HIV - negativa e ho-
mem HIV - positivo ou mulher HIV - positiva e
homem HIV - negativo
34
Tabela 5: Testagem do HIV no Parceiro da MG na CPN por Província, 2021
35
que não chegaram a CCR. Das crianças 86% colheram amostra para PCR com
expostas que se apresentaram na CCR, menos de 2 meses de vida.
Gráfico 26: Cascata de PTV ao Nível dos Serviços de CPN e CCR, 2021
36
Gráfico 27: Distribuição do Tipo de Profilaxias para PTV por Província, 2021
Nos mapas 1 e 2, observamos a cober- Spectrum 6.06, que indica uma redu-
tura TARV na CPN por província, ao ní- ção significativa de 13% em relação as
vel do serviço da CPN e ao nível popu- estimativas geradas pelo anterior mo-
lacional. No período em reporte, a pro-
delo do Spectrum 5.87. Por outro lado,
víncia de Nampula (93%) registou a
menor cobertura TARV na CPN. As co- há baixa acurácia dos dados de rotina
berturas populacionais são maiores que são usados para gerar as estimati-
que 100% devidos as novas projecções vas de MG HIV+ na população e aca-
de MG HIV+ na População bam por influenciar a qualidade das es-
estimadas pelo novo modelo timativas que são geradas.
37
Gráfico 28: Tendência da Cobertura Populacional das MG HIV+ em PTV, 2002 - 2021
38
Diagnóstico Precoce Infantil (DPI)
O acesso ao DPI do HIV nas crianças ex- das CE colheram PCR com menos de 2
postas é essencial para assegurar o iní- meses de vida. Apesar dos avanços ve-
cio atempado do TARV e melhorar a rificados na área do DPI, ainda se ob-
sobrevivência das crianças infectadas, serva uma baixa cobertura de colheita
tendo em conta que a mortalidade nas de PCR em crianças menores de 2 me-
crianças infectadas durante a gravidez ses em algumas províncias como
é maior antes dos 24 meses, sendo o Niassa (75%), Cabo Delgado (76%), e
pico entre 3 e 4 meses de idade. Ao Nampula (77%). O mapa ao lado di-
longo dos últimos anos observa-se reito representa crianças que fizeram
uma grande expansão das US a ofere- PCR com menos de 2 meses entre as
cerem o DPI, sendo que até o Dezem- MG HIV+ estimadas na população (co-
bro de 2021, 1.591 US estavam a ofe- bertura populacional). Quando se ana-
recer o DPI, contra as 1.571 em 2020. lisa a cobertura populacional, observa-
se uma diminuição em algumas provín-
Os mapas 3 e 4 apresentam a cober- cias. Ao nível populacional, estima-se
tura de serviço e populacional de co- que 95% das crianças expostas colhe-
lheita de PCR para HIV em crianças ex- ram PCR com menos de 2 meses de
postas com menos de 2 meses de vida vida.
inscritas na CCR. Ao nível da CCR, 86%
39
Gráfico 29: Tendências de Cobertura Populacional do DPI, colheita de PCR em CE<2 meses,
2013 – 2021
No gráfico 30, ilustra a cascata da co- sugerindo que as crianças estão a in-
orte de nove meses da CCR, onde ao fectar-se mais durante o período de
nível da CCR constata-se que aproxi- amamentação, que também confere
madamente 99% das crianças expostas um período maior de exposição. O grá-
fizeram teste de PCR, dos quais 86% fico 31, apresenta a cascata da coorte
com menos de 2 meses de vida e 13% de dezoito meses de CCR. A cascata
com 2 ou mais meses de vida. A positi- mostra que apenas 88% das crianças
vidade em crianças expostas mostrou- expostas e testadas no período têm re-
se mais acentuada em crianças cuja gisto do diagnóstico definitivo da in-
testagem com PCR foi realizada com 2 fecção pelo HIV nesta coorte. Do total
ou mais meses de vida (14%) em rela- de 80.385 crianças que receberam re-
ção as testadas com menos de 2 meses sultado definitivo, 5% tiveram diagnós-
de vida (3%) tico definitivo positivo (contraíram o
HIV).
40
Gráfico 30: Cascata de PTV ao Nível dos Serviços da CCR (Coorte de 9 Meses), 2021
41
Sífilis
A tabela 6 ilustra as actividades de ras- doses de Penicilina Benzatínica na CPN
treio da Sífilis na consulta pré-natal conferindo desta forma protecção con-
(CPN) no sector de SMI. Ao nível nacio- tra a transmissão vertical da Sífilis (ta-
nal, 88% das mulheres grávidas inscri- bela 6) e prevenção da sífilis congénita.
tas foram testadas para Sífilis na CPN, As províncias de Niassa (88%) e Inham-
com uma taxa de positividade de 2,5%. bane (61%) estão entre as províncias
As províncias de Nampula e Zambézia com baixas percentagens de comple-
são as que apresentam o maior nú- tude do tratamento da Sífilis na mulher
mero de mulheres grávidas inscritas na grávida. As províncias de Inhambane
CPN, contudo, estas mesmas provín- (39%) e Gaza (61%), registaram as me-
cias têm as menores coberturas da tes- nores taxas de tratamento do parceiro
tagem da Sífilis no País, apesar de em da MG com diagnóstico positivo para
termos absolutos superarem as restan- Sífilis, facto que representa a perma-
tes províncias em relação ao número nência do risco de reinfecção das mu-
de MG testadas para Sífilis. Em relação lheres grávidas destes parceiros não
a positividade da Sífilis, observa-se que tratados e consequentemente risco
as províncias de Cabo Delgado e Zam- contínuo de transmissão vertical da Sí-
bézia têm maior taxa de positividade filis e ocorrência de casos de Sífilis con-
para Sífilis comparativamente as outras génita. É ainda notável a má qualidade
províncias. Das mulheres grávidas com dos dados reportados com ênfase nas
diagnóstico de sífilis positivo, 94% províncias de Manica e Sofala.
completaram o tratamento com as 3
42
Gráfico 32: Cascata da Sífilis na CPN, 2021
43
INFECÇÕES DE TRANSMISSÃO SEXUAL (ITS)
A componente das ITS tem um papel meta traçada para ITS de 603.757 em
bastante importante no controlo da
epidemia do HIV. O seu diagnóstico e 2016 para 1,041.490 em 2021. Existe
tratamento precoce diminui o risco de deficiência nos dados epidemiológi-
contaminação pelo HIV, contribuindo cos disponíveis para o cálculo das me-
para a redução de novas infecções. Em tas precisas do diagnóstico das ITS.
Moçambique, implementa-se a abor- Contudo, usou-se projecções do
dagem sindrómica para o tratamento Censo 2017, dados do IMASIDA 2015
das ITS, que inclui corrimento uretral, e dados históricos do programa para
corrimento vaginal (leucorréia) e úlcera calcular as metas desde 2019 até ao
genital. ano em referência 2021, o que levou a
um aumento acentuado das metas.
Nota-se no gráfico 33 um aumento na
1.116.607
ITS diagnosticadas e tratadas
44
Tabela 7: Casos de ITS Diagnosticadas e Tratadas, 2020 - 2021
Gráfico 34: Distribuição dos Casos das ITS Diagnosticadas e Tratadas por Província, 2021
Nota: O gráfico acima, não inclui os dados do sector da SMI, uma vez que este sector não
reporta estas desagregações.
45
Gráfico 35.A: Distribuição Etária dos Casos das ITS Diagnosticadas, 2021
Gráfico 35.B: Distribuição Etária dos Casos das ITS Diagnosticadas, 2021
46
dos casos, sendo 41% entre os adolescentes e jovens (15 aos 24 anos) e 57% entre as
mulheres acima dos 24 anos.
47
O gráfico 37.A mostra as circuncisões 2019 e um decréscimo no geral a partir
feitas por idade no período de 2014 - de 2020, sendo a faixa etária de 10-14
2021. O gráfico 37.B, ilustra a distribui- anos a mais afectada devido a mu-
ção de circuncisões masculinas por dança do grupo etário prioritário de
faixa etária, mostrando um crescimento 10-49 anos para os 15/+ anos.
em todas as faixas etárias de 2014 para
48
CUIDADOS E TRATAMENTO DO HIV/SIDA (CT)
Tabela 9: Unidades Sanitárias a oferecerem TARV por Província até Dezembro de 2021
96% (1.706)
das Unidades Sanitá-
rias do SNS oferecem
serviços TARV
(N= 1771 Unidades
Sanitárias do SNS)
49
Um dos efeitos da expansão das Unida- zonas indicadas em branco num raio
des Sanitárias que oferecem Serviços de 30 quilómetros das Unidades Sani-
de TARV é o aumento da cobertura ge- tárias têm vindo a reduzir consideravel-
ográfica do tratamento antirretroviral mente ao longo dos últimos anos.
no País, como ilustra o mapa 5.C, as
Mapas 5.A, 5.B e 5.C: Cobertura Geográfica das Unidades Sanitárias com Serviços
TARV, 2015, 2017 e 2021
5.A
81%
um total de 1.698.486 PVHIV activas
em TARV, contra 1.402.902 de igual
período de 2020, o que representa um
das PVHIV em TARV aumento de 295.584 PVHIV em TARV,
(1.698.486) que em termos percentuais corres-
ponde a perto de 21% da população
activa em TARV.
No que concerne ao número de pes-
soas vivendo com HIV em TARV, grá-
fico 39 mostra o aumento de PVHIV em
TARV ao longo dos anos, sendo que
50
Gráfico 39: Evolução da Cobertura do TARV em PVHIV, 2003 - 2021
51
TARV Pediátrico
79%
e Dezembro de 2021, 18.072 crianças iniciaram o TARV,
o que corresponde a 34% de cumprimento da meta
anual (tabela 10.A). A província de Nampula teve um de-
sempenho de 196% em relação a sua meta anual de no- das crianças VHIV
vos inícios, o que indica que é necessário realizar a lim- em TARV
peza dos arquivos e uma avaliação mais abrangente da
qualidade dos dados produzidos e reportados para pos-
(99.169)
teriormente se tomar uma decisão em relação a meta a
ser atribuída a esta província nos próximos anos. As res-
tantes províncias tiveram um desempenho abaixo dos
50% da meta, com excepção de Niassa (57%) e Sofala
(50%). As províncias de Maputo (9%) e Cidade de Ma-
puto (7%), as que apresentam o desempenho mais baixo.
Sugerindo uma revisão da meta para nos próximos anos.
Tabela 10.A: Grau de Cumprimento das Metas das PVHIV de 0-14 anos Activas e Novos Iní-
cios TARV, 2021
52
TARV Adulto
81%
aumento de 279.497 adultos até Dezembro de 2021, cor-
respondendo a um aumento de 21%. Com a mudança de
critérios de inclusão dos pacientes nos modelos de dife-
renciados de cuidados, foi notável o aumento considerá- dos adultos VHIV em
vel de adultos activos em TARV durante ano 2021, em- TARV
bora com uma redução em Dezembro do mesmo ano. (1.599.317)
O cumprimento da meta dos adultos activos em TARV, foi
de 99% da meta estipulada para o ano de 2021.
mesmo ano da norma do acesso uni- cios do TARV. Contudo, devido a im-
versal ao TARV para os grupos prioritá- plementação dos novos instrumentos
rios, nomeadamente mulheres de cuidados e tratamento em Outubro
53
de 2019 e as restrições impostas pela indicador novos inícios do TARV, em-
COVID-19 no segundo trimestre de bora com uma redução em alguns me-
2020, verificou-se uma queda nos no- ses, conforme se pode observar nos
vos inícios do TARV. Até Dezembro de “picos” do gráfico 40.
2021, verifica-se uma melhoria do
.
Gráfico 40: Novos Inícios em TARV por Mês, Sexo e Idade, 2012 – 2021
54
Retenção Precoce
Os dados da retenção precoce de 1 levantamento de ARV ou consulta clí-
mês (33 dias após o início do TARV) e nica. Por outro lado, entre 82% - 90%
de 3 meses (99 dias após o início do dos pacientes continuam retidos nos
TARV) de PVHIV em TARV, observados primeiros 3 meses após o início do
de Janeiro à Dezembro de 2021 em TARV (gráfico 41), isto é, tiveram 3 le-
621 unidades sanitárias de monitoria vantamentos ou consultas clínicas con-
intensiva com grande volume de paci- secutivas nos primeiros 3 meses após o
entes, mostram que 81% - 91% dos pa- início do TARV. A média da retenção
cientes que iniciaram o TARV conti- de 1 mês e 3 meses situou-se em 88%
nuam retidos 33 dias após o início do e 87% respectivamente.
TARV (gráfico 41), isto é, tiveram um
Gráfico 41: Taxa de Retenção Precoce dos Pacientes em TARV aos 33 dias e 99 dias, 2021
55
Gráfico 42: Taxa de Retenção Precoce em Mulheres Grávidas em TARV aos 33 dias e 99 dias,
2021
Um dos aspectos que tem sido verifi- de 1.37 milhão de PVHIV (aproximada-
cado nas visitas às Unidades Sanitárias mente 81% de PVHIV em TARV) estão
e também nos dados de rotina é a su- sendo seguidos em apenas cerca de
perlotação de PVHIV em TARV nas mai- 26% das Unidades Sanitárias com ser-
ores Unidades Sanitárias do país que viços TARV e os restantes 19% estão
de certa maneira tem influência na qua- em cerca de 74% das Unidades Sanitá-
lidade do atendimento. Apesar da rias. Há necessidade de esforço adicio-
abertura de novas Unidades Sanitárias nal na componente de informação e
que oferecem serviços do TARV, como educação dos pacientes no geral para
forma de aproximar os serviços as co- o uso das Unidades Sanitárias periféri-
munidades e descongestionar as Uni- cas e de modo a descongestionar as
dades Sanitárias de maior volume, não Unidades Sanitárias que actualmente
está ainda a ter os resultados espera- têm um grande volume de pacientes.
dos. A tabela 11 e o gráfico 43, ilustra
o cenário descrito onde, pouco mais
Tabela 11: Volume de Pacientes Activos nas Unidades Sanitárias com Serviços TARV, 2021
56
Gráfico 43: Concentração de PVHIV em TARV nas Unidades Sanitárias com Serviços TARV,
2021
Carga Viral
Com a introdução dos novos instru- PVHIV em TARV tinham feito pelo me-
mentos, o PNC ITS-HIV/SIDA consegue nos um teste de carga viral, sendo que
monitorar, de forma agregada, a cas- a percentagem das PVHIV em TARV
cata da carga viral (CV), desde a reali- com teste da CV feito varia de 48% em
zação, recepção do resultado e supres- Niassa para 77% em Maputo Cidade.
são viral. Estas três componentes da Espera-se que 100% dos activos em
cascata da CV são de notificação anual, TARV façam pelo menos uma carga vi-
o que significa que cada evento só de- ral durante o ano calendário. Sendo as-
verá ser notificado uma vez ao ano para sim, os dados indicam que não se cum-
cada paciente. O gráfico 44.A, ilustra o priu com esta norma importante para a
número cumulativo de pacientes que monitoria da resposta terapêutica das
fizeram o teste de carga viral entre Ja- PVHIV em TARV durante o ano de
neiro e Dezembro de 2021. Até De- 2021.
zembro de 2021, apenas 61% das
57
Gráfico 44.A: Realização de Carga Viral nos Serviços TARV, 2021
Tabela 12: Realização de Carga Viral nos Serviços TARV por Província, 2021
58
Gráfico 44.B: Cascata de Carga Viral nos Serviços TARV, 2021
59
Modelos Diferenciados de Serviços
60
CASCATA DE CUIDADOS DO HIV/SIDA (95-95-95)
A ONUSIDA lançou em 2014 a inicia- o mundo estarão em supressão viral.
tiva Fast Track, que visa acelerar a res- Exercícios de modelagem sugerem
posta ao HIV para que seja possível que, se estas metas fossem alcançadas
controlar a epidemia de HIV até 2020 e até 2021, seria possível acabar com a
eliminá-la até 2030. Apesar da acelera- epidemia de SIDA em 2030, o que por
ção da resposta ser esperada em todos sua vez irá gerar profundos benefícios
os países, trinta e cinco países foram tanto a nível do sistema de saúde bem
identificados como prioritários e Mo- como ao nível económico.
çambique é um deles. Tendo a acelera-
ção da resposta à epidemia como meta Moçambique está a utilizar as novas
para 2020 e a finalização da epidemia orientações 95-95-95 para monitorar o
como objectivo final em 2030, a ONU- progresso da cascata de cuidados e
SIDA traçou as metas 95-95-95. Essas tratamento no País. Nas cascatas apre-
metas têm como base a cascata de cui- sentadas a seguir, mostra-se PVHIV
dados e tratamento do HIV e significam (Spectrum 6.06), percentagem de pes-
que 95% das pessoas vivendo com o soas diagnosticadas HIV+ (estimativa
HIV (PVHIV) conheçam seu estado se- baseada em Shiny First 90), pacientes
rológico, 95% destas estejam em trata- activos em TARV (SIS-MA, SIS-H-04-A),
mento e 95% das que estejam em tra- e supressão viral para o nível nacional
tamento alcancem a supressão viral. (DISA-Link). As barras laranjas com li-
Quando estas três metas forem alcan- nhas tracejadas representam lacunas
çadas, pelo menos 86% de todas as na cascata.
pessoas que vivem com o HIV em todo
Gráfico 46: Cascata Nacional de Cuidados do HIV/SIDA (95-90-86) para às PVHIV
(Geral), 2021
61
95% das PVHIV deveriam conhecer o estavam em TARV até Dezembro de
seu seroestado, mas em Moçambique 2021. Quanto a PVHIV com supressão
apenas 84% das PVHIV conheciam seu viral, deveria atingir-se 86% até 2025.
seroestado até Dezembro de 2021. Porém, até Dezembro 2021, apenas
Igualmente, 90% das PVHIV deveriam 71% das PVHIV alcançaram a supres-
estar em TARV, mas apenas 81% são viral.
Gráfico 47: Cascata Nacional de Cuidados de HIV/SIDA (95-90-86) para PHIV (Adul-
tos), 2021
62
Gráfico 48.A e 48.B: Cascatas Nacionais de Cuidados do HIV/SIDA para às PVHIV (Adultos),
desagregadas por Sexo, 2021
A cascata de cuidados das crianças (0- seroestado e 79% das crianças estão
14) (gráfico 49) mostra que 79% das cri- em TARV e 51% tem supressão viral.
anças VHIV conhecem o seu
63
Gráfico 49: Cascata Nacional em Cuidados de HIV/SIDA para PVHIV (Crianças), 2021
64
Apoio Psicossocial e Prevenção Positiva
O Apoio Psicossocial e Prevenção Posi- registo das actividades. O Aconselha-
tiva (APSS & PP) surge no âmbito da ne- mento Pré-TARV tem vindo a ser um
cessidade do suporte psicológico e so- dos melhores indicadores a ser repor-
cial às pessoas vivendo com HIV, tendo tado. 97% dos pacientes tiveram acon-
em conta que é um factor que contribui selhamento pré-TARV. Contudo, o re-
para uma melhor adesão e retenção porte da informação mostra que ainda
aos cuidados e tratamento e conse- persistem desafios, revelando perda
quente melhoria da qualidade de vida de oportunidade na preparação dos
do paciente. Têm como objectivo fun- pacientes para o início do TARV. As
damental oferecer intervenções que vi- províncias da Zambézia, Manica, So-
sam resgatar recursos internos do paci- fala, Inhambane e Gaza reportam valo-
ente de modo a se reconhecer como res acima de 100%. Está claro que
agente principal da sua própria saúde. existe necessidade de rever a quali-
dade destes dados, uma vez que não
Olhando para as actividades do APSS se pode aconselhar mais pacientes do
& PP, nota-se que é necessária ainda que se inscrevem em cuidados. (tabela
mais atenção a todo o paciente e o res- 14).
pectivo
65
vez que esta actividade crucial para a supere o denominador. Contudo, o
retenção e adesão dos pacientes nesta pressuposto usado no “proxy” é de que
faixa etária. Nota: Percentagens acima a amostra no geral é tão grande de
de 100% no “proxy”, estão relaciona- modo que não será afectado pelo nu-
das com denominador que não capta o merador e que a característica da faixa
grupo etário de 8-9 anos, fazendo com etária de 8-9, está contida na amostra
que em alguns casos o numerador de 10-14 anos.
Tabela 15: Revelação do Diagnóstico em crianças dos 8 aos14 anos por província ao longo
dos trimestres, 2021
66
Tabela 16: Prevenção Positiva nos Pacientes em Cuidados HIV/SIDA, 2021
67
Tabela 17: Seguimento de Adesão em PVHIV em TARV, 2021
Os gráficos 50.A, 50.B e 50.C, ilustram que 89% dos faltosos e abandonos ao TARV re-
tornaram a Unidade Sanitária e forma desagregada 89% e 87% de adultos e crianças
respectivamente retornaram a Unidade Sanitária após serem contactos ou recebido a
visita domiciliar.
Gráficos 50.A, 50.B e 50.C: Cascatas Nacionais de Chamadas e Visitas para PVHIV em TARV,
2021
68
que variou de 88% no primeiro trimes-
Na tabela 18, nota-se um ligeiro cresci- tre para 90% no quarto trimestre.
mento dos pacientes contactados/en-
contrados ao longo dos 4 trimestres de Contudo, há necessidade de melhorar
2021, sendo que a percentagem de as intervenções feitas com os pacientes
pacientes contactados/encontrados que estão em situação de falta ou
passou de 76% no primeiro trimestre abandono, pois um em cada dez des-
para 83% no quarto trimestre. A tes pacientes não retornam a cuidados
mesma tendência é observada em re- e tratamento. É recomendável a reali-
lação aos pacientes que retornaram, zação de uma avaliação qualitativa
69
para melhor compreender as causas
do não retorno dos pacientes aos cui-
dados e tratamento.
Tabela 18: Cascata de Chamadas e Visitas para Pacientes Activos em TARV por Província,
2021
70
TB/HIV
As actividades de TB/HIV compreen- HIV em Outubro de 2019, tornou-se
dem actividades colaborativas da co- possível captar o rastreiro da TB em
responsabilidade do PNC ITS- cada consulta clínica. O gráfico 51
HIV/SIDA e do Programa Nacional do mostra que todas as províncias, alcan-
Controlo de Tuberculose (PNCT). Com çaram a meta 90% das PVHIV em cada
a implementação dos novos instru- consulta clínica.
mentos para cuidados e tratamento do
Gráfico 51: Rastreio TB em PVHIV em Cada Consulta Clínica, 2021
Gráfico 52: Provisão TPT em PVHIV novos inscritos em Cuidados de HIV, 2021
71
Ao analisarmos as actividades colabo- para 25% em 2021. Quanto a provisão
rativas TB/HIV no sector de TB, o grá- do TARV aos pacientes coinfectados
fico 53 apresenta uma análise em cas- atendidos no sector de TB, 95% dos
cata, onde observar-se uma tendência pacientes TB/HIV+ estavam em TARV
a melhoria de todos os indicadores no período de Janeiro a Dezembro de
desde 2016. No que concerne à testa- 2021. A melhoria deste indicador atri-
gem para o HIV, houve uma subida de bui-se às estratégias da paragem única
96% em 2016 para 99% até Dezembro (ou seja, a oferta do TARV no sector da
de 2021. Adicionalmente, entre os tes- TB) e da delegação de tarefas que au-
tados para o HIV, houve uma redução torizou o técnico do sector do TB a pro-
da positividade do HIV nos pacientes ver o TARV ao paciente coinfectado.
infectados com TB, de 44% em 2016
72
MELHORIA DE QUALIDADE (MQ)
73
Mapa 10: Cobertura de Utentes que Benefici- pacientes que receberam resultado de
avam de Intervenções de MQ CV ≥ 1000 cópias/ml;
• Retenção: que avalia a retenção pre-
coce (33 e 99 dias após início do TARV) e
também a retenção aos 12 meses de
TARV;
• Carga Viral (CV): que avalia o pedido
e a entrega do resultado de CV nos uten-
tes com critérios;
• Modelos Diferenciados de Cuida-
dos/Serviços: que avalia a retenção ao
TARV após 12 meses de início nos MDS, o
pedido e entrega do resultado de CV e a
supressão viral nos utentes em MDS.
74
Gráfico 54: Indicadores da Categoria de DPI
O gráfico 54 mostra que três dos quatro de PCR é uma das causas raiz que contri-
indicadores da categoria de DPI regista- buiu para a redução do desempenho em
ram melhoria do desempenho percentual relação a linha de base.
quando comparado com a linha de base.
A tabela 19 apresenta dados dos indica-
O indicador “% de crianças que chegaram
dores que constam no gráfico 54, porém
a CCR, dentro das esperadas” foi o que
distribuídos por província. As fontes pri-
teve a maior evolução: de 79% na linha de
márias dos dados dos indicadores da ca-
base para 86% na avaliação intermédia.
tegoria de DPI são o “resumo mensal da
Por sua vez, o indicador “% de CE que ini- US-SMI-CPN” e o “Livro de Registo de Co-
ciaram TARV dentro de 2 semanas após lheita para o Teste de PCR para ADN de
diagnóstico” registou na avaliação inter- HIV”.
média um desempenho percentual infe-
rior ao desempenho registado na linha de
base: 86% na linha de base e 79% na ava-
liação intermédia. A fraca completude da
data de início do TARV no livro de colheita
75
Tabela 19: Indicadores de Envio da Amostra e Chegada do Resultado de PCR
Mapa 11: Amostras de PCR Enviadas Até 7 Este indicador somente é avaliado em US
Dias Após Colheita sem POC para PCR, isto é, US que enviam
amostras de PCR para um laboratório de
referência.
As províncias de Gaza (100%), Maputo
Província (100%) e Zambézia (95%) foram
as três províncias que registaram os de-
sempenhos mais altos na avaliação inter-
média.
Por sua vez, as três províncias com maio-
res evoluções do desempenho entre a li-
nha de base e a avaliação intermédia são:
Sofala (de 60% para 77%), Gaza (de 92%
para 100%) e Nampula (de 83% para
88%).
Por sua vez as províncias de Cabo Del-
gado, Zambézia, Manica e Maputo Ci-
dade registaram redução do desempe-
nho do indicador. A fraca monitoria de
implementação do plano de acção é uma
O mapa 11 apresenta os dados por pro- das causas raiz que contribuiu para o
víncia do desempenho do indicador que facto.
avalia o tempo de envio da amostra de
PCR (tempo padrão é dentro de 7 dias
após colheita).
76
Mapa 12: Início do TPT com INH Tabela 20: Desempenho do início do TPT
com INH
77
Mapa 13: Fim do TPT com INH (Apenas estão Gráfico 55: Desempenho do fim do TPT
apresentados dados da avaliação de linha de com INH, por subgrupo de utentes na
base uma vez não ser praticável a colheita de avaliação de linha de base
dados na avaliação intermédia
78
localização das Fichas Mestras o • Fraco seguimento dos utentes que
que faz com que sejam realizadas iniciaram o TPT a cada consulta;
consultas sem que o clínico tenha
• Fraca Tutoria Clínica.
a FM;
Mapa 14: Seguimento da Adesão nos pri- Tabela 21: Seguimento da Adesão nos pri-
meiros 3 meses do TARV meiros 3 meses do TARV, por subgrupos de
utentes
79
Segundo os planos de acção das US, as • Fraco registo na Ficha de APSS e no
raízes mais comuns dos problemas que SESP das sessões de seguimento da
afectam o seguimento da adesão nos pe- adesão, sobretudo quando as mes-
ríodos avaliados foram: mas são oferecidas via chamada tele-
fónica.
• Fraco seguimento do fluxo de consul-
tas de APSS e PP para os novos inícios
TARV;
Mapa 15: Reforço da Adesão nos utentes Tabela 22: Reforço da adesão nos utentes
com CV ≥ 1000 Cópias/ml com CV ≥ 1000 Cópias/ml, por subgrupos de
utentes
O mapa 15 ilustra os dados de uma co- De acordo com os dados do mapa 15, o
orte de utentes que recebeu CV≥ 1000 indicador apresenta um fraco desempe-
cópias/ml no período de inclusão e que nho generalizado, tanto na linha de base
teve três sessões mensais e consecutivas (8%) como na avaliação intermédia (17%).
de APSS/PP para reforço da adesão ao Entretanto, houve uma evolução da mé-
TARV durante 99 dias a contar da data de dia nacional em um pouco mais de 100%
registo de entrega ao utente do resultado quando comparada a média nacional na
da CV. Este indicador somente foi avali- linha de base e na avaliação intermédia.
ado em US com SESP pois a recolha ma-
Os dados na tabela 22 mostram que o
nual dos dados deste indicador é relativa-
fraco desempenho é generalizado em to-
mente complexa. O indicador entrou no
dos os subgrupos de utentes.
ciclo de MQ 2021 pela primeira vez. A re-
colha de dados é feita em duas fontes pri- As três províncias com maior evolução en-
márias: a Ficha Clínica e a Ficha de APSS tre a linha de base e a avaliação intermé-
e PP. dia são: Maputo Cidade (de 6% para
80
31%), Gaza (de 7% para 28%) e Maputo • Fraca actualização das consultas de
Província (de 15% para 35%). APSS no SESP;
A fraca completude dos dados deste indi- • Inclusão de utentes com CV≥ 1000 có-
cador reportados no SIS-MA pode ter in- pias/ml em MDS-DMM;
fluenciado o desempenho em algumas
• Não referenciamento de utentes ele-
províncias, em particular Niassa, Sofala e
gíveis para consulta de APSS e PP a
Inhambane.
partir da consulta clínica;
Segundo os planos de acção das US, as
• Ausência dos utentes nas datas mar-
raízes mais comuns dos problemas que
cadas para as consultas.
afectaram o desempenho do reforço da
adesão no período de revisão foram:
Mapa 16: Retenção ao primeiro mês do Tabela 23: Retenção ao primeiro mês do
TARV TARV, por subgrupos de utentes
81
A tabela 23 apresenta os dados de re- • Fornecimento de contactos falsos
tenção aos 33 dias por subgrupos de por parte dos utentes, o que difi-
utentes, onde se pode ver uma melho- cultou o seguimento através de
ria generalizada quando comparados chamadas telefónicas;
os dados entre a linha de base e a ava- • Fraca monitoria das listas de uten-
liação intermédia. tes com critério para chamadas
preventivas e visitas domiciliárias
Segundo os planos de acção das US,
(VD);
as raízes mais comuns dos problemas
• Fraca realização de VD aos uten-
que afectaram o desempenho deste
tes por parte dos activistas e das
indicador nos períodos avaliados fo-
Mães Mentoras.
ram:
Mapa 17: Retenção aos primeiros 3 Meses Tabela 24: Retenção aos primeiros 3 meses
do TARV do TARV, por subgrupos de utentes.
O mapa 17 ilustra dados de coortes de TARV no final dos 99 dias (3 meses), mas
utentes que iniciaram o TARV no período também que tenham tido uma frequência
de inclusão e que tiveram três consultas mensal de três consultas ou levantamen-
mensais e consecutivas ou levantamentos tos de ARVs.
de ARVs dentro de 99 dias. Importa escla-
De acordo com os dados do mapa 17, a
recer que diferentemente do indicador si-
média nacional da linha de base foi de
milar existente na monitoria e avaliação,
44%, tendo subido para 58% na avaliação
em MQHIV este indicador apenas avalia
intermédia. A pesar da melhoria, a
os utentes que não só são activos em
82
classificação continua no parâmetro de Segundo os planos de acção das US, as
fraco desempenho. raízes mais comuns dos problemas que
afectaram no período avaliados a reten-
As províncias de Gaza (75%), Tete (70%) e
ção nos primeiros 99 dias do TARV foram:
Maputo Cidade (68%) são as que tiveram
os melhores desempenhos na avaliação • Fornecimento de contactos falsos por
intermédia. parte dos utentes, o que dificultou o
seguimento através de chamadas te-
De forma generalizada, todas as provín-
lefónicas;
cias registaram melhoria no desempenho
entre a linha de base e a avaliação inter- • Fraca monitoria das listas de utentes
média. Todavia, as três províncias que ti- com critério para chamadas preventi-
veram maior evolução percentual entre a vas e visitas domiciliares (VD);
linha de base e a avaliação intermédia são
• Fraca realização de VD ao utente por
em ordem decrescente: Tete (36% para
parte de activistas e Mães Mentoras.
70%), Manica (33% para 67%) e Sofala
(26% para 55%).
Tabela 25: Retenção nos Utentes em MDS: GAAC e DT (Apenas estão apresentados dados da ava-
liação de linha de base uma vez não ser praticável a colheita de dados na avaliação intermédia)
83
Mapa 18: Pedido de CV na Criança e no Tabela 26: Pedido de CV na Criança e no
Adulto Adulto
84
Segundo os planos de acção das US, • Fraco conhecimento dos critérios
as raízes mais comuns dos problemas de pedido de CV;
que afectaram o pedido de CV na • Fraca presença do paciente na
criança e no adulto no período foram: consulta, sendo que múltiplas vezes
• Fraco registo do pedido de CV na comparece o confidente.
FM e fraca actualização na base de
dados OpenMRS - Ficha Clínica;
85
O mapa 19 apresenta dados do subgrupo linha de base e a avaliação intermédia, as
de mulheres grávidas elegíveis ao pedido três províncias que se destacam são: Ma-
de CV na primeira CPN (MG em TARV há puto Cidade (de 12% para 61%), Gaza (de
mais de três meses e que entraram na 13% para 46%) e Tete (de 7% para 40%).
CPN), e o mapa 20 apresenta dados do
No mapa 20 pode se ver que as provín-
pedido de CV no subgrupo de MG que
cias de Gaza (77%), Maputo Cidade (60%)
iniciou TARV na CPN e que se tornaram
e Maputo Província (56%) são as primeiras
elegíveis três meses após início do TARV.
três no filtro decrescente que tiveram na
Em ambos subgrupos o pedido de CV avaliação intermédia o desempenho mais
melhorou quando comparados os de- alto em relação ao pedido de CV na MG
sempenhos nacionais entre os dados de em TARV a entrada na CPN. Por sinal as
linha de base e da avaliação intermédia. mesmas províncias que também tiveram
Em relação ao pedido de CV na MG com os desempenhos mais altos em relação
critérios a entrada na CPN o desempenho ao pedido de CV na MG em TARV a en-
da linha de base foi de 11% e passou para trada, mas com uma troca na ordem de
37% na avaliação intermédia. Por sua vez, classificação do maior para o menor de-
em relação ao pedido de CV na MG que sempenho.
iniciou TARV na CPN o desempenho da li-
Por sua vez, ainda no mapa 20, em rela-
nha de base foi de 12% tendo passado
ção a evolução do desempenho entre a li-
para 41% na avaliação intermédia. Entre-
nha de base e a avaliação intermédia, as
tanto, não obstante a melhoria o desem-
três províncias que se destacam são: Gaza
penho é ainda classificado como fraco.
(de 13% para 77%), Maputo Cidade (de
No mapa 19 pode se ver que as provín- 14% para 60%) e Inhambane (de 14%
cias de Maputo Cidade (61%), Maputo para 48%).
Província (50%) e Gaza (46%) são as pri-
No geral, as causas associadas ao fraco
meiras três no filtro decrescente que tive-
pedido de CV na MG são similares as cau-
ram na avaliação intermédia o desempe-
sas apresentadas quando se abordou em
nho mais alto em relação ao pedido de
torno das raízes dos problemas associa-
CV na MG em TARV a entrada na CPN.
dos ao fraco pedido de CV na criança e no
Por sua vez, ainda no mapa 19, em rela- adulto.
ção a evolução do desempenho entre a
86
Mapa 21: Entrega de CV na Criança e no
Adulto (Apenas estão apresentados dados da
avaliação de linha de base uma vez não ser
praticável a colheita de dados na avaliação in-
termédia)
O mapa 21 ilustra dados referentes a en- Este relatório apresenta dados agrega-
trega do primeiro resultado de CV na co- dos de US com e sem SESP. Para uma aná-
orte de utentes (excluindo o subgrupo de lise de coorte, apenas os utentes que ini-
MG) que iniciou o TARV no período de in- ciaram TARV no período de inclusão nas
clusão. Os dados são da avaliação de li- US com SESP foram contabilizados no de-
nha de base pois na avaliação intermédia nominador comum/agregado (US com e
(pelo período de revisão) apenas é prati- sem SESP). Lembrar que 80% das US
cável avaliar o desempenho da entrega MQHIV têm SESP.
de CV na MG.
A entrega do resultado de CV é avaliada
Para US com SESP a entrega do resultado com base no registo do valor da CV na Fi-
de CV na criança e no adulto não deve ser cha Clínica em uma consulta clínica reali-
analisado em cascata tomando o valor zada entre o sexto e o nono mês após iní-
dos utentes com registo de pedido de CV cio do TARV.
nas consultas realizadas no período de re-
Assim, de acordo com os dados da coorte
visão, pois não é a mesma coorte.
avaliada, o desempenho nacional da en-
Por sua vez em US sem SESP a análise po- trega da primeira CV após início do TARV
derá ser em cascata, pois é a mesma co- na criança e no adulto foi de 12%, sendo
orte. fraco desempenho na classificação de
MQ. A comparação entre o desempenho
pré e pós-implementação do ciclo será
87
feita após realização da avaliação do fim • Inclusão de utentes nos MDS-DMM
do ciclo, dentro do primeiro semestre de antes de receber o resultado de CV;
2022. • Não entrega do resultado de CV ao
De acordo com os dados ilustrados no utente no dia da consulta devido a fraca
mapa 21, a Província de Cabo Delgado inserção do resultado de CV na bolsa
(3%) apresentou o desempenho mais plástica da FM;
baixo a escala nacional enquanto a Pro- • Fraca actualização do resultado de CV
víncia de Nampula (26%) apresentou o na FM-ficha clínica física e, por conse-
extremo oposto. guinte, no SESP;
• Fraco domínio do fluxo de segui-
De acordo com os planos de acção das mento do utente com CV≥ 1000 cps/ml.
US, as raízes mais comuns dos problemas
que afectaram a entrega do resultado de
CV na criança e no adulto foram:
Mapa 22: Entrega de CV na MG
88
De acordo com os dados do mapa 22 decrescente apresentaram os desempe-
houve melhoria da média nacional em nhos mais altos na avaliação intermédia,
mais do que 100% se comparadas a mé- em relação a outras províncias.
dia registada na linha de base (14%) com
Por sua vez, as primeiras três províncias
a média registada na avaliação intermé-
que se destacaram pela maior evolução
dia (36%). Contudo, o desempenho ainda
entre a linha de base e a avaliação inter-
é classificado dentro do parâmetro de
média foram em ordem do filtro decres-
fraco desempenho.
cente: Maputo Cidade (de 7% para 61%),
Maputo Cidade (61%), Gaza (49%) e Tete Gaza (de 17% para 49%) e Sofala (de 3%
(41%) são as três províncias que no filtro para 34%).
Mapa 23: Supressão Viral nos utentes em Gráfico 57: Supressão Viral nos Utentes em
MDS (Apenas estão apresentados dados da MDS, por subgrupo de utentes (Apenas estão
avaliação de linha de base uma vez não ser apresentados dados da avaliação de linha de
praticável a colheita de dados na avaliação in- base uma vez não ser praticável a colheita de
termédia)
dados na avaliação intermédia)
89
cautelosa devido a cobertura de CV. Isto No gráfico 57 pode se ver ainda que o de-
é, a percentagem de utentes suprimidos sempenho mais baixo da supressão viral
reflete <50% dos utentes da coorte, em crianças (10-14 anos) foi da Província
sendo que um pouco mais do que a me- de Tete (44%). As províncias de Inham-
tade não teve pelo menos uma CV de se- bane, Gaza e de Maputo Cidade apresen-
guimento em MDS. taram um bom desempenho da supres-
são viral (≥86%) em todos os subgrupos
O gráfico 57 mostra que as províncias de
de utentes. O contrário foi verificado na
Nampula e de Gaza foram as que apre-
província de Niassa.
sentaram o desempenho mais alto da su-
pressão nas crianças (10-14 anos) quando
comparado com o desempenho da su-
pressão viral em adultos (15/+ anos).
Próximos Passos
Início das actividades preparatórias (revisão dos indicadores e de toda a plataforma asso-
ciada a recolha de dados e elaboração dos planos de acção) para o VI ciclo de MQHIV a
iniciar dentro do primeiro semestre de 2022;
90
SUPERVISÃO E APOIO TÉCNICO
Mais do que 95% das US’s públicas ofere- um formulário com questões agrupadas
cem o TARV em Moçambique. O pro- em vários
cesso de descentralização dos Serviços
domínios. Uma vez inseridos os dados,
TARV para US’s menos diferenciadas,
em tempo real é automaticamente criado
acarretou maior necessidade de monito-
um relatório com classificações de de-
rar de forma regular e sistemática a quali-
sempenho dos domínios avaliados. Este
dade assistencial oferecida às pessoas vi-
relatório constitui o principal guião nos
vendo com HIV/SIDA. Em resposta o PNC
encontros de balanço realizadas no final
ITS, HIV e SIDA realiza visitas de supervi-
das visitas em cada uma das US’s e com a
são e apoio técnico através de rondas
equipa provincial. Em média são visitadas
anuais que envolvem equipas multidisci-
4 US’s (3-5) por província. As US’s visita-
plinares dos diferentes níveis (Central,
das são seleccionadas por procedimen-
Provincial e Distrital). Nas visitas partici-
tos aleatórios sistemáticos.
pam quadros técnicos das agências de
cooperação e dos parceiros locais de im- Objectivos das visitas de supervisão
plementação. realizadas em 2021
A supervisão é realizada com a finalidade • Verificar o grau de implementação
primária de promover a qualidade dos das actividades com vista a responder
serviços. A mesma é focalizada na identi- aos objectivos 90-90-90 da ONUSIDA
ficação e resolução de problemas e na e metas programáticas;
provisão de apoio técnico às equipes das
Unidades Sanitárias visitadas. • Verificar a oferta de cuidados em ob-
servância das medidas imanadas pelo
As orientações transmitidas pela equipe MISAU e divulgadas pelas circulares,
de supervisores e a motivação em gerar no âmbito da resposta a COVID-19;
resultados das equipes supervisionadas
permitem o fortalecimento das relações • Avaliar a qualidade assistencial ofere-
dentro do sistema, optimização dos re- cida às PVHIV e inscritas em cuidados
cursos, promovem padrões altos e esti- nas Unidades Sanitárias visitadas;
mulam o trabalho em equipa através da • Prestar apoio técnico em função dos
comunicação nos dois sentidos, com vista achados da visita e das eventuais soli-
a garantir a implementação das normas e citações da equipa das US’s;
o alcance das metas do PNC ITS, HIV e
SIDA. • Promover o aperfeiçoamento contí-
nuo do desempenho do pessoal.
Metodologia
Áreas abrangidas
As visitas de supervisão consistem basica-
mente em actividades intensivas de (i) ob- • Prevenção: ATS, ITS, População
servação, (ii) diálogo com os provedores Chave (PC) e PTV;
e de (iii) revisão de documentos (instru- • Cuidados e tratamento de adulto e de
mentos de registo). Para tornar essas acti- crianças: APSS e PP, MDS, TB/HIV, e
vidades mais dinâmicas e sistemáticas, Engajamento Masculino;
são usados formulários eletrónicos pa-
dronizados e que foram desenvolvidos no • Melhoria de Qualidade;
aplicativo OdK e instalados em tablets. • Laboratório;
Cada área programática tem pelo menos
• Farmácia.
91
Mapa 24: Distribuição das US visitadas em 2021
92
93
94
Na generalidade, as raízes dos problemas identificadas na ronda de supervisão remetem
para implementação de acções com impacto na melhoria:
95
Próximos grandes passos
▪ Desenvolver de raiz uma nova plataforma de supervisão, que seja mais dinâmica,
com inclusão de instâncias dos níveis Provincial e Distrital e com um Dashboard que
possa ser partilhável com os actores interessados.
▪ Elaborar um Guião de Supervisão do PNC ITS, HIV e SIDA.
96
MONITORIA E AVALIAÇÃO (M&A)
O gráfico 58 mostra as taxas de envio atem- Contudo, desde Janeiro de 2020, os níveis
pado dos relatórios mensais das áreas de de reporte já voltaram a habitual e mantive-
pré-TARV/TARV, ITS, ATS e APSS/PP (rela- ram-se até Dezembro de 2021. Ressaltar a
tório trimestral). De forma geral, a taxa de melhoria substancial no reporte das activi-
reporte sempre esteve acima de 90% para dades de APSS & PP. De referir que a aná-
todas as áreas, excepto APSS/PP. Contudo, lise e envio atempado somente considera a
2019 foi um ano de grandes mudanças na completude de dados de ITS ao nível distri-
área de monitoria e avaliação do PNC ITS- tal e não a nível da US. Como se sabe, o re-
HIV/SIDA pois três novos pacotes de instru- porte de dados do nível distrital é feito de
mentos de M&A foram implementados, no- forma agregada. Portanto, ainda que os re-
meadamente ATS (Abril-2019), C&T (Outu- latórios sejam enviados em tempo útil,
bro-2019) e APSS&PP (Novembro-2019). existe a limitação de identificar o número
Com a implementação dos novos instru- de US que enviaram os dados dentro de
mentos, registaram-se flutuações nas taxas cada distrito.
de reporte ao longo do ano de 2019.
Gráfico 58: Taxas do Envio Atempado da Estatística Mensal do HIV, 2013 - 2021
97
não é só o paciente que faz o levanta- sistema não é concebido para contabili-
mento ARV no último mês do período que zar os referidos faltosos mencionados na
é considerado activo. Também é repor- descrição do sistema da DNSP. Após a im-
tado como activo o paciente que faltou plementação de novos instrumentos de
menos de dois meses desde seu último M&A de C&T no último trimestre de 2019,
levantamento agendado. Em contraste, o nota-se uma redução substancial na dife-
que a CMAM apresenta ao exercício é o rença entre os dados para 13% em De-
valor máximo de levantamentos ARV du- zembro de 2021.
rante o último trimestre (por US). Este
13%
Diferença entre os activos reportados pela DNSP
e os pacientes reportados a levantar medica-
mento ARVs pelo CMAM
99
FORMAÇÕES, CAPACITAÇÕES DO PNC ITS HIV/SIDA
Tabela 28: Formações, Workshops, Lançamentos e Outras Actividades do PNC ITS-HIV/SIDA, 2021
100
101
102
ANEXOS
103
Anexo 1: Gráficos de tendência dos principais indicadores no período Janeiro 2020 à Dezembro de 2021 face a COVID-19
Gráfico 60: Tendência de Testes do HIV Feitos, Jan. 2020 – Dez. 2021
i
Gráfico 61: Tendência das ITS diagnosticadas e tratadas, Jan. 2020 – Dez. 2021
ii
Gráfico 62: Tendência dos Novos Inícios ao TARV, Jan. 2020 – Dez. 2021
iii
Gráfico 63: Tendência de Pedido da Carga Viral, Jan. 2020 – Dez. 2021
iv
Gráfico 64: Tendência de Recepção do Resultado da Carga Viral, Jan. 2020 – Dez. 2021
v
Gráfico 65: Tendência das Consultas Mensais, Jan. 2020 – Dez. 2021
vi
Gráfico 66: Tendência de Faltosos, Jan. 2020 – Dez. 2021
vii
Anexo 2 - Tabela 29: PVHIV em TARV por Unidade Sanitária, Sexo e Idade – Dezembro de 2021
viii
ix
x
xi
xii
xiii
xiv
xv
xvi
xvii
xviii
xix
xx
xxi
xxii
xxiii
xxiv
xxv
xxvi
xxvii
xxviii
xxix
xxx
xxxi
xxxii
xxxiii
xxxiv
xxxv
xxxvi
xxxvii
xxxviii
xxxix
xl
xli
xlii
xliii
xliv
xlv
xlvi
xlvii
xlviii
xlix
l
li
lii
liii
liv
lv
lvi
lvii
lviii
lix
lx
lxi
Anexo 3: Cobertura TARV (na população HIV+) por província, 2002 – 2021
lxii
Tabela 31: Cobertura do TARV nos Adultos (15/+ anos) VHIV
lxiii
Anexo 4: Tabela de Prevalência do HIV por província (IMASIDA 2015)
Tabela 33: Percentagem de mulheres e homens de 15-49 anos de idade HIV positivos
lxiv