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PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado
Sumário
Financiamento da Seguridade Social....................................................................................................................3
Empresa e Empregador Doméstico........................................................................................................................3
Conceito..................................................................................................................................................................................3
Equiparadas a Empresa.. ...............................................................................................................................................4
Matrícula da Empresa....................................................................................................................................................6
Financiamento da Seguridade Social....................................................................................................................7
Receitas da União.............................................................................................................................................................9
Receitas de Outras Fontes.........................................................................................................................................11
Receitas das Contribuições Sociais.....................................................................................................................14
Resumo................................................................................................................................................................................42
Questões de Concurso................................................................................................................................................46
Gabarito. .............................................................................................................................................................................. 59
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................60
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Conceito
O conceito de empresa, para fins do Direito Empresarial, é a atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Portanto, empresa, no Direito Em-
presarial, é a atividade e não quem exerce essa atividade, o qual é denominado de empresário.
O empresário, no Direito Empresarial, deve focar na circulação de bens e de serviços, visando
resultados lucrativos, sendo essa característica decorrente do caráter profissional. Visa-se,
portanto, o lucro!
Para fins previdenciários, abstraia esse conhecimento!
Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econô-
mica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da admi-
nistração pública direta, indireta e fundacional.
Portanto, possuir ou não finalidades lucrativas, é simplesmente irrelevante para fins de en-
quadramento de uma empresa, no caso do Direito Previdenciário.
EXEMPLO
Imagine uma associação (ex: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE) que,
conforme determina o Código Civil, é a união de pessoas que se organizam para fins não
econômicos. A associação pode contratar uma pessoa com pessoalidade, não-eventualidade,
subordinação e onerosidade. Assim, a associação estará contratando um segurado emprega-
do, sendo considerada empresa.
Uma vez considerada empresa, deverá cumprir as obrigações tributárias como uma empresa,
sejam essas obrigações tributárias principais (pagar tributos) ou acessórias (obrigações de
fazer ou deixar de fazer alguma coisa no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos
– ex: elaborar folha de pagamento).
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Equiparadas a Empresa
Conforme o disposto no art. 12, § único do RPS, equipara-se a empresa:
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EXEMPLO
Imagine um médico que possui um consultório particular e necessita contratar uma secretária.
O médico equipara-se a empresa para fins previdenciários. Dessa forma, deverá ter um número
que o identifique como empresa (matrícula da empresa), além da necessidade de pagar as
contribuições previdenciárias em relação a esse segurado e cumprir as obrigações acessórias
como empresa, como, por exemplo, elaborar folha de pagamento.
Pergunta: Você, meu querido aluno, já fez, na sua casa, um puxadinho? Não responda!
Rsrsrsrs...
Se você já fez, na sua casa, um puxadinho, você é equiparado a empresa para fins previden-
ciários, tendo em vista que proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa
física, em relação a segurado que lhe presta serviço, equipara-se a empresa.
Assim, como empresa, o dono da obra deve ter uma matrícula que o identifique como em-
presa, além de pagar as contribuições previdenciárias em relação aos segurados que prestam
serviços e cumprir as obrigações acessórias como empresa, como, por exemplo, elaborar fo-
lha de pagamento.
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Matrícula da Empresa
A matrícula da empresa será efetuada nos termos e condições estabelecidos pela Secreta-
ria da Receita Federal do Brasil.
No caso de obra de construção civil, a matrícula deverá ser efetuada mediante comunica-
ção obrigatória do responsável por sua execução, no prazo de 30 dias, contado do início de
suas atividades, quando obterá número cadastral básico, de caráter permanente.
A data do início da atividade corresponderá à data do arquivamento do ato constitutivo na
Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil ou a data do início da obra.
Caso a empresa não efetue a inscrição, no prazo previsto anteriormente, estará sujeita a
aplicação de multa (auto de infração por descumprimento de obrigação acessória), nos ter-
mos do art. 283 do RPS, além da inscrição de ofício por parte da RFB.
O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), por intermédio das Juntas
Comerciais, e os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas prestarão, obrigatoriamente,
ao Ministério da Economia, ao INSS e à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as in-
formações referentes aos atos constitutivos e alterações posteriores relativos a empresas e
entidades neles registradas.
A matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor rural pessoa
física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à ins-
crição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresentado em suas relações:
(i) com o Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal
ou vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal; (ii) com
as instituições financeiras, para fins de contratação de operações de crédito; e (iii) com os
adquirentes de sua produção ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais
implementos agrícolas.
Tal regra não se aplica ao licenciamento sanitário de produtos sujeitos à incidência de Im-
posto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja inscrição no CNPJ seja obrigatória.
Para fins de recolhimento das contribuições previdenciárias, a matrícula será atribuída ao
grupo familiar no ato de sua inscrição.
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
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ciamento da seguridade social deveriam estar dispostas na Lei n. 8.212/91, conhecida como o
Plano de Custeio da Seguridade Social.
Portanto, quando o Poder Constituinte determina que o financiamento da seguridade so-
cial será nos termos da lei, cabe a Lei n. 8.212/91 disciplinar apenas matéria de reserva legal,
ou seja, matéria que necessariamente deverá ser disciplinada pela lei, como, por exemplo, a
criação da contribuição social. Entretanto, em relação a matéria que não é de reserva legal,
pode a Lei n. 8.212/91 delegar que o assunto seja tratado pelo Decreto.
A título de exemplo, o art. 22, II da Lei n. 8.212/91 cria a contribuição para financiar os
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT) sobre o total das remunerações pagas ou credi-
tadas, no decorrer do mês, aos segurados e trabalhadores avulsos. Tal contribuição possui as
alíquotas de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco de acidente de trabalho, em relação a atividade
preponderante da empresa, seja considerado como leve, médio ou grave, respectivamente.
Pergunta: seria razoável que a Lei n. 8.212/91 elencasse todas as atividades econômicas e os
respectivos graus de risco? Lógico que não, pois esse assunto é meramente técnico. Assim,
a Lei n. 8.212/91 cria a contribuição social, pois é um assunto de reserva legal, delegando ao
Decreto a competência para elencar todas as atividades econômicas e os respectivos graus
de risco (Anexo V do RPS).
Uma vez estudadas as características do financiamento da seguridade social, percebe-se
que o Poder Constituinte desmembra o art. 195 da CF/88 em incisos, os quais contemplam
diversas contribuições sociais que visam financiar o sistema securitário.
Tal fato ocorre pelo motivo de o Poder Constituinte ter que observar o princípio constitucio-
nal da diversidade da base de financiamento, ou seja, a necessidade de que sejam elencadas
diversas contribuições sociais com o intuito de proteger o sistema securitário de eventuais
crises financeiras que possam surgir ao longo do tempo.
Estuda-se o financiamento da seguridade social no âmbito federal, tendo em vista que,
conforme determina o art. 195, § 1º da CF/88, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União.
Assim, o financiamento da seguridade social no âmbito federal é composto de receitas da
União, receitas das contribuições sociais e de receitas de outras fontes.
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Financiamento da Seguridade Social
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A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos ter-
mos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais, as quais estão elencadas no art. 195 da
CF/88, entre elas, as contribuições sociais do empregador, da empresa ou da entidade a ela
equiparada, que incidem sobre o lucro (art. 195, I, “c” da CF/88).
Certo.
Receitas da União
As receitas da União é a forma indireta de financiamento da seguridade social. A forma in-
direta é composta com parcelas dos orçamentos fiscais dos entes políticos, obrigatoriamente,
não cabendo a estes decidir se irão ou não destinar recursos para o sistema de proteção social.
Por que a União deve destinar parcela do seu orçamento fiscal para financiar a seguridade
social?
É simples! A União, por exemplo, contrata servidores que exercem, exclusivamente, cargo
em comissão, ou contrata servidores tendo em vista o excepcional interesse público, ou con-
trata exercentes de mandato eletivo. Dessa forma, a União está contratando pessoas que não
estão vinculadas a regime próprio de previdência social, mas sim ao regime geral de previdên-
cia social, na qualidade de segurados empregados.
Como visto no tema empresa e empregador doméstico, a União enquadra-se no conceito
de empresa.
Portanto, estamos diante de uma empresa contratando segurados obrigatórios do RGPS,
devendo verter contribuições sobre esses segurados.
Seria lógico a União pagar para ela mesma, mensalmente, por meio de GPS (guia de pre-
vidência social), as contribuições sobre esses segurados?
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Questão perfeita para que você estude a contribuição para União, pois elenca as 3 informações
constantes na lei. Assim, as 3 afirmativas são verdadeiras, tendo em vista que a contribuição
da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente
na lei orçamentária anual. Além disso, a União é responsável pela cobertura de insuficiências
financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de presta-
ção continuada da Previdência Social.
Letra a.
Passa-se a fazer uma análise isolada de algumas das outras fontes que visam financiar a
seguridade social.
A primeira outra fonte são as multas, a atualização monetária e os juros moratórios,
as quais nascem quando as empresas ou os segurados recolhem as contribuições sociais
em atraso.
Esse tema será abordado no nosso curso nas próximas aulas. Entretanto, certos detalhes
já devem ser estudados.
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Para fins de prova, as bancas preparatórias costumam cobrar que a remuneração recebida pela
prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros (Sistema
S + salário-educação) são outras fontes destinadas ao financiamento da seguridade social,
seguindo a literalidade da lei.
Entretanto, tais valores, atualmente, não são mais outras fontes destinadas ao financiamento
da seguridade social.
A Lei n. 11.457/07 retirou a destinação desses valores da seguridade social e repassou
para o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscaliza-
ção (FUNDAF).
Assim, remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e co-
brança prestados a terceiros não é mais outra fonte destinada para a seguridade social. Atual-
mente, essa remuneração é destinada para o FUNDAF.
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Além dessas duas outras fontes estudadas (uma que atualmente não é mais da seguri-
dade social), as bancas examinadoras de concurso público têm cobrado as que mencionam
percentuais. Assim, é importante estudar tais outras fontes.
A primeira outra fonte que menciona percentual é 50% da receita obtida na forma do pará-
grafo único do art. 243 da Constituição Federal, repassados pelo Instituto Nacional do Seguro
Social aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamen-
to e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins.
O art. 243, parágrafo único da CF/88 determina que todo e qualquer bem de valor econô-
mico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da explo-
ração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação espe-
cífica, na forma da lei.
Dessa forma, 50% desses bens apreendidos são destinados para a seguridade social. É
importante ressaltar que a destinação é específica para a saúde, não podendo esses valores
ser destinados para a assistência social ou para a previdência social, tendo em vista a neces-
sidade de sua utilização no tratamento de pessoas viciadas em entorpecentes e drogas afins.
Outra fonte que menciona percentual se refere a 40% do resultado dos leilões dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Esse valor é destinado a seguridade social como um todo, não tendo destinação específica
para um dos ramos.
Por fim, as companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de
19 de dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio
recolhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospi-
talar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.
Apesar da Lei n. 8.212/91 (art. 27, § único) falar em 50% do valor total do prêmio recolhido,
10% da arrecadação da seguridade social é destinada ao coordenador do sistema nacional de
trânsito, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes, ou seja,
5% do total (art. 78, § único, do Código de Trânsito Brasileiro).
Dessa forma, percebe-se que, na prática, o valor repassado à seguridade social do total do
prêmio recolhido com o DPVAT perfaz o percentual de 45% e não 50%, conforme determina a
Lei n. 8.212/91.
Tenha apenas cuidado com bancas preparatórias de concurso público que adotam a literali-
dade da lei!
Atente para o fato de que esse valor arrecadado é destinado especificamente para a saúde,
no intuito de tratar as pessoas vitimadas em acidentes de trânsito.
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Constituem outras receitas para financiar a seguridade social, 40% do resultado dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e não 60%, como menciona a banca
examinadora.
Letra e.
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Introdução
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Assim, a empresa terá o ônus de R$ 12.000,00, ou seja, R$ 10.000,00, que foi o valor pactu-
ado, além de R$ 2.000,00 de contribuição patronal em relação à remuneração paga.
Já o segurado irá receber da empresa o valor de R$ 10.000,00, descontando o valor de
11,69% sobre R$ 7.087,22.
Segurados
Com a recente reforma da previdência social brasileira, o art. 195, II da CF/88 foi alterado,
no intuito de contemplar a possibilidade de serem adotadas alíquotas progressivas de acordo
com o valor do salário de contribuição do segurado.
Antes de ser explicada a nova regra, explica-se o princípio da progressividade.
O princípio da progressividade é uma técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo au-
mento se dá na medida em que se majora a base de cálculo. Em outras palavras, é progressiva
a alíquota que aumenta de acordo com a base de cálculo: se a base de cálculo aumenta, a
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alíquota também aumentará. Com a progressividade, uma variação da base de cálculo implica
numa variação da alíquota.
Tal princípio será aplicado em relação a contribuição do empregado, trabalhador avulso e
do empregado doméstico.
A partir do dia 01/01/2022, deve ser aplicada a seguinte tabela:
EXEMPLO
Assim, um segurado que recebe o valor do salário-mínimo, contribui com 7,5% sobre o salário-
-mínimo (para o ano de 2022 – R$ 1.212,00).
Entretanto, um segurado que recebe o valor de R$ 2.000,00, contribui com a alíquota de 7,5%
sobre R$ 1.212,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.212,00
até o valor de R$ 2.000,00. Assim, a contribuição desse segurado seria: [(R$ 1.212,00 x 7,5%)
+ ((R$ 2.000,00 – R$ 1.212,01) x 9%)] = R$ 161,82. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 8,09%, em relação ao valor de R$ 2.000,00, que é a sua remuneração.
Imagine, agora, um segurado que recebe o valor de R$ 3.000,00. Este irá contribuir com a alí-
quota de 7,5% sobre R$ 1.212,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor
de R$ 1.212,00 até o valor de R$ 2.427,35, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultra-
passa o valor de R$ 2.427,35 até o valor de R$ 3.000,00. Assim, a contribuição desse segurado
seria: [(R$ 1.212,00 x 7,5%) + ((R$ 2.427,35 – R$ 1.212,01) x 9%) + ((R$ 3.000,00 – R$ 2.427,36)
x 12%)] = R$ 269,00. Dessa forma, o segurado irá contribuir com uma alíquota efetiva de 8,97%,
em relação ao valor de R$ 3.000,00, que é a sua remuneração.
Por fim, imagine um segurado que recebe o limite máximo do salário de contribuição, ou seja,
para o ano de 2022, o valor de R$ 7.087,22. Este irá contribuir com a alíquota de 7,5% sobre
R$ 1.212,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.212,00 até
o valor de R$ 2.427,35, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$
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2.427,35 até o valor de R$ 3.641,03, além da alíquota de 14% sobre a parcela que ultrapassa o
valor de R$ 3.641,03 até o valor de R$ 7.087,22. Assim, a contribuição desse segurado seria:
[(R$ 1.212,00 x 7,5%) + ((R$ 2.427,35 – R$ 1.212,01) x 9%) + ((R$ 3.641,03 – R$ 2.427,36) x 12%)
+ ((R$ 7.087,22 – R$ 3.641,04) x 14%)] = R$ 828,39. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 11,69%, em relação ao valor de R$ 7.087,22, que é a sua remuneração.
Por que tais segurados contribuem com uma alíquota maior do que os demais segurados
estudados anteriormente?
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contribua com uma alíquota muito maior do que os demais segurados, tendo em vista que a
empresa já custeia uma parcela em relação a remuneração paga ou creditada para o contri-
buinte individual.
Em virtude disso, a Lei n. 9.876/99 determinou:
Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da
sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente re-
colhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada
a dedução a nove por cento do respectivo salário de contribuição.
Fácil entender, não? Rsrsrsrsrs... Brincadeira! Essa regra, para ser entendida, deve ser estu-
dada por meio de um caso prático!
Imagine uma empresa remunerando um contribuinte individual no valor de R$ 1.500,00.
Em relação a tal remuneração, a empresa irá contribuir com 20%. Sobre esse valor, o segurado
poderá deduzir 45%, limitado a 9% do seu salário de contribuição. Assim, a contribuição do
contribuinte individual será de 20%, retirando a parcela que ele poderá deduzir. Ilustra-se o caso
mencionado abaixo:
• Remuneração do trabalhador: R$ 1.500,00.
• Contribuição patronal: 20% x R$ 1.500,00 = R$ 300,00.
• Possível dedução: 45% x R$ 300,00 = R$ 135,00.
• Limite: 9% x R$ 1.500,00 = R$ 135,00.
• Contribuição do segurado: (20% x R$ 1.500,00) – R$ 135,00 = R$ 165,00.
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Assim, caso o contribuinte individual não preste serviço à empresa contribuirá, ainda,
com 20% sobre o seu salário de contribuição.
A partir da competência abril de 2003, conforme determina a MP n. 83/02, posteriormente
convertida na Lei n. 10.666/03, fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segu-
rado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a
recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 do mês
seguinte ao da competência.
Portanto, até a competência 03/2003, a responsabilidade pelo recolhimento do contribuin-
te individual é do próprio segurado. A partir da competência 04/2003, a responsabilidade pelo
recolhimento da contribuição do contribuinte individual é da empresa que o contrata. Ou seja,
a partir da competência 04/2003, a contribuição descontada pela empresa sobre a remune-
ração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite
máximo do salário de contribuição, é de 11% no caso das empresas em geral e de 20% quan-
do se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais
patronais.
Além disso, se o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual, a
produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estran-
geira, o mesmo fará o seu recolhimento, entretanto, poderá efetuar a dedução legal, visto que
essas pessoas contribuem sobre a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual.
O contribuinte individual que presta serviço para pessoa física e o segurado facultati-
vo continuam fazendo o seu recolhimento por conta própria (20% sobre o salário de con-
tribuição).
Segue, abaixo, um resumo em relação ao contribuinte individual, aplicável a partir de
01/04/2003.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado
EXEMPLO
Imagine um médico contratando um eletricista para realizar reparos nas instalações elétricas
do seu consultório, sendo combinado um valor de R$ 2.000,00 em relação ao serviço prestado.
O médico irá contribuir com 20% em relação aos R$ 2.000,00, mas não efetuará o desconto do
segurado. A contribuição do eletricista será recolhida pelo próprio. Assim, o eletricista recebe-
rá o valor de R$ 2.000,00, devendo contribuir com 11% sobre os R$ 2.000,00, caso haja decla-
ração do contratante, ou 20% sobre os R$ 2.000,00, caso não haja declaração do contratante.
Uma vez estudada a regra geral, estuda-se uma exceção a essa regra.
A contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviço por conta própria
e do segurado facultativo, como visto, é de 20% sobre o salário de contribuição. Tal base de
cálculo, como será visto na próxima aula, possui limite mínimo e máximo. Portanto, no míni-
mo que esses segurados irão contribuir será com a alíquota de 20% sobre um salário-mínimo,
que, atualmente, está em R$ 1.212,00. Assim, a contribuição será de R$ 242,40. Pergunta: para
uma dona de casa que não possui renda ou para um estudante, esse valor não é elevado?
Sem dúvida!
Assim, a Lei Complementar n. 123/06, com o intuito de uma inclusão social, possibilitou
que esses segurados contribuam com 11% sobre um salário-mínimo, abdicando ao direito se
aposentarem por tempo de contribuição.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado
§ 12 Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
§ 13 A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo.
Portanto, a lógica das citadas contribuições é a busca por uma inclusão social, ou seja, per-
mitir que trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, tenham acesso
ao sistema previdenciário.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários-mínimos.
Sem problemas! Bastaria que eles contribuíssem com a diferença para a alíquota de 20%,
devidamente atualizada, ou seja, bastaria que eles contribuíssem com 9% ou 15%, a depender
da situação, devidamente atualizados com juros de mora.
E a multa de mora? Não existe, tendo em vista que os segurados não estariam em mora
(atraso), mas apenas estariam contribuindo conforme a legislação permitia.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado
Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), não subsiste, regra geral, apo-
sentadoria por tempo de contribuição (salvo o direito adquirido, regras transitórias e a aposen-
tadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência). A recente reforma da previdên-
cia social passou a prever, entre outras aposentadorias, a aposentadoria programada, a qual,
uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado que atingir 62 anos de idade, se
mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20
anos de tempo de contribuição, se homem.
Para fins de obtenção de uma aposentadoria programada, conforme preceitua o art. 51, §
1º do RPS, o período pelo qual os segurados contribuinte individual e facultativo tiverem contri-
buído na forma prevista no art. 199-A (11% ou 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de
contribuição, a depender da situação) será considerado como tempo de contribuição.
Entretanto, caso o segurado pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para
fins de obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitó-
rias e a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência) ou de contagem
recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal (9% ou 15%
sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na
competência a ser complementada, acrescido dos juros moratórios, a depender da situação).
Tal complementação será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento ou do
cancelamento da certidão emitida para fins de contagem recíproca ou da aposentadoria por
tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitórias e a aposentadoria por tempo de
contribuição da pessoa com deficiência).
Segurado Especial
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
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tendo em vista que o SENAR não é contribuição que visa financiar o sistema securitário, irei
explicar a contribuição do segurado especial, desconsiderando tal valor.
Visualiza-se, na prática, o segurado especial contribuindo para a previdência social.
EXEMPLO
Imagine um grupo familiar (produtor, esposa e 2 filhos a partir dos 16 anos de idade) comercia-
lizando o excedente de sua produção rural no valor de R$ 10.000,00. O adquirente irá adquirir
a produção e pagará ao grupo familiar o valor de R$ 10.000,00, deduzindo a contribuição pre-
videnciária do grupo familiar, tendo em vista que o adquirente, conforme determina a legisla-
ção previdenciária, fica responsável em repassar esse valor à previdência social (sub-rogado).
Assim, o adquirente repassará o valor de R$ 130,00 para a previdência social e a diferença,
retirando ainda o valor devido para o SENAR, para o grupo.
Caso o segurado especial não comercialize a sua produção, quando ele contribuirá para
a previdência social? Nunca.
Mesmo assim, terá acesso aos benefícios previdenciários?
Sim! Entretanto, irá se aposentar por meio da aposentadoria do trabalhador rural e do ga-
rimpeiro, cujo valor do benefício será no valor de 1 salário-mínimo.
Vai sim! A legislação previdenciária permite que o segurado especial, caso queira receber
benefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário-mínimo, contribua facultativa-
mente “como se fosse” contribuinte individual.
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Financiamento da Seguridade Social
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Contribuindo desta forma, o segurado especial não se torna contribuinte individual, nem
faz com que deixe de contribuir, caso venha comercializar a sua produção rural. É apenas uma
possibilidade que o legislador criou para que o segurado especial faça jus a benefícios previ-
denciários de valores superiores a 1 salário-mínimo.
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Financiamento da Seguridade Social
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prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
normativa.
Portanto, caso uma empresa contrate um segurado empregado e o remunere com o valor
de R$ 100.000,00, contribuirá com 20% sobre os R$ 100.000,00.
Contribuintes Individuais
Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
Portanto, caso uma empresa contrate um segurado contribuinte individual e o remunere
com o valor de R$ 100.000,00, contribuirá com 20% sobre os R$ 100.000,00.
Vamos visualizar o exemplo elucidado para a empresa quando remunera segurado empre-
gado, trabalhador avulso, ou contribuinte individual.
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Financiamento da Seguridade Social
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EXEMPLO
Imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor Fiscal não comprove a remunera-
ção recebida pelo sócio de uma sociedade limitada, tendo em vista a recusa da apresentação
de documento. Entretanto, o Auditor Fiscal verifica que o sócio contribui mensalmente sobre o
valor de R$ 2.000,00. Nessa situação, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor
de R$ 2.000,00.
Caso esse sócio não contribua na qualidade de contribuinte individual, mas remunera na sua
empresa segurados empregados, sendo a maior remuneração paga a esses segurados o valor
de R$ 10.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$ 10.000,00.
Caso nenhuma das situações anteriores ocorra, a contribuição da empresa de 20% incidirá
sobre o valor do salário-mínimo.
Perceba, portanto, que as situações são excludentes. Ou seja, o Auditor Fiscal não pode
escolher a mais vantajosa para a Fazenda Pública, mas sim verificar a que ocorre primeiro.
A segunda situação ocorre no caso do freteiro. Pergunta: qual é o valor da remuneração au-
ferida pelo serviço prestado de frete, uma vez que o valor cobrado engloba outros valores, além
da remuneração do trabalho, como, por exemplo, depreciação do veículo, gasolina, pedágio...?
Assim, a remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou
ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de
colaboração, nos termos da Lei n. 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou trans-
porte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a 20% do rendimento bruto.
Imagine uma empresa contratando o serviço de um freteiro, sendo cobrado o valor de R$
10.000,00. O valor da remuneração do trabalho prestado pelo freteiro será de 20% em relação
aos R$ 10.000,00. Assim, a remuneração do trabalho do freteiro será de R$ 2.000,00. A contri-
buição da empresa e o desconto do segurado serão feitos em relação ao valor de R$ 2.000,00.
• Valor de Frete: R$ 10.000,00
• Remuneração do trabalho: 20% x R$ 10.000,00 = R$ 2.000,00
• Contribuição patronal: 20% x R$ 2.000,00 = R$ 400,00
• Contribuição do segurado: 11% x R$ 2.000,00 = R$ 220,00
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EXEMPLO
Imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor Fiscal não verifica na contabili-
dade a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social. Nessa situação,
a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre a remuneração do capital (distribuição de
lucros, juros sobre o capital próprio...). Assim, caso a sociedade distribua para cada sócio o
valor de R$ 20.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$ 20.000,00.
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Qual é o desconto que a cooperativa de trabalho efetuará em relação aos seus coopera-
dos? 11% ou 20%?
EXEMPLO
Imagine uma empresa que contrata cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho,
sendo combinado o valor de R$ 100.000,00 pelos serviços prestados. Assim, a cooperativa
de trabalho emite uma nota fiscal no valor de R$ 100.000,00, devendo a empresa tomadora de
serviços pagar, além do valor acordado, 15% sobre os R$ 100.000,00 para a previdência social.
Ou seja, o ônus do tomador de serviços é de R$ 115.000,00 (R$ 100.000,00 a ser pago para a
cooperativa e R$ 15.000,00 de contribuição previdenciária).
A cooperativa de trabalho possui gastos. Imagine gastos na faixa de 25% (R$ 25.000,00 – 25%
x R$ 100.000,00). Retirado esses gastos, a cooperativa de trabalho irá remunerar seus coope-
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rados. Pergunta: a cooperativa de trabalho contribuirá com 20% sobre a remuneração paga aos
seus cooperados (contribuintes individuais)? Não, tendo em vista que o tomador de serviços já
pagou a conta! Entretanto, cabe a cooperativa de trabalho efetuar o desconto dos seus coope-
rados que, no caso, será de 11%, tendo em vista a contribuição do tomador de serviços.
Caso o tomador de serviço fosse uma EBAS ou pessoa física, a cooperativa de trabalho des-
contaria 20% sobre o salário de contribuição dos seus cooperados.
A citada contribuição social foi declarada inconstitucional pelo STF, conforme explica-
ção abaixo.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, deu provimento ao recur-
so e declarou a inconstitucionalidade do art. 22, IV da Lei n. 8.212/91, que prevê contribuição
previdenciária sobre os serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de
trabalho. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 595838, com
repercussão geral reconhecida, no qual uma empresa de consultoria questiona a tributação.
A Lei n. 9.876/1999, que inseriu a cobrança na Lei n. 8.212/1991, revogou a Lei Comple-
mentar 84/1996, na qual se previa a contribuição de 15% sobre os valores distribuídos pelas
cooperativas aos seus cooperados. No entendimento do Tribunal, ao transferir o recolhimento
da cooperativa para o prestador de serviço, a União extrapolou as regras constitucionais refe-
rentes ao financiamento da seguridade social.
Segundo o relator do recurso, ministro Dias Toffoli, com a instituição da nova norma tribu-
tária, o legislador transferiu a sujeição passiva da tributação da cooperativa para as empresas
tomadoras de serviço, desconsiderando a personalidade da cooperativa.
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Além disso, a fórmula teria como resultado a ampliação da base de cálculo, uma vez que
o valor pago pela empresa contratante não se confunde com aquele efetivamente repassado
pela cooperativa ao cooperado. O valor da fatura do serviço inclui outras despesas assumidas
pela cooperativa, como a taxa de administração.
Ademais, a tributação extrapola a base econômica fixada pelo artigo 195, inciso I, alínea
“a”, da Constituição Federal, que prevê a incidência da contribuição previdenciária sobre a folha
de salários. Também viola o princípio da capacidade contributiva e representa uma nova forma
de custeio da seguridade, a qual só poderia ser instituída por lei complementar.
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Financiamento da Seguridade Social
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ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO RFB N 5, DE 25 DE MAIO DE 2015
o
Dispõe sobre a contribuição previdenciária devida pelo contribuinte individual que presta serviço a
empresa por intermédio de cooperativa de trabalho.
O Senado Federal resolve:
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem os inci-
sos III e XXVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado
pela Portaria MF no 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 21 da Lei no
8.212, de 24 de julho de 1991, bem como a declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo Tribu-
nal Federal, nos autos do Recurso Extraordinário no 595.838 – São Paulo, com repercussão geral re-
conhecida, da contribuição prevista no inciso IV do art. 22 da mesma Lei, recurso no qual, com base
no art. 19, inciso IV e § 4º da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional não mais contestará e recorrerá, conforme Nota/PGFN/CASTF no 174, de 2015, declara:
Art. 1º A alíquota da contribuição previdenciária devida pelo contribuinte individual que presta ser-
viço a empresa ou a pessoa física por intermédio de cooperativa de trabalho é de 20% (vinte por
cento) sobre o salário de contribuição definido pelo inciso III ou sobre a remuneração apurada na
forma prevista no § 11, ambos do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
Art. 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá crédito tributário decorrente da con-
tribuição de que trata o § 1º do art. 1º da Lei no 10.666, de 8 de maio de 2003, que instituiu contribui-
ção adicional àquela prevista no inciso IV do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, para fins de custeio de
aposentadoria especial para cooperados filiados a cooperativas de trabalho.
Art. 3º Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em
Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste ato, independentemente de comunica-
ção aos consulentes.
JORGE ANTONIO DEHER RACHID
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feito mensalmente, cabendo a Secretaria da Receita Federal do Brasil rever o auto enquadra-
mento em qualquer tempo.
Com a nova redação dada pelo Decreto n. 10.410/20 ao art. 202, § 3º do RPS, considera-se
preponderante a atividade que ocupa, em cada estabelecimento da empresa, o maior número
de segurados empregados e de trabalhadores avulsos.
A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes
do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de
Risco, prevista no anexo V do RPS.
EXEMPLO
Imagine uma empresa que tem como objeto social a fabricação de caminhões, cuja alíquota
da GILRAT é de 3%, e representação comercial, cuja alíquota da GILRAT é de 2%. A empresa
possui 100 empregados fabricando caminhões (estabelecimento matriz) e 95 empregados na
representação comercial (filiais da empresa). Assim, nesse mês, a atividade preponderante
para o estabelecimento matriz é a fabricação de caminhões, devendo a empresa contribuir
com 3% em relação a remuneração paga aos 100 empregados da matriz, enquanto que a ativi-
dade preponderante para as filias da empresa é a representação comercial, devendo a empresa
contribuir com 2% em relação a remuneração paga aos 95 empregados das filiais da empresa.
Perceba que o enquadramento da GILRAT, com a recente alteração no RPS, passa a ser por
cada estabelecimento da empresa e não mais em relação a empresa como um todo.
A Lei n. 10.666/03 diz, ainda, que a alíquota de contribuição de 1%, 2% ou 3%, destinada ao
financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho
(GILRAT), poderá ser reduzida, em até 50%, ou aumentada, em até 100%, conforme dispuser o
regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econô-
mica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência,
gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Pre-
vidência Social.
Essa majoração ou redução da alíquota da GILRAT é conhecida como o fator acidentário
de prevenção (FAP).
A filosofia do FAP é majorar as empresas que oneram a previdência social com a conces-
são de benefícios de natureza acidentária.
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Assim, quanto mais a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador, menos
benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo justo
que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que não investem em saú-
de e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT reduzida,
com base no seu FAP, em até 50%.
Entretanto, quanto menos a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador,
mais benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo
justo que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que investem em
saúde e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT ma-
jorada, com base no seu FAP, em até 100%.
EXEMPLO
Imagine uma empresa que possui 100 empregados a seu serviço e cuja alíquota da GILRAT
seja de 3%. Essa empresa possui 95 empregados trabalhando em setores onde não há exposi-
ção a agentes nocivos. Entretanto, 5 empregados trabalham no setor estamparia, expostos ao
agente nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, permitin-
do que eles se aposentem por meio de uma aposentadoria especial após 25 anos, desde que
preenchido o requisito etário mínimo de 60 anos.
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Perceba que o adicional incide apenas em relação a quem está efetivamente exposto a
agente nocivo, enquanto que a alíquota da GILRAT incide em relação a todos os segurados
empregados e trabalhadores avulsos da empresa.
A verificação dos setores onde existe exposição à agente nocivo é baseada em um laudo,
conhecido como laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção
coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia
de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos
limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.
Tais informações são consolidadas no perfil profissiográfico previdenciário (PPP), que é
o documento histórico-laboral do trabalhador, comprovando a efetiva exposição do segurado
a agentes nocivos.
Qual é o documento que o segurado leva para a previdência social e apresenta ao perito
médico do INSS, para fins de comprovar a efetiva exposição a agente nocivo?
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item 2.3.3.4), conforme Ato Declaratório Interpretativo RFB n. 05/2015, a Secretaria da Receita
Federal do Brasil não constitui o crédito tributário decorrente dessa contribuição social.
Produtor Rural
Além do segurado especial, têm-se duas outras espécies de produtores rurais: o produtor
rural pessoa física (PRPF) e o produtor rural pessoa jurídica (PRPJ). Todos são segurados
obrigatórios do RGPS, mas estes dois últimos são contribuintes individuais, sujeitando-se às
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regras de recolhimento desta categoria de segurado. Além disso, são o PRPF e o PRPJ também
empresas para fins previdenciários, sujeitando-se a recolhimentos diferenciados.
Portanto, a contribuição do PRPF, na condição de equiparado à empresa, é de 1,2% da
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por
acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
Já a contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da receita bruta proveniente da co-
mercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização
da produção rural, para financiamento das prestações por acidente do trabalho (GILRAT), to-
talizando 1,8%.
Além das citadas alíquotas, o produtor rural pessoa física e produtor rural pessoa ju-
rídica contribuem com as alíquotas de 0,2% e 0,25%, respectivamente, as quais são des-
tinadas ao SENAR. Assim, na prática, o produtor rural pessoa física contribui com 1,5%,
enquanto que o produtor rural pessoa jurídica contribui com 2,05%. Entretanto, tendo em
vista que o SENAR não é contribuição que visa financiar o sistema securitário, irei explicar
a contribuição do produtor rural pessoa física e do produtor rural pessoa jurídica, descon-
siderando tais valores.
O intuito de a contribuição ser de forma substitutiva e não convencional é evitar a dificulda-
de de arcar com as contribuições sobre a folha de salários.
Portanto, esta forma de contribuição substitui as contribuições sobre as remunerações
dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e o eventual adicional para fi-
nanciamento da aposentadoria especial.
Em que pese o acima explica, a Lei n. 13.606/18 inseriu o § 13 no art. 25 da Lei n. 8.212/91
e o § 7º no art. 25 da Lei n. 8.870/94, permitindo que o PRPF e o PRPJ optem por contri-
buir sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e
o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial, manifestando sua opção
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janei-
ro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será
irretratável para todo o ano-calendário. Tal regra de opção apenas produzirá efeitos a partir
de 01/01/19.
Perceba que nem tudo está substituído. Caso o PRPF ou o PRPJ contrate um segurado
contribuinte individual, contribuirá com 20% sobre a remuneração paga.
Além disso, o PRPF ou PRPJ está obrigado a recolher as contribuições descontadas dos
segurados, as decorrentes de sub-rogação e a retenção dos 11% por serviços prestados por
pessoas jurídicas mediante cessão de mão de obra ou empreitada.
Cabe apenas ressaltar que a agroindústria é o PRPJ que industrializa produção própria ou
produção própria e adquirida de terceiros. Entretanto, a contribuição da agroindústria, é de
2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita
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SIMPLES
Contribuição sobre a receita bruta auferida mensalmente, que engloba além do IRPJ, CSLL,
PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e as contribuições da empresa sobre a folha de salários e remunera-
ções pagas ou creditadas a pessoas físicas que lhe prestem serviços. Em relação ao Simples
Nacional, essa forma de contribuição, além de substituir a contribuição sobre a remuneração
dos empregados e trabalhadores avulsos, substitui a contribuição sobre a remuneração paga
ao contribuinte individual, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento da aposen-
tadoria especial. Entretanto, a empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada a
recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação e a
retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de mão de
obra ou empreitada.
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Perceba que nem tudo está substituído. Caso a associação desportiva que mantenha equi-
pe de futebol profissional contrate um segurado contribuinte individual, contribuirá com 20%
sobre a remuneração paga.
Além disso, a associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional está
obrigada a recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-ro-
gação e a retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de
mão de obra ou empreitada.
Empregador Doméstico
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Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 03. Faça com atenção os exercícios pro-
postos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e até a
nossa próxima aula.
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RESUMO
• Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entida-
des da administração pública direta, indireta e fundacional.
• Equiparam-se a empresa: i) o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe
presta serviço; ii) a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou
finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangei-
ras; iii) o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei n. 8.630,
de 1993; e iv) o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física,
em relação a segurado que lhe presta serviço.
• A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: i) do empre-
gador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a)
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a
receita ou o faturamento; c) o lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da pre-
vidência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do
salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão con-
cedidas pelo RGPS; iii) sobre a receita de concursos de prognósticos; iv) do importador
de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
• A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixa-
dos obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
• A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguri-
dade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada
da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
• Constituem outras receitas da Seguridade Social: i) as multas, a atualização monetá-
ria e os juros moratórios; ii) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fis-
calização e cobrança prestados a terceiros; iii) as receitas provenientes de prestação
de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; iv) as demais receitas
patrimoniais, industriais e financeiras; v) as doações, legados, subvenções e outras re-
ceitas eventuais; vi) 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único
do art. 243 da CF/88; vii) 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo De-
partamento da Receita Federal; vii) outras receitas previstas em legislação específica.
• As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais causa-
dos por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL – SERVIÇO SOCIAL/2020)
Uma instituição do terceiro setor realizou, em determinada comunidade carente de um muni-
cípio de médio porte, serviços essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que par-
ticiparam da ação em busca de orientações previdenciárias.
• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em
propriedade rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de
cinquenta e quatro anos de idade e trabalhador informal na construção civil, com
seu genitor José, de oitenta anos de idade, e com os dois filhos do casal, Miguel, de
dezenove anos de idade e estudante, e Manoel, de vinte e três anos de idade, que
está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma
sociedade anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como
síndica do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza con-
tínua, em atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação
religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
A família de Cleber pode ser considerada como empregador doméstico de Amélia.
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d) 50% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal.
e) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais.
025. (CESPE/DPE – PE/2015) Zuleica será de 20% sobre o total das remunerações pagas,
devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, à segurada.
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No mês de abril de 2003, Lauro, autônomo, exercendo por conta própria atividade econômi-
ca, realizou diversos reparos nas instalações elétricas da Santa Casa de Misericórdia, entida-
de beneficente de assistência social e isenta das contribuições sociais patronais, prestando
serviços, nessa competência, apenas à Santa Casa e recebendo R$ 1.000,00 pelo trabalho.
Nessa situação, a entidade beneficente está obrigada descontar, do total a ser pago a Lauro,
o equivalente 11% de sua remuneração, bem como a efetuar o repasse em favor da previdên-
cia social.
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Ronaldo poderá contribuir para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite míni-
mo mensal do salário de contribuição.
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pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, é de
a) 15% (quinze por cento).
b) 22,5% (vinte e dois e meio por cento).
c) 20% (vinte por cento).
d) 12,5% (doze e meio por cento).
e) 8% (oito por cento) até 11% (onze por cento).
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c) varia conforme o grau de exposição dos empregados e avulsos a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, podendo ser alterado em razão do desempe-
nho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Pre-
venção – FAP.
d) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, duran-
te o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que
lhe prestem serviços.
e) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, duran-
te o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços.
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GABARITO
1. C 17. C 33. d
2. a 18. C 34. C
3. b 19. C 35. c
4. C 20. e 36. a
5. C 21. d 37. C
6. d 22. d 38. E
7. a 23. e 39. b
8. e 24. E 40. E
9. e 25. E 41. C
10. a 26. E 42. C
11. d 27. C 43. a
12. d 28. C 44. e
13. c 29. E 45. b
14. d 30. E 46. e
15. b 31. E 47. C
16. d 32. a 48. C
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GABARITO COMENTADO
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Uma instituição do terceiro setor realizou, em determinada comunidade carente de um muni-
cípio de médio porte, serviços essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que par-
ticiparam da ação em busca de orientações previdenciárias.
• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em pro-
priedade rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta
e quatro anos de idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José,
de oitenta anos de idade, e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de
idade e estudante, e Manoel, de vinte e três anos de idade, que está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma
sociedade anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como
síndica do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza con-
tínua, em atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação
religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
A família de Cleber pode ser considerada como empregador doméstico de Amélia.
Amélia é uma segurada obrigatória do RGPS, na qualidade de empregada doméstica, uma vez
que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no
âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. Assim sendo, a família de Cleber é
considerada empregador doméstico, pois admite a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, Amélia, empregada doméstica.
Certo.
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Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (empresário individual – art.
966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou
rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública
direta, indireta e fundacional. Portanto, possuir ou não finalidades lucrativas, é simplesmente
irrelevante para fins de enquadramento de uma empresa. A banca examinadora determinou a
necessidade de possuir fins lucrativos para conceituar empresa. As demais letras se referem
a definição de empregador doméstico (letra “b”) e situações de equiparadas a empresa (letras
“c”, “d” e “e”).
Letra a.
A diversidade da base de financiamento é princípio que rege à seguridade social, o qual busca
garantir a arrecadação de contribuições, de modo que a base de financiamento da seguridade
social seja a mais variada possível. Um dos exemplos de contribuição social que visa financiar
a seguridade social é a contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, a qual está
prevista no art. 195, IV da CF/88.
a) Errada. A seguridade social como um todo não tem o caráter contributivo, ou seja, no caso
da saúde, qualquer pessoa tem acesso a rede pública de saúde e, no caso da assistência so-
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cial, esta será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição a ser ver-
tida para a seguridade social. No caso da previdência social, este ramo do sistema securitário
é contributivo, fazendo com que o beneficiário venha a verter contribuições prévias para ter
acesso aos benefícios previdenciários.
c) Errada. Conforme determina o art. 195, § 1º da CF/88, as receitas dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamen-
tos, não integrando o orçamento da União.
d) Errada. Não incide contribuição social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS,
conforme determina o art. 195, II da CF/88.
Letra b.
Conforme determina o art. 195, III, da CF/88, constituem receitas da seguridade social a contri-
buição sobre a receita de concurso de prognósticos.
Certo.
Conforme determina o art. 195, I, da CF/88, constituem receitas da seguridade social as contri-
buições sociais do empregador incidentes sobre: (i) a folha de salários e demais rendimentos
do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mes-
mo sem vínculo empregatício; (ii) a receita ou o faturamento; (iii) o lucro.
Certo.
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Conforme preceitua o art. 195, IV da CF/88, constitui contribuição social, que visa financiar a
seguridade social, a contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei
a ele equiparar. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário nenhum comentário.
Letra d.
Conforme preceitua o art. 11 da Lei n. 8.212/91, no âmbito federal, o orçamento da Seguridade So-
cial é composto das seguintes receitas: i) receitas da União; ii) receitas das contribuições sociais,
a qual engloba a receita sobre folha de pagamento, prevista no art. 195, I, “a” da CF/88, e a receita
de concurso de prognósticos, prevista no art. 195, III da CF/88; e iii) receitas de outras fontes.
Letra a.
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Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra e.
Conforme determina o art. 195 da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a so-
ciedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos or-
çamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contri-
buições sociais: i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a
receita ou o faturamento; c) o lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS; iii)
sobre a receita de concursos de prognósticos; e iv) do importador de bens ou serviços do ex-
terior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Letra e.
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Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra d.
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Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Portanto, o
gabarito correto é a afirmativa “c”.
Letra c.
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Uma das fontes para financiar a Seguridade Social é a contribuição social da empresa inciden-
te sobre a sua folha de salários, prevista no art. 195, I, “a” da CF/88. As demais fontes elenca-
das não são fontes para financiar a Seguridade Social.
Letra d.
Conforme determina o art. 11 da Lei n. 8.212/91, constituem contribuições sociais: (i) as das
empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; (ii)
as dos empregadores domésticos; (iii) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-
-de-contribuição; (iv) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; (v) as incidentes
sobre a receita de concursos de prognósticos. Ademais, conforme determina o art. 195, IV da
CF/88, constitui contribuição social para o financiamento da seguridade social a contribuição
do importador de bens ou serviços do exterior.
Letra b.
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Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
Certo.
Conforme determina o art. 195, I, “b” da CF/88, constituem receitas da seguridade social a con-
tribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente
sobre a receita ou o faturamento.
Certo.
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Conforme determina o art. 195, III da CF/88, constitui receita da seguridade social a contribui-
ção social sobre a receita de concursos de prognóstico.
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Constituem outras receitas da Seguridade Social, 40% do resultado dos leilões dos bens apre-
endidos pelo Departamento da Receita Federal. As demais fontes mencionadas, constituem
outras receitas da Seguridade Social, nos termos do art. 27 da Lei n. 8.212/91.
Letra d.
Constituem outras fontes para o financiamento da seguridade social, 40% do resultado dos
leilões dos bens apreendidos pela RFB. Dessa forma, uma vez que o resultado do leilão foi de
R$ 800.000,00, 40% deste valor é uma outra fonte que visa financiar a seguridade social, ou
seja, o valor de R$ 320.000,00.
Letra d.
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buição social da empresa recolhida sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado,
limitada a dedução a 9% do respectivo salário de contribuição.
Perfeita afirmativa! Literalidade do art. 30, § 4º da Lei n. 8.212/91. Tal regra, como visto na
parte teórica, foi criada para acabar com a grande diferença da alíquota de contribuição do
contribuinte individual em relação aos demais segurados, tendo em vista a existência da con-
tribuição da empresa em relação a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual.
a) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do emprega-
do doméstico era calculada mediante a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu sa-
lário de contribuição mensal, de forma não cumulativa. Assim, existe uma tabela de salário de
contribuição publicada periodicamente por meio de uma Portaria que define as faixas sobre as
quais incidem as alíquotas de contribuição dos segurados empregados, trabalhadores avulsos
e empregados domésticos. Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do
empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante
a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada
alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
b) Errada. A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de
20% sobre o respectivo salário de contribuição.
c) Errada. A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente
da comercialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
d) Errada. A contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso incide sobre o
seu salário de contribuição. Tal base de cálculo possui limite máximo que, atualmente, é de
R$ 7.087,22.
Letra e.
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025. (CESPE/DPE – PE/2015) Zuleica será de 20% sobre o total das remunerações pagas,
devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, à segurada.
O contribuinte individual, quando exerce atividade para uma entidade beneficente de assistên-
cia social, é descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição, tendo em vista a inexistên-
cia de contribuição patronal, uma vez que a EBAS é isenta das contribuições sociais patronais.
Já que a dedução legal se deriva da contribuição da empresa, que, no caso da EBAS, não existe,
o contribuinte individual deve ser descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição.
Errado.
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No mês de abril de 2003, Fábio, autônomo, exercendo por conta própria atividade econômica,
prestou serviço apenas ao Mercado Santana Ltda., empresa optante SIMPLES, recebendo R$
1.500,00. Nessa situação, do total recebido por Fábio, a empresa deverá descontar o equivalen-
te a 11%, bem como efetuar o repasse em favor da previdência social.
A partir da Lei n. 10.666/03, quando a empresa contrata um contribuinte individual, esta fica
obrigada a efetuar o desconto da contribuição do segurado em relação ao seu salário de con-
tribuição juntamente com as demais contribuições a seu cargo.
Certo.
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alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre
a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
Errado.
O segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho domésti-
co no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, contribui com
5% sobre um salário-mínimo (limite mínimo mensal do salário de contribuição).
Errado.
A contribuição para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo mensal
do salário de contribuição aplica-se apenas ao microempreendedor individual (MEI) e para o
segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda, não sendo apli-
cada ao trabalhador avulso, cuja contribuição é calculada por meio da aplicação da alíquota
correspondente (7,5%, 9%, 12% e 14%), de forma progressiva, sobre o seu salário de contribui-
ção mensal, de acordo com a tabela publicada em Portaria. Dessa forma, no caso em comento,
a contribuição com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição
se aplicaria a Fátima (segurada facultativa sem renda própria que se dedique exclusivamente
ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa
renda), mas não ao Ronaldo, que é um trabalhador avulso.
Errado.
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de uma Portaria que define as faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição do
segurado empregado doméstico. Com a reforma da previdência social brasileira, a contribui-
ção do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico será calculada mediante
a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada
alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
b) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado em-
pregado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 07
do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, cabendo-lhe durante o período
da licença-maternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a
seu cargo.
c) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empre-
gado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo.
Letra d.
Em relação ao segurado empregado, a empresa contribui com 20% sobre o total das remune-
rações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, a esse segurado que lhe
preste serviço.
Certo.
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Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribui com 20%
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês,
a esses segurados que lhe prestem serviços. Além disso, a empresa, para o financiamento dos
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das remunerações pagas ou credita-
das, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribui com
a alíquota de 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
risco seja considerado médio; 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
risco seja considerado grave.
Letra a.
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Conforme entendimento do STF, as Leis n. 7.787/89, art. 3º, II, e n. 8.212/91, art. 22, II, definem,
satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida.
O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de “atividade pre-
ponderante” e “grau de risco leve, médio e grave”, não implica ofensa ao princípio da legalidade
genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. Dessa forma, conforme enten-
dimento do STF, é legítima a cobrança da alíquota da GILRAT (antigo SAT).
Errado.
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c) 1,5; 3; 4,5
d) 2; 4; 6
e) 1; 3; 5
Erro sutil! O erro ocorre quando a banca examinadora menciona a alíquota para financiar os
benefícios decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos ris-
cos ambientais do trabalho em relação ao contribuinte individual. Não existe a incidência da
alíquota da GILRAT sobre a remuneração paga ao contribuinte individual. Retirando esse erro
(retirando o contribuinte individual da afirmativa), o restante é perfeito!
Errado.
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Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário. Excelente questão para estu-
dar o assunto “GILRAT”, resumindo o que é necessário estudar sobre o citado assunto.
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c) Errada. A citada contribuição foi declarada inconstitucional pelo STF. Entretanto, antes da
citada declaração de inconstitucionalidade, a empresa contribuía com o percentual de 15%
sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços
que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.
d) Errada. No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvi-
mento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados
e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previ-
dência privada abertas e fechadas, além das contribuições devidas pelas demais empresas, é
devida a contribuição adicional de 2,5% sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III do
artigo 22, da Lei n. 8.212/91.
e) Errada. A empresa contribui, para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho,
conforme dispuser o regulamento, nos percentuais de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remune-
rações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores
avulsos, conforme o risco de acidente de trabalho seja, respectivamente, leve, médio e grave.
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Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós-
graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em
cursos preparatórios para concurso público.
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