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GESTÃO, PROMOÇÃO DE SAÚDE

E PREVENÇÃO DE DOENÇAS - I

II - SEMESTRE
CARGA HORARIA
Aulas Teórico-Práticas Horas por Duração Total de
semana (Semanas) Horas
Aulas teóricas   64
Aulas práticas     40
Avaliação teórica   8
Avaliação prática   8
Total das horas do módulo     120
Estágio     35
Total geral     159
Introdução ao Envolvimento Comunitário
e Educação para Saúde-I
Objectivos de Aprendizagem
 Conceituar a comunidade e Educação para Saúde;
 Diferenciar Participação comunitária do Envolvimento Comunitário;
 Distinguir os termos Trabalhar na comunidade, Trabalhar para
comunidade e Trabalhar com a comunidade ;
 Reconhecer a importância do Envolvimento comunitário nas actividades
de saúde;
 Descrever os Níveis de Envolvimento comunitário;
 Explicar os princípios de promoção de Saúde.
CONCEITOS
Comunidade - é um conjunto de pessoas vivendo numa área geográfica
limitada, de forma organizada e coesa, mantendo vínculos sociais entre elas.

Autoridades comunitárias- Segundo o Decreto n° 15/2000, são autoridades


comunitárias os chefes tradicionais, os sectretários de bairros e de aldeias e
outros líderes legitimados como tais pelas respectivas comunidades locais e
recnhecidas pelo competente representante do Estado.
Estruturas de base comunitária
Designam-se os conselhos de lideres comunitários ou comités de saúde
comunitário, composta por homens e mulheres, membros influentes de uma
comunidade, os quais foram escolhidos ou eleitos por essa comunidade.

Rede Comunitária de Saúde-Refere-se ao sector comunitário de prestação


de cuidados de saúde, com infrastruturas comunitárias, que se pretende auto-
sustentável, envolvendo todos os intervenientes comunitários como Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), Estruturas de Base Comunitária (CLC´s) e
Autoridades Comunitárias.
Conselho de lideres comunitários (CLC´s)
O Conselho de Líderes Comunitários é uma estrutura sócio-comunitária
composta por homens e mulheres, membros de uma comunidade, os quais são
escolhidos ou eleitos por essa comunidade, para a “representar” em todas as
ocasiões em que é preciso tomar decisões como uma comunidade. Essas
pessoas tem a particularidade de serem na comunidade líderes formais ou
informais, podendo ser: líderes religiosos, régulos, professores, secretários de
bairros, comerciantes, representantes de grupos de mulheres, de jovens, de
profissionais, Agentes Comunitários de Saúde e outros.
Agente Polivalente Elementar (APE)

É um elemento da comunidade, por esta seleccionado, treinado pelo SNS ou


pelas ONGs para prestar cuidados preventivos, curativos e promocionais a
essa mesma comunidade.

Activista comunitários da Saúde - é um voluntário membro da comunidade,


por esta seleccionado, treinado por uma ONG e/ou por uma instituição da
Saúde, trabalhando sob a orientação a apoio metodológico de uma ONG ou
de instituições do Estado, ao conselho de líderes comunitários (CLC).
Parteira Tradicional (PT)

É a mulher que faz partos na comunidade e reconhecida pela comunidade.

Medicina Tradicional - segundo a OMS, é a combinação total de


conhecimentos e práticas, sejam ou não aplicáveis, usados no diagnóstico,
prevenção ou eliminação de doenças físicas, mentais ou sociais e podem
assentar exclusivamente em experiências passadas passadas e na observação
transmitida de geração, oralmente ou por escrito.
Praticante de Medicina Tradicional (PMT)

Segundo a OMS, é a pessoa reconhecida pela comunidade na qual vive,


como sendo competente para fornecer saúde usando plantas, animais,
minerais e outros métodos baseados em conhecimentos anteriores,
religiosos, sociais e culturais, bem como atitudes e crenças que são
prevalescentes na comunidade tendo em vista o bem estar físico, mental
e social.
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
Conceito:

A educação para a saúde é um processo que envolve comportamentos


variados, com objetivos de alcançar as metas de saúde pessoal e da
comunidade.

É um processo dinâmico de mudança constante de desenvolvimento, no


qual a pessoa pode rejeitar ou aceitar novas informações, novas atitudes e
novas práticas relacionadas com os objetivos de uma vida saudável.
Conceito (Cont.)

A educação para a Saúde é mais do que uma informação. Deve ser uma
acção que consiga mudar o comportamento; Assim o educador deverá
encontrar meios de motivação para convencer os educandos para as
necessidades fundamentais da sua saúde.
Meios para educação para a saude

Contacto pessoa a pessoa;


 Fornecer literatura educativa;
 Palestras com direito a perguntas e respostas;
 Sessões de vídeo, slides , filmes;
 Teatro , rádio ,televisão.
Elementos necessários para educação para a saúde

• Reconhecimento do problema;

• Análise do problema (diagnóstico);

• Prescrição educativa;

• Tratamento educativo;

• Anotação e análise dos resultados com avaliação;

• Paléstras

• Planificação efectiva
10 Passos para organizar uma palestra

• Planificar e realizar uma apresentação que atenda as expectativas e


envolva o publico exigindo uma serie de cuidados;
• São passos simples e fáceis de colocar em pratica que garantirão o
sucesso da sua apresentação.
1. Objectivo da palestra

É o primeiro passo ao organizar uma palestra; sendo que, se for mais


segmentado for esse objectivo, maiores as chances de realizar um
evento de sucesso;
Pense no tema que pretende tratar e estude a melhor forma de faze-lo;
Garantir que este traga na melhoria de qualidade de vida aos utentes.
2. Definir o grupo alvo

Quem será o seu ouvinte?


Verificando o género, nível de escolaridade;
Interesses e preferências do seu público.

São essas diferenças que ajudarão a definir a apresentação da sua palestra:


os tópicos a serem abordados, tom da língua e linguagem e nível técnico
do conteúdo.
3. Escolha da data, hora e local

É um dos factores determinantes para garantir a presença do publico;


Verificar as melhores opções de data e horário;
Verificar o calendário (feriados ou se poderá prejudicar a presença dos
participantes);
Para o local (fácil acesso e conhecidas pelo publico.
4. Recursos necessários

Deve escolher o tipo de material a ser usado segundo o tema, o grupo


alvo e o local.

Avalie se serão oferecidos blocos de nota e canetas para anotações.


5. Definir parceiros e fornecedores

Como qualquer outro evento, a realização de uma palestra é algo que


pode demandar investimento altos ou baixos de acordo com o
objectivo principal.
6. Divulgue a palestra

O publico precisa saber que a sua palestra existe e ser atraído pelos
diferenciais por ela;

A melhor forma de divulgar e basear-se em seu publico e nas


informações que serão apresentadas.
7. Prepare-se para imprevistos

Ter sempre um plano B e seja flexível para encontrar as melhores


soluções para imprevistos;

Se quiser evitar stress, pense em possíveis cenários que possam dar
errado na hora da apresentação e busque alternativas (energia, serviços
como o som e iluminação, alem de atrasos na chegada de palestrastes e
convidados.
8. Ofereça certificado de participação

9. Peca o feedback do publico


Para tornar suas palestras ainda mais interessantes no futuro, é importante
saber se o publico achou e o que pode ser melhorado.

10. Use a base de contactos para futuras palestras


Saúde e comportamento das pessoas

A Saúde das pessoas e seu comportamento, seus costumes , seus hábitos e


a maneira como vivem estão estreitamente ligados . Qualquer mudança
num , acarreta mudanças no outro;

Para ajudarmos as pessoas a mudar seu comportamento, precisamos de


descobrir e compreender as razões para esse comportamento.
Saúde e comportamento das pessoas (Cont.)

 Assim também podemos adaptar os nossos conselhos e instruções;

 Precisamos todos de usar a mesma linguagem e coordenar as nossas


actividades;
 Quando aquilo que dizemos e fazemos corresponde ás necessidades ,
crenças e aos problemas que as pessoas sentem , rapidamente eles
aceitarão os conhecimentos e encorajamento que oferecemos;
Finalidade

Tem maior êxito quando os esforços que planificamos conseguem


alterar o comportamento das pessoas, em prol da Saúde.
Referencias bibliográficas
• MISAU/DNS. Estratégia de Envolvimento Comunitário. MISAU. 2004
• PARETA, J. Saúde da Comunidade: Temas de medicina preventiva e social. Mc Graw-Hill
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Manual de Promoção de Saúde Comunitária 1. (estabelecimento do
cenário). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Manual de Promoção de Saúde Comunitária 3 (ligado a saúde e o
desenvolvimento). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Manual de Promoção de Saúde Comunitária 4 (melhoramento dos
programas de saúde comunitária). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Realizando o envolvimento comunitário 1 (elementos fundamentais do
envolvimento comunitário). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Realizando o envolvimento comunitário 2 (justificando a feitura do
envolvimento comunitário). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Realizando o envolvimento comunitário 3 (preparação para a práctica
do envolvimento comunitário). Massinga. 2011
• CENTRO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DE MASSINGA. Realizando o envolvimento comunitário 4 (envolvimento comunitária
na práctica). Massinga. 2011
• MARTINS, Helder ; Determinantes de Saúde, Maputo. CRDS, Texto de Formação do CRDS, Codigo, EPI Bloco 2, Problema 1,2,3
e 3-1 , 18/08/95.
• MISAU. Cuidados de Saúde Primários da Saúde em Moçambique, Maputo, 1978???
Obrigado!

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