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Serviço Nacional de Saúde (SNS) corresponde à

rede de serviços organizada para responder às


necessidades de saúde da população, e é formado
por uma série de instituições em que se realizam
actividades diversas, levadas a cabo para garantir
prestação de serviços em quantidade e qualidade
necessárias para suprir as necessidades da
população.

Docente Flavio Nicuelane


A gestão do SNS é feita por órgãos do governo.
Como o SNS é muito grande e está disperso por todo
o país (desde as cidades até as áreas mais
recônditas), esta gestão é feita a diferentes níveis,
conforme ilustra a tabela abaixo:
Nível Órgãos Gestores Papel principal
Nível Ministério da Saúde (MISAU)  Responsável pela coordenação de todas as actividades
Nacional relacionadas à prestação de cuidados de saúde no país;
 Responsável pela definição de políticas, directrizes e
normas que devem ser aplicadas nas instituições de
saúde.
Nível Direcções Provinciais de Saúde  Responsável pela coordenação e implementação de
Provincial (DPS) e Direcção de Saúde da todas actividades relacionadas a prestação de cuidados
Cidade de Maputo de saúde, a nível provincial

Nível Serviços Distritais de Saúde Mulher e  Responsável pela coordenação e implementação de


Distrital Acção Social (SDSMAS) e Direcções todas actividades relacionadas a prestação de cuidados
de Saúde das cidades de saúde, a nível distrital

Docente Flavio Nicuelane


A Visão do MISAU
“Alcançar níveis de saúde para os Moçambicanos
aproximados à média da África Sub-Sahariana, com acesso a
cuidados de saúde básicos de boa qualidade, através de um
Sistema de Saúde que responda às expectativas dos
cidadãos”.

A Missão do MISAU
“Promover e preservar a saúde da população moçambicana,
promover e prestar cuidados de saúde de boa qualidade e
sustentáveis, tornando-os gradualmente acessíveis a todos
os Moçambicanos com equidade e eficiência.”

Docente Flavio Nicuelane


Os Princípios Orientadores do MISAU são:
 Eficiência e Equidade;
 Flexibilidade e Diversificação;
 Parcerias e participação comunitária;
 Transparência e prestação de contas,
 Integração e coordenação.

Docente Flavio Nicuelane


Os Objectivos do MISAU são:
 Promovere dinamizar a resolução dos problemas de
Saúde, concebendo e desenvolvendo programas de
promoção e protecção de Saúde bem como de prevenção
e combate à doença;

 Prestarcuidados de saúde à população através do sector


público da saúde;

 Promover e apoiar o sector privado com fins não lucrativos;

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 Promover, supervisionar e apoiar um Sistema
Comunitário de prestação de cuidados de
saúde;

 Formular a política farmacêutica e dirigir a


sua execução de acordo com as orientações
gerais traçadas pelo Governo;

 Promover e orientar a formação técnico-


profissional do pessoal de Saúde;

Docente Flavio Nicuelane


 Promover o desenvolvimento de tecnologias
apropriadas para o Sistema de Saúde;

 Promover o desenvolvimento da investigação


em Saúde aos diferentes níveis de atenção,
para garantia de uma melhor definição de
Política de Saúde e gestão de programas.

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Os sectores descritos abaixo, constituem os órgãos
centrais do MISAU. Os seus dirigentes,
subordinam-se directamente ao Ministro da Saúde,
e apresentam funções específicas:

Direcção Nacional de Assistência Médica (DNAM)

A DNAM é responsável pela planificação (em


coordenação com outros sectores) e controle da
implementação de actividades diversas nas áreas de
assistência médica (nos sectores público e privado),
área farmacêutica (nos sectores público e privado).
Este é o órgão central, responsável por garantir
uma melhoria crescente da qualidade de prestação
de cuidados de saúde à população.

Docente Flavio Nicuelane


Direcção Nacional de Saúde Pública (DNSP)

A DNSP é responsável pela planificação (em


coordenação com outros sectores) e controle da
implementação de actividades diversas nas áreas
de promoção de saúde e de prevenção e controle
de doenças. Por outras palavras, este é o órgão
central, responsável por criar condições
favoráveis, para que progressivamente seja
reduzido o número de pessoas que padece de
doenças, sobretudo de doenças preveníeis.

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É nesta direcção que encontramos:
 Programa alargado de vacinação (PAV),

 Programa de saúde materno-infantil (SMI), saúde


ambiental, sanidade internacional.

 Programa Nacional de controlo da tuberculose


(PNCT),

 Programa nacional de controlo da Lepra (PNCL),

 Programa de nutrição, vigilância epidemiológica,


entre outros.

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Direcção Nacional de Planificação e Cooperação
(DNPC)
Este sector é responsável por promover em
coordenação com o Ministério dos Negócios
Estrangeiros, relações de cooperação com países
vizinhos, organizações governamentais e não-
governamentais que operem na área de saúde.

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Direcção Nacional de Administração e Finanças
(DNAF)

Este é o órgão que zela pela gestão criteriosa do


património e bens do estado, através da elaboração
e difusão de normas e procedimentos de gestão, e
controle da sua implementação; de programação e
execução orçamental, logística e manutenção do
equipamento e de infra-estruturas de saúde.

Este sector também participa na planificação e


coordenação das actividades dos demais órgãos
centrais, de forma a garantir estabilidade na
implementação dessas mesmas actividades e alcance
dos objectivos e programas do Governo na
prestação de cuidados de saúde.
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A DNRH é responsável pela gestão de recursos humanos
do sector de saúde a nível nacional.

Tem as seguintes funções:

 Prover o MISAU e o SNS (Serviço Nacional de Saúde) de


pessoal adequadamente formado e especializado;

 Garantir a eficácia de gestão de quadros e do pessoal


da Saúde em geral;

 Garantir o processo de formação e especialização do


pessoal técnico específico e demais trabalhadores da
saúde.
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A Inspecção Geral de Saúde visa fiscalizar e
controlar o cumprimento da legislação
sanitária, administrativa, económico-financeira
vigente em todas as instituições do Ministério
da Saúde e em estabelecimentos privados de
prestação de cuidados de saúde sediados em
todo o território nacional.

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Este é o órgão responsável por organizar e
coordenar as actividades do Ministro da Saúde
e do vice Ministro da Saúde.

O Ministro da Saúde interage com os demais


sectores do SNS, a nível nacional e provincial,
através dos órgãos colectivos, abaixo
descritos:

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Conselho consultivo

É liderado pelo Ministro da Saúde, e tem por


função apreciar e tomar decisões sobre questões
de gestão corrente do MISAU. Reúne-se
semanalmente e tem como membro o vice
ministro, o secretário-geral do MISAU, os
directores nacionais, o inspector-geral e outro
quadro que o ministro entenda pontualmente
convidar.

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Conselho Nacional Coordenador de Saúde.

É o colectivo através do qual o Ministro da Saúde coordena,


planifica e controla o desenvolvimento dos programas e actividades
aos diversos níveis, e de um modo geral a aplicação da política de
saúde do sector.

Este conselho reúne-se anualmente, e é constituído pelos


membros do conselho consultivo e por outros, a saber: chefes de
departamentos centrais, Directores Provinciais de Saúde, Médicos
chefes provinciais, Directores dos Hospitais Centrais, Directores de
instituições subordinadas aos órgãos centrais e outros quadros que
o Ministro entenda pontualmente convidar.

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Conselho hospitalar.

É o colectivo através do qual o Ministro da


Saúde coordena, planifica e controla a
actividade médica assistencial nos Hospitais.
Reúne-se anualmente e é composto pelo
conselho consultivo (excepto o inspector
geral), pelo chefe do Departamento de
Assistência Médica, Directores Provinciais de
Saúde, Médicos Chefes Provinciais, Directores
dos Hospitais Centrais e Provinciais, e outros
quadros que pontualmente o Ministro queira
convidar

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As Direcções Provinciais de Saúde são os
órgãos dos governos provinciais do aparelho
do estado, que de acordo com os princípios,
objectivos e tarefas definidas pelo Governo são
responsáveis pela coordenação e
implementação de todas as actividades
relacionadas à prestação de cuidados de saúde,
a nível provincial

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Todas as províncias apresentam uma Direcção
Provincial de Saúde, liderada ao mais alto nível
pelo Director Provincial de Saúde, que coordena
uma vasta equipa de profissionais de saúde e de
outras áreas, no sentido de atingir os seguintes
objectivos:

Prestar cuidados de saúde em quantidade e


qualidade, para suprir as necessidades
populacionais da província;

Docente Flavio Nicuelane


Em conformidade com a política de saúde,
coordenar, organizar e planificar as actividades
relacionadas à prestação de cuidados de saúde,
promoção de saúde, prevenção e controle de
doenças a nível provincial.

Zelar pela implementação das normas e directivas


estabelecidas a nível central, em todas as
instituições de saúde da província, quer sejam de
domínio público, privado ou comunitário.

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As Direcções Provinciais de Saúde e a Direcção
de Saúde das Cidades estão organizadas nos
seguintes departamentos:

 Departamento Provincial de Saúde Pública;

 Departamento Provincial de Assistência


Médica;

 Departamento de Administração e Finanças;

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 Departamento de Recursos Humanos;

 Departamento de Planificação e Cooperação;

 Inspecção Provincial de Saúde.

Para além destes departamentos, a Direcção Provincial de


Saúde dirige também a Junta Provincial de Saúde e
Instituições Subordinadas (hospitais de nível secundário,
terciário e quaternário, Institutos de Ciências de Saúde e
os Centros de Formação de Saúde, Laboratórios Regionais
de Higiene dos Alimentos e da Água, Depósitos Regionais
e Provinciais de Medicamentos, e os Centros de
Abastecimentos Provinciais).
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Regulamento Geral dos Hospitais

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Hospitais são instituições de prestação de
serviço, em regime de internamento e
atendimento em ambulatório a doentes que não
encontram solução aos seus problemas de
saúde nos níveis inferiores.

Hospital é parte integrante da organização


medica social, cuja a função é proporcionar a
população atendimento médico completo e que
deve chegar a família, em seu lar.(OMS)

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Os Hospitais são classificados quanto ao nível de
cuidados que prestam em Distritais, Rurais ou
Gerais, Provinciais, Centrais ou Especializados.

 Os Hospitais Distritais constituem o primeiro nível


de referencia de vários centros de saúde que fazem
parte da zona de captação do Hospital Distrital.

 Os Hospitais Rurais ou Gerais constituem


referencia dos hospitais distritais e dos centros de
saúde da sua zona de captação, podendo,
portanto, constituir também o primeiro nível de
referencia.

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 Os Hospitais provinciais servem de referencia para os
hospitais Distritais e Rurais ou Gerais, constituem o
primeiro nível de referencia para as populações das
áreas de saúde urbanas onde se situam se não
existirem Hospitais Gerais, ou mesmo existindo,
quando se trate de situação de urgência.

 Os Hospitais Centrais são hospitais de referência


para os hospitais provinciais, funcionando
cumulativamente como provinciais onde estes não
existem

 Os Hospitais especializados são hospitais de nível


quaternário que dispensam cuidados muito
diferenciado duma só especialidade

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Os Hospitals Distritais e Rurais ou Gerais dependem
das Direcções Distritais de Saúde ou das Direcções de
Saúde de cidades.

Os Hospitais Provinciais dependem das Direcções


provinciais de Saúde.

Os Hospitais Centrais e Especializados dependem dos


órgãos Centrais do Ministério da Saúde, mantendo
uma articulação funcional e técnica com as Direcções
provinciais e de cidades, das províncias onde se
situem.

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São órgãos de Direcção e Administração de todos
hospitais respeitando a sua complexidade:

 Conselho alargado da Direcção,


 Conselho de Direcção,
 Director Geral
 Administrador do Hospital

2. São Órgãos da direcção Técnica:


 Director Clinico

 Director Cientifico e Pedagógico

 Director de Enfermagem

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FUNÇÕES DO DIRECTOR GERAL
 Representar a legalidade do Hospital

 Convocar e presidir o Conselho de Direcção do


Hospital e participar nas reuniões do Conselho da
Direcção Provincial

 Planificar o desenvolvimento do Hospital, marcar


anualmente as metas a atingir com os seus
indicadores, e definir os Recursos necessários,
quer financeiros e materiais, quer humanos, para
sua execução.

 Garantir a Qualidade técnica e do processo de


prestação de Serviços em todas as actividades do
Hospital
Docente Flavio Nicuelane
Diploma Ministerial nº 40/2004 de 18 de
Fevereiro, aprova regulamento Geral dos
Hospitais.

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