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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Direcção Nacional de Saúde Pública
Programa Nacional de Controlo de ITS/HIV e SIDA
Foto: Banco de Imagem Unsplash.
Directriz Nacional
para Implementação
do Aconselhamento
e Testagem em Saúde
2023
FICHA TÉCNICA
Ministério da Saúde:
Quinhas Fernandes, Director Nacional de Saúde Pública
Benigna Matsinhe, Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública
Aleny Couto, Chefe do PNC ITS-HIV/SIDA
Irénio Gaspar
Hélder Macul
Elisa Tembe
Yara Paulo
Orlando Munguambe
Edna Paúnde
Jéssica Seleme
Teresa Beatriz Simeone
Artur Fernandes
Guita Amane
Námita Eliseu
Eudóxia Filipe
Kwalila Tibana
Morais da Cunha
Hélio Magaia
Orrin Tiberi
Isabel Sathane
Sérgio Correia
Fernando Boene
António Paúnde
Parceiros: USAID, CDC, FUNDAÇÃO ARIEL, EGPAF, ICAP, CCS, ECHO, JHPIEGO, FGH, OMS, PASSO+,
FDC
O seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do Ministério da Saúde e não se deve inferir nenhum
endossamento à outra instituição.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 10
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PREFÁCIO
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Espera-se que as normas e orientações vigentes neste documento, contribuam para a
melhoria da identificação, diagnóstico e ligação de pessoas vivendo com o HIV (PVHIV),
que ainda desconhecem o seu seroestado aos cuidados e tratamento de HIV. Ainda,
pretende-se com a nova edição da Directriz de ATS, operacionalizar as referências
e a ligação dos utentes com resultado negativo do HIV, aos serviços de prevenção,
contribuindo desta forma, para o controlo da epidemia.
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O Ministro da Saúde
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LISTA DE ACRÓNIMOS
ARV Antirretroviral
CI Caso Índice
CV Carga Viral
FM Ficha Mestra
MG Mulher Grávida
ML Mulher Lactante
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MISAU Ministério da Saúde
PC População Chave
PF Planeamento Familiar
TS Trabalhadores de Sexo
US Unidade Sanitária
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1. INTRODUÇÃO
A testagem para o diagnóstico do HIV continua amplamente debatida em todo o mundo, mas
implementada de forma inadequada mesmo quando diversos países se comprometeram com os
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e com os apelos globais associados para o fim da epidemia
do HIV. As metas actualizadas da ONUSIDA para 2025 visam que 95% das pessoas que vivem com
HIV conheçam o seu sero-estado; que 95% daqueles que conhecem o seu sero-estado, estejam em
tratamento antirretroviral e que 95% das pessoas em tratamento antirretroviral estejam com a carga
viral suprimida. Embora as metas anteriores de 90-90-90 para 2020 tenham sido cumpridas por alguns
países, elas não foram cumpridas ao nível global. As metas definidas para 2030, também enfatizam
que a resposta ao HIV se enquadra em um esforço mais amplo para erradicar a pobreza, cumprir o
direito à saúde e outros direitos humanos, bem como cumprir com outras metas para 2025, que inclui o
Desenvolvimento Sustentável. As metas de 95-95-95 enfatizam ainda, a importância de mover as barreiras
sociais e legais para a prestação de serviços de HIV – principalmente em relação ao diagnóstico, ligação
e integração com outros serviços necessários para pessoas vivendo com HIV e suas comunidades, para
que se mantenham saudáveis e construam meios de subsistência sustentáveis. Tudo está interligado.
É hora de agir com muita objectividade na busca de coerência para o uso de estratégias que ampliem
a capacidade dos países na resposta à epidemia.
Com uma prevalência estimada em 12,5% na população com idade igual e superior a 15 anos (INSIDA,
2021), Moçambique é o sétimo país do mundo com a mais alta prevalência do HIV e ocupa a terceira
posição em termos de novas infecções em 2020 (UNAIDS, 2021). Sendo que o Aconselhamento e Testagem
em Saúde é a porta de entrada para os cuidados e tratamento assim como para a prevenção do HIV, o
Governo de Moçambique embarcou em um esforço deliberado para ampliar a oferta do Aconselhamento
e Testagem para o HIV e fortalecer a qualidade em todas as unidades sanitárias e comunidades, tendo
alcançado um grande progresso na luta contra a epidemia. Dados do INSIDA (2021), apontam que
71,6% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu estado serológico; 96,4% destas pessoas já estão
em tratamento e 89,4% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida. Mas apesar de
todos estes alcances, o país ainda tem o grande desafio de aumentar a oferta e consequentemente,
a cobertura da testagem do HIV para alcançar e identificar as pessoas que ainda desconhecem o seu
estado serológico para o HIV.
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2. JUSTIFICATIVA: PARA QUE
UMA NOVA DIRECTRIZ?
Os serviços de HIV bem como as políticas públicas que determinam esses serviços, precisam passar por
actualizações que considerem a dinâmica da epidemia e as necessidades do país. Conforme descrito
no PEN V, o “aumento do conhecimento do sero-estado em relacção ao HIV e a ligação com outros
serviços” é hoje uma das principais áreas prioritárias de intervenção. A prevenção do HIV e os cuidados
continuam intensificados com esforços reforçados para abordar os factores sociais e estruturais que
aumentam a vulnerabilidade à infecção.
Neste sentido, para a revisão desta Directriz, o inquérito qualitativo realizado pelo MISAU com os Pontos
Focais de ATS nas Direcções e Serviços Provinciais de Saúde em 2022, trouxe dados importantes sobre
a implementação da testagem do HIV no País, tais como: a presença de estigma e dificuldades para
rastrear e atender a população de HSH, TS, PID e Reclusos; a ausência de uma estratégia mais definida
para o alcance da população de camionistas, para o rastreio de mineiros e o referenciamento de HSH.
O inquérito conclui claramente que existe a compreensão da Directriz por parte dos provedores de
saúde e leigos como sendo um documento que direcciona as acções de ATS no país. Além disso, aponta
que embora a epidemia do HIV seja generalizada em Moçambique, existe uma necessidade de atenção
maior com as acções voltadas para a população-chave e vulnerável.
Na prática, a Directriz de 2015 sofreu mudanças e adaptações condizentes com a dinâmica da epidemia
do HIV em Moçambique. Diferentes abordagens já estão em andamento e, na perspectiva de solidificar
a implementação e a ampliação dos serviços de testagem, este documento vem consolidar todas as
importantes normas para que, como o documento de referência para provedores de saúde, conselheiros
e outros actores leigos e todos os parceiros do MISAU, os serviços cheguem de facto às populações que
ainda não tem conhecimento do seu sero-estado.
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3. OBJECTIVOS: O QUE GANHAMOS COM ISSO
O objetivo principal desta Directriz para o Aconselhamento e Testagem em Saude é de actualizar e
consolidar todas as abordagens e estratégias utilizadas pelo Ministério da Saúde em Moçambique,
para que os provedores de saúde e pessoal leigo possam utilizá-las para alcançar as pessoas que são
HIV positivas, mas que não tem conhecimento do seu estado serológico.
3. Apoiar numa articulação eficaz para a prevenção, cuidados e tratamento e outros serviços de
atenção, adequados para os utentes testados para o HIV.
4. Incentivar a integração dos serviços de testagem de HIV com outros serviços relevantes.
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4. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO ATS
Os serviços de aconselhamento e testagem do HIV devem ter seus pilares em uma abordagem de saúde
pública baseada nos direitos humanos relaccionados à saúde, como acessibilidade, disponibilidade,
aceitabilidade e qualidade dos serviços. As razões primárias para a testagem do HIV devem ser tanto
para beneficiar homens e mulheres quanto para melhorar a qualidade de saúde da população. O
teste de HIV deve ser sempre com o consentimento informado do utente, durante o aconselhamento
pré-teste. Testagens forçadas ou obrigatórias nunca são apropriadas, quer essa coerção venha de um
profissional de saúde, de um parceiro sexual ou membro da família.
Desta forma, todas as abordagens dos serviços de testagem do HIV devem aderir aos 5Cs1 da OMS,
aqui traduzidos em:
Consentimento
Consentir significa permitir. Dar o consentimento para a realização do teste do HIV, é o princípio
mestre do ATS. O consentimento informado se estabelece por meio do diálogo entre o utente
e o provedor, e do fornecimento de informações que vão ajudar o utente a tomar a decisão se
quer ou não realizar o teste. O teste não é obrigatório e deve ser realizado com o consentimento
do próprio utente.
Orienta-se que os adolescentes com idade compreendida entre os 11 aos 14 anos e na condição
de serem sexualmente activos, casados ou vivendo maritalmente, grávidas ou lactantes, chefes
de família, e os que apresentam sinais e sintomas sugestivos de infecção por HIV e/ou condição
clínica grave que necessita de testagem para decisão clínica, podem dar seu próprio consentimento
para a realização do teste de HIV. Caso o adolescente nesta faixa etária (11-14 anos) não apresente
nenhum dos factores ou situações acima citadas, o consentimento para testagem do HIV deve
ser solicitado aos pais ou cuidadores ou responsáveis legais.
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Em inglês os 5Cs são: Consent, Confidentiality, Counseling, Correct Results and Connection.
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Confidencialidade
Todo utente tem o direito de não ter suas informações reveladas para qualquer outra pessoa sem
o seu consentimento. Tudo o que acontece antes, durante e depois da testagem e que foi revelado
para o provedor pelo utente deve ser mantido em sigilo. A garantia da confidencialidade é um
dos pontos essenciais para que as pessoas confiem na qualidade do aconselhamento e testagem
oferecidos pelo Serviço Nacional de Saúde, e é crucial para a tomada de decisão segura pelo utente.
Aconselhamento
É um processo de escuta activa, que envolve o utente e o provedor de testagem. É durante esta
conversa que o provedor fala sobre a importância de o utente dar o consentimento para realizar
o teste, bem como sobre a confidencialidade daquele momento, assegurando a tomada de
decisão e aceitação do diagnóstico. É também durante o aconselhamento que o provedor irá
escutar as necessidades do utente, direccionando à ele as informações que são específicas para
as suas necessidades. O aconselhamento pós teste deve sempre ser dado de maneira individual
ou para um casal, nunca em grupo.
Ligação
A ligação do utente com diagnóstico positivo do HIV aos serviços de cuidados e tratamento deve
ser garantida pelo provedor de saúde. Ainda, é importante que seja garantida a ligação dos
utentes com resultado negativo, aos serviços de prevenção do HIV.
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5. CRIAÇÃO DE DEMANDA
Historicamente a testagem para o diagnóstico do HIV foi uma das primeiras intervenções na resposta
global à epidemia. No entanto, abordagens para incentivar a população para saber o seu estado serológico
fizeram com que mensagens para mudança de comportamento fossem mais privilegiadas em detrimento
da importância do diagnóstico atempado. Com o crescimento da epidemia e a inclusão de novas
estratégias de testagem, barreiras estruturais e sistémicas tais como, a ausência de consciencialização a
respeito do teste, o medo do resultado positivo, a falta de confidencialidade, o estigma, a discriminação
pela comunidade e profissionais de saúde dentre outras, levaram a um afastamento da população dos
serviços de testagem, o que resultou em um aumento no número de pessoas que não sabem da sua
condição serológica para o HIV.
De maneira geral, é preciso ampliar os esforços para aumentar a testagem do HIV entre as populações
com maior risco de infecção e aquelas que não sabem o seu seroestado. Mas para isso é importante
aumentar a acessibilidade, bem como a qualidade dos serviços para que os indivíduos possam diminuir
suas crenças negativas a respeito do teste e reduzam o medo do resultado positivo, pelo acesso imediato
aos serviços de cuidado tratamento do HIV. Com a maior disponibilidade do TARV e as opções adicionais
de prevenção, as mensagens no aconselhamento pré-teste e as estratégias de comunicação mudaram.
Todo e qualquer serviço de saúde existe devido a uma necessidade da população. E é para atender
a esta demanda e engajar aquelas populações que tem menos acesso aos serviços de saúde, que
serão discutidas abaixo o que a OMS considera boas práticas na criação de demanda para o acesso da
população aos serviços de ATS, principalmente para aquelas que não sabem do seu estado serológico
e tem um alto risco associado ao HIV.
As informações abaixo são cruciais onde quer que os serviços de testagem do HIV sejam prestados,
ou seja, nas unidades sanitárias, na comunidade por meio de serviços de testagem móvel e fixo e por
meio da distribuição dos kits de auto-teste:
• Os esforços para criação de demanda devem adoptar estratégias que alcancem as populações
com menor adesão ao teste, e que não tenham conhecimento do seu sero-estado, tais como
as populações-chave (trabalhadores de sexo, homens que fazem sexo com outros homens,
pessoas transgénero, pessoas que injectam drogas e reclusos), adolescentes e jovens, homens,
mulheres grávidas e lactantes, utentes com TB presuntivo ou diagnosticada, parceiros sexuais
de pessoas vivendo com HIV e pessoas que vão testar pela primeira vez.
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• Sinalização clara, cartazes, folhetos, material audiovisual e outros materiais de informação e
comunicação traduzido nas línguas locais e na língua de sinais, são importantes para informar
aos potenciais utentes sobre os serviços de aconselhamento e testagem e direcioná-los à estes.
Em todos os locais ou serviços onde o teste de HIV é oferecido, cartazes, folhetos e sessões de
educação para saúde em grupo (palestras) podem informar utentes e seus familiares sobre a
importância do teste de HIV, o local e quando o teste é oferecido, além de informações sobre
o que fazer diante de um resultado negativo ou positivo.
De acordo com a OMS as acções abaixo mostraram evidências no aumento da demanda para o ATS.
• Intervenções lideradas por pares, incluindo a mobilização.
• Plataformas digitais são promissoras e devem ser consideradas, quando possíveis, tais como
vídeos curtos pré-gravados, que incentivam a realização do aconselhamento e testagem -
principalmente para populações que têm boa aceitação desse meio como jovens, adolescentes
e populações chave.
• Mensagens relaccionadas à redução de risco principalmente para pessoas que usam drogas
injectáveis.
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Intervenções com a utilização de pares Plataformas digitais (WhatsApp,
aumentam a aceitação da testagem. Instagram, Facebook) que usam
vídeos para disseminar informação e
mensagens sobre o aconselhamento,
aumentam a aceitação da testagem.
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6. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
ACONSELHAMENTO E TESTAGEM DO HIV
A OMS define por prestação de serviços de testagem do HIV todo o conjunto ou pacote de serviços que
devem ser prestados ao utente juntamente com o teste de HIV. Estes incluem breves informações durante
o aconselhamento pré teste; a condução do teste de HIV; o aconselhamento pós-teste; ligação com
serviços apropriados de prevenção, cuidados e tratamento do HIV e outros serviços clínicos e de apoio.
• Contactos directos de caso índice - parceiros sexuais, filhos com idade igual e inferior a 14anos,
pais de criança/adolescente seropositivo com idade igual e inferior a 14 anos e parceiros de
partilha de agulhas/seringas, se o caso índice for um PID;
• Todo utente com comportamentos, factores de risco e sinais e sintomas que sugerem a
possibilidade de estar infectado pelo HIV;
• População chave (trabalhadores de sexo, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas
transgénero, pessoas que injectam drogas e reclusos);
• População vulnerável (raparigas adolescentes e jovens dos 10-24 anos de idade, trabalhadores
móveis e migrantes incluindo o trabalhador mineiro, camionistas de longo curso, militares,
crianças órfãs e vulneráveis da/na rua, pessoas com deficiência e parceiro negativo de casal
sero-discordante);
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6.1 O ESSENCIAL NO ACONSELHAMENTO PRÉ-TESTE
A depender do local e dos recursos, o aconselhamento pré teste pode ser oferecido individualmente, em
grupo, por meio de materiais de IEC tais como pósteres, folhetos, websites, pequenos vídeos e palestras
nas salas de espera e/ou locais com aglomerados. É importante lembrar que qualquer mensagem deve
ter uma linguagem apropriada à idade e contexto do grupo-alvo, com vista a assegurar a compreensão
do conteúdo.
Todos os cuidados devem ser considerados para proteger a confidencialidade durante as sessões do
aconselhamento pré teste, particularmente quando estiverem sendo usadas ferramentas de rastreio
para avaliação de risco, quando há discussões sobre Violência pelo Parceiro íntimo, divulgação de
resultados de testes, comportamentos de risco e outras informações pessoais/individuais.
Considerando o aumento na oferta de diversas modalidades de testagem, a OMS encoraja que o provedor
de saúde ou leigo forneçam informações concisas no aconselhamento pré-teste de HIV que contemplem:
Nota: Em algumas situações o utente que está a fazer o teste do HIV pode não precisar de informações
e aconselhamento pré testagem, pois já recebeu estas informações inúmeras vezes quando testou
previamente, como por exemplo, pessoas que estão em PrEP. Nestas situações a prioridade deve
ser assegurar o consentimento informado e dar ao utente a oportunidade de fazer perguntas e/ou
esclarecimento de dúvidas.
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6.2 O ESSENCIAL NO ACONSELHAMENTO PÓS TESTE
O fundamental no aconselhamento pós teste ou seja, após o resultado do teste de HIV, é fornecer
informações com mensagens concisas e claras. Além disso, é no aconselhamento pós teste que o utente
tem a oportunidade de ser acompanhado pelo provedor de testagem nas fases subsequentes, caso seja
positivo, como por ex. na estratégia de caso índice, na qual os provedores de testagem apoiam o utente
no processo de revelação do diagnóstico e notificação dos parceiros sexuais para oferta do ATS; assim
como na facilitação para a ligação aos cuidados e tratamento para o início do TARV o mais cedo possível.
Para os utentes com resultado indeterminado, de acordo com a sua necessidade, devem ser oferecidos
os preservativos masculinos e femininos e lubrificantes, diagnóstico e tratamento para infecções de
transmissão sexual (ITS), circuncisão médica masculina e voluntária (CMMV), redução de danos para
pessoas que injectam drogas (PID). Estes utentes devem ser referidos para a retestagem do HIV, de
acordo com a orientação prevista no Algoritmo Nacional de Testagem Rápida de HIV.
Para os utentes com resultado negativo para o HIV, devem ser oferecidos e referidos para os serviços
de prevenção combinada tais como preservativos masculinos e femininos e lubrificantes, diagnóstico
e tratamento para infecções de transmissão sexual (ITS), circuncisão médica masculina e voluntária
(CMMV), redução de danos para pessoas que injectam drogas (PID) e profilaxia pré-exposição (PrEP)
para aqueles em risco substancial de infecção pelo HIV. Estes utentes podem também ser referidos
para a retestagem do HIV, de acordo com a situação de risco e vulnerabilidade para infecção pelo HIV.
Para os utentes com resultado positivo para o HIV, é importante dar tempo para aceitação do resultado
e saber lidar melhor com o diagnóstico. Os serviços de ATS não estão completos sem que haja uma
ligação eficaz aos serviços adequados de prevenção e de cuidados e tratamento do HIV. Diagnosticar
indivíduos com HIV e facilitar a sua ligação aos cuidados e para o início da terapia antirretroviral (TARV)
o mais cedo possível é responsabilidade profissional e ética dos provedores de saúde e conselheiros
leigos, sendo este um dos objectivos principais dos serviços de ATS.
O aconselhamento pós-teste e outras abordagens que ligam os utentes aos serviços necessários, são
um componente essencial do ATS e devem ser implementados como parte essencial de uma estratégia
de ligação entre ATS-Prevenção-CT.
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A ligação aos ser viços de Durante o aconselhamento
prevenção, cuidados e tratamento pós-teste, utentes negativos
e outros serviços relacionados ao de alguns grupos populacionais
HIV é a principal responsabilidade específicos e aqueles com
de provedores de saúde e factores e comportamentos
conselheiros leigos que prestam de risco de infecção por HIV
serviços de ATS. precisam de mensagens que
os encorajem a re-testar em
intervalos específicos de
tempo, sempre orientados
pelos provedores de testagem,
e sempre referidos aos serviços
de prevenção combinada.
O ATS foi concebido inicialmente para oferecer o diagnóstico e testagem do HIV. No entanto,
dado a necessidade de prestar uma assistência integrada aos utentes, o ATS também passou a
promover acções preventivas de saúde e rastreio de ITS, Tuberculose, Cancros, Violência Baseada
no Género e Saúde Sexual e Reprodutiva – tudo num único local. Oferece e garante ainda as
referências para outros serviços de prevenção combinada (a demonstração do uso correcto de
preservativos e de lubrificantes, o encaminhamento aos serviços de circuncisão médica masculina
voluntária e PrEP, etc, quando aplicável).
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6.3.2 ACONSELHAMENTO E TESTAGEM EM SAÚDE NA COMUNIDADE - ATSC
O ATSC surge para aumentar a cobertura de serviços e as acções preventivas de saúde na comunidade.
Desta forma, no mesmo padrão do ATS, além do teste de HIV, esta estratégia oferece aconselhamento
e rastreio para doenças comuns ou situações de saúde que requeiram atenção como: Tuberculose, ITS,
Saúde sexual e Reprodutiva, VBG e Cancros. Além disso, o ATSC contribui para:
• O aumento da retenção dos utentes em cuidados e tratamento de HIV;
• A redução do estigma e discriminação a que estão submetidas as pessoas que vivem com HIV;
O ATSC tem se consagrado como uma estratégia importante para o alcance de populações-chave e
vulneráveis. O ATSC é executado nas seguintes modalidades:
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Tendo em vista que estas populações possuem impedimentos para chegar aos serviços de ATS,
o objectivo do ATSC com as populações-chave e vulneráveis é focar a testagem principalmente em
locais específicos com maior probabilidade de localizar/identificar estas populações.
Os provedores de testagem devem estar atentos à coordenação dos serviços para que todas as populações
prioritárias tenham a oportunidade de conhecer o seu estado serológico. Com isso, as comunidades sem
ATS devem encaminhar os utentes para o testagem na us, e as us que não têm UATS devem coordenar
internamente para que o utente seja encaminhado e faça a testagem do HIV no ATIP.
As UATS devem ser o ponto de referência para os utentes referidos do ATSC. Será na UATS que o
conselheiro receberá o utente referido da comunidade, fará o acollhimento, abrirá a Ficha Mestra
e encaminhará o utente para os cuidados e tratamento do HIV.
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1. Raparigas adolescentes e
mulheres jovens
2. Raparigas entre os 10-14 anos
3. Trabalhadores móveis
e migrantes - incluindo
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS:
o trabalhador mineiro,
são aquelas que têm camionistas de longo curso,
oportunidades desiguais, trabalhador sazonal nas
sujeitas a factores socioculturais, indústrias extractivas, no
e s t r u t u ra i s , e co n ó m i co s , garimpo, nas obras públicas
políticos que lhes colocam mais e nas farmas
susceptíveis de se infectarem 4. Crianças e mulheres grávidas
com o HIV, ou de desenvolverem vivendo com HIV
o SIDA. 5. PVHIV
6. Casais serodiscordante
7. Crianças órfãs e vulneráveis
da/na rua
8. Pessoas com deficiências
POPULAÇÕES-CHAVE:
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6.3.3 O AUTO-TESTE DO HIV
O Auto-Teste do HIV (ATHIV) é uma das abordagens do ATS adoptadas pelo Ministério da Saúde para
diminuir as lacunas de testagem e, consequentemente, expandir o conhecimento do estado serológico
do HIV para populações de difícil alcance e prioritárias para o ATS. Como o próprio nome indica, a
auto-testagem é voltada para os indivíduos que querem se auto-testar ou auto-rastrear, para conhecer
seu estado serológico do HIV. Nesta abordagem o utente colhe a sua amostra (fluído oral), faz o teste
sozinho, ou com alguém de sua confiança e, em seguida, interpreta o resultado.
O procedimento da ATHIV é simples e rápido e o resultado é obtido entre 20 – 40 minutos, sendo que
a realização do Auto-Teste não precisa de equipamento laboratorial.
A abordagem de ATHIV procura reforçar a aceitação da testagem entre grupos populacionais com baixa
ou nenhuma procura de serviços de testagem nas Unidades Sanitárias, tais como as populações-chave
e as populações vulneráveis.
É importante destacar que a auto-testagem serve para o rastreio de casos e não fornece um diagnóstico de
HIV definitivo. Isto quer dizer que, qualquer pessoa que fizer o Auto-Teste não deve considerar o resultado
positivo como definitivo. Todos os indivíduos com resultados positivos de HIV por meio do Auto-Teste,
devem realizar testes confirmatórios na US ou no ATSC, com provedores de testagem capacitados.
Qualquer utente com idade igual ou superior a 15 anos, que deseja fazer o auto-teste
ou que viveu alguma situação de exposição ao HIV, pode adquirir e fazer o auto-teste,
com maior foco para os grupos prioritários:
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MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO DE ATHIV
Para todos os modelos de distribuição de ATHIV, o provedor de testagem e/ou actor comunitário deve:
O provedor de testagem e/ou actor comunitário deve oferecer os serviços, incluindo a entrega do kit
de ATHIV, directamente ao utente final.
Neste contacto entre o provedor de testagem e/ou actor comunitário e o utente, é importante:
• Prover informações sobre o ATHIV como uma opção para a testagem de HIV.
• Fornecer informação sobre os possíveis locais para realizar a testagem de confirmação após
resultado do Auto-Teste positivo.
A distribuição primária pode ser feita em duas modalidades ( ATHIV de forma assistida e não assistida)
caracterizadas a seguir:
Ocorre quando o provedor de testagem entrega o kit de ATHIV e demonstra ao utente as instruções
de como usar o kit.
Quando o provedor de testagem entrega o kit de ATHIV e não demonstra as instruções ao utente sobre
como usar o kit.
Distribuição secundária
• O kit de ATHIV chega ao utente final por meio de um intermediário que recebe o kit do provedor
de testagem e/ou actor comunitário, para passar ao utente final (secundário).
• Este tipo de distribuição pode ocorrer entre parceiros sexuais, como parte da estratégia de
CI e entre pares (na comunidade).
• No acto da oferta dos serviços de ATHIV, o utente primário pode ter acesso a 5 kits de ATHIV,
1 para si e 4 para os seus parceiros sexuais, pares ou outros.
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Fluxo geral de ATHIV
• Utente com resultado positivo no auto-teste: deve ser orientado para confirmação
do resultado na US ou no ATS-C.
• Utente com resultado negativo no auto-teste: deve ser orientado para aceder aos
serviços de prevenção como a oferta de preservativos, circuncisão médica masculina
voluntária, VBG, etc. de acordo com a sua necessidade.
• Uma vez que a ligação na ATHIV é um acto que depende inteiramente do utente,
é mandatório que durante a sessão de aconselhamento pré Auto-Teste (momento
de criação de demanda antes da distribuição dos kits.), o provedor de testagem ou
actor comunitário forneça todos os elementos que facilitem ao utente a localização
dos serviços de ligação (ATS e ATSC) para confirmação do resultado positivo pós
ATHIV, e dos serviços de prevenção para os casos negativos pós ATHIV.
• Não se deve iniciar a PreP apenas com resultado negativo de ATHIV. Estes utentes
devem ser referidos ao serviço de oferta de PreP na US, onde será feita a elegibilidade
para PreP, incluindo a testagem convencional de HIV.
O processo de criação de demanda para a ATHIV pode ser feito por meio de:
• Aconselhamento na US ou comunidade, para o acesso ao diagnóstico do HIV.
• Diálogos comunitários.
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6.4 ACONSELHAMENTO E TESTAGEM
INICIADA PELO PROVEDOR – ATIP
O ATIP é uma estratégia que possibilita aos utentes que se apresentam aos serviços clínicos das
unidades sanitárias a oportunidade de receber o aconselhamento e a testagem para o HIV oferecido
pelo provedor e, consequentemente, conhecer o seu estado serológico. O ATIP deve ser assumido como
parte da rotina dos profissionais de saúde das US. Todo provedor de saúde previamente formado em
ATIP deve oferecer a oportunidade do AT para o HIV aos utentes. Todas as unidades sanitárias devem
definir seu fluxo de atendimento, de acordo com a realidade local e recursos disponíveis.
O ATIP deve ser implementado em duas modalidades, conforme descrito abaixo na tabela.
MODALIDADE 2
ATIP mediante O provedor de testagem oferece
CCS, triagem de pediatria/CCD,
avaliação de o teste apenas aos utentes que
consulta externa, triagem do adulto,
factores de risco apresentem factores de risco
serviços de urgência (Banco de
e sintomatologia e sintomatologia sugestiva de
Socorros).
sugestiva de infecção pelo HIV
infecção por HIV
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• Toda Mulher Lactante - ML com resultado negativo, durante a lactação deve ser re-testada a
cada 3 meses, até a criança completar 9 meses pós-parto (Modalidade 1- ATIP de rotina até 9
mês pós-parto). Após os 9 meses, a ML passa a ser testada mediante o critério da Modalidade
2- ATIP para utentes com factores de risco e sintomatologia sugestiva de infecção por HIV.
• A testagem no serviço de Banco de Sangue não deve ser considerada uma modalidade de ATIP.
Todas as amostras de sangue colhidas no Banco de Sangue e destinadas à doação devem ser
testadas obrigatoriamente para garantir uma transfusão de sangue segura ao receptor. Os dadores
reportados como positivos devem ser notificados e, em seguida, encaminhados aos serviços
de testagem (UATS ou ATIP) para o aconselhamento, testagem e revelação do diagnóstico.
Nota: Embora seja reconhecida a importância da testagem nos utentes elegíveis na US e comunidade, e que
o conhecimento do seroestado é importante para decisão clínica, alguns utentes poderão mesmo assim
recusar ou adiar fazer o teste de HIV, assim como não estar em condições psicológicas e clínicas para consentir
fazer o teste de HIV. Nestas situações, o provedor deve tomar a decisão para o maior benefício do utente.
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7. ESTRATÉGIAS PARA ALCANCE E
IDENTIFICAÇÃO DE CASOS HIV POSITIVO
É considerado Caso Índice (CI) um indivíduo recém-diagnosticado para o HIV, testado, quer na US como
na comunidade, e/ou um indivíduo HIV positivo que está inscrito nos cuidados e tratamento para o
HIV. Este pode ser utente adulto (homem ou mulher) incluindo mulher grávida ou lactante, criança ou
adolescente ou utente co-infectado com TB/HIV. A partir deste utente devemos rastrear as pessoas que
foram ou estão expostas ao HIV, e oferecer o ATS voluntário. Considera-se contactos directos do CI e
expostos ao HIV os seguintes:
Nota: Conviventes e familiares do CI (filhos não biológicos, etc.) podem ser rastreados e se elegíveis, podem
ser oferecidos a testagem e registados como ATS geral.
A estratégia deve ser somente implementada se o caso índice consente (concorda) com a oferta de ATS
aos seus contactos directos e elegíveis. O referido consentimento deve estar obrigatoriamente registado
no Formulário de Rastreio Familiar.
Se o CI for uma criança, o consentimento deve ser fornecido pelos pais (mãe ou pai), ou cuidador ou
responsável legal da criança.
Se o CI consente, cada contacto elegível é listado, é notificado pelo caso índice, e são oferecidos os
serviços voluntários de aconselhamento e testagem de HIV.
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O ciclo para esta estratégia é regular visto que, todo contacto de caso índice que tem resultado positivo
para o HIV torna-se um novo caso índice.
• Os serviços de testagem e de seguimento NUNCA podem ser retirados dos utentes, ou não
oferecidos.
• Os utentes NUNCA podem ser pressionados à revelar os nomes ou outras informações dos
seus contactos.
• Todos os provedores de saúde e pessoal leigo devem informar aos casos índices que eles/elas
têm o DIREITO de aceitar ou recusar os serviços.
• Todos os provedores de saúde e o pessoal leigo que oferecem a testagem através do caso
índice, devem ser treinados sobre este tipo de abordagem, assim como sobre o rastreio e
monitoria de VPI (Violência pelo Parceiro Íntimo).
• A informação dos utentes e suas famílias deve SEMPRE ser arquivada/ armazenada em local
adequado (arquivo/gavetas/ armários com chaves).
• Os serviços de testagem de contactos directos de caso índice NÃO são um evento único, e
devem ser oferecidos continuamente:
» Imediatamente após o diagnóstico positivo do utente.
» A cada consulta, caso nem todos os contactos tenham sido testados.
» Pelo menos 1 vez ao ano, como parte dos serviços de C&T para o HIV.
» Em situações de troca/mudança de parceiros sexuais e nascimento de mais filhos.
31
7.1.1 DEZ PASSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA
DE TESTAGEM ATRAVÉS DO CASO ÍNDICE
2. Oferecer a estratégia como um serviço voluntário a todos os utentes com teste de HIV positivo,
incluindo os utentes com carga viral alta, não suprimidos faltosos e abandonos do TARV.
4. Obter uma lista de todos os contactos directos do CI com sero-estado desconhecido (parceiros
sexuais, parceiros de partilha de seringas, filhos biológicos menores de 15 anos e pais de
crianças/adolescentes índice menores de 15 anos) e registar no Formulário de Rastreio Familiar.
5. Realizar uma avaliação de risco/rastreio de VPI sobre cada parceiro sexual nomeado e registar
na ficha de rastreio de VPI.
6. Identificar o melhor método e local para notificação e testagem dos contactos nomeados (se
na US ou comunidade).
7. Com o consentimento do CI e após a revelação do diagnóstico por parte deste, notificar e testar
os contactos no local acordado com o CI (US ou comunidade).
8. Registar a informação da testagem dos contactos nos registos padronizados para o registo da
situação familiar (FRF e FM).
10. Fazer acompanhamento com o CI para avaliar quaisquer eventos adversos associados ao teste.
Nota: Há necessidade de reforçar a identificação de contactos de CI, não apenas dos novos utentes
diagnosticados com HIV, mas também utentes já em cuidados e tratamento para o HIV, especialmente
os faltosos, abandonos e utentes com CV não suprimida.
32
COMO IMPLEMENTAR NA UNIDADE SANITÁRIA: COMO IMPLEMENTAR NA COMUNIDADE:
• Com consentimento do CI, a US, • O conselheiro identifica e mapeia
convida e marca a data para realização todos os utentes HIV+ inscritos na US
do AT dos contactos na US. (novos e em seguimento).
33
7.1.2 PADRÕES MÍNIMOS PARA REALIZAÇÃO DO
ACONSELHAMENTO E TESTAGEM BASEADO NO CASO ÍNDICE
Uma das formas mais comuns de violência baseada no gênero é aquela perpetrada pelo parceiro íntimo.
Considera-se Parceiro Íntimo todo parceiro sexual: marido, amante, esposa, namorado, cliente sexual
de TS (actual ou passado). Devido a sua crescente magnitude, este complexo fenómeno tornou-se um
sério problema de saúde pública e manifesta-se em muitos casos, na revelação de um resultado positivo
de HIV, e inclui actos de agressão física, psicológica, emocional e económica.
A estratégia de Caso Índice para identificação de parceiros sexuais que sejam HIV positivos é uma das
abordagens para o aumento na identificação de novos casos de utentes com HIV. A testagem para o
HIV deve ser oferecida à casais e parceiros sexuais com apoio para revelação mútua dos resultados.
O medo de o CI revelar o seu estado serológico positivo para o HIV, assim como o temor de
sofrer violência pelo seu parceiro íntimo, são razões que contribuem para a recusa do utente
em participar da estratégia de testagem através do caso índice e da testagem em casal. Os
provedores de testagem não podem negar os serviços de saúde aos utentes que decidem
em não revelar o seroestado e não informar os parceiros sexuais. A segurança do utente é o
factor mais importante na determinação se este deve ou não participar desta abordagem.
34
SUPORTE SOLIDÁRIO DE PRIMEIRA LINHA (LIVES)
O apoio ou Suporte Solidário de Primeira Linha é uma abordagem de aconselhamento prático, centrado
na sobrevivência do caso índice e na diminuição do risco deste sofrer violência pelo parceiro íntimo.
É o atendimento imediato oferecido a um utente índice que tenha experimentado violência pelo
parceiro íntimo.
Se algum utente revela que sofre violência, a primeira prioridade é providenciar um Suporte Solidário
de Primeira Linha.
A OMS define como Suporte Solidário de Primeira Linha o conjunto dos seguintes
procedimentos por parte do provedor:
1. Escutar atentamente o utente, com empatia e sem julgamento.
2. Avaliar e responder às necessidades e preocupações do utente - emocionais, físicas,
sociais e práticas.
3. Mostrar ao utente que acredita e entende sua situação;
4. Discutir como proteger o utente de maiores danos.
5. Ajudar a conectar o utente aos serviços apropriados, incluindo o apoio social e serviços
amigáveis às populaçõe-chave .
35
7.2 RETESTAGEM PARA UTENTES COM
RESULTADO NEGATIVO PARA O HIV
A retestagem refere-se ao uso do mesmo algoritmo de testagem em uma outra amostra do mesmo utente.
A retestagem de utentes que são HIV negativos ou com o estado serológico desconhecido tem dois
objectivos principais: o primeiro é monitorar a eficácia das intervenções de prevenção do HIV; o segundo
é identificar e tratar novas infecções pelo HIV o mais cedo possível quando os esforços de prevenção
falham, de forma a limitar a cadeia de transmissão do HIV.
Para a maioria dos utentes com resultado de HIV negativo, a retestagem para descartar a possibilidade
de estar no período de janela não é necessário, como também não é um bom uso de recursos, a menos
que eles relatem uma exposição recente ao risco potencial de infecção por HIV. A maioria dos utentes
não requer a repetição de testes para verificar um estado seropositivo, particularmente sem risco
permanente de infecção por HIV. No entanto, a retestagem é necessária para indivíduos com risco
contínuo de contrair o HIV, conforme apontado pela OMS.
População-chave (HSH, PID, REC, TG e TS) Semestralmente: De acordo com avaliação de risco
Nota: Para todos os utentes que apresentem sintomas e sinais clínicos sugestivos de infecção por HIV
e/ou utentes que relatam exposição recente ao risco tais como: utentes com recente diagnóstico de
hepatites virais ou ITS, etc. e que apresentem um resultado do teste negativo feito há menos de 3 meses,
recomenda-se a retestagem imediata.
Retestagens mais frequentes, ou seja, a cada 3-6 meses, podem ser justificadas com base
em factores de risco individuais e como parte de intervenções mais amplas de prevenção
do HIV. Por exemplo, indivíduos que tomam PrEP que requerem testes trimestrais de HIV.
36
7.3 DIAGNÓSTICO DE HIV E SÍFILIS PARA MULHER
GRÁVIDA NA CPN/SAAJ E MATERNIDADE
Tratando-se de uma estratégia para a identificação e testagem precoce de casos de HIV, o teste Duo HIV
&Sífilis enquadra-se como uma excelente alternativa para a prevenção da transmissão vertical do HIV
e da Sífilis. A OMS recomenda que as mulheres grávidas sejam testadas para o HIV e Sífilis pelo menos
uma vez durante a gravidez, preferencialmente no primeiro trimestre. Moçambique adoptou, como
parte dos cuidados pré-natais, o teste Duo para o diagnóstico de HIV & Sífilis como o primeiro teste no
pacote de cuidados para mulheres grávidas. Este teste, agiliza o diagnóstico pois, o rastreio para HIV e
Sífilis é feito ao mesmo tempo, o que economiza o tempo do utente e do provedor.
Neste caso, seguem as orientações básicas para o diagnóstico do HIV e Sífilis na MG em Moçambique:
37
8. A CONTINUIDADE DEPOIS DO RESULTADO
POSITIVO DE HIV: A LIGAÇÃO
Os provedores de saúde e pessoal leigo são responsáveis por garantir ao utente recém diagnosticado
com HIV, a ligação aos serviços de cuidados e TARV.
Considera-se ligado aos cuidados e tratamento, o utente com diagnóstico de infecção pelo HIV, inscrito
nos serviços de cuidados e tratamento, com a 1ª consulta clínica efectuada e devidamente registada,
preferencialmente no mesmo dia ou dentro de 7 dias após o diagnóstico. Após a testagem, para além da
abertura da FM, os utentes devem receber o acolhimento e serem encaminhados para a consulta clínica.
Os utentes podem apresentar várias razões que impeçam a ligação imediata aos serviços de C&T,
tais como, barreiras individuais e estruturais (distância dos serviços de saúde, custos de transporte,
medo do estigma, receio da falta de confidencialidade, longos tempos de espera na US, etc.). Serviços
complementares como a educação de pares e o acompanhamento/seguimento do utente, dentre
outros, podem ser particularmente úteis para garantir uma boa ligação dos utentes aos C&T após
o diagnóstico de HIV.
Existem alguns aspectos a considerar na ligação aos C&T para os utentes diagnosticados na US
a saber:
• A abertura da Ficha Mestra no sector de testagem (UATS e nos serviços com ATIP);
IMPORTANTE!! IMPORTANTE!!
O utente não deve ser obrigado O utente está doente e, portanto, deve lhe
a abrir a Ficha Mestra e ter ser assegurada a oferta do tratamento para a
seguimento na US onde obteve condição clínica/sintomatologia que o levou
o diagnóstico. Ele é livre para à US. O utente não deve voltar para casa sem
iniciar os C&T na US de sua consulta clínica, mesmo que este não inicie os
preferência. C&T nesta US ou no mesmo dia do diagnóstico.
38
8.2 LIGAÇÃO NO ATSC
Os utentes com resultado positivo no ATSC devem ser referidos para a US, acompanhados com uma
guia de referência e contra-referência da comunidade e cartão do utente, para garantir a sua ligação
aos serviços de C&T. O encaminhamento/referência dos utentes à US deve ser para a UATS como ponto
de referência (onde aplicável). Neste contexto, o conselheiro ou actor comunitário deve:
• Fazer a triangulação da informação com a US de referência para verificar o ponto de situação
dos utentes referidos;
• Fazer as visitas regulares de seguimento (no 8 e 15 dias após o diagnóstico) para os utentes
referidos à US para confirmar a sua ligação e a adesão aos cuidados e tratamento de HIV.
No livro de registo do ATS, o registo de ligação é feito na página direita (Ligação Clínica e Contactos).
Este registo permite documentar a informação essencial para confirmação da ligação: Os dados pessoais
do utente diagnosticado HIV+ (nome e endereço/telefone).
• De seguida coloca-se:
» O endereço e o número de telefone, caso o utente tenha dado consentimento para
ser contactado e/ou visitado.
» O local do seguimento aos cuidados clínicos do HIV (US escolhida pelo utente);
» O resultado da ligação do utente diagnosticado HIV+ (realização da 1ª consulta
clínica).
» Utentes com resultado positivo e não ligados aos C&T, deve-se aguardar até ao
7º dia.
» Após o 7º dia, se o utente com resultado positivo não estiver ligado, deve-se seguir
com a orientação descrita na tabela a seguir de acções a serem tomadas para reforço
de ligação para utentes em situação especial (não ligados aos C&T).
» Caso o utente permaneça não ligado ao final de 15 dias (momento final da
intervenção), deve-se considerar perda de ligação e registar o motivo da não
ligação, na coluna de observações do LDR de ATS.
Lembra-te:
O registo do endereço e telefone do utente no livro de ATS (página direita), é feito apenas
quando o utente consente ser contactado e/ou visitado, para adesão aos C&T do HIV.
39
Utentes testados na US ou comunidade não ligados aos cuidados e tratamento de HIV
No âmbito do reforço da ligação aos C&T, há que considerar acções a serem tomadas para reforço de
ligação para utentes em situação especial (NÃO LIGADOS AOS C&T). Para o efeito pode-se verificar o
seguimento descrito no Fluxograma a seguir.
República de Moçambique
Direcção Nacional de Saúde Pública - Ministério da Saúde
Programa Nacional de Controle das ITS, HIV/SIDA
40
Para garantir o seguimento destes casos Para casos de utentes testados HIV+ e
especiais, é necessário que haja na referidos para outra US, inicialmente
província um mapeamento dos pontos as chamada devem ser feitas para a
focais de ATS de todos os distritos, e da US de referência . Caso o utente não
província circunvizinha, incluindo seus seja identificado na US ou tiver outro
contactos telefónicos, para seguimento motivo para não ligação, pode-se
da ligação. As chamadas e visitas para fazer chamadas e/ou VD ao utente.
seguimento destes utentes devem
enquadrar-se nas actividades de rotina
programadas pela US.
Os utentes com resultado negativo para o HIV precisam de orientação acerca do seu resultado,
principalmente aqueles que estão em risco de infecção devido às suas próprias condições de
vulnerabilidade. Sendo assim, estes estão em risco contínuo de infecção pelo HIV, precisam de ser
ligados aos serviços de prevenção.
É preciso considerar que, o risco de cada indivíduo está associado ao seu estilo de vida, o que faz com
que as estratégias de prevenção sejam adaptadas de modo a atender às necessidades específicas destes
para a prevenção do HIV. A isto chamamos de prevenção combinada que, como o próprio nome já diz,
combina diferentes intervenções para atender às necessidades do indivíduo. A prevenção combinada
tem em consideração as características do indivíduo, o grupo social a que pertence, o momento
de vida, suas necessidades e as formas de transmissão do vírus no contexto em que está inserido.
Neste sentido, a prevenção combinada tem um importante papel no direccionamento de medidas
de prevenção que atendam as características das populações-chave e vulneráveis em seus contextos
individuais e estruturais.
41
A prevenção combinada do HIV inclui:
• Intervenções comportamentais como, por exemplo, acções de sensibilização para a mudança
de comportamento para a redução da vulnerabilidade à infecção pelo HIV.
2. Como uma estratégia de prevenção que deve ser combinada com a pessoa que irá utilizá-la,
a partir da sua realidade e dentro das suas possibilidades, num processo de aconselhamento
dialogado e não imposto.
3. Como uma estratégia orientada pelo respeito aos direitos humanos e a autonomia das
pessoas, e por políticas públicas que garantam acolhimento, informação e acesso aos serviços
de saúde e aos insumos de prevenção, principalmente para as pessoas mais vulneráveis.
42
RODA DA PREVENÇÃO COMBINADA
Preservativos masculino,
feminino e gel lubrificante
Circuncisão Masculina
TARV
Médica Voluntária
Tratamento d e Testagem de HI V,
outras ITS Sífilis e Hepatites
Profilaxia Pré
Exposição
43
10. A OFERTA DE SERVIÇOS DE QUALIDADE:
FORMAÇÃO DE PROVEDORES E CONSELHEIROS
Todos os serviços de aconselhamento e testagem em saúde possuem critérios mínimos para a sua
implementação e oferta de serviços por provedores de saúde e conselheiros leigos acreditados e/ou
formados para atender os cidadãos de maneira ética, cuidadosa e humanizada. Para isso, o Ministério da
Saúde prioriza a criação de um pacote de formação adequado para provedores de saúde e pessoal leigo
de modo a dotá-los de competências necessárias para a realização das actividades de Aconselhamento
e Testagem em Saúde.
11. LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO DE
TESTES RÁPIDOS DO HIV
O princípio básico para que a meta nacional anual de pessoas aconselhadas e testadas para o HIV seja
cumprida, é a solicitação atempada dos kits de testes ao nível central, bem como o controlo do uso
dos mesmos de maneira a garantir a disponibilidade para o uso contínuo destes insumos. Para isso,
é necessária especial atenção na demanda e no consumo de kits de testes em cada US/comunidade,
distrito e província. Desta forma, deve existir um plano anual no nível central, provincial e local, com
metas de número de pessoas para aconselhar e testar, prazos de aquisição e esquemas de distribuição.
O Grupo Técnico Nacional de ATS deve, periodicamente, fazer uma avaliação do cumprimento das
metas e do consumo dos testes de HIV.
O Depósito de Medicamentos é o sector responsável pela provisão e gestão dos testes na US. Este deve,
por meio do Mapa Mensal de Informação de Testes (MMIT), enviar mensalmente ao DPM os dados sobre
o consumo, stock e os kits cujos prazos estão prestes a expirar. Neste mecanismo, também devem ser
informadas as potenciais alterações de consumo em função dos dados dos meses anteriores.
44
O responsável do serviço de testagem, em coordenação com o responsável do ATS da US, deve apoiar
o Depósito de Medicamentos na gestão e distribuição dos testes, garantindo que os kits de testes
rápidos estejam sempre disponíveis nos diferentes pontos de testagem na US de maneira que não
haja rotura. Em caso de insuficiência ou falta de testes, deve-se disponibilizar os testes nos locais
prioritários (consulta pré-natal, maternidade, consulta de TB e UATS). Em casos excepcionais, pode-se,
de forma coordenada, recorrer à outra US ou distrito, que tenha disponibilidade de testes, para evitar a
paralisação das actividades. Quando houver necessidade, e onde seja possível, os utentes podem ser
referidos para outros serviços ou locais onde os testes se encontrem disponíveis.
Periodicidade Mensal
DPM/AI→1 mês
Níveis de stock
US→3 meses
DPM → CMAM→ MMIT e Requisição
US - DPM→ MMIT
Via de reposição
Serviços – US → stock nivelado e Mapa de consumo
de testes rápidos
45
11.2 LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO DE KITS DE
TESTES RÁPIDOS DE HIV NO ATSC
Entre os testes rápidos de HIV, há um de uso exclusivo na comunidade (o Auto-Teste de HIV) e outros que
são usados tanto nas actividades rotineiras na US e também na comunidade (o Determine e UniGold).
Em coordenação e através do gestor de caso ou supervisor de ATSC baseado na Unidade Sanitária, o
Auto-Teste é apenas distribuído pelo Depósito da Farmácia ao conselheiro e/ou actor comunitário.
Não há distribuição de ATHIV para nenhum sector da Unidade Sanitária. É responsabilidade do gestor de
caso ou supervisor de ATSC garantir que o Auto-Teste de HIV seja destinado apenas para os conselheiros
de ATSC e/ou outros actores comunitários.
Com isso, a testagem na comunidade segue dois fluxos distintos: os dois fluxos contam com a intervenção
do ATSC e este funciona como ligação entre a US e os conselheiros e/ou actores comunitários.
Para os testes convencionais (Determine, Uni-Gold) o sector da UATS recebe Kits de testes selados,
armazena e disponibiliza os mesmos para os conselheiros comunitários. O outro fluxo é para o ATHIV,
onde o gestor de caso ou supervisor do ATSC apenas leva os kits de ATHIV no depósito de farmácia da
us e entrega directamente aos conselheiros e actores comunitários.
Para a testagem convencional (Determine e Unigold), o ATSC recebe uma quantidade de kits suficientes
para o número de conselheiros comunitários afectos à comunidade (ATSC) da sua US. É fornecido 1 kit
para cada conselheiro, que é reposto mediante justificação por meio do Mapa de Consumo de Testes
rápidos. Caso haja um plano para aumentar ou reduzir os conselheiros comunitários afectos àquela
localidade, esse dado deverá ser comunicado ao ponto focal de ATS da US de referência. Na sequência,
o ponto focal de ATS deverá comunicar ao responsável do depósito da US para a inclusão no MMIT
na comunicação com o DPM, para uma gestão mais eficiente.
Para a gestão do ATHIV, o gestor de caso e/ou supervisor de ATSC efectua o levantamento de acordo com
o número de conselheiros e/ou actores comunitários ligados a sua US autorizados a distribuir o ATHIV,
coordena com o Depósito da US a reposição da caixa de kits mediante justificação do consumo de ATHIV
por meio do Mapa de Consumo de Testes rápidos apresentado pelo actor/conselheiro comunitário. Cada
actor ou conselheiro comunitário recebe uma caixa de kits. O aumento ou redução de conselheiros e
actores comunitários deve ser notificado ao responsável do depósito da US para a inclusão no MMIT
na comunicação com o DPM.
46
Fluxo de logística e distribuição de kits de
testes rápidos de HIV na comunidade
• DPM → Depósito da US → ATS → ATSC
Testes convencionais (Determine e
• ATSC – gestão por kit de Determine e Uni Gold e
Uni Gold)
Mapa de Consumo de Testes
No final do período estatístico de cada mês, em coordenação com o chefe do Depósito e antes de o MMIT
ser validado pelo Director Clínico da US, o gestor de caso ou supervisor de ATSC na Unidade Sanitária,
deve confirmar no campo de observações se os kits de ATHIV distribuídos pela US, tiveram como destino
apenas os conselheiros e/ou actores comunitários e validar com a sua assinatura.
47
Foto: Fundação Ariel
48
12. A QUALIDADE DA TESTAGEM
O diagnóstico correcto do HIV é a chave para o sucesso dos programas de prevenção e tratamento do HIV
em Moçambique. A qualidade da testagem é uma das componentes mais importantes para a garantia
da melhoria contínua de qualidade nos serviços prestados aos utentes com HIV. Todos os provedores
de testagem rápida de HIV, sejam eles provedores de saúde ou conselheiros leigos, antes de realizarem
a testagem rápida do HIV, devem passar por uma avaliação de competência e certificação durante a
formação inicial, de modo a assegurar que a testagem rápida do HIV seja realizada apenas por aqueles
que demonstrem competência técnica.
Com o objectivo de verificar a integridade do kit de testagem, o CIQ deve ser realizado:
1. Uma vez por semana (no início de cada semana) para todos os locais de testagem.
2. Quando se pretende usar um lote novo ou uma nova remessa de testes rápidos.
49
12.2 AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE (AEQ)
A AEQ permite verificar o desempenho dos locais de testagem e corrigir, quando necessário, as não
conformidades e, desta forma, proporcionar a melhor qualidade do serviço de testagem.
3. Segurança
4. Fase pré-testagem
5. Fase de testagem
Cada elemento contém um determinado número de perguntas que recebem uma pontuação de acordo
com a resposta fornecida. A partir do cálculo do percentual de respostas positivas, o local recebe uma
classificação de acordo com o nível em que se enquadra.
50
12.3 OS NÚCLEOS DE MELHORIA DA QUALIDADE
DE TESTAGEM RÁPIDA DO HIV
A Repartição Central de Laboratórios (RCL) é ponto focal de melhoria de qualidade. É a RCL quem
coordena e implementa as estratégias para melhoria de qualidade de testagem rápida do HIV em
Moçambique, desde a elaboração de políticas, até a mobilização dos recursos necessários para
implementação das estratégias de melhoria de qualidade.
• Departamento de Enfermagem
• Parceiros de Implementação.
51
C. Núcleo Distrital de melhoria de qualidade
O núcleo distrital de melhoria de qualidade deve ser liderado pelo supervisor distrital do laboratório.
Cada local onde é feita a testagem rápida do HIV, deverá receber pelo menos uma vez por
ano uma visita de supervisão e apoio técnico. O questionário para avaliação da qualidade
de testagem rápida de HIV deve ser usado durante a visita. A equipa deve elaborar um
relatório e partilhar com os núcleos distrital e provincial de melhoria de qualidade.
Nos últimos anos, Moçambique teve uma rápida expansão dos serviços de HIV, o que conduziu
a mudanças de políticas e estratégias para melhorar o serviço de aconselhamento e testagem em saúde.
Estas mudanças culminaram com a introdução de novas abordagens e estratégias no aconselhamento
e testagem em saúde, bem como, a inclusão de desagregações da testagem tendo em conta a idade
e sexo, populações-chave e contactos de caso índice e o fortalecimento da ligação entre os serviços
de ATS e os serviços de C&T.
A implementação de acções específicas, como o aumento da oferta da testagem de HIV, poderá conduzir
a um aumento no número de pessoas com seroestado para o HIV conhecido.
52
Assim sendo, a monitoria das actividades da oferta da testagem para o HIV deve ser feita através
de instrumentos padronizados de aconselhamento e testagem em saúde, disponíveis em todas as
Unidades Sanitárias e comunidades (ATSC). Os instrumentos devem ser preenchidos com dados reais,
fiéis à realidade, evitando erros e omissões, no final das actividades diárias devem ser guardados em
local seguro, para garantia da confidencialidade dos registos, assegurando que as informações que
identifiquem o utente não sejam reveladas.
A agregação desta informação permite monitorar e analisar o impacto das actividades de ATS nas
unidades sanitárias e comunidades e orienta a tomada de decisão sobre o melhor alinhamento entre
o ATS e a ligação aos serviços de prevenção, cuidados e tratamento. A informação deve ser reportada
mensalmente seguindo o fluxo de informação estabelecido pelo Sistema de Informação para Saúde
(SIS) do Serviço Nacional de Saúde.
FLUXO DE INFORMAÇÃO
Preenchimento
dos Instrumentos
01 - 15
Correcção dos Correcção dos Produção de Produção de
dados, livros dados no SISMA relatório relatório
e resumo preliminar preliminar
Data 5 15
53
FLUXO DE INFORMAÇÃO PARA AS ACTIVIDADES DE ACONSELHAMENTO
E TESTAGEM EM SAÚDE QUE DECORREM NA COMUNIDADE
Após a realização das actividades diárias de ATS na comunidade, a informação deve ser descarregada
na unidade sanitária, que por sua vez deve seguir o fluxo preconizado pelo SIS.
54
LIGAÇÃO ENTRE ATS E SERVIÇOS DE PREVENÇÃO, CUIDADOS E TRATAMENTO
Os indicadores de ATS foram seleccionados com base em padrões desenvolvidos pela OMS e na
possibilidade de apresentar evidências necessárias para a análise periódica das políticas e directrizes
nacionais.
55
14. PAPÉIS NA GESTÃO DO ATS
Para a adequada implementação do ATS em qualquer uma das suas abordagens, é necessário o
envolvimento de vários intervenientes. O MISAU determinou pontos focais nas US, nas Províncias e nos
Distritos para que a concertação com todos os envolvidos siga o mesmo padrão à todos os níveis. Para
isso, elaborou-se os termos de referência com as tarefas específicas para os diferentes tipos de ponto
focal existentes. Abaixo segue a descrição das responsabilidades de cada interveniente (diferentes
tipos de pontos focais) para a implementação, gestão, monitoria e supervisão das actividades de ATS
em cada um dos níveis.
O ponto focal para o ATS está integrado no PNC de ITS,HIV e SIDA (MISAU) e tem as seguintes tarefas:
• Elaborar o plano anual de actividades.
• Assegurar e coordenar o desenvolvimento de directrizes, procedimentos, normas, manuais,
guiões, materiais técnicos e outros instrumentos nacionais.
• Coordenar a comunicação com as Províncias para actualização do plano anual de actividades,
directrizes e normas.
• Realizar capacitações nas províncias sobre pacotes actualizados sobre ATS e outros.
• Coordenar e fazer seguimento da implementação das actividades de ATS.
• Prestar apoio técnico periódico às Províncias de modo a garantir uma implementação efectiva
das actividades.
• Identificar os parceiros de implementação que apoiam as actividades nas Unidades Sanitárias
e Comunidade.
• Formar um grupo técnico do ATS e garantir encontros regulares.
• Realizar Reuniões Técnicas Nacionais de balanço das actividades.
• Elaborar os relatórios semestral e anual das actividades.
O ponto focal ATS na província está integrado no Programa de ITS,HIV e SIDA da Província (DPS/SPS)
e tem as seguintes tarefas:
• Elaborar o plano de actividades da província junto com seus parceiros de implementação.
• Realizar formações, reuniões e workshops provinciais em coordenação com o(s) parceiro(s)
da província.
• Garantir que todas as sedes distritais e US tenham os respectivos pontos focais de ATS.
• Mapear os parceiros que apoiam as actividades na Unidade Sanitária e na Comunidade.
• Criar, organizar e coordenar o Grupo Técnico Provincial de ATS.
56
• Organizar semestralmente ou anualmente uma reunião técnica provincial para o balanço
das actividades de ATS.
• Trabalhar em coordenação com os parceiros de modo a garantir a logística atempada dos
instrumentos de M&A e material orientador de implementação das actividades de ATS.
• Garantir a padronização das actividades das actividades de ATS em todas as unidades sanitárias
segundo as orientações do MISAU.
• Ser o ponto de ligação activo entre o MISAU, o Distrito e a US de modo a garantir a chegada
atempada das informações disseminadas pelo MISAU ao Distrito e US.
• Difundir os termos de referência do ponto focal de ATS aos distritos e unidades sanitárias.
• Fazer a supervisão e apoio técnico periódico aos distritos.
• Garantir a implementação das tutorias de ATS para o HIV.
• Garantir o envio atempado dos relatórios ao MISAU sobre as actividades de ATS.
O ponto focal de ATS no Distrito está integrado no Programa de ITS, HIV e SIDA do Distrito e tem as
seguintes tarefas:
• Listar os parceiros que apoiam as actividades na US e na Comunidade.
• Elaborar o plano de actividades do distrito junto com os parceiros locais.
• Em coordenação com o ponto focal da DPS/SPS, coordenar as actividades pertinentes do
distrito de modo a garantir melhor colaboração com a província.
• Seguir as orientações que da DPS/SPS recomendar sobre a actualização de pacotes de
formação, instrumentos de registo e outras actividades referente as actividades de ATS.
• Fazer a supervisão e apoio técnico periódico às US do distrito.
• Realizar tutorias externas de ATS.
• Formar um grupo técnico de ATS no Distrito – organizar e coordenar encontros regulares.
• Monitorar as actividades comunitárias (ATSC, ATHIV, etc).
• Difundir os termos de referência de ATS nas unidades sanitárias e comunidade.
• Garantir o envio atempado dos relatórios à DPS e SPS.
O ponto focal do ATS na US integra-se na equipa de trabalho do Programa de ITS, HIV e SIDA e todos os
outros relaccionados ao diagnóstico do HIV na US:
• Elaborar o plano de actividades da US.
• Coordenar e dar suporte técnico à todos os provedores de ATS na Unidade Sanitária.
• Participar na capacitação e reciclagem de todos os pacotes actualizados de formação.
• Realizar as Tutorias de ATS.
• Monitorar os kits de testes rápidos de HIV nos sectores, de modo a garantir que sejam usados
antes do prazo de expiração.
57
• Garantir o preenchimento do consumo de kits de testagem no Mapa de Consumo de Testes
rápidos.
• Seguir as orientações dos SDSMAS sobre as actividades a serem implementadas.
• Implementar as estratégias orientadas para o alcance dos casos HIV positivos.
• Mapear os intervenientes comunitários para as actividades de ATSC nos respectivos raios
de acção da US.
• Participar semanalmente do comité TARV e apresentar a informação do ATS e do ATSC.
• Garantir a validação prévia da informação do ATS pela direcção da US antes do envio ao Distrito.
• Garantir o envio atempado dos relatórios ao SDSMAS.
• Participar das reuniões técnicas de discussões de dados das actividades de ATS.
• Ser a ponte de ligação e o coordenador das actividades de ATS realizadas na comunidade.
14.5 NA COMUNIDADE
Sob a orientação do responsável do ATS no PNC de ITS, HIV e SIDA (MISAU), o Grupo Técnico Nacional
de ATS é um órgão de consulta que se baseia em evidências, directrizes nacionais e internacionais e
experiência no terreno. O Grupo deve dar o devido apoio técnico nas questões de:
• Elaboração de documentos técnicos e material de apoio;
• Garantia de mecanismos de coordenação com outras áreas programáticas;
• Monitoria sistemática dos indicadores nacionais;
• Partilha de experiências, discussão e harmonização de estratégias implementadas pelos
diversos parceiros para garantir a expansão de serviços com qualidade;
• Discussão, análise, escolha e eventual introdução de novas intervenções/estratégias baseadas
em evidências, políticas e/ou recomendações nacionais e internacionais.
58
O GT-ATS é composto por um coordenador e membros permanentes, estando aberto a participação de
outros intervenientes sempre que se julgar necessário.
Todas as reuniões do GT devem ser documentadas em actas para serem partilhadas aos membros com
cópia para o Chefe do PNC de ITS, HIV e SIDA e o responsável pelo ATS.
59
15. TUTORIA DE ACONSELHAMENTO
E TESTAGEM EM SAÚDE
A tutoria de ATS tem como objectivo principal, criar uma relação de ensino-aprendizagem onde um
provedor de testagem com reconhecida experiência na provisão de ATS e capacitado para prover tutoria
de ATS, trabalha lado a lado com outro provedor de testagem menos experiente e com o qual elabora
um plano de desenvolvimento ou aperfeiçoamento de competências.
A tutoria de ATS visa garantir a actualização teórica e prática dos tutorandos (provedor de saúde e
pessoal leigo nas Unidades Sanitárias e comunidade) em conteúdo de ATS, de modo a fortalecer as
competências em metodologia de aconselhamento pré testagem, durante a testagem e após a testagem,
incluíndo o procedimento de execussão da testagem.
A tutoria de ATS deve ser realizada de forma rotineira em todos os gabinetes da US que oferecem o ATS/
ATIP, assim como na comunidade (ATSC).
Periodicidade:
O tutor deve assegurar que cada tutorando realize no mínimo 1 sessão de Tutoria por mês, sendo que
cada sessão corresponde a observação do tutorando na execução do aconselhamento e testagem do
utente, incluíndo a demonstração de competências pelo Tutor, sempre que necessário.
A tutoria de ATS deverá ser realizada por rondas. Cada ronda tem duração de 4 meses. Para completar
com sucesso a ronda, cada tutorando deverá ter no mínimo 4 sessões de tutoria e alcançar o desempenho
mínimo de 86% na última sessão da ronda.
É realizada de forma contínua, ao longo das sessões de tutoria e através da verificação dos registos
realizados pelo tutorando nos livros de registo ou relatórios;
• Após 3 meses deve ser realizada a avaliação da progressão de competências do tutorando.
60
LISTA DE ANEXOS
Algoritimo de testagem com teste DUO de HIV e Sífilis para mulher grávida...........................77
Algoritmo de reforço de ligação para utentes com diagnóstico de HIV+ e não inscritos
nos cuidados e tratamentos ......................................................................................................82
61
62
63
Cartão de Saúde da Criança
64
Guia deGuia de Referência
Referência e Contra
do Agente Referência
Comunitário de Saúde
(Promoçãode
(Promoção deacesso
acessoeeadesão
adesão aos
aos cuidados de saúde
saúde primários
primários eeserviços
serviçossociais)
sociais)
Mod. SIS-H-24
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE THE SCIENCE OF IMPROVING LIVES
Ministério da Saúde
Nome
Nome do
do Utente: Idade: Sexo: NID*: NIT*: Código*:
Nº da Guia
Distrito:
Distrito: Localidade:
Localidade: Bairro: Unidade Comunal:
Unidade Comunal: N o do Guia
Quarteirão:
Quarteirão: AA casa
casa fica
fica perto de:
perto de: Nome da pessoa que referiu:
Organização:
Data: _____/_____/______ Organização/OCB: Projecto: Programa:
Planeamento Familiar • PNCT - Programa Nacional Controlo da Tuberculose • ITS - Infecções de Transmissão
Anti-
- Número
CPN - Consulta Pré Natal • CCR - Consulta de Criança em Risco • CPP - Consulta Pós Parto • CPF - Consulta de
Identificação
Koch.• PTV -
CPN- Consulta Pré Natal; ITS- Infecções de transmissão sexual; OCB- Organização Comunitária de Base; CCR-
Consulta de Criança em Risco, PPE- Profilaxia Pós-Exposição; GAVV- Gabinete de Atendimento a Vitimas de
do
Identificação
- Número de CD-Cuidados
Crianças de
CPN
A ser preenchido pelo ACTIVISTA ITS Motivos de Contacto de TB
referência: Educação
CP Familiar Pré-TARV / IO Controlo de BK Acção social
a VitimaNIT-
CCR
Maternidade p/ parto: Abandono
ATS TARV Reacções
Suspeito dode TTB Apoio Psico-social
OCB/Apoio Comunitário
em Saúde;
TB
de Transmissão
de Tuberculose
e Testagem
PTV
CPN PPE
ITS Suspeito
ContactodedeMalária
TB Posto Policial
Educação
de Atendimento
CPFamiliar Circuncisão
Pré TARV/IOMasculina Controlo de BK Acção social
da Tuberculose;
e Testagem
TARV- Tratamento
Domiciliários
Consulta
Suspeito Pós-Parto
de Malnutrição: Testado
Banco de HIV +
socorro/Consulta Abandono TTB
de triagem: Controlo da Dor: GAVV/Posto Policial
- Aconselhamento
PTV- Prevenção
OutrosPTV
motivos/ Especificar o cuidado/ serviçoPPE prestado ou a ser prestado: IPAJ
GAVV - Gabinete
Aconselhamento
Suspeito de Malária
- NúmerodedeControlo
- Cuidados
A ser preenchido pela UNIDADE SANITÁRIA (marcar todos os serviços em que o utente passar)
Sadia;
• ATS
de Criança
ConsultaPós-Exposição
A ser preenchido pela UNIDADE SANITÁRIA (marcar todos os serviços em que o utente passar)
deOportunista
ATENDIDO
CPN NA CONSULTA DE:
Programa
CP Familiar
PTV ITSTARV/IO
Pré Profilaxiacrónicas
Doenças por contacto TB PPE
CCS
do Membro do
Consulta Pós-Parto
CPP-
Testado HIV +
deTuberculose;
CD TB
Controlo da Dor Nutricional
Domiciliários;
CPF-
Sexual • PPE
PTV IO CCS
Retroviral
Violência;
CD
Referido para (US, Acção
Outros Social, Educação, OCBs, apoio psicosocial,
atendimentos Especifique:CRN): Motivo de referência:
de
Observações:
Referido para (US, Acção Social, Educação, OCBs, Apoio psico-social): Motivo de referência:
Nome
Nome dodo trabalhador de saúde:
trabalhador de saúde: Nome
Nome dada US:
US: Data:
Data: _____ /_____ /_____
A ser preenchido pela ACÇÃO SOCIAL
Subsídio
A ser de alimentos
preenchido pela INSTITUIÇÃO DA REDE Educação
DE APOIO OCB GAVV
Habitação Atestado de pobreza Acção social produtiva Apoio monetário
OutrasAcção
Redes/Social Educação
grupos/ instituição de apoio. Especifique: OCB GAVV
INAS
Outras Redes de apoio Especifique:
*Especificar o cuidado / serviço prestado ou a ser prestado:
Nome do trabalhador que referiu: Data: ____ _/_____ /_____
Nome do trabalhador que referiu: Data:
*Especificar o cuidado / serviço prestado ou a ser prestado:
65
66
Algoritmo de AutoTestagem do HIV
Rastreio com Auto Teste do
Ministério da Saúde
HIV (Oral Quick)
Reactivo Não Reactivo Inválido
Positivo Negativo Repetir a testagem com
novo teste e nova
amostra
Testagem rápida Recomenda-se a
de HIV, seguindo retestagem de acordo
o algoritmo com a exposição e risco
nacional (Usando a tabela de
frequência de testagem
para casos negativos)
Se confirmado HIV
positivo, referir para os
C&T.
Se HIV negativo,
considerar negativo.
67
68
69
MISAU
Teste rápido de HIV OraQuick Conservar o kit:
(Para utilização com fluídos orais) 2 – 30 °C
• Verificar o kit antes de utilizar. Usar apenas itens dentro do prazo de validade e que não estejam danificados.
• Não comer ou beber, pelo menos 15 minutos antes da realização do teste
• Não fazer a higienização oral, pelo menos 30 minutos antes da realização do teste
• Se estiver em TARV, PreP ou PPE poderá ter um resultado falso negativo
• Esta descrição não substitui o folheto informativo do produto.
70
71
72
73
Algoritmo de Testagem do HIV para Testes Rápido
Primeira Visita
1˚ Teste
DETERMINE
2˚ Teste
UNIGOLD
Repetir
imediatamente a
colheita e INDETERMINADO
repetir
algoritmo.
Se permanecer
indeterminado,
marcar nova
testagem para 4
semanas depois.
2a Visita
Repetir Algoritmo
74
75
Fluxograma Para Rastreio de VPI
Aconselhamento
Teste de
Prevenção de HIV HIV STOP
Se o paciente apresentar
sinais de VPI, referir aos HIV- Não prosseguir com
serviços de VBG
Processo de Revelação
HIV+ ou Notificação de
Parceiros
ACONSELHAMENTO
→ Revelação do Sero-Estado e
Testagem de Parceiros Sexuais
Referir o Paciente
REFORÇAR aos Serviços de VBG
Aconselhamento para
NÃO Rastreio de
Revelação de
há Risco de VPI Risco de VPI
Diagnóstico e Testagem
de Parceiro
HÁ Risco de VPI
(LIVES)
76
Suporte Solidário de Primeira Linha (LIVES)
• O apoio ou Suporte Solidário de Primeira Linha é uma abordagem de
aconselhamento centrado na sobrevivência e na diminuição do risco.
Componentes do Apoio de Primeira Linha no âmbito do VPI
• Escuta: Escutar atenta e activamente o utente com empatia e sem julgamento.
• Consulta: Avaliar e responda às necessidades e preocupações emocionais,
físicas, sociais e práticas que o utente apresenta.
• Validação: Mostrar que entende, acredita e valoriza o a informação incluindo
as preocupações que o utente apresenta.
• Segurança: Priorizar a segurança do utente, ajudando-o a encontrar soluções
que o protejam de mais danos.
• Encaminhamento: Ajudar o utente, encaminhando-o aos serviços de
referência apropriados, incluindo os serviços psicossociais, clínicos e legais.
77
CMAM - Modelo Testes Rápidos___
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Folha
MINISTÉRIO DA SAÚDE Mapa Consumo deTestes Rápidos Número:
Central de Medicamentos e Artigos Médicos
Unidade Sanitária: Província:
Distrito: Ano: Mês:
Duo-Teste HIV-
Determine Testes Unigold Testes Sifilis Testes Malária Testes
sifilis
Assinatura
Depósito/Serviço
Data
Positivos Sífilis
Injustificados
Injustificados
Injustificados
Injustificados
Injustificados
Injustificados
Positivos HIV
Utilizador
Consumo
Consumo
Consumo
Consumo
Consumo
Consumo
Positivos
Positivos
Positivos
Positivos
Positivos
1
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
Data de elaboração:
Nota: Mapa de Preenchimento Obrigatório na serviços de testagem Versão nº 1.3 Mar2021
78
79
80
81
Norma de retestagem para casos HIV negativos
População Recomendação da Retestagem
População em geral Anualmente: De acordo com avaliação de risco
Adolescentes e Jovens Anualmente: De acordo com avaliação de risco
Parceiro (a) seronegativo (a) de casal sero
Anualmente: De acordo com avaliação de risco
discordante
Semestralmente: De acordo com avaliação de
População chave (HSH, PID, REC, TG e TS) risco
Mulher grávida e seus parceiros sexuais Retestar trimestralmente até ao parto
Trimestralmente até ao 9 mê pós-parto
Mulher lactante
(Após o parto, retestagem anualmente de
acordo com avaliação de risco)
Em casos de exposição ocupacional e/ou Testagem inicial dentro de 72 horas, a seguir,
violência sexual na 4ª semana, no 3º e no 6º mês após a testagem
inicial
Utentes em Prep Retestar trimestralmente
República de Moçambique
Direcção Nacional de Saúde Pública - Ministério da Saúde
Programa Nacional de Controle das ITS, HIV/SIDA
UTENTE DIAGNÓSTICADO
HIV+ NA US OU NA
COMUNIDADE LIGADO AOS
CUIDADOS E TRATAMENTO
UTENTE LIGADO
NÃO
AOS C&T
Nota:
82
83
84
85