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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVÍNCIA DA ZAMBÉZIA
CONSELHO EXECUTIVO PROVINCIAL
DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE

MANUAL PRÁTICO
SIS, MONITORIA & AVALIAÇÃO E
PLANIFICAÇÃO EM SAÚDE

Por:
Jaime B. Culuze
Honório F. A. Sousa

Zambézia, 2020
República de Moçambique
Província da Zambézia
Conselho Executivo Provincial
Direcção Provincial de Saúde

Manual Prático
Sistema de Informação de Saúde, Monitoria &
Avaliação e Planificação em Saúde

Por:
Jaime B. Culuze – Médico de Clínica Geral de 1ª
Honório F. A. Sousa – Técnico de Estatística Sanitária

Financiado por:

República de Moçambique
Governo da Província da Zambézia
Direcção Provincial de Saúde
FICHA TÉCNICA

© 2020, Direcção Provincial de Saúde – Zambézia


Coordenação
Dr. Blayton Titos Caetano
Médico de Clínica Geral de 1ª
Director Provincial de Serviços de
Saúde
Ficha técnica
Dr. Oscar Ganizane Hawad
Título: Manual Prático de SIS – Monitoria & Avaliação
Médico de Clínica Geral de 1ª
e Planificação em Saúde
Médico Chefe Provincial

Autores
Dr. Hidayat Ulláh Kassim
Jaime Baraja Culuze
Médico de Clínica Geral de 2ª
Honório Francisco A. Sousa
Ex. Director Provincial de Saúde

Revisão
Dr. Daniel Simone Nhachengo
Chefe do Departamento de Planificação e Economia
Sanitária-MISAU

Dr. Hélder Macul


Chefe do Departamento de Informação para Saúde-MISAU

Colaboração
Felicidade Consula, Ibério Gonhele
Fidel Andre João, Edelina Mazivila
Inoque Carlos, Francisco Moreno
Antonieta Inácio, Fernando Obadias
Florinda Cumbe, Idalina Frio, Salimo Assane
Ofélia Meneses, Remígio Chicuava, José Mundai

I
LISTA DE SÍGLAS

AQD Avaliação de Qualidade de Dados


ATS Aconselhamento e Testagem para saúde
CACUM Cancro de Colo do Útero e da Mama
CPF Consulta de Planeamento Familiar
CPN Consulta Pré Natal
CPP Consulta Pós Parto
CS Centro de Saúde
DDS Direcção Distrital de Saúde
DPS Direcção Provincial de Saúde
DPPC Departamento Provincial de Planificação e Cooperação
DPSP Departamento Provincial de Saúde Pública
GA Grupo Alvo
HCQ Hospital Central de Quelimane
HD Hospital Distrital
HGQ Hospital Geral de Quelimane
HR Hospital Rural
INE Instituto Nacional de Estatística
IQV Índice de Quebra Vacinal
M&A Monitoria e Avaliação
MIF Mulheres em Idade Fértil
MISAU Ministério da Saúde
MQ Melhoria de Qualidade
NED Núcleo de Estatística Distrital
OE Orçamento do Estado
OMS Organização Mundial de Saúde
ONG Organização Não-Governamental
PTV Prevenção de Transmissão Vertical
RT Raio Teórico
SDSMAS Serviços Distritais de Saúde Mulher e Acção Social
SIS Sistema de Informação de Saúde
SISMA Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação
SMI Saúde Materno Infantil
SMART Specific Measurable Attainable Relevant and Time based
TARV Tratamento Anti Retro Viral
TDR Teste de Diagnóstico Rápido
TUV Taxa de Utilização de Vacina
UA Unidade de Atendimento
US Unidade Sanitária

II
PREFÁCIO

O presente manual é o fruto duma reflexão exposta continuamente pelos técnicos e gestores de
informação a nível distrital, técnicos recém-graduados e estudantes estagiários na área de saúde.
Em resposta, foi elaborado o presente manual para servir de instrumento de consulta e de apoio
para desenvolvimento de várias tarefas nos Sistemas de Informação para Saúde, Planificação e
Monitoria e Avaliação.

É com enorme satisfação que apresentamos este manual, desenvolvido com o principal objectivo
de impulsionar os usuários a conhecerem diferentes indicadores de saúde, e estratégias para
melhoria de qualidade de informação. O Manual será usado nas Direcções Distritais de Saúde,
Mulher e Acção Social (SDSMAS), nos Institutos de Formação de Saúde (IFS) e pelos demais
interessados no conteúdo abordado.

O nosso reconhecimento vai para todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para
materialização e divulgação do presente manual.

Quelimane, 23 de Julho de 2020

O Director Provincial de Saúde

_____________________

Dr. Blayton Titos Caetano

/Médico de Clínica Geral de 1ª/

III
ÍNDICE

FICHA TÉCNICA .............................................................................................................................. i


LISTA DE SÍGLAS ........................................................................................................................... ii
PREFÁCIO...................................................................................................................................... iii

CAPÍTULO I: SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE SAÚDE

1.1 Actividades do Sistema de Informação de Saúde .................................................................. 1


1.2 Fluxo e periodicidade de dados ............................................................................................. 1
1.3 Objectivos do Sistema de Informação de Saúde .................................................................... 2
1.4 Finalidade do Sistema de Informação de Saúde .................................................................... 2
1.6 Esquema de Ciclo de informação .......................................................................................... 3
1.7 Elementos e intervenientes do Sistema de Informação .......................................................... 3
1.8 Tipos de indicadores de saúde .............................................................................................. 4
1.9 Definição de metas e grupos alvos ........................................................................................ 5
1.10 Redistribuição de metas distritais ......................................................................................... 7
1.11 Indicadores hospitalares .....................................................................................................10
1.12 Indicadores de disponibilidade ............................................................................................14
1.13 Programas de saúde e seus indicadores ............................................................................16
1.14 Utilização de SIS-MA ..........................................................................................................24
1.15 Apresentação de Informação ..............................................................................................29
1.16 Classificação das unidades sanitárias.................................................................................31

CAPÍTULO II: MONITORIA E AVALIAÇÃO

2.1 Conceito básico de Monitoria e Avaliação .............................................................................33


2.2 Objectivos de Monitoria e Avaliação .....................................................................................33
2.3 Principais Diferenças entre a Monitoria e Avaliação ..............................................................33
2.4 Métodos de Verificação de Qualidade de dados ...................................................................34
2.5 Metodologia de Discussão e Validação de dados .................................................................36
2.6 Avaliação de Qualidade de Dados ........................................................................................41
2.7 Supervisão e apoio técnico as Unidades Sanitárias ..............................................................43
2.8 Estratégias de melhoria do reporte e qualidade de dados.....................................................44

CAPÍTULO III: PLANIFICAÇÃO EM SAÚDE

3.1 Conceitos fundamentais de Planificação ...............................................................................45


3.2 Ciclo de Planificação.............................................................................................................46
3.3 Etapas de Planificação em Saúde ........................................................................................46
3.4 Definição de prioridades .......................................................................................................47
3.5 Cenário Fiscal .......................................................................................................................48
3.6 Plano Económico Social .......................................................................................................48
3.7 Cronograma de Elaboração do PES .....................................................................................49
3.8 Índice de Custos e Orçamentação ........................................................................................50
3.9 Equipe de Planificação a nível Distrital .................................................................................51
3.10 Principais documentos de planificação ...............................................................................51
3.11 Quadro de Gestão do NEP .................................................................................................51

ANEXOS

5.1 Tarefas básicas do Responsável do NED .............................................................................53


5.2 Tarefas básicas do Ponto Focal de Monitoria & Avaliação ....................................................54
6.3 Índices de Cálculo de Custo para estimação das necessidades orçamentais .......................55
5.4 Guião de supervisão de NED e Ponto focal de M&A .............................................................57
5.5 Distância (Km) Entre Sedes Distritais ...................................................................................58
5.6 Distância da Unidade Sanitária à Sede Distrital ....................................................................58
5.7 Unidades Sanitárias à beira da Estrada ................................................................................61
5.8 Coletânea de Indicadores de Saúde na Província da Zambézia ...........................................62
ÍNDICE DE TABELA, GRÁFICOS E FIGURAS

# Conteúdo Página
Índice de tabelas
Tabela 1 População do distrito de Milange 2017 (exemplo) 6
Tabela 2 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 7
Tabela 3 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 (Ex1, Passo 1) 8
Tabela 4 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 (Ex1, Passo 2) 8
Tabela 5 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 (Ex2, Passo 1) 9
Tabela 6 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 (Ex2, Passo 2) 9
Tabela 7 População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018 (Ex2, Passo 3) 10
Tabela 8 Apresentação de dados usando tabela 29
Tabela 9 Diferenças entre Monitoria e a Avaliação 33
Tabela 10 Critérios de verificação de qualidade de dados 35
Tabela 11 Exemplo de tabela de controle de chegada de relatórios 37
Tabela 12 Erros frequentes a serem verificados no SIS-MA 39
Tabela 13 Proposta de indicadores para verificação de qualidade de dados 40
Exemplo de uma avaliação de qualidade de dados em diferentes
Tabela 14 indicadores 43
Tabela 15 Cronograma de elaboração do Plano Económico Social 49
Tabela 16 Modelo do matriz do PES 50
Tabela 17 Classificação económica da despesa 50
Tabela 18 Instrumentos de gestão do núcleo de estatística e planificação 51
Índice de gráficos
Gráfico 1 Casos de Malária no distrito de Derre 2011-2013 (gráfico de coluna) 29
Gráfico 2 Casos de Malária no distrito de Derre 2011-2013 (gráfico de barra) 30
Gráfico 3 Causas de mortalidade materna, Derre 2014 (gráfico circular) 30
Tendência de casos de malária no distrito de Derre 2011-2016 (gráfico
Gráfico 4 de linha) 31
Índice de figuras
Figura 1 Fluxo de informação de saúde 1
Figura 2 Ciclo de informação 3
Figura 3 Principais intervenientes do Sistema de informação 3
Figura 4 Classificação de indicadores 4
Figura 5 Introdução de dados no SIS-MA 25
Figura 6 Ferramenta de taxa de submissão de relatórios no SIS-MA 26
Figura 7 Visualização de dados no SIS-MA 27
Figura 8 Área de actuação de M&A 34
Figura 9 Ciclo de planificação 46
Figura 10 Etapas de planificação 46
CAPÍTULO I SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE
SAÚDE

N
a área da saúde, várias estratégias tem sido implementadas no sentido de buscar modelos
mais adequados para garantir a gestão de informação e facilitar a análise de dados no
local onde são produzidos, possibilitando uma rápida intervenção no uso e na tomada de
decisão com base em evidências. A razão de implementar um bom sistema de informação
é essencialmente de ajudar na gestão de dados para flexibilizar a rápida tomada de decisão,
coordenação de acções, e no controlo do desempenho de programas de saúde.

O Sistema de informação de saúde é um conjunto de instrumentos, normas e actividades


relacionadas entre si, para produção de informação útil para a tomada de decisões na área de saúde.
Os instrumentos específicos do SIS são todos aqueles que permitem o registo, recolha, agregação,
envio e armazenamento de dados (impressos, os livros de registo e Sistemas electrónicos).

Como qualquer sistema, o SIS tem suas normas que são um conjunto de instruções que definem
como e quem deve realizar cada actividade, qual a periodicidade de envio e qual é o fluxo que os
dados devem seguir. A informação produzida na comunidade ou unidade sanitária, segue o seu
fluxo passando pelos Serviços Distritais de Saúde onde é introduzida no SIS-MA, tornando-se
imediatamente visível no sistema em todos níveis (Serviços Distritais de Saúde, Direcção Provincial
de Saúde e MISAU).

1.1 Actividades do Sistema de Informação de Saúde

O Sistema de informação compreende 9 actividades fundamentais onde o registo constitui o primeiro


elemento. A seguir, os dados devem ser colhidos e agregados em formulários padronizados,
passando pelo processo de controle de qualidade, apresentação, e interpretação dos mesmos para
a posterior envio aos níveis subsequente. Dependendo do nível onde ou quem recebe a informação
se encontra, este deve preparar uma retro-informação com a finalidade de melhorar a qualidade dos
dados e consequentemente a dos Serviços de Saúde prestados.

1.2 Fluxo e periodicidade de dados

Figura 1: Fluxo de informação

1
A informação deve possuir um conjunto de características que garanta a sua qualidade, tais como:

Precisão – a informação deve ser correcta e deve ser verdadeira.

Concisa – a informação deve ser fácil de manipular.

Simplicidade – ela deve ser de fácil compreensão.

Oportuna – ela deve estar disponível no momento em que precisamos dela.

1.3 Objectivos do Sistema de Informação de Saúde

 Ajudar na priorização e distribuição dos recursos,


 Programar as actividades;
 Avaliar as decisões tomadas através do processo de monitoria e avaliação.

1.4 Finalidade do Sistema de Informação de Saúde

 Contribuir para a melhoria da saúde individual e colectiva.

Para compreender o funcionamento do Sistema de informação para saúde, alguns conceitos devem
ser esclarecidos:

1.5 Conceitos básicos do SIS


Dado é uma observação de factos. Dado por si só não permite interpretações nem, portanto, tomada
de decisões. Um dado é uma representação numérica que reflecte algum aspecto da realidade, quer
dizer, constitui a caracterização de um fenómeno do mundo real.

Ex: Sexo masculino, 20 anos de idade,

Variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento da amostra ou população.

Ex: Sexo, Idade, Peso, etc.

Indicador é uma medida que pode ser utilizada para descrever uma situação actual comparando
lugares ou pessoas, ou para verificar mudanças no tempo. Permite fazer comparações e medir
mudanças de fenómenos num certo período de tempo.

Ex: Percentagem de pessoas infectadas pela COVID-19 na Província da Zambézia no primeiro


semestre de 2020.

Informação é constituída por dados agregados segundo o tempo, espaço e população.

A informação permite interpretar a realidade na qual operamos, comparar a mesma situação em


diferentes períodos de tempo, e também permite comparar diferentes situações ao mesmo tempo.

Sistema de informação é um conjunto de instrumentos, normas e procedimentos existentes com a


finalidade de colher, recuperar, processar e disponibilizar informação.

Sempre que se fala de um sistema refere-se a um conjunto de elementos inter-relacionados que


trabalham juntos para o alcance de um objectivo comum.

2
Sistema de informação para saúde é um conjunto de instrumentos, normas, actividades
relacionadas entre si e que produzem informação útil para a tomada de decisões na área de saúde.

Ciclo de Informação – é uma representação gráfica as actividades principais que possibilitam que
os dados colhidos nos serviços de saúde sejam analisados, apresentados, partilhados e
transformados em informação útil para a tomada de decisão.

1.6 Esquema de Ciclo de informação

Figura 2: Ciclo de informação

Onde estamos?

Fontes de dados e
instrumentos de registo
Como saber se Qual será caminho a
alcançamos a meta? Informação de seguir?
qualidade em
Interpretação e tomada todas as etapas Compilação e análise
de decisão

Relatórios, tabelas e gráficos

Como chegar a meta


pretendida?

O ciclo ilustrado acima é uma ferramenta útil que pode ser usado como um dos mecanismos para
fazer o diagnóstico situacional, apurar as limitações existentes na manipulação de dados sobretudo
aquelas que alteram a qualidade dos dados.

1.7 Elementos e intervenientes do Sistema de Informação


Figura 3: Principais intervenientes do sistema de informação

Tecnologia Fornecedores

Agentes
Capacidade Pessoas Ambiente
reguladores

Elementos do Intervenientes do
sistema de sistema de
informação informação

Organizações Cultura Interessados Clientes

Convicções Concorrentes

Elementos Intervenientes

3
A Estatística e Estatísticas

Estatísticas é conjunto de dados ou observações apresentadas de forma minimamente organizada.


Estatística é a ciência que utiliza as teorias probabilísticas para explicar a frequência da ocorrência
de eventos, tanto em estudos observacionais quanto em experimentos
para modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de
fenômenos futuros, conforme o caso.
A estatística é uma ciência que se dedica à colecta, análise e interpretação de dados. Preocupa-se
com os métodos de recolha, organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim
como tirar conclusões sobre as características das fontes donde estes foram retirados, para melhor
compreender as situações.
Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, a planificação, a sumarização e a interpretação
de observações. Por outro lado a estatística define-se como um ramo da teoria da decisão.

1.8 Tipos de indicadores de saúde

A qualidade de um indicador, depende, em grande medida, da qualidade dos seus componentes


originais, nomeadamente dos dados utilizados na sua construção, a utilização sistemática de
definições operacionais, e de métodos de medida e recolha.
Os indicadores podem ter vários formatos (número, razão, Proporção, taxa, rácio) dependendo do
objectivo do programa e da ideia central da informação a ser reportada.

Os indicadores podem ser classificados em cinco tipos ou níveis:


Figura 4: Classifcação dos indicadores

Refere-se a todos
Recursos ou Insumos

meios materiais
ou consumíveis Refere-se
Processo

que concorrem actividades nos


para execução de quais recursos ou
actividades do
Producto

insumos são Refere-se


programa. usados para
alcançar os aos serviços
Resultado

resultados ou resultados Refere-se


Ex:
esperados dos que um efeitos
- Dinheiro Refe-se efeitos
Impacto

programas. programa imediatos de longo prazo,


- Livro de registo deve ou pode ser
- Técnicos de Ex: alcançar com intermédios positivos ou
medicina os recursos de uma negativos
preventiva - Formações, produzido pelas
investidos. intervenção.
- Reagente para - Contratação do intervenções
exames pessoal directas ou
laboratoriais. indirectas.
.

A Razão e a Proporção

Razão e proporção são claramente definidos e não podem ser usados como sinónimos.

4
Razão – quociente entre duas medidas relacionadas entre si, onde o denominador não inclui o
numerador. São duas entidades separadas e distintas.
𝑎 𝐻𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠
Ex: 𝑏 ou
𝑀𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠

Proporção – quociente entre duas medidas, estando o numerador incluído no denominador, pode
ser usada para estimar a probabilidade de ocorrência de um evento.
𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝐻𝐼𝑉+
Ex:𝑎+𝑏 ou
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠

Qualidade e/ou características de um indicador


Quando se constrói um indicador, deve-se ter em conta os critérios SMART para facilitar a monitoria
dos resultados. Um indicador deve ser:

Específico: não deve ser vago. Mede apenas o que é suposto medir;

Mensurável: deve ilustrar a dimensão ou característica que se pretende conhecer. Como vai saber
se o atingiu ou não?;

Atingível: Refere-se a um indicador como base de dados disponíveis e com capacidade de bom
desempenho ser alcançado;

Realista: é bom que seja exequível e real;

Temporizável: o indicador deve estar disponível em tempo útil para o efeito pretendido.

1.9 Definição de metas e grupos alvos

A determinação de grupo alvo e metas é o passo primordial para o sucesso de qualquer intervenção
na área de saúde. É importante também para definir quem deve se beneficiar de um determinado
Serviço ou mensagens de uma determinada campanha. É necessário que se conheça as
características da população sobre a qual a intervenção é dirigida. No Serviço Nacional de Saúde,
vários grupos alvos são definidos dependendo do serviço oferecido a comunidade.
As metas devem ser definidas tendo em conta todas as margens que podem influenciar para o êxito
ou fracasso de uma actividade. A distribuição das metas deve ser equitativa. Vários factores como
a densidade populacional, disponibilidade de recursos e acessibilidade devem ser observados para
fixar a meta a ser alcançada.

População é um conjunto de elementos que apresentam pelo menos, uma característica comum. A
população constitui a base para definição de grupos alvos.
Ex: Pessoas residentes da Localidade de Chapala no distrito de Alto Molócuè.

Grupo Alvo - é uma parte duma população que necessita dum certo tipo de serviço ou cuidado. O
grupo alvo pode ser expresso em número ou percentagem.

5
Ex: Dentre as mulheres em idade fértil, aquelas que precisam de assistência para o Planeamento
Familiar (24.9%).

Meta - é o número de indivíduos, dentro de cada grupo alvo, aos quais foi programado dar
assistência durante um certo período.
Ex: Esta previsto o rastreio de cancro da mama em 2.250 mulheres na Consulta de CPF.

Realizado (ou actividade realizada) corresponde ao número de indivíduos que, dentro de cada grupo
alvo, beneficiaram-se de um determinado serviço.

Realizado Cumulativo corresponde ao número agregado de indivíduos que foram assistidos pela
primeira vez desde o início da oferta do serviço.

𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
Cobertura = 𝑥100 Índice Cumprimento = 𝑥100
Grupo alvo Meta

Para determinarmos o grupo alvo, surge sempre uma pergunta de partida que ajuda a raciocinar e
buscar o que será selecionado para fazer parte desses elementos.
A tabela abaixo mostra a população do distrito de Milange em 2017, qual é o grupo alvo entre as
mulheres que devem se beneficiar de serviços de planeamento familiar?

Tabela1: População do distrito de Milange 2017


Para obter o número de MIF’s é
necessário identificar o sexo e as idades
ou faixas etárias que devem ser
agregadas

Somatório de todas as idades (Total de MIF 15-49)

34155+33671+28773+22188+17107+13096+12356 = 161346

Após soma de todas as idades pode-se dizer


categoricamente que no distrito de Milange tem
um total de 161346 mulheres entre 15 e 49
anos (MIFs).

Fonte: INE 2017

6
Para conhecer a percentagem das mulheres de 15 a 49 anos existentes no distrito de Milange, deve-
se determinar o coeficiente, iniciando com a seguinte pergunta de partida:

𝐐𝐮𝐚𝐥 é 𝐚 𝐩𝐞𝐫𝐜𝐞𝐧𝐭𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐌𝐈𝐅`𝐬 (𝟏𝟓 − 𝟒𝟗 𝐚𝐧𝐨𝐬)?

Dependendo do grupo alvo que foi definido, a população geral é fundamental para conhecer em
percentagem a significância do grupo alvo. Calcular o grupo alvo em percentagem é efectuar a
relação com a população geral na qual o grupo alvo foi extraído.

161346
% de MIFs (Mulheres de 15-49 anos) = 𝑥100 = 23.3% O número e a
691850
percentagem de MIF’s que devem se beneficiar do planeamento familiar é 161346 e 23.3%
respectivamente.

Quando conhecemos o nosso grupo alvo seja ela em forma numérica ou percentual torna fácil traçar
a meta. Por exemplo, se a meta a alcançar é de 30% de cobertura e não se conhece o número
absoluto, pode se determinar da seguinte maneira:

Meta absoluta = GA x 30% = 161346 x 30% = 48404

Se a meta fosse estabelecida em forma numérica 48.404 encontraríamos o 30% de seguinte


𝑴𝑨 𝟒𝟖𝟒𝟎𝟒
maneira: Meta Percentual = = = 𝟑𝟎%
𝑮𝑨 𝟏𝟔𝟏𝟑𝟒𝟔

O distrito de Milange deve realizar pelo menos 48.404 primeiras consultas de planeamento familiar
em mulheres entre 15 e 49 anos de idades.

1.10 Redistribuição de metas distritais

Normalmente as metas são definidas seguindo a ordem descendente ou seja o MISAU atribui a meta
a DPS, e de seguida a DPS atribuí aos SDSMAS. Ao nível do distrito, depois de recepção das metas
uma redistribuição imediata deve ocorrer no sentido de fazer chegar as unidades sanitárias.

As metas podem ser disponibilizadas em forma de número (número de pacientes novos inícios TARV
no ano 2018) ou em forma de percentagem (Alcançar 90% de novos inícios TARV entre pacientes
diagnosticados HIV positivo). Independentemente do formato de metas atribuídas, o distrito precisa
redistribuir às metas as unidades sanitárias. Dentre várias formas de atribuição de metas, observe
abaixo o exercício simplificado de redistribuição de metas.

1.10.1 Redistribuição de metas percentuais

7
A tabela acima demostra as unidades sanitárias com respectiva população e grupo alvo para cada
uma delas, a meta estimada é de 30% do GA. Como pode se observar, as linhas vazias precisam
de ser preenchidas com o número absoluto que cada unidade sanitária deve realizar. Para este
caso seria possível fazer o seguinte procedimento:

Passo 1: Multiplicar o grupo alvo pela percentagem da meta atribuída

Tabela 3: População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018

Ao multiplicar o grupo alvo com a percentagem de meta atribuída, ira resultar em meta absoluta ou
seja o número mínimo de mulheres que devem se beneficiar dos serviços.

Passo 2: Arrastar a fórmula para que todas as unidades sanitárias tenham metas.

Tabela 4: População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018

No passo 2 verifica-se que todas as unidades sanitárias possuem as metas, facilitando a monitoria
e avaliação das actividades.

1.10.2 Redistribuição de metas absolutas

A tabela que se segue mostra as unidades sanitárias do distrito de Mulevala, a sua população e a
meta que o distrito foi atribuído. Nesse caso apenas é conhecido o número de pacientes que devem

8
iniciar TARV no distrito como um todo, mas ainda o número precisa ser redistribuído para cada
unidade sanitária. Usando os cálculos básicos do Excel pode-se redistribuir usando seguintes
passos:

Passo 1: Determinar a proporção da população de cada área de saúde em relação a população


total.

Tabela 5: População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018

Esse exercício irá ajudar a determinar as áreas de maior concentração populacional e que possam
trazer mais contributos ou resultados para o alcance da meta.

A presença do Cifrão na fórmula é facultativo, a sua função é de facilitar no momento de arrastar


para outras unidades, pois sem ele terá que fazer uma por uma até a última unidade sanitária. O
Sifrão pode ser activado facilmente clicando o F4 na seleção da célula F21 ou inserindo o símbolo
de dólar “$” entre a/as letra/as da célula fixa, como mostra o exemplo na tabela.

Passo 2: Arrastar para conhecer o peso populacional de cada unidade sanitária

Tabela 6: População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018

9
Ao arrastar é sempre importante conferir se realmente a linha do número total é sempre 100%, pois
se for diferente, algo está errado com a fórmula. Ainda não foi redistribuída a meta por unidade
sanitária mas um grande passo foi dado para encontrar os pacientes que cada unidade sanitária
deve iniciar o tratamento antirretroviral.

Passo 3: Multiplicar a percentagem correspondente a cada unidade sanitária por total de meta que
o distrito foi atribuído.

Tabela 7: População e grupo alvo, distrito de Mulevala 2018

Nessa
fase terá redistribuído as metas, conhecendo o esforço que cada unidade sanitária deve imprimir
para contribuir o cumprimento de meta distrital.

1.11 Indicadores hospitalares

A gestão hospitalar é bastante complexa, requer indicadores padronizados para guiar as decisões
estratégicas de um hospital. Os indicadores são nada mais do que números traduzidos em
informação, tais índices servem para a avaliação de desempenho do hospital. Neste contexto trata-
se de indicadores da área assistencial que se aferem ao regime ambulatória de internamento e
urgências.

1.11.1 Indicadores de Urgências

Percentagem de doentes em Sala de Observação com internamento igual ou maior a 24


horas

Doentes com estadia igual ou mais de 24 horas em observacão


Fórmula= x 100
N° de doentes dia em observacão

Significado: Permite avaliar a eficácia e a qualidade da atenção do serviço de emergência, assim


como sua inter-relação com os serviços de apoio ao diagnóstico e hospitalização.

Padrão aceitável: Hospital distrital: 5% Hospital Provinciais e Gerais: 8% Hospital Central: 10%

10
Taxa de Reinternamento a Emergência em menos de 24 horas

Reinternamento a Emergência em menos de 24 Horas


Fórmula= x 100
N° de altas de Emergência

Significado: Avalia a qualidade do serviço no manejo dos pacientes atendidos na Emergência


do hospital.

Padrão aceitável: Hospital Distrital 1%, Hospital Provinciais e Gerais 2% e Hospital Central 3%

Taxas de Reinternamento (< de 07 dias)

N° de Reinternamentos em menos de 7 dias


Fórmula= x 100
N° Total de altas

Significado: Serve para avaliar a qualidade da atenção hospitalar.

Taxa de Infeções Intra-hospitalares

N° de doentes com Infecções Intra-hospitalarias


Fórmula= x 100
N° Total de altas no mesmo período

Significado: Permite avaliar a qualidade da atenção hospitalar. Pode identificar e medir as causas
que originam as infeções intra-hospitalares. Pode-se aplicar de maneira global ou específica, isto é,
a todo os blocos do hospital e/ou em determinado serviço/bloco.

Padrão aceitável: Hospitais distritais 10%, Hospital Provincial e Geral 8%, Hospital Central 6%.

Percentagem de Intervenções Cirúrgicas de Emergência

N° de Intervenções cirúrgicas de Emergência


𝐹ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 x 100
N° Intervenções cirúrgicas Executadas

Significado: Mede a participação das intervenções Cirúrgicas realizadas aos pacientes ingressados
ao serviço na situação de emergência em relação ao total de intervenções Cirúrgicas realizadas.

Padrão aceitável: Hospital Distritais 5%, Hospital Provinciais e Gerais 8% e Hospital Central 10%.

11
Grau de Cumprimento de Horário Médico

N° de Consultas Médicas
Fórmula=
Total de Horas Médicas Efectivas

Significado: Mede o cumprimento da programação das horas médico na consulta externa. Pode
utilizar-se para determinar o grau de cumprimento hora médico individual, de um grupo de médicos
de um serviço ou especialidade, ou do conjunto de médicos de consulta externa.

Padrão aceitável: Rendimento de, igual ou mais de 90%

1.11.2 Indicadores de Rendimento Hospitalar

Taxa de Ocupação de Cama

Número de dias/camas ocupadas (DCO`s)


Fórmula= x 100
Número de dias x Número de camas
Significado: É o indicador que mede em percentagem (%) o volume de doentes internados nas
enfermarias dum hospital.

Padrão aceitável: Entre 80% e 90%

Tempo Médio de Internamento

Dias Camas Ocupada (DCO`s)


Fórmula= x Nº de meses
Número total de Altas

Significado: É o indicador que mede a média dos dias de permanência dos doentes numa enfermaria
durante um período determinado. No numerador coloca-se o total de dias de internamento (dias
camas ocupadas) numa enfermaria, num período determinado, no denominador coloca-se o total
de altas da mesma enfermaria no mesmo período.

Padrão aceitável: Hospitais distritais 4, Hospital Provinciais e Gerais 6, Hospital Central 7.

Rendimento de cama hospitalar

Número total de altas


Fórmula=
Número total de camas reais

Significado: Mede a utilização de uma cama durante um período determinado de tempo


(rendimento), é uma variável influenciada pela média de estadia (aumenta com tratamentos
inadequados, ingressos, demora na alta dos pacientes etc.).

Padrão aceitável: Hospital Distrital 7 x mês, Hospital Provincial e Geral 5 x mês e Hospital Central 4
x mês.

12
1.11.3 Indicadores de utilização e eficiência

Índice de Rotação de Cama

(Camas x Nº de dias) - DCO`s


Fórmula=
Número total de Altas

Significado: O indicador mede o tempo em que permanece a cama vazia entre uma alta e o
subsequente internamento à mesma cama. Padrão aceitável: 1 dia

Taxa Geral Bruta de Mortalidade

N° de Mortes ocorridas num período de tempo


Fórmula= x 100
N° Total de altas no mesmo período

Significado: Quantifica a ocorrência das mortes hospitalares num determinado período de tempo.

Padrão aceitável: Hospital Distrital 4%, Hospital Provincial e Geral 4% e Hospital Central 5%. (OMS)

Taxa de letalidade

N° de Mortes por uma patologia


Fórmula= x 100
N° Total de altas por a mesma patologia

Significado: Quantifica a proporção de falecidos de uma patologia num determinado período de


tempo.

Taxa de Abandono

Número total de abandonos


Fórmula= 𝑥100
Número total de altas

Significado: Indica o número de pacientes que por razões várias, abandonam o hospital. Mostram a
capacidade e eficiência da estrutura em satisfazer as necessidades dos pacientes.

Taxa de Transferência

Número total de transferências


Fórmula= 𝑥100
Número total de altas

Significado: Indica o número de pacientes que são transferidos para uma estrutura superior
ou inferior não sendo a solução do problema possível no hospital onde o paciente esteja
internado. Demostra o grau de eficiência de sistema de referência e de triagem do hospital.

13
1.12 Indicadores de disponibilidade

A prestação e utilização de cuidados de saúde é determinada pela disponibilidade de recursos


(humanos, infra-estruturais ou materiais) e a sua funcionalidade para garantir os serviços de saúde
qualificados. A disponibilidade de recursos de saúde não significa necessariamente a sua utilização,
pois, para além da disponibilidade de cuidados de saúde, há problemas com a sua acessibilidade e
da sua aceitabilidade.

Rácio Médico Habitante

Número total de habitantes


Fórmula=
Número total de médicos

Reflete em média o número de habitantes que um médico deve atender num determinado distrito ou
área de saúde. Para calcular este indicador é necessário conhecer o tamanho da população e o
número exacto de médicos existentes na área de saúde pós deve ser um médico activo, presente e
pronto para atender o paciente.

Relação entre técnicos de saúde e habitante

Número total de habitantes


Fórmula=
Número total de técnicos de saúde

Reflete em média o número de habitantes que um médico deve atender num determinado distrito ou
área de saúde. Para calcular este indicador é necessário conhecer o tamanho da população e o
número exacto de médicos existentes na área de saúde.

Uma das solicitações dos indicadores de disponibilidade de recursos é o número de médicos ou


técnico de saúde em cada 100.000 habitantes, este indicador mede a necessidade e alocação
equitativa dos médicos ou profissionais de saúde no geral. Mostra igualmente o quanto o Sistema
Nacional de Saúde responde com a colocação de profissionais de saúde em detrimento do
crescimento populacional.

Relação entre técnicos de saúde e habitante em cada 100.000 habitantes

Número total de técnicos de saúde


Fórmula= 𝑥100.000
Número total de habitantes

14
Relação entre o número de camas hospitalares e habitantes

Número total de habitantes


Fórmula=
Número total de camas hospitalares

Este indicador traduz a disponibilidade dum recurso infra-estrutural (as camas hospitalares) em
relação a população.

Relação entre o número ou tipo de unidades sanitárias e habitantes


Revela a disponibilidade média de unidades sanitárias de prestação de cuidados de saúde, pois as
unidades sanitárias de outros níveis têm uma influência reduzida na massa populacional.

Número total de habitantes


Fórmula=
Número total de unidades sanitárias do nível primário

Raio de Acção teórico

RT = Raio de Acção Teórico


𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 US = unidades sanitárias do nível
RT= √ primário
𝑁º 𝑑𝑒 𝑈𝑆∗𝜋 𝛑 = 3,14
O Raio de acção teórico mede em média a distância em km que os habitantes percorrem para
alcançar uma unidade sanitária. Quanto mais menor o raio de acção, maior é a acessibilidade aos
Serviços de saúde.
Ideal: <8km para zona Rural e 1 a 4km para Zona Urbana (Diploma Ministerial 2002)

Unidade de Atendimento
Unidades de Atendimentos são utilizadas para calcular os indicadores de carga de trabalho. Foram
concebidas para os Cuidados de Saúde Primários, com base no tempo médio que o pessoal deveria
empregar para a sua realização, garantindo uma boa qualidade.

São o resultado da soma de várias actividades multiplicadas pelo tempo que se estima seja
necessário para as realizar. Cada Unidade de Atendimento (1 UA) = 10 minutos de trabalho.

Assim, calculam-se as UA’s da seguinte forma:

15
Unidades de Atendimento: Total de Internamento (Geral e de Maternidade) x 9 UA + Total de
Partos x 12 UA + Total de Vacinações x 0,5 UA + Total de Contactos de SMI x 1 UA+ Total de
Consultas Externas x 1 UA + Total de Consultas de Estomatologia x 2 UA.

UA = (CEX1)+(C.Estom.X2)+(DCO´SX9)+(PartosX12)+(CSMIX1)+(VacinX0,5)

Não incluem pensos, injecções, pequenas cirurgias, inspecções sanitárias etc. Não estão incluídas
as acções de farmácia e laboratório, consideradas resultantes das actividades curativas e de
internamento, nem as actividades cirúrgicas, que normalmente resultam em internamento.

Contactos de SMI: Correspondem à soma do Total de Consultas Pre-Natal + Total de 1as. Consulta
Post-Parto + Pilulas Distribuidas + DIU Inseridos + Injectáveis Aplicados + Implantes + Total das
Consultas dos 0 aos 4 Anos de Idade.

As UA subdividem-se em:

Unidades de Atendimentos Preventivas: Que são as Consultas Externas, Contáctos de SMI e


Vacinação;

Unidades de Atendimentos Curativas: Que são as Consultas de Estomatologia, DCO´s e Partos.

Consultas Externas e de Urgências

Por definição, as consultas externas referem-se aos actos médicos realizados ambulatoriamente em
uma sala adaptada para o fim de diagnóstico, tratamento ou acompanhamento de um paciente com
base na anamnese (história clínica) e no exame físico. Em termos leigo pode-se dizer que as
consultas externas são agendadas dependendo da necessidade do atendimento ou do volume de
pacientes que concorrem para serem observados na mesma especialidade.

Consulta de urgência é a prestação de tratamento a quem precisa de intervenção médica urgente,


tendo por objectivo estabilizar o paciente e atingir um nível de cuidados minimamente satisfatórios,
de modo a poder transportar a vítima em segurança para a próxima etapa no processo.

1.13 Programas de saúde e seus indicadores

Os programas de promoção da saúde consistem na divulgação de mensagens chaves e actividades


dirigidas à transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando nos seus estilos de vida e
promovendo uma modificação na sua maneira de pensar e agir.

Os programas ou atividades de promoção da saúde tendem a concentrar-se em componentes


educativos, primariamente relacionados com riscos comportamentais passíveis de mudanças.

Os desafios para a promoção da saúde, particularmente junto à população, sem dúvida, são
múltiplos, se levarmos em conta que os fatores que as colocam em situação de risco se originam
nos diferentes níveis de seu contexto de vida, nesse sentido são chamados todos os programas a
contribuir intervindo na sua área de actuação para proporcionar o bom estado de saúde a população.

A construção de um indicador é um processo de complexidade variável, desde a contagem directa


até ao cálculo de razões, proporções, taxas, ou índices mais complexos.

16
PROGRAMA DE SAÚDE MATERNO E INFANTIL

Para medir o desempenho do programa de SMI nos vários indicadores e imprimir resultados que
sejam úteis na definição de novas estratégias e priorização de onde os recursos e insumos devem
ser alocados vários indicadores devem ser calculados. O Programa de SMI tem várias componentes
(Consulta Pré-Natal, Partos Institucionais, Consulta Pós Parto, Consulta de criança Sadia entre
outros).

Cobertura de 1ªs consultas Pré-Natais

Nº de MG que tiveram 1ª CPN num determinado período


Cobertura 1ªCPN = 𝑥100
Total de Mulheres grávidas esperadas no mesmo período

Significado: Mostra até que ponto as mulheres grávidas procuram os serviços de saúde (consulta
pré-natal) para seguimento gestacional.

Percentagem de Mulheres grávidas que fizeram pelo menos 4ª consulta Pré - Natal

Nº de MG que fizeram pelo menos 4ª CPN num determinado período


%MG >=4ªCPN = 𝑥100
Total de Mulheres grávida que fizeram 1ª CPN no mesmo período

Significado: Revela em percentagem o peso das mulheres que foram seguidas até pelo menos 4ª
consulta pré-natal.

Cobertura de partos Institucionais

Nº de partos realizados num determinado período


Cobertura PI = 𝑥100
Total de Patos esperados no mesmo período

Significado: Indica a percentagem de partos que são assistidos dentro das maternidades.

Coberturas de consultas de Planeamento familiar

Nº de consultas de PF realizadas num determinado período


Cobertura CPF = 𝑥100
Total de MIFs existentes no mesmo período

Significado: Mostra a percentagem de MIF’s que adotou um método de planeamento familiar para
não ter mais filhos ou aumentar o intervalo de tempo entre os nascimentos através do recurso a
métodos contraceptivos.

Cobertura de Novas Utentes no método de PF

Nº de mulheres que iniciaram novo método de PF


Cobertura Novas utentes PF = 𝑥100
Total de MIFs existentes no mesmo período

Significado: Este indicador mostra a percentagem de mulheres que iniciou um novo método
de PF pela primeira vez na sua vida.

17
Casal Ano Protegido (CAP)

Multiplica-se a quantidade de cada método distribuído aos utentes por um fator de conversão, para
estimar a duração da proteção contraceptiva fornecida por unidade desse método. O CAP para cada
método são somados para obter o valor de CAP total. Os fatores de conversão são:

Contraceptivos orais: 15 (15 ciclos =1 CAP);


Injectáveis: 4 (4 aplicações = 1 CAP);
DIU (Cobre-T 380-A): 4.6 (1 DIU inserido = 4.6 CAP);
Implante (Jadelle): 3.8 (1 implante inserido = 3.8 CAP).

CAP = (Nº Ciclos*1/15)+(Nº DIU*4.6/1)+(Nº injectável*1/4)+(Nº implantes*3.8/1)

Significado: É a proteção estimada fornecida pelos serviços de saúde durante o período de um


ano, com base na quantidade de contraceptivos fornecidos aos utentes durante esse período.

Cobertura de Mulheres rastreadas para o Cancro de colo e de útero


Nº de mulheres rastreadas para o cancro de colo e de útero
Cobertura de CACU = 𝑥100
Total de MIFs existentes no mesmo período

Significado: Indica o quanto as mulheres em idade fértil são rastreadas para o cancro de colo e de
útero nas consultas de planeamento familiar.

Percentagem de Mulheres rastreadas para o Cancro de colo e útero

Nº de mulheres rastreadas para o cancro de colo e de útero


%rastreio de CACU = 𝑥100
Total de consultas de PF realizadas no mesmo período

Significado: mede a percentagem de mulheres que foram rastreadas para o cancro de colo de útero
dentre as mulheres que vieram na consulta de PF.

Taxa de mortalidade materna

Morte materna, segundo a classificação internacional de doenças (CID10), é a morte de uma mulher
durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou
localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por
medidas em relação a ela, porém não devida a causa acidentais.

Taxa de Mortalidade Materna Intra-hospitalar

Nº de óbitos maternos num determinado período


TMM = 𝑥100, 102 𝑜𝑢 103
Total de nados vivos no mesmo período

Significado: Mostra a chance que uma mulher tem de sobreviver após dar o parto dentro da
maternidade.

18
Taxa de Natimortalidade

Nº de nodos mortos num determinado período


TNM = 𝑥100
Total de nascimentos no mesmo período

Significado: Constitui um indicador do estado de saúde da população, indica o risco de uma mulher
sair sem o seu bebé vivo após o parto assistido.

PROGRAMA ALARGADO DE VACINAÇÃO

A vacinação constitui a primeira linha de defesa contra vários tipos de doenças infecciosas. Uma
criança não vacinada pode enfrentar graves enfermidades, incluindo doenças potencialmente não
tratáveis que podem ser mortais. A vacinação constitui a intervenção de saúde pública mais bem-
sucedida e eficaz em termos de custos para reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde da
criança. (IDS 2011, UNICEF 2009)

Cobertura de crianças completamente vacinadas

Nº de crianças de 0−11 meses completamente vacinadas


Cobertura de CCV = 𝑥100
Total de crianças de 0−11 meses existentes no mesmo período

Significado: Trata-se de um indicador de qualidade, mede o peso de crianças que foram seguidas
até completar todas as vacinas antes do seu primeiro aniversário.

Índice de quebra vacinal

IQV =
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑛𝑡𝑎1−𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑛𝑡𝑎3
𝑥100
Total realizado penta1

Significado: Revela a perca de crianças no intervalo entre primeira dose e a terceira dose. O ideal:
<10%.

IQV 𝑥100=
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝐵𝐶𝐺−𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑉𝐴𝑆
Total realizado BCG

Significado: Estabelece uma diferença entre as crianças que foram vacinadas na primeira vacina e
a última vacina antes de completar 1 ano de vida. O ideal: <10%.

Taxa de utilização de vacina

TUV =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠𝑒𝑠 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 (𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑐𝑖𝑛𝑎𝑠)
𝑥100
Total de doses gastas no mesmo período

Significado: Mostra a gestão de vacinas alocadas para vacinação de um determinado grupo alvo.

19
Taxa de desperdício de vacina

TDV =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠𝑒𝑠 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑠−𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠𝑒𝑠 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑥100
Total de doses gastas

Significado: Revela o uso racional de doses de vacinas alocadas para vacinar um determinado
grupo alvo numa área de saúde; orienta o quão o programa tem ou não o grau de desperdícios na
medição da sua eficiência.

PROGRAMA DE NUTRIÇÃO

Nutrição é um conjunto de processos, que envolve a ingestão, digestão, absorção, metabolismo e


excreção dos nutrientes, com a finalidade de produzir energia e manter as funções do organismo.
Até os 6 meses de idade, é indiscutível a importância do aleitamento materno exclusivo pois fornece
todos os nutrientes importantes para o bebê, além de anticorpos e outras substâncias fundamentais.

Taxa de mau crescimento

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚


TMC= 𝑥100
Total de crianças pesadas e que tem uma outra pesagem registada

Significado: Revela o estado de saúde da população nessa área de saúde, a percentagem acima
de 1.5% dá indícios de uma desnutrição ou a vulnerabilidade de doenças como diarreias, malária e
outras doenças associadas a redução do peso das crianças. Na classificação de mau crescimento,
é necessário assegurar 3 pesagens sucessivas consoante o calendário de pesagem das crianças
desde a nascença até 59 meses de idade (1º ano – mensal, 2º ano – bimensal, 3º e 4º ano –
trimestral e 5º ano – semestral).

Taxa de baixo peso à nascença

𝑁º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑎 2500𝑔


TMC= 𝑥100
Total de nados vivos no mesmo período

Significado: Revela não só o estado da criança mas também da mãe e da comunidade. A taxa
acima de 5% pode denunciar o fraco cuidado da mulher durante a gestação ou consumo de bebidas
alcoólicas, uso de drogas, desnutrição materna, infecções congénitas, pré-eclampsia e insuficiência
placentária.

Cobertura de Vitamina A em crianças de 6-59 meses

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑑𝑒 6−59 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑠𝑢𝑝𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑉𝑖𝑡𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎 𝐴


TMC= 𝑥100
Total de crianças de 6−59 meses existentes no mesmo período

Significado: Mostra a abrangência de crianças alvo para a suplementação de vitamina A. Vitamina


A pode ser administrada na unidade sanitária, na comunidade através de brigadas móveis ou
campanhas de saúde. Ideal > 95%

20
Cobertura de Mebendazol em crianças de 12-59 meses
𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑑𝑒 12−59 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑎𝑟𝑎𝑠𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑒𝑏𝑒𝑛𝑑𝑎𝑧𝑜𝑙
TMC= 𝑥100
Total de crianças de 12−59 meses existentes no mesmo período

Significado: Mostra a abrangência de crianças alvo para a desparasitação com mebendazol.


Ideal > 95%

Taxa de cura de pacientes em reabilitação nutricional

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠
TMC= 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎çã𝑜 𝑛𝑢𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙

Significado: Mostra a chance de um paciente sair curado após o internamento por desnutrição. A
taxa de cura maior de 80% indica o seguimento adequado de pacientes internados.

PROGRAMA DE CONTROLE DE MALÁRIA

Em Moçambique, segundo o relatório do PNCM, a malária é a principal causa de problemas de


saúde, sendo responsável por 40% de todas as consultas externas. Até 60% de doentes internados
nas enfermarias de pediatria são admitidos como resultado da malária severa. A malária é também
a principal causa de mortalidade nos hospitais em Moçambique, quase 30% de todos os óbitos
registados.

Cobertura de redes mosquiteiras na consulta pré-natal

𝑁º 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑔𝑟á𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑠𝑞𝑢𝑖𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠


C. REM= 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑔𝑟á𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑖𝑧𝑒𝑟𝑎𝑚 1ª 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: Trata-se de um indicador que mede em percentagem o peso das mulheres que
receberam a rede mosquiteira na consulta pré-natal para prevenção da malária.

Taxa de positividade de TDR

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑇𝐷𝑅 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜


Taxa positividade TDR = 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑇𝐷𝑅 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: mede a quantidade de pacientes que tiveram o resultado positivo no teste da malária.
A taxa acima de 50% revela que há maior índice de casos de malária ou a testagem é restringida
para pacientes com todos sinais sugestivo de malária.

21
Percentagem de pacientes com resultado positivos e tratados com AL

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝐴𝐿


Positividade AL= 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑎

Significado: Mostra o seguimento de pacientes após o resultado positivo confirmado. A


percentagem abaixo de 100% pode suscitar fraco registo ou a ruptura de stock que culmina com o
tratamento de malária com outros tipos de medicamentos.

PROGRAMA DE CONTROLE DE ITS-HIV/SIDA

O Plano Estratégico de Acção para a Prevenção e Controlo das ITS-HIVSIDA, 2018-2021, propõe
objectivos, estratégias, e acções que identificam responsabilidades que permitirão aos gestores e
implementadores traçar direcções e prioridades para responder aos constrangimentos causados
pelas Infecções de Transmissão Sexual, prevenindo e minimizando, deste modo, o impacto negativo
destas infeções na saúde e bem estar da população.

Taxa de positividade de HIV no ATS

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐻𝐼𝑉+


Positividade ATS= 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠

Significado: É a percentagem de pacientes que fizeram teste de HIV e o resultado foi positivo. A
alta taxa de positividade acima ou igual a 10% pode revelar a concentração de pessoas vivendo com
HIV.

Índice de cumprimento de novos pacientes início TARV

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖−𝑟𝑒𝑡𝑟𝑜𝑣𝑖𝑟𝑎𝑙


IC início TARV = 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑎𝑟 𝑇𝐴𝑅𝑉

Significado: É o grau de cumprimento em relação a meta estabelecida num determinado período.


O índice de cumprimento esperado é de 100%, a percentagem abaixo de 100 indica o não
cumprimento da meta que pode ser aliado a falha nas estratégias de implementação das actividades
ou atribuição de metas ambiciosas.

Cobertura de tratamento anti-retroviral

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑖−𝑟𝑒𝑡𝑟𝑜𝑣𝑖𝑟𝑎𝑙


Cobertura TARV = 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝐻𝐼𝑉

Significado: Mede em percentagem o número de pessoas HIV positivo em tratamento anti-retroviral


em relação ao total de pessoas vivendo com HIV.

22
PROGRAMA DE CONTROLE DE TUBERCULOSE

A principal via de transmissão da tuberculose é a via aérea. Cada episódio de tosse, num doente
com tuberculose pulmonar ou laringea com baciloscopia positiva, origina cerca de 3.500 gotículas
de aerossóis, que são invisíveis a olho nu, contendo bacilos da TB (bacilos de Koch ou BK).

Taxa de cura terapêutica de tuberculose

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠


TCT = 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Significado: Representa o êxito no tratamento de tuberculose, a consequente diminuição da


transmissão de doença, além de verificar indirectamente a qualidade da assistência aos pacientes.
A OMS recomenda que a taxa de cura seja superior a 85% para que a situação epidemiológica da
doença seja revertida.

Taxa de sucesso terapêutico de tuberculose

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠+𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑜 𝑛ã𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠


TCT = 𝑥100
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Significado: A proporção baixa de sucesso de terapia de casos de TB pode indicar dificuldade de


acesso dos indivíduos aos serviços de saúde.

Taxa de notificação de tuberculose

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑇𝐵 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠 𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜


TCT = 𝑥100.000
𝑁º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: Mostra a incidência de casos de tuberculose em cada 100.000 habitantes, revela o


quanto número de casos evoluem com a variação populacional.

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

O estudo epidemiológico de uma enfermidade, considerada como um processo dinâmico que


abrange a ecologia dos agentes infecciosos, o hospedeiro, os reservatórios e vetores, assim como
os complexos mecanismos que intervêm na propagação da infecção e a extensão com que essa
disseminação ocorre. (Raska, 1966).

23
Taxa de incidência

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜


TI = 𝑥100 𝑜𝑢 103 x
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: Indica a manifestação de uma determinada doença, a incidência refere-se apenas aos
novos casos.

Taxa de prevalência

𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 (𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑜𝑠)𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜


TP = 𝑥 100 𝑜𝑢 103 x
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: Mede a proporção da população que já tem a doença, serve ainda para calcular o risco
de doença que afligem uma determinada população.

Taxa de Letalidade
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
TP = 𝑥100x
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜

Significado: Reflete o quanto uma doença é mortal, é a proporção entre o número de mortes por
uma doença e o total de doentes que sofrem dessa doença.

1.14 Utilização de SIS-MA

SIS-MA significa Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação. É um sistema de


código aberto, baseado na plataforma DHIS2. Permite a recolha, armazenamento, e apoia na análise
e interpretação de dados de saúde para a tomada de decisão.

Acesso e vantagens do SIS-MA

Para ter acesso ao SIS-MA, o utilizador deve ser devidamente credenciado. As suas credenciais
(nome de utilizador e palavra passe) definem os níveis de acesso ao mesmo. O sistema é baseado
em “Web”, pelo que, através de um navegador, é acessível remotamente desde que haja conexão
à internet através de endereço-www.dhis2.org.mz. As suas funcionalidades permitem a visualização
de dados através de tabelas dinâmicas, gráficos e mapas.

24
Introdução de dados no SIS-MA

Como qualquer base de dados, o SIS-MA não foge as regras, precisa ser alimentado de dados vindo
de diferentes fontes e programas. Para melhor compreensão use esquema abaixo para facilitar o
processo de inserção de dados no SIS-MA.

Para ter acesso a ferramenta de introdução de dados precisa clicar no painel e escolher a ferramenta
que pretende utilizar.

Figura 5: Introdução de dados

A inserção de dados inicia clicando no primeiro campo que aparece no formulário e digite o valor
apropriado, em seguida move para o campo seguinte usando o botão Enter no seu teclado.

1.Selecione a unidade sanitária que pretende


introduzir os dados.

2.Selecione o formulário em função do resumo


mensal a ser introduzido seus dados.

3.Define o período, identificando o mês ou a


semana.

4.Insere os dados e use teclado “Enter” para


navegar de um campo para outro. Os campos
pintados a vermelho mostram a variação fora do
normal em relação aos meses anteriores.

5-6 Clique no botão “Executar validação” e em


seguida clique no “Completo” até que o botão
esteja inativo.

7.Após completar a ficha, a parte abaixo é


exibida a data que os dados foram inseridos e o
técnico que submeteu os dados.

Taxa de reportagem

Para iniciar a verificação usa-se a ferramenta “Relatório” que permite direcionar a uma área onde
pode selecionar o período e escolher a ficha pela qual quer medir o nível de submissão.

25
Figura 6: Ferramenta de taxa de submissão relatórios

A taxa de reportagem permite ver o nível de submissão de fichas esperadas, o grau de submissão
é medido em percentagem o que significa que o desejo é sempre de chegar a 100%.

Clique na ferramenta “Resumo


de taxa de reportagem” para
aceder a área de visualização de
taxa de reportagem.

1.Seleccione a unidade sanitária se pretende ver


todas as fichas que deveria submeter ou Distrito
para ver a submissão de uma ficha para cada
unidade sanitária.

2.Seleccione a ficha que pretende verificar o nível


de submissão.

3-4.Seleccione o período pelo qual pretende ver o


grau de submissão de fichas.

5.Clica em “obter relatório” para visualizar os


resultados.

6.Você pode baixar o relatório clicando num dos


formatos do ficheiro que aparece na tela.

7.O nível de submissão é exibida em


percentagem.

Extração de dados

Para que a informação seja usada para disseminar em diferentes níveis até mesmo o uso interno
para tomada de decisão, os dados devem ser extraídos para organizar e usar nos balanços
periódicos.

26
Figura 7: visualização de dados

No SIS-MA, uma das ferramentas que ajudam a extrair os dados é a “Visualização de dados” que
permite organizar elementos de dados de diferentes programas numa única tabela ou gráfico.

A ferramenta visualização de dados, permite selecionar vários dados agrupados ou detalhados em


diferentes períodos e níveis ou unidades organizacionais.

Qualquer exercício de visualização de dados, três perguntas devem ser respondidas: Que tipo de
dados pretende ilustrar? Em que período os dados devem pertencer? Qual é a unidade
organizacional?

Seleciona “Indicador” ou
“Elementos de dados” para dar
acesso aos programas. Esses dois
funcionam como bibliotecas onde os
programas são obras e os indicadores
são conteúdos.

Os programas são exibidos,


podendo selecionar e escolher os
dados que pretende extrair para
analisar.

Depois da selecção do programa e seus respectivos dados, o passo a seguir é indicar o período e
a unidade organizacional. Para selecionar o período basta dar um duplo clique sobre o período
desejado ou arrastar para o campo a direita. Para indicação da unidade sanitária é necessário clicar
por cima até que mostre a sombra de selecção, para selecionar várias unidades sanitárias é preciso
dar um clique sobre a primeira unidade sanitária e em seguida pressione teclado “Shift” sem largar
e clica no teclado “Down” com seta apontada para baixo.

Outra forma de clicar múltiplas unidades sanitárias é dar clique direito por cima do distrito e depois
clique na janela que surgir na tela.

27
1.Após a seleção de elementos
de dados a serem extraídos,
clique no “Actualizar” para que os
dados sejam visualizados.

2.A disposição permite manipular


o formato e a posição de período,
unidades sanitárias e elementos
de dados, todas essas variáveis
são flexíveis e podem ser
movidas duma posição para
outra.

3.Pode explorar outras opções


em caso de necessitar ocultar as
linhas vazias, colocar as US por
hierarquia, ignorar o separador de milhas etc.

4.na visualização de dados você pode escolher em que formato (Tabela, Gráfico, mapa) quer gerar
os dados.

5.O Sistema permite que guarde a tabela caso possa necessitar os mesmos dados numa outra
ocasião independentemente do período. Para o efeito clique no botão favorito, atribui o nome e em
seguida a opção guardar.

6.O Botão “Baixar” permite descarregar os dados do Sistema para o seu computador ou qualquer
dispositivo em uso.

7.Pode escolher formatos para baixar os dados, o Excel permite manipula-los depois de baixar em
quanto que outros formatos pode baixar em formato impossível de editar os dados.

Para se apropriar e explorar o SIS-MA recomenda-se usar o Manual específico do SIS-MA,


poderá encontrar mais detalhes e funcionalidades que serão úteis para as suas actividades
diárias.

28
1.15 Apresentação de Informação

A apresentação consiste na organização das informações em tabelas e gráficos. Estes meios


facilitam a análise e compreensão das informações, em particular os gráficos que evidenciam
visivelmente uma situação sobre a qual é talvez necessário tomar uma decisão.

Tabela 8: Apresentação de dados usando Tabela

Cobertura de partos institucionais, Distrito de Derre 2018


Gr. Alvo META 80%
Distritos População Realizado Cobertura IC
5% do GA
CS Sede 20849 1042 621 60% 834 74%
CS Guerissa 9562 478 377 79% 382 99%
CS Machindo 7483 374 303 81% 299 101%
Distrito de Derre 37894 1,895 1301 69% 1,516 86%
Fonte: SDSMAS Derre

Tipos de gráfico e sua aplicação

Atualmente, é essencial saber interpretar os diferentes tipos de gráficos, seja para o desempenho
de determinada função, como para conseguir absorver informações úteis ao cotidiano.

Gráfico de colunas

Um dos gráficos mais utilizados. Costuma ser utilizado para comparar quantidades, apresentando
variações que mostram a intensidade de determinado fenômeno, em comparação com um período
de tempo, por exemplo.

Gráfico 1: Casos de Malária no Distrito de Derre 2011-2013

Casos de malária no Distrito de Derre

250 215 227


211
181 188
200 175

150 124
98 101
100

50

0
CS Sede CS Guerissa CS Machindo

2011 2012 2013

Fonte: SDSMAS Derre

29
Gráfico de barra

É similar ao gráfico de colunas, mas com os valores dos dados dispostos na posição horizontal,
enquanto que as informações comparativas aparecem na vertical.

Gráfico 2: Casos de malária no Distrito de Derre 2011-2013

Casos de malária no Distrito de Derre

CS Machindo

CS Guerissa

CS Sede

0 50 100 150 200 250


2013 2012 2011

Fonte: SDSMAS Derre

Gráfico de Pizza ou Circular

Também chamado de Gráfico de Setores, este modelo tem este nome por ter o formato de uma piza
(um círculo). Usado para reunir valores a partir de um todo, seguindo o conceito da
proporcionalidade.

Gráfico 3: Causas de Mortalidade materna, Distrito de Derre 2014

Causas de mortalidade materna

10%
30%
20%

40%

Roptura uterina Atonia uterina Retenção de Placenta Complicações anestésica

Fonte: SDSMAS Derre

30
Gráfico de linha

Também chamado de Gráfico de Segmento, serve para apresentar valores (numéricos) em


determinado espaço-tempo. Mostra as evoluções e diminuições de determinado fenômeno.

Gráfico 4: Casos de Malária no Distrito de Derre 2011-2016

Tendência de casos de malária no Distrito de Derre 2011- 2016


350
300
250
200
150
100
50
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016

CS Sede CS Guerissa CS Machindo

Fonte: SDSMAS Derre

1.16 Classificação das unidades sanitárias

Posto de saúde: é uma unidade sanitária destinada a prover cuidados de saúde primário à
população da sua área, incluindo a promoção de saúde. Difere de centro de saúde por não ter muitos
serviços dos centros de saúde, como maternidade, laboratório, internamento, posto fixo de
vacinação etc.

Centro de Saúde: é a unidade sanitária de nível primário, que tem como função prover cuidados de
saúde primários à população da sua área, incluindo promoção de saúde.

Tipos de Centros de Saúde

Os Centros de saúde classificam-se em Urbanos e Rurais. Os Centros de saúde Urbanos localizam-


se em zona urbana e os Centros de saúde Rurais localizam-se em zona rural. Porém os centros de
saúdes com internamento que servem essencialmente a populações rurais são considerados
Centros de Saúde Rurais, mesmo quando situados em zonas urbanas.

Centros Rurais são de dois tipos (II e I), O Centro de tipo II é a mais pequena unidade sanitária que
dispensa cuidados de saúde primários em meio rural, enquanto o centro de saúde tipo I é o centro
de saúde mais diferenciado e de maiores dimensões, também em meio rural.

Centros de Saúde Urbanos são de 3 tipos (A, B, C), de acordo com a população a servir num raio
de 1 a 4 km. Qualquer deles pode ter ou não ter a maternidade. O Centro de Saúde tipo C é a mais
pequena unidade sanitária que dispensa cuidados de saúde primários em meio urbano, enquanto
que o Centro de Saúde tipo A é o Centro de Saúde mais diferenciado e de maiores dimensões,
também em meio urbano. O Centro de Saúde Urbano tipo B realiza as mesmas actividades do centro
de saúde rural tipo I, no entanto ele localiza-se na zona Urbana, em vilas de grande densidade
populacional, ou em bairros mais populosos das Cidades.

31
Hospital: é um local de prestação de cuidados clínicos, em regime de internamento e de
atendimento em ambulatório a doentes que não encontram soluções para os seus problemas de
saúde nos níveis inferiores. O Hospital oferece sempre a possibilidade de diagnóstico clínico, com
apoio laboratorial e de outros exames complementares e constituem sempre um nível de referência.

Tipos de Hospitais

1. Hospital Distrital destina-se a servir de unidade hospitalar de primeiro nível de referência,


de vários centros de saúde, que no seu conjunto constituem a Zona de captação dos
Hospitais distritais, compreendem populações entre 50.000 e 250.000 habitantes, e bloco de
internamento com 25 à 60 camas. Em geral, os hospitais distritais localizam-se em sedes de
distrito.

2. Hospital Rural destina-se a servir de unidade hospitalar de primeiro nível de referência de


vários centros de saúde e hospitais distritais. A principal característica de um Hospital Rural
que o distingue dos Hospitais Distritais é de possuir condições para realização de
intervenções de grande cirurgia para o internamento, dispor de serviços individualizados das
4 especialidades básicas: Medicina Interna, Pediatria, Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia. A
zona de captação compreendem populações entre 150.000 e 900.000 habitantes, e bloco de
internamento com 60 à 200 camas.

3. Hospital Geral é muito idêntico ao Hospital Rural, mas distingue-se dele por situar sempre
em zona urbana e por servir de primeiro nível de referência essencialmente a populações
provenientes de Áreas de Saúdes situadas em zonas urbanas.

4. Hospital Provincial tem como função dispensar Cuidados de Saúde terciários e constituem
o nível de referência para os doentes que não encontram soluções para os seus problemas
de saúde nos hospitais Gerais, bem como para os doentes provenientes de Hospitais
Distritais e de Centros de Saúde que se situam nas mediações do Hospital Provincial e que
não tem Hospital Rural nem Hospital Geral para onde possam ser referidos. A sua zona de
captação compreende 800.000 a 2.000 000, e bloco de internamento com 200 à 450 camas.

5. Hospital Central tem como função dispensar Cuidados de Saúde Quaternários e constituem
o nível de referência para os doentes que não encontram soluções para os seus problemas
de saúde nos hospitais provinciais e nos Hospitais Rurais e/ou Hospitais Gerais, bem como
os pacientes provenientes de Hospitais Distritais e de Centros de Saúde que se situam nas
mediações do Hospital Central e que não tem Hospital Provincial, nem Hospital Rural e/ou
Hospital Geral para onde possam ser referidos. Os hospitais centrais terão uma capacidade
de camas em função da população a servir e dos parametros de utilização que varia entre
400 à 900 camas.

6. Hospitais Especializados são unidades de saúde que dispensam cuidados muito


diferenciados de nível quaternário duma só especialidade. A existência e criação de
Hospitais Especializados só pode ter justificação quando se aprova que essa é a forma mais
eficaz de prestação de cuidados dessa especialidade.

32
CAPÍTULO II MONITORIA E AVALIAÇÃO

O
processo de M&A permite acompanhar as mudanças que as acções preconizadas estão
a trazer e avaliar os resultados alcançados no fim de cada implementação. Permite ao
Sistema Nacional de Saúde medir a efectividade eficiência de um programa.

A importância de M&A é de disponibilizar ao MISAU informação útil e de qualidade para


tomada de decisões informadas sobre a gestão e prestação de serviços. Mede o grau de
implementação da intervenção para o alcance dos objectivos desejados.

2.1 Conceito básico de Monitoria e Avaliação

Monitoria - Processo contínuo (de rotina) de recolha e análise de informações para saber se um
conjunto de actividades está a seguir um curso correcto e se é necessária alguma intervenção
atempada para corrigi-las.

Avaliação - Análise esporádica (não rotineira) das actividades em curso/completadas para julgar a
natureza dos seus resultados e colher lições que permitam melhorar futuras estratégias, planos,
acções e decisões.

2.2 Objectivos de Monitoria e Avaliação

 Medir o êxito da implementação de um programa/sector;


 Determinar se é necessário fazer mudanças no desenho de um plano;
 Determinar se o plano alcançou seus objectivos e medir em que grau foram alcançados;
 Definir as lições aprendidas, intervenção rápida e melhoria de serviços;
 Demonstrar se as actividades desenvolvidas produziram o efeito, resultado ou impactos
esperados, atendendo aos objectivos de um programa/sector.

2.3 Principais Diferenças entre a Monitoria e Avaliação


Tabela 9: Diferenças entre a Monitoria e a Avaliação

MONITORIA AVALIAÇÃO
Analisa porque os resultados esperados foram ou
Clarifica os objectivos do programa
não alcançados
Mede ligação causal entre actividades e
Liga as actividades e recursos aos objectivos
resultados
Traduz objectivos em indicadores de
Examina o processo de implementação
desempenho
Recolhe dados sobre esses indicadores Explica os resultados não desejados

Compara resultados com metas Fornece lições

Reporta progresso e alerta problemas Dá ecomendações para melhoria

33
Limites entre a Monitoria e a avaliação

Figura 8: Áreas de actuação de M&A

Enquanto a monitoria faz um acompanhamento constante ao longo do tempo do que se sucede na


fase de implementação, a avaliação faz-se num determinado intervalo de tempo (avaliação
intermédia) e no final do programa estabelecido (avaliação final).

Definição de Perguntas de M&A

☼ A actividade foi executada de acordo com o plano? (Monitoria de inputs/produtos);


☼ Quanto custou o programa? (Monitoria de inputs/produtos);

☼ Alcançou as metas desejadas? (Monitoria de resultados);

☼ Que tipo de cobertura espera obter? (Monitoria de resultados);

☼ Como os comportamentos de risco da população em causa são afectados? (Avaliação de


resultado);

☼ Houve alguma mudança resultante da intervenção? (Avaliação de impacto);

☼ A incidência ou prevalência da doença mudou? (Avaliação de impacto).

2.4 Métodos de Verificação de Qualidade de dados

Para uma boa decisão a qualquer nível no Sistema Nacional de Saúde é necessário ter dados de
boa qualidade. Para determinar a veracidade de um dado reportado, é necessária uma análise e
conhecimento dos indicadores e a área de saúde de proveniência do dado. Para que os dados sejam
considerados de boa qualidade, os mesmos devem ser completos, correctos, consistentes e
atempados ou seja os dados devem obedecer o critério de 3C e T e devem ser isentos de
imprecisões.

34
Cada critério de verificação de qualidade de dados deve ser observado conforme a tabela abaixo

Tabela 10: Critérios de verificação de qualidade de dados

Dados Completos Dados Correctos Dados Consistentes Dados Atempados


Dados dentro dos
intervalos Comparando com os
considerados de um intervalo
Submissão de todas Se os dados chegam
“normais” e similar no mesmo
as fichas esperadas no período previsto
justificados caso período do ano
ocorra um evento transato
esporádico
Dados completos em Não existem grandes
Dados lógicos
todos os campos variações
Todas variáveis
Cálculo e agregação
registadas (Não O grupo alvo e os
de dados de forma
existência de campos dados correctos
apropriada
em branco)
Escrita legível
Os dados
introduzidos nos
campos adequados

Tipos comuns de erros de dados

 Inconsistência não justificada (valores não esperados);

 Dados presentes onde não deviam estar;

 Duplicação;

 Erros na escrita ou digitação;

 Problemas matemáticos ou falha do cálculo;

 Introdução em campos errados;

 Erros intencionais;

Causas dos erros de dados

 Recolha inadequada dos dados;


 Processamento inadequado;
 Não percepção do valor dos mesmos por aqueles que colhem e processam;
 Falta de treinamento adequado;

35
Factores que contribuem para a recolha de dados com erros

 Falta de clareza na definição de dados ou suas variáveis;

 Falta de padronização dos dados;

 Deficiências no entendimento da definição de dados;

 Instrumentos de colheita de dados complexos;

 Ausência de retro-informação às pessoas que colheram ou cometeram erros.

Factores que contribuem para agregação de dados com erros

 Agrupamento incorrecto de dados;

 Ausência de formulários de dados;

 Contabilização dos dados mais do que uma vez;

 Falta de percepção por parte das pessoas que colhem os dados sobre o valor de dados
fiáveis;

 Falta de treinamento do pessoal sobre o processamento de dados.

Factores que contribuem para a fraca prevenção, correção e identificação de erros

 Ninguém procura verificar erros;

 Verificação inadequada de erros;

 Verificação de erros é percebida como não importante;

 Verificação de erros é vista como tarefa adicional não prioritária;

 Verificação de erros requere grande meticulosidade.

2.5 Metodologia de Discussão e Validação de dados

Discussão e Validação de dados é o conjunto de actividades realizadas com vista a certificar a


legitimidade dos dados reportados, de acordo com as regras e padrões já estabelecidos.

O objectivo da discussão e validação de dados é de harmoniza-los em todas as fontes de registo,


agregação e armazenamento, detectar e corrigir os erros, identificar as unidades sanitárias
prioritárias para o apoio técnico e garantir que MISAU utilize dados de boa qualidade (Correctos,
Completos, Consistentes e atempados) para a tomada de decisão.

Pressupostos de discussão e validação de dados

Existem elementos fundamentais para que a discussão e validação de dados tenha sucesso:

Período – Deve ser marcada uma data estratégica, em princípio, quando 90% de dados estiverem
lançados no SIS-MA. Dependendo do calendário, o intervalo ideal para marcar a discussão e
validação de dados é entre os dias 1 e 10 de cada mês, pois neste período, ainda se pode corrigir
os dados no repositório nacional (SIS-MA) em caso de uma irregularidade.

36
Liderança – A presença dos pontos focais dos programas é imprescindível. Idealmente, o encontro
deve ser liderado ao nível provincial pelo Director Provincial Adjunto/Médico Chefe Provincial e ao
nível distrital pelo Médico Chefe Distrital. O Ponto focal de M&A e/ou responsável do NEP/NED
prepara todo expediente para que o encontro seja objectivo e se alcance resultados almejados.

Instrumentos - Cada Ponto focal do Programa deve levar os seus resumos mensais. Os técnicos
do NEP/NED devem estar preparados para eventual correcção.

Passos para discussão e validação de dados

1) Controle da Chegada de relatórios


2) Controle de entrada de dados no SIS-MA e Bases Paralelas
3) Triangulação de dados
4) Desempenho dos Programas
5) Correção de dados

1) Controle da Chegada de relatórios


Tabela 11: Exemplo de tabela de controle de chegada de relatórios
Atempado (T) TABELA DE SUBMISSÃO DE
Periodicamente as unidades
Atrasado (A) FICHAS NO SIS-MA sanitárias enviam os resumos
Unidades Sanitárias Data Período mensal: Junho 2019 mensais ao SDSMAS (Núcleo
CS 8 de Março 26/06/2019 A de Estatística Distrital). A
periodicidade de envio varia de
CS Catale 23/06/2019 T
programa para programa,
CS Chimuara 25/06/2019 T
podendo ser semanal, mensal
CS Gulamo 26/06/2019 A ou trimestral. O responsável do
CS Lua-Lua 28/06/2019 A NED deve receber e garantir
CS Mopeia-Sede 25/06/2019 T que todas as unidades
CS Mungane 25/06/2019 T sanitárias enviem resumos
CS Noere 25/06/2019 T completos e os dados que
refletem a realidade da área de
CS Nzanza 25/06/2019 T
saúde. O responsável do NED
CS Posto Campo 25/06/2019 T ou Ponto focal de M&A deve
CS Sangalaza 26/06/2019 A garantir a verificação da
CS Vinte 25/06/2019 T qualidade dos dados nos
PS Nhacatundo 27/06/2019 A resumos, observando o critério
Distrito 13 dos 3C e 1T.
% envio atempado 62%

Como mostra a tabela a cima, durante o encontro de discussão de dados, deve ser apresentado o
ponto de situação de chegada dos relatórios, usando uma planilha de controlo das datas de
submissão dos resumos. É extremamente importante que seja elaborada uma lista de verificação
para controlar a recepção dos resumos a serem submetidos ao NED. Este instrumento deve ser
partilhado com as unidades sanitárias para que cada responsável saiba o que deve enviar.

37
2) Controle de entrada de dados no SIS-MA
Deve ser apresentada a planilha de relatórios esperados e submetidos. Esta tabela deve ser gerada
directamente no SIS-MA.

Os Pontos focais de cada


programa devem conferir as
fichas submetidas e relacionar
com as fichas recebidas pelas
unidades sanitárias.

O propósito desta fase é garantir


que todas as fichas que deram
entrada no NED estejam
introduzidas no SIS-MA.

3) Triangulação de dados
Esta fase é crucial. A presença de instrumentos (Resumos mensais submetidos, livros de registos,
e dados gerados pelo SIS-MA e SESP para HIV e APSS/PP) é muito relevante. Na triangulação de
dados observa-se duas formas de verificação de discrepância:

a) Cruazamento do mesmo indicador em diferentes fontes - no momento de discussão, o factor


tempo deve ser rigorosamente controlado, porém devem ser priorizados alguns indicadores para
este tipo de análise. Em cada programa ou ficha, devem ser identificados no máximo 5 indicadores.

Ex: Podemos seleccionar “número de pacientes que iniciou TARV” e comparamos se Resumo
Mensal de HIV/SIDA, MMIA, SESP tem o mesmo dado.

b) Cruzamento de diferentes indicadores na mesma fonte - devem ser identificados os


indicadores interligados ou correlacionados. É importante que o responsável do NED ou Ponto Focal
de M&A tenha domínio do Programa, deve ser consultado o ponto focal do Programa para definir os
indicadores críticos.

Ex: Podemos seleccionar “Mulher grávida HIV+ na CPN” e Verificamos o número de início TARV e
ouras profilaxias no mesmo período.

38
Erros frequentes de lançamentos de dados no SIS-MA

Tabela 12: Erros frequentes a serem verificados no SIS-MA

VERIFICAÇÃO DE ERROS MAIS FREQUENTES NO SISMA


PROGRAMA ERRO VERIFICAÇÃO FONTE
Notificação de Verificar se durante o período foi
mortes maternas reportado óbito materno e indagar a sua MATERNIDADE
sem ocorrência ocorrência.
Nados Mortos com Analisar o número de nados mortos com
foco positivo foco positivo se reflete a realidade MATERNIDADE
Maior número de
nados mortos Verificar se o número de nados mortos
macerados em macerados não é maior em relação ao MATERNIDADE
relação ao total de número total de nados mortos
nados mortos;
Maior número de
SAÚDE partos do que Verificar se o somatório entre nados
MATERNO somatório de mortos e nados vivos é igual ou superior MATERNIDADE
INFANTIL nados vivos e ao número de partos
nados mortos;
Reporte de
Dequitadura Verificar se todas as unidades sanitárias
removida em que reportaram Cesarianas e MATERNIDADE
Cesariana na US dequitaduras removidas em cesarianas
sem Bloco tem bloco operatório
Operatório;
Maior número de Verificar se o número de mulheres
testadas do que grávidas testadas para HIV não é maior MATERNIDADE/
desconhecidas na em relação ao número de mulheres CPN
Maternidade/CPN desconhecidas
Maior número de Verificar se o número de mulheres
TARV a entrada do grávidas em TARV a entrada não é maior CPN
que HIV+ a em relação ao número de mulheres HIV+
entrada na CPN a entrada
Verificar a oscilação de pacientes activos
Número de activos em TARV;
HIV/SIDA em TARV Verificar se não foi notificado o número HIV/SIDA
negativo de pacientes em TARV
Reporte de HTZ Verificar se realmente todas as unidades
MALÁRIA em unidade sanitárias que reportaram HTZ possuem MALÁRIA (M01)
sanitária sem laboratório
laboratório;

VIGILÂNCIA Casos e óbitos no Verificar se não foi notificado uma doença


EPIDEMIOLÓGICA BES rara durante a época, como cólera, peste; BES
Casos de violência Verificar e confirmar os casos de violência
VIOLÊNCIA sexual masculino sexual masculina reportados
BASEADA NO
Contracepção de Verificar se foram reportados os casos de
GÉNERO VBG
emergência a contracepção de emergência em crianças
menores de 9 anos menores de 9 anos
(VBG)

39
Principais indicadores a serem verificados nos resumos mensais

Tabela 13: Proposta de indicadores para verificação de qualidade de dados

INDICADORES A SEREM VERIFICADOS NOS RESUMOS MENSAIS


ÁREA
PROGRAMÁTICA INDICADOR VERIFICAÇÃO INSTRUMENTOS
Pacientes
novos Início HIV/SIDA, MMIA
TARV (H04, Triangular os dados para verificar e SESP
ITS-HIV/SIDA MMIA, SESP) se as três fontes reportam o
Pacientes mesmo número
activos em HIV/SIDA, MMIA
TARV e SESP
Ligação aos Verificar se todos os pacientes
ATS cuidados e HIV+ estão ligados aos cuidados e ATS
tratamento tratamento.
Verificar a congruência entre o
ASSISTÊNCIA Consultas número de consulta reportado na C01 e M01
MÉDICA externas ficha de C01 e na ficha de M01
Vericar se todas mulheres HIV
desconhecidas foram testadas
para HIV;
Mulheres Verificar se todas as mulheres
inscritas na HIV+ iniciaram TARV; CPN
coorte Verificar se todas as mulheres
grávidas receberam a rede
SAÚDE MATERNO mosquiteira.
INFANTIL Colheitas de Verificar a proporção de crianças
PCR na cosulta que fizeram PCR em relação as
de CCR crianças expostas ao HIV CCR
Verificar o número de partos
Partos reportados em relação ao número
institucionais de admissões. MATERNIDADE

Verificar se os campos contem a


PROGRAMA Crianças informação de CCV;
ALARGADO DE completamente Medir proporção de crianças PAV
VACINAÇÃO vacinadas vacinadas com VAS versos CCV.

Verificar o número de óbitos


VIGILÂNCIA Óbitos por notificados no BES e o notificado BES e D03/D04
EPIDEMIOLÓGICA Malária e na ficha de internamento
Diarreia

4) Desempenho dos Programas


O desempenho dos programas refere-se a avaliação do cumprimento das metas desejadas num
determinado período. É necessário que o desempenho dos programas seja medido; trata-se, duma
fase opcional dependendo do tempo e do tipo de participantes. Pode-se avaliar através de
indicadores tais como: Coberturas, Metas e seguimento de pacientes; Esta fase ajuda a identificar
as fragilidades de um programa e ajuda a traçar medidas conjuntas para melhorar um determinado
indicador.

40
5) Correcção de dados
A correcção refere-se ao processo de revisão a rigor com objectivo de retificar os dados incorrectos.
Destaca-se a correcção imediata de dados, aplicável principalmente para os dados resultantes do
mau lançamento ou erro de somatórios.

Nesta fase é preciso ter cautela e reconhecer que existem dados de correcção imediata e correcção
procedente;

A correcção pode ser feita no momento de discussão, ou após o evento dependendo da dinâmica
das actividades e da disponibilidade dos técnicos.

NB: Os dados não podem ser corrigidos apenas no SIS-MA. Devem ser retificados em todas
as fontes caso necessário. Se o erro tiver sido cometido no registo ou agregação de dado,
deve-se garantir que o mesmo seja corrigido nos respectivos instrumentos (livros de registos e
resumos da US).

2.6 Avaliação de Qualidade de Dados

O processo de avaliação de qualidade de dados tem como principal objectivo apurar a sua
veracidade permitindo a correcta tomada de decisão em diferentes níveis. A metodologia da
Avaliação da Qualidade de Dados (AQD) centra-se essencialmente na:

1. Verificação dos dados reportados (quantitativa), observando o desvio entre os dados reportados
com os dados recontados nas fontes primárias da unidade sanitária.

2. Avaliação do sistema de gestão de dados e de relatórios (qualitativa) do sistema permite identificar


os potenciais desafios à qualidade de dados, criados pelo mesmo sistema.

2.6.1 Objectivos da avaliação de qualidade de dados

☼ Verificar o nível da qualidade dos dados reportados;


☼ Implementar medidas correctivas através de planos de acção para reforço do sistema de
gestão de dados;
☼ Monitorar a melhoria da capacidade e do desempenho do sistema de gestão de dados;
☼ Avaliar as fraquezas e pontos fortes do sistema de gestão de dados e de relatórios.

2.6.2 Importância de avaliação de qualidade de dados

 Os gestores de programas precisam confiar nos seus dados para usá-los na análise de
fenómenos conducentes a uma tomada de decisão;
 Possibilita o uso eficiente dos recursos;
 Permite a mensuração correcta dos resultados pelos gestores dos programas;
 Ajuda na priorização das actividades de Monitoria e Avaliação para melhoria da qualidade
de dados.

41
2.6.3 Procedimentos de Avaliação de Qualidade de Dados

A avaliação de qualidade de dados é preconizada para ser realizada periodicamente como


actividade do Ponto focal de Monitoria e Avaliação (Provincial, Distrital e da US), no entanto este
processo requer uma integração de todos os intervenientes que fazem a gestão dos dados a serem
avaliados. A quipe da Direcção Provincial de Saúde deve efectuar avaliação de 2 unidades sanitárias
para cada distrito dentro de um semestre.

A nível distrital aconselha-se que no mínimo seja feita uma avaliação em pelo menos 3 unidades
sanitárias por trimestre.

A definição dos indicadores e da metodologia de avaliação é elaborada por cada Programa ao nível
Nacional.

Em termos gerais a avaliação de qualidade de dados centra-se essencialmente na comparação de


dados entre as diferentes fontes: fichas/livros de registo, resumos e SIS-MA.

2.6.4 Fórmula para cálculo de desvio

Dado Recontado no livro de registo - Dados Resumo mensal


Desvio = ___________________________________________________ X 100
Dado Recontado no livro de registo

2.6.5 Critério de classificação dos resultados

< 10% Dados de Boa Qualidade 10 - 20% Dados de Média Qualidade >20% Dados de Baixa Qualidade

Ao calcular o desvio entre a fonte primária e o resumo terá o resultado expresso em percentagem.
A qualidade dos dados em avaliação é classificada de acordo com o resultado obtido no cálculo
acima, podendo os mesmos serem de boa, média ou baixa qualidade.

2.6.6 Cruzamento de dados

2.6.6.1 Cruzamentos de dados na fonte única

O cruzamento de dados da mesma fonte consiste em verificar a relação dos dados na mesma ficha
ou resumo mensal seja física ou electrónica. Este tipo de avaliação desperta um erro na elaboração
do resumo mensal, mau lançamento de dados no sistema ou seguimento inadequado dos pacientes.
Normalmente, o número de consultas ou admissões é o elemento base para início deste tipo de
análise.

Exemplo: no resumo mensal da Maternidade, pode se verificar se todas as parturientes tomaram


Vitamina A no pós parto, as que levaram sal-ferroso, Partos com partograma completamente
preenchido, parturientes testadas para sífilis e Recém-Nascido em contacto imediato pele-a-pele
com a mãe.

2.6.6.2 Cruzamento de dados de múltiplas fontes

Este tipo de avaliação tem um intuito de averiguar um determinado dado ou indicador, a ser
verificado em diferentes fontes onde o mesmo é registado. Normalmente são actividades que tem o

42
mesmo grupo alvo e são efectuados por provedores diferentes. Trata-se de um tipo de avaliação
que requer o conhecimento da área, fontes de dados e as intervenções que o paciente deve receber.

Exemplo: Obtendo o número de pacientes testados positivo para malária no livro de registo em
diferentes gabinetes, pode se fazer cruzamento com a ficha de recontagem de AL e AL dispensado
na farmácia.

2.6.7 Triangulação de dados

Na triangulação de dados, a avaliação é necessário ter três níveis ou fontes para poder triangular.
Os mesmos dados são verificados na unidade sanitária, no resumo distrital e nos dados reportados
ao nível provincial (SISMA).

Na triangulação por fontes, verificar os mesmos dados em todas as fontes onde é registado.

Exemplo: De uma forma simplificada, pode se verificar o número de mulheres que fizeram a primeira
consulta pré-natal e verificar em todas as fontes se realmente é o mesmo número que foi reportado.
AQD pode se fazer para diferentes programa ou indicadores como ilustra a tabela a baixo.

Tabela 14: Exemplo de uma avaliação de qualidade de dados em diferentes indicadores

Fontes Desvios
Nr Índicador
Livro de registo Resumo mensal SIS-MA Livro vs Resumo Resumo vs SIS-MA
1 1ª consulta Pré-Natais 1284 1397 1397 -9% 0%
2 Crianças que vacináram com BCG 382 327 396 14% -21%
3 Redes mosquiteiras distribuidas na CPN 853 851 946 0% -11%
4 Casos de Malária 192 247 259 -29% -5%
5 Crianças suplementadas com Vitamina A 721 721 721 0% 0%
6 Pacientes que iniciaram TARV 93 93 129 0% -39%

Após a verificação, os resultados irão mostrar claramente o nível de veracidade e a consistência


com base no quadro de classificação.

2.7 Supervisão e apoio técnico as Unidades Sanitárias

A supervisão é a observação constante e o registo de actividades ligadas a um projecto ou programa.


É um processo rotineiro de recolha de informações relativas a todos os aspectos do projecto. A
supervisão de apoio deve ser considerada como capacitação, não como avaliação punitiva.

Há uma necessidade de visitar as unidades sanitárias com regularidade, sendo que a equipe da
supervisão deve ser capaz não só de verificar os aspectos positivos e negativos mas também prestar
apoio técnico através da capacitação em serviço. Supervisionar é verificar o progresso das
actividades das unidades sanitárias e apoiar nas áreas com maior fraqueza traçando o plano de
acção para melhoria dos aspectos negativos.

É importante salientar que após a supervisão a equipe deve reunir com os técnicos das unidades
sanitárias e partilhar os pontos encontrados durante a visita, e posteriormente enviar o relatório com
as constatações e recomendações com vista a melhorar o desempenho. É preciso que a equipe de
supervisão ao deslocar-se para unidades sanitárias levem consigo o termo de referência da visita
(Vide Anexo nº 5.4).

43
2.8 Estratégias de melhoria do reporte e qualidade de dados

No Serviço Nacional de Saúde, são implementadas várias estratégias incluindo a implementação de


sistemas sofisticados (AQD, DQS, SIS-MA), para aprimorar o reporte e a qualidade de dados usados
para a tomada de decisão. Ao nível da unidade sanitária, há que levar em conta a dimensão de
dados que são manipulados e enviados para outros níveis. A implementação das estratégias que se
seguem ajudará a refinar cada vez mais a informação usada em todos os níveis.

2.8.1 Discussão de dados em todos níveis


A discussão de dados em todos os níveis é essencial na obtenção de dados de qualidade. A unidade
sanitária faz a confrontação de dados após a elaboração dos resumos mensais, este processo pode
facilitar a identificação de uma lacuna da unidade sanitária como fraca habilidade na elaboração do
resumo mensal e notificação de ropturas. A nível distrital, durante e após a submissão de dados no
SIS-MA, o NED e Programas contactam as US através de chamadas telefónicas para confrontação
ou revisão pontual dos dados de forma paralela.

2.8.2 Apoio técnico e recolha de dados nas Unidades Sanitárias


Por motivos adversos as unidades sanitárias desta ou de outros pontos do País, encontram-se
dispersas num vasto espaço dentro do distrito. Alguns centros de saúde distam a mais de 100km,
necessitando periodicamente de apoio para reposição dos instrumentos, treinamento de pessoal e
recolha de dados no final de cada período estatístico.

A distância não é o único critério para que a unidade sanitária careça de apoio. A colocação de
novos técnicos, implementação de novos instrumentos ou normas também podem ser motivos para
visitas às unidades sanitárias.

2.8.3 Apadrinhamento das Unidades Sanitárias


A divisão de tarefas sempre foi essencial num ambiente de trabalho. Apadrinhamento das unidades
sanitárias consiste em designar um técnico ou grupo de técnicos para se dedicar de forma atenciosa
e especifica a uma determinada unidade de saúde. Esta estratégia facilita a interação entre a
unidade sanitária e o distrito.

Do mesmo modo, esta estratégia aplica-se a nível provincial para facilitar a comunicação com
distritos e os programas de saúde.

2.8.4 Monitoria dos instrumentos de registo


Para que haja a qualidade de dados e o reporte adequado dos dados, as fontes primárias devem
estar efectivamente disponíveis e devidamente registados. A monitoria da disponibilidade de
instrumentos nas unidades sanitárias é extremamente importante pois o improviso de uma
determinada ficha ou livro de registo não são observadas todas as variáveis e pode dificultar na
recolha e compilação de resumos mensais.

2.8.5 Avaliação de qualidade de dados


Avaliação de qualidade de dados visa essencialmente conhecer o nível da pureza dos dados
reportados a todos os níveis comparando com os dados de fontes primárias. Dentre os benefícios
de AQD destaca-se das medidas correctivas através de plano de acção para reforço do sistema de
gestão de dados.

44
CAPÍTULO III PLANIFICAÇÃO EM SAÚDE

A
Planificação em saúde não se difere muito com outras áreas, são usados os mesmos
procedimentos para o uso racional dos recursos e priorização das intervenções. A
escassez de recursos para necessidades ilimitadas em cuidados de saúde, remete a
priorização dos grupos-alvos e os cuidados de saúde a prestar. É necessário usar
informação do passado e presente para tomar decisões que irão implicar mudanças para melhorar
o futuro.

Este capítulo explora os conceitos básicos de planificação que permitem melhor entender as tarefas
inerentes à planificação ao nível distrital/provincial e procedimentos de gestão de recursos a nível
das unidades sanitárias.

3.1 Conceitos fundamentais de Planificação

Plano - conjunto de programas concebidos para se atingir um determinado objectivo global.

Programa - conjunto de actividades necessárias à execução de uma estratégia.

Projecto - conjunto de actividades que contribuem para a execução de um programa dentro de um


período bem delimitado de tempo.

Estratégia – Segundo Oliveira (2004, p.424), estratégia é caminho, maneira, ou ação formulada e
adequada para alcançar preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos e desafios
estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante o seu ambiente.

Actividade - tarefa que se executa para se produzir o efeito desejado.

Planificação - é um processo sistemático de identificar e especificar acçõs futuros desejáveis e


delinear cursos de acção apropriados e determinar recursos necessários para o seu alcance.

O Plano quanto a sua duração

O plano quanto a sua duração pode ser de:

☼ Curto prazo (1-2 anos, mais específico e pormenorizando) Pode ser designado por plano
operacional.

☼ Médio prazo, que abrange normalmente um período de 5 anos, associa várias


características dos planos a curto e a longo prazo.

☼ Longo prazo (linhas gerais, metas essenciais, estratégias principais- 6 a 20 anos).

45
3.2 Ciclo de Planificação

O Ciclo de Planificação é o processo recorrente de avaliação, análise e acção elaborado para


melhorar a gestão. O ciclo de planificação procura responder a 4 perguntas: Onde estamos? Onde
pretendemos ir? Como pretendemos ir? e Como saberemos que lá chegamos?

Figura 9: Ciclo de planificação

A informação que procura responder a todas as perguntas de planificação está no centro do ciclo e
é obtida através do Sistema de Informação de Saúde ou outras fontes. Para a gestão de informação,
os dados devem ser colhidos nas fontes, serem processados, analisados, apresentados e finalmente
o uso de informação.

3.3 Etapas de Planificação em Saúde

Figura 10: Etapas de planificação

Definição de Definição de Fixação de Selecção de Elaboração Preparação a


Problemas Prioridades Objectivos Estratégias de Programas Execução

• Descrever os • Selecionar e • Decidir e • Escolher os • elaboração de • Juntar, integrar,


problemas de concentrar dos enunciar o que métodos Planos que coordenar no
grupo esforços para deve ser adequados que definam as tempo e no
naturalmente alcançar um alcançado podem levar ao actividades e os espaço
interligados conjunto de resultado recursos recursos e
objectivos desejado necessários actividades,
definidos com vista a
alcançar o
objectivo visado

46
3.4 Definição de prioridades

Quando temos recursos escassos e necessidades infinitas há que priorizar o direcionamento das
intervenções e recursos de saúde, no entanto existem critérios lógicos para determinar aonde vai e
quem deve receber uma determinada intervenção ou insumo.

O Problema é definido como a diferença que se reconhece entre o que é e o que deveria ser, porém
o problema da saúde origina uma demanda de assistência, para a sua correcção. A multiplicidade
da demanda e a limitação de recursos leva a uma selecção da qual parte da demanda será satisfeita,
em que medida e por que ordem.

☼ O problema mais comum, evidentemente, tem que ter uma prioridade maior do que o
problema mais raro (menos frequente).
☼ O problema de saúde mais sério (gravidade) tem que ter prioridade maior do que os
problemas de menor seriedade.
☼ O problema mais facilmente redutível (vulnerabilidade) tem que ter prioridade maior do que
aquele de mais difícil redução.
☼ As prioridades e preferências da comunidade devem ser respeitadas e receber um peso
considerado na selecção de prioridades.

Critérios de Priorização

Magnitude é a medição da frequência do problema. Geralmente medida nos termos de incidência


ou prevalência. Usa-se também a mortalidade.

Gravidade é a expressão da nocividade de uma causa. Mede-se nos termos de:

• Mortalidade específica

• Letalidade

• Cronicidade

• Sequelas

• Invalidez ou incapacidade

Transcendência social exprime o grau de afectação da comunidade no seu todo ou de grupos


específicos assim como a percepção que a população tem do problema.

Vulnerabilidade é a possibilidade de atacar o problema com a tecnologia conhecida e disponível:


preventiva, curativa e reabilitativa

Aceitabilidade cultural é a capacidade da comunidade na aceitação das tecnologias e os métodos


utilizados na resolução de um problema.

Tendência é a objectivação através de séries temporais do agravamento, atenção ou situação


estacionária dum problema.

Conformidade legal é a verificação se as tecnologias ou métodos utilizados na resolução dum


problema contradizem as normas que regem a sociedade.

47
3.5 Cenário Fiscal

O Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) é um instrumento base de planificação, que visa introduzir
uma visão de médio prazo na programação orçamental, contribuindo para a melhoria da qualidade
de prestação de serviços públicos. Permite escolher e ajustar as opções estratégicas mais
adequadas tendo em conta conjuntura e aspectos estruturais.

Preenchimento de Mapas

O preenchimento dos mapas do CFMP é (geralmente) feito em folhas de cálculo (excel) onde
encontra-se os seguintes mapas:

Mapa R (é onde se faz a programação das receitas colectadas pela UGB, especificando as fontes
de cada receita).

Mapa C (é onde se faz a previsão dos valores monetários dos 3 anos subsequentes tomando como
base a execução orçamental do ano anterior e a comunicação dos limites orçamentais do ano
corrente nas diferentes rúbricas orçamentais)

Mapa B (onde se faz a especificação das acções a ser realizadas e o respectivo orçamento de cada
acção citada).

 No preenchimento dos mapas deve-se ter em conta a importância das unidades dos valores
projectados;

 Todos os mapas devem ser preenchidos em mil meticais (10³) e sem incluir o aumento de
preços devido a inflação. Ex: 10.000,00 Meticais é preenchido como 10 MT;

 Devem ser preenchidos sem unir as células, ou seja, cada célula uma actividade e os seus
respectivos elementos.

3.6 Plano Económico Social

O PES é consagrado como principal instrumento de planificação e de implementação da política do


Governo que orienta a acção governativa e a implementação do PQG. O PES tem a sua expressão
financeira no Orçamento do Estado.

No processo de elaboração do PES/OE, BdPES e REO, há necessidade de considerar as inter-


relações existentes entre as dinâmicas populacionais e os processos de planificação do
desenvolvimento. Nesta interação é preciso considerar 4 momentos importantes:

Os processos Demográficos (fecundidade, mortalidade e migração); Resultados Demográficos


(tamanho da população, estrutura de idade e desagregada por sexo e a distribuição da população
no território), Processos Sócio – Económicos (poupanças e investimentos, consumos de produtos e
serviços, despesa pública), e Resultados Sócio – Económicos (rendimento, emprego, nível
educacional, saúde e nutrição, habitação e saneamento).

48
O PES deve ter como enfoque central o aumento do emprego, da produtividade e competitividade
para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos, no campo e na cidade, em ambiente de
paz, harmonia e tranquilidade, consolidando a democracia e a governação participativa e inclusiva.
A elaboração das propostas do PES e OE deve assentar nas prioridades do desenvolvimento
económico e social do País;

O PES deve procurar responder a diferentes “pressões”:

 Alinhamento com o PQG;


 Alinhamento CFMP e OE;
 Deve ter qualidade e representatividade; e
 Deve ter detalhe no que se refere a beneficiários das acções ( se possível desagregar por
sexo) e respectiva localização e metas.
Para elaboração do PES deve-se focalizar em torno de cinco elementos chaves nomeadamente:

☼ Deve se evitar uma abordagem de governação sectorizada e verticalizada dando se maior


enfoque ao integrado e intersectorial, quer das Prioridades quer dos Pilares de suporte;
☼ Deve se dar maior foco prioritário no desenvolvimento económico e social inclusivo;
☼ A integração dos assuntos transversais em cada prioridade e pilar de suporte, deixando
assim de existir um capítulo específico dedicado aos assuntos transversais;
☼ Romper o tratamento da gestão dos recursos naturais e do ambiente na perspectiva de
assunto transversal passando a prioridade.
☼ As acções do PES devem ser de impacto para a população.

3.7 Cronograma de Elaboração do PES

Tabela 15: Cronograma de elaboração do Plano Económico Social

Calendarização da Planificação
Período Actividade
Actualização do Cenário fiscal de médio prazo (plano
Fevereiro - Abril rolante sobre 3 anos)
Comunicação dos limites aos Sectores e Governos, partilha
Até 31 de Maio de metodologia de elaboração do PES
Até 31 Julho Elaboração do PES/PTIP/OE
Até 31 Agosto MPD e MF globalizam planos e orçamentos
PES/PTIP/OE submetidos ao Conselho Económico e
Até 15 Setembro Conselho dos Ministros para aprovação
Até 30 Setembro PES/PTIP/OE submetidos ao Parlamento
Até 31 de Dezembro Prazo para aprovação dos planos e OE pelo Parlamento

49
Tabela 16: Modelo de matriz do PES

PRIORIDADE: Inserir a prioridade do PQG do período em referência


Objectivo Estratégico: Inserir neste campo o objecttivo estratégico do PQG
Programa: Inserir neste campo código e designação do programa definido no CFMP
Indicador
Nº de Metas Periodicidade Fonte de
Acção de Localização Beneficiário Orçamento Responsabilidade
ordem financiamento
producto
I II III IV I Sem. II Sem.

Elemento Descrição
Nº de ordem Colocar o número sequencial de actividades
Inscrever acções (provisão de bens e serviços) de impacto directo da
Acção
vida da população.
Cada acção deve conter um indicador do producto. Estes indicadores
Indicador de producto
devem ser específicos, mensuráveis, atingíveis e relevantes.
Quantificar o indicador do producto usando uma unidade de medidas
Metas
apropriadas.
Periodicidade Marcar X no período em que a actividade vai ser executada.
Indicar o nível territorial (Provincial, Distrital, Posto Administrativo,
Localização
Localidade, Povoado, conforme o caso) onde a acção irá decorrer.
Indicar o número total de pessoas beneficiárias de cada acção. O número
Beneficiários
deve ser desagregado por sexo, sempre que possível.
Orçamento Indicar o custo total para a realização de cada acção.
Indicar se a acção será financiada com recursos provenientes de fontes
Fonte de financiamento
interna ou externa. Indicar a entidade que vai financiar.
Indicar a instituição responsável (Programa, Sector, Central, Provincial ou
Responsabilidade
distrital).

3.8 Índice de Custos e Orçamentação

A orçamentação de certas actividades requer a utilização de índices de custos para a projecção das
despesas futuras. Na projecção das despesas é conveniente iniciar a orçamentação pelas
actividades de rotina para o funcionamento e por fim as actividades específicas. A orçamentação
deve ser efectuada de acordo com o classificador Económico de Despesas (Rúbricas).

Tabela 17: Classificação económica da despesa

Classificação económica da despesa


Código Descrição
100000 Despesas Correntes
110000 Despesas com o Pessoal
111000 Salários e Remunerações
112000 Outras Despesas com o Pessoal
120000 Despesas com Bens e Serviços
121000 Bens
122000 Serviços
140000 Transferências Correntes
200000 Despesas de Capital
210000 Bens de Capital
230000 Outras Despesas de Capital

50
3.9 Equipe de Planificação a nível Distrital
 Director dos serviços distritais de saúde;
 Médico Chefe ou Director Clínico
 Chefe do NEP, Saúde da comunidade, enfermagem
 Representante da comunidade e dos utentes;
 Representante do Departamento Provincial de Planificação e Cooperação
Representante de pelo menos um centro de saúde rural.

3.10 Principais documentos de planificação


 Planificação Estratégica:
• Programa Quinquenal do Governo (PQG)
• Objectivos de Desenvolvimento do Milénio/Sustentável (ODM/ODS)
• Plano Estratégico do Sector Saúde – (PESS)
• Plano de acção de redução da pobreza (PARP)
 Planificação Operacional:
• Plano Económico Social – (PESOE)
• Plano Economico e Social e Orçamento Provincial – (PESOP)
• Plano Economico e Social e Orçamento Distrital – (PESOD)
• Prioridades do Sector Saúde;

3.11 Quadro de Gestão do NEP


Tabela 18: Instrumentos de gestão do núcleo de estatística e planificação

Principais instrumentos de gestão do núcleo de Estatística e Planificação - Nível


Distrital
1. Plano Quinquenal do 8. PES Provincial (Plano 15. PES Distrital (Plano
Governo, PARPA e PESS Estratégico Provincial) Estratégico Distrital)
2. Perfil Demográfico 9. Mapa do distrito com áreas 16. Lista das US com
sumarizado de influência das US número de camas
17. Calendário de
3. Ciclo de Planificação 10. Volume de trabalho (em
actividades de formação
distrital Uas) em cada US
contínua
18. Tabela com
11. Gráficos de principais
4. Calendário de encontros do informação sobre
indicadores por mês em
distrito com as US vacinação completa em
relaçãoas metas
cada US
19. Plano anual de
5. Calendário epidemiológico 12. Arquivo por cada US
trabalh do SDSMAS
6. Actas de reuniões entre o 13. Descrição de tarefas do 20. Tabela de verificação
SDSMAS e US chefe do NEP de qualidade de dados
21. Contactos telefonicos
7. Plano semanal de trabalho 14. Calendário de Visitas de
de pontos focais e
do NEP supervisão
responsáveis das US

51
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ARUNE, Francisco, MATAMBO, José F, CAMACHO, Aboo E. Manual de Procedimentos de


Estatística Sanitária e Sistemas de Informação para Saúde, Nampula, 2011;

 MISAU, Manual de Formação em Sistemas de Informação, Programa HISP, 2006;


 Manual de Formação de Monitoria e Avaliação, Maputo, 2003;
 Manual de Gestão Hospitalar - Haino Burmester - 1ª Edição - Editora FGV – 2012;
 Ministério de Economia e Finança, Metodologias para Elaboração das Propostas do Plano
Económico e Social Orçamento do Estado (Guião Único), Maputo, 2017;

 MISAU,_Curso integrado de Planificação, Monitoria e Avaliação e Sistemas de


Informação em Saúde, M anual do participante, 1ª edição, Maputo, 2009;

 MISAU, Diploma Ministerial Nº 127/ 2002, 31 de Julho;


 MISAU, Manual de indicadores de desempenho hospitalar, Maputo Julho 2014;
 MISAU, Manual de Procedimentos de Gestão Financeira, Junho 2013, Versão 01;
 MISAU, Manual de Procedimentos para o Sistema de Informação para a Saúde, 2ª edição,
Maputo, 1991;

 MISAU, Manual de utilizador do SIS-MA, Versão 1.0.

52
ANEXOS 5. ANEXOS

5.1 Tarefas básicas do Responsável do NED

Introduzir os dados semanais, mensais e trimestrais no Sistema de Informação de Saúde


(SIS-MA agregado, Hosp1, SISRO entre outros Sistemas);
Elaborar os relatórios periódicos através de tabelas, gráficos e comentários das actividades;
Fazer visitas de apoio e monitoria às unidades sanitárias;
Elaborar a retro-informação para as unidades sanitárias assim como os Chefes dos
Programas;
Garantir a completude de dados no SIS-MA e chegada atempada de relatórios ao NED;
Realizar supervisões as unidades sanitárias e em diferentes sectores;
Elaborar o Cenário físcal e o PES distrital;
Reunir com os chefes distritais dos programas mensalmente para definir estratégias para
melhorar a qualidade dos dados;
Elaborar o plano distrital;
Elaborar o plano mensal das actividades que irá realizar no mês seguinte;
Participar nas reuniões mensais de discussão e validação de dados;
Participar e coordenar actividades com os parceiros que trabalham no distrito;
Participar nas formações distritais e provinciais sempre que for solicitado;
Receber e organizar os resumos mensais das unidades sanitárias;
Actualizar os dados do perfil do distrito no quadro da informação.

53
5.2 Tarefas básicas do Ponto Focal de Monitoria & Avaliação

Submeter mensalmente os relatórios de análise de desempenho das unidades sanitárias


ao DDS/MCD;
Coordenar a elaboração do balanço do PES de 3, 6, 9, e 12 meses e dos relatórios
periódicos;
Fazer seguimento e actualizar as deferentes matrizes da responsabilidade dos SDSMAS;
Monitorar o grau de cumprimento das recomendações de âmbito Distrital e Provincial.
Monitorar o grau de cumprimento das recomendações (CPCS, Visitas, Supervisões,
Reuniões Provinciais e Distritais);
Elaborar os relatórios de prestação de conta de SDSMAS;
Elaborar o plano individual semanal e mensal submeter ao MCD/DDS;
Avaliar o desempenho dos programas de saúde em função das metas estabelecidas;
Avaliar a qualidade dos dados dos resumos mensais recebidos semanalmente e
mensalmente;
Avaliar os indicadores gerais e dar o parecer ao MCD/DDS sobre a situação do estado de
saúde da população;
Capacitar os técnicos em matéria de análise de dados para melhoria de qualidade dos
dados;
Desenvolver ferramentas para análise de dados e identificação de erros;
Realizar supervisões nas unidades sanitárias;
Realizar as avaliações de qualidade de dados nas unidades sanitárias;
Realizar as visitas de monitoria de plano de acção de ADQ e MQ;
Participar e coordenar apoio técnico e recolha de dados nas unidades sanitárias.

54
6.3 Índices de Cálculo de Custo para estimação das necessidades orçamentais

55
56
5.4 Guião de supervisão de NED e Ponto focal de M&A
Nº DE
ÁREA DE INTERVENÇÃO ASPECTOS A VERIFICAR
ORDEM
> Verificar a limpesa e organização da unidade sanitária;
1 Aspectos externos > Verificar a disponibilidade, localização e utilização do aterro sanitário.
> Verificar a presença e actualização de gráficos de monitoria de casos de doenças de
notificação obrigatória;
2 Vigilância epidemiológica > Fazer a comparação de casos notificados no Boletim epidemiológico semanal e os
casos registados no livro.
> Verificar a existência das pastas de arquivo de BES.
> Verificar o preenchimento correcto de livros de registo;
Programa Alargado de > Monitorar stock de vacinas e outros insumos (gás, seringas, caixa incineradora, registo
3
vacinação de temperatura);
> Verificar o cumprimento do plano de brigadas moveis e sua produtividade.

> Verificar o preenchimento correcto do livro de registo, a presença de fichas para


resumos mensais, a organização do arquivo de relatórios mensais;
> Verificar se todas as mulheres da CPN foram testadas para HIV, Sífilis e receberam
redes mosquiteiras, TIP e outros insumos;
> Medir a percentagem de mulheres rastreadas para o CACUM na consulta de
4 Saúde Materno infantil planeamento familiar;
> Fazer a confrontação entre partos assistidos e crianças vacinada pela vacina BCG;
> Verificar o preenchimento de partogramas em relação ao número de partos
realizados;
> Fazer a confrontação entre o número de partos na maternidade e número de
mulheres que se benificiaram de método de longa duração.
> Monitorar desparasitação e suplementação com Vitamina A as crianças elegíveis;
> Verificar a entrega de 3ª dose de Salferoso as mulheres grávidas na CPN;
> Ver a congruência de dados de mulheres que receberam Vitamina A no pós parto e o
5 Programa de Nutrição número de partos (dentro e fora da maternidade);
> Monitorar a qualidade do registo no livro de PRN, CCS, CCD, CCR, seguimento de
paciente;

> Monitorar os Boletins epidemiológicos semanas;


6 Programa de Malária > Verificar a disponibilidade dos livros de consultas externas e resumos mensais;
> Verificar a existência do resumo mensal da unidade sanitária e do APE`s.
> Verificar os pacientes testados em diferentes sectores com HIV+ se foram ligados aos
cuidados e tratamento antirretroviral;
> Actualização de estado de permanência de pacientes nas fichas mestras e no livro de
registo, preenchimento de todos campos necessários nos livros de registo de ATS,
7 Programa de ITS-HIV/SIDA
TARV e APSS&PP;
> Comparar os activos em TARV no livro de registo TARV e no resumo mensal de
HIV/SIDA e reportados no MMIA;
> Verificar a ordenação correcta dos NID`s nas pastas de arquivo.
> Verificar a existência de plano de controle de infecções;
8 Programa de Tuberculose > Avaliar o cumprimento de metas de pacientes diagnosticados com TB (adultos e
crianças);
> Fazer o controle de stock de testes rápidos (TDR) e justificativo do consumo;
> Fazer o cruzamento do nº de pacientes novos/activos em TARV com resumo mensal
9 Farmácia de HIV/SIDA;
> Fazer confrotação de ficha de Stock de AL e Folha de Consumo Mensal de AL de
farmácia.

> Monitorar e avaliar o desempenho das actividades do Plano de Acção MQHIV;


> Medir a retenção manual de 33-66-99 dias selecionando aleatoriamente os processos
10 Melhoria de Qualidade dos pacientes que iniciaram TARV num determinado período;
> Verificar o preenchimento de dados clínicos e demográficos nas fichas mestras;
> Verificar o pedido de carga viral e CD4 e o registo dos seus resultados.

57
5.5 Distância (Km) Entre Sedes Distritais
1.

Nota: O número presente na intersecção entre a linha horizontal e a linha vertical constitui a
distância em km entre os dois distritos.

5.6 Distância da Unidade Sanitária à Sede Distrital

DISTÂNCIAS DAS UNIDADES SANITÁRIAS À SEDE DISTRITAL


Distrito: Cidade de Quelimane Distrito: Alto Molócué Distrito: Maganja da Costa
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS 17 De Setembro 4 8 CS B. Gruveta 4 8 CS Alto Mutola 53 106
CS 24 de Julho 1 2 CS Chapala 32 64 CS Cabuir 37 74
CS 4 de Dezembro 1 2 CS Cololo 85 170 CS Cariua 40 80
CS Cadeia Civil 1 2 CS Ecole 63 126 CS Mabala 30 60
CS Chabeco 3 6 CS Malua 12 24 CS Maganja da Costa 0 0
CS Coalane 5 10 CS Mohiua 60 120 CS Mapira 45 90
CS Estação Malanha 43 86 CS Mugema 40 80 CS Muzo 60 120
CS Icidua 4 8 CS Mutala 56 112 CS Namurrumo 60 120
CS Inhangulue 35 70 CS Nacuaca 36 72 CS Nante 30 60
CS Ionge 48 96 CS Nimala 22 44 CS Nomiua 48 96
CS Madal 45 90 CS Nivava 20 40 PS Moloa 60 120
CS Maquival Sede 25 50 CS Welela 83 166 PS Moneia 37 74
CS Maquival-Rio 33 66 CS Caiaia 22 44 PS Mugaua 17 34
CS Marongane 48 96 CS Nauela 57 114 PS Vila Valdez 60 120
CS Micajune 8 16 CS Novanana 30 60 Distrito: Chinde
CS Namuinho 9 18 Distrito: Derre Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS Sangarivera 8 16 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) CS Chiraco 40 80
CS Sant Egidio 2 4 CS Derre Sede 0 0 CS Jajo 28 56
CS Varela 40 80 CS Guerissa 40 80 CS Marrupino 68 136
PS Zalala Mar 36 72 CS Machindo 40 80 CS Murrua 54 108
PS Tebo 40 80

58
Distrito: Gurué Distrito: Gilé Distrito: Ile
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS Gurué Sede 0 0 CS Alto Ligonha 125 250 C.S. Ile Sede 0 0
CS Cotxi 15 30 CS Intxotxa 58 116 CS Curruane 50 100
CS Invinha 17 34 CS Khayane 80 160 CS Massira 90 180
CS Lioma 54 108 CS Mamala 46 92 CS Mucuaba 14 28
CS Macarruene 12 24 CS Moneia 26 52 CS Mugulama 100 200
CS Macuarro 47 94 CS Muiane 75 150 CS Muliquela 16 32
CS Mepuagiua 39 78 CS Mutequela 300 600 CS Namanda 20 40
CS Muagiua 28 56 CS Namuaca 96 192 CS Niboia 86 172
CS Nintulo 86 172 CS Pury 39 78 CS Nipiode 76 152
CS Ruace 54 108 CS Uape 44 88 CS Phalane 135 270
CS Serra 47 94 Distrito: Nicoadala CS Socone 35 70
CS Tetete 72 144 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) CS Ualasse 61 122
CS UP10 33 66 CS Amoro 35 70 Distrito: Luabo
CS UP4 7 14 CS Ilalane 43 86 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
Hospital Distrital 0 0 CS Licuar 14 28 CS I lha Salia 38 76
Distrito: Inhassunge CS Namacata 26 52 CS Luabo Sde 0 0
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) CS Nicoadala-Sede 0 0 CS Marcacao 36 72
CS Bingagira 15 30 CS Quinta Girassol 18 36 CS Socovinho 13 26
CS Chirimane 21 42 PS Domela 21 42 PS Chimbazo 42 84
CS Gonhane 13 26 Distrito: Milange Distrito: Mocuba
CS ILova 42 84 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS Inhassunge Sede 0 0 CS Brandão 3 6 CS 16 de Junho 3 6
CS Olinda 28 56 CS Carico 40 80 CS Alto Benfica 90 180
CS Palan-Mecula 11 22 CS Chitambo 20 40 CS Caiave 70 140
Distrito: Lugela CS Dachudua 55 110 CS Chimbua 85 170
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) CS Dulanha 42 84 CS Intome 60 120
CS Erurune 65 130 CS Gurgunha 68 136 CS Magogodo 40 80
CS Limbwe 60 120 CS Liciro 60 120 CS Mataia 72 144
CS Lugela sede 0 0 CS Belua 39 78 CS Mocuba Sisal 8 16
CS Muabanama 81 162 CS Nagor 98 196 CS Muanaco 4 8
CS Mulide 72 144 CS Majaua 75 150 CS Muaquiua 82 164
CS Mungulune 106 212 CS Mongue 63 126 CS Mugeba 45 90
CS Munhamade 36 72 CS Muanhambo 57 114 CS Muloe 60 120
CS Namagoa 48 96 CS Nigor 97 194 CS Munhiba 45 90
CS Puthine 17 34 CS Sabelua 100 200 CS Namabida 87 174
CS Tacuane 32 64 CS Tengua 17 34 CS Namagoa 15 30
PS Mucubi 97 194 CS Urbano 0 0 CS Namanjavira 55 110
PS Mudedereia 18 36 Hospital Distrital 1 2 CS Nhaluanda 40 80
PS Nigau 20 40 PS Nambuze 38 76 CS Padre Usera 0 0
Distrito: Molumbo PS Saude de Vulalo 25 50 CS Pedreira 5 10
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Distrito: Mocubela CS Samora Machel 5 10
CS Corromana 50 100 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) CS Sede Mocuba 0 0
CS Malua 35 70 CS de Gurai 68 136 Hospital Distrital 0 0
CS Molumbo Sede 0 0 CS de Naico 32 64
CS Nangoma 40 80 CS de Tapata 57 114
CS Namucumua 88 176 CS Ilha de Idugo 78 156
CS Nantuto 47 94 CS Maneia 33 66
PS Cazimbe 50 100 PS Bajone 43 86
PS Missal 52 104

59
Distrito: Morrumbala Distrito: Namacurra Distrito: Mopeia
Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS Balicholo 18 36 CS Namacurra Sede 0 0 Cs Sede 0 0
CS Bolde 150 300 CS Furquia 40 80 CS Campo 150 300
CS Boroma 13 26 CS Macuse 49 98 CS Chimuara 92 184
CS Chilomo 150 300 CS Malei 35 70 CS Gulamo 42 84
CS Chire 114 228 CS Mexixine 40 80 CS Noere 120 240
CS Cumbapo 10 20 CS Naciaia 20 40 CS Ndingo 54 108
CS Djasse 42 84 CS MBawa 45 90 CS Lua-Lua 110 220
CS Fabrica 35 70 CS Muiebele 27 54 CS Mungane 180 360
CS Gaute 35 70 CS Mutange 18 36 CS Catale 180 360
CS Gorro 142 284 CS Muceliua 47 94 CS Nzanza 130 260
CS Mecaula 50 100 CS Mugubia 25 50 Cs Sangalaza 60 120
CS Megaza 45 90 Distrito: Pebane CS 8 de Março 8 16
CS Mepinha 35 70 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km) PS Nhacatundo 105 210
CS Morrumbala Sede 0 0 CS Pebane Sede 0 0 Distrito: Namarroi
CS Muandiua 38 76 CS Cutale 7 14 Unidades Sanitárias Distância (Km) Ida e volta (km)
CS Muera 30 60 CS Magiga 22 44 CS Lipali 30 60
CS Mureremba 51 102 CS Malema 82 164 CS Marea 27 54
CS Pinda 35 70 CS Mulela 65 130 Cs Maquiringa 57 114
CS Reis 102 204 CS Muligode 71 142 CS Midine 59 118
CS Sabe 45 90 CS Naburi 132 264 CS Mutatala 42 84
Distrito: Mulevala CS Mihecue 98 196 CS Mutepua 41 82
Unidades Sanitárias Distância (Km) Distância ida e volta (km) CS 7 de Abril 7 14 CS Namarroi Sede 0 0
CS Chiraco 40 80 CS Impaca 38 76 CS Nemone 39 78
CS Jajo 28 56 CS Tomeia 167 334 CS Rigone 38 76
CS Murrua 54 108 CS Txalalane 183 366 CS Rumala 57 114
CS Mucata 38 76 CS Alto Maganha 136 272
CS Marrupino 68 136 CS Pele-Pele 44 88
PS Tebo 40 80

60
US UNIDADE SANITÁRIA
A CS 17 Setembro
B CS Namacata
C CS Nicoadala Sede
D CS Djasse

Legenda II
E CS Quinta Girassol
F CS Naciaia
G CS Malei
H CS Nhaluanda
I CS Samora Machel
J CS Namagoa
K CS Mugeba
L CS Namanjavira
M CS Alto Benfica
N CS Liciro
O CS T engua
P CS Chitambo
Q CS Coromana
R PS Nigaua
S CS Magogodo
T CS Mapira
U CS Maneia
V CS Mutepua
X CS Namanda
Y CS Muliquela
W CS T ebo
Z CS Macuaro
5.7 Unidades Sanitárias à beira da Estrada

AA CS Invinha
AB CS T etete
AC CS Magiga
AD CS Impaca
AE CS Uape
AF CS Mutala
AG CS Mutala
AH CS Novanana
AI CS Malua
AJ CS Alto Ligonha
AK CS Moneia
AL CS Moiane
AM CS Amoro
A.N CS Muera
AO CS Guerissa
AP CS Mugulama
AQ CS Chimuara
AR CS Boroma
AS CS Cumbapo
AT CS Mepinha
AU PS Chimbazo
AV CS Chapala
AW PS Nipiode

61
5.8 Coletânea de Indicadores de Saúde na Província da Zambézia

Período
Nr Indicadores
2015 2016 2017 2018 2019
1 Nº de unidades sanitárias 241 250 254 259 264
2 Nº de unidades sanitárias TARV 185 216 232 242 246
3 Nº de unidades sanitárias Maternidade 209 213 218 221 228
4 Nº de Técnicos de Básicos 1436 1436 1510 1291 770
5 Nº de Técnicos de Médios 2075 2663 2936 3366 2780
6 Nº de Técnicos de Superiores 208 400 401 540 509
7 Nº de Médico 157 173 184 211 217
8 Nº de APE`s 456 456 630 905 1701
9 Nº de Camas Hospitalares 2111 2502 2863 2892 2966
10 Nº de Viaturas 10 14 22 36 37
11 Nº de Ambulâncias 14 15 20 26 26
12 Cobertura de Partos Institucionais 64% 72% 79% 84% 80%
13 Cobertura de novas utentes em PF 24% 32% 37% 36% 36%
14 Cobertura de rastreio de CACUM 5% 3% 12% 10% 13%
15 Cobertura de Crianças Completamente Vacinadas 65% 88% 89% 96% 89%
16 Cobertura de TARV Pediatrico 30% 38% 39% 47% 43%
17 Cobertura de TARV Adultos 42% 56% 56% 77% 62%
18 Cobertura de Redes Mosquiteiras na CPN 62% 85% 84% 68% 88%
19 Cobertura de Pacientes TB/HIV inicio TARV 85% 95% 90% 99% 98%
20 Rácio Proficionais de Saúde por 100.000hab 84 99 100 153 153
21 Rácio Médico Habitante 30588 28455 27408 24473 25202
22 Rácio Técnico de Saúde Habitante 1291 1054 1002 955 1470
23 Rácio Unidades Sanitária Habitante 19927 19691 19855 19938 20715
24 Raio de AcçãoTeórico 11.7 11.5 11.5 11.5 11.1
25 Taxa de Sucesso de tratamento de TB 85% 89% 91% 92% 94%
26 Taxa de Cura de desnutrição aguda 67% 49% 89% 91% 92%
27 Taxa de Baixo Peso a Nascença 3.1% 3.7% 2.4% 1.7% 0.8%
28 Taxa de Mau Crescimento 1.6% 0.9% 0.6% 0.5% 1.8%
29 Taxa de Ocupação de Cama 56% 55% 44% 51% 52%
30 Tempo Médio de Internamento 4 5 4 4 4
31 Campanha Cirurgia de Catarata (Pacientes) 580 847 576 983 374
32 Campanha de Tracoma 1300649 1418473 - 769073
33 Campanha de Fendas Labiais (Pacientes) 52 231 266 73 0
34 Campanha de Fístulas Obstétrica (Pacientes) 159 179 64 322 148
35 Campanha de Hidrocelo (Pacientes Operados) - - 1173 2373 350

62
SAÚDE MATERNO INFANTIL - PARTOS INSTITUCIONAIS SAÚDE MATERNO INFANTIL - CONSULTAS PRÉ-NATAIS
Realizado - Partos Institucionais Coberturas - Partos Institucionais Realizado - Consultas Pré-Natais Coberturas - Consultas Pré-Natais
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 13146 13331 14287 16374 16390 84% 77% 81% 91% 96% QUELIMANE 19311 20910 21060 21993 24227 111% 109% 107% 110% 127%
ALTO MOLÓCUÈ 13077 13941 14868 15564 16255 77% 80% 82% 83% 96% ALTO MOLÓCUÈ 19437 21248 21894 22849 24584 100% 110% 109% 109% 130%
CHINDE 1755 2773 2910 3526 3169 48% 65% 67% 79% 75% CHINDE 3203 3599 4539 5338 4553 79% 76% 94% 108% 97%
DERRE 1539 2489 2296 2644 2873 37% 60% 54% 61% 53% DERRE 4440 6173 4858 4324 4602 96% 134% 103% 90% 77%
GILÉ 6037 6716 7571 7619 7831 68% 75% 84% 83% 75% GILÉ 12705 13274 14328 13687 15097 128% 133% 142% 135% 129%
GURUÉ 12020 11853 13443 16134 14629 66% 76% 84% 99% 71% GURUÉ 21744 22993 23880 24563 24792 108% 133% 135% 136% 109%
ILE 5666 7634 9559 10526 10831 54% 62% 76% 82% 114% ILE 16505 15958 18390 17861 19102 142% 117% 132% 126% 181%
INHASSUNGE 3512 3579 3793 4213 4316 77% 79% 83% 91% 98% INHASSUNGE 5170 4835 5323 5247 5139 102% 96% 104% 102% 105%
LUABO 1044 1655 1735 1608 1789 43% 65% 67% 61% 62% LUABO 2980 2851 3205 3123 3170 110% 101% 112% 107% 100%
LUGELA 3533 4326 4930 5003 4775 51% 62% 71% 71% 53% LUGELA 9385 10278 9324 8121 9633 122% 134% 120% 104% 97%
MAGANJA DA COSTA 3516 5206 6548 6945 6464 39% 53% 66% 68% 91% MAGANJA DA COSTA 10590 12718 12483 12346 13108 105% 117% 113% 109% 165%
MILANGE 13692 19179 23190 23197 22179 66% 82% 97% 95% 76% MILANGE 35178 38577 38010 36053 38159 152% 148% 143% 133% 117%
MOCUBA 14903 14857 15073 16901 16685 86% 84% 84% 92% 85% MOCUBA 22076 25935 26598 26557 28032 114% 133% 133% 131% 128%
MOCUBELA 3707 4625 4990 4614 4783 73% 77% 81% 74% 80% MOCUBELA 7308 8179 8416 7468 7491 130% 123% 124% 107% 113%
MOLUMBO 4281 4863 5377 5084 5078 54% 77% 84% 77% 32% MOLUMBO 10277 14376 13131 13141 16584 116% 205% 184% 180% 95%
MOPEIA 3981 5669 6986 7440 7364 56% 79% 94% 97% 98% MOPEIA 8798 9701 10935 11216 11564 112% 121% 132% 132% 138%
MORRUMBALA 9334 9428 12073 13514 14558 57% 58% 72% 79% 80% MORRUMBALA 20913 21009 22546 24605 24256 114% 116% 122% 130% 120%
MULEVALA 2183 2457 3602 3730 3899 49% 58% 83% 84% 75% MULEVALA 6284 6370 7025 7765 7677 127% 135% 146% 158% 133%
NAMACURRA 6693 7906 8743 10991 11889 55% 61% 63% 74% 112% NAMACURRA 14380 15361 13925 14379 15964 106% 107% 91% 87% 136%
NAMARROI 3009 3903 4384 4871 5572 45% 58% 65% 71% 80% NAMARROI 7458 8157 9386 9668 11513 101% 109% 124% 127% 148%
NICOADALA 5135 5765 5712 5873 5928 75% 83% 81% 81% 65% NICOADALA 10012 10762 10228 10227 10130 131% 140% 130% 127% 99%
PEBANE 6692 7117 7821 9273 10134 66% 70% 76% 88% 100% PEBANE 11780 12397 13088 13425 15358 105% 110% 114% 115% 137%
ZAMBÉZIA 138455 159272 179891 195644 197391 64% 72% 79% 84% 80% ZAMBÉZIA 279934 305661 312572 313956 334735 117% 124% 124% 122% 122%

63
SAÚDE MATERNO INFANTIL - CONSULTA DE PLANEAMENTO FAMILIAR SAÚDE MATERNO INFANTIL - CONSULTA PÓS-PARTO
Realizado - Consultas de Planeamento Familiar Coberturas - Consultas de Planeamento Familiar Realizado - Consultas Pós-Parto Coberturas - Consultas Pós Parto
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 26738 31009 31182 28438 37182 31% 32% 32% 29% 39% QUELIMANE 10585 14488 19867 22544 22656 68% 84% 113% 125% 132%
ALTO MOLÓCUÈ 20678 32299 36051 34544 41536 22% 34% 36% 33% 44% ALTO MOLÓCUÈ 13672 16389 16315 20093 19486 81% 94% 90% 107% 115%
CHINDE 2421 5169 7169 6804 8693 12% 22% 30% 28% 37% CHINDE 1271 2985 4168 4394 3534 35% 70% 96% 99% 84%
DERRE 6222 7728 9851 8380 9525 27% 34% 42% 35% 32% DERRE 1402 3429 4395 4933 4764 34% 83% 104% 114% 88%
GILÉ 8939 10749 11046 7091 11678 18% 22% 22% 14% 20% GILÉ 6757 8259 9322 9525 10905 76% 92% 103% 104% 104%
GURUÉ 28259 28578 39147 46388 41385 28% 33% 44% 52% 36% GURUÉ 16326 16401 16179 18161 16705 90% 105% 102% 112% 81%
ILE 18343 21065 29706 25231 26740 32% 31% 43% 36% 51% ILE 7573 10199 13085 13457 13167 72% 83% 105% 105% 139%
INHASSUNGE 7287 6963 9354 8880 9511 29% 28% 37% 35% 39% INHASSUNGE 3773 3826 3965 4424 4470 83% 84% 86% 96% 101%
LUABO 1787 4242 5321 4858 3870 13% 30% 37% 33% 24% LUABO 645 2059 2132 2178 2173 26% 81% 83% 83% 76%
LUGELA 6871 10283 8360 8349 13877 18% 27% 22% 21% 28% LUGELA 5634 5792 6355 6391 6141 81% 84% 91% 91% 69%
MAGANJA DA COSTA 12612 20370 17746 18507 20526 25% 38% 32% 33% 52% MAGANJA DA COSTA 7130 8999 10604 12027 10287 79% 92% 106% 118% 144%
MILANGE 26846 43560 59349 53706 58351 23% 34% 45% 40% 36% MILANGE 17097 22636 26203 25567 24505 82% 96% 109% 104% 84%
MOCUBA 38114 33984 41192 45494 49763 40% 35% 41% 45% 46% MOCUBA 20245 19599 19932 22840 22659 117% 111% 111% 125% 115%
MOCUBELA 7360 11222 19387 22818 21216 26% 34% 57% 66% 65% MOCUBELA 3791 4839 5299 4990 5249 75% 81% 87% 80% 88%
MOLUMBO 6243 9386 15950 10951 10585 14% 27% 45% 30% 12% MOLUMBO 5101 6268 6562 6699 6477 64% 99% 102% 102% 41%
MOPEIA 5014 12750 17167 15856 16492 13% 32% 42% 37% 40% MOPEIA 5496 6836 8454 9233 9047 78% 95% 114% 121% 120%
MORRUMBALA 21180 29974 39652 40055 37915 23% 33% 43% 43% 38% MORRUMBALA 9281 11499 15034 18349 18121 56% 71% 90% 108% 100%
MULEVALA 5414 6965 7253 9058 6932 22% 30% 30% 37% 24% MULEVALA 3614 3858 4948 4397 4196 81% 91% 114% 99% 81%
NAMACURRA 16626 22549 29320 31630 32776 25% 32% 38% 39% 56% NAMACURRA 6888 9389 10149 12383 13805 56% 73% 73% 84% 131%
NAMARROI 7444 9640 10193 8657 7965 20% 26% 27% 23% 21% NAMARROI 5422 5656 5910 6031 6863 81% 84% 87% 88% 98%
NICOADALA 9762 12943 13678 12273 13151 26% 34% 35% 31% 26% NICOADALA 6071 6228 6130 6763 6511 88% 90% 86% 93% 71%
PEBANE 6538 6787 7437 10401 11833 65% 67% 72% 99% 117%
PEBANE 10942 16450 13311 16271 15069 20% 29% 23% 28% 27%
ZAMBÉZIA 164312 196421 222445 245780 243554 76% 89% 98% 106% 99%
ZAMBÉZIA 295102 387878 471385 464239 494738 25% 32% 38% 36% 36%

64
PROGRAMA ALARGADO DE VACINAÇÃO PROGRAMA ALARGADO DE VACINAÇÃO
Realizado - Vacinação com Penta 3ª dose Coberturas - Vacinação com Penta 3ª dose Realizado - Vacinação com BCG Coberturas - Vacinação com BCG
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 14626 13904 14617 15387 16426 77% 93% 96% 99% 111% QUELIMANE 11439 14827 14250 17570 17113 76% 97% 91% 110% 112%
ALTO MOLÓCUÈ 14517 15135 16920 17269 18196 83% 100% 108% 106% 124% ALTO MOLÓCUÈ 14526 17305 20091 21451 20758 98% 112% 125% 128% 137%
CHINDE 3616 3308 3651 3790 3572 84% 89% 97% 98% 97% CHINDE 2983 3602 3412 4145 4046 80% 95% 88% 105% 108%
DERRE 3505 3987 3637 3728 3258 78% 111% 99% 100% 70% DERRE 3344 4337 4185 5172 4122 93% 118% 111% 135% 86%
GILÉ 7671 7654 8453 11121 10150 96% 99% 108% 140% 111% GILÉ 8328 10451 10239 13582 12012 106% 131% 127% 167% 129%
GURUÉ 13202 13005 14134 15530 14919 99% 96% 102% 110% 84% GURUÉ 15221 15578 15478 18662 18519 112% 112% 109% 129% 101%
ILE 10380 10562 11487 11136 11734 83% 99% 106% 101% 143% ILE 11372 11971 13455 13732 14527 107% 110% 121% 121% 172%
INHASSUNGE 3913 3430 3018 3676 4233 82% 87% 76% 92% 110% INHASSUNGE 3406 3607 3234 4372 4436 85% 89% 79% 107% 113%
LUABO 2146 2316 2546 2238 2120 56% 106% 114% 98% 85% LUABO 1138 2265 2687 2648 2534 52% 101% 117% 113% 100%
LUGELA 5949 6125 6435 6624 6837 92% 102% 106% 109% 88% LUGELA 6193 6914 6881 8044 7880 101% 112% 111% 129% 99%
MAGANJA DA COSTA 8277 9913 10109 9593 8813 87% 117% 117% 109% 143% MAGANJA DA COSTA 7694 9136 10253 10319 9202 91% 105% 116% 114% 145%
MILANGE 19879 20264 19954 25469 23829 83% 100% 96% 120% 94% MILANGE 18189 21836 19339 29888 29856 89% 105% 91% 137% 115%
MOCUBA 14919 15536 18729 22516 20392 89% 102% 120% 142% 120% MOCUBA 16841 17185 17502 24168 21196 110% 110% 110% 148% 121%
MOCUBELA 5077 4743 5409 5539 5691 74% 91% 102% 102% 110% MOCUBELA 4478 6356 6288 6026 6262 86% 119% 116% 108% 119%
MOLUMBO 5339 6395 6494 8645 7946 67% 117% 116% 152% 58% MOLUMBO 5276 8483 7412 11520 9360 96% 151% 129% 197% 67%
MOPEIA 6065 6914 8492 8122 7610 97% 111% 132% 122% 116% MOPEIA 6748 7241 7648 8880 8320 108% 113% 116% 131% 124%
MORRUMBALA 13806 11499 16141 16394 15822 60% 81% 112% 111% 101% MORRUMBALA 11057 14278 16946 20829 18979 78% 99% 114% 138% 118%
MULEVALA 3601 4058 4481 5230 4749 101% 110% 119% 136% 105% MULEVALA 4627 4412 4298 6505 6060 125% 117% 111% 165% 131%
NAMACURRA 10512 10023 10926 12353 11947 78% 90% 91% 96% 130% NAMACURRA 8716 9937 10315 13495 13097 81% 87% 84% 102% 139%
NAMARROI 5733 6693 5907 6164 6565 90% 115% 100% 103% 108% NAMARROI 6506 6851 6487 7781 8018 111% 115% 107% 127% 129%
NICOADALA 5882 6539 6387 6680 7963 116% 109% 104% 106% 100% NICOADALA 6783 7626 7018 7558 8180 112% 124% 111% 117% 100%
PEBANE 8678 8688 9253 10197 10356 64% 98% 103% 112% 118% PEBANE 6599 10365 8965 11837 12043 74% 115% 98% 127% 134%
ZAMBÉZIA 187292 190691 207180 227401 223128 83% 99% 105% 113% 105% ZAMBÉZIA 181464 214563 216383 268184 256520 94% 109% 107% 130% 117%

65
PROGRAMA ALARGADO DE VACINAÇÃO PROGRAMA ALARGADO DE VACINAÇÃO
Realizado - Crianças Completamente Vacinadas Coberturas - Crianças Completamente Vacinadas Realizado - Vacinação com VAS Coberturas - Vacinação com VAS
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 9751 12077 13350 14417 15929 67% 81% 87% 92% 107% QUELIMANE 10138 13008 13898 14766 16036 69% 87% 91% 95% 108%
ALTO MOLÓCUÈ 9244 13445 15114 16354 16976 64% 89% 96% 100% 115% ALTO MOLÓCUÈ 10706 14708 17315 18181 18298 74% 97% 110% 112% 124%
CHINDE 2330 3242 3579 3724 3484 64% 88% 95% 96% 95% CHINDE 2791 3478 3769 3869 3705 77% 94% 100% 100% 101%
DERRE 1933 3356 2741 3048 2763 55% 94% 75% 81% 59% DERRE 2882 4276 3400 3647 3299 82% 119% 93% 97% 71%
GILÉ 5183 5519 4319 6633 6706 68% 71% 55% 84% 74% GILÉ 6230 6724 7180 8956 8323 81% 87% 91% 113% 91%
GURUÉ 11271 11716 12643 14240 13165 85% 87% 92% 101% 74% GURUÉ 11882 12595 13478 15427 14566 90% 93% 98% 109% 82%
ILE 6364 9459 9558 9268 9845 61% 89% 88% 84% 120% ILE 7340 10042 10738 10423 10606 71% 95% 99% 94% 129%
INHASSUNGE 2940 2997 2856 3194 3907 75% 76% 72% 80% 102% INHASSUNGE 2966 3009 2908 3287 4013 76% 76% 73% 82% 105%
LUABO 750 1910 1774 1906 1919 35% 87% 79% 84% 77% LUABO 915 2210 2154 2056 1995 43% 101% 96% 90% 80%
LUGELA 4323 5470 5271 5315 5842 73% 91% 87% 87% 75% LUGELA 4491 5832 5542 5655 6394 75% 97% 92% 93% 82%
MAGANJA DA COSTA 5342 8806 7507 7640 6813 65% 104% 87% 86% 110% MAGANJA DA COSTA 6465 10174 9808 8277 8172 78% 120% 113% 94% 132%
MILANGE 12790 19367 19485 23050 20568 64% 95% 94% 109% 81% MILANGE 14500 20613 20547 24190 22230 73% 101% 99% 114% 88%
MOCUBA 12906 13126 14256 17893 15074 87% 86% 92% 113% 88% MOCUBA 13644 14558 16265 19383 16956 91% 95% 104% 122% 100%
MOCUBELA 2888 4459 4338 4981 4810 57% 86% 82% 92% 93% MOCUBELA 3483 4911 4966 5371 5799 69% 95% 94% 99% 113%
MOLUMBO 407 5112 5677 5507 6279 8% 94% 102% 97% 46% MOLUMBO 3274 5617 5877 6255 6653 61% 103% 105% 110% 49%
MOPEIA 4323 5836 6598 6325 6263 71% 93% 102% 95% 96% MOPEIA 5290 6789 7940 7716 7206 87% 109% 123% 116% 110%
MORRUMBALA 5940 9857 13359 14156 13445 43% 70% 93% 96% 85% MORRUMBALA 6859 11156 15551 15349 15029 50% 79% 108% 104% 95%
MULEVALA 2557 2981 3606 3620 3737 71% 81% 96% 94% 83% MULEVALA 2925 3387 3762 4134 4013 81% 92% 100% 108% 89%
NAMACURRA 6506 9605 10699 12260 11071 62% 86% 89% 95% 121% NAMACURRA 6729 9833 10884 12270 11317 64% 88% 91% 96% 124%
NAMARROI 4249 6155 5177 5224 5697 74% 106% 88% 88% 94% NAMARROI 4424 6337 5394 5585 6107 77% 109% 92% 94% 101%
NICOADALA 5081 6026 5774 5299 7508 86% 100% 94% 84% 94% NICOADALA 5413 6331 6386 5572 7968 92% 105% 104% 89% 100%
PEBANE 5211 8577 8789 9703 9213 60% 97% 98% 107% 105%
PEBANE 3635 7643 8131 8865 8776 42% 87% 91% 98% 100%
ZAMBÉZIA 138558 184165 196551 210072 207898 74% 96% 100% 104% 97%
ZAMBÉZIA 120713 168164 175812 192919 190577 64% 88% 89% 96% 89%

66
PROGRAMA NACIONAL DE NUTRIÇÃO PROGRAMA NACIONAL DE NUTRIÇÃO
Realizado - Desparasitação 12 – 59 meses Coberturas - Desparasitação 12 – 59 meses Realizado - Vitamina A 6-59 meses Coberturas - Vitamina A 6-59 meses
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 41705 55512 41237 38603 45357 83% 100% 73% 67% 82% QUELIMANE 54536 54654 14540 33867 63710 96% 87% 46% 63% 102%
ALTO MOLÓCUÈ 49488 64790 54279 39230 51453 91% 116% 93% 65% 94% ALTO MOLÓCUÈ 60579 84063 26456 52655 80845 98% 133% 59% 78% 130%
CHINDE 8398 9108 15524 32707 16279 71% 66% 110% 228% 119% CHINDE 9868 18666 4941 10161 24192 74% 120% 54% 54% 157%
DERRE 10236 17936 15303 24365 4881 77% 135% 112% 175% 28% DERRE 12581 18238 7815 15864 8885 83% 121% 81% 99% 45%
GILÉ 14213 26523 21226 44375 24852 49% 92% 73% 150% 73% GILÉ 22503 30695 4185 21222 36894 69% 94% 29% 48% 96%
GURUÉ 46710 53000 45710 75322 28488 80% 106% 89% 144% 43% GURUÉ 116127 75010 20817 40056 48968 175% 132% 61% 53% 65%
ILE 30295 28913 44602 52707 44080 90% 73% 111% 128% 144% ILE 51917 35966 22466 31217 70963 136% 81% 76% 88% 205%
INHASSUNGE 11977 13752 11245 20477 10922 82% 94% 76% 138% 77% INHASSUNGE 14567 11519 2342 8629 25064 88% 69% 27% 40% 156%
LUABO 0 6755 8426 12688 6942 0% 83% 101% 150% 75% LUABO 0 7860 4223 6556 11357 0% 85% 41% 41% 109%
LUGELA 16057 22894 18404 29500 18323 72% 103% 82% 130% 63% LUGELA 13614 36347 6109 8903 28392 54% 144% 46% 27% 87%
MAGANJA DA COSTA 25028 65231 25815 48138 39154 86% 207% 80% 147% 170% MAGANJA DA COSTA 29372 26923 9046 24043 56324 89% 76% 38% 47% 217%
MILANGE 55411 80904 99442 126978 57370 82% 107% 129% 161% 61% MILANGE 57648 10325 54394 138861 75703 76% 121% 75% 103% 71%
MOCUBA 49881 44854 43078 60570 27918 89% 79% 74% 103% 44% MOCUBA 46677 42476 27403 22518 41496 74% 66% 96% 37% 58%
MOCUBELA 12300 38147 31170 38369 17275 75% 198% 158% 190% 90% MOCUBELA 9397 57894 9429 19101 25467 51% 252% 34% 51% 118%
MOLUMBO 16323 32112 40263 41575 18732 63% 158% 194% 196% 37% MOLUMBO 11518 22453 16822 26433 30539 40% 98% 80% 114% 53%
MOPEIA 10476 21696 17087 44573 17305 46% 93% 71% 181% 71% MOPEIA 12367 29947 4684 16457 27525 48% 114% 33% 44% 100%
MORRUMBALA 38982 53498 66958 60967 57195 73% 102% 125% 111% 98% MORRUMBALA 36730 63285 15919 51012 80743 61% 107% 35% 90% 122%
MULEVALA 11869 19711 20161 18363 17199 82% 144% 144% 128% 103% MULEVALA 25559 29760 4578 7399 27760 157% 192% 24% 33% 147%
NAMACURRA 30690 45031 20339 59099 27094 78% 108% 46% 124% 80% NAMACURRA 28259 50097 21893 32762 41512 63% 106% 91% 61% 108%
NAMARROI 18346 13544 27249 32796 23737 85% 63% 124% 148% 105% NAMARROI 24030 20495 10604 18875 32497 99% 84% 64% 69% 128%
NICOADALA 15541 27277 22539 36073 26044 70% 122% 99% 155% 88% NICOADALA 15841 37355 5615 9774 35629 63% 148% 47% 27% 106%
PEBANE 25383 44037 34452 58386 24387 78% 134% 103% 173% 75% PEBANE 33839 60215 6649 22788 41223 92% 162% 24% 41% 112%
ZAMBÉZIA 539309 785.23 683272.2 957258 604987 77% 110% 101% 139% 76% ZAMBÉZIA 687529 917171 286390 585286 915688 87% 114% 56% 63% 102%

67
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE MALÁRIA PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE MALÁRIA
Realizado - Redes mosquiteiras na CPN Coberturas - Redes mosquiteiras na CPN Realizado - TIP 2ª dose Coberturas - TIP 2ª dose
Distritos Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 12201 18119 17143 14159 22494 63% 87% 81% 68% 92% QUELIMANE 8640 12708 10390 9518 13136 45% 61% 49% 46% 54%
ALTO MOLÓCUÈ 10519 16877 14122 12333 21667 54% 79% 66% 57% 88% ALTO MOLÓCUÈ 14388 13251 9461 12430 15808 74% 62% 44% 57% 65%
CHINDE 2220 3207 2787 4016 4606 69% 89% 81% 88% 96% CHINDE 1706 2011 1887 2602 3199 53% 56% 55% 57% 66%
DERRE 2309 4479 5140 2775 4175 52% 73% 96% 63% 91% DERRE 1268 1111 3616 2262 2412 29% 18% 68% 52% 52%
GILÉ 7814 9623 12984 10432 11228 62% 72% 93% 81% 77% GILÉ 9775 9600 6198 5981 7422 77% 72% 44% 46% 51%
GURUÉ 8347 17585 17539 16482 22212 38% 76% 74% 69% 89% GURUÉ 14985 14040 11791 17561 22222 69% 61% 50% 74% 89%
ILE 12088 15610 16227 10350 15027 73% 98% 88% 59% 80% ILE 10883 11258 13078 13022 15602 66% 71% 71% 74% 83%
INHASSUNGE 3183 4103 4702 3193 4776 62% 85% 90% 62% 91% INHASSUNGE 2606 2741 1993 3256 3284 50% 57% 38% 63% 63%
LUABO 1122 2824 2959 2883 3021 38% 99% 99% 93% 92% LUABO 947 1489 2290 2311 2349 32% 52% 77% 75% 71%
LUGELA 6341 8570 8434 6844 8674 68% 83% 89% 85% 96% LUGELA 5751 5048 4153 4478 5180 61% 49% 44% 56% 57%
MAGANJA DA COSTA 8399 13153 12213 9566 11738 79% 103% 99% 81% 92% MAGANJA DA COSTA 6136 7818 8554 6646 7962 58% 61% 69% 56% 62%
MILANGE 17589 33124 33957 18759 32997 50% 86% 82% 56% 82% MILANGE 21544 24974 24202 23759 26929 61% 65% 59% 71% 67%
MOCUBA 19571 23481 23145 12134 25043 89% 91% 85% 49% 88% MOCUBA 18462 15222 12051 13924 18453 84% 59% 44% 56% 64%
MOCUBELA 2267 6595 6852 3733 7386 31% 81% 83% 50% 97% MOCUBELA 3657 3884 3022 4191 4087 50% 47% 37% 56% 54%
MOLUMBO 4309 12749 13693 7857 13783 42% 89% 87% 66% 87% MOLUMBO 4684 6330 4740 6773 9927 46% 44% 30% 57% 63%
MOPEIA 3871 8408 9047 6843 10812 44% 87% 89% 66% 91% MOPEIA 5361 5636 6257 6507 7564 61% 58% 61% 63% 64%
MORRUMBALA 13869 15122 17029 17983 22799 66% 72% 76% 77% 91% MORRUMBALA 8506 10047 9724 16719 14945 41% 48% 44% 71% 60%
MULEVALA 4361 4357 6048 6702 7720 69% 68% 90% 94% 91% MULEVALA 3814 2877 2995 3340 4744 61% 45% 45% 47% 56%
NAMACURRA 13837 15144 15029 11130 13076 96% 99% 97% 86% 81% NAMACURRA 7752 8358 10315 8228 9463 54% 54% 66% 63% 59%
NAMARROI 1182 6041 7882 8357 10721 16% 74% 93% 90% 96% NAMARROI 5686 6243 5030 4748 6194 76% 77% 60% 51% 55%
NICOADALA 10216 11119 9436 6774 10490 102% 103% 93% 73% 98% NICOADALA 6555 6194 5667 5972 7159 65% 58% 56% 64% 67%
PEBANE 8463 9055 8935 9035 13226 72% 73% 70% 72% 88% PEBANE 7527 7371 5543 8285 11456 64% 59% 43% 66% 76%
ZAMBÉZIA 174078 259345 265303 202340 297671 62% 85% 84% 68% 88% ZAMBÉZIA 170633 178211 162957 182513 219497 61% 58% 52% 62% 65%

68
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ITS-HIV/SIDA CASOS DE TUBERCULOSE
Realizado - Pacientes Início TARV Coberturas - Pacientes Activos em TARV Distritos TB Todas as formas TB Infantil TB MR
Distritos
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 6635 8905 12958 12661 8559 29793 36500 40375 45450 53029 QUELIMANE 1809 1785 1317 2023 1537 175 200 185 260 219 8 9 13 16 22
ALTO MOLÓCUÈ 1279 1510 1920 2037 1487 3703 3942 5229 7045 8108 ALTO MOLÓCUÈ 306 641 1351 1436 1298 59 61 221 264 228 5 2 11 9 10
CHINDE 882 1204 1266 1699 747 1683 2563 3202 4089 4555 CHINDE 144 238 326 282 264 13 42 51 26 29 2 2 2 1 2
DERRE 331 471 429 774 946 458 772 1303 1896 2242 DERRE 123 179 316 221 149 10 6 17 21 4 0 2 1 3 2
GILÉ 1267 1647 2086 2068 1276 3058 3855 5927 6805 7769 GILÉ 223 369 677 756 804 22 80 164 135 147 0 1 3 1 0
GURUÉ 1080 1591 1323 2021 1609 5757 5422 6884 7529 8687 GURUÉ 541 713 1189 1245 1215 138 143 152 188 206 2 3 1 1 2
ILE 974 1306 1393 1955 1196 2651 3890 5551 6247 7593 ILE 224 391 935 600 750 18 57 92 95 131 0 1 3 2 3
INHASSUNGE 2625 1888 2167 2489 1958 3186 5668 6888 6837 8397 INHASSUNGE 250 362 342 492 394 26 45 72 59 49 1 0 6 4 3
LUABO 281 1017 523 674 348 391 612 1133 1367 1481 LUABO 88 155 193 178 192 0 14 19 28 26 0 0 0 2 0
LUGELA 1045 1504 1223 1847 1519 3004 2561 4398 5203 6356 LUGELA 190 294 521 618 501 18 31 57 104 87 1 3 1 4 3
MAGANJA DA COSTA 1977 3401 3808 4754 3461 5184 7171 9253 12699 14211 MAGANJA DA COSTA 347 542 745 813 808 44 111 114 111 81 5 3 10 16 14
MILANGE 1960 2979 3260 5043 3743 8439 11102 15030 14029 16381 MILANGE 478 843 1790 1923 2484 51 190 315 265 430 3 6 14 16 25
MOCUBA 3542 4288 6735 6866 5074 13307 14728 18809 19581 23150 MOCUBA 588 902 1342 1368 1347 37 117 132 246 194 7 11 12 23 11
MOCUBELA 1468 2506 3819 3580 2772 3066 5298 9532 9320 11694 MOCUBELA 201 517 457 505 461 16 95 77 75 45 0 2 6 7 3
MOLUMBO 327 704 865 1495 1174 1028 1270 1917 2855 3885 MOLUMBO 151 331 481 371 450 32 65 47 72 100 0 0 2 1 1
MOPEIA 958 1365 1446 2502 1456 1709 3180 3223 6848 7194 MOPEIA 310 366 555 586 613 44 37 84 102 123 1 2 1 1 3
MORRUMBALA 1657 2663 2909 3057 1890 4502 5150 8976 10478 9546 MORRUMBALA 915 1061 1243 1406 1255 131 150 182 160 187 1 6 23 31 22
MULEVALA 444 528 551 1319 575 1212 1181 1462 2865 3874 MULEVALA 94 221 324 388 380 4 33 22 48 53 0 0 0 5 2
NAMACURRA 3580 4493 6108 7180 5040 9066 11743 19190 19962 22781 NAMACURRA 609 749 1031 1113 1271 90 77 156 166 191 7 2 9 6 4
NAMARROI 365 630 474 1035 606 1172 1518 2003 2563 3089 NAMARROI 200 187 507 289 316 18 21 35 48 40 1 0 0 0 0
NICOADALA 3027 5549 5216 5016 4445 8587 10153 16546 17486 15972 NICOADALA 465 805 530 760 694 64 91 61 82 73 4 6 4 1 11
PEBANE 3199 3765 4588 5597 3755 8388 11049 15141 18417 20505 PEBANE 275 626 772 870 848 13 90 122 97 135 6 3 5 5 6
ZAMBÉZIA 38903 53914 65067 75669 53636 119277 149328 201972 229571 260499 ZAMBÉZIA 8531 12277 16944 18243 18031 1023 1756 2377 2652 2778 54 64 127 155 149

69
RECURSOS HUMANO
Distritos SUPERIORES MEDIOS BASICOS ELEMENTARES
2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019 2015 2016 2017 2018 2019
QUELIMANE 92 153 182 417 598 24 868 874 812 979 432 454 698 364 241 52 30 30 13 9
ALTO MOLÓCUÈ 14 23 7 26 35 530 120 141 160 162 62 65 81 49 37 16 10 10 5 2
CHINDE 1 2 2 1 2 93 49 55 76 70 25 26 16 23 28 0 0 0 0 0
DERRE 2 2 1 4 5 41 45 28 42 38 5 5 4 6 5 0 0 0 0 0
GILÉ 8 9 7 8 14 28 130 131 113 126 39 41 39 36 35 4 4 4 0 0
GURUÉ 16 25 5 30 52 110 150 152 233 242 63 66 51 120 86 48 21 21 10 5
ILE 4 5 1 7 6 120 100 91 105 105 42 44 42 28 26 10 10 10 4 4
INHASSUNGE 2 3 2 10 18 89 80 91 75 77 32 34 22 25 21 1 1 1 1 1
LUABO 0 1 1 2 4 63 25 40 45 44 9 9 14 10 15 8 8 8 0 0
LUGELA 3 3 2 10 12 19 60 66 94 90 52 55 41 31 37 0 0 0 4 4
MAGANJA DA COSTA 8 9 4 20 25 56 80 55 112 111 43 45 36 32 36 2 2 2 2 1
MILANGE 9 20 7 27 38 69 139 140 183 194 95 100 38 97 65 7 7 7 0 0
MOCUBA 19 19 16 85 73 130 210 260 375 400 157 165 157 161 160 0 0 0 21 20
MOCUBELA 3 3 2 3 3 201 45 50 43 47 18 19 9 14 13 0 0 0 0 0
MOLUMBO 0 2 1 2 2 37 50 107 50 54 10 11 12 17 15 0 0 0 0 0
MOPEIA 7 8 3 3 9 36 60 59 85 90 51 54 35 46 40 1 1 1 1 1
MORRUMBALA 11 22 4 15 16 51 112 145 155 182 77 81 69 60 51 5 5 5 5 0
MULEVALA 2 2 1 3 2 112 25 37 50 51 1 1 11 9 8 3 3 3 3 2
NAMACURRA 8 9 4 27 28 19 120 121 146 157 36 38 45 35 35 11 11 11 6 6
NAMARROI 4 4 2 13 16 95 60 62 90 97 37 39 21 34 29 2 2 2 2 1
NICOADALA 9 11 4 27 36 55 100 87 169 172 76 80 26 45 45 4 4 4 1 0
PEBANE 6 7 4 11 15 97 35 56 153 147 74 78 43 49 42 1 1 1 2 2
ZAMBÉZIA 228 342 262 751 1009 2075 2663 2848 3366 3635 1436 1510 1510 1291 1070 175 120 120 80 58

70
Direcção Provincial de Saúde da Zambézia
Avenida 1 de Julho, Caixa Postal 50, Telf.827766084,
FAX: 24214424, PBX: 823072186,
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