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Nome; Pérola Ferreira de Lima

Curso; Licenciatura em Pedagogia


Polo; Teresópolis
Data 22/02/2023

 
Fichamento: O processo civilizatório

– Darcy Ribeiro (p. 1) “as teorias explicativas da história mundial não oferecem
categorias teóricas capazes de explicar seja o poderio singular que alcançou a
civilização Árabe por mais d e u m m i l ê n i o d e e s p l e n d o r, s e j a a e x p a n s ã o
i b é r i c a , q u e c r i o u a p r i m e i r a c i v i l i z a ç ã o universal.”

 Ao mundo ibérico propusemos a categoria de império mercantil salvacionista,


gerado pela mesma revolução tecnológica, a mercantil, que deu acesso ao ultramar.
(RIBEIRO, p.1).

 “Os iberos, num primeiro movimento, se livraram da secular ocupação árabe e


expulsaram seu contingente judeu, assumindo inteiro comando de seu
território através de um poder centralizado.” (RIBEIRO, p.1).

De acordo com Darcy Ribeiro (p. 2), em outro momento, os iberos “se expandiram
pelos mares, lançando-se em guerras de conquista, de saqueio e de evangelização
sobre os povos da África, da Ásia e, principalmente, das Américas.”

Darcy Ribeiro (p. 2) ressalta que “os fundamentos do primeiro sistema econômico
mundial ,interrompendo o desenvolvimento autônomo das grandes civilizações ameri
canas. Exterminaram, simultaneamente, milhares de povos que antes viviam em
prosperidade e alegria, espalhados por toda a terra com suas línguas e com suas
culturas originais.”

 É no curso dessa autotransformação que as populações indígenas das Américas,


do Brasil inclusive, se vêem conscritas, a seu pesar, para as tarefas da civilização
nascente. (RIBEIRO, p.2).

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Darcy Ribeiro (p. 2) ressalta que “a Alemanha, a França e a Itália, tão realizadas e
plenas como ramos da civilização ocidental, não foram germinais. Fechadas em si,
feudalizadas, ocupadas em dissensões com suas variantes internas, elas não se
organizaram como Estados nacionais nem exerceram papel seminal.”

“Os ingleses se expandiram como operosos granjeiros puritanos ou como uma


burguesia industrial e negocista, que calculava bem cada um dos seus lances.”
(RIBEIRO, p.2).

Conforme salienta Darcy Ribeiro (p. 2) “a causa primeira da expansão ultramarina, e
portanto todos descobrimentos, fora a precoce unificação nacional de Portugal e da
Espanha, movidos por toda uma revolução tecnológica que lhes deu acesso ao
mundo inteiro com suas naus armadas, gestando uma nova civilização.”

Para Darcy Ribeiro (p. 2) “Surgem, assim entidades capazes de grandes empresas,
como os descobrimentos e o enriquecimento aurido no além-mar, bem como sua
implantação em império com hegemonia sobre a América, a Ásia e a África. Seu
poderio cresce tanto que a certa altura a Espanha se propõe exercer sua soberania
também sobre a Europa. Portugal se vê compelido a aliar-se à Inglaterra, para
manter sua independência.”

Assim é que a Ibéria e a Grã-Bretanha, tão recheadas de duras resistências dos


povos que englobam em seus territórios, que jamais conseguiram digerir, aqui
deglutem e dissolvem quase tudo. (RIBEIRO, p.3).

No Brasil, de índios e negros, a obra colonial de Portugal foi também radical... Seu
produto real foi um povo-nação, aqui plasmado principalmente pela mestiçagem, que

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se multiplica prodigiosamente como uma morena humanidade em flor, à espera do


seu destino. (RIBEIRO, p.3).

Tudo, nos séculos, transformou-se incessantemente. Só ela, a classe dirigente,


permaneceu igual a si mesma, exercendo sua interminável hegemonia. (RIBEIRO,
p.3).

2. ATUALIZAÇÃO HISTÓRICA

“(...) a sociedade colonial nascente, bizarra e precária, era e atuava como um


rebento ultramarino da civilização européia, em sua versão portuguesa.” (RIBEIRO,
p.3).

Estamos diante do resultado de um processo civilizatório que, interrompendo a linha


evolutiva prévia das populações indígenas brasileiras, depois de subjugá-las, recruta
seus remanescentes como mão-de-obra servil de uma nova sociedade, que já
nascia integrada numa etapa mais elevada da evolução sociocultural. (RIBEIRO,
p.4).

Tais bases se definiriam com claridade com a implantação dos primeiros engenhos
açucareiros que, vinculando os antigos núcleos extrativistas ao mercado mundial,
viabilizava sua existência na condição socioeconômica de um “proletariado externo”,
estruturado como uma colônia mercantil-escravista da metrópole portuguesa.
(RIBEIRO, p.4).

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