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CLÍNICA
2.1. Introdução à Utilização e Importância dos Meios Diagnósticos
De uma forma geral, os meios auxiliares no processo diagnóstico desempenham um papel
de complemento/apoio no diagnóstico. Isto significa que já existe matéria (que foi colhida na
anamnese e no exame físico) para formular várias hipóteses de diagnóstico. O meio auxiliar
vai ajudar a confirmar ou excluir uma ou várias hipóteses de diagnóstico previamente
formuladas.
De referir que os meios auxiliares de diagnóstico também são uma mais valia na melhoria
da qualidade do atendimento prestado aos pacientes, através de um diagnóstico correcto e
instituição de um tratamento correcto que leva a melhoria e cura do paciente. Permitem não
só efectuar o diagnóstico, mas também, fazer o seguimento do paciente para verificar se
está a melhorar ou não, após instituir determinado tratamento/conduta. Igualmente, servem
para determinar a cura ou não de uma doença.
Para que haja uma boa rentabilidade nos meios de diagnóstico disponíveis no hospital e
não se perca tempo na tomada de decisão terapêutica do paciente, é necessário ter em
mente critérios como a eficácia diagnóstica, disponibilidade, custo e segurança do meio
auxiliar de diagnóstico.
2.2.1. Sensibilidade
Sensibilidade é a probabilidade de um teste dar resultado positivo na presença da doença,
isto é, avalia a capacidade do teste ao detectar a doença quando ela está presente.
2.2.2 Especificidade
Especificidade é a probabilidade de um teste dar resultado negativo na ausência da doença,
isto é, avalia a capacidade do teste de eliminar a suspeita da doença quando ela (a
doença) está ausente.
2.3. Disponibilidade
Deve-se ter um prévio conhecimento da existência dos testes no laboratório. Se não existe
em stock ou se há em pequenas quantidades, não se vai “massacrar/ importunar” o doente
em colher amostras dum teste que não existe nem criar no próprio técnico uma expectativa
de confirmação laboratorial da hipótese diagnóstica. Por outro lado, se o teste existe em
quantidades mínimas, deve-se requisitá-lo apenas para os casos de extrema urgência ou
nos casos de extrema dúvida. Por outro lado, se existe o teste em abundância, não se vai
pedir sem critérios, pois pode se chegar a situação de escassez e não haver quando
realmente se precisa.
2.4. Custo
Como já foi mencionado na aula anterior, os testes são bastantes dispendiosos. Ao solicitar
um teste, é bom ter em mente que o teste vai ser benéfico/útil para o diagnóstico, para não
correr o risco de pedir testes que não irão beneficiar no resultado final. Isto só é possível se
a anamnese e o exame físico forem bem-feitos.
2.5. Segurança
Não se pode requisitar um teste se a técnica a ser aplicada possa agravar a prévia condição
clínica do paciente, ou se a situação clínica do paciente não permita que o mesmo o realize
naquele momento. Há situações clínicas em que não se pode adiar a realização de um
teste. Nestes casos, a vantagem de realizar o teste deve trazer obviamente um grande
benefício ao paciente. Para cada teste ou exame a requisitar, devem conhecer-se as
possíveis contra-indicações e as complicações.
Ao abordar este requisito, deve-se ter claro que, para a realização de um teste, o local e o
equipamento devem oferecer condições de limpeza e assepsia para evitar contaminações
cruzadas entre pacientes e para proteger o técnico que o realiza.
2 - Confirmar a doença
Se utilizar a primeira opção, os falsos negativos devem ser minimizados. Neste caso deve
ser utilizado um teste com alta sensibilidade. Na tabela acima, o “C” é um falso negativo,
pois o teste acusou negativo, mas o paciente tem a doença.
Se utilizar a segunda opção, os falsos positivos devem ser minimizados e deve ser utilizado
um teste com alta especificidade. Na tabela acima, o “B” é um falso positivo, pois o teste
acusou positivo, mas o paciente não tem a doença.
BLOCO 3: PONTOS-CHAVE