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PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Sumário
Aposentadorias do RGPS. . ...........................................................................................................................................4
Classificação dos Benefícios. . ....................................................................................................................................4
Prestações Previdenciária..........................................................................................................................................5
Aposentadoria por Incapacidade Permanente................................................................................................6
Evento Determinante.. ....................................................................................................................................................6
Beneficiários........................................................................................................................................................................8
Carência..................................................................................................................................................................................8
Renda Mensal do Benefício.........................................................................................................................................8
Data do Início do Pagamento.....................................................................................................................................9
Aposentadoria Programada.....................................................................................................................................16
Introdução...........................................................................................................................................................................16
Evento Determinante.. ..................................................................................................................................................17
Beneficiários.....................................................................................................................................................................23
Carência...............................................................................................................................................................................23
Renda Mensal do Benefício......................................................................................................................................23
Data de Início do Pagamento.. .................................................................................................................................23
Aposentadoria Programada do Professor...................................................................................................... 24
Evento Determinante.. ................................................................................................................................................. 24
Beneficiários.....................................................................................................................................................................26
Carência...............................................................................................................................................................................26
Renda Mensal do Benefício......................................................................................................................................26
Data de Início do Pagamento.. .................................................................................................................................26
Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural.......................................................................................... 28
Introdução.......................................................................................................................................................................... 28
Evento Determinante.. ................................................................................................................................................. 28
Beneficiários..................................................................................................................................................................... 28
Carência...............................................................................................................................................................................29
Renda Mensal do Benefício......................................................................................................................................29
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APOSENTADORIAS DO RGPS
Querido(a) aluno(a)!
Na aula de hoje, inicia-se o estudo acerca das prestações previdenciárias em espécie (be-
nefícios concedidos e serviços prestados pelo INSS). Assim, estudam-se a classificação dos
benefícios, o rol de prestações previdenciárias, a aposentadoria por incapacidade permanente,
a aposentadoria programada, a aposentadoria por idade do trabalhador rural e do garimpeiro,
a aposentadoria especial, as aposentadorias da pessoa com deficiência segurada do RGPS e
as regras transitórias aplicáveis aos beneficiários do RGPS, as quais estão previstas na recente
reforma da previdência social (EC n. 103/2019).
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Tal estabilidade tem a natureza de ser provisória. Ou seja, o segurado possui a estabilida-
de. Entretanto, ele pode ser mandado embora por justo motivo (justa causa), nos termos do
art. 482 da CLT.
Quanto à natureza, os benefícios podem ser remuneratórios (substituidores) e indeniza-
tórios (complementares). Tal explicação já foi dada, no estudo da renda mensal do benefício.
Prestação instantânea
Prestação continuada
Segurados
Dependentes
Classificação dos
benefícios
Benefício comum
Quanto ao risco social de
acidente do trabalho
Benefício acidentário
Remuneratório
Quanto à natureza
Indenizatório
Prestações Previdenciária
Estudam-se, a partir de agora, quais são as prestações previdenciárias e quem tem acesso
a essas prestações.
Lembrando que as prestações previdenciárias são gênero, sendo as suas espécies os be-
nefícios e serviços. Benefícios são prestações em dinheiro, enquanto que os serviços são uti-
lidades prestadas pela previdência social, sem caráter pecuniário.
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Aposentadoria programada
Aposentadoria especial
Segurados
Auxílio-acidente
Salário-família
Salário-maternidade
Segurados e
Reabilitação profissional
Dependentes
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Beneficiários
Todos os segurados têm acesso à aposentadoria por incapacidade permanente.
Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente, regra
geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravi-
dade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é zero.
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EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que sofre um acidente e fica incapacitado de forma perma-
nente para o trabalho. Assim, caso requeira o benefício até 30 dias do afastamento, receberá
o benefício a partir do 16º dia, tendo em vista que cabe a empresa arcar com os 15 primei-
ros dias de afastamento. Esses 15 dias de afastamento são considerados como “período de
espera”, ou seja, um período de interrupção do contrato de trabalho (cessação temporária e
parcial dos efeitos e da execução do contrato de trabalho), pois não há o exercício da atividade,
mas o salário é devido.
Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, o benefício
será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento.
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EXEMPLO
Imagine um segurado contribuinte individual que sofre um acidente e fica incapacitado de
forma permanente para o trabalho. Assim, caso requeira o benefício até 30 dias do afastamen-
to, receberá o benefício a partir do afastamento.
Caso o segurado contribuinte individual requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias,
o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento.
Portanto, verifica-se o primeiro benefício previdenciário que pode ultrapassar o limite máxi-
mo legal que, atualmente, está no valor de R$ 7.087,22.
Atente para o fato do acréscimo de 25% ser personalíssimo, ou seja, o valor não é incor-
porado a pensão por morte. Assim, quando o segurado falece, o acréscimo cessa, não sendo
incorporado ao valor da pensão por morte.
As situações que determinam a concessão do acréscimo de 25% no valor da aposenta-
doria por incapacidade permanente estão previstas no Anexo I do Decreto n. 3.048/1999, que
assim determina:
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RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES EM QUE O APOSENTADO POR INVALIDEZ TERÁ DIREITO À MAJORAÇÃO
DE VINTE E CINCO POR CENTO PREVISTA NO ART. 45 DESTE REGULAMENTO.
1 – Cegueira total.
2 – Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
3 – Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
4 – Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível.
5 – Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.
6 – Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.
7 – Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social.
8 – Doença que exija permanência contínua no leito.
9 – Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
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Explica-se, a partir de agora, de forma detalhada, a alínea “b” prevista no primeiro marcador.
EXEMPLO
Imagine um segurado contribuinte individual que sofre um grave acidente. Passando pelo
exame médico-pericial a cargo da previdência social, o perito médico entende que o segurado
tem uma incapacidade temporária para o seu trabalho em período superior a 15 dias conse-
cutivos, fato que enseja a concessão do auxílio por incapacidade temporária. Após 2 anos, o
segurado é submetido a nova perícia, sendo constatada a sua incapacidade permanente para o
trabalho. Assim, é cessado o auxílio por incapacidade temporária e o segurado passa a receber
a aposentadoria por incapacidade permanente. Novamente após 2 anos, o segurado é consi-
derado apto ao trabalho, sendo a sua recuperação considerada total.
O segurado faz jus a “mensalidade de recuperação”? Caso positivo, por quanto tempo e por
qual valor?
O segurado faz jus ao valor integral da aposentadoria por incapacidade permanente duran-
te 4 meses, ou seja, o segurado tem direito a tantos meses quanto forem os anos contados
da data do início do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu a aposentadoria por
incapacidade permanente sem interrupção.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.
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É importante frisar que o segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer
tempo, novo benefício, tendo este processamento normal.
Entretanto, caso haja requerimento de novo benefício durante os períodos de percepção
da “mensalidade de recuperação”, caberá ao segurado optar por um dos benefícios, assegura-
da a opção pelo benefício mais vantajoso.
Ademais, na hipótese de opção pelo recebimento de novo benefício, cuja duração se en-
cerre antes da cessação da “mensalidade de recuperação”, o pagamento deste poderá ser
restabelecido pelo período remanescente, respeitadas as reduções correspondentes.
Visualiza-se o explicado por meio de um exemplo prático.
EXEMPLO
Imagine um segurado que sofre um grave acidente. Passando pelo exame médico-pericial a
cargo da previdência social, o perito médico entende que o segurado tem uma incapacidade
permanente para o seu trabalho, fato que enseja a concessão da aposentadoria por incapa-
cidade permanente. Após passar pelo procedimento de reabilitação profissional, o segurado
é declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia. Assim,
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Perceba que a “mensalidade de recuperação” é restabelecida, pois o novo benefício foi ces-
sado antes de findar o prazo para o seu pagamento. Como o novo benefício foi concedido por 6
meses, ainda restam 6 meses do período da “mensalidade de recuperação”. Entretanto, deverão
ser respeitadas as reduções correspondentes, ou seja, se faltam 6 meses para o pagamento da
“mensalidade de recuperação”, esta será paga com a redução de 75% do seu valor.
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Regra geral, 12 CM
0 CM - acidente de qualquer
Carência
natureza ou causa e de doença
profissional ou do trabalho e, após
filiação do segurado ao RGPS, for
acometido de alguma das doenças
ou afecções especificadas em lista
Aposentadoria elaborada
por incapacidade
permanente
Início do
pagamento
Demais segurados - incapacidade,
se requerida em até 30 dias. Após 30
dias, DER
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Aposentadoria Programada
Introdução
Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o segurado do RGPS fa-
zia jus a aposentadoria por idade, bem como a aposentadoria por tempo de contribuição.
A aposentadoria por idade, tinha, como evento determinante, o atingimento do requisito
etário. Assim sendo, uma vez cumprida a carência exigida, a aposentadoria por idade era devi-
da ao segurado que completasse 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher,
reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectiva-
mente homens e mulheres (empregado, contribuinte individual que presta serviço de natureza
rural a uma ou mais empresas, trabalhador avulso e segurado especial, bem como para os
segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar).
Importante frisar que, a partir da EC n. 20/1998, com a alteração no art. 195, § 8º da
CF/1988, o garimpeiro não se enquadra mais na categoria de segurado especial. O garimpeiro,
atualmente, enquadra-se como segurado obrigatório na condição de contribuinte individual.
Entretanto, ainda continuava com a benesse de se aposentar por idade com 5 anos a me-
nos em relação aos demais segurados, desde que exercesse a sua atividade em regime de
economia familiar, nos termos do art. 201, § 7º, II da CF/1988.
No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, bastava, para fins de sua concessão,
que o segurado atingisse o requisito tempo de contribuição, independentemente do atingimen-
to do requisito etário mínimo. Dessa forma, a aposentadoria por tempo de contribuição era
devida ao segurado após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos, se mulher.
Entretanto, para o professor(a) que comprovasse exclusivamente, tempo de efetivo exercí-
cio em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio,
esse tempo de contribuição era mitigado (reduzido) em 5 anos, ou seja, o professor se aposen-
tava após 30 anos de contribuição e a professora se aposentava após 25 anos de contribuição.
As citadas aposentadorias deixam de existir da forma como foram explicadas! Ainda per-
siste as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição. Entretanto, tais benefícios
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são devidos apenas aos segurados na condição de pessoa com deficiência, nos termos da
LC n. 142/2013.
Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), as citadas aposentadorias
foram substituídas pela aposentadoria programada, a qual exige, além do atingimento do re-
quisito etário mínimo, tempo mínimo de contribuição.
Evento Determinante
A aposentadoria programada, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segu-
rado que atingir 62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de
tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem.
Portanto, para que o beneficiário faça jus a aposentadoria programada, faz-se necessário
cumprir o requisito etário mínimo, cumulado com o tempo de contribuição mínimo, conforme
quadro abaixo:
Idade - 65 anos
Homem
TC - 20 anos
Aposentadoria
programada
Idade - 62 anos
Mulher
TC - 15 anos
§ 14 O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de Previ-
dência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal
exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições.
Portanto, somente será computada como tempo de contribuição a competência cujo re-
colhimento seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria.
A competência cujo recolhimento seja inferior à contribuição mínima mensal não será
computada para nenhum fim, ou seja, para o cálculo do valor do benefício, para a carência,
para a manutenção da qualidade de segurado, além do tempo de contribuição.
Ademais, conforme determinava a legislação previdenciária, considerava-se tempo de
contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do
desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente
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EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que foi admitido no dia 28/05/2005, ou seja, bem antes da
recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019). No caso desse segurado, o seu tempo
de contribuição era contado de data a data, ou seja, a partir do dia 28.
Imagine, agora, um segurado empregado que foi admitido no dia 28/05/2020, ou seja, após a
recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019). No caso desse segurado, o seu tempo
de contribuição não é contado de data a data, mas por mês, caso o seu salário de contribuição
tenha sido igual ou superior ao limite mínimo mensal da sua categoria. Ou seja, o seu tempo de
contribuição é contado a partir do mês de maio de 2020 e não a partir do dia 28.
A contagem do tempo de contribuição, portanto passa a ser por mês e não mais de
data a data.
Ademais, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o Poder Consti-
tuinte Derivado Reformador inseriu o § 14 ao art. 201, assim determinando:
§ 14 É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefí-
cios previdenciários e de contagem recíproca.
Dessa forma, não é mais permitida a contagem de tempo de contribuição fictício para efei-
to de concessão de benefícios previdenciários.
Ou seja, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), alguns períodos
eram contados, de maneira fictícia, como tempo de contribuição.
Entretanto, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), não se permite
mais a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão de benefícios
previdenciários e de contagem recíproca.
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Sem dúvida!
Tal direito é assegurado por força do art. 25, caput da EC n. 103/2019, in verbis:
Art. 25. Será assegurada a contagem de tempo de contribuição fictício no Regime Geral de Previ-
dência Social decorrente de hipóteses descritas na legislação vigente até a data de entrada em vigor
desta Emenda Constitucional para fins de concessão de aposentadoria, observando-se, a partir da
sua entrada em vigor, o disposto no § 14 do art. 201 da Constituição Federal.
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que trabalhou durante 10 anos e veio a sofrer um acidente.
Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, constatou-se uma incapa-
cidade temporária para o trabalho, fato que ensejou a concessão do auxílio por incapacidade
temporária (antigo auxílio-doença). Esse segurado ficou durante 20 anos em gozo do citado
benefício. Ao passar por nova perícia, ficou constatada a sua recuperação, fazendo com que o
segurado retornasse a sua atividade por mais 5 anos.
Diante dessa situação hipotética, qual é o tempo de contribuição e a carência que esse
segurado possui?
Uma vez que o período em que o segurado esteve em gozo do auxílio por incapacidade
temporária conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência,
já que não existem contribuições mensais vertidas nesse período, esse segurado tem 35 anos
de contribuição (10 + 20 + 5) e 180 contribuições mensais para efeitos de carência (120 + 60).
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Caso esse segurado já tenha 65 anos de idade, este fará jus a aposentadoria programada,
pois já possui os requisitos necessários para fins de percepção do benefício
Portanto, o período do recebimento do benefício por incapacidade, intercalado por ativida-
des, conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência.
Tal entendimento foi ratificado pelo STF, no tema 1125, tendo sido fixada a tese em sede
de repercussão geral:
JURISPRUDÊNCIA
É constitucional o cômputo, para fins de carência, do período no qual o segurado esteve
em gozo do benefício de auxílio-doença, desde que intercalado com atividade laborativa.
Atualmente, o art. 19-C do RPC (Decreto n. 3.048/1999), incluído pelo Decreto n. 10.410/20,
elenca períodos que são considerados como tempo de contribuição. Segue, abaixo, o citado
dispositivo:
Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período:
I – de contribuição efetuada por segurado que tenha deixado de exercer atividade remunerada que
o enquadrasse como segurado obrigatório da previdência social;
II – em que a segurada tenha recebido salário-maternidade;
III – de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
IV – em que o segurado tenha sido colocado em disponibilidade remunerada pela empresa, desde
que tenha havido desconto de contribuições;
V – de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei n. 3.807, de 26 de
agosto de 1960, desde que tenha sido indenizado conforme o disposto no art. 122;
VI – de atividade na condição de empregador rural, desde que tenha havido contribuição na forma
prevista na Lei n. 6.260, de 6 de novembro de 1975, e indenização do período anterior, conforme o
disposto no art. 122;
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VII – de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havi-
do contribuição na época apropriada e este não tenha sido contado para fins de aposentadoria por
outro regime de previdência social;
VIII – de licença, afastamento ou inatividade sem remuneração do segurado empregado, inclusive o
doméstico e o intermitente, desde que tenha havido contribuição na forma prevista no § 5º do art. 11; e
IX – em que o segurado contribuinte individual e o segurado facultativo tenham contribuído na for-
ma prevista no art. 199-A, observado o disposto em seu § 2º.
Tempo de
contribuição Para os períodos posteriores à recente reforma da
previdência social (EC nº 103/2019), ou seja, a partir de
14/11/2019, as competências em que o salário de
contribuição mensal tenha sido igual ou superior ao limite
mínimo serão computadas integralmente como tempo de
contribuição, independentemente do número de dias
trabalhados, ou seja, os períodos serão computados por
mês, independente do início ou fim da atividade ocorrido
dentro da competência.
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Beneficiários
Todos os segurados têm acesso à aposentadoria programada.
Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria programada é de 180 contribui-
ções mensais.
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que complete 65 anos de idade, 20 anos de tempo de con-
tribuição, tenha a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso
requeira o benefício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento.
Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício
será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra
também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa.
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EXEMPLO
Imagine um segurado contribuinte individual complete 65 anos de idade, 20 anos de tempo de
contribuição e tenha a carência necessária para a concessão da aposentadoria programada.
Nesse caso, o benefício sempre será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal
regra se aplica, ao trabalhador avulso, segurado especial e segurado facultativo.
Carência 180 CM
Aposentadoria
programada
Empregado/Doméstico -
desligamento da atividade, se
requerida em até 90 dias. Após 90
dias ou se não houver desligamento,
Início do DER
pagamento
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§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.
Professor - 60 anos
Idade
Professora - 57 anos
Aposentadoria tempo de contribuição
programada do mínimo
professor exclusivamente em
efetivo exercício das
25 anos
funções de magistério
na educação infantil e
no ensino fundamental
e médio
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Exercício da docência
Função de magistério
Coordenação
Assessoramento pedagógico
Beneficiários
Professor(a) que comprove 25 anos de contribuição exclusivamente em efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição é de 180
contribuições mensais.
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quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após os 90 dias do
desligamento.
Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentadoria
programada.
EXEMPLO
Imagine um professor que complete 60 anos de idade, 25 anos de tempo de contribuição
exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério no ensino fundamental, tenha
a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o bene-
fício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento.
Caso o professor requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício será devido
a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra também se
aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa.
Beneficiários Professor(a)
Aposentadoria
programada do
professor Carência 180 CM
Desligamento da atividade, se
Início do requerida em até 90 dias. Após 90
pagamento dias ou se não houver desligamento,
DER
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Evento Determinante
A aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro, uma vez cumprida a carência exigida,
será devida 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, para os trabalhadores
rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos
o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
Perceba que, a partir da EC n. 20/1998, com a alteração no art. 195, § 8º da CF/1988, o ga-
rimpeiro não se enquadra mais na categoria de segurado especial. O garimpeiro, atualmente,
enquadra-se como segurado obrigatório na condição de contribuinte individual.
Entretanto, ainda continua com a benesse de se aposentar por idade com 5 anos a menos
em relação aos demais segurados, desde que exerça a sua atividade em regime de economia
familiar, nos termos do art. 201, § 7º, II da CF/1988.
É importante frisar que, conforme preceitua o art. 48, § 1º da Lei n. 8.213/1991, o trabalha-
dor rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua,
no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número
de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
Beneficiários
Trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia fa-
miliar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
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Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria por idade é de 180 contribui-
ções mensais.
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado rural que complete 60 anos de idade, tenha a carência neces-
sária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o benefício até 90 dias
do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento.
Caso o segurado empregado rural requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o
benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa
regra também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa.
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Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
EXEMPLO
Imagine um segurado especial que complete 60 anos de idade e tenha a carência necessária
para a concessão da aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro. Nesse caso, o bene-
fício sempre será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal regra se aplica, ao
contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.
Observações
Conforme já mencionado, o art. 48, § 1º da Lei n. 8.213/1991 determina que o trabalhador
rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de
meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido.
O art. 48, § 2º da Lei n. 8.213/1991 determina que os trabalhadores rurais que não atendam
a carência necessária de 180 contribuições mensais, mas que satisfaçam essa condição, se
forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao
benefício ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher.
Tal regra era conhecida como a aposentadoria por idade híbrida do RGPS, a qual era a mo-
dalidade de aposentadoria em que era possível contar tanto o tempo exercido em atividade
rural, como aquele em atividade urbana.
Tal regra não mais se aplica na sua inteireza, pois há que ser feita a sua adaptação para a
atual aposentadoria programada, conforme preceitua o item 2.9.2.3 do Ofício SEI Circular n.
64/2019/DIRBEN/INSS, in verbis:
2.9.2.3 A partir da EC n. 103, de 2019, o trabalhador rural ou o garimpeiro que trabalha em regime de
economia familiar e que não satisfaçam os requisitos nesta condição, poderão computar os perío-
dos de contribuição sob outras categorias de segurado fazendo jus ao benefício, na forma híbrida, a
partir do implemento dos requisitos para a aposentadoria programada.
Assim sendo, para que um beneficiário faça jus a aposentadoria híbrida, este deverá atingir
62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contri-
buição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem.
Tal regra, atualmente, está devidamente regulamentada no art. 57 do RPS (Decreto n.
3.048/1999), cuja redação foi dada pelo Decreto n. 10.410/20.
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Aposentadorias do RGPS
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EXEMPLO
Imagine um segurado especial que, ao atingir 60 anos de idade, possua apenas 8 anos exer-
cendo a atividade rural, ainda que de forma descontínua. Nessa situação, este segurado não
possui a carência necessária para fins de percepção da aposentadoria do trabalhador rural e
do garimpeiro. Entretanto, este beneficiário já possui 7 anos de atividade urbana, os quais, para
fins de uma aposentadoria híbrida, podem ser aproveitados junto com o tempo de atividade
rural. Assim sendo, continuando a exercer a sua atividade na condição de segurado especial,
ao atingir 65 anos, perfaz todas as condicionantes para fins de percepção de uma aposentado-
ria programada (7 anos de atividade urbana e mais 13 anos de atividade rural). Dessa forma,
este beneficiário faz jus a aposentadoria híbrida do RGPS.
Para efeito do cálculo da aposentadoria híbrida, o cálculo da renda mensal do benefício será
apurado com base no salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de con-
tribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência,
considerando-se como salário de contribuição mensal do período como segurado especial o
limite mínimo de salário de contribuição da Previdência Social, ou seja, o valor do salário mínimo.
Empregado - desligamento da
atividade, se requerida em até 90
dias. Após 90 dias ou se não houver
Início do desligamento, DER
pagamento
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Evento Determinante
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que
tenha reconhecido, após ter sido submetido a avaliação biopsicossocial realizada por equipe
multiprofissional e interdisciplinar, grau de deficiência leve, moderada ou grave está condi-
cionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do reque-
rimento ou na data da implementação dos requisitos para o benefício.
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Já, no caso da aposentadoria por idade, a idade é mitigada em 5 anos em relação a idade
da antiga aposentadoria por idade, independentemente do grau da deficiência, desde que
cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência
durante igual período.
Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade aos 65 anos, na condição de
pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos, enquanto que, a segurada,
uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá
se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo mínimo de contribuição de 15
anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Por idade
Tempo mínimo de contribuição de
15 anos e comprovada a existência
de deficiência durante igual
período
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
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Assim sendo, surge a seguinte dúvida: o art. 8º da LC n. 142/2013 deve ser aplicado mu-
tatis mutandis com a aplicação do art. 26 da EC n. 103/2019, desconsiderando o art. 29
da Lei n. 8.213/1991, tendo em vista a sua não recepção, ou, o art. 22 é norma especial,
a qual deve prevalecer sobre a regra geral do cálculo do salário de benefício prevista no
art. 26 da EC n. 103/2019, determinando, por consequência, a aplicação do art. 29 da Lei
n. 8.213/1991, dando ultratividade a este dispositivo?
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Aposentadorias do RGPS
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Aposentadoria por
tempo de 100% x SB
contribuição
Renda mensal
dos benefícios
Aposentadoria por
70% + 1% (12CM) x SB
idade
Observações
Aplicam-se a pessoa com deficiência:
• A contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com defici-
ência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público
ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente;
O RPS prevê que, se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência,
ou tiver seu grau de deficiência alterado, os parâmetros serão proporcionalmente ajustados,
considerando-se o número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem defici-
ência e com deficiência, observado o grau de deficiência correspondente, nos termos do regu-
lamento (art. 70-E do RPS).
Ademais, quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem de-
ficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da
conversão (art. 70-E, § 2º do RPS).
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A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada,
no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relati-
vos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física (art. 70-F do RPS).
No caso de deficiência grave, o tempo de contribuição é mitigado em 10 anos, ou seja, uma vez
que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribui-
ção, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição após
25 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contribuição após
30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 20 anos.
b) Errada. No caso de deficiência moderada, o tempo de contribuição é mitigado em 6 anos, ou
seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de
contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição
após 29 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contribuição
após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 24 anos.
c) Errada. No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição é mitigado em 2 anos, ou seja,
uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de
contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição
após 33 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contribuição
após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 28 anos.
d) Errada. No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição é mitigado em 2 anos, ou seja,
uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de
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Aposentadorias do RGPS
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contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição
após 33 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contribuição
após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 28 anos.
e) Errada. No caso da aposentadoria por idade, a idade é mitigada em 5 anos em relação a
idade da antiga aposentadoria por idade, independentemente do grau da deficiência, desde
que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de de-
ficiência durante igual período. Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade
aos 65 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos,
enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de
pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo míni-
mo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Letra a.
Aposentadoria Especial
Evento Determinante
Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o art. 201, § 1º da
CF/1988 determinava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressal-
vados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos
definidos em lei complementar.
Percebe-se, claramente, que a aposentadoria especial era assunto de reserva de lei com-
plementar. Tal exigência foi determina pela EC n. 20/1998.
Entretanto, a aposentadoria especial era prevista nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/1991,
que é uma mera lei ordinária.
Assim sendo, os citados artigos, por serem compatíveis materialmente com a CF/1988
foram recepcionados. Entretanto, estes passam a assumir o status normativo que o Poder
Constituinte passou a exigir, ou seja, passaram a ter o status de lei complementar.
Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), a previsão da concessão da
aposentadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS exposto a agente nocivo está no art.
201, § 1º, II da CF/1988, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios dife-
renciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possi-
bilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão
de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados cujas atividades sejam exercidas
com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou asso-
ciação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Tal benefício sofreu uma sensível alteração em relação ao regime jurídico anterior a recen-
te reforma da previdência social (EC n. 103/2019), pois deixou de exigir apenas tempo efetiva
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Aposentadorias do RGPS
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exposição a agente nocivo, para passar a exigir o tempo de efetiva exposição a agente nocivo,
cumulado com o atingimento de uma idade mínima, a depender do agente nocivo.
Portanto, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), a aposentadoria
especial, uma vez cumprida a carência exigida, era devida ao segurado empregado, trabalha-
dor avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de
trabalho ou de produção, que tivesse trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso,
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), a aposentadoria especial,
uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso
e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho
ou de produção, que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação, durante, no mínimo, 15, 20 ou 25 anos,
nos termos do disposto nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/19, quando cumpridos:
• 55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição;
• 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou
• 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição.
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Aposentadorias do RGPS
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A relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, e da associação desses agentes, conside-
rados para fins de concessão de aposentadoria especial, é aquela constante do Anexo IV do RPS.
A avaliação qualitativa de riscos e agentes prejudiciais à saúde será comprovada pela
descrição:
• Das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente ou associação de
agentes prejudiciais à saúde presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada
de trabalho;
• De todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes nocivos; e
• Dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensida-
de da exposição, a frequência e a duração do contato.
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Beneficiários
Apenas o segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente
quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, têm acesso à aposenta-
doria especial, conforme determina o RPS.
Entretanto, a Lei n. 8.213/1991, ao determinar o evento que enseja a concessão da apo-
sentadoria especial no art. 57, elenca o segurado como beneficiário, não restringindo o benefí-
cio ao segurado empregado, trabalhador avulso e cooperado filiado a cooperativa de trabalho
ou de produção.
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Carência
A carência exigida para a concessão da aposentadoria especial é de 180 contribui-
ções mensais.
Não! O segurado tem que, apenas, deixar de exercer a atividade com exposição a
agente nocivo.
Portanto, é muito diferente da aposentadoria por incapacidade permanente. Quando o se-
gurado se aposenta por incapacidade permanente, não pode voltar, voluntariamente, a exercer
atividade remunerada, sob pena de cancelamento da aposentadoria a partir do retorno.
Já na aposentadoria especial, o segurado pode voltar a trabalhar. O que não pode é retornar
ao trabalho com exposição a agente nocivo. Nessa situação, a previdência social suspende a
aposentadoria especial.
É suspensão ou cancelamento?
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PEGADINHA DA BANCA
Entretanto, para fins de prova, leve o entendimento de que o benefício é cancelado, pois, con-
forme determina a legislação previdenciária, é vedado que o segurado aposentado por meio
de uma aposentadoria especial continue no exercício da atividade ou operação que o sujeite
a agentes nocivos, sendo a sua aposentadoria cessada a partir da data do retorno à atividade.
Portanto, uma vez que a legislação previdenciária menciona que a aposentadoria especial é
cessada, as bancas preparatórias para concurso público seguem a literalidade da norma, sem
fazer uma análise técnica do assunto.
Atualmente, o RPS, com recente alteração da redação do art. 69, parágrafo único, determi-
na que o segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos
e agentes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja
a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da
cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de 60 dias contado da data
de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa ativida-
de ou operação foi encerrado.
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EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que complete 25 anos de exposição permanente ao agente
nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, tenha 60 anos
de idade, tenha a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso
requeira o benefício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento.
Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício
será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra
também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa.
EXEMPLO
Imagine um cooperado que complete 25 anos de exposição permanente ao agente nocivo
ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, tenha 60 anos de idade
e tenha a carência necessária para a concessão do benefício. Nesse caso, o benefício sempre
será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal regra se aplica, ao trabalhador
avulso e cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou produção.
Observações
Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições espe-
ciais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo
mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após
conversão, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento.
Assim, aplica-se, para tal conversão, a seguinte tabela:
Multiplicadores
Tempo a Converter
Para 15 Para 20 Para 25
De 15 anos - 1,33 1,67
De 20 anos 0,75 - 1,25
De 25 anos 0,60 0,80 -
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EXEMPLO
Imagine, portanto, um segurado que trabalhe em minas de subsolo em frente de produção
durante 10 anos (atividade A). Tal atividade permite a concessão da aposentadoria especial
após 15 anos de exposição permanente, desde que preenchido o requisito etário mínimo de
55 anos de idade. Demitido dessa atividade, passa a trabalhar no setor de estamparia de uma
empresa, exposto de forma permanente ao agente nocivo ruído (atividade B), permanecendo
nessa atividade durante 10 anos. Tal exposição permite a concessão da aposentadoria espe-
cial após 25 anos de exposição permanente, desde que preenchido o requisito etário mínimo
de 60 anos de idade.
Perceba que o segurado não completa em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a
aposentadoria especial.
Assim, é necessário converter o tempo para somá-los, no intuito de se verificar se o segu-
rado tem o direito ou não de se aposentar por meio de uma aposentadoria especial.
Demonstra-se o cálculo:
• Ativ. A 15 anos 10 anos
• Conversão do tempo de 25 anos para 15:
• Ativ. B 25 anos 10 anos x 0,6 = 6 anos
• Somatório 15 anos 10 + 6 = 16 anos
Dessa forma, ao converter o tempo de exposição a agente nocivo que permite a concessão
de aposentadoria especial após 25 anos, para tempo de exposição a agente nocivo que permi-
te a concessão de aposentadoria especial após 15 anos, verifica-se que o período equivale a 6
anos de exposição.
Fazendo o somatório, verifica-se que o período de exposição equivale a 16 anos.
Caso esse segurado tenha a idade mínima de 55 anos, poderá se aposentar por meio de
uma aposentadoria especial, uma vez que esse já possui o tempo de exposição ao agente no-
civo e o requisito etário mínimo para fins de percepção do benefício.
Tal regra se mantém hígida, mesmo após a recente reforma da previdência social (EC n.
103/2019), uma vez que essa se mantém no art. 66 do RPS, mesmo após a sua recente altera-
ção por meio do Decreto n. 10.410/20.
A manutenção da citada regra é salutar, pois não há contagem de tempo de contribuição
fictício, o que é vedado no ordenamento jurídico, conforme o disposto no art. 201, § 14 do RPS.
Na verdade, há uma mera conversão do tempo sob condições especiais em outro tempo
sob condições especiais, o qual, conforme dispõe o art. 66, § 3º do RPS, determina que a
atividade preponderante será aquela pela qual o segurado tenha contribuído por mais tempo,
antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a
aposentadoria especial e para a conversão.
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Mera adoção de parâmetro, sem que o tempo sob condições especiais convertido se torne
tempo de contribuição fictício.
Já a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade
comum é vedado no ordenamento jurídico, conforme o disposto no art. 201, § 14 da CF/1988,
pois trata-se, claramente, de tempo de contribuição fictício.
Entretanto, tal conversão ainda é permitida para período anterior a recente reforma da pre-
vidência social (EC n. 103/2019), conforme o disposto no art. 25, § 2º da EC n. 103/2019, que
assim determina:
§ 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei n. 8.213,
de 24 de julho de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de
efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde,
cumprido até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada a conversão para o
tempo cumprido após esta data.
Multiplicador
Tempo a Converter
Mulher (30 anos) Homem (35 anos)
15 anos 2,00 2,33
20 anos 1,50 1,75
25 anos 1,20 1,40
EXEMPLO
Imagine, portanto, uma segurada que, antes da recente reforma da previdência social (EC n.
103/2019), trabalhou em minas de subsolo em frente de produção durante 10 anos (atividade
A). Tal atividade permitia a concessão da aposentadoria especial após 15 anos de exposição
permanente. Demitida dessa atividade, passou a trabalhar em uma empresa, não estando mais
exposta a agentes nocivos (atividade B), permanecendo nessa atividade durante 15 anos.
Perceba que a segurada não completa na atividade em condições especiais o prazo míni-
mo exigido para a aposentadoria especial.
Assim, é necessário converter o tempo em condições especiais em tempo comum, no in-
tuito de saber se a segurada já tem as condições para se aposentar por tempo de contribuição.
Demonstra-se o cálculo:
• Conversão do tempo de 15 anos para comum:
• Ativ. A 15 anos 10 anos x 2,00 = 20 anos
• Ativ. B Comum 15 anos
• Somatório Comum 20 + 15 = 35 anos
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Dessa forma, ao converter o tempo de exposição a agente nocivo que permite a concessão
de aposentadoria especial após 15 anos, para tempo comum, verifica-se que o período equiva-
le a 20 anos de tempo comum.
Fazendo o somatório, verifica-se que a segurada possui 35 anos de tempo de contribuição.
Imaginando que, atualmente, essa segurada possua 62 anos de idade, tenha a carência
necessária, essa fará jus a aposentadoria programada, aproveitando o tempo de exposição
a agente nocivo antes da reforma da previdência social (EC n. 103/2019), tendo como renda
mensal do benefício o valor de 100% do seu salário de benefício.
É importante frisar que a conversão do tempo especial em comum é permitida apenas para
períodos trabalhados até a EC n. 103/2019, não sendo devida para períodos trabalhados após
esta data, ou seja, após 13/11/2019.
Portanto, faz-se necessário saber a forma de conversão do tempo, no intuito de aplicá-la
para períodos anteriores a reforma da previdência social.
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Carência 180 CM
Aposentadoria
especial
Empregado - desligamento da
atividade, se requerida em até 90 dias.
Após 90 dias ou se não houver
Início do desligamento, DER
pagamento
No caso da aposentadoria especial, o segurado pode voltar a trabalhar. O que não pode é
retornar ao trabalho com exposição a agente nocivo, ou seja, não pode retornar a função que
ocupava anteriormente à aposentadoria. Nessa situação, a previdência social suspende a apo-
sentadoria especial.
Letra b.
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A partir de 01/01/2020, a citada pontuação será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atin-
gir o limite de 100 pontos, se mulher, e de 105 pontos, se homem.
É importante frisar que a idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o
cálculo do somatório de pontos.
Para o professor que comprovar exclusivamente 25 anos de contribuição, se mulher, e 30
anos de contribuição, se homem, em efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio, o somatório da idade e do tempo de contribuição,
incluídas as frações, será equivalente a 81 pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem, aos
quais serão acrescidos, a partir de 1º de janeiro de 2020, 1 ponto a cada ano para o homem e
para a mulher, até atingir o limite de 92 pontos, se mulher, e 100 pontos, se homem.
A renda mensal do benefício concedido com base no art. 15 da EC n. 103/2019 será apu-
rada na forma da lei.
Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 15 da EC n. 103/2019 tem como
base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri-
buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2
pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri-
buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher.
Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático.
EXEMPLO
Imagine um segurado filiado ao RGPS com 32 anos de TC e 57 anos de idade na data da publi-
cação da EC n. 103/2019. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado benefici-
ário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no
art. 15 da EC n. 103/2019?
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86 pontos, se mulher, e 96
pontos, se homem
Somatório da idade e
A partir de 01/01/2020, a
do TC
pontuação será acrescida a
cada ano de 1 ponto, até
atingir o limite de 100
pontos, se mulher, e de 105
Regra de pontos, se homem
transição
prevista no art.
15 da EC n.
103/2019 Carência 180 CM
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
A partir de 01/01/2020, a idade será acrescida de 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos
de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem.
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição
e a idade serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 1º de janeiro de 2020, acrescidos 6 me-
ses, a cada ano, às idades previstas, até atingirem 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem.
A renda mensal do benefício concedido com base no art. 16 da EC n. 103/2019 será apu-
rada na forma da lei.
Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 16 da EC n. 103/2019 tem como
base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri-
buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2
pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri-
buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher.
Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático.
EXEMPLO
Imagine um segurado filiado ao RGPS com 33 anos de TC e 59 anos de idade na data da publi-
cação da EC n. 103/2019. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado benefici-
ário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no
art. 16 da EC n. 103/2019?
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
61 anos, se homem, e 56
anos, se mulher
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
O benefício concedido nos termos da presente regra de transição terá seu valor apurado de
acordo com a média aritmética simples dos salários de contribuição calculada na forma da lei,
multiplicada pelo fator previdenciário, calculado na forma do disposto nos §§ 7º a 9º do art.
29 da Lei n. 8.213/1991.
Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 17 da EC n. 103/2019 tem como
base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri-
buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência,
multiplicado pelo fator previdenciário.
Nesse momento, cabe uma breve explicação acerca do famigerado fator previdenciário.
Durante a tramitação da proposta da Emenda Constitucional n. 20/1998, a aposentadoria
no RGPS teria a atrelação do tempo de contribuição e idade.
Assim, o segurado se aposentaria de forma voluntária por tempo de contribuição no RGPS,
tendo o homem 35 anos de tempo de contribuição e idade de 60 anos, enquanto que a mulher
teria 30 anos de tempo de contribuição e idade de 55 anos.
Entretanto, tal proposta não foi aprovada, ficando a regra que se estudava antes do atual
regime jurídico previdenciário, o qual foi implementado por meio da EC n. 103/2019, ou seja,
o homem se aposentava por tempo de contribuição no RGPS tendo 35 anos de tempo de
contribuição, enquanto que a mulher se aposentava tendo 30 anos de tempo de contribuição.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Tal período era mitigado (reduzido) em 5 anos para o professor(a) que comprovasse exclusi-
vamente tempo de efetivo exercício da função de magistério na educação infantil, no ensino
fundamental e no ensino médio.
Além da aposentadoria por tempo de contribuição, o homem podia se aposentar por ida-
de no RGPS tendo 65 anos, enquanto que a mulher se aposentava por idade tendo 60 anos.
Essa idade era reduzida em 5 anos para os trabalhadores rurais (regra ainda aplicável no atual
regime jurídico).
Assim, o governo, por meio de um ato infraconstitucional (Lei n. 9.876/98), criou o fator
previdenciário, ou seja, na verdade, atrelou o tempo de contribuição do segurado a sua idade.
Enfim, passa-se a estudar o fator previdenciário, no intuito de entender a presente regra de
transição!
O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o
tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, mediante a fórmula:
Onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria; e
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Idade
Variáveis utilizadas
no fator Expectativa de sobrevida
previdenciário
Tempo de contribuição
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Mulher + 5 anos
Variável tempo de
Professor + 5 anos
contribuição
Professora + 10 anos
EXEMPLO
Imagine um segurado filiado ao RGPS com 33 anos de TC na data da publicação da EC n. 103/2019.
Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os
requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no art. 17 da EC n. 103/2019?
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Regra de
transição
prevista no art. Carência 180 CM
17 da EC nº
103/2019
Renda Mensal do
100% x SB
Benefício
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
EXEMPLO
Imagine um segurado filiado ao RGPS com 10 anos de TC e 59 anos de idade na data da publi-
cação da EC n. 103/2019. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado benefici-
ário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no
art. 18 da EC n. 103/2019?
Primeiramente, o beneficiário precisa completar a idade necessária, que, no caso, são 65 anos
de idade, bem como tem que ter o tempo mínimo de 15 anos de contribuição. Isso irá ocorrer em
2025, quando o beneficiário terá 65 anos de idade, bem como 16 anos de tempo de contribuição.
Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art.
18 da EC n. 103/2019, serão preenchidas em 2025, quando o beneficiário terá 65 anos de idade
e 16 anos de TC.
Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentadoria será
de 60% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 2.400,00.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
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65 anos, se homem, e 60
anos, se mulher
Idade
A partir de 01/01/2020, a
idade de 60 anos da mulher
será acrescida de 6 meses a
cada ano, até atingir 62 anos
de idade
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio serão reduzidos, para
ambos os sexos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição em 5 anos.
A renda mensal do benefício concedido com base no art. 20 da EC n. 103/2019 será apu-
rada na forma da lei.
Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 20 da EC n. 103/2019 tem como
base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri-
buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 100% sobre o salário de
benefício.
Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático.
EXEMPLO
Imagine um segurado filiado ao RGPS com 30 anos de TC e 50 anos de idade na data da publi-
cação da EC n. 103/2019. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado benefici-
ário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no
art. 20 da EC n. 103/2019?
Primeiramente, o beneficiário precisa completar o TC necessário e a idade necessária, que,
no caso, são 35 anos de TC e 60 anos de idade. Isso irá ocorrer em 2029, quando o benefici-
ário terá 40 anos de TC e 60 anos de idade. Entretanto, o beneficiário precisa cumprir o pedá-
gio que é o período adicional correspondente ao tempo que, na data de entrada em vigor da
EC n. 103/2019, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição, ou seja, o tempo que
faltaria para atingir 35 anos.
Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art.
20 da EC n. 103/2019, serão preenchidos em 2029, quando o beneficiário, conforme já mencio-
nado, terá 40 anos de TC (35 anos + 100% dos 5 anos que faltavam para atingir os 35 anos na
data da entrada em vigor da EC n. 103/2019) e 60 anos de idade.
Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentado-
ria será de 100% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor
de R$ 4.000,00.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
A renda mensal do benefício concedido com base no art. 21 da EC n. 103/2019 será apu-
rada na forma da lei.
Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 18 da EC n. 103/2019 tem como
base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri-
buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2
pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri-
buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher.
Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 08. Faça com atenção os exercícios pro-
postos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e até a
nossa próxima aula.
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Aposentadorias do RGPS
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RESUMO
Classificação dos Benefícios Previdenciários:
Prestação instantânea
Prestação continuada
Segurados
Dependentes
Classificação dos
benefícios
Benefício comum
Quanto ao risco social de
acidente do trabalho
Benefício acidentário
Remuneratório
Quanto à natureza
Indenizatório
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Aposentadorias do RGPS
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Aposentadorias do RGPS
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− b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade
temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segu-
rados; e
• Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual ha-
bitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
− a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
− b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e
− c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual
cessará definitivamente.
Aposentadoria Programada:
Carência 180 CM
Aposentadoria
programada
Empregado/Doméstico -
desligamento da atividade, se
requerida em até 90 dias. Após 90
dias ou se não houver desligamento,
Início do DER
pagamento
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Beneficiários Professor(a)
Aposentadoria
programada do
professor Carência 180 CM
Desligamento da atividade, se
Início do requerida em até 90 dias. Após 90
pagamento dias ou se não houver desligamento,
DER
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Aposentadorias do RGPS
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Empregado - desligamento da
atividade, se requerida em até 90
dias. Após 90 dias ou se não houver
Início do desligamento, DER
pagamento
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Aposentadorias do RGPS
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Por idade
Tempo mínimo de contribuição de
15 anos e comprovada a existência
de deficiência durante igual
período
Aposentadoria por
tempo de 100% x SB
contribuição
Renda mensal
dos benefícios
Aposentadoria por
70% + 1% (12CM) x SB
idade
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Aposentadoria Especial:
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Aposentadorias do RGPS
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86 pontos, se mulher, e 96
pontos, se homem
Somatório da idade e
A partir de 01/01/2020, a
do TC
pontuação será acrescida a
cada ano de 1 ponto, até
atingir o limite de 100
pontos, se mulher, e de 105
Regra de pontos, se homem
transição
prevista no art.
15 da EC nº
103/2019 Carência 180 CM
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Aposentadorias do RGPS
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61 anos, se homem, e 56
anos, se mulher
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição e a
idade serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 1º de janeiro de 2020, acrescidos 6 meses,
a cada ano, às idades previstas, até atingirem 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Regra de
transição
prevista no art. Carência 180 CM
17 da EC nº
103/2019
Renda Mensal do
100% x SB
Benefício
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
65 anos, se homem, e 60
anos, se mulher
Idade
A partir de 01/01/2020, a
idade de 60 anos da mulher
será acrescida de 6 meses a
cada ano, até atingir 62 anos
de idade
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Bernardo Machado
Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio serão reduzidos, para ambos
os sexos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição em 5 anos.
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Aposentadorias do RGPS
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS ga-
rante aos segurados os benefícios
a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte.
b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão.
c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte.
d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial.
e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por in-
capacidade permanente.
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Aposentadorias do RGPS
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d) Marília não terá direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria caso tenha-
-se aposentado por invalidez.
e) Caso seja concedido a Marília o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, con-
forme previsto na Lei n. 8.213/1991, o valor correspondente será incorporado ao seu benefício
e não será reajustado em caso de aumento, por consistir em parcela indenizatória.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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013. (TRT 14ª REGIÃO (RO E AC)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Analise os itens
abaixo, no que diz respeito à aposentadoria por incapacidade permanente e marque a alternati-
va correta:
I – O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da as-
sistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), desde
que o valor da aposentadoria não atinja o limite máximo legal.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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II – O acréscimo a que se refere o item anterior será recalculado quando o benefício que lhe
deu origem for reajustado; cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao
valor da pensão.
III – Quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando
o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exer-
cia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) no seu valor integral,
durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; c) com
redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao
término do qual cessará definitivamente.
IV – Quando a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez ocorrer
dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por incapacidade per-
manente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, o bene-
fício cessará de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo
como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social;
ou após seis meses de duração do auxílio por incapacidade temporária ou da aposentadoria
por incapacidade permanente, para os demais segurados.
a) Apenas os itens I e II são verdadeiros.
b) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
c) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
d) Apenas os itens III e IV são verdadeiros.
e) Apenas os itens II e IV são verdadeiros.
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exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de 50%,
durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
e) quando a recuperação for parcial e ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o se-
gurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do que habitualmen-
te exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de
50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade.
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d) Para fazer jus à aposentadoria híbrida, a pessoa tem que ter trabalhado mais tempo na agri-
cultora do que em atividades urbanas.
e) O tempo de serviço rural, anterior ao advento da Lei n. 8.213/1991, pode ser computado para
fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, desde que compro-
vado o recolhimento das contribuições.
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GABARITO
1. e
2. e
3. e
4. c
5. b
6. e
7. d
8. b
9. a
10. c
11. a
12. d
13. b
14. c
15. a
16. a
17. e
18. b
19. a
20. b
21. e
22. d
23. b
24. a
25. c
26. e
27. e
28. d
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS ga-
rante aos segurados os benefícios
a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte.
b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão.
c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte.
d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial.
e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por in-
capacidade permanente.
O RGPS garante aos segurados: i) aposentadoria por incapacidade permanente; ii) aposentado-
ria programada; iii) aposentadoria programada do professor; iv) aposentadoria do trabalhador
rural e do garimpeiro; v) aposentadoria especial; vi) aposentadoria por tempo de contribuição e
por idade da pessoa com deficiência; vii) auxílio por incapacidade temporária; viii) salário-famí-
lia; ix) salário-maternidade e x) auxílio-acidente. Ademais, o RGPS garante aos dependentes: i)
pensão por morte e ii) auxílio-reclusão. Por fim, o RGPS garante aos segurados e dependentes
o serviço de reabilitação profissional.
Letra e.
O RGPS garante aos segurados: i) aposentadoria por incapacidade permanente; ii) aposentado-
ria programada; iii) aposentadoria programada do professor; iv) aposentadoria do trabalhador
rural e do garimpeiro; v) aposentadoria especial; vi) aposentadoria por tempo de contribuição e
por idade da pessoa com deficiência; vii) auxílio por incapacidade temporária; viii) salário-famí-
lia; ix) salário-maternidade e x) auxílio-acidente. Ademais, o RGPS garante aos dependentes: i)
pensão por morte e ii) auxílio-reclusão. Por fim, o RGPS garante aos segurados e dependentes
o serviço de reabilitação profissional.
Letra e.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Apenas a pensão por morte e o auxílio-reclusão são benefícios concedidos aos dependentes.
Todos os demais benefícios previdenciários são concedidos para os segurados. Cabe ressal-
tar que existe uma prestação previdenciária (serviço) que tanto os segurados quanto os seus
dependentes têm acesso, que é a reabilitação profissional.
Letra e.
O acréscimo de 25% da aposentadoria por incapacidade permanente é devido ainda que o va-
lor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e recalculado quando o benefício que lhe deu
origem for reajustado.
a) Errada. O acréscimo de 25% do valor da aposentadoria restringe-se à aposentadoria por in-
capacidade permanente, não sendo extensivo a outras espécies de aposentadorias do RGPS.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente, tendo em
vista a incapacidade permanente para o exercício de atividades laborais. Entretanto, nesse
caso, o benefício será concedido independentemente de carência, uma vez que é decorrente
de um acidente de qualquer natureza ou causa.
a) Errada. No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente,
tendo em vista a incapacidade permanentemente para o exercício de atividades laborais. A
aposentadoria especial tem como evento determinante a exposição permanente do segurado a
agente nocivo durante 15, 20, ou 25 anos, prejudicando a sua saúde ou integridade física, cumu-
lado com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos
de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contri-
buição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição.
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No caso em comento, o segurado será aposentado por incapacidade permanente, se for cons-
tatada a incapacidade total e permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita
pela referida autarquia.
a) Errada. É possível ser concedido benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade tem-
porária e aposentadoria por incapacidade permanente) decorrente de doença preexistente à
data da filiação ao RGPS, quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agra-
vamento dessa doença ou lesão.
b) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente,
regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natu-
reza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios
de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e
gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é
zero. No caso em comento, o mal de Parkinson é uma doença prevista na lista elaborada, sendo,
por consequência, concedido o benefício por incapacidade, independentemente de carência.
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d) com redução de 25%, durante seis meses contados a partir do trigésimo dia da data em que
for verificada a recuperação da capacidade.
e) com redução de 50%, durante doze meses contados a partir do trigésimo dia após a data em
que for verificada a recuperação da capacidade.
Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o
segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exer-
cia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: i) pelo seu valor integral,
durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; ii) com
redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e iii) com redução de 75%, também por igual
período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Letra b.
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A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprida a carência exigida, quando
for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapacidade
temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exer-
cício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa
condição. Ademais, a carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade
permanente, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Por fim, não se exige que o beneficiário
atinja uma idade mínima, no intuito de fazer jus a aposentadoria por incapacidade permanente.
Letra d.
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Os itens II e III são perfeitos, não sendo necessário tecer nenhum comentário! O item I está in-
correto, tendo em vista que o valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado
que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que
ultrapasse o limite máximo legal. O item IV está incorreto, uma vez que, quando a recuperação
for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapaci-
dade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção,
o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à
função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista,
valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência
social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade
temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados.
Letra b.
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e) quando a recuperação for parcial e ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o se-
gurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do que habitualmen-
te exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de
50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade.
Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da apo-
sentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a an-
tecedeu sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado
que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma
da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade
fornecido pela previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração
do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para
os demais segurados; e quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto
acima, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do
qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a)
pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação
da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e c) com redução de
75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Letra c.
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c) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida ao segurado que, estando
ou não em gozo de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o traba-
lho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício que tem como be-
neficiários todos os segurados. Portanto, o empregado doméstico, assim como os demais
segurados, fazem jus à aposentadoria por incapacidade permanente.
e) Errada. Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo
de incapacidade permanente, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
Letra a.
Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o
segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exer-
cia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: i) pelo seu valor integral,
durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; ii) com
redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e iii) com redução de 75%, também por igual
período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Letra a.
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No caso em comento, Mévio será aposentado por incapacidade permanente, uma vez que ele
foi considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de ativi-
dade que lhe garanta a subsistência.
Letra e.
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Conforme entendimento do STJ, foi fixada a seguinte tese: o tempo de serviço rural, ainda que
remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei n. 8.213/1991, pode ser computado para
fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não
tenha sido efetivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3º da Lei n.
8.213/1991, seja qual for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou
o tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento
administrativo. Dessa forma, o reconhecimento do direito à aposentadoria híbrida por idade
não está condicionado a que a atividade rurícola tenha sido exercida no período imediatamen-
te anterior ao requerimento administrativo.
Letra b.
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Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), o art. 201, § 1º da CF/1988
determinava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os ca-
sos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei
complementar. Portanto, a aposentadoria especial é assunto de reserva de lei complementar.
Entretanto, a aposentadoria especial do RGPS estava e ainda está prevista nos arts. 57 e 58 da
Lei n. 8.213/1991. Como a exigência de lei complementar só foi determinada pelo Poder Cons-
tituinte Derivado Reformador, por meio da EC n. 20/1998, tais dispositivos, por serem material-
mente compatíveis com a CF/1988, foram devidamente recepcionados. Entretanto, assumindo
o status normativo que a CF/1988 passou a exigir, ou seja, com o status normativo de LC. Com
a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019), a previsão da concessão da aposen-
tadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS exposto a agente nocivo está no art. 201, § 1º,
II da CF/1988, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados
para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de
previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposen-
tadoria exclusivamente em favor dos segurados cujas atividades sejam exercidas com efetiva
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Portanto, a apo-
sentadoria especial, mesmo após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/2019),
continua a ser assunto de reserva de lei complementar. Logo, desde a EC n. 20/1998, os arts.
57 e 58 da Lei n. 8.213/1991, por terem status de LC, só podem ser alterados por meio de LC.
Letra d.
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Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário o cumprimento da carência, de pelo me-
nos, 180 contribuições mensais. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário
tecer nenhum comentário!
Letra b.
O benefício para o qual deverão ser comprovados, entre outros, o tempo de trabalho perma-
nente, não ocasional nem intermitente, e a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo período
equivalente ao exigido para a concessão do benefício refere-se a aposentadoria especial.
Letra a.
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A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emitido pela empresa ou
seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) ex-
pedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Considera-se perfil
profissiográfico previdenciário o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo
instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter
o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica
e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrati-
vos correspondentes, devendo a empresa elaborá-lo e mantê-lo atualizado, contemplando as
atividades desenvolvidas durante o período laboral, devendo ser fornecido ao trabalhador, por
cópia autêntica, no prazo de 30 da rescisão do seu contrato de trabalho ou do desligamento do
cooperado, sob pena de multa por descumprimento de obrigação acessória.
Letra e.
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Para que o período conte para fins de aposentadoria especial, há a necessidade da exposição
permanente do segurado ao agente nocivo. Portanto, no caso em comento, tendo em vista o perí-
odo de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, como não há a exposição
permanente ao agente nocivo, este não pode ser considerado para fins de aposentadoria especial.
a) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria especial é de 180 contribui-
ções mensais.
b) Errada. No caso específico da exposição ao agente nocivo ruído, desde que em limites aci-
ma do limite legal, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que se constata que, apesar
do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do
ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais
ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das
funções auditivas. Portanto, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que, na hipótese
de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do
empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia
do Equipamento de Proteção Individual – EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial
para aposentadoria. Tal entendimento é sumulado pela TNU, por meio da Súmula n. 9 da TNU,
in verbis: “O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubrida-
de, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.”
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Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós-
graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em
cursos preparatórios para concurso público.
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