Ministério da Saúde
Inspecção de Saúde
Plano Estratégico
2018 - 2022
Maputo
Abril 2018
Financiamento
O presente Plano Estratégico da Inspecção de Saúde foi elaborado com o apoio financeiro
do Governo do Canadá.
Abril 2018
2
Índice
Pág.
Prefácio 04
Lista de acrónimos 05
Ficha técnica 06
Agradecimentos 09
Nota de apresentação 10
D.2 Visão 40
D.3 Missão 41
Acrónimo Descrição
DM Diploma Ministerial
FG Fundo Global
IS Inspecção de Saúde
OE Orçamento de Estado
Grupo de trabalho da IS
Abília Simango Técnica da inspecção
Abu Jone Técnico da inspecção
Amélia Nhaca Técnica da inspecção
Amélia Zimba Técnica da inspecção
Angelina Chingueleze Técnica da inspecção
Baltazar Tamele Técnico da inspecção
Benedito Chaúque Técnico da inspecção
Constantino Muendane Técnico da inspecção
Francisco Olímpio Técnico da inspecção
Gervásia Hamela Técnica da inspecção
Hermínia Cossa Técnica da inspecção
Joana Nhampule Técnica da inspecção
João Nhaca Técnico da inspecção
Luciano Munguambe Técnico da inspecção
Lucrécia Loforte Técnica da inspecção
Maurício Azevedo Técnico da inspecção
Maria Albertina Mangove Técnica da inspecção
Maria Helena Abdul Técnica da inspecção-Ponto Focal
Maria dos Prazeres Técnica da inspecção
Maria Rosa Timane Técnica da inspecção
Paulo Nhaducue Técnico da inspecção
Robate Megessane Técnico da inspecção
Simão Mucombo Técnico da inspecção
Zélia Matana Técnica da inspecção
Lista de gráficos
N.º Pág.
Gráfico 1 …………………………………………………………………………………………………………………………………… 24
Gráfico 2……………………………………………………………………………………………………………………………………. 24
Gráfico 3……………………………………………………………………………………………………………………………………. 24
Gráfico 4…………………………………………………………………………………………………………………………………... 24
Gráfico 5……………………………………………………………………………………………………………………………………. 25
Gráfico 6……………………………………………………………………………………………………………………………………. 25
Gráfico 7………………………………………………………………………………………………………………………………….... 25
Gráfico 8……………………………………………………………………………………………………………………………………. 25
Gráfico 9……………………………………………………………………………………………………………………………………. 26
Gráfico 10………………………………………………………………………………………………………………………………….. 27
Gráfico 11…………………………………………………………………………………………………………………………………... 27
Gráfico 12………………………………………………………………………………………………………………………………….. 28
O Plano Estratégico da Inspecção de Saúde (IS) 2018 a 2022 é o resultado de um trabalho com
envolvimento de diversas Instituições e individualidades que culminou com aprovação deste instrumento.
Assim sendo a Inspecção Sectorial de Saúde apresenta os seus agradecimentos, em especial, ao Alto
Comissariado do Canadaá em Moçambique, por ter financiado a elaboração deste Plano Estratégico.
A Inspecção de Saúde estende os seus agradecimentos ao Ministério da Saúde pelo apoio concedido durante
o processo de consultas a vários níveis, à Inspecção Geral da Administração Pública, à Inspecção Geral de
Finanças, Inspecção Nacional de Actividades Económicas, Tribunal Administrativo e Parceiros de
cooperação do Ministério da Saúde, pela valiosa contribuição durante todo o processo de elaboração até à
aprovação do Plano Estratégico .
Introdução
Classificado em 178.º dos 188 países no Índice de Desenvolvimento Humano 2013 (IDH), Moçambique
tem feito progressos na redução da pobreza. O Governo de Moçambique comprometeu-se, através do seu
Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA III 2004-2009), a melhorar a vida das
pessoas. Isso é demonstrado pela sua atenção para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do
Milénio, investindo em programas de saúde, educação e de redução da pobreza. O acompanhamento de
inúmeros indicadores de desenvolvimento humano tem demostrado melhorias sistemáticas nos últimos 10
anos. No entanto, persistem desafios importantes, considerando que 50% da população permanece abaixo
da linha da pobreza.
O sector da saúde em Moçambique é caracterizado pela melhoria incremental na programação de saúde
pública, alta utilização de recursos e declínio das necessidades de financiamento externo. Os serviços de
saúde são predominantemente públicos, estando a emergir um pequeno número de provedores privados.
O orçamento do sector da saúde constitui 7% do orçamento nacional.
O Ministério da Saúde (MISAU) fiscaliza a provisão de todos os serviços públicos de saúde.
O MISAU também apoia uma série de programas de saúde verticais que complementam os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio, incluindo o apoio a iniciativas para a malária, HIV/SIDA e para a saúde
materna, neonatal e infantil. Estes programas têm recursos provenientes de fontes de financiamento
externas e internas, incluindo projectos, assistência técnica e participação no Fundo Comum do Sector da
Saúde (PROSAUDE). O PROSAUDE financia melhorias significativas no sector da saúde. Os desembolsos
financeiros do Fundo Comum são liberados ou despoletados pelo cumprimento das metas de desempenho.
Em 2013, a Comissão Interministerial de Reforma do Sector Público aprovou o terceiro Plano Estratégico
(PESS) do Ministério da Saúde (MISAU), que define as prioridades do sector da saúde para 2014 - 2019. O
PESS é composto por dois pilares: manutenção e melhoria dos serviços de saúde prestados; e identificação
e implementação das reformas necessárias para apoiar a visão do Governo de Moçambique de um serviço
de saúde moderno e descentralizado. Dentro do PESS, a direcção e prioridades do desenvolvimento da
saúde são estabelecidas para os níveis central, regional e distrital.
Uma das prioridades do PESS é uma supervisão robusta e capacidade de monitoria. A estratégia é
aumentar a capacidade de inspecção e auditoria interna da Inspecção-Geral de Saúde (IGS).
No âmbito do Plano Acelerado de Reformas Institucionais (PARI), a IGS foi, pela primeira vez, encarregue
de conceber um plano estratégico que servisse como um referencial para o seu desenvolvimento, para a sua
actividade operacional e que se enquadrasse dentro do mandato renovado da Instituição, de acordo com o
Diploma Ministerial nº. 297/11, de 30 de Dezembro de 2011. Esta motivação foi depois ajustada
considerando o constante no Estatuto Orgânico do MISAU, incluído na Resolução n.º 4/2017 de 26 de
Maio da Comissão Interministerial da Reforma da Administração Pública, onde a instituição se passa a
denominar Inspecção de Saúde (IS).
Introdução
Então, com o apoio do Alto Comissariado do Canadá em Moçambique iniciámos um processo de reflexão
estratégica amplamente participativo onde avaliámos o posicionamento e trajectória estratégica recente da
nossa instituição, bem como recolhemos contribuições para o desenvolvimento de uma visão estratégica.
Este exercício participativo envolveu os colaboradores da IS a todos os níveis, um grande leque de
dirigentes do Ministério da Saúde e, ainda, alguns dos nossos pares em Moçambique que têm relevância na
nossa actividade.
Este documento clarifica o quadro de partida, sistematiza as principais tendências e desafios que se
antecipam para os próximos anos, define os objectivos a prosseguir nos próximos (5) cinco anos e as
iniciativas que nos propomos desenvolver de forma a prosseguir, com eficácia e eficiência, os objectivos
programados.
A implementação deste Plano Estratégico decorrerá numa conjuntura particularmente difícil exigindo
perseverança e um esforço redobrado de todos os dirigentes e colaboradores da IS na melhoria da eficácia
e eficiência.
Pela forma participativa como o Plano Estratégico 2018-2022 foi elaborado, temos a convicção de que o
mesmo releva a vontade e ambição comuns de todos na IS e esperamos que ele constitua o referencial para
as actividades da nossa instituição, durante os próximos anos.
Quem somos
Em 1997 foi lançada a génese da actual Inspecção-Geral de Saúde com a criação do Gabinete de
Inspecção, consagrado no Diploma Ministerial n.º 94/97 que traduz o Estatuto do Ministério da Saúde.
As funções do Gabinete de Inspecção eram as seguintes:
a) Avaliar e fiscalizar a aplicação da política de Saúde do Estado em todos os órgãos e instituições de Saúde
com base nas leis estatais e decisões do Ministro da Saúde;
b) Verificar o processo de direcção nos órgãos e instituições do Sector de Saúde;
c) Verificar a aplicação e o cumprimento da legislação e regulamentos vigentes em todos os órgãos e
instituições do Sector de Saúde;
d) Avaliar a eficácia do funcionamento das estruturas a nível de todos os órgãos do MISAU e das
instituições do Serviço Nacional de Saúde;
e) Contribuir para o fortalecimento da disciplina laboral em todos os órgãos do MISAU e do Serviço
Nacional de Saúde;
f) Proceder a inspecções e auditorias sobre questões específicas quando ordenadas pelo MISAU;
g) Dar parecer sobre processos disciplinares levantados a quadros de direcção e chefia de subordinação
directa ao Ministro da Saúde, bem como os levantados a quadros médios e superiores quando nesses
processos são propostos penas de demissão e expulsão;
h) Avaliar as queixas do público e utentes sobre o funcionamento dos serviços e instituições do MISAU e do
Serviço Nacional de Saúde.
Assim, na sua etapa inicial a intervenção da Inspecção tinha um âmbito relativamente alargado, não se
confinando à fiscalização e controlo da conformidade.
Do ponto de vista do alvo da acção da Inspecção era claro: o seu limite ao MISAU e instituições do Serviço
Nacional de Saúde.
Em 2004 foi criada a Inspecção-Geral de Saúde. Por sua vez, o Diploma Ministerial n.º 195/2004
promulga o Regulamento Interno da Inspecção-Geral de Saúde (IGS) e revê o posicionamento da
Inspecção, deixando de ser um Gabinete de Inspecção. Este diploma atribuí à IGS uma natureza e âmbito
de intervenção mais restritos. Contudo alarga o âmbito da sua intervenção ao sector privado e social.
Também passa a consagrar a sua autonomia administrativa.
Assim, a IGS, tal como refere o artigo n.º 2 do Diploma Ministerial n.º 195/2004 passa a ser o órgão
fiscalizador da ética e deontologia profissional e da legalidade dos actos praticados em todos os órgãos e
instituições do MISAU e do Serviço Nacional de Saúde, na área farmacêutica e no sector privado
vocacionado para a prestação de cuidados de saúde. A fiscalização da conformidade estava confinada à
legalidade.
Nessa altura os órgãos desconcentrados da Inspecção, as Delegações Regionais da Inspecção-Geral de
Saúde, eram parte da estrutura da Inspecção-Geral de Saúde.
A quem servimos
Os beneficiários da nossa acção são os cidadãos e a sociedade em geral. Cidadãos não só na sua condição
de utentes dos serviços de saúde mas também no exercício dos seus direitos de cidadania e democracia.
Os nossos clientes directos são o Ministro da Saúde e as diversas Unidades Orgânicas do MISAU, que são
os principais destinatários dos serviços da IS. Servimos também a um conjunto amplo de outros actores
nacionais e internacionais interessados no escrutínio público (neste contexto entendido como atenção
permanente, observação e análise exaustiva por parte da sociedade) sobre a conformidade da actividade no
sector.
Servimos as instituições de saúde e de formação, públicas, privadas e sociais, que são o alvo da nossa
actuação. A nossa acção permite aumentar a sua credibilidade junto da sociedade.
Também servimos os profissionais de saúde através da nossa contribuição para aumento da sua
credibilidade junto da sociedade e resolução de eventuais inconformidades internas.
2
1 Estado e
outros actores
Cidadãos e nacionais e
sociedade internacionais
em geral
3
4 Instituições
de saúde e
Profissionais
formação
de saúde
1 2 3 4 5
Os objectivos para o sector de saúde estão principalmente dentro da Prioridade II: Desenvolver o
Capital Humano e Social, Objectivo Estratégico (ii): Expandir o acesso e melhorar a qualidade dos
serviços de saúde, reduzir a mortalidade materna, a morbi-mortalidade por desnutrição crónica,
malária, tuberculose, HIV, doenças não transmissíveis e doenças preveníveis.
O PESS 2014-2019 desenvolve-se com base no lema é: “O nosso maior valor é a Vida”.
Com efeito, o documento contém linhas gerais para a implementação das acções com vista à promoção
da melhoria contínua e permanente do estado de saúde dos moçambicanos. O PESS 2014-2019 é
fundamentalmente sustentado por dois pilares estratégicos:
• Mais e melhores serviços;
• Agenda de reformas e descentralização.
A contribuição essencial da IS para o sucesso do PESS insere-se sobretudo nos objectivos 2 – Melhorar a
qualidade dos serviços prestados; 6 – Aumentar a transparência e prestação de contas na forma como
os bens públicos são utilizados; e 7 – Fortalecer o sistema de saúde moçambicano.
Este PE 2018-22 tem o objectivo de sistematizar as acções que pretendemos realizar para contribuir para a
concretização dos objectivos do PESS.
Inspecção farmacêutica
Para além dos referenciais legais referidos para área de cuidados de saúde, a área da inspecção
farmacêutica da IS, orienta a sua actividade com base nos seguintes referenciais:
• Exercício da profissão farmacêutica - Decreto n.º 21/99 de 4 de Maio
Este decreto define as condições, as normas e os procedimentos para 0 exercício da profissão farmacêutica
por forma a assegurar 0 estrito cumprimento des princfpios técnicos, de ética, morais e deontológicos.
• Lei do medicamento - Lei n.º 4/98 de 14 de Janeiro
A lei do medicamento visa normalizar a política farmacêutica de forma a assegurar a regular
disponibilidade de medicamentos eficazes, seguros, de boa qualidade, a preços accessíveis. Esta lei teve
como pressuposto o facto dos medicamentos desempenharem um papel importante na prevenção, alívio,
diagnóstico e tratamento das doenças, contribuindo assim para um aumento da eficiência e eficácia do
Sistema Nacional de Saude. Adicionalmente, a disponibilidade e a acessibilidade aos medicamentos são
parâmetros para a avaliação da qualidade dos serviços de saúde e constituem indicad0res sociais de justiça
e equidade.
O ponto de partida
Actividade operacional
Em termos de desempenho operacional, a IS tem assegurado tendencialmente um grau de execução
elevado, sendo que em 2014 foi de 100% e em 2015 de 93%.
As principais actividades previstas no PES da IS pra os anos de 2013-2015 foram as seguintes:
a) Realização de inspecções extraordinárias e ordinárias realizadas
50 Planificado Real
40
30
27
10
10
30
9
20
6
10
0
2013 2014 2015 2013 2014 2015
70
70
67
67
58
4
0
O ponto de partida
Orçamento e execução
Conforme ilustram os gráficos seguintes, constata- Em 2013, a dotação orçamental foi de cerca de 18
se que em termos de desempenho orçamental a milhões de meticais e o grau de execução do
dotação nos últimos três anos tem vindo a orçamento foi de cerca de 39%, repartido da
decrescer: seguinte forma:
Gráfico n.º 5
Fonte: IS - Departamento de planificação e monitoria Gráfico n.º 7
Fonte: IS - Departamento de planificação e monitoria
O ponto de partida
Orçamento e execução
Em 2015, a IS beneficiou para além dos fundos do OE, de financiamento do Fundo Global (FG), no âmbito
do donativo referente ao Acordo para o Fortalecimento do Sistema de Saúde. A dotação do Fundo Global
foi de 2 160 milhões de meticais que foi executada na sua totalidade. No entanto continuou a verificar-se a
tendência para a o decréscimo da dotação do OE, que se situou na ordem dos 22%.
No sentido contrário, em 2015, o grau de execução do orçamento cresceu 16 pontos percentuais, tendo
passado dos 55 para os 71%.
MZM 12,000,000
MZM 10,000,000
MZM 8,000,000
MZM 6,000,000
MZM 4,000,000
MZM 2,000,000
MZM -
Despesas com o pessoal Bens e serviços
Dotação Execução
Gráfico n.º 9
Fonte: IS - Departamento de planificação e monitoria
O ponto de partida
Recursos humanos e competências
No passado recente tem existido uma tendência crescente do número de profissionais afectos à IS,
especialmente ao nível dos inspectores e auditores. Este crescimento é demonstrativo da relevância cada
vez maior que a IS está a capitalizar dentro do MISAU.
Dimensionamento de efectivos
50
40
30
20
10
0
2012 2013 2014 2015 2016
Dirigentes
Técnicos (Inspectores e auditores)
Funcionários de suporte
Total
Gráfico n.º 10
Fonte: IS - Departamento de planificação e monitoria
Desde 2012, a IS só conta com (2) dois técnicos com formação académica neste domínio. A evolução ao
nível dos efectivos com formação profissional em auditoria e inspecção é a seguinte:
20
10
0
2012 2013 2014 2015 2016
Dirigentes
Técnicos (Inspectores e auditores)
Funcionários de suporte
Total
Gráfico n.º 11
Fonte: IS - Departamento de planificação e monitoria
O ponto de partida
Recursos humanos e competências
Durante os últimos anos existe alguma estabilidade no quadro de pessoal, reflectido na acumulação de
experiência dos inspectores e auditores. No passado recente temos assistido a um aumento da média de
anos de experiência dos mesmos dentro do quadro da IS.
20
15
10
0
< 1 ano
< 1 ano
< 1 ano
< 1 ano
< 1 ano
1 a 3 anos
4 a 5 anos
1 a 3 anos
4 a 5 anos
1 a 3 anos
4 a 5 anos
1 a 3 anos
4 a 5 anos
1 a 3 anos
4 a 5 anos
> 5anos
> 5anos
> 5anos
> 5anos
> 5anos
2012 2013 2014 2015 2016
O ponto de partida
Análise SWOT
Através deste instrumento metodológico e antes de se começar a
construir uma visão para o futuro, pretendemos agora sistematizar a
avaliação estratégica procurando determinar “onde estamos”.
A análise SWOT aqui descrita de forma sumária toma por pilar os
Factores Críticos de Sucesso (FCS) melhor desenvolvidos nas Secções
seguintes. Em anexo apresentamos uma versão detalhada da mesma.
Funcionamento
Legitimidade e credibilidade eficiente e eficácia
nos resultados
Legitimidade e credibilidade
A credibilidade está alicerçada na transparência da sua actuação,
autonomia administrativa e técnica e no reconhecimento da qualidade
distintiva do seu pessoal técnico junto dos seus pares. A
transparência decorre da forma previsível da sua actuação, pelo que a
regulamentação e os instrumentos de inspecção e auditoria devem ser
claros e conhecidos de forma prévia. Adicionalmente, os seus
processos de funcionamento e os resultados da sua actuação devem
ser públicos, como por exemplo, deve ser publicada a sua actividade,
as suas metodologias, bem como os resultados, conclusões e decisões
das inspecções e auditorias, fundamentalmente quando o foco dessa
actividade sejam as instituições e daí não decorram processos de
natureza forense ou judicial.
A credibilidade também advém da independência traduzida na
autonomia administrativa e técnica, pelo que a actividade da IS – do
planeamento à emissão da resultados e decisão - não se deve
subordinar a nenhuma unidade orgânica externa, sem prejuízo das
suas obrigações no âmbito do subsistema de controlo interno do
Estado. Por outro lado, a credibilidade também se obtém quando se
consegue que os seus pares no MISAU, na Administração Pública em
geral, e no subsistema de controlo interno do Estado, em particular,
reconheçam a qualidade do trabalho e a competência dos inspectores
e auditores. Por exemplo, os médicos inspectores para serem Legitimidade e
credibilidade
credíveis precisam que os seus pares reconheçam a sua notoriedade
técnica enquanto médicos. Para se conseguir ter inspectores e
auditores reconhecidos pelos seus pares é necessário ter capacidade
de atracção e retenção de colaboradores qualificados. Gestão do
conhecimento e
tecnologia de
vanguarda
Clarificado o contexto de partida para a formulação do Plano Estratégico da IS 2018 - 2022, importa agora
olhar para o futuro identificando as principais tendências e desafios que previsivelmente moldarão o
contexto de actuação da IS, nos próximos 5 (cinco) anos.
Volume de actividade dos serviços de saúde e orçamentos anuais mais restritivos
Caracterização da tendência
O volume da actividade dos serviços de saúde, e assim do seu custo, vai aumentar na sequência do
aumento da procura intrínseca, introdução de novas tecnologias de saúde e expansão da rede. Esta
tendência está consagrada no PESS quando se assume o princípio “mais e melhores serviços prestados”.
Em paralelo, é expectável que o nível de afectação de recursos públicos à saúde não acompanhe o nível de
crescimento esperado da actividade.
Esta actividade vai colocar os profissionais e instituições de saúde sobre uma pressão acrescida. Na
sequência do aumento da procura o risco aumentará.
Desafios para a IS
A IS terá o desafio de actuar num contexto em que ela própria também tenderá a ter menos ou pelo menos
os mesmos recursos. Contudo, terá de aumentar o volume de actividade e aumentar a eficácia da sua
actuação face ao crescente escrutínio público (neste contexto entendido como atenção permanente,
observação e análise exaustiva por parte da sociedade). A este desafio a IS terá de responder com inovação
e procura de fontes alternativas de financiamento. Perante os constrangimentos existentes, a IS terá
avaliar as áreas de maiores risco e impacto e atribuir-lhes maior prioridade na sua intervenção. Por outro
lado, terá de ser pragmática e realista no seu planeamento, considerando os constrangimentos existentes.
Manutenção do âmbito e foco de actuação
Caracterização da tendência
O MISAU vai continuar a estar principalmente focalizado no Serviço Nacional de Saúde e nos prestadores
públicos de cuidados de saúde. A expansão da rede pública e do acesso aos cuidados de saúde continuarão
a ser a prioridade. Os sectores privado e social continuarão a ser residuais na maioria das áreas da saúde
embora seja expectável algum crescimento, incluindo na área de formação em saúde. A carteira de serviços
do MISAU, e do sistema de saúde em geral, não terá alterações significativas em termos de perfil mas
unicamente em volume de actividade. Por outro lado, outros actores relevantes para os sector, por
exemplo, os parceiros de desenvolvimento, continuarão a ter uma intervenção relevante no financiamento
do sector público de saúde e, assim, indirectamente nas prioridades ao escrutínio da despesa da saúde.
Desafios para a IS
Esta tendência traduz-se num desafio para IS no sentido de que esta tem de conseguir sustentar o
acréscimo de actividade mas, por norma, nos domínios actuais de intervenção da Instituição. Não é
expectável que a IS tenha de vir a ampliar substancialmente as áreas de competência mas sim aprofundar a
solidez das actuais. Contudo, mesmo com estes constrangimentos a IS terá de desenvolver algumas
competências adicionais para cobrir desde logo o gap actual.
Desafios para a IS
A actividade operacional da IS em termos de auditoria interna, ou seja nos aspectos administrativo-
financeiros e excluindo a inspecção de natureza específica do sector, tenderá a ser integrada com os demais
órgãos do subsistema de controlo interno do Estado demais órgãos do subsistema de controlo interno do
Estado com maior intervenção e supervisão por parte da IGF. A IS beneficiará de padrões, metodologias,
instrumentos e planos coordenados mas terá de adaptar e formar nessas metodologias e ferramentas. A
qualidade e os resultados da actividade de auditoria serão avaliados através de um maior escrutínio da
IGF.
Uma vez que o plano de auditorias internas para o sector da saúde (excepção à fiscalização específica do
sector) poderá deixar de ser aprovado (ou unicamente aprovado) pela tutela sectorial exigirá um maior
esforço de coordenação por parte da IS.
Pressupostos
No desenvolvimento desta estratégia foram assumidos os seguintes pressupostos:
1. A estratégia deve orientar a Instituição no horizonte temporal de 5 (cinco) anos, tendo 2018 como ano
base. Assim, o plano estratégico é para o período 2018-2022;
2. A arquitectura do Sistema de Gestão das Finanças Públicas e do seu subsistema de controlo interno
manter-se-á com o enquadramento actual, nos próximos 5 (cinco) anos;
3. A Inspecção de Saúde (IS) continuará a ser uma instituição enquadrada no Ministério da Saúde e com as
atribuições actualmente definidas;
4. O desenvolvimento da IS nos próximos 5 (cinco) anos não será nem se pretende que seja exponencial.
Dentro do contexto do País e do sector, a estratégia deve sinalizar um desenvolvimento sustentável da
Instituição e, por isso, discreto;
5. O enquadramento da gestão dos recursos humanos da IS continuará a radicar nas políticas actuais da
Administração Pública e nas tendências do passado recente, prevendo-se a possibilidade de introdução de
um subsídio de risco associado à actividade operacional efectiva, caso se assegurem fontes alternativas de
financiamento;
6. O modelo de financiamento da actividade da IS manter-se-á em linha com a trajectória do passado
recente. Contudo, a estratégia poderá assumir financiamento de parceiros de desenvolvimento ao nível
dos orçamentos de investimento e funcionamento;
7. O papel didáctico da IS deve continuar a ser uma marca distintiva da sua actuação. Contudo, a estratégia
não deverá descurar a projecção da IS com todos os seus poderes de fiscalização e sancionatórios.
Visão
Princípios da Visão
1. “Ser reconhecido como um actor crítico” – a IS ambiciona ser um actor primário, inovador e com
forte posicionamento no sector. A IS quer que este reconhecimento lhe seja atribuído pelos actores do
sistema de saúde, pelos seus pares no sistema de controlo interno e pela sociedade no geral;
2. “Serviço de saúde de qualidade” – a sua actuação deve ser reconhecida como contribuindo para a
missão e estratégia do MISAU que na sua essência preconizam um serviço de saúde de qualidade. Este
assume resultados/outputs em saúde de qualidade e não só na conformidade do processo;
3. “Serviço de saúde tendencialmente universal e acessível a todos” – a IS ambiciona contribuir
para que o serviço de saúde assuma um carácter universal de serviços e que beneficie a todos os
cidadãos de Moçambique;
4. “Serviço de saúde sustentável, centrado na satisfação do cidadão e do Estado” – o serviço de
saúde deve assegurar a equidade económica e social, mas também caminhar para a observação dos
princípios da sustentabilidade de todos os actores do sistema, numa lógica de melhoria da eficiência e do
aproveitamento dos recursos. O serviço de saúde que almejamos integrar deve estar centrado no
cidadão e não nos prestadores e no Estado. Ele é a razão final da nossa existência e por isso é nele que
centramos a nossa actividade. Por outro lado, pretendemos também ser reconhecidos como guardiões
da utilização dos recursos do Estado no sector da saúde;
5. “Serviço de saúde assente num ambiente de funcionamento em conformidade técnica,
ética, pedagógica e legal” – pretendemos ser reconhecidos pelo cidadão, pelos clínicos, e outros
profissionais de saúde, incluindo das instituições de formação, pelos administrativos, pelos políticos,
pelos nossos pares no sistema de controlo interno da Administração Pública como um agente que
contribui para a observância da conformidade da actuação dos diversos actores do serviço de saúde.
Missão
Princípios da Missão
1. “Promoção da transparência no sistema de saúde” – Temos consciência que o sistema de saúde
precisa de ser transparente e sustentável pelo que temos de contribuir para a adequada utilização e
gestão dos recursos públicos alocados à saúde. Queremos ser promotores da transparência do sistema
através da divulgação da nossa actividade e dos seus resultados para que a sociedade em geral tenha
acesso a informação credível sobre o estado do sistema de saúde.
2. “Promoção de um sistema de saúde moderno e de qualidade” – Assumimo-nos como uma
instituição que pretende ter uma posição activa e inovadora na promoção de um sistema de saúde de
qualidade. Queremos ter uma visão própria e respeitada sobre como devemos servir o sistema e não
sermos meros implementadores das decisões de terceiros.
3. “…nos diversos sectores” – Actuamos nos sectores público, privado e social, dentro das
competências que legalmente nos são atribuídas.
4. “Fiscalização do cumprimento das normas, ética e deontologia profissional” – A nossa
actividade core é a fiscalização traduzida nos instrumentos, inspecção e auditoria interna, e cobrindo a
conformidade de desempenho, legal, regulamentar e procedimental clínica, farmacêutica e
administrativa, bem como os aspectos ligados à ética e deontologia profissional.
Proposição de valor
Cidadãos Estado
IS
Instituições
Profissionais
de saúde e
de saúde
de formação
Valores organizacionais
Os funcionários e dirigentes da IS estão empenhados na concretização da missão da Inspecção. O nosso
foco está em atingir os mais altos níveis de satisfação dos cidadãos e do MISAU, nossos principais
beneficiários e clientes respectivamente, através da melhoria contínua dos nossos serviços.
Os valores aqui descritos representam as nossas âncoras na prossecução dos objectivos e do cumprimento
da missão, tanto no âmbito externo como interno, consagrando princípios e regras de conduta, tendo em
vista assegurar e fomentar a imagem de responsabilidade e independência dos Serviços e,
simultaneamente, a valorização dos seus profissionais.
Assim os valores fundamentais que acreditamos e que definem “quem nós somos” são os seguintes:
• Centrados no cidadão – Tudo o que fazemos e a forma como fazemos é para benefício do cidadão,
seja na sua condição de utente ou de membro da nossa sociedade.
• Integridade – vamos adoptar e encorajar princípios profissionais e éticos de referência. Temos o
compromisso de desenvolver a nossa actividade com transparência, com uma conduta honesta, diligente
e responsável, garantindo a verdade, actuando em conformidade com a lei, normas e princípios
definidos, respeitando-nos a todos internamente e a todos que profissionalmente interagem connosco.
• Profissionalismo – desempenhamos as nossas funções com zelo, proactividade e eficiência.
Procuramos a excelência no serviço prestado e na nossa forma de funcionar e de nos relacionar interna e
externamente. Para tal estamos focados nos resultados e benefícios que a nossa actividade oferece aos
cidadãos e sociedade em geral, ao sistema e profissionais de saúde.
• Independência – estamos ao serviço primário da sociedade e dos cidadãos, prevalecendo sempre o
interesse público na nossa actuação que é efectuada segundo rigorosos padrões de neutralidade.
• Espírito de equipa – a cooperação e o trabalho em equipa é a forma como queremos actuar no
prossecução da missão e objectivos da IS. Em primeiro lugar, valorizamos o trabalho e resultados
colectivos.
Centrados no
Cidadão
Espírito de
Integridade
equipa
Valores
organizacionais IS
Profissionalis
Independência
mo
De forma a concretizar esta ambição estratégica que constitui o mote deste Plano Estratégico, nas Secções
seguintes são delineadas as estratégias, objectivos e metas a alcançar, bem como as iniciativas estratégicas
que permitirão a IS percorrer a trajectória pretendida.
IS com alguma
visibilidade no sector, IS mais transparente para
liderança credível, com a sociedade e com
articulada com as melhor reconhecimento
Inspecções Provinciais e externo sobre o seu valor
com um nível de Melhoria da qualidade de serviço e impacto na acrescentado na melhoria
actividade crescente. A do sector. IS já com
sociedade
Com reduzida autonomia moderado nível de gestão
técnico-operacional e com de conhecimento de
bastantes limitações no vanguarda. Mais sólida do
. domínio da autonomia ponto de vista técnico-
financeira. A maturidade operacional, com
metodológica é emergente sustentabilidade
e parte significativa dos económico-financeira e
inspectores/auditores com funcionamento
carecendo da devida Desenvolvimento de competências, assente em estruturas e
B
qualificação e experiência conhecimento e meios processos formalizados
profissional. Incipiente com elevada
formalização do seu desmaterialização e
modelo de integração. IS com modelo
funcionamento, com de funcionamento flexível
limitada adopção de ajustado às tendências de
tecnologias de governação da
informação. O administração pública,
reconhecimento externo Reforço das parcerias e relacionamento com o sendo pilar crítico do
C
da qualidade de serviço utente, sociedade, MISAU e outros actores funcionamento das IPs. IS
tem margem de melhoria com relacionamento em
acentuada. rede com outros pares
Funcionamento pouco nacionais e internacionais.
transparente em relação à
sociedade.
primeira linha, responder a questão: como pode a IS acrescentar valor Reforço das parcerias e
ao MISAU e à Sociedade? C relacionamento com o utente,
sociedade, MISAU e outros actores
01
A.1
Contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados
nas instituições de saúde (unidades sanitárias e instituições de
formação), através da verificação da conformidade do seu
funcionamento
02
A.2
Assegurar a adequada fiscalização dos estabelecimentos de
fabrico, importação, distribuição e dispensa de medicamentos no
sentido de assegurar a sua conformidade perante a legislação
farmacêutica e demais disposições
03
A.3
Contribuir para o fortalecimento da disciplina administrativa e
financeira das instituições de saúde do serviço nacional de
saúde, através da verificação da conformidade do seu
funcionamento
Para a concretização do objectivo estratégico A.1.1 Contribuir para aumentar a qualidade dos serviços
prestados nas instituições de saúde, do sector público, privado e social, através da melhoria da
conformidade do seu funcionamento para com as normas, ética e deontologia profissional será
desenvolvida a seguinte iniciativa estratégica:
• IE1.A.1.1 Intensificar a fiscalização do cumprimento das normas e procedimentos dos serviços
clínicos, de enfermagem e de serviços de apoio.
As iniciativas decorrentes do objectivo estratégico A.1.2 Contribuir para o reforço da conformidade do
funcionamento das instituições de formação em saúde para com as normas administrativas e pedagógicas,
ética e deontologia profissional são as seguintes: IE1.A.1.2 Intensificar a fiscalização do cumprimento das
normas e procedimentos pedagógicos; e IE2.A.1.2 Realizar os ajustamentos legislativos e regulamentares
necessários de forma a alargar o mandato da IS ao nível da fiscalização das normas e procedimentos
pedagógicos das instituições de formação em saúde privadas.
Pretendemos concretizar o objectivo A.2.1 Contribuir para o reforço do cumprimento das normas de
gestão, controlo e uso de produtos farmacêuticos no sector público, privado e social através da realização
da iniciativa IE1.A.2.1 Intensificar a realização de inspecções ordinárias no sector público, privado e social
para avaliação do cumprimento das normas de gestão, controlo e uso de produtos farmacêuticos.
01 B.1
Desenvolver o Capital Humano
02 B.2
Melhorar a organização e funcionamento em prol do aumento da
eficiência e eficácia
03 B.3
Promover a inovação, gestão de informação e a acumulação do
conhecimento
04 B.4
Melhoria da capacidade e sustentabilidade económico-
financeira
Tabela n.º 4
Tabela n.º 5
O objectivo estratégico B.3.1 Assegurar a adopção de tecnologias adequadas para a realização da sua
actividade operacional será concretizado através de um conjunto de actividades agrupadas na iniciativa
IE1.B3.1 Conceber e adoptar um plano de adopção tecnológica.
Por sua vez a implementação da iniciativa IE1.B.3.2 Desenvolver os sistemas de informação de forma a
assegurar o seu alinhamento à estratégia e posicionamento da IS no sector, a cobertura faseada das
necessidades de informação e funcionalidades decorrentes dos processos organizacionais definidos,
sistematiza as acções previstas para concretizar o objectivo B.3.2 Assegurar a progressiva
desmaterialização (eliminação ou redução do uso do papel eme benefício de processos suportados por
sistemas e tecnologias de informação) dos processos organizacionais, aos diversos níveis.
O objectivo estratégico B.3.3 Promover a inovação e a gestão do conhecimento será alcançado através do
nosso esforço nas execução das actividades previstas na iniciativa IE1.B.3.3 Promover a sistematização e
formalização da estratégia e modelo de gestão da inovação e conhecimento.
O objectivo estratégico B.4.1 Assegurar a execução orçamental (OE e outras fontes de financiamento) e a
implementação do plano estratégico será concretizado através de um conjunto de actividades agrupadas
nas iniciativas IE1.B.4.1 Assegurar a gestão financeira adequada da IS e IE2.B.4.1 Assegurar a
implementação do plano estratégico.
Por sua vez a implementação da iniciativa IE1.B.4.2 Implementar um modelo de gestão e custeio das
inspecções e auditoria, tendo por base o modelo e custeio de gestão por actividades sistematiza as acções
previstas para concretizar o objectivo B.4.2 Melhorar a média de horas envolvidas em cada
inspecção/auditoria interna, sem comprometer a qualidade de serviço.
questão: que redes de colaboração devemos desenvolver para Reforço das parcerias e
complementar e reforçar as nossas competências e assim C relacionamento com o utente,
sociedade, MISAU e outros actores
concretizarmos nosso mandato?
Envolve 4 (quatro) intenções estratégicas:
01 C.1
Melhorar a gestão do relacionamento com os utentes e
sociedade em geral
02 C.2
Articular as actividades com o MISAU e outras instituições do
sector
03 C.3
Promover o reforço do relacionamento com os seus pares
(nacionais e internacionais)
04 C.4
Alavancar a colaboração com os parceiros de cooperação
Para a concretização do objectivo estratégico C.1.1 Contribuir para a satisfação dos utentes das instituições
da saúde, através da melhoria do processo de gestão de reclamações será desenvolvida a iniciativa
estratégica IE1.C.1.1 Sistematizar e implementar o modelo de gestão de reclamações, queixas, petições e
contribuições, incluindo o seu nível de serviço.
Por sua vez, a iniciativa IE1.C.1.2 Definir e implementar a estratégia e plano de promoção da transparência
do funcionamento da IS sistematiza o conjunto de acções que vamos realizar para concretizar o objectivo
estratégico C.1.2 Promover a transparência da sua actuação e o direito à informação por parte da
sociedade.
O objectivo estratégico C.3.1 Promover parcerias de colaboração interpares, com instituições nacionais será
concretizado através de um conjunto de actividades agrupadas nas iniciativas seguintes:
• IE1.C.3.1 Estabelecer parceria com a Inspecção do sector que trata da gestão e transporte do lixo
hospitalar no sector privado para inspecção conjunta no sector privado na área do ambiente.;
• IE2.C.3.1 Estabelecer parceria com a Inspecção da área que superintende a área de educação e
formação profissional de saúde para a inspecção conjunta das instituições de formação privadas;
• IE3.C.3.1 Estabelecer parceria com a Inspecção da área que tutela as instituições de formação
superior de saúde privadas;
• IE4.C.3.1 Estabelecer parceria com os Municípios para intervenção inspectiva em área comuns; e
• IE5.C.3.1 Articular com pares e outras instituições para participação em inspecções e auditorias
conjuntas (IGAP, IGF, INAE, etc...).
Tabela n.º 11
A.1.2 Contribuir para o reforço da conformidade do Percentagem das instituições de formação em saúde 40% 45% 50% 55% 60%
funcionamento das instituições de formação em saúde inspeccionadas que cumprem com as normas
para com as normas administrativas e pedagógicas, ética administrativas e pedagógicas, com classificação de
e deontologia profissional conformidade de pelo menos "2-suficiente", numa
escala 1-4 (1-Insuficente; 2-Suficente; 3-Bom; 4-
Excelente)
A.1.3 Melhorar a qualidade da prestação dos serviços da Percentagem de inspecções em cuidados de saúde e 60% 70% 80% 85% 90%
IS ao nível da inspecção em cuidados de saúde e formação realizadas pela IS com resultado
. formação satisfatório (classificação 2 ou superior), numa escala
1-4 onde 1-Insuficente; 2-Suficente; 3-Bom; 4-
Excelente, na avaliação de qualidade
A.2 Assegurar a adequada fiscalização dos estabelecimentos de fabrico, importação, distribuição e dispensa de medicamentos no sentido de assegurar a sua conformidade perante a
legislação farmacêutica e demais disposições
A.2.1 Contribuir para o reforço do cumprimento das Percentagem das instituições de saúde 45% 55% 65% 75% 80%
normas de gestão, controlo e uso de produtos inspeccionadas que cumprem com as normas das
farmacêuticos no sector público, privado e social. normas de gestão, controlo e uso de produtos
farmacêuticos no sector público, privado e social,
com classificação de conformidade de pelo menos
"2-suficiente", numa escala 1-4 (1-Insuficente; 2-
Suficente; 3-Bom; 4-Excelente)
A.2.2 Assegurar a fiscalização do cumprimento das boas Percentagem das instituições de fabrico e - 50% 60% 70% 80%
práticas de fabrico e fornecimento de produtos fornecimento de produtos farmacêuticos
farmacêuticos inspeccionadas que cumprem com as boas práticas
de fabrico e fornecimento de produtos
farmacêuticos, no sector público e privado, com
classificação de conformidade de pelo menos "2-
suficiente", numa escala 1-4 (1-Insuficente; 2-
Suficente; 3-Bom; 4-Excelente)
A.2.3 Contribuir para a redução dos desvios e roubos de Percentagem das discrepâncias em valor dos 25,0% 22,5% 20,0% 17,5% 15,0%
produtos farmacêuticos no serviço nacional de saúde produtos farmacêuticos no serviço nacional de
saúde, detectadas nas instituições inspeccionadas
A.2.4 Melhorar a qualidade da prestação dos serviços da Percentagem de inspecções farmacêuticas realizadas 60% 70% 80% 85% 90%
IS ao nível da inspecção farmacêutica pela IS com resultado satisfatório (classificação 2 ou
superior), numa escala 1-4 onde 1-Insuficente; 2-
Suficente; 3-Bom; 4-Excelente, na avaliação de
qualidade
A.3 Contribuir para o fortalecimento da disciplina administrativa e financeira das instituições do serviço nacional de saúde, através da verificação da conformidade do seu
funcionamento.
A.3.1 Contribuir para o cumprimento das normas Percentagem das instituições de saúde 40% 45% 50% 60% 70%
administrativo-financeiras inspeccionadas que cumprem com as normas e
procedimentos administrativos e financeiros, com
classificação de conformidade de pelo menos "2-
suficiente", numa escala 1-4 (1-Insuficente; 2-
Suficente; 3-Bom; 4-Excelente)
A.3.2 Melhorar a qualidade da prestação dos serviços da Percentagem de auditorias/inspecções 60% 70% 80% 85% 90%
IS ao nível da inspecção administrativa e auditoria interna administrativas e financeiras realizadas pela IS com
resultado satisfatório (classificação 2 ou superior),
numa escala 1-4 onde 1-Insuficente; 2-Suficente; 3-
B.1.2 Reforçar a capacidade técnica dos inspectores N.º de horas médio de formação técnica em sala de 40 50 60 70 80
farmacêuticos cada inspector, prestada internamente no MISAU ou
por entidade com acreditação profissional ou por um
par (nacional ou internacional)
B.1.3 Reforçar a capacidade técnica dos inspectores N.º de horas médio de formação técnica em sala de 40 50 60 70 80
de administração e auditoria interna cada inspector e auditor interno, prestada por
entidade com acreditação profissional ou por um par
(nacional e internacional)
. B.1.4 Promover o reconhecimento externo dos N.º de inspectores e auditores internos certificados - 2 5 8 12
inspectores e auditores da IS por entidade profissional acreditada
B.2.2 Assegurar a melhoria contínua da sua Metodologias de trabalho de acordo com boas Modelo de Metodologia Metodologia Metodologia de -
capacidade metodológica práticas internacionais reporte com de inspecção de inspecção inspecção
avaliação da e auditoria em cuidados farmacêutica
conformidade interna de saúde e
formação
B.3.2 Assegurar a progressiva desmaterialização Grau de cobertura da arquitectura de processos Inspecção e Processos de - Suporte à
(eliminação ou redução do uso do papel em benefíco organizacionais com sistemas de informação auditoria; suporte decisão
de processos suportados por sistemas e tecnologias Portal
de informação) dos processos organizacionais, aos
diversos níveis.
B.3.3 Promover a inovação e a gestão do Grau de implementação dos processos de inovação e - 30% 50% 60% 75%
conhecimento gestão do conhecimento
B.4.2 Melhorar a média de horas envolvidas em cada % de redução da média de horas gastas em cada - 20% 30% 50% 50%
inspecção/auditoria interna, sem comprometer a inspecção/auditoria interna, tomando por base 2016
qualidade de serviço.
C.1.2 Promover a transparência da sua actuação e o % dos relatórios de actividade e resultados da - 15% 30% 40% 50%
direito à informação por parte da sociedade actividade de inspecção/auditoria interna publicados
no website da instituição nos prazos pré-
estabelecidos
C.2.2 Fortalecer as intervenções das Inspecções N.º de inspecções ou auditorias com trabalho de 8 8 9 10 10
Provinciais de Saúde campo conjunto.
.
C.3 Promover o reforço do relacionamento com os seus pares (nacionais e internacionais)
C.3.1 Promover parcerias de colaboração inter-pares, N.º de inspecções ou auditorias conjuntas com pares 3 7 7 10 10
com instituições nacionais e outras instituições de natureza similar.
C.3.3 Promover a colaboração com autoridades de N.º de acções de investigação forense realizadas em - 1 1 1 1
investigação criminal e forense conjunto com autoridades criminais e forenses
.
IE1.B.1.3 Completar o quadro de 1. Rever o dimensionamento dos efectivos inspecção
pessoal da inspecção administrativa administrativa e auditoria interna, definir prioridades
e auditoria interna. em linha com as orientações do MISAU e elaborar
plano de recrutamento de médio prazo.
IE5.C.3.1 Articular com pares e outras 1. Identificar pares e instituições prioritárias e definir
instituições para participação em objectivos da IGS na colaboração com cada um deles
inspecções e auditorias conjuntas para o para o período 2018-2022;
(INAE, IGAP, IGF, etc...)
2. Estabelecer memorando de entendimento com cada
uma das instituições seleccionadas, incluindo um
plano de acção 2018-2022;
3. Implementar os memorando de entendimento com
os pares e outros instituições, assegurando a inclusão
das acções e metas anuais no respectivo PES;
4. Avaliar a implementação do memorando e dos seus
resultados efectivos.
Orçamento
Sumário por eixo estratégico de desenvolvimento
Eixo Estratégico B. Competências, conhecimento e meios $581 000 $465 000 $390 000 $367 000 $85 000 $1 888 000
Eixo Estratégico C. Parcerias e relacionamento com o utente, sociedade, MISAU e outros $135 000 $100 000 $130 000 $83 000 $50 000 $498 000
actores
TOTAL $771 000 $620 000 $621 000 $542 000 $162 000 $2 716 000
IE1.A.2.1 Intensificar a realização de 1. Efectuar um plano de médio prazo de $10,000 $10,000 $15,000 $10,000 $45,000
inspecções ordinárias no sector inspecção farmacêutica (gestão, controlo e uso
público e privado para avaliação do de produtos farmacêuticos) de médio prazo,
cumprimento das normas de gestão, incluindo os incentivos e mecanismo de
controlo e uso de produtos cobertura do risco operacional dos inspectores.
farmacêuticos. 2. Elaborar planos anuais baseado no risco e
incorporar as acções e metas no PES respectivo.
3. Implementar os planos anuais.
4. Efectuar o seguimento das recomendações.
5. Monitoria e avaliação da implementação dos
planos.
IE1.A.2.3 Realizar campanhas 1. Definir as instituições prioritárias e articular a $15,000 $15,000 $10,000 $10,000 $50,000
periódicas para detecção de produtos colaboração.
farmacêuticos desviados e roubados.
2. Documentar o processo de importação e
logística dos produtos farmacêuticos. Identificar
áreas de risco.
3. Elaborar um plano de campanhas de médio
prazo, baseado no risco.
4. Elaborar e implementar planos anuais de
campanhas baseado no risco e incorporar as
acções e metas no PES respectivo, incluindo os
incentivos e mecanismo de cobertura do risco
operacional dos inspectores.
5. Seguimento das recomendações dos relatórios
das campanhas.
6. Monitoria e avaliação da implementação dos
planos de campanhas e do modelo de avaliação
de risco.
IE1.A.3.1 Intensificar a fiscalização do 1. Efectuar um plano de inspecção administrativa $9,000 $9,000 $6,000 $6,000 $6,000 $36,000
cumprimento das normas e e auditoria interna de médio prazo baseado no
procedimentos administrativos e risco.
financeiros.
IE2.B.1.1 Reforçar as competências 1. Identificar necessidades de formação da $25,000 $40,000 $25,000 $12,000 $102,000
dos inspectores em cuidados de saúde inspecção em cuidados de saúde com base nos
perfis e carreiras, lacunas actuais e elaborar
plano de formação de médio prazo com
incidência para a auditoria clínica. O plano
deverá incluir a formação no posto de trabalho,
interna no MISAU e por contratação no mercado,
quando aplicável.
2. Implementar o plano de formação de médio
prazo e incorporando as acções no PES
respectivo.
3. Avaliar a implementação do plano de
formação de médio prazo.
IE3.B.1.1 Reforçar as competências 1. Identificar necessidades de formação da $20,000 $20,000 $25,000 $20,000 $85,000
dos inspectores na área de formação inspecção na área de formação com base nos
perfis e carreiras, lacunas actuais e elaborar
plano de formação de médio prazo com
incidência para a auditoria pedagógica. O plano
deverá incluir a formação em trabalho, interna
no MISAU e por contratação no mercado,
quando aplicável.
2. Implementar o plano de formação de médio
prazo incorporando as acções no PES respectivo.
3. Avaliar a implementação do plano de
formação de médio prazo.
IE2.B.1.3 Capacitar os inspectores e 1. Identificar necessidades de formação em $20,000 $20,000 $15,000 $15,000 $15,000 $85,000
auditores em matérias na área inspecção administrativa e auditoria interna com
administrativa e financeira. base nos perfis e carreiras, lacunas actuais e
elaborar plano de formação de médio prazo. O
plano deverá incluir a formação em trabalho,
interna no MISAU e por contratação no mercado,
quando aplicável.
2. Implementar o plano de formação de médio
prazo incorporando as acções no PES respectivo.
3. Avaliar a implementação do plano de
formação de médio prazo.
IE1.B.1.4 Promover e dinamizar a 1. Definir certificações a adquirir. $5,000 $5,000 $15,000 $15,000 $15,000 $55,000
certificação externa de inspectores e
auditores 2. Seleccionar instituições acreditadas para a
certificação dos inspectores e auditores.
3. Efectuar o processo de contratação.
4. Obter a certificação de inspectores e
auditores.
IE2.B.2.2. Desenvolver o modelo de 1. Definir o modelo de avaliação da qualidade de $75,000 $15,000 $15,000 $105,000
avaliação da qualidade de serviços serviço na inspecção em cuidados de saúde e
(inspecção de cuidados de saúde e formação; inspecção farmacêutica; inspecção
formação; inspecção farmacêutica; administrativa e auditoria interna).
inspecção administrativa e auditoria
interna). 2. Implementar internamente o modelo de
avaliação de qualidade serviço incluindo as
acções no respectivo PES;
3. Efectuar avaliação do modelo implementação;
4. Avaliação externa da qualidade do serviço.
IE1.B.3.2 Desenvolver os sistemas de 1. Desenvolver e manter o plano estratégico dos $150,000 $200,000 $200,000 $200,000 $750,000
informação de forma a assegurar o sistemas de informação (incluindo o seu modelo
seu alinhamento à estratégia e de governação e gestão);
posicionamento da IS no sector, a
cobertura faseada das necessidades 2. Elaborar e manter as políticas de gestão e os
de informação e funcionalidades modelos globais de dados e informação da IS;
decorrentes dos processos 3. Planear e iniciar a implementação dos
organizacionais definidos. sistemas transaccionais das áreas nucleares
(inspecção e auditoria) e de interacção com o
cidadão e sociedade em geral;
4. Planear e iniciar a implementação dos
sistemas de conhecimento e inteligência
sectorial, sistemas de informação de apoio à
decisão interna da IGS, sistema de gestão do
conhecimento - interno e externo).
5. Implementar um sistema de arquivo e gestão
documental ajustado ao modelo de processos da
IS.
IE1.B.3.3 Promover a sistematização e 1. Definir a estratégia para a inovação e $25,000 $50,000 $50,000 $125,000
formalização da estratégia e modelo conhecimento;
de gestão da inovação e
conhecimento 2. Assegurar recursos para implementação;
3. Definir e detalhar a arquitectura de processos;
4. Detalhar, melhorar e documentar os processos
organizacionais de forma progressiva;
5. Implementar a estratégia e modelo de gestão
da inovação e conhecimento.
IE2.B.4.2 Assegurar a implementação 1. Divulgar o plano estratégico $60,000 $50,000 $40,000 $40,000 $40,000 $230,000
do Plano Estratégico
2. Gerir, monitorar e avaliar a implementação do
plano estratégico
IE1.B.4.2 Implementar um modelo de 1. Conceber o modelo de gestão e custeio das $25,000 $25,000
gestão e custeio das inspecções e inspecções e auditoria;
auditoria, tendo por base o modelo e
custeio de gestão por actividades. 2. Implementar o modelo incorporando as
acções no respectivo PES;
3. Avaliar os resultados da implementação do
modelo.
IE1.C.1.2 Definir e implementar a 1. Definir e aprovar a estratégia e plano de $20,000 $15,000 $35,000
estratégia e plano de promoção da promoção da transparência do funcionamento
transparência do funcionamento da da IS.
IS.
2. Implementar de forma faseada o plano de
promoção da transparência do funcionamento
da IS, incluindo as acções no PES respectivo;
3. Efectuar a avaliação contínua da
implementação da estratégia e plano de
promoção da transparência do funcionameno da
IS.
IE1.C.2.1 Definir e implementar uma 1. Definir um plano de qualidade de serviço, com $10,000 $25,000 $18,000 $53,000
estratégia e plano de qualidade de níveis de objectivos contratualizados.
serviço
2. Efectuar a avaliação contínua da
implementação do plano de qualidade de
serviço.
IE3.C.2.2 Avaliar a qualidade das 1. Definir um plano de avaliação técnica e da $15,000 $15,000 $15,000 $10,000 $10,000 $65,000
inspecções e auditorias realizadas qualidade de serviço das inspecções e auditorias
pelas IPS. das IPS.
2. Implementar de forma faseada o plano de
avaliação técnica e da qualidade de serviço das
IPS para o período 2018-2022, incorporando no
PES as acções anuais correspondentes.